Salve camaradas, tudo bem? O tema do vídeo de hoje do canal é uma resposta para Gustavo Machado. China, socialismo e imperialismo em [Música] debate. Antes de começar propriamente tema do vídeo do canal, quero muito agradecer a você que ajuda a manter e melhorar o nosso canal, o Farol Brasil, a partir do apoias. Seu apoio é fundamental, indispensável para a gente continuar o nosso trabalho. Se preferir o Pix, tá aparecendo aqui como QR code na tela do vídeo. Camaradas, note, um mês atrás eu lancei o vídeo no canal, né, um mzinho, Elias Jabu, Gustavo Machado e
o debate marxista sobre a China. Nesse vídeo eu falo abertamente a partir dos 38 minutos que eu vou mostrar que ponto de vista factual de pesquisa empírica, o Gustavo sabe muito pouco sobre a China. O Gustavo tem várias falhas, défices de conhecimento e que ele precisa estudar mais sobre a China para se propor a falar. Eu não me propus nesse vídeo a debater se a China é capitalista ou socialista. Não me propus a debater teoria do socialismo, eu me propus a mostrar as falhas de informação factual do Gustavo Machado sobre a China. Aliado a isso,
também fiz uma crítica ao Elias Jabu. Perfeito. O Gustavo teve um mês de pesquisa, de formulação de material, respondeu, respondeu em dois vídeos. O primeiro vídeo dele é um vídeo de mais de 2 horas em que o título é China em transição para o socialismo destrinchando o capitalismo chinês. É um vídeo de 2:35. Nesse vídeo, o Gustavo fala que é a obra máxima dele sobre a China, como diria o jovem sobre futebol, né? É o momento prime dele sobre a China. O principal material, o material mais robusto, o material mais completo, o material que sintetiza
a visão dele sobre a China, né? São palavras dele, né? abertas lá no começo do vídeo. E aí em seguida, Gustavo lança um vídeo de 47 minutos em que o título é respondendo Jones Manuel, China, Venezuela e a forma do debate. E aí, vamos lá, vamos lá. Aqui é importante. Primeiro eu quero agradecer ao Gustavo Machado por ter feito o material educado, material focado em conteúdo, um material mais sério, mais direto, sem ironias imbecil e tal. um debate de gente adulta. Muito obrigado, Gustavo. Eu agradeço e vou devolver a cortesia de volta. Então, isso aqui
será um debate entre dois adultos de maneira séria, de maneira educada, focada em conteúdo. Perfeito. É isto. Então, não é treta, gente, não é treta. Não tô aqui para querer destruir o Gustavo, acabar com o Gustavo, nem nada disso. Isso aqui é um debate teórico, político. Vamos ser adulto, né? adultos debatem, a gente vai apresentar os argumentos e tal e vocês veem eh qual é a opinião de cada um, qual é a posição de cada um, com que argumento, com que embasamento sustenta a sua posição. Massa. Perfeito. Segunda coisa importante, veja, eu tava planejado gravar
dois vídeos, né, de resposta ao Gustavo. Por que dois vídeos? Esse vídeo aqui que eu tô gravando ficar gigantesco, viu, gente? Já aviso. É isso. Prepar. Vai ficar gigantesco, gigantesco, gigantesco, gigantesco, gigantesco. E aí? E não vai dar tempo para falar tudo que eu quero, né? Porque além de China, além de Venezuela, imperialismo, socialismo e tal, Gustavo Machado aborda outros temas, especialmente no vídeo que o título é respondendo Júnior Manuel. Então, eu iria lançar dois vídeos em sequência. Um, domingo agora respondendo as questões de China, imperialismo, Venezuela, socialismo e tal. e um terça-feira continuando o
debate. Só que eu me dei conta, me preparando para gravar esse material, que alguns livros meus sumiram, né? O meu livro do pomar sobre o enigma chinês, né? Capitalismo ou socialismo, sumiu. Procurei tudo canto a canto. Devo ter emprestado para alguém e alguém não devolveu assim, sabe? Meu livro do Isaac Doucha sumiu também, o profeta armado. Então assim, alguém deu ganho, ladrão. E outro livro também em espanhol que eu tenho de um argentino sobre a China também sumiu. E aí? E aí? É, é surreal isso, né? Enfim, me roubaram. Inclusive, assim, me roubaram não, pode
ser que alguém tenha pego emprestado e esqueceu de devolver. Se eventualmente você tá vendo esse vídeo e o livro tá com você, na moralzinha mesmo, me devolva, pelo amor de Jesus Cristo, porque eu tive que comprar os livros de novo, né? Claro, é massa ter o livro de novo, só que os livros que eu leio, eu faço anotações, rabiscos e tal e tal. Então eu tenho uma memória muito boa. Eu não vou lembrar, né, gente, a citação ipses líteres em detalhe o que tá ali no livro, mas eu lembro que no livro X tem tal
conteúdo, no livro Y tem tal conteúdo. E a partir do momento que tá grifado, marcado, escrito e tal, eu não preciso reler o livro todo para pegar o conteúdo que eu quero, né? Basta eu ir nos meus grifos. Então assim, se você tiver com os meus livros, por favor, me devolva. Então assim, eu não vou conseguir saltar o segundo vídeo em sequência. Perfeito. É isto. Não vou conseguir gravar o segundo vídeo em sequência. Meu segundo vídeo vai sair em maio, metade de maio. Metade para final de maio, provavelmente entre o o dia 20 e o
dia 25, que é o tempo de chegar aos livros que eu tive que comprar de novo e reler, né? Enfim, que agora não é só pegar o material para fazer a citação. Se nesse meio tempo Gustavo Machado me responder, eu não vou nesse segundo vídeo já contemplar a resposta dele. Perfeito. É isso. Vou seguir o planejamento original. E isso importante ficar claro para não dizer se nesse meio tempo Gustavo responder: "Ah, J, você correu da resposta do Gustavo, soltou um segundo vídeo. Estou avisando desde já que a ideia era lançar dois vídeos em sequência. Não
dá para lançar os dois porque meus livros sumiram. Eu tenho que recomprar os livros para fazer a situação certinha. Jones, por que você não procura em PDF? Não gosto. Não gosto. Para mim ou é Sherox ou é livro físico. O Jones e o Kindle. Não gosto também. Sou conservador nesse nesse aspecto e tal, mas é isso. Não gosto. A Sherox ou é livro. Enfim, isso por um lado. Por outro lado, tem uma segunda questão que é: eu não vou fazer react dos vídeos inteiros do do Gustavo Machado, né? Só o primeiro vídeo de mais de
2 horas. É um vídeo que é isso? Tem mais duas horas. Se eu for fazer o react vai ficar o quê? Com 4 horas. Eu vou selecionar pontos importantes. Anotei tudinho. Pa pa pa pá pa pa pa pá. E a gente vai analisando ponto por ponto como é que eu vou fazer a análise. Veja, essa análise ela vai ter basicamente três vetores. Três vetores. Presta atenção aqui que isso é muito importante. Eu vou começar o debate falando do que o Gustavo Machado não analisou. No vídeo dele que ele falou que é o prime, que é
o principal vídeo ou a principal contribuição dele, debate sobre a China. China em transição para o socialismo. Pronto, eu vou abordar fundamentalmente as lacunas da análise do Gustavo. Ah, Jones, você vai apontar lacunas e não vai fazer um contraponto em cima. É isso, porque senão esse vídeo ia ficar com 5 horas de duração. E é importante especialmente que você que concordou com a análise do Gustavo, você perceber o que faltou nesta análise para você ver se realmente é válido você fechar uma opinião a partir daquele vídeo. Perfeito. Então esse vai ser um primeiro grande bloco,
né? o que o Gustavo simplesmente não abordou. E eu vou procurar mostrar aqui. E aqui, veja, não tô fazendo nenhuma acusação, Gustavo, de manipulação, de desonestidade, nem nada disso. Eu só vou procurar mostrar aqui, consciente ou não, e aí eu não especulo sobre isso, consciente ou não, o que ficou de fora da análise do Gustavo enfraquece o argumento dele. Então ele moldou a exposição para fortalecer a conclusão prévia que ele já tinha, né? E deixou de fora tudo que fragilizava esse argumento em alguns momentos de maneira bizarra, né? Em alguns momentos de maneira bizarra. Por
exemplo, quando vai analisar a questão se a China é ou não um país imperialismo, o Gustavo simplesmente pula o quinto ponto das características apontadas por Len. Ele pula ele dizer assim: "Ah, e sobre o quinto ponto eu não vou abordar, tem muito material na internet, vocês pesquisam e eu vou mostrar para vocês porque ele pulou, né?" Então, esse é o primeiro bloco de argumento. Vem um segundo bloco de argumentos, que é eu mostrando como o Gustavo em dois vídeos simplesmente não conseguiu encarar os pontos mais débeis da argumentação dele que eu mostrei no meu vídeo,
Elias Jabu, Gustavo Machado e o debate sobre a China socialista. Então eu vou mostrar como o Gustavo simplesmente foi pego no contraponto, como o Gustavo fez afirmações erradas, afirmações que ele não consegue provar. E tanto no vídeo maior dele de mais de 2 horas como no vídeo me respondendo, o Gustavo fingiu que esses pontos simplesmente não existiam. Então, mais uma vez, tudo que enfraquece o argumento do Gustavo, ele simplesmente deixou de lado fingindo que não existe. Perfeito. E aí, a partir disso, evidentemente, a gente vai entrar no debate também sobre a questão de mão de
obra chinesa em África, que foi um dos três pontos que ele colocou no vídeo dele de resposta, e vai entrar na questão também se existe ou não a armadilha da dívida da China para com os países africanos, que foi essa a questão central do debate, essa questão central da crítica que eu fiz a ele no meu vídeo, né? Perfeito. E aí o terceiro ponto vai ser o ponto sobre a Venezuela, né? Vejam, eu não vou fazer como o Gustavo fez no passado e chamar ele de falsificador nem nada disso, não. Sabe, não é isto. Eu
prometi um debate educado, debate civilizado, duas pessoas adultas. Veja, companheiro Gustavo Machado, pelo bem do debate aqui, você afirmou que foram os empréstimos chineses que quebraram a Venezuela. E você não diz que foram os empréstimos e as sanções econômicas dos Estados Unidos, não. Você diz que a causa fundamental foi os empréstimos chineses. Já já eu vou mostrar para vocês de novo. E aí o companheiro Gustavo, ele posta um artigo para supostamente provar o ponto dele e o artigo não diz o que ele afirma. Presta atenção. Presta atenção aqui. O Gustavo diz assim, ó, foram os
empréstimos chineses que quebraram a Venezuela. Tá aqui o artigo para provar e o artigo não afirma o que ele fala. É isto. O artigo não afirma o que ele fala. Aa. Vamos lá. O artigo não afirma o que ele fala. E a gente vai mostrar como sobre a Venezuela, a relação China a Venezuela, o Gustavo Machado, infelizmente faltou com um básico de rigor científico. É nesses termos que eu vou colocar o debate. Faltou com um básico de rigor científico. Eu já adianto que a parte da Venezuela, como o vídeo vai ficar muito grande, depois eu
vou fazer um corte à parte e subir pro canal, né? Porque eu acho muito importante a gente melhorar os termos do debate. Perfeito? Então é essa forma como a gente vai debater. Antes da gente entrar no conteúdo, eu preciso só fazer duas considerações. Primeiro, no meu vídeo, Elias Jabu, Gustavo Machado e o debate marxista sobre a China, nos primeiros 40 minutos desse vídeo, eu mostro como Gustavo Machado há alguns anos atrás falsificou e mentiu, né? É, os esses termos que eu uso no vídeo, por isso que eu tô repetindo aqui agora. Como eu já falei,
esse vídeo a gente vai ser, né, mais formal. Uma posição minha, né, eu gravei um vídeo criticando aqueles que defendem que a China é socialista a partir do argumento que como tava há 4 anos atrás muito bilionário na China sendo preso e alguns fuzilados, a galera tava dizendo que a China tava expropriando a burguesia. E eu busquei gravar um vídeo mostrando que não, que isso é falso, que a China não está expropriando toda a burguesia do país e que não dava para usar esses episódios como argumento de que a China é socialista porque ela tá
prendendo bilionário. Veja, eu gravei um vídeo discordando daqueles que defendem a tese que a China é socialista. O Gustavo excluiu os primeiros 13 minutos do meu vídeo em que eu explico o objetivo do vídeo e fez um react da metade pro final do vídeo, como se eu tivesse defendendo que a China é socialista e ele ficou refutando uma coisa que eu não falei. Veja, companheiro Gustavo, a gente estamos fazendo aqui um acordo, né? Um acordo aqui e vamos estabelecer um debate sério, qualificado, respeitoso e tal. Veja, você não entrou no tema, você fingiu que não
existia, você não fez autocrítica, é zero, zero problema. Não precisa fazer autocrítica nenhuma, não. Vamos daqui paraa frente. Vamos olhar daqui paraa frente. Eu só quero pontuar com vocês. Vocês podem ver no meu vídeo ali Jabu, Gustavo Machado e o debate sobre a China. Os primeiros 40 minutos eu mostrando que o Gustavo ou se ficou uma posição minha, né? O Gustavo fingiu que esse tema não existe e aí ele tentou pegar um trecho meu que dá a entender que eu fui muito agressivo com ele para meio que ah ficou elas por elas, sendo que seu
trecho é mais antigo, né? Então se eu tivesse sido agressivo com você foi uma resposta, mas tudo certo, falta superada. Perfeito. Por último mesmo, antes da gente entrar no conteúdo, gente, ao final desse vídeo eu vou fazer um anúncio e uma proposta. Gustavo, a proposta é para você, viu? Então, assista o vídeo. Assista o vídeo, companheiro. Proposta para você. Então, vou fazer um anúncio e uma proposta. Prest atenção. Assistam até o final que eu vou fazer uma um anúncio bombástico e uma proposta que eu acho que é diferente também. Acho que é diferente de tudo
que vocês já viram. É uma proposta que ao meu ver vai mostrar meu compromisso e minha disposição com debate sério e qualificado. É isso. É para fazer um debate científico, vamos fazer. Perfeito. Eu isto, feito todos esses recados préâmbulos do fim do mundo, agora a gente pode entrar no conteúdo. Vamos lá, gente, entrar no conteúdo aqui do material. Vamos, ó, eu vou est em alguns momentos olhando para baixo porque eu anotei no celular, né, a os momentos mais importantes do de cada vídeo do Gustavo e tal. Então, em alguns momentos eu vou estar aqui olhando
para baixo que minhas anotaçõezinhas estão tudo aqui organizadinhas aqui, ó, ó, ó. E, eh, vai descendo, vai descendo, vai descendo. Anotação que só né? Perfeito. E aí, que que a gente vai fazer? Vou abrir dizendo uma coisa para vocês muito importante. No vídeo do Gustavo Machado, no China em transição para o socialismo, o Gustavo se propõe a começar uma análise do que ele chama de desnudano capital chinês. Aliás, o primeiro ponto é China na Divisão Internacional do Trabalho. Aí ele faz algumas considerações muito mais de ordem teóricometológica, falando os critérios que usa de análise e
tal. Aí o segundo ponto é desnudando capital chinês a partir dos 31 minutos. A primeira coisa que vocês precisam saber, isso é muito importante, é que o Gustavo ele simplesmente excluiu a análise da agricultura chinesa, né? Importante saber disso. Você que assistiu o vídeo do Gustavo, você que gostou e tal, você acha que agora tem informações suficientes para ter uma posição sobre a China? É importante saber que o Gustavo excluiu qualquer análise sobre a agricultura chinesa, sobre a produção agrícola chinesa, sobre as relações de propriedade e as relações de produção no campo chinês. Ele passou
direto, ele não analisou o tema em absolutamente nada. E aí há um elemento muito curioso que é uma tendência no debate de alguns setores marxistas simplesmente passar diretamente pelo tema, né? Isso é curioso porque a China foi uma revolução socialista e anticolonial em que a principal base social dessa revolução foram os camponeses, né? tem uma centralidade gigantesca da questão agrária, só que no debate marxista dos últimos tempos se passou a largo da questão agrária, pelo menos no debate brasileiro. No debate brasileiro, isso não corresponde à verdade, inclusive em obras clássicas, como a obra do Pomar,
enigma chinês, capitalismo ou socialismo, que o Pomar faz uma análise muito rigorosa da questão agrária, meu livro que eu preciso de volta, pelo amor de pelo amor de Deus, assim, sabe? Eu inclusive escrevi um texto na época do congresso do PCBR sobre a China em que eu destaco que no debate do partido que foi público, tribunas públicas de debate, a maioria dos camaradas que queriam tomar posição sobre a China não colocavam o debate sobre as relações agrárias no país, né? O Sami Amir, eh, num livro que foi publicado no Brasil pela expressão popular Só os
povos fazem história, ele desenvolve uma tese ali num artigo China 2013, se não me falha a memória, o nome do artigo, que para ele a restauração capitalista só seria completa na China depois que se mercantilizasse 100% a Terra e acabasse a nacionalização do solo, né? Esse artigo do Sami pega dados do começo dos anos 2000 em que a Terra tava pouco mercantilizada na China. Na segunda década dos anos 2000, a coisa mudou bastante. A terra, o território passou por um altíssimo processo de mercantilização, inclusive especulação imobiliária. E de 2019 em diante já tem um movimento
reverso de controlar a especulação imobiliária, frear mecanismos de especulação imobiliária e inclusive de financierização da terra. muito centrado no bordão, na palavra de ordem lançado pelo Xiping. Cas é para morar, não para especular. Tem um gigantesco debate sobre a questão agrária na China. Inclusive, o processo de reforma e abertura começou fundamentalmente com as mudanças na agricultura, acabando com as comunas rurais e criando uma agricultura centrada na responsabilidade familiar da da família camponesa na dinâmica de produção, né? Gustavo passou ao largo de tudo isso. É muito importante saber disso. Veja, para o Gustavo, simplesmente não existe
no na análise dele questão agrária na China, tá? Então ele não debateu a situação da terra mercantilizada. Só em um momento rapidamente o final do vídeo é que ele debate que a característica tributária da China, segundo ele, tá muito centrada nos impostos sobre a compra e venda de imóveis, né? Dado o processo de ampliamento das relações de mercado no processo de reformas e abertura foi a única coisa mais próxima de debater a questão da terra. Mas fora isso, absolutamente nada. Mas a importante prestar atenção nisso. E aí, veja, eu não quero nem entrar no debate.
