Neurociência e o Desamparo Aprendido - NeuroCafé PodCast EP09

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Franciele Maftum
Hoje com a Psi Rosieane Valentin @rosianevalentim.psi 🧠☕️ 🎙️NeuroCafé PodCast - Toda terça-feira ...
Video Transcript:
[Música] mais uma ve Olá e seja muito bem-vindo a mais um episódio do neur café podcast Eu espero que você esteja acompanhando aí todos os episódios assiduamente a gente que tá trazendo aqui para você neurociência e Psicologia e saúde mental com a maior qualidade possível com conhecimento mais atual possível para que você possa aplicar na vida dos seus pacientes ou na sua vida como sempre eu trago um convidado e hoje a gente vai falar de um tema que vocês têm gostado muito só que com uma Pimentinha aí de neurociência a gente vai falar hoje de
adolescência mas a gente vai falar especificamente de desamparo apreendido na adolescência no atendimento Clínico eu tô aqui hoje com a Rosiane Rosiane olá olá Fran tudo bom tudo bom muito obrigada por ter vindo e muito obrigado por est eh utilizando tudo né que você tem aprendido com a gente aqui comigo em neurociência de uma maneira assim tão responsável e ética apaixonada porque é apaixonante né e transformando a vida de um monte de adolescentes S né então obrigada Ah eu que agradeço pelo convite é muito bom estar aqui e também um privilégio né poder compartilhar algo
com você nesse momento sendo que eu aprendi com você então para mim isso é muito gratificante É verdade n Aprendi com você vim contar para você mas você sabe que eu acho mais legal e um dos motivos de eu querer fazer essas conversas é porque dentro da área da saúde eu achava que isso era só em psicologia acabei entendendo que não é que é na medicina que é inclusive na na odontologia né porque a gente aprende que a gente tem protocolos padrões bom psicologia a gente infelizmente no Brasil nem tem muitos protocolos que a gente
aprende na faculdade né a gente tem que estudar evidências tem que estudar TCC dbt e neurociência para aprender protocolo mas eu acabei entendendo que eh a maneira com que a gente aplica por mais Protocolos de Diagnóstico que a gente tem de tratamento ela é muito através do profissional sim na medicina isso é muito claro né Você vai no médico ele fala você tem uma coisa você vai no outro ele fala não não é só essa coisa e às vezes um mesmo Exame com perguntas diferentes né exato ou até o tratamento também é diferente psicologia também
é assim né Eh o que é bom mas não é não é tão bom é é bom no sentido de que nós não somos iguais não tem como a gente ter o mesmo tratamento para todo mundo exato né mas é ruim porque a gente deixa o paciente muito inseguro e eu acho que o psicólogo também fica muito inseguro E aí a neurociência entra nisso né Para dar mais segurança pra gente com certeza porque às vezes né FR o o profissional cada profissional tem uma forma de trabalho mas e às vezes as pessoas elas perdem o
fio da meada quando Ah eu tenho o meu jeito de ser personal é diferente mas a condução ter um embasamento científico seguro tanto para me assegurar como também para assegurar o próprio paciente né do processo dele a condução desse caso é necessário e é muito importante então dentro da minha forma de ser mas com algo que tem um embasamento ali que gere que assegure de que algo tá sendo feito não por intuição não pelo que eu vi em um único que eu li aleatoriamente Maso que foi estudado e aprendido de Fato né é eu acho
que isso é essencial para saúde mental né não dá pra gente agir por intuição S né E nem por nem por teoria S tem que ser por algo evidenciado constatado ex Ô Rose Posso te chamar de Rose claro com certeza as pessoas Te chamam de Rose Rose e mas você não é daqui de Curitiba né esse sotaque da onde você vem esse sotaque é uma mistura de muitas coisas ele é um está aqui paraense com a mistura do baiano e com a mistura do rondoniense e agora com um pouquinho do curitib você tá aqui desde
quando em curitib 2021 final de 2021 faz pouco tempo e você se formou aonde aqui ou lá na Bahia na Bahia que legal você tá formada H quanto tempo 7 anos agora fazer E como que você veio parar aqui porque é muito diferente né o clima é diferente as pessoas são dif tudo diferente inclusive me deu muito medo Sabia quando eu f PR cá eu falei meu Deus do céu mas eu vou te dizer que foi não foi uma coisa assim algo que aconteceu extraordinário para que eu pudesse eh mudar né Eu sempre tive muita
vontade de morar eh no Paraná e aí eu falei assim quando eu forou fazer uma mudança realmente que seja por mim mesmo eu escolhendo assim de fato e onde eu quero ficar as minhas raízes será em um lugar que realmente eu me sinta e que eu possa viver as minhas possibilidades os meus sonhos né E foi onde eu escolhi Curitiba foi basicamente assim foi pesquisando lendo sobre olhando no Google Maps e falando né esse é o lugar que eu mentira que você fez sozinha assim eu tava casada coisa assim não você falou eu vou foi
exatamente assim gente isso é muito legal E aí veio na cara e na coragem se tinha trabalho aqui não falou vou ser psicóloga Clínica Eu Sou psicóloga Clínica né então falei assim o trabalho vai comigo aí eu tinha em Rondônia eu trabalhava em uma instituição prestava serviço né era autônoma lá também E aí eu falei eu tô sentindo que aqui tá um pouco apertado minhas raízes estão sufocando aí eu falei eu preciso ficar ess raízes em um outro lugar E aí eu escolhi aqui na verdade eu fiz uma pesquisa de alguns lugares né Curitiba Santa
Catarina e Rio de Janeiro e aí eu escolhi vir para cá o meu coração bateu assim foi questão mais do coração foi de sentir mesmo e aí eu falei então é aqui e aí eu me programei organizei E aí eu falei não final início de 2022 eu vou aí eu comprei a passagem e tudo quando foi no final de 2021 eu falei não vou mudar e aí mudei e vim uau gente isso é muito legal parece simples né mas não foi não des eu desesperei um pouco assim mas tá tudo certo não não é nada
simples aliás achei uma super históia eu acho que é uma super vou mudar vou sozinha Tchau tô indo e vou Construir carreira sozinha porque tudo bem que a gente atende online né Eh eu acho até que isso dá até uma segurança pra gente poder trabalhar em qualquer lugar né do do Brasil mas mesmo assim uma baita de uma coragem e se adaptou aqui me adaptei eu tinha muito medo no início eu falei meu Deus será que vai dar certo eu tinha muito medo da verdade da da cultura Esse era o meu maior medo assim eu
falei nossa eu vou atender e será que as pessoas vão achar do meu sotaque o que que vão pensar porque eu sempre falo assim que eu deixei de olhar pro meu sotaque porque eu por isso que eu falei para você é uma mistura de tudo isso porque às vezes fala ah tá mais pro paraense tá mais pro tá pegando o r eu falei gente quer saber eu sou isso aqui e pronto e aí eu fiquei meio receiosa isso inclusive gerou insegurança na clínica sabia trabalhei em terapia e tudo mas eh deu tudo certo nunca sofri
os meus medos nunca aconteceram só foram medos mesmo que eh me acompanharam inclusive me ajudaram a me preparar né para vir mas foi digo que foi tranquilo Foi uma mudança tranquila Ah que bom que bom que bom que você escolheu Curitiba você sabe que você estava falando de sotaque e eu tenho meu irmão me deu um apelido quando eu era adolescente que é o tema de hoje que é copiadora do sotaque que nós moramos em Brasília e tudo e eu eu chegava no lugar eu ficava com o sotaque do lugar você vai ver até o
final da conversa já também eu já sem querer eu fico eu aprendo e vou vou fazendo mesmo sotaque porque eu gosto muito dos sotaques diferentes mas ótimo vamos voltar aqui pro nosso papo né só pra gente entender um pouco da onde que a Rosiane veio mas que também já fala muito da nossa profissão né gente que maravilha a gente poder ter uma profissão que a gente escolhe a onde a gente quer morar sim que coisa que coisa fantástica quase ninguém pode ter isso hoje né aliás muitas pessoas hoje estão investindo no digital para ter essa
liberdade mas eu digo que a psicologia já nos dá essa liberdade né Sim sim e e Fran eu digo assim que Inclusive a minha mudança foi justamente buscando né todo o meu crescimento profissional eu falei eu quero um lugar que me permita crescer e aí foi onde eu falei assim ontem no ano passado mesmo né quando iniciei o processo com você eu tava Caraca eu tô aqui participando de um evento presencial tô fazendo o curso online e eu falei onde que eu teria essa possibilidade onde de onde eu estava não ia ter entende então eu
falei assim eu quero algo que me permita realmente ampliar as minhas raízes e aí foi onde eu fui me Conectando e cheguei até você que eu cheguei e fui buscando né eu falei quero renovar eu quero estudar eu quero continuar me aprimorando mas eu quero algo que realmente me acrescente na clínica porque eu estava justamente cansada de ter acesso a cursos a coisas que eu falava assim é isso Hum você ficava decepcionada exato e princialmente quando a gente fala da Clínica com adolescentes né é algo que vem mudando constantemente cada coisa eu falo assim a
gente como você falou não é só teoria é que tem o embasamento ali e a gente ler tanto sobre adolescência tem muitas informações sobre mas tantas informações desinformadas que meu Deus é E aí eu confesso que quando eu entrei né no processo com você no PNP eu senti justamente essa segurança maior de me posicionar na clínica inclusive ess foi um dos pontos que me deu muita segurança mesmo quando eu cheguei que eu falei estou aqui sendo acompanhada por algo que me que não é de qualquer lugar tem toda uma preparação tem Tod um estudo científico
por trás e que isso vai me assegurando aqui então inclusive isso foi que me assegurou bastante quando eu cheguei aqui também viu ai que coisa boa Que bom saber e adolescente a gente teve já um podcast sobre adolescentes aqui com a mabel aabel mora aqui também ai legal e e a gente estava falando dessa Clínica adolescente da escola também e a gente falou no geral desse processo mas eh bom a gente tá gravando esse podcast na semana que nós tivemos mais uma notícia do suicídio de um adolescente né então a gente sabe que é um
dos do um uma das idades hoje a Essência onde a saúde mental tá mais piorando com mais velocidade sim eh E mesmo quando a gente olha os estudos né Tem muita pesquisa que não é estuda é pesquisa mesmo que é pesquisa envasada que dá a sensação eu tenho uma sensação não sei se você tem essa sensação Rose de da grande maioria das coisas que eu leio que não são pesquisas científicas até algumas pesquisas científicas Dependendo de quem escreveu elas dão a a entender que a culpa do adolescente é ele mesmo aham B sim fortíssima gente
o adolescente é uma criança grande uhum né e assim e aí que que você faz e daí a gente aponta os dados de saúde mental muito ruins ninguém fala do impacto ou melhor poucas pessoas falam do impacto da pandemia na no cérebro do adolescente que tá totalmente conectado E aí a gente esquece que os pais existiram é uma coisa muito Insana né e isso é tão forte Fran Esse dia eu tava falando no meu Instagram sobre desamparo aprendido E aí veio uma pessoa no meu Direct E aí mandou um monte de coisas falando né ah
mas eh se você De certa forma eh vai fazer todo esse acolhimento vai fazer tudo isso você vai estar mimando o adolescente E aí cadê a responsabilidade deles e tudo mais então assim pipocando como se o adolescente fosse responsável por E aí a gente foi fazendo uma bela conversa ali né direcionando e tudo mais só que eh é interessante olhar de que quem justamente vem com um discurso de que o adolescente ele é responsáv por tudo que ele tá fazendo você olha ali você vai conversando você vai se aprofundando é um adulto também que também
tem esse sentimento que cresceu com isso tá reproduzindo é entende então assim eu tenho a sensação diante das pesquisa diante do das pessoas que às vezes eu converso sobre e e Justamente não somente de pessoas a pais né mas de professores de colegas de profissão eh e isso preocupa porque eu falo então se você trabalha com adolescente primeira coisa que precisa ser mudada é o teu olhar diante do Adolescente exatamente que não adianta você saber um monte de coisas mas se a pessoa que você está atendendo que você tá trabalhando Você já tem um olhar
extremamente julgador é não tem como eu acho que isso até para todos os públicos da da psicologia e para mim de todos de todos né como é que você vai atender pessoas que você não acredita no você não acredita no desenvolvimento daquela pessoa você acha que ela é 100% culpada vai achar Outra profissão porque não é você não tá ajudando aquela pessoa no quesito de saúde mental pelo menos né que é Nossa área vamos falar um pouquinho dessa questão da tua percepção como psicóloga do antes e depois eh como é que era antes você já
tinha essa percepção de que aquilo que você Lia não Era exatamente o que você tinha visto na graduação nos outros cursos Não Era exatamente o que você atendia na clínica Como que você chegou em neurociência chegou em desamparo aprendido porque a gente só fala disso em neurociência e outras abordagens muito pouco né como é que foi esse processo teu de busca com a tua prática assim Fran eu acho que tudo começa muito antes bem antes na própria faculdade mesmo que eu saí revoltada eu não queria trabalhar com adolescente por Eu lembro que a a professora
que me supervisionava eu atendi um adolescente Então eu saí falando que eu não queria nunca trabalhar com adolescente E aí justamente pelo por ter um discurso nada acolhedor nem diante da minha dor de trabalhar com adolescente como também no adolescente eu fiquei revoltada porque você achava difícil trabalhar com adolescente na faculdade e eu falei assim não não quero isso pra minha vida e aí quando eu fui pra Rondônia chega lá eu encontrei um besto cheio de adolescentes E aí eu falei não tá aqui o negócio só que quando eu vou nesse processo de estudar e
tudo mais soubre eu percebo muitas coisas desatualizadas entendi sabe extremamente cheio de dessa responsabilização voltando não acho que responsabilização culpabilização mesmo do próprio adolescente essa essa falta de aprofundamento Então parece que era sempre mais do mesmo e eu falo não eu quero algo novo e quando eu chego na neurociência eu encontro algo novo que faz muito sentido sabe quando você olha assim você fala não é nisso que eu acredito Uhum eu ainda não tenho algo assim que fundamenta isso mas não é nisso que eu acredito não é nisso que me faz trabalhar com adolescente quando
eu vou pra prática Clínica não é isso que eu vejo el é diferente do que a gente vê né exato entende então assim eu falo vai de encontro com a minha visão diante do meu trabalho clínico e com as família com o adolescente eh e e vai me dando muito suporte então é aí que eu encontro eu falo não eu me vesti muito tem uma amiga que inclusive ela compartilha da mesma abordade que eu e ela fala Rose você percebe que falta muita coisa e você percebe que tudo isso aqui que tá sendo e apresentado
e não é sobre a questão Ah se é Gestalt se é TCC mas existe algo que precisa a neurociência ela precisa estar sim dentro da gestal ela precisa estar dentro da TCC porque senão a gente não faz esse trabalho completo e eu digo assim que eu sinto o meu trabalho muito mais completo com a neurociência eh e Fran muito mais completo é porque é né não é uma abordagem a primeira coisa ela é base de fundamento Você tem qual que a tua abordagem ex gestal terapia gestal terapia mas ela conversa muito mas ainda assim faltava