Ah, o solo na China é nacionalizada, a terra é nacionalizada. Qual é o índice de mercantilização da terra? Eu não quero nem entrar no debate que eu acho que é muito relevante, que é você pensar que na China a população, 90% da população é proprietária de sua casa e é uma das taxas mais altas do mundo, chegando a 87% nas áreas urbanas e 96% nas áreas rurais. A gente tá falando de basicamente uma das maiores taxas do mundo. E se você for comparar de maneira relativa visavos, tamanho da população, território é a maior taxa do
mundo, né? Então, tem alguma coisa aqui que explica porque a China na contramão do mundo inteiro, a maioria das pessoas têm casa própria. Você que é no Bras, mora no Brasil, por exemplo, como é meu caso, eu não tenho casa própria, né? Moro de aluguel, minha mãe mora de aluguel, minha irmã mora de aluguel, enfim, todo mundo do meu ciclo familiar mais próximo mora de aluguel. Na China, 90% das pessoas em média tem casa própria. Isso a meu ver tá claramente relacionado com a forma particular que assume a propriedade da terra, né, de maneira mais
geral. as relações eh agrárias de maneira mais específica e a própria configuração de construção do território nas áreas urbanas. Isso não foi abordado pelo Gustavo. Gustavo vai diretamente, basicamente para uma divisão entre as diversas formas de propriedade do capital, propriedade do capital das maiores empresas. E aí faz sentido inclusive pegar uma análise a partir das maiores empresas, por as maiores empresas são as empresas que produzem efeito de encadeamento na economia, né? Tirando do economiz e trazendo pro bom português, o que que é um efeito de encadeamento na economia? As maiores empresas são as empresas que
têm um maior impacto pela sua cadeia, pelo seu peso de investimento, número de trabalhadores e trabalhadoras empregadas, enfim, a o consumo de matériaspras, a cadeia de suprimentos e por aí vai. faz sentido. Embora é importante destacar a partir do momento que o Gustavo pega só o dado das maiores empresas, isso pode criar algumas distorções. Por exemplo, a China tem mais de 200.000 empresas estatais, né? E aí tem inclusive algumas variações aqui de fonte. Alguns falam em 250.000, outros 280.000, outros 300.000, 180.000, enfim. Mas eu me parece que a fonte de dados mais segura é trabalhar
com a ideia de 200.000 empresas estatais, empresas públicas e tal. E aí o Gustavo também não entra no número de cooperativas, né, rurais e urbanas. Ele também faz uma coisa que, ao meu ver, não é justificável. Deixa eu abrir aqui para vocês verem como o Gustavo apresenta os números. Hã, aqui a gente tá vendo o gráfico que o Gustavo apresenta, tá meio pequeno, meio pequeno para ver na tela, mas é basicamente e empresas estatais, 29 empresas, empresas estatais de capital misto, 31 empresas, empresas 100% privadas, 29 empresas, empresas privadas com participação estatal, 11 empresas. Veja
de novo, pegando o dado das maiores empresas faz sentido e tal, só que eu acho que faltou o companheiro Gustavo Machado explicar paraas pessoas que estão assistindo o seu vídeo como é que funciona a estrutura de propriedade na China, que ele não explicou. Veja a configuração oficial de análise das estatísticas chinesas e o Gustavo também faz algumas afirmações sobre estatísticas chinesas que já a gente vai chegar lá. Mas a configuração oficial que se trabalha na China é o seguinte, presta atenção. Governo chinês trabalha com a ideia uma nomenclatura de empresas urbanas não privadas. Então tem
uma segmentação aqui, inclusive por região, empresas urbanas não privadas, né? E aí essa classificação do governo chinês refere-se a todas as entidades jurídicas, não privadas em áreas urbanas e inclui empresas estatais, empresas de propriedade coletiva, joy ventories, sociedades anônimas, economias com investimento estrangeiro e empresas com investimento em Hong Kong, Macau e Taiwan. Nessa configuração, o que se destaca é que empresas de propriedade coletiva, o companheiro Gustavo Machado foi e simplesmente não analisou as empresas de propriedade coletiva, né? Então assim, não há nem sequer um debate se, ó, essas empresas de propriedade coletiva são realmente coletivas,
os trabalhadores mandam nessas empresas, isso é apenas uma ficção jurídica, porque veja, eu inclusive nem estou convencido que as empresas de propriedade coletiva, os trabalhadores realmente comandam aquela empresa. Presta atenção. E aí, Gustavo? Eu vou vou pedir assim um pouco de seriedade, porque falar que tem dúvida não significa fugir de debate, não significa e tal, significa tratar as coisas de maneira científica, né? Veja, eu tenho dúvidas, mas assim, existem as empresas de propriedade coletiva. Faltou o companheiro Gustavo, analisar isto, né? Se essas, veja, essas empresas, qual é o peso delas na economia, como é que
elas funcionam, os trabalhadores têm realmente participação, isso é meramente uma ficção jurídica? Veja, se você, vamos imaginar um cenário aqui hipotético, você só viu o vídeo do Gustavo, você não pesquisou mais nada, não leu mais nada sobre a China e tal e você saiu acreditando. Ô, é isso, estou convencido, fechei posição sobre a China. Você não conhece uma forma muito importante e uma forma jurídica de propriedade muito importante na formação social chinesa que o Gustavo não abordou. Por exemplo, tem uma coisa que circula na internet que é mito, viu, gente? Que a Huawei é de
propriedade dos trabalhadores. Isso não é verdade, mas ao mesmo tempo é quase impossível você definir a propriedade eh do capital, a propriedade acionária, o controle acionário da Hwayi, né? Inclusive, neste ponto, neste ponto, discurso dos Estados Unidos tá até meio certo quando eles falam assim que a China apresenta empresas como se fossem privadas que na prática não são e usam como exemplo a HWE, sabe? Então, neste ponto, os Estados Unidos não estão nem errados, porque há um maranhado jurídico de formas possíveis de propriedade e há empresas que operam com capital fechado em que assim o
o processo realmente de quem é o controle acionário é uma coisa difícil de definir. Perfeito. Outro ponto importante pra gente destacar aí, voltando pro vídeo do Gustavo, né? A partir dos 37 minutos, ele começa a falar das empresas estatais. Vamos colocar aqui é 37 minutos e 46 segundos, mas vamos colocar a partir dos 37 pra gente se divertir um pouquinho. Que aliás em boa parte do mundo é o setor público que assume mesmo, ainda que depois eles eles eh façam licitações paraa iniciativa privada operar, né? Então, setor como energia, hidrelétricas, infraestruturas gigantescas, telecomunicações, transporte, construção
pesada, essas são as empresas 100% estatais. Já as estratégias de capital misto. Ah, e mais, né, na China nós vamos ver que elas têm uma estratégia, as empresas que estão nesse eh 100% estatais, eh, além de produzir em larga escala, com elevada produtividade, com preços baratos, é mais barateado ainda, porque eles realizam intencionalmente lucros menores, permitindo que todos os capitais que estão nos outros três grupos se aproprie de energia barata, se aproprie de internet barata, eh, de transporte barata e de infraestrutura barata, tá? Eh, como o valor, né, na natureza nada se ganha, nada se
perde, e esse é o centro da teoria do valor de Marx. Esse valor que não é realizado nesse setor vai ser realizado pelos outros. Quando você compra um insumo mais barato do que realmente é, porque se intencionalmente realizou um lucro menor, significa que isso quem vai ganhar vai ser os outros setores que estão no restante da cadeia. Então, segundo ponto, as empresas estatais de capital misto, eh, são empresas do setor siderúrgico, né, bancário, mineração, são empresas que são controladas pelo estado, mas que cujas ações são divididas com capital privado. Eh, aqui tá basicamente produção de
insumos, né? Eh, e o Estado financia de modo a propiciar a produção em larga escala e elevada produtividade, dividindo os lucros no setor privado. E o bancário tá aqui, nós vamos discutir especificamente sobre ele mais à frente, tá? Então aqui eh para você para você eh dividir as ações com capital privado, você não vai poder realizar lucros menores. Então aqui realiza um lucro médio na média do mercado, tá? Eh para que o capital privado possa se interessar e o estado mantém o controle administrativo. E além disso, o estado, evidentemente, financia essas ciderúrgicas gigantescas, né? Unidades
produtivas para 40, 50, 60.000 com 60.000 trabalhadores que produz aço em larguíssima escala com elevado grau de produtividade, tá? Eh, e por fim a gente tem as empresas sem E aí, veja, o companheiro Gustavo, ele fala que as empresas estatais operam com a taxa de lucro menor a média do mercado e não só do mercado chinês, do mercado global, diga-se de passagem. E morre aí o debate sobre as empresas estatais. Ele não debate as condições da classe trabalhadora. Ele não debate se essa operação de lucro menor impacta no crescimento dos salários, impacta na capacidade de
responder a demandas sindicais. Ele não debate, inclusive se há um uso estratégico, por exemplo, né, o controle público do setor de energia elétrica, produção e distribuição, esse baixo preço é para toda a economia ou tem direcionamentos específicos e tal? Então, meio que morre. Aí, Gustavo não percebe que a partir do momento que ele afirma que as empresas estatais operam com um lucro menor para manter o custo baixo de produção industrial, que é dis é disso que a Jun tá falando, produção industrial no sentido mais amplo possível, né? ele vai em seguida realizar um subterfúgio. Quer
dizer assim, é, mas isso não nega relações de mercado, de fato, não nega, porque no final o valor vai se realizar nas empresas intermediárias, né? Então é isto, você tem empresas de capital misto que o lucro é na taxa média, que é maior do que nas empresas estatais, então o valor tá se valorizando da mesma forma. Aí no final estava acaba dizendo que é tudo igual, seis por meia dúzia. E aí tanto não é, tanto não é igual. E aqui, presta atenção, presta atenção. Dizer que não é igual não significa dizer: "Ah, então você tá
dizendo que é socialismo porque é estatal". Não. Ah, então você acha que são as empresas estatais da China são socialistas? Não, eu tô dizendo o seguinte, tanto não é igual que o Gustavo conhece o trabalho do Michael Roberts, que vem fazendo um debate sobre o papel das empresas estatais na China e questionando essa afirmação que as empresas estatais operam numa lógica 100% de mercado. Gustavo conhece o Michael Roberts, cita o Michael Roberts, debocha do Michael Roberts, mas não refuta as afirmações dele. A gente vai chegar nesse ponto feito? Então, o Gustavo, toda vez que tem
um dado que tem algum problema para ele, ele simplesmente cita de maneira rápida e diz assim: "É, é diferente, mas no final é a mesma coisa". Esse é um exemplo. E repito, Gustavo simplesmente passou direto sobre condições de trabalho, né? Então assim, você que viu o vídeo, você não sabe como é a situação de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras das empresas estatais, você não sabe se tem comitê de fábrica, você não sabe como é que é a relação salarial, você não sabe se essa realização de uma taxa de lucro menor tem impacto no ganho salarial
dos trabalhadores. Você não sabe se essa se essa realização de uma taxa de lucro menor implica um maior grau de exploração na classe trabalhadora. Porque veja, é característico, inclusive de dinâmicas de mercado, a depender da situação que a gente esteja falando, a possibilidade de uma empresa opera com uma taxa de lucro muito menor, transferindo o valor empresa pública para outras. Isso é compensado ou a partir do fundo público com a empresa operando de maneira permanente em déficites, que foi o caso, por exemplo, do México em vários momentos do século XX, ou então essa empresa pública
opera com grau de exploração seja intensificando a extração de mais valor relativo ou absoluto para compensar essa transferência de valor para outros setores, né, a partir da realização de preços de venda, de mercadoria. mais baratos, visa visa média do mercado. O Gustavo simplesmente passa direto. Veja, o companheiro Gustavo, na verdade ele faz um debate aqui meramente jurídico, porque as relações de trabalho não são objeto neste momento. E quando ele vai falar das relações de trabalho, ele simplesmente não aborda o conjunto do setor público, não aborda o conjunto do setor de capital misto, não aborda na
prática o setor privado. Então você nem sabe quais são as diferenças salariais, de relações de trabalho, se existe diferença na participação ou não da classe trabalhadora, no controle das relações de produção, dos processos de trabalho, nada disso é abordado. Aí ele vai citando esses elementos do ponto de vista muito mais jurídico do que qualquer outra coisa. Isso não é análise de relações de produção, é muito mais uma análise de uma divisão jurídica. que repito, uma divisão jurídica que não contempla o que é a nomenclatura usada na China, nem sequer para refutar, porque é isso, dá
para você pegar nomenclatura oficial da China a empresas urbanas não privadas e dizer assim, ó, tá errado, isso aqui, não contempla, perfeito. Aí a partir dos 59 minutos, o Gustavo vai pro debate sobre o estado controlar o setor bancário. Vamos lá, né, que é voltado paraa crédito internacional, é 4,5 trilhões. E o Bocon que tá mais atende o mercado doméstico, trabalhador, pequena empresa, na sua maioria, chega próximo dos 2 trilhões. Só que você já viu uma diferença? Primeiro, eh, os bancos que atendem as empresas capitalistas por excelência, todos têm ativos aí acima de 4.5 trilhões
de dólares. Aquele que tem clientes domésticos, que é um banco só, assim, predominantemente clientes doméstico, tem algumas empresas também, mas predominantemente cliente doméstico é menos de 2 trilhões de dólares. Só para vocês ter uma ideia, o JP Morgan, que é o maior banco dos Estados Unidos, tem 3.8 trilhões em ativos, que é menor do que todos esses quatro bancos da China. Isso acontece não porque o capital bancário chinês é mais forte no seu conjunto que o que o americano, não, que dos Estados Unidos, não é o caso, mas porque a estrutura bancária da China é
absurdamente centralizada e como esses bancos são de capital misto, ou seja, o seu lucro, uma parte boa vai pro capital privado, mas o estado consegue controlar e destinar para onde vai os investimentos. Ess são os aspectos centrais da estratégia chinesa, tá? Eh, uma estrutura de capital misto, controle estatal, lucros em grande parte de privados. E o controle estatal ele visa direcionar crédito para os setores estratégicos na disputa capitalista global, tá? Então, eh, é isso. Vamos partir aqui pro próximo. A gente vê logo de cara que a dicotomia entre o setor capitalista chinês vers setor estatal,
ou seja, o estatal como se não fosse capitalista, uma falsa dicotomia, tá? Primeiro que o setor estatal são empresas capitalistas, tá? Eu quero chamar atenção a isso. Na União Soviética, tem gente que acha que na União Soviética tinha era uma pancada de empresa capitalista estatal. Não, cara, no soviético tinha todos os problemas do mundo. Somos maior críticos soviéticos, mas não nesse, tá? As empresas lá não atuavam de acordo com o mercado, elas atuavam de acordo com planejamento da produção da riqueza. É verdade que visando atender muitas vezes interesses burocráticos, priorizando construção de bomba atômica em
relação a todo o resto, eh, e etc, etc., mas as empresas elas não eh compravam e vendiam entre si, né? Inclusive você tinha só uma unidade contábil ali para ter controle, mas inclusive eh você já tinha dentro dos planos quinquenais, né, quantidades que eram eh recebidas, produzidas, entregues de uma unidade para outra, sem precisar de compra e venda. Se só tinha compra e venda, evidentemente, entre eh a produção e o consumidor final, que aí você tinha que usar o rubo, você precisava de uma moeda, inclusive, para ter relações internacionais, eh, naquele contexto, né? Mas na
China não, são empresas capitalistas. Veja, eu achei esse trecho maravilhoso, porque tem algumas pessoas que têm um desvio esquerdista muito forte que tratam o debate sobre socialismo no sentido de não é socialismo porque tem trabalho assalariado, não é socialismo porque tem ainda estado, porque tem ainda direito, porque tem ainda família. O Gustavo ele, nesse vídeo dele, ele fala que a União Soviética era socialista. Tem aquelas coisas trocistas de socialismo burocratizado e por aí vai. E assim, nisso a gente concorda, né? O critério fundamental para definir se uma experiência socialista ou não é o poder político,
a planificação da economia e a propriedade dos meios de produção. Ponto. Inclusive, esse é o critério do Trotsk. Peguem lá a revolução traída do Trotsk, bota o livro na tela, Maxwell, vocês vão ver que o Trotsk não faz alguns debates que estão aparecendo aí na internet, não, viu? Ah, não é socialismo porque não aboliu de imediato a lei do valor. Não é socialismo porque não aboliu o dinheiro, porque não aboliu o crédito, porque não aboliu a família, porque não aboliu o trabalho assalariado. Debate do Trotske. Pro Trotsk, inclusive, a União Soviética no estado operário. Estado
operário burocratizado, mas a base econômica era de um estado operário. Por quê? planejamento e estatização dos meios de produção. Ponto. Aí, a partir desse destrinchamento mais jurídico que o Gustavo faz, ele entra na questão polêmica, né, na questão dos bilionários a partir dos 55 minutos. Capital privado, nós temos aí o socialismo dos bilionários, né? Socialismo dos bilionários. A China, coerente com a sua posição na divisão internacional do trabalho, ainda esse ano, esse dado era do janeiro de 2025, tem 473 bilionários acumulando uma fortuna de R 1,7 trilhãoais. Ou seja, R73 pessoas tem R 1,7 trilhõesais.
Ela fica atrasa apenas os Estados Unidos que lidera com R13 bilionários. E a gente pode ver que a proporção aqui até se parece com a exposição dos países na divisão internacional do trabalho. É mais ou menos, né, Gustavo? Tem uma diferença aí de população significativa, né? A China tem 1.400.000 pessoas. Os Estados Unidos têm 300 e tantas milhões de pessoas, né? Os Estados Unidos tm uma população infinitamente menor com dobro do número de bilionários. Mas veja, isso é um dado gravíssimo. Eu não acho que é um bom argumento que algumas pessoas usam. Ah, bilionário do
socialismo é o quê? É só uma contradição. É uma contradição passageira e tal. Isso para mim não é argumento. Inclusive, no vídeo que o Gustavo, infelizmente, não foi honesto na posição, eu inclusive digo as pessoas que, ó, esse negócio que vocês estão dizendo que a China tá acabando com os bilionários, não é verdade, viu? Isso não é verdade. Agora, o companheiro Gustavo quando cita esse dado, ele mais uma vez esquece um dado universalmente conhecido. Deixa eu até abrir a tela aqui, que todo mundo que estuda minimamente a China conhece, que é a redução do número
de bilionários. Veja, vocês acham fácil no Google? Vocês forem lá no Google, vocês colocarem: "Ó lá, China perdeu 1/3 dos seus bilionários". Vai aparecer? Faz isso, Max, por favor. Um efeitozinho especial. Vai aparecer uma porrada de matérias falando, é conhecida, é conhecida na literatura que há uma redução do número de bilionários e da concentração de renda, riqueza e propriedade na China. Isso não significa que os bilionários estão acabando, que a China vai deixar de ter bilionário amanhã. Isto não é verdade. Então você que defende que a China é uma experiência socialista, eu acho que tem
que arrumar um argumento melhor do que dizer que é só uma contradição. O fato é que há uma tendência de redução do número de bilionários. Isso por uma série de fatores. E aqui uma série de fatores gigantesca, né? A gente pode colocar o efeito da pandemia do COVID-19. Este é um efeito. A gente pode colocar também debate a mudança do padrão de crescimento econômico chinês de um crescimento econômico expansivo, muito focado em ampliação de urbanização e de capacidade produtiva, onde antes era uma área rural ou não tinha nada para um crescimento econômico intensivo, muito focado
em mudança do padrão de consumo dentro de uma dinâmica sociológica de um ambiente já urbanizado, industrializado. Então, um ritmo de crescimento menor, tem o fator do aumento do custo da força de trabalho na China e que várias fábricas estão saindo da China para ir para Malásia, para Tailândia e por aí vai. tem o fator da repressão governamental, da repressão governamental, especialmente no setor das chamadas bigtechs, das empresas de tecnologia, mas também no setor imobiliário, no setor da educação e no setor da saúde, que reduziu o espaço eh para uma acumulação privada desmedida. Tem também o
elemento de mudança na governança de empresas privadas na China. Mas a gente vai falar um pouquinho mais disso. Mudança de governança na empresa privada, nas empresas privadas da China, em que se aumentou muito mais a prioridade para o investimento tecnológico, ao invés da distribuição de lucros e dividendos para acionistas, a maior regulação e controle do Partido Comunista sobre o mercado de ações. Então, veja, o fato concreto é que o número de milionários da China vem diminuindo, né? junto inclusive com a diminuição ainda pequena, mas significativa, com tendência de diminuição da renda, riqueza e propriedade entre
as classes. Parte do debate sobre a prosperidade comum, que é uma das palavras de ordem hoje. Palavra de ordem não, palavra de ordem é coisa nossa. Eu eu eu tenho dificuldade de como traduzir isso, não é slogan, porque slogan na nossa linguagem é uma coisa meio vazia, né? É uma das diretrizes centrais do Partido Comunista, prosperidade comum. Inclusive, companheiro Gustavo, no debate sobre bilionários, eu vou concordar muito mais com você do que com Elias, viu? Eu não acho que é aceitável ter bilionário no socialismo, não. Ponto. Só para você saber disso. Eu acho que às
vezes você força o antagonismo entre a gente, viu? Você saber. Agora, agora não dá para você ocultar do seu público que o número de bilionários vem caindo, sabe? É isto. Não dá para ocultar do seu público que o número de bilionários vem caindo. Inclusive debater essa tendência, debater os limites dela, debater até onde vai, debater se tem uma tendência de reversão a isso, se isso é passageiro, se isso é duradouro. Mas, infelizmente, o companheiro Gustavo, ele passou direto sobre o tema. Aí depois da parte dos bilionários, ele fala novamente sobre a propriedade, sobre o controle
estatal, melhor dizendo, no setor bancário e entra num debate muito importante sobre se a economia chinesa é uma economia planejada ou uma economia planificada. Vamos adiantar aqui. Lembrando que nesse bloco a gente tá mostrando muito mais o que ficou de fora da exposição do Gustavo. Como eu falei para vocês, a gente já vai entrar na parte mais substantiva, mais afirmativa sobre informações equivocadas que o companheiro Gustavo Machado fez. Vamos lá. 1 hora 4 minutos. Tá certo? Deixa eu só voltar alguns segundos aqui. Milhões de pessoas estão nas cidades de níveis um e dois lá na
China. Eh, aí aí tem uma renda per capita de 33.000, né, anual, patamar europeu, mas mais 1 bilhão da China estão em cidades de nível trê e qu per capita similar a Nigéria, tá? 6.000 anuais aí na média. Então significa que tem mais de 1 bilhão de pessoas que onde ainda há espaço paraa expansão do capitalismo chinês, não necessariamente para abarcar esse 1 bilhão, tá? Porque como vão ver as contradições do capitalismo que vão vir lá na frente, mas dá para crescer muito lá dentro ainda. Por último, se a taxa de lucro assim o permitir,
né, a possibilidade de migrar o capital de um ramo a outro, segundo os interesses estratégicos, eh, devido ao controle do capital bancário pelo estado, né, sobretudo pelos cinco grandes bancos estatais. Então essa é alta centralização bancária com não necessariamente com propriedade de 100% dos bancos pelo estado, que como a gente viu a maioria capital misto, mas com controle administrativo do estado. Diferente dos Estados Unidos, a China pode realocar o capital dela nesse ou naquele setor que ela considera estratégico em magnitudes gigantescas por uma mera definição e deliberação do estado, tá? Ou seja, então há um
planejamento nesse sentido. Ela não agora o o como vocês vão ver em detalhes, o Gustavo não fala que classe controla o estado. Veja, ele fala que a China pode alocar o capital nesse ou naquele setor de acordo com os interesses do estado. É isto, massa. E e a classe capitalista, por exemplo, quando a China fez o enquadramento do setor imobiliário e provocou perdas bilionárias para várias grandes construtoras, né? Qual foi a reação desse povo? Eles têm poder políticos? Eles lutaram, eles resistiram? Como é, como é que ficou isso? Assim, como foi a reação? Então veja
o o companheiro Gustavo, ele vocês vão ver que ele nenhum momento no vídeo dele, que é o prime, que é a obra máxima sobre a China, ele nenhum momento debate que classe controla o poder político na China. Deixa eu só até abrir isso aqui, ó. Presta atenção. Presta atenção você aqui. E aí eu tô pedindo para você dizer se é verdade ou é mentira. Em qual momento do vídeo Gustavo fez um debate sobre que classes sociais controlam o poder político na China? Ele não fez isso. Eu vou mostrar, eu selecionei os trechos, mas ele não
fez isso, né? Não existe um estudo sobre que classes sociais controlam o poder na China. Então, ah, o Estado aloca o capital de um setor a outro, de acordo com os interesses estratégicos. Interesses estratégicos de quem? Do estado. Mas que classe manda no estado, Gustavo? Como é que é isso? Porque assim, no Brasil, vamos pegar o exemplo do Brasil. No Brasil, porque de maneira consistente a gente tem uma das maiores taxas de juros do mundo há mais de 30 anos. E por exemplo, o setor de infraestrutura brasileira é uma velha caindo aos pedaços e não
tem dinheiro para renovar a infraestrutura, porque basicamente o fundo público é direcionado para pagamento de juros de título e serviço da dívida pública, porque no bloco no poder há uma força muito grande do capital especulativo, dos bancos, do próprio rentismo na acumulação de capital. Então, no comando do Estado brasileiro, há um interesse objetivo das classes e frações de classe que controlam a política no Brasil. E aqui com destaque para Febraban, que representa principalmente o capital bancário mais tradicional, e Faria Lima, que representa principalmente o capital mais especulativo, fundos de investimento, capital estrangeiro também especulativo e
por aí vai. setor da classe dominante simplesmente garante, a partir do seu poder político, que há mais de 30 anos e o Brasil mantenha de maneira consistente uma das maiores taxas de juros do mundo e que a infraestrutura do país, por exemplo, fique a míngua, por exemplo, né? Na China, o estado maneja a capital para lá e para cá, mas a partir de que bloco de classes no comando do estado, Gustavo? Vamos lá. Preste atenção. Planeja no sentido de planejar a economia no seu conjunto para atender as necessidades humanas, mas de direcionar para onde o
capital vai ser investido. Eh, e a capacidade de fornecer insumos e infraestrutura moderna a baixo preço. Estados Unidos, por exemplo, tem uma infraestrutura que ela, boa parte dela foi construída há 100 anos atrás, tá, né? Eh, e quase toda ela construída nos últimos 20 anos, no caso da China, com tecnologia moderna e por meio de dos grandes monopólios estatais. Por isso que hoje o livre mercado favorece a China. A China na disputa com Estados Unidos, ela já tá na frente dos Estados Unidos? Não, a gente viu aqui eh que nos setores, vou voltar aqui no
slide, por exemplo, setor de bem de consumo final, as empresas, grandes empresas chinesas ocupam 12% do mercado, tá? Dos Estados Unidos 40, tá? Nós estamos falando três vezes mais, quase quatro vezes mais, tá? Eh, no entanto, o setor de bens de consumo final é justamente o setor em que a China mais cresce, onde inclusive é hegemonizado pelo capital 100% privado. É, então essa as características que a China tem é a sua enorme população, enorme mercado consumidor, o fato de ter uma economia planejada e do ponto de vista de direcionamento do capital e não planejamento no
sentido que nós vamos discutir depois, permite que a China tem enorme vantagem competitiva sobre os Estados Unidos, inclusive uma estrutura muito moderna, ela já tá na frente em todos os setores de meio de produção, setores de bens de consumo final, tá na frente em alguns ramos e tá atrás em outros, tá? e ela corre atrás. Mas os que ela tá atrás, ela corre atrás. O estado pode direcionar tanto capital para aqueles setores, se assim eles o definirem como estratégico, eh, numa magnitude que as empresas isoladas monas nos Estados Unidos não pode fazer. Aí vocês vão
entender claramente as medidas do Don Stron, tá bom? Eh, e aí nós podemos discutir aí, veja, o companheiro Gustavo, ele não dá o fundamento teórico, simplesmente ele não dá o fundamento teórico sobre porque existe tal grau de planejamento na China. Alguém pode dizer assim: "Jônios, Gustavo da Sim, quando ele vai falar da restauração capitalista na China, ele diz que se restaurou o capitalismo na economia, mas manteve o regime político centralizado. A gente vai chegar lá, isso não explica nada. Ô gente, com todo respeito, assim, isso é o bordão liberal que a China abriu a economia,
mas não a política. Isso é um bordão liberal, viu? Não diz nada. Veja, então o companheiro Gustavo, ele em nenhum momento ele busca refletir sobre porque existe tal grau de planejamento na China, porque na China a gente não eh encontra as expressões mais visíveis, né, e mais visíveis e também as mais profundas de uma dinâmica econômica ditada pela financierização neoliberal. Ele simplesmente tem como foco colocar que tudo que existe de diferente na China, visavis, o que que é a realidade, por exemplo, dos Estados Unidos, a realidade do Brasil, a realidade da Argentina e por aí
vai, não nega o caráter capitalista. E aí veja, válido, válido. Eu acho, eu acho que inclusive é importante diferenciar planejamento de planificação. Não são as duas coisas, né? Não são as duas coisas. Planejamento e planificação são coisas diferentes. Válido. Tem um livro, por exemplo, muito bom da professora Isabela Weber, como a China escapou da teoria, a teoria da terapia de choque, né? Foi lançado no Brasil pela Boit Tempo. Bota aí na tela, Maxuell, que assim, claramente, claramente isso aqui é incontestável, viu? A China não tem um padrão de acumulação neoliberal. Porque dentre outras coisas, se
a China tivesse um padrão de acumulação neoliberal, a China não teria dado a arrancada industrial, tecnológica e produtiva que ela deu, né? Basta ver inclusive a situação do Brasil. O X da questão é: a China está nessa posição diferente? Gustavo responde. Vamos ver se responde. E aqui eu acho importante pontuar isso, porque veja, um dos argumentos que as pessoas que defendem que a China é socialista usam é justamente mostrar que a China está na contramão da da financierização neoliberal. E aí veja, gente, isso é verdade, viu? Assim, a China está na contramão da financierização neoliberal.
Não estou afirmando que todo país capitalista pode seguir o caminho da China. Veja, nunca disse isso. Estou debatendo com vocês algo que é factual. E aí é isso, gente. Tiver maiores dúvidas, leia o livro da Isabela Weber, sabe? É isto. Mas para mim isso é incontestável, factual assim, tal. Eu acho que nem o Gustavo, inclusive o Gustavo fala no vídeo dele que a China tem uma capacidade de planejamento, que a China tem uma capacidade produtiva no sentido de ampliar sua capacidade de produção maior que os Estados Unidos. Perfeito. Um dos argumentos que as pessoas que
defendem que a China é socialista usam é dizer que a China se inseriu nas cadeias de valor global para modernizar sua estrutura produtiva, absorver tecnologia, desenvolver as forças produtivas, negando os dogmas neoliberais para usar as oportunidades dadas pela globalização, pela globalização neoliberal, para enfrentar, ter condições de competir com os Estados Unidos. Veja, veja, é um argumento que a depender como se apresente é falho em vários sentidos. É falho em vários sentidos, porque para mim, por exemplo, esse argumento parte do pressuposto e tudo que aconteceu do final dos anos 70 até hoje foi tudo planejado e
o Partido Comunista acertou em tudo. Não acho que é por aí. Eu acho que, por exemplo, o que aconteceu nos anos 90 na China, em termos de piora das condições de vida daquelas trabalhadora urbana, foi um negócio assustador. O negócio não foi tudo planejado, certinho, sem contradição, sem problema. Não acho que é por aí não. Fato concreto é que a China se insere de maneira muito ativa, diga-se de passagem, na ordem imperialista neoliberal financeirizada, negando os dogmas neoliberais, no mínimo a política econômica e o regime de acumulação neoliberal. e agora inclusive tem capacidade de subverter
a ordem de Bretton Woods frente a um país como os Estados Unidos que tem capacidades limitadas de competição tecnológica e produtiva com a China, justamente por causa da ordem neoliberal. Então, muitas pessoas vão usar o argumento que a China aproveitou uma oportunidade que foi aberta do ponto de vista geopolítico para desenvolver suas forças produtivas, desenvolver capacidade tecnológica, desenvolver capacidade produtiva, mas manteve o poder político nas mãos do Partido Comunista. Prova disso é que a China, diferente dos Estados Unidos, diferente da Itália, diferente da França, diferente do Brasilá, não está fundado na financierização neoliberal. Veja, é
um argumento que em si, para mim é um pouco precário, é um argumento que eu acho que inclusive diz pouco sobre teoria da transição socialista, tá? Mas mas não dá para não explicar porque a China não tem o mesmo destino que o Brasil, por exemplo, ou que outros países socialistas que abriram sua economia e se integraram na ordem imperialista. Assim, ah, não, a população da China é gigantesca. a população, ó, isso não é um argumento bom, não, sabe? Então, é preciso entrar nesse argumento, preciso explicar isso, preciso dar uma resposta para as pessoas sobre isso.
A China tem uma capacidade de planejamento maior, sim. Por quê? A partir de que interesses de classe, o que é que significa do ponto de vista da dinâmica de acumulação capitalista? Sabe, são temas que não foram abordados. Eu agora quero mostrar para vocês duas coisas. dois dados muito importantes. É por isso que eu disse que o companheiro Gustavo Machado fez uma análise predominantemente jurídica sobre as relações de propriedade. Dois dados, um mais importante, o outro menos importante. Eu vou colocar esses textos na tela para vocês lerem. Massa antes de entrar no debate se a China
é ou não imperialista e a derrapada que o companheiro Gustavo dá muito grave, muito grave. Perfeito. Vamos lá. E aí, vamos entrar agora nesses dois textozinhos que a gente falou que iria citar. O primeiro e menos importante é este aqui, como a China quebrou a cadeia de infecção, que foi traduzido, né, e publicado na revista Ópera. Porque esse texto é importante, ele faz uma demonstração. E aí, veja, gente, eh, eu vou colocar vários textos na descrição do vídeo, mas assim, tá aí o título do texto, né? colocaram lá no Google como a China quebrou a
cadeia de infecção, o texto vai aparecer. Há na China nos últimos 6 anos um renascimento muito grande, um fortalecimento dos comitês de bairro, dos comitês de fábrica, do sindicalismo, da própria ativação das bases políticas do Partido Comunista, dos mecanismos consultivos e por aí vai. Isso se aprofundou durante a pandemia e foi fundamental também na campanha de erradicação da miséria. O Instituto Tricontinental do Brasil lançou um dossiê muito bom sobre a campanha de erradicação da miséria na China, em que o tricontinental destaca o papel que teve a mobilização popular, mobilização de milhões de pessoas no papel
da campanha antierradicação. Então, há um crescimento do tecido organizativo da classe trabalhadora na China. Esse dado é muito importante pra gente pensar como é que isso se reflete nas relações de produção e nas relações de trabalho do país. Eu digo que esse texto é menos importante porque ele não trata diretamente das relações de trabalho no âmbito da fábrica, da empresa, do escritório. E aqui neste momento do texto fala-se, por exemplo, do papel dos comitês de bairro, né? Uma parte importante subnotificada da resposta ao vírus estava na ação pública que define a sociedade chinesa. Na década
de 1950, as organizações civis urbanas desenvolveram-se para os residentes dos bairros organizassem sua segurança e ajuda mútuas. Em UAN ou UAN, né? Na medida que o bloqueio se desenvolvia, os membros dos comitês de bairro foram de porta em porta para verificar as temperaturas, entregar comida, principalmente para idosos, e fornecer suprimentos médicos. Em outras partes da China, os comitês de bairro estabelecem pontos de verificação de temperatura na entrada dos bairros para monitorar as pessoas que entram e saem. Isso era saúde pública básica de maneira descentralizada. Em 9 de março, 53 pessoas que trabalhavam nesses comitês perderam
a vida. 49 delas eram membros do Partido Comunista. Os 90 milhões de membros do Partido Comunista e as 4.6 milhões de organizações partidárias de bases ajudaram a moldar ação pública em todas as 650.000 comunidades urbanas e rurais da China. Trabalhadores médicos que eram membros do partido viajaram para o Han para fazer parte da resposta médica da linha de frente. Outros membros do partido trabalharam em seus comitêos de bairro ou desenvolveram novas plataformas para responder ao vírus. A descentralização definiu as respostas criativas na vila de Tianquia, cidade de Tiaoma, distrito de Iuan Xal, gente, muito nome,
né? Muito nome. Província de Unan, o locutor da vila Yang usou a potente voz de 28 alofalantes para instar os moradores a não fazerem visitas de ano novo, não jantarem juntos. Em Naning, na região autônoma de Guanchi, a polícia usou drones para tocar o som de trombetas como um lembrete para não violarem a ordem de isolamento. Em Xendu, província de Sinchuan, 440.000 cidadões formaram equipes para realizar uma série de ações públicas para conter a transmissão do vírus. Divulgaram os regulamentos de saúde, verificaram as temperaturas, entregaram alimentos e medicamentos e encontraram maneiras de entrer os traumatizados.