as bases de entendimento do dos dos porquês dos processos Sim sim eu participei de inclusive de um curso no era um curso Internacional e que falava muito que eu falei cara isso aqui é a neurociência o que eu tô vendo com a Fran Olha isso aqui Como assim aí como diz que a gestal terapia ela não não tem a neurociência ela não conversa porque a gente ainda escuta muito esse diálogo sabe entre alguns guest terapeutas de que não e eu já já entrei em alguns debates eu falei assim não quero saber eu acredito nisso eu
vejo isso funcionando na clínica então quem é que vai me dizer que não se eu tô estudando eu tô vivenciando isso quem vai me dizer que não mas isso é falta de conhecimento mesmo examente porque a gente não tem esse conhecimento tão disponível assim ex exato né a gente não tem nem faculdade que nisso não tem supervisor para fazer isso então é difícil mesmo né por isso que a gente tá aqui para difundir conhecimento e poder falar não isso é neurociência explicar aqui vamos explicar aqui então na Perspectiva do Adolescente o que que qual é
a tua visão hoje neurocientífica sobre o adolescente você consegue me dizer psic eu sei que é difícil sim né Eh a tua visão psicológica e neurocientífica vai Total E aí eu tento ir diferenciando e porque eu acho importante assim como é que você vê o adolescente hoje o adolescente chega na tua Clínica Qual é o olhar que você tem que ter para ele para garantir que você tem um bom atendimento FR um olhar que eu sempre levo comigo antes de tudo que ali tem um ser humano que ele precis alguém que caminhe junto com ele
que ele tá em um processo de aprendizado tá E que ele tá em desenvolvimento por qu eu acredito que eu olho justamente dessa forma porque se eu não compreendo o adolescente como um ser que H nenhuma conção e que ele não vem vazio entendi ele vem com muita coisa com muito conteúdo ele vem com uma história o meu eu entro novamente nesse nesse funcionamento de desamparar uhum de de acolher o que ele traz como uma verdade a dor dele como uma verdade não é simplesmente Ah é só alguém que viveu um pedacinho da vida e
que tá ali aprendendo não ele sabe alguma coisa Uhum mas que ele precisa e que é necessário desse acompanhamento juntamente com ele eu não sou alguém ali como detentor do saber da adol não até mesmo porque eu não acredito em uma única adolescência então a cada um que chega comigo eu procuro olhar de uma maneira muito individualizada que está em desenvolvimento não só emocional mas cognitivo social espiritual cultural e ou seja então ele vem com muito conteúdo não é alguém vazio e que eu tô ali para poder caminhar juntamente com ele e traçar diante dessas
perspectivas da neurociência da gestal terapia porque eu falo que a neurociência ela é muito gestaltica e a gestal terapia é muito neurociência também se a gente for olhar bem então Eh é caminhar justamente nessa perspectiva Então esse é o meu olhar de fundamento assim mesmo de de para receber esse adolescente antes de eu levar toda e qualquer perspectiva eh científica eh de alguma abordagem algo Nesse sentido porque sem eu fazer isso eu acredito que eu não consigo eh eh colocar o meu trabalho de uma maneira eficiente sim que isso é o processo de vínculo né
E também o processo de olhar o funcionamento individual de cada um exatamente sai um pouco da Psicologia preditiva exato de deixa eu ver o que você tem ex Uhum que não funciona mais acho que nunca funcionou né gente no sentido de construir saúde e vai para deixa eu ver como você é ou como você está agora sim para aí a gente entender se realmente você tem alguma coisa nesse lugar sim sim e é nesse e É nesse conhecer e que a gente vai se aprofundando em todas as partes dele que a gente olha que a
neurociência ela nos convida a fazer esse olhar diante do ser humano não falando não somente diante do Adolescente né Mas qualquer pessoa que que chega até nós que é diante de como essa pessoa ela vai se relacionando como ela se alimenta como ela tá o sono dela então assim e isso eu não vou ali em uma forma engessada ou com algo que eu já sei que é a maneira que deve funcionar não como que é para ele como que funciona para ele como que ele está diante dessa forma de funcionamento dele que eu acho que
é muito importante e aí o que se vai seguindo depois são acontecimentos que vai diante de toda essa vinculação que eu acredito que nada disso aconteceria se antes Aqui não é está em prática e de uma maneira bem bem é consolidada e segura Fran porque não adianta eu fingir que eu tô fazendo isso tenho que fazer isso de verdade sim né sim é engraçado né porque às vezes a pessoa escuta você fala assim Nossa mas por que que ela tá falando que ela não adianta ela fingir É porque tem gente que finge infelizmente né que
segue o protocolo é tão forte de atendimento que você não entra em contato com a pessoa você tá em contato com o protocolo não com o seu paciente ou com seu aluno às vezes na escola né ou até que seu enfim isso é muito comum por isso que Rose fazend ISO e a gente acho que muitas pessoas devem ter tido essa experiência Já sim e até mesmo às vezes de chegar o próprio adolescente e dizer para mim sabe o sensação que eu tinha anteriormente que eu fui em outros lugares outros profissionais é que não se
importavam é que que me julgavam eu lembro de uma experiência que chegou até mim né queim ah eu não me sentia confortável porque a primeira coisa que chegou e falou para mim foi eh como que você quer que a tua mãe Eh te dê credibilidade Olha a forma que você se comporta Olha esses pinc entendi ela não foi mais que que é pinc pinc ah piercing entendi Piercing é agora fo difícil de entender entendi e por causa disso Isso uma psicóloga isso uma psicóloga entende então assim a pessoa passou anos sem buscar o processo terapêutico
Quando Chega Chegou extremamente eh cheia cheia de medo e com razão né e inclusive se tornou algo de de demanda mesmo clínica para que pudesse hou essa vinculação entender de que olha aquela é uma profissional não são todos os profissionais dessa forma então lembra que eu falei para você a questão do a primeira coisa que precisa mudar de ano profissional se ele não tem um olhar diferente deante da adolescência um olhar respeitoso cuidadoso não adianta entende não é não é para consertar o adolescente Ah sim então ela fal assim a primeira coisa que jogou me
resumiu ao meu pincer e as minhas tatuagens Nossa entendi Nessa idade você já tem uma tatuagem para isso ele não precisava num psicóloga o mundo já fazia né de graça mund já faz isso precisa pagar para escutar isso né esse entendimento é essencial vamos vamos entender um pouco o pregresso disso né quando quando você olha hoje o adolescente através do entendimento de neurociência o como é que você entende ele diferente do que você entendia só com psicologia você consegue você consegue distanciar assim colocando a neurociência e distanciando da Psicologia é eu acho Acho bem difícil
fazer esse distanciamento Sabe sim que a gente usa tudo junto exatamente e exatamente por isso que eu acho que um pouco complexo fazer distanciamento Mas eu acredito que tenha mesmo que difícil E por quê eh quando a gente olha diante da Psicologia é algo eu vejo muito mais gessado e desatualizado é uma construção social ainda pra psicologia né ex quando eu vejo dentro da da neurociência e é um ser humano que não tá eu não vejo um ser humano em desenvolvimento não somente com questão do desenvolvimento mesmo humano mas um ser que ele precisa ser
olhado em dimensões muito amplas inclusive em uma dimensão cerebral que eu acredito que neurociência Ela traz bastante né Eh desse funcionamento de como eu não não posso falar Eh preciso entender todas as estruturas eh cerebrais desse adolescente Como funciona o próprio desenvolvimento desse sério desse adolescente é como está e que isso vai impactar no desenvolvimento dele tanto social tanto no contexto familiar que é algo que eu percebo muito dentro da clínica que quando eu explico pros pais né a estrutura do cérebro do Adolescente como isso vai como isso dá um bum assim nos pais né
nossa Agora eu entendo porque isso funciona dessa forma e que a psicologia de certa forma ela não faz ess tanto essa aproximação a psicologia no Brasil até né para deixar bem claro porque ela não ela não tá usando ainda base biológica ex exato exato exatamente então quando faz essa essa dimensão Eu sinto que isso ajuda não somente a minha perspectiva no meu trabalho Clínico como por exemplo do próprio adolescente da própria família Então esse é um dos olhares que eu sinto que marca bastante esse olhar diante da própria estrutura cerebral como isso vai impactando né
norm norm Exatamente porque na condução até mesmo do próprio trabalho nas questões de Diagnóstico porque as maiores partes dos dos processos que eu acompanho tem patologias já chega já vem com patologias o que você tem mais o que que tem mais Aparecido para você de Patologia na adolescência depressão e ansiedade e que aí eu tenho muitos cases para colocar quando falo da ansiedade né e e até mesmo é borderline borderline mesmo diagnóstico exatamente e ele já vem com o diagnóstico é algo que você tem descoberto dentro do do processo já chega com diagnóstico chega com
uma linha de várias hipó diagnóstica levantada quando você olha assim cara não tem nada a ver com isso e quando eu comecei a estudar a neurociência aí eu entendi eu falei assim nem isso nem aquilo para aprendido não é diagnóstico psicopatológico dignóstico não é diagnóstico psicopatológico e Isso mudou muita coisa Isso muda muita coisa sabe Fran porque fazer todo esse processo de explicação tanto para adolescente né mostrar pra família Isso muda muito uhum Por quê eu tô ali todo o tempo tentando eh cuidar desse lugar e me senti parada em algum lugar e me senti
validado quando eu fui quando eu fui realmente violentada e e eu vou fazer diversas formas diversos comportamentos para que enxerguem para que vejam isso de alguma maneira Sim eu falo gente isso aqui não é um comportamento de uma pessoa bot é de uma pessoa que tem um fundo de desamparo entendi e aí quando a gente vai olhar faz todo o processo aquela avaliação Zinha né aqueles aqueles questionários vai aprofundando você percebe que não tem não tem embasamento existe uma que não fecha não fecha nem critério Total exato exato fecha uma à eu tenho caso Já
fechou a depressão mas bord Não entendi ent mas também é uma depressão que vem de algum lugar ela não vem só de um transtorno deente exatamente né que vem exatamente tá que no caso que você mais encontra são adolescentes com caso de desamparo aprendido na infância na adolescência que é nesse caso já um trauma né trauma complexo de desamparo aprendido né Então vem uma sequência de de desamparo sim e uma outra coisa Franc que eu acho bem importante né quando a gente olha paraa neurociência diante do Adolescente né que eu vejo que muda bastante é
justamente a gente fazer essa essa quebra desses desses preconceitos desses mitos deante da adolescência n que vão que vão sendo colocados e que você olha assim não isso é algo natural da adolescência que não acompanha nem o desenvolvimento cerebral os mitos né acho que a gente pode até falar deles aqui um pouco e pro que é normal e o que não é normal porque PR você chegar pra gente no seu caso para você refutar um diagnóstico eu acho tão maravilhoso a gente poder refutar um diagnóstico ou poder dar um diagnóstico desde que ele seja correto
né o refutar e o dar porque tanto você D um diagnóstico correto quanto você falar Não não é isso que você tem é uma liberdade de de de saúde sim pra pessoa do outro lado falar Ah então é isso Ah então não é isso principalmente pro adolescente principalmente para adolescente que tá no cérebro com a função social ali de quem eu sou no mundo muito atenuada né com esse filtro de quem eu sou então eu sou uma doença eu não sou uma doença o que nunca é né É mas eu tenho algo Eu não tenho
algo é é uma coisa assim que vai marcar a vida dele pro resto da vida sim é angustiante né eu eu percebo muito à vezes angustiados de que eu preciso entender o que que tá acontecendo aqui comigo uhum porque a minha família acha que simplesmente é é uma é drama Sim a escola também uhum acha que é drama mas eu não sinto que tem alguma coisa aqui comigo S vamos falar um pouco dos mitos daí a gente cai em desamparo porque acho que é mais fácil até explicar desamparo depois de entender o que é normal
que não é normal pode ser e qual que é o qual que é o mito número um assim que você mais tem que explicar não isso é normal é é esperado consegue ter um dois Ai meu Deus ó olha só um que vem muito muito mesmo eh ele só quer saber dos interesses dele essa frase a gente escuta o tempo todo né entendi então de que ah quando fala de de um mito ah por exemplo eh de que o adolescente ele não quer saber de nada ele é alguém responsável alguém alheio sim então quando a
gente olha né pra questão da própria adolescência ela explica sobre isso sim entende então Esse é um dos mais que chega que a o adolescente é um ser imaturo no sentido não dessa imaturidade de próprio desenvolvimento cerebral mas de que da imaturidade mesmo de como se ele estivesse atrasado exato exato exatamente uhum O que é faz parte da adolescência ele não tá pronto exato exatamente então só que isso é levado de uma maneira muito muito estigmatizada sim e que isso não ajuda Nenhuma forma quando a gente olhar pra adolescência né aí de que ah eles
já estão chegou não precisam isso que eu sinto que que inclusive impacta muito na clínica aí eles não precisam mais de ajuda quando chegam adolescente agora eles conseguem desenvolver sozinho agora eles são mais autônomos que é um pouco contraditório né são imaturos mas a meso tempo São autônomos sim Então esse é uma das questões que chega inclusive na clínica muito fortemente esse uma desses desses mitos né em relação de que eles não precisam mais e e é a fase que eles mais precisam exato e não e sabe o que é impressionante que eu também acompanho
alguns profissionais né e de vendo o próprio profissional Ah porque agora ele tá adolescente né então ele não precisa mais de tanta de tanto o pai tá perto do pai ajudar ou então não precisa eh tá falando tanto porque eles já sabem não ele não sabe uhum não ele precisa de ajuda Então esse é o que eu percebo muito forte diante da Clínica e em contato com outros profissionais que acompanham sim eu acho que a maior talvez a melhor maneira da gente explicar tudo isso que você tá fazendo eh que existe uma expectativa de que
o adolescente sabe tudo que o adulto sabe com menor tamanho e Menor idade e menos responsabilidade porque ele não precisa trabalhar enfim e não é assim é é quase que ele é muito mais extensão de uma de uma de um cérebro infantil do que um min cérebro de adulto porque ele não tá desenvolvido até aos 25 anos S 25 é muito né mas é até aos 25 anos com 22 estava formada FR Eu também gente aí quando imagino hoje eu falo Caramba meu cérebro nem estava desenvolvido ainda totalmente é para você conseguir e a e
quando a gente olha para trás a gente entende Nossa realmente tinha coisas que eu não conseguia compreender que dois anos depois eu consegui compreender e não foi porque eu fui viver a vida foi porque eu tinha um cérebro em desenvolvimento né então eu acho que isso explica muito o que é normal o que não é normal e os mitos né o quanto a sociedade espera e muitos teóricos da Saúde da educação esperam que esse AD gente que tem tamanho tem a maturidade ele não tem o cérebro dele ainda tá em desenvolvimento para menor não para
maior sim e precisa de tanta ajuda quanto a criança né tanto Ajuda Só que é uma ajuda diferente a criança você escova os dentes dela né tem que trocar o pijama e o adolescente não você avisa filho você precisa você ainda tem que avisar né Por quê Porque ele ainda tem ainda a atenção dele não tá voltada PR os afazeres da vida é só a gente adulto que tem essa atenção tem que fazer isso tem que fazer aquilo tem que fazer aquilo outro tem uma tem uma uma metf assim que eu Dio bastante inclusive na