Os quadros do Partido Comunista lideraram o caminho até aqui, reunindo empresas, grupos sociais e voluntários e uma estrutura local de autogestão. Em Pequim, os moradores desenvolveram um aplicativo que envia aos usuários registrados avisos sobre o vírus e cria um banco de dados que pode ser usado para ajudar a rastrear o movimento do vírus na cidade. Então queria mostrar esse trecho, desse texto, como a China quebrou a cadeia do vírus, porque ele é parte de uma um contexto mais geral de um crescimento do tecido organizativo na China. E se relaciona diretamente com um dado eh e
com a questão que simplesmente Gustavo Machado não enfrentou. E aqui veja, gente, de novo, você pode decidir que as afirmações que se fazem sobre esse tema não é verdade. Perfeito. Mas você precisa conhecer o debate. Que debate? Pessoas como Elias Jabu, coloca a foto do Elias Jabu aí na tela, Maxwell, argumentam que na China não existe de verdade propriedade privada, mas sim não pública, dado o grau de controle sobre a propriedade privada, inclusive as decisões de investimento que vem crescendo nos últimos anos, a interferência direta do partido na propriedade privada, eh, nas empresas, nas decisões
de investimento, no conselho de administração e que qualquer capital privado pode ser expropriado a partir das decisões estratégicas do partido e do estado. O Elias Jabu usou isso no debate, inclusive com Gabriel Lazaro, usou esse argumento. Coloca o debate aí na tela, Max, para quem não assistiu. Ei, veja, é um debate que existe, não significa que tá certo, que tá errado, mas tem que encarar o tema, entende? O companheiro Gustavo, infelizmente, simplesmente passou batido. Aí vamos para ilustrar o tema, ver outra reportagem aqui, outra matéria. Esta matéria também da revista ópera, nesse caso não é
uma tradução, é um texto autoral. Não temos escolha, a não ser seguir o partido, o controle das empresas privadas na China. Vamos ver só um negócio aqui. O cancelamento daquela que seria a maior oferta pública inicial IPO em bolsa de valores da história, pegou de surpresa os mercados financeiros globais e os investidores do ramo de tecnologia e inovação. Faltavam apenas 3 dias para que na primeira semana de novembro de 2020 as ações da Fintec chinesa AntGUP, uma das maiores empresas de pagamento digital do mundo e braço financeiro da gigante do comércio eletrônico Alibaba, fundada pelo
bilionário Jackmar, estreia-se simultaneamente na nas bolsas de Hong Kong e Shangai. O plano de abertura de capital estimado a levantar 34.4 4 bilhões de dólares e que atraiu 3 trilhões de dólares em demandas por papéis, foi frustrado pela intervenção das autoridades chinesas que apresentavam novas exigências de capital mínimo para as operações do antigroup e pediram que a empresa entenda a necessidade de reorganizar seus negócios. Na mesma ocasião, a China mobilizou uma força tarefa conjunta liderada pelo Comitê de Estabilidade Financeira e Desenvolvimento, órgão regulador do sistema financeiro, pelo Banco Central do país, para investigar a instituição,
coletar informações e estudar sua reestruturação. A suspensão sem previsão de uma nova data, não aconteceu, viu gente? Esse IPO da maior capitalização inicial de mercado jamais feita por uma empresa, é retrato de um cenário mais amplo de mudanças de diretrizes na condição da economia da China. O governo chinês tem avançado de forma assertiva no controle sobre o setor privado e o presidente XPing tem papel decisivo na implementação geral dessa política. Mesmo reconhecendo a importância desse setor para a ascensão da segunda maior economia global, XI mantém a convicção de que os mercados e empreendedores privados são
imprevisíveis e não merecem total confiança. Segundo The Wall Street Jordan, o presidente dispensa noções de autorregulação dos mercados e segue apostando na intervenção estatal para projetar resultados econômicos, desde os preços das matérias primas até o valor das ações e da moeda. Conselheiros do governo chinês, economistas e executivos de negócio reconhecem que Pequim enxerga que os princípios de mercado, outra hora, ferramentas úteis para revigorar os mercados de capitais e os negócios das gigantes estatais são também potenciais agentes do caos. Os riscos estão por toda parte na sociedade e agora, mais do que nunca, o governo deveria
desempenhar um papel maior", frisou o chefe da Academia Chinesa de Ciências Fiscais, Liu Shanchi, ao jornal novorquino. Para evitar e reverter esses riscos, age para, nas palavras do The Wall Street Journal, trazer o setor privado em réd mais diversos tamanhos previstos entrem na linha. Assim, o governo da China tem instalado mais funcionários do Partido Comunista em firmas privadas, controlando o acesso ao crédito e exigindo que os executivos adaptem seus negócios para atingir as metas do Estado. Em casos mais extremos, o Estado assume o comando direto de empresas indisciplinadas ou envolvidas em corrupção. Aqui vamos ler
só mais três parágrafos para não cansar vocês. De acordo com o jornal novaiorquino, o combate à pandemia da COVID-19 no país impulsionou a percepção de que a planificação estatal é mais eficiente na gestão de uma economia complexa, tal qual a chinesa, e na recuperação das atividades econômicas. Nesse contexto, Ch tem deixado cada vez mais clara a sua prioridade, especialmente após a abrupta queda no mercado de ações chinês em 2015. Em reuniões às portas fechadas com subordinados, Chi vem demonstrando seu descontentamento com as forças de mercado e instou os instrumentos do estado a corrigirem distorções. As
intervenções nos negócios do antigroup representam mais um capítulo deste movimento. Um pouco mais abaixo, comitês partidários dentro das empresas. texto diz o seguinte: "Prerativa de novas políticas para o setor privado. O documento publicado pelo Comitê Central também prevê o fortalecimento dos comitês partidários dentro da direção das empresas. deliberação presente desde 2002 na Constituição do Partido Comunista da China e afirma que todas as organizações chinesas públicas e privadas com mais de três membros devem contar internamente com a célula partidária. Esses comitês, segundo o número de 2017, então o dado já tá bem desatualizado, quase 10 anos,
né? se faziam presentes na gestão de cerca de 70% das 1.85 milhões de empresas privadas instaladas no Brasil. Por meio desse no Brasil instaladas no país, gente, no país, meu Deus. Por meio deste instrumento, Pekin quer monitorar o cumprimento de suas metas e políticas por parte dessas empresas, opinando se as decisões de cada firma estão de acordo com as ações governamentais. Deste modo, o governo chinês tem promovido a instalação de mais comitês partidários nos escritórios corporativos e feito com que desempenhe papéis mais atuantes na tomada de decisão de cada companhia. Aí aqui cita os exemplos,
né, e tal, cita o exemplo e aí pega a fala de um executivo aqui e diz o seguinte: "Apontou que o comitê foi formado por pressão do governo e precisa se reunir com frequência para estudar o espírito das políticas governamentais e os discursos de XI. Precisamos entender melhor a política para sobreviver. A construção de um partido, eles dizem, é boa para o desenvolvimento corporativo. Eles dizem quem diz é o partido, né, gente? E aí, veja, eu consigo mostrar para vocês textos de marxistas chineses. Maxwell, por favor, me pede, me pede arquivo chamado marxistas chineses críticos
que eu vou te mandar quatro textos, tá bom? Eu vou mandar aqui para vocês. Maxwell vai colocando na tela. Depois eu vou colocar nos comentários também. Eu consigo mandar para vocês textos de marxistas chineses. E aí, gente, não é marxista marginalizado, não. É marxista importante, viu? diretor de Instituto de Pesquisa, professor universitário, membro de renome do Partido Comunista, que faz uma crítica dizendo que o setor privado tem muita liberdade, que manda muito, que os comitês do partido nas fábricas não são duros, nas fábricas e empresas privadas não são duros como deveria, que o capital privado
tem muita liberdade, que é preciso aumentar a fiscalização, regulação e controle sobre o capital privado, que citam o discurso do XDPing contra a expansão desenfreada do capital para justificar, restringir ainda mais o mercado privado. Veja, ninguém tá dizendo que o mercado não manda nada na China. O mercado no sentido da burguesia, né? Capital privada, né, gente? Não é esse o debate, né? É isto. Veja, companheiro Gustavo Machado, eu acho que ele deveria conhecer os marxistas chineses. E eu não vou citar o nome dos quatro marxistas que eu vou colocar o texto, porque nome nome chinês
é difícil, viu, gente, decorar. Eu só decorei o Mal Zedong e o Shumalai, né? Enfim, nome nome Vietnamita piorou, né? Mas vai tá tudo aqui. Maxel já colocou na tela a esse momento. Coloca de novo, Maxel Sip. Vou colocar na descrição. Leiam. Vocês vão ver que tem marxista chinês que é mais crítico que o Gustavo Machado, viu? O Gustavo Machado teve uma abordagem sobre as empresas de capital misto que tem marxista chinês que trata como empresa de capital privado, que isso não é parte da economia pública, sabe? Agora veja, existe este debate na China sobre
as capacidades e possibilidades de controle sobre o setor privado, inclusive do ponto de vista de decisões estratégicas de investimento, de consumo do excedente produzido a partir da extração de maisvalia. Veja, era custava abordar isso, né, gente, para falar os limites, falar as possibilidades, falar isso aqui é só fachada a partir desse estudo, desse estudo, isso aqui não muda nada, sabe? entrar no âmago do argumento. E aí veja, esse argumento não é nem eu que uso. Por exemplo, o Elias usa bastante esse argumento. Eu já citei em live que há pesquisadores que t esse debate de
que na China, na real há propriedade privada. da propriedade não pública, dado a não sacralização da propriedade privada, a possibilidade de expropriação a qualquer momento e a falta de liberdade sobre as decisões de investimento e de própria alocação do capital da empresa. Enfim, eu já falei, eu acho esse um argumento interessante e que eu queria ver um debate. E aí alguém vai dizer assim: "Jôni, você sempre em cima do muro." Em cima do muro não, gente, o nome disso é ciência. Veja, isso isso existe. Vamos fazer um debate sobre, sabe? Eu não vou ler um
trecho, mas só queria citar outro texto para vocês que é importante conhecer, que é também da revista Ópera, China Subsumindo as finanças. É um texto 2023 do Nathan também traduzido, né, gente? E aí é um texto que fala sobre as mudanças no padrão de regulação frente ao setor bancário, ao mercado de capitais e tal, e que tá relacionado diretamente, inclusive, à redução dos bilionários na China, né? Então é um texto também que mostra como vem atuando nos últimos anos o estado chinês para mudar o papel do capital privado no setor financeiro no país e acabar
com o que se chama na China de finanças das sombras, né, que são meio que empresas bancárias meio que não oficiais e que operaram por muito tempo, especialmente nos anos 90, com muita liberdade. Então, infelizmente, o companheiro Gustavo passou ao largo de tudo isso. Perfeito. Aí a gente volta agora pro debate que Gustavo faz sobre a questão do imperialismo. Veja, o Gustavo, ele parte de uma premissa que basta abrir o livro de Lene e todas as cinco características que Len cita ali estão presentes, né? Concentração e centralização do capital, fusão entre capital industrial e capital
bancário sobre o comando capital bancário, disputa mercado mundial, política colonial e por aí vai. E aí, beleza? E aí o Gustavo, ao citar isso, e aí eu não vou nem entrar no debate sobre centralização, concentração do capital bancário e tal, eu vou mostrar para vocês que o Gustavo ele dá uma escorregada gigantesca porque ele pula um dos pontos centrais das cinco características que Len coloca. Não sou eu, é Len, porque é muito difícil para ele provar essa quinta característica. Aí para não enfraquecer o argumento dele, ele deixa a Lene de lado e pula o tema.
É, é isso mesmo. Ele pula o tema, viu? Ele pula o tema. Vamos lá. A gente vai direto para essa parte que tá a partir de 1 hora 222. Eu vou colocar a partir de 1 hora e 21 minutos, que é pra gente pegar bem o comercião do argumento. Projeto de metas e tudo mais. É um plano de partilha dos mercados mundiais entre si. A China, o grande projeto dela é a chamada Nova Rota da Seda ou iniciativa cinturão e rota, como queiram chamar. foi lançada em 2013, não sem razão em 2013, convertida no principal
mecanismo de expansão imperialista da China, ferramenta de controle e apropriação de fontes energéticas e matérias primas de alternativa para superprodução interna e conquista de mercados, né? Em particular assim chamado sul global. Só para vocês terem ideia, já tem 21 países da América Latina, só latina, que aderiram eh a distintas iniciativas eh da Nova Rota da Seda ou da iniciativa Cinturão e Rota, como preferiam chamar. Você tem aí coisas como os bricks, né, que foi instrumentalizado e capitaneado pela China, que tem por objetivo dar passos na criação de uma estrutura financeira e monetária alternativa ao domínio
dos Estados Unidos. Engloba Brasil, Rússia, Índia, China, né? Além de África do Sul, admitida em 2011. Em primeiro de janeiro de 2024 entrou Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia, Irã, né? Eh, não sem razão o Egito, que a China vem financiando a construção da sua nova capital, segundo maior criador do mundo, como a gente viu, né, o a Etiópia, onde a China financiou a construção de uma grande Presta atenção que o Gustavo citou Irã, né? Isso é importante. Presta atenção, Gustavo citou Irã. Já já eu vou mostrar para vocês porque que é importante. Vamos
lá. É, usina hidrelétrica no rio Nilo, por exemplo, né? Grande credor é a China, que vai agora receber aí parte dessa riqueza aí pelo por décadas. Eh, então os bricks foi instrumentalizados, se transformou claramente em parte dessa estratégia de dominação da China, né? Criou-se o eh o closs border interbank Pigment System em 2015 para promover transações em BRI, né? O Remingbi, a moeda chinesa que conecta hoje mais de 1300 participantes em 100 países. Isso ainda é muito minoritário em relação à hegemonia do dólar nos Estados Unidos, mas as transações aí em remimbou de representar de
0% das transações globais em 2007 a 7% em 2022. sem falar na corrida armamentista, que isso eu vou poupar vocês. Vocês podem procurar vídeos aí na internet, tem muito vídeo, né, com material, reportagens que dão detalhes a respeito da expansão militar chinesa, tá? Então, como a gente pode ver, vamos voltar aqui. Pera aí, pera aí, pera aí, pera aí, pera aí, pera aí, pera aí, pera aí. Tá em 1 minuto 22. Vamos voltar aqui. Tégia de dominação da China, né? Criou-se o e o closer interbank Pigment System em 2015 para promover transações em BRI, né?
o remimbing be, a moeda chinesa que conecta hoje mais de 13 participantes em 100 países. Isso ainda é muito minoritário em relação à hegemonia do dólar nos Estados Unidos, mas as transações aí em remimbou de representar de 0% as transações globais em 2007 a 7% em 2022. Sem falar na corrida armamentista, que isso eu vou poupar vocês. Vocês podem procurar vídeos aí na internet, tem muito vídeo, né, com material, reportagens que dão detalhes a respeito da expansão militar chinesa, tá? Então, como a gente pode ver, pulou a questão da expansão militar chinesa, né, da corrida
armamentista, ele pulou. Aí eu vou mostrar para vocês que essa pulada assim não foi inocente. Vamos lá. Gustavo parte do princípio que não precisa de nenhuma atualização para compreender o imperialismo contemporâneo frente à formulação original de Lenin. Eu já disse no meu vídeo do canal, a Rússia é um país anti-imperialista. Interrogação que minha resposta não deu passagem. que Lene é a base pra gente compreender o imperialismo contemporâneo, mas a gente não compreende o imperialismo contemporâneo só com esse livrinho. Muitas transformações se passaram no mundo. Inclusive a reflexão de Lene sobre imperialismo não tá só aqui.