na clínica com os pais e frande que eh o o a criança você tá ali como se fosse um ninho Zinho né o passarinho tô aqui é mais fechadinho então é todo cuidado toda proteção ele precisa que ele não tem autonomia nenhuma ele precisa é Totalmente Dependente quando se vai é crescendo essa abre esse vinho que eu preciso permitir com que ele possa voar mas eu também não posso deixar ele tá voando sozinho eu preciso acompanhar eu tô ali acompanhando para Quando ele precisar eu posso ali auxiliar eu posso orientar eu posso acolher então ele
precisa muito só como você falou de uma maneira diferente enquanto criança tô aqui enquanto adolescente abre um pouquinho é e que às vees eu acho uma coisa importante da gente falar Eh sobre a questão do do nível de maturidade para tomar as decisões sobre a própria vida não tem o cer não tá pronto sim Cortex préfrontal não tá desenvolvido que é o que vai ajudar a ter controle de impulso Aliás o controle de impulso tá no seu auge uhum que e vai ser um impulso de do pro outro né para ser aprovado socialmente que também
faz parte desse cérebro eh que tem a ver com a nossa natureza humana né de poder se conectar enfim com os outros ele vai precisar de mais recompensa do que precisava na infância então é aí que ele começa a buscar substâncias ou videogame ou coisas que dão para eles processo do pam nético e o o se os pais não estão perto orientando entendendo olhando e até limitando uhum eh ele vai fazer escolhas ruins na grande maioria da À vezes sim porque na ag porque não é sempre tem alguns que já tiveram que ter um cérebro
amadurecido no forceps muito antes por causa de traumas sim né então eles têm mais responsabilidade cerebral porque já tiveram que desenvolver ISO sen não eles morriam uhum né é diferente as pessoas também precisam entender isso né Por que que Fulano consegue porque a história de vida dele é outra e isso não é necessariamente bom é ruim sim em alguns aspectos mentais não é bom você falou lembro inclusive de mim da minha adolescência sabia eu saí de casa eu tinha 14 anos eu fui aos 17 pra Bahia noa e e que é diferente por exemplo da
minha irmã que já foi um pouquinho mais tarde que já foi mais eu fui sozinha fui a primeira a sair eles já foram mais acompanhados foi com a minha irmã foi foi contra o meu irmão melhor dizendo então assim que são coisas diferentes não precisava eu sozinho aqui meu pai estava ali muito mais próximo então assim eu vou dizer vou comparar com adolescente de 17 que nunca saiu de casa não dá não dá não dá e eu vou te dizer realmente você falou não quer dizer que isso seja bom não é mesmo tá foi mu
Foi muita terapia Foi muita terapia eu posso atestar que nem sempre é bom o bom é porque ele essa esse adolescente que teve desde a infância eh um desamparo isso é desamparo aprendido né que é meu cérebro e meu corpo precisavam de orientação de afeto e de apego e eu não tive eu tive você tem que te virar porque senão você não vai ter o que comer ou cada um com com seus graus né como estudar no seu o caso enfim sim eh esse cérebro ele é obrigado a amadurecer mesmo não amadurecendo então ele tem
conexões de que ele tá sempre sozinho Sim né que ele tá sempre desamparado quando o cérebro dele precisava era de outra coisa para se constituir bem então esse essa punição em controlável da vida é o desamparo aprendido ou da vida ou das pessoas não foi uma escolha né foi uma necessidade é eu fazia ou fazia não tinha que para onde correr né E daí que a gente chega então eu acho que até uma costura legal né desses mitos dessa ideia que a gente tem socialmente na educação também pro quanto de desamparo a gente acaba dando
para esses adolescentes às vezes de maneira proposital sim porque às vezes é natural tem famílias que não tem o que fazer sim eu não tenho eu não tenho eu tenho que trabalhar o dia inteiro a família não tem recurso ela não tem muita coisa então aquele adolescente fica solto sim emocionalmente fisicamente né então tem famílias que é mas não deixa de ser desamparo sim aprendido e traumas complexos aí tem famílias que fazem por escolha ou algumas por Por orientação faça isso se você quiser ter um filho responsável Fran Falando nisso eu me relembrei de um
caso e tem um tempo e de algum tempo né e não não era nem diretamente era diret era diretamento paciente mesmo e de que ele tinha muita dificuldade pra escola e aí ele chorava muito porque queria a mãe queria mãe queria a mãe aí você falou de orientação do do próprio profissional o profissional falou assim leva ele esconde e leva ele obrigado e deixa lá e sai sem ele perceber Como assim esconde pra mãe se esconder simplesmente deixar ele na sala e sair e sair e simplesmente fazer isso então assim e diversas outras orientações que
foi tendo e que hoje e que estava comigo na época né jovem e que eu vi ali quanto desamparo teve naquele lugar mas o quê uma orientação profissional e que o pai ali naquele desespero sem saber muito para onde ir acolhe entende Fran então por isso que que a gente fala assim a nossa postura profissional ela precisa ser muito cuidadosa Então por naquele momento é é onde ele mais sentia ele falou assim para mim e chorava assim enquanto trazia essa situação entende porque para mim aquilo foi desesperador porque o que eu mais queria era a
minha mãe naquele momento Uhum mas não eu não podia vê-la eu não queria o meu pai eu queria a minha mãe Uhum que meu pai ia me levav e me deixava e a minha mãe tava escondida eu queria pelo menos vê-la Então é se a gente não olha a nossa postura não entende Fran do próprio eh de neurociência mesmo para poder olhar para isso entende porque eu falo assim a foi quando eu conheci a neurociência que foi ampliando muito mais o meu olhar Fran para tudo isso eh a gente conduz de uma maneira extremamente que
leva mais muito mais a um adoecimento um desamparo A uma uma falta de ética mesmo é sem saber até porque esse exemplo que você tá dando de um exemplo que tem muito no consultório sim né muito mesmo as pessoas chegam adultas com eu que atendo adulto ele chega adulto com essa lembrança né Sim meus pais me deixavam eu batia na porta Nossa eu tive um paciente que trancava ele no armário é muito pior né Óbvio do que isso tudo mas porque a mãe não conseguia sair de casa eh e aí nesse desespero todo esse o
que que esse cérebro em desenvolvimento aprendeu que não adianta tentar ele ia sempre ser abandonado sim que é o que característica de criar comportamentos de desamparo aprendido no laboratório sim exatamente você sabe que até ano passado num dos ú num do penúltimo congresso que eu fui lá em Washington eles tinham usado muitos experimentos com ratos porque você não vai desamparar a criança hoje em dia não pode né Eh mas com ratos e aí Eles continuam fazendo esses experimentos com ratos de desamparo eh para ver que tipo de comportamento eles criam E aí os comportamentos continuam
os mesmos né ele começa a desenvolver ansiedade social e medo de fazer tentativas e erros medo de escapar ele não não escapa mesmo quando ele tá numa jula que ele poderia escapar É mesmo é o mesmo repertório e comportamentos depressivos de paralisação e de de de desistência daquele comportamento Então quando você tá falando eu às vezes ele chega com pré-diagnóstico de ansiedade e depressão eu vou ver não é É disso que você tá dizendo não isso aqui é uma consequência de algo que vem acontecendo ex ou que aconteceu há muito tempo el faz até questionar
né o quanto às vezes eu troco ideia com alguns profissionais que atend adolescente aí falando nossa como tem como tem E aí fala será por que que tem tanto isso a gente vai olhar é muito desamparo entende FR então será que realmente é só a depressão não é E aí por que tem tantos profissionais se questionando né que tem recebido muit essas demanda quando a gente olha tá aí um mundo cheio de desamparo e que vai sendo reproduzido porque quando a gente olha vê o adolescente ali extremamente desamparado existe um adulta ali também que foi
desamparado sim e muito no contexto Clínico também inclusive uma das coisas que eu me trabalhei muito na própria terapia FR foi justamente não de não reproduzir isso ali por qu enquanto tá ali um adolescente de 17 anos que tava sofrendo porque tava longe de casa pela primeira vez ou deum jovem de 20 anos e tava ali eu enquanto saí aos 17 estava em outro estado sem ninguém da minha família fui sozinha Então olha aí o risco de você falar se vira entende entende e aí Justamente eu precisei trabalhar muito isso na própria terapia Até mesmo
porque desde antes eu já entendia de que olha não foi algo foão bom não foi tão bom bom uhum entende eu fiz eu não não gosto muito dessa questão do Limão fez a limão nada não gosto disso também não mas eu me desenvolvi bem diante de tudo isso porém um bem com muitas ressalvas uhum entende com fonto de desamparo que teve que foi precisado muito ser trabalhar no contexto terapêutico inclusive para não reproduzir isso na clínica com adolescent com as outras pessoas porque a gente quando vai com adolescente vai de encontro com a a nossa
adolescência também pode ir de encontro com a adolescência do nosso do nosso paciente né sim o teu repertório de vida né exato para você poder não é que o que a maioria das pessoas fazem Ah eu fiz isso não morri exato né que bom Vi muito é tô aqui vivíssima e quando você olha lá princialmente quando você atende um pai mãe né você olha lá todo o histórico você vê todas as dificuldades que tá ali inclusive PR lidar com o próprio adol é E aí se a gente simplesmente também Entra naquele lugar de julgar os
pais né e não de entender também que ele teve um desamparo eh que são pais que também estão ali com suas feridas não funciona uhum não funciona não funcionam mesmo porque vamos entrar no lugar de julgamento é e E o repertório ao contrário você encontra também na clínica porque a gente tem hoje dois repertórios né a gente tem o desamparo aprendi esse desamparo emocional e físico de Poxa teu cérebro precisa de amor afeto segurança orientação e eu te dou nada desamparo né ou seja e você e não tem o que você faça eu vou continuar
não te dando por n motivos né Eh e mas a gente tem a negligência a negligência também das habilidades do próprio adolescente temos também que é o que as pessoas chamam de mimado que não tem nada a ver não é isso mimado não é isso né mimado é mesmo eu M diz também né como você v esse o oposto também que é um abandono total né por outros motivos então ó não você eu te dou tudo eu te dou caso eu te dou comida você não quer ir pra escola não vai então filho não precisa
ir não quer fazer prova não faz prova e isso é uma negligência né é o que as pessoas chamam de super proteção mas não é uma super proteção na verdade sim sim é abandono também só que de outro jeito Total total sim e e eu lembrei quando estava falando eu até lembrei de um de um caso mesmo em que o Adolescente Chegou para mim chorava desesperadamente eu queria pelo menos que me perguntassem Como que você está na escola não quero que olhe só pra minha nota boa que tá ali como que você tá na escola
você tá precisando de ajuda então assim vai lá faz que esse é é é um pouco diferente tá funcionando então tá indo tudo bem uh mas tava ali sentindo Essa falta desse Amparo mas também já aconteceu recebo inclusive não é tão forte é muito mais o contrário al é muito mais o contrário exato mas eu dou tudo goito Vaio não vai sim eu dou tudo mas eu não dou afeto eu dou tudo eu não permito nada não permito que ele faça que ele desenvolva que ele nada exato que diga o que pensa que coloque o
que gosta então assim eu vou entregando a roupa eu compro eu já entrego comprada e E aí eu já faço um Tudo E aí qual segura muitoe eu não consigo eu tenho um tenho caso que acup algum tempo de que eu não consigo nem escolher a minha roupa porque eu nunca fiz isso nunca precisei Eu nunca precisei arrumo o quarto lavo a roupa faço tudo não tem nada que faç então come o que quer Gente ninguém pode comer o que quer nem adulto nem criança simplesmente não pode eu não quero sair de casa eu não
saio não socializo eu não faço nada E aí vem a angústia eu me sinto simplesmente um ser aqui apático no mundo porque eu tenho medo de ir pro para fora porque eu nunca fui sim eu vou às vezes pra escola às vezes entendi porque também me permite que eu não vá exato sim quando o comportamento melhor seria Vamos Construir aqui um pouco né Eh Porque que você tá com medo vamos entender seu medo a gente vai junto faz um processo de construção te ajuda a regular se precisar for a gente procura ajuda né Eh mas
você vai desenvolvendo as competências sem estar sozinhos e sem deixar de viver o que A vida precisa ser vivida Sim sim e porque a Fran como que esse adolescente Ele vai construir né se construir se fortalecer exato eh do que que eu até mesmo de acreditar em si mesmo eu sou boníssimo eu gosto daquilo eu gosto disso E aí onde vem a questão a dificuldade da escolha da profissão eh de como de das amizades do que eu vou vestir do que eu penso sempre a necessidade muito tá buscando o outro de onde vem isso desamparo
sim entende o que o que o que dá pra gente falar um pouco que eu acho que cabe aqui sobre o bullying porque o bullying tá nesse lugar né sim o bullying é repertório ele não é o processo natural da nossa vida a gente aprendeu em algum lugar aonde a gente aprendeu ou na TV ou alguém me deixou ver o que eu não devia ou eu replico algo que eu passo em casa como é que como é que você tem visto isso na adolescência hoje dos repertórios de bullying porque eles vão mudando né o buling
de antigamente não é igual bolinho de hoje mas ele continua existindo e muito forte mais do que a gente imagina e muito mais poderoso exatamente muito mais e e eu percebo muito no sentido de é recentemente mesmo eu eu pedi uma solicitação de uma mudança de escola e e assim ó não tinha mais condições não tinha mais condições entende por eu sou eu me desenvolvo bem eu eu pergunto e aí onde vem ai você deixa de ser idiota deixa de ser quer saber de tudo então assim é algo que ah mas diante do é porque
ele sabe não não é porque ele sabe não tá sendo colocado dessa forma é uma violência Uhum eu não posso falar eu não posso Eh verbalizar o meu jeito de ser então algo que vem acontecendo muito a própria eh eh todo mundo sofre né os mais inteligentes os mais interessados os mes ninguém n ISS as próprias as gofi eh e diversas outros que eu acabei esquecendo aqui agora então assim eh quando se vem todos esses pontos e é fran o que que acontece existe um lugar de que antes era muito não não se tinha mas
se tinha bastante não muito falava isso não era muito exposto porque que acontece não é somente na escola é o grupinho que eu formo aqui e que eu vou falando da pessoa que eu vou espalhando essa informação aqui vou espalhando ali vou colocando vou enviando uma fotinha aqui uma uma foto ali então tudo isso vai tomando uma amplitude muito grande isso é desesperador fran Grand para um cérebro que precisa de acolhimento social exato pensa ele receber o contrário exato só que sabe o que que às vezes é triste de que às vezes quando vai pro
contexto eh um adulto recebe é só uma fofoquinha o adulto fala isso é o adulto fala isso E aí eu não vou dizer nem que é só o pai Entendeu Uhum é a própria escola o próprio contal se o adolescente ele vai falar sobre Ah mas é é coisa de adolescente Não não é coisa de adolescente Isso é uma violência uhum entende então assim você perguntou como que isso vai é sendo reverberado eu vejo isso se ampliando de uma maneira muito rápida muito mais violenta por antes ficava ali na escola agora não vai pro grupo