Eu ainda vou gravar um vídeo no canal só sobre o livro de Lene, não é esse objetivo agora. Agora eu vou dar um aperitivo. Presta atenção aqui. Primeiro aperitivo. Len fala abertamente que o livro imperialismo, estágio superior do capitalismo, ensaio popular, entre parênteses, é uma obra focada só na análise econômica e que por condições objetivas limitações objetivas, Len teve que não abordar o que é a totalidade do sistema imperialista. Que sentido? Sentido marxista. Len não fez uma análise neste livro da superestrutura do imperialismo. Ele fez considerações mais gerais, especialmente nos últimos capítulos, mas ele não
analisou a superestrutura imperialista. Como a gente sabe, o marxismo parte da categoria teórico ontológico de totalidade. A base produtiva e a superestrutura jurídico político ideológica formam um todo. Beleza, Lene? No prefácio, aliás, nos prefácios, nos dois que tem aqui nessa edição da expressão popular, coloca na tela, Maxwell, por favor. Pode pegar o da tempo também, dá no mesmo. Prefácio é igual e tal. Len diz na página 23, o livro foi escrito tendo em conta a censura tizarista. Por isso, não só me vi forçado a limitar-me estritamente a uma análise exclusivamente teórica, sobretudo econômica, como também
tive de formular as indispensáveis e pouco numerosas observações políticas com a maior prudência, servindo-me de alusões nesta maldita língua deopo que o tesarismo obriga todos os revolucionários a utilizar quando escrevia alguma coisa destinada à publicação de tipo legal. Então, Len fala que teve que mudar a linguagem por causa da censura quisarista e que focou exclusivamente exclusivamente análise teórica, sobretudo econômica. Em outro momento já do ainda nos prefácios, Len diz na página 36, nas páginas que seguem, procuramos expor sumariamente, de forma mais simples possível, os laços e as relações existentes entre as particularidades econômicas fundamentais do
imperialismo. Não nos deteremos, por mais que ele o mereça, no aspecto não econômico do problema. não nos deteremos, por mais que ele o mereça, no aspecto não econômico do problema, ou seja, no aspecto político, ideológico, jurídico, cultural, da relação entre estados e por aí vai, da chamada geopolítica. H, quantas referências bibliográficas e outras notas que não interessariam a todos os leitores eh demos no final do livro. Então, Den diz claramente que é um livro muito restrito à análise econômica, embora ele faça também considerações sobre a super estrutura do capitalismo, do, aliás, do capitalismo monopolista, do
imperialismo. Quem quiser ler outros textos do Lenin voltados a um debate sobre a superestrutura do imperialismo, você pode pegar, por exemplo, este livro, Lenin e a Revolução de Outubro, publicado pela Editora Expressão Popular, textos de 1917 até 1923, foi organizado pelo Zé Paulo Neto. A segunda parte do livro tem vários textos de Lene, debatendo imperialismo, debatendo questão colonial, debatendo libertação das colônias, debatendo dependência. Eh, eu defendo, inclusive, já gravei isso em vídeo, que Lenin foi o grande criador, o iniciador do debate marxista sobre dependência, que dá a origem depois na teoria marxista da dependência. Tem
esse vídeo no canal, bota aí na tela, Maxel, e Lene, a teoria da dependência, alguma coisa assim. E aí, beleza? Então, Len deixa muito claro que o livro dele, esse livrinho aqui, não é uma análise completa da totalidade do que que é o sistema imperialista. Isso significa que Lenin não faz considerações sobre a superestrutura, sobre política. Faz. E aqui, vamos lá. em um famoso trecho que é onde basicamente lá perto do final do livro Len vai resumir, né, vai dar as definições mais gerais e sintéticas do que que é o imperialismo. Na página 124, Len
diz o seguinte: "Se fosse necessário definir o imperialismo de forma mais breve possível, deve-se ir a dizer que ele é o estágio monopolista do capitalismo." Essa definição compreenderia o principal, pois por um lado o capital financeiro é o capital bancário de alguns grandes bancos monopolistas fundidos com o capital de grupos monopolistas de industriais e por outro a partilha do mundo é a transição da política colonial que se estende sem obstáculos às regiões ainda não apropriadas por nenhuma potência capitalista para uma política colonial de dominação monopolista dos territórios de o mundo já inteiramente ente repartido aí,
continuando lendo ainda na página 124. Presta atenção, Maxel tá colocando um texto aí na tela para vocês. Mas as definições excessivamente breves, ainda que cômodas por conteu principal, são insuficientes, já que é necessário extrair delas características muito importantes do fenômeno a ser definido. Por isso, sem esquecer o caráter condicional e relativo de todas as definições em geral, que nunca podem abranger as múltiplas relações de um fenômeno na integralidade de seu desenvolvimento, convém da uma definição do imperialismo que inclua as seguintes cinco características fundamentais. Primeira, a concentração da produção e do capital alcançou um grau tão
elevado de desenvolvimento que criou os monopólios, as quais desempenham um papel decisivo na vida econômica. Segundo, a fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação baseada neste capital financeiro da oligarquia financeira. O Gustavo Machado, você que assistiu o vídeo, ele não mostrou a existência da oligarquia financeira na China, até porque o setor bancário na China é fortemente regulado pelo Estado. Ah, Jones, o estado faz o papel de oligarquia financeira. Veja, isso é trabalhar por analogia. Gustavo Machado não mostrou a existência da oligarquia financeira na China e e os setores privados, né, do
mercado financeiro estão passando por um processo de regulação e de diminuição de tamanho substantivo. Mas tudo bem, ele passou direto por isso, não debateu e tal e tal. Eu acho, eu acho, veja, eu acho que existe sim uma oligarquia financeira na China, mas ela tá longe, mas muito longe, mas muito longe de ter qualquer controle sobre o sistema bancário do país. Perfeito. Vai só o debate para outro momento. Ponto três, exportação de capitais, diferentemente da exportação de mercadorias, adquire uma importância particularmente grande. Ponto quatro, a formação de associações internacionais monopolistas de capitalistas que partilham o
mundo entre si. Aí veja, gente, o bricks é a nova rota da seda. É isso. Eu acho forçar barra, viu? Assim, nos termos de len nesse livro aqui. E por que eu acho forçar barra? Porque o ponto quatro tá conectado ao ponto cinco. Qual é o ponto cinco? Conclusão da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes. Depois que faz essa definição geral do que que é o imperialismo, a partir dos cinco pontos, o Lenin vai fazer o quê? Ele vai bater no Kautsk. Por que ele vai bater no Kautk? O Kalutsk compreendia
que o militarismo, a corrida amamentista, o colonialismo e tudo isso não era uma derivação necessária do capitalismo monopolista. mas sim uma política de governo, uma política de estado frente a várias outras que o capitalismo monopolista poderia adotar. Entendeu? para o Len, o crescimento da rivalidade militar entre as potências da violência, do colonialismo, da brutalidade contra os povos do mundo, era um fato necessário, uma derivação necessária, não uma escolha de política de governo ou de estado, uma derivação necessária da forma capital monopolista. A forma capital monopolista engendra necessariamente uma forma de estado militarista, belicista, violento, propenso
ao colonialismo. Mas o Kautsk entendia que não, que era possível, mantendo desenvolvimento capitalista monopolista, não adotar essas políticas. Aí o Len começa a bater no CSK. E aí na página 126 o Len diz o seguinte: "Imperialismo é uma tendência às anexações." A isso se reduz a parte política da definição de Ksk. É correta, mas extremamente incompleta, pois no aspecto político o imperialismo é em geral uma tendência para violência e para reação. Aí Len continua batendo no Csk, batendo, batendo, batendo, batendo. E aí ele chega no ponto central que é na página 128. Veja o que
é que Len diz. Eu vou ler o trecho inteiro que eu acho que é fundamental. A definição de Kautsk, além de errar e não marxista, serve de base a todo um sistema de concepções que rompem completamente com a teoria e com a prática marxista de que falaremos mais adiante. Carece inteiramente de seriedade a discussão que Kautsk promove acerca de palavras. Deve-se caracterizar o estágio atual do capitalismo como imperialismo ou como modo do capital financeiro? Isso é uma completa futilidade. Chame-lhe como quiser. Isso é indiferente. O essencial é que Kautsk separa a política do imperialismo da
sua economia, falando de anexações como a política preferida pelo capital financeiro e opondo a ela outra política burguesa possível, segundo ele, sobre a mesma base do capital financeiro. Conclui-se então que os monopólios na economia são compatíveis com um comportamento não monopolista. não violento, não anexionistas em política. Conclui-se então que a partilha territorial terminada precisamente na época do capital financeiro e que é a base da peculiaridade das formas atuais de rivalidade entre os maiores estados capitalistas, é compatível com a política não imperialista. Veja, é compatível com a política não imperialista. Salene ironizando Kautsk dizendo que não
é possível um capital monopolista não ter uma política imperialista. Isso leva a se dissimularem, a se ocultarem as contradições mais fundamentais do estágio atual do capitalismo, em vez de desvelá-las em toda sua profundidade o resultado é o reformismo burguês em vez do marxismo. Então, veja, tem um debate muito equivocado rolando no Brasil que é assim: imperialismo é exportação de capital, isso não tá em lenda. Hã, vamos lá. Imperialismo não é só exportação de capital. Esse debate economicista, porque é esse o nome, economicista, visa se contrapor a um debate politicista. É um debate que acha que
imperialismo é só golpe de estado, violência, invasão militar e por aí vai. Veja, imperialismo tem que ser enxergado, como tudo no marxismo a partir da categoria de totalidade. O imperialismo ele é um todo. Ele é uma dinâmica de acumulação com sua correspondente forma política. Para Lene, não é possível, não é possível pensar o desenvolvimento do imperialismo sem violência, sem militarismo, seme anexionismo, an, enfim, vocês entenderam, né? sem uma política de interferência de controle político, ideológico, jurídico sobre outros países. O Gustavo Machado, ele tem dificuldade de mostrar essa política militarista pra China por um motivo óbvio.
O peso econômico da China no mundo não corresponde à presença militar. A China tem uma base militar fora do seu território, que é na África, no debut, país ali africano, bem pequenininho, de 1 milhão de habitantes, né, que é um país que é próximo a lei do canal do Suz, um interposto comercial, que um bocado de país também tem base militar. E aí a China não tá se expandindo militarmente pelo mundo. Veja gente, isso aqui é um dado factual. A China não tá se expandendo militarmente pelo mundo. A China, eh, inclusive do ponto de vista
de estrutura militar global, a China é menos importante que a França, que tem muito mais bases espalhadas pelo mundo do que e pelos diversos continentes do que a China. Tem aqui um desencontro entre o peso comercial, o peso financeiro, peso produtivo e o peso militar. Para não falar, gente, para não falar do peso ideológico e político, que é assim, veja, a China ela não tem uma indústria cultural global como tem os Estados Unidos, como tem o Japão, como tem a Coreia do Sul. O impacto global da indústria cultural da Coreia do Sul ou do soft
power sul coreano é infinitamente maior do que da China, né? Então tem aqui um certo desencontro entre os níveis econômicos e superestruturais. Para mim muito fácil de se explicar. Eu não vou explicar isso em detalhes, porque eu vou guardar isso para quando eu for gravar o vídeo debatendo só o livro. Como o Gustavo tem dificuldade de explicar, por que ele tem de explicar? Porque ele acha que não precisa atualizar nada no livro de Len, é só abrir o livro de Len que você entenda o imperialismo contemporâneo. A partir do livro de Len, a China já
deveria est espalhando bases militares pelo mundo. A China já deveria estar promovendo golpes de estado. A China já deveria est promovendo interferência direta e aberta na política de vários países. A China já deveria estar praticando violências, né, mundo afora. O Gustavo tem dificuldade de mostrar isso, né, do ponto de vista do livro de Len. Aí ele pulou o tema. Ele pulou o tema. E aí ele não só pulou o tema agora, ele cometeu quase que um falseamento da realidade. Eu mostrei isso no meu vídeo. Elias Jabu, Gustavo Machado e o debate marxista sobre a China.
E o Gustavo, tanto no vídeo dele de 2 horas como no vídeo dele de 47 minutos. Resposta Jonas Manuel, o Gustavo se calou sobre o tema. Vamos ver rapidinho aqui o que foi que o Gustavo falou, qual foi a resposta que eu dei e por ele ficou calado. Ó, tá aberto aqui no meu vídeo, como eu falei para vocês. Veja o que foi que o Gustavo falou nesse vídeo dele, é, reagindo a um vídeo do Elias se a China é imperialista ou não. Gustavo, sabendo, né, que pelo livro de Lenny não dá para ter imperialismo
sem ter militarismo, sem ter violência, sem ter golpe de estado e por aí vai, ele tenta achar um militarismo, expansionismo neocolonial chinês. Perfeito. Vamos ver. Vamos ver. E aí, com todo respeito, consideração tal, a barrigada, né, a canelada que o Gustavo dá aqui e como ele simplesmente fugiu do tema nos últimos dois vídeos, porque ele viu que não dava para sustentar. Vamos lá, vamos ter um grau de divididamento médio com esses países maior do que a China. Isso aí eu concordo, tá? A China que tá entrando nessa disputa agora, do ponto de vista da disputa
mundial dos capitais, da exportação de capital, tá? Ela está longe de estar próxima a superar os Estados Unidos, mas ela começa a fazer um movimento inclusive com impressões militares. Quem tá financiando a guerra da da Ucrânia do ponto de vista da Rússia, por exemplo, não tem guerra, não tem conflito, não tem dominação. Vocês acham que a Rússia deve invadir a Ucrânia e a China? Acham mesmo? toda. Eh, hoje a China é contadora no mercado. Vejam essa afirmação absurdo. A a indústria de defesa russa é bem autossuficiente. A Russia, inclusive, é um dos grandes exportadores do
mundo de armamentos. Evidentemente, frente às sanções ocidentais, a economia russa se voltou cada vez mais pra economia chinesa. Isso formou uma parceria estratégica. Mas não é que o complexo industrial militar da Rússia depende da China. Pelo contrário, sim. A economia russa, para não entrar numa bancarrota frente às sanções ocidentais, frente a o corte, por exemplo, do fornecimento do gás russo para Europa Ocidental e principalmente paraa Alemanha, se voltou pra economia chinesa, mas não é verdade que a China que tá financiando a guerra da Rússia. assim, simplesmente não é verdade. Isso é um absurdo. Segundo lugar,
o Elias cita o estudo da Veja, até fortalecendo um argumento. Por essa lógica do Gustavo Machado, o Brasil tá financiando a guerra da Rússia, porque a compra de fertilizantes de empresas brasileiras da Rússia cresceu mais de 5.000%. Então assim, Brasil tá financiando, é isso mesmo, porque a gente tá comprando a rua do fertilizante russo. Então, todo mundo que compra fertilizante russo, por exemplo, tá financiando a guerra. Então, o Irã tá financiando a guerra da Rússia. Hã, sabe assim, gente? É claro que numa guerra você precisa garantir a cadeia de suplementos que é parte de uma
de uma política militar você manter relações comerciais que garantam a cadeia de suprimento. Disso dizer que um país tá financiando a guerra, garantiu a guerra, é um absurdo. Gustavo não ofereceu dado nenhum. Ele teve inclusive um mês para pesquisar, gravar esse vídeo dele longo para tentar sustentar esse militarismo da China. Como ele não conseguiu a sustentação, ele passou do ponto, ele falou assim, ó, pesquisem, pesquisem aí, pesquisem aí, vá, pesquisem aí, por favor, sabe? E aí ele continua, veja, vamos continuar o argumento que tem pior da professora Débora Brodhan, que a gente já citou aqui
várias vezes. A professora Débora, ela não é marxista, ela não é socialista, ela não acha que a China é socialista. Presta atenção, professora Débora Brodhan, ela acha que a China é um país capitalista, entendeu? Professora Débora, ela acha que a China é um país capitalista. Ela inclusive usa um termo capitalismo de compadril que é muito próximo do que seria o debate brasileiro sobre patrimonialismo. Professora Débora, veja, se o Gustavo Machado dizer, achina é um pés capitalista, a professora Débora vai concordar. A diferença dos dois é que a Débora estuda dados empíricos reais concretos da China,
né? Então Elias cita o artigo da Débora Brodhan, o Gustavo Machado, ele fala no começo do vídeo que ele assistiu esse vídeo três vezes para fazer o react. Ele não parou um minuto para pesquisar o artigo para ler as conclusões, que a Débora Broan, ela não só mostra que o grau de endividamento de países africanos com a China é pequeno, não é por causa de questão temporal não, gente, só não. É porque a taxa de juros médio dos empréstimos chineses é muito, já a gente vai chegar nessa questão dos empréstimos chineses, viu? Mas deixa correr
o negócio para não cortar o argumento. Mas hoje já a gente vai voltar nesse tema. menor do que dos países imperialistas ocidentais e dos bancos e instituições financeiras, é porque há maior flexibilidade de renegociação de dívidas e há rodadas permanentes de perdão de dívida. Então não é só uma questão temporal, é um perfil de financiamento diferente. E aí veja, isso não significa que não é imperialismo. Tô nem entrando nesse debate, eu tô dizendo só aqui, o Gustavo, ele tá falando de orelhada. Ele busca uma explicação fácil para manter a narrativa dele sem estudar absolutamente nada.