do grupo já vai para no outro grupo e vai se desenfrear de uma maneira extremamente gigantesca aí o desespero agora eu não tenho que lidar só com a escola é com a escola com o grupo do amigo lá é com não sei da onde então eu não quero ir mais naquela cidade eu não quero voltar mais para aquele lugar porque até lá já sabe do que tem acontecido que aí envolve a família né o controle do aparelho o controle do que vê o est junto o observar o conversar mesmo quando ele não quer ou acolher
mesmo quando ele não quer né Tem esse processo ex ex mas é é muito é muito falho entende esse acompanhamento mesmo até mesmo porque os próprios adultos estão com dificuldade de fazer isso Então como que vai fazer com o adolescente sim não vai não vai entende então e aí a gente fala de quem tá de quem quando a gente recebe um paciente que é a vítima a gente tá ali naquele lugar que mas quando a é o é o agressor isso é um casos de uma ansiedade ou de uma depressão que não é uma ansiedade
nem uma depressão né ela ela veio por um por um ponto de bullying às vezes repetitivo que também é um tipo de evento traumático né evento trauma social tem desamparo aprendido aí também né porque vai a pessoa não tem como controlar eh e que muitas vezes a gente não faz não faz nada faz pouco caso sim e E aí esse caso mesmo que estava trazendo né eu falei não precisa mudar não vai não vai ficar por isso então assim quando eles trazem trazem com medo sabe ai mas eu achei que por vezes eu achei que
não fosse nada porque falava ah você tem que ser mais duro você tem mais firme Porque você chora por tudo ah mas porque você também faz drama por tudo então por isso que faz isso com você então assim quando eu lembro que eu recebi esse caso eu falei não a gente precisa mudar esse ambiente só que eu também não cheguei falando assim Vamos mudar esse ambiente eu primeiro fui com o adolescente sim né Para entender como que ele senti ali de fato se ele tinha um desejo de fazer aquela mudança como se ele se ele
se imaginava fora dali se ele já tinha desejado estar fora dali e foi uma coisa que os pais nunca tinham imaginado frian seria fazer essa essa mudança eu falei assim não tem como você já viu uma uma plantinha ela crescer onde ela tá sendo batida todos os dias não tem como crescer E aí a gente vai falar de quê a gente vai falar de depressão de ansiedade mas que não tira de um ambiente que está abafando que está adoecendo não adianta Fran na mudança da escola tu não tem noção mudou totalmente é tanto quando eu
fiz a sessão escolar com a outra escola demorei um pouco eu falei assim vou agendar bem depois bem depois mesmo e aí não não levei nada simplesmente eu fui escutando para eu entender se realmente essa mudança ela ia o que o eu tava vendo ali também iia com que a escola tava colocando e foi surpreendente surpreendente o que a escola me trouxe daquele adolescente não era aquele que tava na outra escola ele curou só mudando de ambiente sim só de ambiente só não tudo né então assim e até mesmo se posicionou melhor sentindo mais seguro
para poder colocar porque como que ele iria conseguir se colocar naquele ambiente se for passou anos da vida dele desde o PR escola sempre abafando sim não tinha como sempre sendo criticado é sempre sendo julgado diante do que ele vinha colocando então assim são são coisas que se a gente são pontos né que se a gente não olha a gente não Analisa simples fica piz muito né e é um ponto assim que não é simples mas que é algo que passa muito batido e se a gente tem uma postura de de não olhar pro desamparo
a gente acaba produzindo não ele tem que ser forte tem que se fortalecer ele nesse ambiente Tem que ajudar ele a lidar a enfrentar isso não gente ele não vai enfrentar isso aí não é tanto que tá agora na nova escola né eleas coisas não aconte acontec mais comigo porque eu não deixo mais acontecer ótimo E porque não é certo sim n Aquela Velha História não é porque todo mundo faz que isso é certo a gente a gente deturpou demais o que as pessoas deveriam aguentar e hoje as pessoas tentam dizer que não aguentam e
chamam de geração mimimi exato Claro mas quem chama de geração mimimi é a geração tóxica assim é um lugar que não vai sair a gente vai precisar nascer de novo ou tratar todo mundo né a gente tá tentando tratar todo mundo porque não dá para nascer de novo a gente não vê ninguém dizendo que é mimimi que realmente entende que sabe o que é passar por isso que eu não preciso passar né Fran para poder dizer que não é mimimi eu preciso entender eu preciso olhar ali tem um seria acreditar naquela pessoa que tá trazendo
ali para mim então é uma coisa que eu sempre digo assim quando tô na clínica com os próprios pais se o mundo desacredita tu precisa acreditar porque o teu filho ele sente ele sabe quando você acreditando e de verdade então o teu processo hoje depois de todo esse entendimento e que eu imagino que isso isso a gente precisa de um tempo para entender com muita delicadeza eh você vai propondo as mudanças ambientais sim maravilhoso né e na família também então você sempre acaba trazendo a família porque dentro de casa alguma coisa tá acontecendo sim não
tem como não tá né difícil M às vezes não tá mas dificilmente não tá né sim e sempre com uma postura sabre F que que eu digo assim não num lugar de julgamento sabe mas deim de construção mesmo de de acompanhar juntamente com essa família entender as angústias dela também as dificuldades ali enfrentadas que é quando a gente parte né prão de informações orientações e não como alguém que tá ali que eu sei daquela família não é a minha experiência com o filho dele que tô levando ali é por isso que eu falo toda e
eh a sessão ela é sempre muito única porque eu tô alindo levar a minha experiência com ele eu não tô indo levar Ah eu li ali eu tô levando isso aqui para você não quando existe obviamente pontos que a gente precisa explicar a própria estrutura cerebral do Adolescente E aí vou numa busca de informação né num contato de informação mas não é que eu tirei de algum lugar é de algum lugar qualquer de um lugar onde tem embasamento e eu não tô alhe dizendo eu tô dizendo que isso é certo não é construção mesmo sim
é dele né exato é daquela fam mal para muita gente mas o tipo de mal ou o tipo de bem a gente só vai entender na história de vida dele ex exato né Eu acho que isso é muito maravilhoso é esse é o trabalho difícil do psicólogo né porque dentre todos é o psicólogo que vai fazer isso então assim a gente tem um monte de probabilidade quem tem os estudos que somos né Nós temos mesmo com os estudos a gente Ok Esse é o norte preciso entender disso aqui mas eu preciso entender você nisso daqui
é uma baita responsabilidade não é porque você é diferente você não tá Às vezes no meu protocolo você não tá Você tá em você aí com esse tanto de variável da sua vida né protocolo não abraça né um ser humano não com as emoções que você sente que não sente com isso te afeta mais isso te afeta menos e é é um trabalho muito lindo de descascar mesmo cebola assim n vai tirando camadas sim para conseguir trazer saúde para essa pessoa sim sim Esso objetivo eu falo que ao mesmo tempo quando eu olho para tudo
isso Fran me desespera Mas isso também me dá uma Gai sabe me dá uma motivação não é eu preciso continuar E é isso que me motiva muito ser continuar sendo psicóloga de adolescente sabe e que ao mesmo tempo que gera angústia mas precisa com neurociência né com certeza não tem como sem Com certeza não tem como E aí pra gente conseguir também finalizar Então você faz toda essa orientação essa mudança de ambiente que mais que você faz e nessa condução dessa construção de saúde ou no tratamento de doença do Adolescente contexto cultural social também vai
sendo tudo olhado nessa as relações né de amizades porque eh você vai vendo tudo exatamente as amizades eh o contexto não somente familiar pai e mãe mas muito mais amplo que isso dependendo da realidade daquele adolescente né esse contexto escolar que eu abraço muito porque ali onde o adolescente ele passa grande parte do tempo da vida dele ali e até própr orientação diante do Adolescente do funcionamento dele sono alimentação tudo isso també as õ as emoções a questão dos hormônios vitamina é uma coisa assim que eu olho muito porque já teve caso de chegar para
mim ali com diagnóstico e não era Fran baixo vitamina era baixo de vitamina aham vitamina B12 vitamina B12 vitamina D então assim tudo tudo baixo eu falei gente não tem como aí quando regularizou tudo certo então é uma coisa assim que eu coloco Fran como um dos critérios no meu processo de acompanhamento da adolescente então eu pergunto como tá já peço se tem acompanhamento médico fez quando fez eh como que foi como que estava Ah tem muito tempo vamos fazer de novo então converse com o médico tá acompanhando para poder rever tudo isso porque é
importante Fran não tem como não não ser e na adol Essência eles acabam que comem muita coisa porcaria tudo porque faz parte assim desse processo da comida fácil né atividade física também são um dos pontos que eu olho bastante né porque eh o adolescente ele precisa também então faz fazendo cada vez menos né exato cada vez menos e uma das coisas que eu sinto que impacta bastante por isso que eu também olho muito é a questão da do sono por quê Tô aqui no celular tema de Son já tem celular exatamente E aí como que
vai olho por todo esse contexto tanto desse adolescente mas também a rotina dessa família porque ninguém constrói rotina de sono sozinho não Então é eu eu falo assim é um trabalho que tá sempre ligado né quando a gente olha pr alimentação como é que é alimentação dessa família também não é só do Adolescente porque não é ele que faz a coma não Tod tem um médico que fala Ah meu filho meu filho só come bolacha T ele fala mas quem vai no mercado é ele que recebe o salário vai no mercado compra o pacote de
bolacha aí eu eu tenho uma uma Piada Interna em casa que ele fala meio assim e adulto compra beringela compra arroz compra carne então hoje meu marido chega a gente chega do mercado comprou beringelas porque senão a gente não tá E é quem faz a compra é a família é quem faz a rotina é a família né então tem uma responsabilidade ali eh Óbvio a gente tá falando de famílias que T condições né então tem famílias que comem o que dá para comprar e aí é um outro problema é uma outra questão que a gente
precisa olhar Também com esse olhar eh e aí eu acho que a escola é fundamental também porque às vezes é a única opção que esse adolescente tem se a família É de baixa renda que ele tem de ter nutrição e educação e afeto é na escola sim sim é é muito é muito mais amplo do que a gente imagina né né FR muito mais amplo envolve política pública né eu ia falar assim os adolescentes Tinham que ter eh Esporte incentiva ao esporte para todas as idades porque isso é fazer um bem danado pra saúde mental
deles né Eh tem uma eu tenho tem algumas escolas né que eles trazem aqui de que ah se eu faço na se eu faço academia você só precisa levar eh um relatório de que você faz algum Esporte que aí a o balé é na escola ah e aí que que ela faz dispensa ela dispensa ai da aula de Educação Física d de Educação Física não gente isso é escola particular isso escola particular acaba dispensando e eu falo assim gente é uma movimentação que pode ser eu acho que na verdade é o desespero é o desespero
tão grande os adolescentes não estar ali aplicados a aud de educação física que a gente fala cara a gente precisa de alguma forma que eles pratiquem alguma coisa então no desespero vão para isso só que não não é para manter aluno na escola é para ter gente pagante entendeu E aí são coisas bem diferente e outro ponto Fran que eu gosto de olhar sempre bastante né é esse histórico Clínico mesmo do próprio do próprio cliente chega até mim por qu eh se às vezes a gente não pergunta tem diabetes e aí não pergunta passa a
vida toda ele acompanhando e nunca diz nunca falou que tinha diabetes exato então é um é um outro é um outro manejo sim é um outro cuidado entende porque quantos eh a gente sabe que tudo isso implica no emocional no sono na qualidade do sono então vai dier ah tô com muita dificuldade de sono eu preciso investigar aquilo ali uhum entende então eu tenho casos né que eu acompanho e que tem que tem diabetes e que impacta diretamente no sono na rotina no humor e aí começa os conflitos dentro de casa então são coisas que
a gente precisa olhar também e se a gente não investiga a família ela chega ali levando aquilo que tá doendo nela Então por vezes não vai achar Ah eu não achei que seria tão importante quem sabe disse é a gente FR a gente bom pelo menos deveríamos saber né Eh de que precisa de que isso impacta eh na saúde emocional que impacta no sono que impacta na aprendizagem entende então assim e se a gente não leva se a gente não faz essa investigação a família fica sem saber aí fica fica lá em tratamento anos não
melhora algumas coisas porque né eu falo gente não é normal se não melhora algumas coisas a gente investigou coisas errado a gente tem que reinvestir né porque tem que ter uma melhora da das coisas se não tá tendo a gente tá fazendo alguma coisa aqui tem que olhar para outros lugares e não é olhar pro sono e dizer que o sono é importante não é a gente realmente a sentar com aquele adolescente explicar pedir para pesquisar fazer alguma coisa para que ele possa entender de fato porque eu digo Franco quando senta explica eles entendem fala
caramba Rose eu não sabia como assim eles não sabem você é a segunda psicóloga de adolescente que senta aqui e fala essa mesma frase quando a gente explica eles entendem eles entendem eles entendem sim né é interessante porque a gente deixa de explicar as coisas até criança né sim e é muito maravilhoso e que bom que vocês estão podendo explicar né E falar e e e salvar vidas mesmo né Rose porque se o adolescente estiver doente o mundo adulto vai est doente daqui a 5 anos sim sim sim não vai dar aham sim porque é
algo eu falo assim é é preventivo né Uhum se a gente cuida do Adolescente teremos adultos mais saudáveis muito bom muo boa frase para encerrar esta nossa conversa a gente cuida dos Adolescentes teremos adultos mais saudáveis né eu faço a frase ao contrário se a gente quer um mundo melhor a gente precisa cuidar na infância da adolescência porque para isso o adulto vai precisar mudar também estão juntas né Mesmo que eu tô ali na na na na adolescência eu não fujo da infância não tem como eu não atendo criança mas eu eu tenho que tá
ali não tem como é onde começa tudo né É até porque ela vende mochila né adolescência ença vende mochila você não precisa nem investigar tanta coisa porque tá tudo ali na sua frente né Muito bom Rose como sempre a gente tem muita coisa para falar né saúde mental é interminável assim o tanto de coisa que a gente vai falar quantas aulas a gente falou aqui de umas 20 aulas né falamos de sono falamos de alimentação falamos de cérebro adolescente falamos de eh desamparo apreendido regulação emocional traumas esse tanto de coisas que influencia para você conseguir
tratar seu paciente da melhor maneira possível então obrigada viu pessoal que que quiser contato com a Rose Rose você tá atendendo online online online também ou presencial e online não presencial eu fechei já mais hor e qual seu Instagram rosian Valentim PP rosian Valentim PC e aí entrem em contato com ela aí que serão muito bem atendidos Rose Mais uma vez obrigada Eu que agradeço pessoal obrigado para vocês também viu um grande beijo e até a próxima
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