Veja o que que ele vai falar, né, agora sobre a professora Débora Brodhan. Agora presta atenção e me diga se isso é sério, na moral. Vamos lá. Asas russas é quem fornece todo subsídio para indústria de armamento russa, todos os insumos para indústria de armamento russa, tá? A China tem inclusive ebuchi, que é um país que tá ali no local estratégico, porque canal suz é um dos principais vejos de de circulação de mercadoria hoje no mundo tá ali perto do canal suês, né? Que evita que você tenha que se passar por baixo ali da África,
por exemplo, para ir da Ásia pra Costa do Atlântico dos Estados Unidos ou pra América. Eh, hoje ela tem lá sua primeira instalação militar ultramarina, primeira base chinesa, um exército chinês em plena África, situada ao lado do canal de Chuto, ao lado de outros dos Estados Unidos, da Itália, da França também, tá? Eh, a China eh, ela, ela, então, evidentemente, desse ponto de vista da expansão militar, ela tem um movimento ascendente, tá começando a despontar esses conflitos por todos os lados, mas ela não tem as posições zonas. Veja, gente, a base chinesa em Diubuti foi
inaugurada em 2017, né? Isso já faz mais de 6 anos. Aí o Gustavo fala como se isso fosse o começo de um espalhamento de bases militares da China pelo mundo. É essa tendência, gente, assim, não tá ligado? Tá, a China tem uma base militar numa zona comercial estratégica. Perfeito. Tem quantas mais? Qual é o planejamento? Qual é a linha da política externa chinesa? A China está num caminho de construir bases militares pelo mundo? Não, né? Se o Gustavo, veja, o Gustavo Machado, ele faz um argumento, ele usa essa única base que a China tem fora
do seu território em África para meio que induzir você a achar que a China tá num caminho parecido com os Estados Unidos. Só que se ele dissesse que essa base foi feita em 2017 e foi concluída em 2017 e até agora não existe sinais de uma expansão, isso ia enfraquecer o argumento dele, né? Então ele não disse, entendeu? Mas continuando de influência, imperialismo liderado pelos Estados Unidos. É isso, gente. Como vocês podem ver, o companheiro Gustavo, ele não foi inocente na hora de pular a parte militarista, na hora de não debater o tema, na hora
de colocar bricks no rota da cida como partilha do mundo, sabe? É, isto é difícil para sustentar o argumento dele. Então ele simplesmente, p, deu deu uma pulada. E aí veja, eu acho que tem muita coisa pra gente debater sobre o tema. Por exemplo, tem vários autores, o Geovania Rig, por exemplo, no Adam Smith Peekin, coloca aí na tela. Maxwell debate a possibilidade de uma ascensão pacífica e historicamente como se deu a troca de hegemonia no sistema mundo global, a partir do próprio debate do Emanuel Valensteiner sobre a categoria do sistema mundo. Tem um debate
aqui muito longo pra gente fazer. Fato concreto é que nas características que o Len e enumera ali, não dá para você dizer assim, ó, tem uma, tem duas, tem três, eita, a quarta, mais ou menos, a quinta não tem, vai chegar assim, veja, o companheiro Gustavo Machado fez uma caricatura bem justa, que é colocar como se eu e tivesse a mesma posição. Ele ignorou, por exemplo, as críticas que eu fiz ao Elias no vídeo, né? Eu falei, por exemplo, que no livro do Elias sobre socialismo no século XX, coloca na tela, o Elias rompe com
a teoria do valor de Marx. Ele ignorou isso, né? Nem não concordou, não falou nada, porque para manter a caricatura que eu e Elias som a mesma coisa. Beleza, tudo certo? É nós. O companheiro Gustavo Machado, ele ignorou que no meu vídeo eu citei o Cláudio Cats. Cláudio Cats é um economista trotista argentino. Citei o livro do Cláudio Cats Desenvolvimentismo, neoliberalismo e socialismo. Bota na tela, Maxuell. Já já a gente vai voltar inclusive na citação do do livro do Cláudio Cats. E se tem um texto do Cláudio Catado pelo Lavra Palavra editorial que Maxel tá
colocando aí na tela para vocês, que o Cláudio Cat nem acha que a China é uma potência antiimperialista, um grande aliado do sul global e nem acha que dá para igualar em termos de imperialismo colocar como se fosse a mesma coisa, uma mera disputa interimerialista, chapa branca entre Estados Unidos e China. E aí eu citei, fiz, apresentei os argumentos e por aí vai e tal. O Gustavo, ele simplesmente ignorou tudo. E aí no ponto que não se encaixa na argumentação pré-moldada dele, ele pulou. Ele pulou que ele usou um argumento que não sustenta. Porque veja,
Gustavo passa a primeira hora do vídeo dele expondo dados, dados, dados, tabelas, tabelas, tabelas aí para mostrar o peso da China no mundo, na economia global. Aí ele sabe, porque qualquer pessoa sabe disso, que há um desencontro entre o peso econômico da China e o peso, por assim dizer, super estrutural do ponto de vista militar, do ponto de vista político também, do ponto de vista político, do ponto de vista ideológico e por aí vai. Como é que ele vai encarar o tema? Ele não encara, ele foge do tema, tá ligado? Foge do tema. Aí depois
de debater se a China é ou não imperialista, meu companheiro Gustavo Machado vai fazer um debate sobre como foi a restauração do capitalismo na China, né? Vai fazer um debate sobre como foi a restauração do capitalismo na China. E aí ele começa falando sobre o acordo China e Estados Unidos, uma fala inclusive que não é nem ruim e tal. fala da diferença entre a política do Malo Zedong e a política do Deng Sh Ping. Uma fala um pouco superficial, mas não é ruim não. Só que aí para o Gustavo, a partir de 1978, a China
restaurou o capitalismo. É isto. Consequentemente, a partir do momento que restaurou o capitalismo, o Gustavo vai demonstrar, né? Vamos lá. Gustavo vai demonstrar que nós temos agora uma superestrutura burguesa e vai demonstrar que classes burguesas formam o bloco no poder do estado chinês. Porque não isso não restaurou o capitalismo. Vamos ver como é que o Gustavo aborda o tema. a partir de 1 hora 29 minutos, ele começa a discorrer sobre primeiro, assim, usa o termo regime político, né, que é muito comum assim liberais se referirem para supostos regimes autoritários, o regime político maduro, regime político
Ortega. Não, não tô dizendo que Gustavo é liberal, não. Tô dizendo é isso. Ele não debate super estrutura, não debate a forma política e tal. O regime político. Vamos ver como é que ele debate o regime político chinês depois da restauração capitalista. Presta atenção, China e permitir a entrada do capital americano dentro da China poderia ser muito perigoso, porque isso poderia eh possibilitar um desenvolvimento eh tornando a China uma potência econômica, uma ameaça no futuro. Nixon sabia disso, só que eh naquele momento aquilo era um fator chave para enfraquecer a União Soviética, que era o
principal inimigo. Então, para vocês verem como as coisas são contraditórias, não são unilaterais, tá? Então, eh, essa restauração capitalista, por que que ela é tão importante pra gente entender o que que viabilizou o projeto desenvolvimento do capitalismo na China? Porque ao se restaurar o capitalismo na China, em 1978, o capitalismo já surge com uma centralização eh política em primeiro lugar. Então, uma restauração capitalista sem queda do regime político centralizador. Foi distinto do que aconteceu na União Soviética, que se restaura o capitalismo ali por volta de 85 com a perestro Glasn de Gobatchov. Eh, e depois
o regime político cai anos depois, né? Aqui foi uma perestroica sem queda do muro de Berlim, processo de desenvolvimento capitalista coordenado por um estado que na largada já abarcava toda a economia. Então, a China tinha um estrado que já era eh historicamente, inclusive, vou falar mais disso um pouco adiante, eh um poder político centralizador que, eh, eh, que se manteve e conseguiu manter o seu poder após a restauração do capitalismo no país, não sem repressões de todos os tipos, como o massacre da praça celestial, eh, que é inclusive um símbolo de manifestações estudantis que se
espalharam pela China inteira e foram brutalmente reprimidas, tá? Eh, mas o que é também absolutamente fundamental que o capital é só isso aqui, viu? Veja, isso tem inclusive relação com a proposta que eu vou fazer no final do vídeo. Veja o comentário do Gustavo sobre o estado. É isso aqui. É basicamente o bordão liberal de que a China abriu a economia, mas não abriu a política. É isto. Não tinha um regime político centralizador. Veja, isso nem é categoria de análise, viu? Gustavo poderia, sei lá, trabalhar como é que se desenvolve na leitura dele, né, da
tradição trocista, um estado operário burocratizado. Eh, o que é que ficou esse estado depois da restauração capitalista? Ele poderia, sei lá, trabalhar com a categoria de bonapartismo. Enfim, era um regime político centralizador, restaurou o capitalismo, manteve um regime político centralizador. Aí depois compara com a União Soviética. Ah, lá caiu o regime, na China não caiu. Veja, essa comparação não explica nada. Mesma coisa que eu chegar e dizer assim, gente, no Brasil ainda tem analfabetismo em massa, na França não. Tá? São duas informações, aliás, afirmações, né? Brasil tem analfabetismo em massa. A França não. Isso não
explica nem porque o Brasil tem aí analfabetismo em massa e nem porque a França não tem e não explica as diferenças, por exemplo, sistema educacional de ambos os países. Então, companheiro Gustavo, ele desenvolve uma tese muito interessante que é uma um descolamento da correspondência entre base e superestrutura. Então se restaurou o capitalismo, mudando toda a base de relações de produção da sociedade, mas o regime político, vamos colocar em termos marxistas rigorosos, a forma política estatal. A forma política estatal se manteve a mesma. Qual é a característica? Centralizado, né? Assim, veja, você, vocês percebem que se
isso fosse um texto, se isso fosse um texto, tudo que o Gustavo tem a dizer sobre a transição política na restauração capitalista, seria uma linha, aliás, seria um parágrafo de três, quatro linhas. Percebem isso? Você que assistiu o vídeo gostou, entende isso? Mas Junes, o Gustavo prova que a burguesia tá no poder. Prova mesmo. Vamos ver os comentários que ele faz em sequência sobre que classe está no poder. E é tudo e é tudo junto, viu? Tudo muito próximo. Um comentário do outro desse. Eu acabei de mostrar para vocês. Pera aí. Vamos abrir aqui. Basicamente
é 8 minutinhos depois desse comentário, o Gustavo faz outro comentário sobre a política na China. Aí vamos ver que foi que o Gustavo falou, né, sobre a burocracia estatal. Mas o fato de existir essa tradição já instalada no país de maneira milenar, certamente contribuiu para que o controle burocrático eh na pelo estado na China, mesmo durante o período mauísta daquele socialismo burocratizado, como depois após a restauração, você tinha ali uma uma tendência, uma reação menos violenta a isso, né? Ainda que com grandes limites, a gente viu que teve o massacre da paz celestial e a
gente vê que as novas gerações chinesas, que já nascem num país com capitalismo e franco desenvolvimento, já tem posições em relação a a trabalho, politicamente muito diferente por vezes de algumas gerações anteriores, mas é um papo para um outro um outro momento. É, então o quinto, então a gente vê que se é verdade que houve uma estratégia bem sucedida, desenvolvimento pela burocracia estatal, e é verdade e o projeto, veja se é verdade que houve uma estratégia de desenvolvimento bem suucedida por parte da burocracia estatal. Veja o o grande pensador Nicos Pulzas, ele tenta dar uma
teorização para o papel da burocracia estatal no âmbito do bloco no poder, né? E aí vem toda a teoria do Pules sobre a autonomia relativa do Estado, sobre o papel do que ele chama de classe reinante e por aí vai. Eh, tem uma teoria, o Gustavo, ele fala que basicamente restaurou o capitalismo e manteve o regime político centralizador, centralizado. E aí depois ele fala que depois que restaurou o capitalismo, a burocracia estatal não são as classes dominantes, né? Não é a burguesia, não é, a gente não sabe que frações da burguesia, a burocracia estatal. né?
Nem sequer inclusive em que que ramos do aparelho do estado tomar a liderança a burocracia estatal foi tomou uma estratégia de desenvolvimento muito bem sucedida e aí a partir de 1 hora 51 aí o Gustavo vai dizer o seguinte, né? Continuando a sequência de comentários. Vou até colocar aqui, ó. Pronto. 10 segundos antes. A gente vê que a China ela passa, ela consome hoje aqui vai até 2023 o o gráfico. Em 2024 cresceu mais ainda. Quase 40% dos carros que são comprados na China hoje já são carro elétrico. Motivo pela qual algumas das empresas estrangeiras
que tinham joy inventor com empresas chinesas, as vendas despencaram em 2024 e a Volks, por exemplo, que tá que os lucros dependia muito da China, eh, já tá fechando unidades lá na Europa, porque não vai dar para segurar porque perderam o lucro todo que veio da China, porque estão sendo substituídos pelos carros elétricos exclusivamente chineses, das montadoras chinesas, tá? Então, eh, antes de entrar no próximo ponto aqui que a gente fecha, que permitiu a China se tornar um país imperialista, eh, eu quero destacar o seguinte: o Estado chinês teve um projeto de desenvolvimento extremamente engenhoso,
sofisticado, que permitiu a ele eh criar uma infraestrutura pro desenvolvimento dos setores de ponta, onde atua o capital privado, os grandes capitalistas, mas criou essa infraestrutura com sistema bancário. É basicamente isso. Veja, o estado chinês, estado chinês teve um projeto de desenvolvimento, não são as classes sociais, né, que lideram o estado, é o estado chinês, ele é um dimiúgo da história. Veja, nesse sentido, é engraçado porque o Gustavo Machado, ele comete um erro que algumas pessoas acusam pro Elias. Eu acho que em vários momentos com razão, diga essa passagem, Elias, que é assim, ah, o
Elias não fala se a classe trabalhadora tá no poder ou não China, se a classe operária tá no poder. No debate, inclusive do Elias e do Gabriel Lazari, o teve uma questão sobre isso. A pergunta do Gabriel acho que foi mal colocada, a resposta do Elias não foi boa, mas saiu muito melhor de retórica, né? Mas aí a galera faz um debate que Elias não comprova que a classe trabalhadora controla o poder político na China. O discurso de Elias é que é a quem controla o poder político na China é um bloco histórico liderado pelo
Partido Comunista. Isso é ruim, v, gente. Bloco histórico, pelo menos se a gente tiver falando da categoria de Gramish, bloco histórico é necessariamente um bloco de classes sociais. Falar que um bloco histórico controla, não fala que classes, né? Vocês entenderam? Bloco histórico, se a gente tiver falando de Gramish, é um bloco de classes sociais. Hum, simplificando aqui, inclusive o debate, dizer que é um bloco histórico lidado pelo Partido Comunista, não disse que classes fazem parte desse bloco histórico, entendeu? Beleza, o Gustavo faz a mesma coisa do sinal trocado, né? E aí não tô comparando Gustavo
com o Elias, não. Tô dizendo que neste em falas como essa eles têm um elemento semelhante, né? O Gustavo não. Projeto nacional do estado chinês foi muito bem sucedido. Sim, é o estado, é o de miurgo 100%, ó. E acabou. É tudo isso que o Gustavo tem a falar sobre a superestrutura da China. Só isso. Acabou, morreu, acabou o assunto. Mais paraa frente ele vai falar um pouco sobre sindicalismo, salários e por aí vai. E só e acabou. Perfeito. Aí a gente vai entrar agora no terceiro ponto, vai pegar a questão salarial, pontos que o
Gustavo simplesmente pulou no meu vídeo, que ele não respondeu porque ficaria ruim pro argumento dele, então ele decidiu ignorar, né? tem, quem sabe tentando procurar ver se acha uma resposta e tal, relação China a África, questão de dívida. E aí por último, no último ponto, a gente entra sobre a questão da Venezuela. Vamos começar por pontos do meu vídeo que o Gustavo ignorou, né, e que se relaciona, inclusive com esse debate sobre imperialismo e tal, porque ele viu que ficou ruim para ele, então ele decidiu somente ignorar. E aí, continuando a nossa argumentação, agora a
gente vai entrar aqui num bloco de questões, né? Vamos falar de um ponto do meu vídeo que o Gustavo ignorou, que não consegue responder, né? Pelo menos aparentemente. Vamos falar da questão da presença de força de trabalho chinês em África, se usa ou não força de trabalho local, de maneira bem rápida, bem pontual e aí vamos entrar nas questões de salário na China. Salário, polêmica do salário. Beleza? Eu vou mostrar para vocês, né? Esse ponto aqui é importante. Um ponto do meu vídeo que o Gustavo simplesmente não conseguiu responder, né? Ele ignorou tanto no vídeo
dele de 2 horas quanto no vídeo dele respondendo Jones Manuel, né? Juntando os dois vídeos de Gustavo dá mais de 3 horas de conteúdo. Ele simplesmente ignorou este ponto. Vamos ver aqui. Ou seja, um acordo de mais de 200 milhões de dólares de investimento fins no Irã. Troca de petic. Mas o que são esses bilhões de dólares de investimento? São basicamente trens da velocidade, o metrô de terã e também instalação de milhares de unidades do país do seja o iran vai encontrar uma possibilidade de se de industrializar a partir desse acordo que que envolve troca
de investimentos indústria por óleo. E esse não tô te entendendo Jabu não é isso o que foi feito pelos Estados Unidos, França, Alemanha, Japão com restante do mundo. Qual que é a diferença, né? O que que os países como Irã ou como o Brasil podem fazer não ser fornecer produto agrop? Presta muita atenção que esse trecho aqui é fundamental pra nossa argumentação. E petróleo, né? Produtos de baixo valor agregado, tecnologias menos intensas que exigem mão de obra menos qualificada na média, né? eh, e que são trocados por produtos industrializados ou eh são feciados com préstimos
estrangeiros, que você vai ter que pagar com juros e tudo mais para que as empresas estrangeiras venham aqui explorar o trabalho daqui e puxar o seu cedo. Qual que é diferença em relação que a China tá fazendo ir? Ou você vai me dizer que a China está cedendo a sua tecnologia para que sejam piadas empresas iranas. Aí eu admitiria que seria um ter uma diferença, né? Então os chineses tinham que ceder a sua tecnologia e falar assim: "Não, vocês o Irão vão construir a sua própria indústria, vão gerir o seu próprio capital, vão ficar com
vão ficar com todo excedente que for produzido no próprio pirâm financio." Não, ela tá fazendo empréstimos em troca de produtos primários, tá? E depois o país não vai nem ter condição de se desenvolver para além disso, porque ele vai ter que pagar os juros disso aí e usar essa infraestrutur as empresas chinesas que vai puxar o excedente desses mesmos trabalhadoresanos. É essa exportação de capital que Len descreve aqui minuciosamente. É esse o imperialismo que caracteriza o capitalismo nossa época. O imperialismo não é um pedaço do capitalismo, nem a superestrutura política. Veja, vocês viram, né, o
Gustavo Machado falando que se a China tivesse cedendo a tecnologia, aí sim seria diferente. Mais uma vez o Gustavo Machado, ele simplesmente falou de orelhada, deu uma canelada, não pausou a gravação do vídeo dele 10 minutinhos para abrir o Google em inglês e dar uma pesquisada. Veja na página do Wikipédia do tema do acordo Chiniran já na página do Wikipédia, coloca aí Maxuell, por favor, a página do Wikipédia. Eu vou chamar de citação número 11. Só na página do Wikipédia você consegue informações para saber que o Gustavo tá falando besteira. Mas aí vamos além da
página do Wikipédia. Vamos fazer o seguinte. Eu tô pegando aqui um trecho de da matéria do The New York Times, né? na matéria do New York. E aí, gente, eu não vou continuar não para o vídeo não ficar longo de maneira desnecessária, mas é isso. Veja, o Gustavo, ele parte de uma premissa ideológica. É isto. É premissa ideológica da leitura do partido dele, o PSTU, que a China e os Estados Unidos são iguais. A partir do momento que ele parte essa premissa ideológica, ele ignora todos os dados que prejudicam a leitura dele, né? É isto.
Ele ignora todos os dados que prejudicam a leitura dele. Então ele vai evitar abordar temas que prejudica a leitura dele e que não necessariamente prejudica totalmente. Prejudica, talvez, pode ser até muito mais no âmbito da aparência. Então o acordo Chin Iran, por exemplo, ele tentou refutar Elias e ele fala, eu digo isso nesse vídeo inclusive que a gente acabou de ver, que assisti o vídeo do Elias três vezes para fazer o react. Ele não pesquisou sobre a cor do Shiniran, falou de canelada. né? Não, se esse acordo tiver transferência tecnológica, aí eu mudo o que
eu falei, o acordo tem, ele não leu. Eu coloquei isto no meu vídeo e ele ignorou, porque ele poderia, ah, o Iran é exceção, não sei o quê, dá, enfim, dá para conversar muito sobre o tema, enfim, mas ele simplesmente ignorou. Veja, para mim, eu gravei um vídeo há uns 4 anos atrás que esse vídeo hoje eu gravaria diferente. Então, tem muita coisa que eu não concordo, viu, gente? Então, se você quiser fazer um debate honesto, não pegue esse vídeo. Muita coisa que eu não concordo hoje, né? Enfim, se você quiser fazer um debate honesto,
não pega esse vídeo para dizer que a minha posição não, que as pessoas estudam, evoluem e tal. Mas a China é um país imperialista? Interrogação. Eu digo claramente que para mim a China tem uma relação centro periferia com o mundo, de maneira muito clara, inclusive em vários aspectos nos termos descritos ali pelo clássico debate da CEPAL e pela teoria marxista de dependência, nos clássicos, né? Perfeito. É isto. Isso não nega, isso não nega que a China, com alguns países têm acordos que vem promovendo-se industrialização. Caso do Irã é um. Dá para citar o caso do
Zimbabue. Vamos lá, por exemplo, deixa eu mostrar para vocês o caso do Zimbabwe de maneira bem rápida, tá? O que inclusive esse é um tipo de material que vocês acham muito fácil na internet, né? Tem aqui uma matéria em inglês, em the English. E aí dá para Google Tradutor. E aí a matéria diz o seguinte: o primeiro projeto do Parque Energético do Zimbabwe avança lentamente e aí fala sobre o ritmo das obras e por aí vai. Aqui uma foto da planta do parque industrial. Um ambicioso plano de 3 bilhões do Igan Canyon International Group Roading
para desenvolver um novo parque energético em Mapinga. Está avançando lentamente. Quantos investidores aguardam a finalização do processo de alocação de terras antes de retomar a implementação? Aí traz várias informações. Desce, desce, desce, desce, desce, desce, desce. Vem aqui. O parque industrial incluirá a construção de duas usinas de energia de 300 MW, uma coqueira, uma usina de processamento de grafite, uma fundição de liga de níquel cromo e uma usina de sulfato de níquel. Essas instalações serão instaladas em um terreno de 5.000 ha, dos quais 1000 ha serão utilizados pela Igan Canyon. O parque também marcará o
início da cadeia de valor de baterias de Ion de Litio no Zimbabe. Assim posicionará o país entre os produtores mundiais de baterias de Ion de lítio. Isso também contribuirá para o crescimento de uma economia global de energia limpa e resiliente. Veja, o acordo da China com o Zimbabwe vai propiciar a industrialização de amplos setores da economia do Zimbabe. Significa que o Zimbabwe vai deixar de ser um país de capitalismo dependente. Não. E aqui é justamente isso, porque veja, é, em vários momentos me parece muito claro que o compromisso do companheiro Gustavo não é entender a
situação, é a partir da premissa ideológica dele dizer que o China é igual aos Estados Unidos, né? A gente viu no século XX, gente, um processo de industrialização dependente em países como Argentina, como México, como Brasil, que o país se industrializa, sai de uma condição essencialmente rural, primária, exportadora, passa por um processo de desenvolvimento urbano e industrial e não faz com que ele deixe de ser um país periférico, apenas ele muda sua configuração estrutural e produtiva, mantendo a condição periférica. vários acordos da China com países africanos e que passa por muitos investimentos e infraestrutura, inclusive
instalação de plantas industriais com condições variadas, a depender de país para país. às vezes uma joy ventory mais ou menos igual entre capital chinês e capital nacional ou até capital estatal, às vezes com predominância de capital nacional, às vezes com uma predominância gigantesca de capital chinês, mas instalação de parques industriais, de infraestrutura moderna e por aí vai, inclusive infraestrutura moderna que dá condição até para uma decolagem de um processo industrial como produção de energia, né, e setor petroquímico e por aí vai. Veja, isso não significa necessariamente que o país vai deixar de ser um país
de capitalismo dependente, porque isso passa muito por saber se o país vai conseguir manter de maneira autônoma um setor de produção de bens de capital, né? Isso passa por saber que tipo de inserção na divisão internacional do trabalho o país vai ter a partir desse processo de industrialização, porque a gente tá no meio de uma nova revolução técnico-científica. padrão tecnológico produtivo global tá mudando. Então, por exemplo, é uma mudança significativa para um país de capitalismo dependente de África, um país fundamentalmente agrícola, a primário, exportador, que o país consiga desenvolver, por exemplo, um setor de siderurgia
e complete o ciclo da segunda revolução industrial. Veja, um país completar o ciclo da segunda revolução industrial, agora ele vai ser um país industrializado e dependente. Essa dependência vai se expressar de diversas formas, inclusive na importação de bens de capital, de máquinas e equipamentos para os processos de modernização do seu parque industrial. Então, veja, o Gustavo, ele poderia muito bem, mas muito bem mesmo, fazer um debate sobre a abon. Industrializar no capitalismo não significa necessariamente superação da dependência. sabe? E é um debate muito tranquilo de se fazer, inclusive tem uma larga literatura latino-americana sobre isso,
mas ele não entra nesse debate por ele tem uma premissa ideológica de tentar igualar China e Estados Unidos. Então, quando o argumento é ruim para ele, ele ignora. E aí essa coisa dessa premissa ideológica de igualar a China e Estados Unidos volta a dizer que a China é pior, faz com que dê alguns absurdos. Veja essa questão, por exemplo, da presença ou não de trabalhadores africanos, empreendimentos chineses em África. Veja, foi o Gustavo que falou um absurdo e depois não sustentou o absurdo que ele falou. Presta atenção aqui o que que eu vou mostrar para
vocês. Ó, olha o que foi que o Gustavo falou sobre essa questão de força de trabalho africana. Eu vou até reduzir aqui a velocidade e colocar a velocidade normal. Força de trabalho africana usada em empreendimentos com empresas chinesas. Presta atenção. A partir dos 37 minutos, que é basicamente a partir daqui que o Gustavo começa a citar dados factuais. Até então ele tá debatendo teoria do imperialismo. Ele tá debatendo o que é capital financeiro em lene, que que é exportação de capitais. É uma formulação muito mais teórica. A partir dos 37 minutos, ele começa a falar
da relação China à África, da relação da China com o mundo e começa a citar informações factuais que supostamente comprovam a sua visão sobre a China. Vamos acompanhar, vamos ver o que é que diz o Gustavo Machado. China, ela aparece como como uma concorrente da FM no Banco Mundial de forma muito estranha, ou seja, ela oferece empréstimos aos país. Então ele admite agora a China concorre com FMI, Banco Mundial, inclusive fazendo empréstimos a outros países, né? Será que é pela solidariedade universal? Vamos ver agora. Tem tem fazer um vídeo sobre isso. Falista que sintou em
rota. Ela oferece empréstimos, não é? oferece eh em troca de geralmente são empréstimos ou investimentos em infraestruturas infraestruturas em energia e transportas que isso aqui é é trocado. Eu adoro essa troca de palavras dele pra China, né? Ele sempre se corrigem, né? Não, a China não faz empréstimo, ela faz investimento. Quem faz empréstimo é só de Estados Unidos. Por ó, por exemplo, por petróleo, seja grande parte dos investimentos chineses são pagos pelos países que recebem esses investimentos via petróleo, via outras mater matérias clínimas, né? a for do fato da China não não ter, no caso
da África, por exemplo, o caso que o pessoal mais fala assim, a China não interferir de nenhuma forma nos assuntos internos daqueles países, ou seja, não existe uma dominação dos países africanos por parte da China, daquelesses países que recebem investimento dinheiro. E o que fica também dessas relações da China com a periferia é a questão que envolve a a capacidade que a China tem demonstrado de se adaptar a projetos nacionais autônomos, né? Então evidente que existem muitas contradições nas relações da China com a periferia, mas mas o fato é que são relações que são muito
estranhas para a China serem chamada de imperialistas, né? Veja que ele admite as relações da China com a periferia. Apesar disso, a China não faz uma disputa imperialista, tá? Bastante curioso. Eu vou trazer algumas informações aqui para vocês, tá? Na verdade, o o imperialismo chinês, essa essa tentativa de exportação e de aumento das suas zonas de influência, né? Entrar na partilha global do mundo, da disputa da maisvalia global, pegar o trabalho excedente da classe trabalhadora de diversos países e pegar para si. Eh, em vários casos na China é até pior, tá? por exemplo, inúmeros contratos
que foram feitos eh em vários casos na China é até pior. Inúmeros contratos, quantos? Vamos lá. Inúmeros contratos, quantos? Vamos ver. Pela China para para garantir para fazer projetos de infraestrutura na na África, por exemplo, são feitos. O contrato entra tem que ser feito com a empresa chinesa. E é pior ainda. Os trabalhadores que vão fazer a obra também são trabalhadores chineses que vão até até os trabalhadores que vão fazer a obra também são trabalhadores chineses, né? Então veja, Gustavo na no vídeo que ele fez respondendo a Jones Manuel, ele falou assim: "Ah, eu nunca
falei que a China não usa força de trabalho local". Falou, né? Aí você pode dizer assim que você não falou a proporção. De fato, Gustavo, você não falou dado nenhum. Quem falou dado foi eu, viu? Assim, inúmeros contratos, quantos chineses nem usam. Veja, para essa frase ser verdade, você teria que mostrar um contrato, um só, não vou nem pedir três, em que a China é um contrato significativo, viu? Em que a China não usou nenhuma força de trabalho africana, porque foi isso que você disse, a China nem usa, né? só usa a força trabalho chinesa.
Vou até voltar uns segundinhos para vocês ouvirem de novo. Ah, para garantir, para fazer projetos de infraestrutura na na África, por exemplo, são feitos, o contrato entra, tem que ser feito com a empresa chinesa. E é pior ainda, os trabalhadores que vão fazer a obra também são trabalhadores chineses que vão até até a África fazer. Olha que loucura. Quando vem uma empresa estrangeira aqui pro Brasil, né, suponhamos, a Volks, aí ele vai falar da Volks, não sei o quê, não sei o quê. Aí num 47 minutos ele volta no tema e aí vou dar uns
segundinhos só para vocês verem a fala dele. Repetiu esta mentira muito difundida pela extrema direita. Aí vamos voltar pro vídeo dele que ele vai falando mais coisas. Alemanha ou a dos Estados Unidos que nem tá aqui direito, mas nem está aqui, né? A Volks e o capital é todo de propriedade da empresa alemã, tá? Mas uma parte dessa riqueza fica no Brasil, né? Por quê? uma parte que é dos o salário dos trabalhadores da Volks que vão consumir a riqueza aqui, eh, e uma parte de impostos também que são pagos ao estado brasileiro. Ainda que
depois de fato esses impostos acabam retornando, né, pro exterior, por meio dos ou pro capital brasileiro, no caso da dívida interna, né, e tudo mais. No caso da China não, ela empresta, depois o país vai ter que pagar, não só o empréstimo, mas os juros em torno disso, ou seja, uma parte do excedente do país vai pra China, mas ainda é uma empresa chinesa que faz e são trabalhadores chineses que vão lá fazer, percebe? Eh, no máximo aqueles trabalhos mais degradantes e maçantes, eles contratam a mão de obra local com grau de opressão e níveis
de são trabalhadores chineses que vão lá fazer e no máximo aqueles trabalhos mais massantes e degradantes. Veja, eu imagino que então o pressuposto é uma minoria, né? Da minoria da minoria, no máximo aqueles trabalhadores. Veja o que eu mostrei nesse vídeo. E aí eu não vou colocar meu react. É isso. O Gustavo não respondeu. O Gustavo falou o dado errado. Ele falou inclusive o dado de maneira bem pouco responsável. Ah, em vários contratos, quanto só tem trabalhador chinês, só trabalha degradante. Aí eu fui pegar os dados e eu mostrei segundo duas fontes diferentes, em média
dos empreendimentos chineses em África, a média é uso de força de trabalho local em segundo a fonte 4/5, né, dos contratos analisados e outra fonte colocava 89%. É isso aí. Olha o que é que o Gustavo faz no vídeo dele. Resposta Jon Manuel. Ele diz que não falou que a China não usa força trabalho local. Aí aí gente assim é é é difícil, né? Pera aí, pera aí, pera aí, pera aí. A partir dos 23 minutos do vídeo dele. Pera aí que eu vou abrir uma disputa China nos Estados Unidos. Os Estados Unidos vai explorar
o que existe eh em relação à exportação de capital da China no mundo para poder defender a sua posição de maneira unilateral, evidentemente e etc., né? Isso não responde absolutamente nada. Na verdade, você inverteu o argumento quando eu falo da massa de trabalhadores chineses na África de elevada qualificação e tudo mais, eh, e passou a discutir que as empresas chinesas empregavam sim trabalhadores africanos. Coisa que eu nunca neguei. É óbvio. Não disse que todos os trabalhadores das empresas chinesas na África, todos eles 100%, sem nenhuma exceção, são trabalhadores. Eh, não, você nunca disse que todos
os trabalhadores chineses em África você usou o argumento de que, ó, a China é até pior que os Estados Unidos, dado que ela em vários contratos, não disse quantos, só contrata trabalhadores chineses. Você não mostrou nenhuma fração relevante. Ó, X contratos, tá? É só com trabalhador chinês. Em país X há uma predominância só trabalhador chinês. Depois você afirmou que a contratação de trabalhador chinês é ínfima, é só para aqueles trabalhos mais degradantes, mais massantes. Eu mostrei os dados falando que isso não é verdade. Por definição, como eu mostrei lá nas duas fontes, se a gente
tá falando de 4/5, segundo uma fonte, 89% dos empreendimentos locais da de empresas chinesas em África são com trabalhadores africanos, é muito difícil fazendo a separação que, por exemplo, em cada país pegado emado, olhado em separado, a maioria da força de trabalho não seja local, sabe? Porque é isso, é uma porcentagem de uso de força de trabalho local muito alta. Feito assim. E aí o Gustavo ele errou, deu um argumento que não sustenta, mesmo argumento inclusive do governo dos Estados Unidos, da extrema direita dos Estados Unidos. Ele errou. Aí ele fala assim: "Eu nunca disse
que a China não contrata força trabalho local de jeito nenhum, né? Ele não admite o erro e vê a volta que ele vai tentar dar." Eh, eh, chineses, jamais disse isso, né? Eh, agora veja, se apegar ao fato de que as empresas chinesas empregam trabalhadores eh dos respectivos países quando se instalam nele chovendo molhado. Toda empresa capitalista ao se expandir pelo mundo, todo o país ao exportar capitais pelo mundo empregam trabalhadores eh dos respectivos países, né? Então, quando chega aqui no Brasil a Bayer alemã do setor químico, ela emprega no grosso trabalhadores brasileiros, né? Quando
chega aqui no Brasil a a Volks alemã, a Toyota japonesa, né? A General Motors, eh, americana, essas empresas trabalhadores locais. Isso aí é chuveiro no molhado, não tem por eu ficar falando disso. Só que é isso. O país fica com um pedacinho da renda, não é isso? Que vai pro trabalho um pouco que vai pro imposto. A propriedade do capital é estrangeiro e o excedente é inteiro das empresas estrangeiras. Eu não tenho por ficar pegando esse ponto. O que diferencia a China é que além dela exportar capital como todos os países, visando lucro, acumulação, transferência
de recursos de vários lugares do mundo paraa China, como fazem os países imperialistas, qual é a característica central dos países imperialistas, conforme len como eu mostro no longo vídeo sobre a China que eu publiquei aqui no canal, fico com vídeo para as pessoas assistirem. Então, para reduzir essas discussões sobre a China, eh, eu nunca tinha feito um vídeo aqui no canal que discutia a China de ponta a ponta, né? Eh, os aspectos estruturais, centrais que fazem parte do meu estudo. Eu fiz isso, um vídeo aí de 2 horas meia só sobre a China. Então, quem
quiser entender a minha posição, esse vídeo a gente viu que não debate questão agrária, não debate superestrutura, não debate relações de trabalho, não debate diferenças entre condições de trabalho e salário entre empresas públicas e privadas, etc, etc, etc. não responde à questão do Irã, não debate o o quinto ponto que Lenin coloca como elemento central do imperialismo, não debate o onde é que tá o armamentismo, a violência, o expansionismo, né, o colonialismo da China, etc, etc. Mas vamos continuar são os meus argumentos, os dados, eles estão lá. Eh, convido todos a assistirem. Eh, mas você
não negou o fato fundamental que eu mostro. Eu peguei aqui pela China África Research, tá? Eh, e com a ajuda aí do Islan Severo, que também me me ajudou e me enviou alguns desses dados. Em 2019 tinha cerca de 182.000 trabalhadores chineses que estavam empregados em projetos na África, 182.000, tá? Entre 2015 e 2019, eh, a média foi sempre próxima a 200.000 trabalhadores chineses anuais e começou a cair nos últimos anos, tá? Começou a cair nos últimos anos, porque os investimentos chineses na África, investimentos diretos, evidentemente. Ô, ô, Gustavo, esses 182.000 e esses 200.000 representam
quantos por cot? eh, de trabalhadores envolvidos em investimentos chineses em África. Porque assim, tu tá pegando um dado para cantar, para dizer que tu não falou nenhum absurdo. Vamos, vamos dar a porcentagem. Começaram a reduzir, tá? Então, eh, o que eu falei não foi confrontado com você, é algo que tem corrido muito na discussão sobre a China, né? As pessoas não refutam os meus argumentos, elas justificam o que tá acontecendo. Aí você fala: "Não, falta mão de obra qualificada eh nesses países e etc. Eu eu eu duvido que a explicação possa ser dada simplesmente por
aí, né? Porque é uma política sistemática da China, inclusive em alguns países onde há mais mão de obra qualificada. Pronto, é isto. O Gustavo ele pega o número 182.000 trabalhadores chineses. Isso tá fora dos dados que eu citei, Gustavo. Veja, a gente pegou os dados da mesma fonte, né? O Instituto eh China África Research, né? um instituto de pesquisa da relação China África, ele fala que 4/5 da força de trabalho empregados empreendimentos chineses são de trabalhadores locais, né? Nesses 1/5 que sobra não tá não tá esses cento e tantos mil trabalhadores chineses, não, Gustavo, sabe?
Enfim, é isto. É por isso que vai ser importante a proposta que eu vou fazer no final, porque assim, esse tipo de coisa só acontece por vídeo, viu, gente? Num texto isso não aconteceria. Vou adiantar aqui qual é o caráter da proposta. O texto isso não aconteceria. Aí agora a gente vai sair das coisas que o Gustavo não respondeu neste momento e vai entrar agora na questão de salário. Presta atenção. Vai entrar aqui na questão de salário e vai entrar em condições de trabalho, eh, militância política, tem ou não liberdade sindical na China e por
aí vai. Perfeito. Veja, esse vídeo tá ficando muito grande, mais do que eu esperava. E aí vários pontos que eu queria debater, eu vou terminar não tendo que debater, senão o vídeo vai ficar gigante. Por exemplo, no meu vídeo, Elias Jabu, Gustavo Machado o debate marxista sobre a China, eu mostro que o Gustavo afirma que a China domina vários países africanos. Aí ele faz, por exemplo, no Sri Lanka. Aí eu falo assim, Gustavo, você não demonstrou que a China domina vários países africanos. Sri Lanka fica na Ásia. Aí ele cita o caso do porto de
Rabantota é no Sri Lanka. E aí eu citei a professora Débora Brodh eu coloquei na tela para vocês lerem o artigo armadilha da dívida é um mito na China em que ela debate a questão do porto de rabantilanca e que mostra que é mentira que o Sri Lanka por exemplo arrendou o porto pra China porque tava hiperendividada com a China. A situação foi o contrário. Eh, a dívida externa do Sri Lanka era com a China era só de 15%, Gustavo. E aí o arrendamento do Porto foi feito para liberar crédito, para honrar a dívida externa
com os países ocidentais, né, com FMI, com o Banco Mundial, com os Estados Unidos e por aí vai. Então o Gustavo vai no slide dele, no vídeo de 2 horas30 e tal, ele fala de novo do Sri Lanca e simplesmente não responde. A parte que ele fala do Sri Lanka no vídeo longo dele tá em 2 horas 33 minutos e 46 segundos. Então ele fala de novo do Porto Cirilanca, ele dá uma informação errada, ele não volta no debate para mostrar como é que a China supostamente domina politicamente os países africanos. Ele afirma isso. Cito
um exemplo da Ásia, que não é da África, né? Fala do porto de de Rabantota, fala errado. Eu cito um artigo que dá informação correta, ele ignora, não responde e cita de novo o caso do Porto Siriranca. Porque é isso, como o Gustavo tem um compromisso ideológico de mostrar que a China é igual ou pior aos Estados Unidos do ponto de vista global, o caso do Porto Sri Lanka é o caso mais chocante que ele conseguiu. Aí ele vai se agarrar aquilo ali, que foi o mesmo procedimento com a base do Debut, né, que ele
citou a base militar para dizer, ó, a expansão militar da China tá vindo. A base foi inaugurada em 2017 e lá para cá não teve mais nenhuma inauguração de outra base militar. Ele não falou isso, que é para você achar, ó, a expansão militar da China tá vindo tal qual os Estados Unidos. É a mesma coisa, só a diferença é de intensidade por causa da temporalidade. Perfeito. Então eu vou ter que esses pontos assim eu vou ter que adiantar. Alguns eu vou falar, alguns eu vou manter. Tenho que manter. Não, na parte que o Gustavo
fala que a China vai quebrar e o comentário sobre o Michael Roberts, mas isso fica para depois. Eu faço depois de falar, antes de falar da questão da Venezuela, vamos entrar agora na questão de salários, perfeito. Vamos entrar agora na questão de salários, condições de trabalho e por aí vai. O que é que o Gustavo fala? O que é que eu falei no meu vídeo? O que é que ele ignorou? Não respondeu. Eu chamo atenção para vocês que o Gustavo no vídeo dele, ele começo do vídeo é cheio de dados, né? E aí, como a
gente viu, dados que não tocam nas relações de trabalho, né? Então não tem a diferença entre o salário das empresas públicas, das empresas privadas, das empresas de capital misto, sobre acidentes de trabalho, sobre adoecimentos no trabalho. Nada disso aparece, né? Relações de trabalho são totalmente ausentes. Ele fala basicamente de magnitude de capital, pega o tamanho ali de capital, de taxa de lucro das maiores empresas e por aí vai. E aqui ele entra na parte de relações de trabalho. Quando ele entra na parte de relações de trabalho, os dados somem. Preste atenção. Você que assistiu o
vídeo do Gustavo, veja, tem um olhar isento e presta atenção como é dado planilha, planilha, planilha, planilha. Quando as relações de trabalho, os dados somem. E por que os dados somem? O Gustavo parte de uma premissa ideológica. A partir dessa premissa ideológica, ele precisa selecionar de maneira bem pouco criteriosa que dados ele vai mostrar. Vamos entrar aqui no ponto, vamos ver qual é a premissa ideológica que o Gustavo parte. Isso vai definir todo o seu caminho de exposição. O vídeo tá aqui engatilhado já, né? Preste atenção. Som hoje aqui vai até 2023 o o gráfico.
Em 2024 cresceu mais ainda. Quase 40% dos carros são comprados na China hoje já são carro elétrico. Motivo pela qual algumas das empresas estrangeiras que tinham joy inventors com empresas chinesas, as vendas despencaram em 2024. E a Volks, por exemplo, que tá que os lucros dependia muito da China, eh já tá fechando unidades lá na Europa, porque não vai dar para segurar, porque perderam o lucro todo que veio da China, porque estão sendo substituídos pelos carros elétricos. exclusivamente chineses, das montadoras chinesas, tá? Então, eh, antes de entrar no próximo ponto aqui, que a gente fecha,
que permitiu a China se tornar um país imperialista, eh, eu quero destacar o seguinte. O o estado chinês teve um projeto de desenvolvimento extremamente engenhoso, sofisticado, que permitiu a ele e criar uma infraestrutura pro desenvolvimento dos setores de ponta, onde atua o capital privado, os grandes capitalistas, mas criou essa infraestrutura com sistema bancário que alimenta de crédito setores mais estratégicos. Com certeza. Genial que eles fizeram, não tenho a menor dúvida disso, tá? Eh, você deve estar pensando, Jones, a gente já viu esse trecho já, gente, mas eu tô botando de novo para vocês verem, porque
o trecho que eu quero mostrar para vocês é um trecho curto. É para ninguém dizer que, ah, tá manipulando, só mostrou 20 segundos e tal. Eu tô botando bem antes o raciocínio para vocês acompanharem o raciocínio do Gustavo, que é aquele que quer chegar já, já vai chegar no ponto central que a premissa ideológica que ele parte. Presta atenção. Eh, no entanto, se trata de um país que ascendeu na divisão internacional do trabalho do ponto de vista da disputa capitalista mundial, não da sua população e da sua classe trabalhadora no seu conjunto, que nós vamos
ver. Nunca um país imperialista teve condições tão de trabalho, tão deploráveis pra massa da população como domina na China hoje, tá? Então, nós vamos discutir um pouquinho sobre isso agora. E nunca um país imperialista teve condições tão deploráveis para a classe trabalhadora como que vigora na China hoje. Pressuposto do Gustavo é dizer, veja, a frase dele é clara, nunca antes, né, país imperialista teve condições tão deploráveis para a classe trabalhadora como que vigora na China hoje. Então, comparado com qualquer país do mundo, hoje e no passado, a situação da China é a pior da história.
Aqui, veja, gente, é frase do Gustavo, né? Então, a premissa dele é essa. A premissa é ele considera China um país imperialista e tal, desde a perspectiva de um país imperialista, nunca antes na história a classe trabalhadora teve condições tão ruins. Então assim, Jones, a França de 1910 pro Gustavo, a China é pior. Jones, a Inglaterra da virada do século e é X pro século XX. Pro Gustavo, a China é pior, a China hoje. Jones, Alemanha, pro Gustavo, a situação da China é pior. Jones, a Itália do começo do século XX, para o Gustavo, a
China é pior. Entendeu? Esta é a premissa. Esta é a premissa que o Gustavo parte. Ele vai tentar demonstrar isso. Será que ele vai conseguir? Vamos lá. Em seguida, esse comentário, o Gustavo faz comentários sobre a configuração de propriedade de algumas empresas na China, que a matriz tem capital fechado, as subsidiárias t capital aberto. P pá, aí aí ele entra na questão das relações de trabalho, ó. Vamos pular logo pra parte das relações de trabalho. Pronto, agora o Gustavo começa a debater as relações de trabalho. Vamos lá. E aí aqui a gente vai deixar um
react mais longo, né? vai deixar ele falando, vai deixar ele falando, vai anotando os pontos, eh, e vou comentando no final. Seis que vai ser apresentado agora, né, o que viabilizou o projeto, eh, desenvolvimento chinês, eh, porque tudo que dissemos está sentado no na super exploração da força de trabalho, tá? Uso o tema supere exploração aqui de forma livre, significa que é um grau de exploração na China muito maior do que nos outros lugares e sobretudo os outros países imperialistas do mundo, tá? A China vigora, ainda que de forma não oficial, a jornada 996, né?
O regime 996, jornadas de 12 horas de trabalho de 9 horas da manhã, 9 horas da noite durante 6 dias por semana, apesar da legislação laboral que o proíbe, né? Peguei uma citação aqui só para vocês entenderem a extensão disso, né? O Jack Mac tá lá naquela lista daqueles bilionários chineses, os bilionários chineses, que já é o segundo maior grupo de bilionários do mundo, só atrás dos Estados Unidos, que é o Magnata da Alibaba. Nada mais, nada menos que Alibaba. Ele declarou o seguinte: que o sistema 996 é uma bção para ele, né? Se você
vem para Alibaba, você tem que estar disposto a trabalhar 12 horas por dia, caso contrário. Por que você vem, filho da né? O regime legal, tá? Eh, ele não prevê também limites aí de horas extras, tá? Então, a pessoa pode trabalhar muito mais do que o regime legal, que é de 44 horas semanais, eh, seis dias por semana, como no Brasil, tá? Então você tem um regime laboral que predomina no interior das empresas com a jornada de trabalho aí que extrapolga que acontece em praticamente todos os outros lugares do mundo. 12 horas de trabalho, se
dias por semana, forma predominante, tempo de trabalho predominante, sobretudo das grandes indústrias e das grandes fábricas na China, incluindo aquelas de capital chinês, como também de capital estrangeiro, tá? Que um dos principais motivos que o capital estrangeiro, né, não resistiu a entrar na China, né? Vocês acham porque aquela, inclusive as infraestruturas que os chines construíram, as cadeiras de suprimento, tudo isso veio depois do capo estrangeiro já ter entrado. O grande chamarista é o quê? as jornadas intensas, jornadas de trabalho intensas, longas, eh, por seis dias por semana e já foi pior algum tempo atrás, tá?
Além disso, a China faz, Veja, você que assistiu o vídeo do Gustavo, você não sabe quantos trabalhadores trabalham na jornada 996, a porcentagem da força de trabalho total. Você não sabe se esse regime de trabalho vigora nas propriedades, nas empresas públicas e privadas, só nas privadas. Você não sabe se ele é mais predominante nas empresas de capital nacional, nem de capital chinês. J está defendendo. Não, vai se Tô dizendo o seguinte, presta atenção. O Gustavo pegou um dado que é horrível, que nenhum comunista deveria defender, né? É isto. E jogou o dado tem que ser
criticados. Perfeito. Aí ele fala assim: "Ah, o regime 996 não é legal, foi proibido." Foi proibido recentemente por causa de protesto da classe trabalhadora, foi proibido. E aí essa proibição resultou na redução, né? Quantos por cabalho estão nesse regime? Isso não é dito. Ele não falou qual é o tempo de trabalho médio dos chineses, né, gente, que é 46 horas semanais. Então você que assistiu o vídeo do Gustavo, você entrou sem saber dessa informação. Gente, estatisticamente, inclusive da OIT, viu? Veja, tempo de jornada de trabalho média, onde diz a palavra, é uma média. Tem trabalhadores
que trabalham bem mais, tem trabalhadores que trabalham um pouco menos, né? É uma média geral das jornadas de trabalho. Tempo de trabalho médio dos chinês é 44 horas semanais. é grande, é gigantesco, mas veja como o dado mudaria se você dissesse que o regime 996, a jornada 996 foi proibida depois de uma porrada de greve, de protesto sindical, depois da classe trabalhadora ir para cima, foi proibido pela justiça chinesa. A coisa mudaria de figura se ele falasse que o Jack Ma foi enquadrado pelo partido, que o Jack Ma, inclusive, depois que deu essa declaração e
várias outras, ele teve que fazer autocrítica. Isso é debatido inclusive no texto que a gente já leu aqui eh no vídeo da revista Ópera, né? Temos que nos submeter ao partido que fala sobre as mudanças recentes controle do setor empresarial privado na China. E a coisa mudaria de figura se ele tivesse falado também da jornada de trabalho semanal média que é de 46 horas semanais. É grande, é gigantesca, viu, gente? É isto, é isto. É gigantesca, é menor que na Índia, por exemplo, né? Mas é gigantesca. Perfeito. Tem que reduzir. Isso precisa ser criticado. Mas
veja, Gustavo, em nenhum momento, veja, em todo esse momento e nada, nada nessa apresentação, ele vai dar o dado a porcentagem. Perfeito. Ele vai pegar dados que são horríveis e que devem ser criticados por todo mundo, como jornada 996. Em nenhum momento ele vai dizer assim: "X% da classe trabalhadora trabalha nessa jornada e o resto isso não vai aparecer por ele tem a premissa ideológica dizer que na China existem as piores condições da classe trabalhadora da história, de todos os países centrais do capitalismo hoje, inclusive do passado. A partir disso, ele vai selecionar dados de
maneira arbitrária para comprovar isso, nem dados, né, afirmações e não vai dar os dados. Ele momento nenhum vai dar a porcentagem de nada que ele vai citar. Presta atenção. Eh, como ela não consegue, como a sociedade, as relações sociais não são planejadas de forma consciente, de modo a atender a necessidade das pessoas, se machista por nenhuma, mas eles tentam evitar os problemas pela força. Então você tem lá um grincar externo, um visto externo, né, o controle do exército industrial de reserva, que é o sistema RO, eh uma eh uma espécie de visto interno paraa locomoção
tanto do campo da cidade quanto entre as próprias cidades chinesas, tá? Eh, então é muito engraçado que pessoa da pessoal da apologética da China, qualquer coisa que aqui no Brasil a gente consideraria, por exemplo, absurdo, né? Eh, eles não mentem, eles contam o que acontece lá na China, mas só que você fala sorrindo assim, né, como se fosse muito legal. E aí você fala: "Não, mas você tem que entender que a cultura chinesa, né? Acho que eles querem dizer que a a cultura chinesa é uma cultura onde a privação da liberdade é uma coisa cultural,
né? Portanto, tem que ser mantida e perpetuada. É onde eh trabalhar de maneira translocada é uma coisa natural. O chinês é assim, ele fica feliz, alegre, saltitante pra gente aqui é que não funciona, né? Mas isso é um enorme controle da exercicial de reserva, tá? Eh, evitando assim migrações em massa de um país onde eh 1 bilhão, dos 1,4 bilhão de pessoas que vivem no país, eles estão eh vivem com PIB per capita da Nigéria, $.000 eh anuais, sendo que se a gente pegar o o poder de paridade, compra 6.000 na Nigéria, você compra mais
coisa do que 6.000 na China. Então o PI per capta de 1 bilhão, de 1,4 bilhões de de da população chinesa é pior que o da Nigéria, tá? em termos de compra, de poder real, é pior que o da Nigéria. E eles fazem um sistema lá que eles dividem as cidades, as regiões em quatro níveis, níveis 1, 2, 3 e 4, tá? Eh, e o nível um tem quatro ou cinco cidades, nível dois. Vamos desconsiderar que o Gustavo pegou o PIB per capit, né? Aí ele pegou de uma um país de 200 e tantos milhões
de habitantes para dividir para 1 milhão de habitantes. Tem uma diferença populacional aqui gigantesca, gente. Porque assim, como é que é o cálculo do PIB per capita? dividir o a população eh pelo PIB, né, ou do país ou de uma região, né? Então você pega uma população de 1 bilhão e divide pelo PIB. Você pega uma população de 220 milhões e divide pelo PIB. Vamos imaginar aí o PIB per capito é igual. Isso significa que os países têm o mesmo nível de riqueza. Não, né, gente? Porque assim, China tem uma população cinco vezes maior, né?
O Gustavo não considerou isso. Enfim, por outro lado, o cálculo do PIB per capito, ele não considera distribuição de renda, isso é óbvio, mas ele não considera também outros elementos, como acesso à educação, acesso à saúde, acesso à cultura, acesso à mobilidade urbana, segurança, bem-estar e verdes, água potável, etc, etc, etc. Gustavo passou esse vídeo inteiro, inclusive ele abriu o vídeo fazendo uma crítica sobre o PIB como medição da riqueza, mas o PIB per capito como medição de qualidade de vida serve, né? Mas vamos lá, vamos continuar. E presta atenção que o Gustavo ele falou
do Rucô, mas ele não falou quantos trabalhadores da China e trabalham na condição de migrantes sem roucô, né? A gente vai entrar nisso, mas perceba, você que viu esse vídeo, você não faz ideia porcentagem de força do trabalho. Quantos milhões de trabalhadores e trabalhadoras na China trabalham na condição de migrantes sem roube. Ele vai falar já já dos dormitórios das empresas. Ele também não vai falar de porcentagem, não vai dar ideia do quadro. Presta atenção o seguinte, eu não sei que apologista da China é esse que ele tá falando. Eh, eu imaginei como o Felipe
Durante já reagiu alguns vídeos dele, talvez ele esteja falando do Felipe Durante, mas assim, Felipe, eu nunca vi ele defendendo de maneira crítica, não. Inclusive já eu vou citar o Duran, porque ele me ajudou a levantar alguns dados, né? Mas enfim, não faço ideia de quem que ele tá falando. Mas vamos continuar a parte do dormitório das empresas. Presta atenção, esses dois níveis dá mais ou menos 350 milhões de habitantes com pip per capital de 33000 dólares anuais, muito parecido com alguns países da Europa. O restante 1 milhão de pessoas a tá numa situação aí
que, como eu disse, se assemelha ao PIB da Nigéria, tá? E eles controlam, você não pode ir de um local para outro, você pode ir viajar, você pode pegar um trem de uma região para outra do país, tranquilo. É o que você não consegue, primeiro é uma casa legalizada para você morar e você, se você mudar sem ter o Rucô, sem ter o seu grincar chinês, você não vai ter acesso à saúde, você não vai ter acesso à educação, a nenhum tipo de eh bem público, tá? Então, na prática, isso não pode acontecer. Exceto se
você for morar nos dormitórios das empresas, né? Então, trabalhadores sem robô podem mudar paraas cidades morando nos dormitórios da empresa, que tá ligado ao barateamento, à força de trabalho. E curiosamente a turma aí, apologista da China eh coloca isso como se isso fosse uma maravilha, né? Que coisa maravilhosa. As pessoas vão dormir no dormitório, elas vão poder pagar mais barato. O dormitório é mais barato do que o aluguel. Elas só no dizem o seguinte, isso permite também que as empresas paguem mais barato, as empresas paguem menos, né? E e não sem razão, a China é
um país imperialista em ascensão, cujas condições da classe trabalhadora são imensamente piores dos países imperialistas e piores até mesmo do que países periféricos, como a gente vai ver alguns casos aqui, tá? Então você dorme dormitórios na empresa com várias pessoas dormindo no mesmo lugar, que vai variar de local para local. Alguns lugares são muitas pessoas mesmo, outras eh algumas eh com tudo ali partilhado, etc. N tá à disposição praticamente morando na empresa. Inclusive tá aqui, ó. Esse foi um dos epicentros das mobilizações que aconteceram com a política de Covid-19 Z0 já no final ali da
pandemia, mas não tinha nada a ver com o negacionismo aquilo ali tinha que ver com a situação desses trabalhadores de dormitório da empresa, como praticamente ficaram presos num ambiente que para você passar o dia inteiro era extremamente insalubre, que não te permitia fazer absolutamente nada, que não te permitia eh dedicar absolutamente nada, que é nada mais nada menos do que ali uma é uma censala moderna, tá? É isso. Os dormitórios da empresa psicopologia da China é uma censala moderna, tá? que você tem a cara de pau de elogiar, porque fala que o cara vai vai
pagar mais barato. Aqui no Brasil, inclusive, isso é muito utilizado para modalidade de trabalho análoga à escravidão. Eh, então assim, eu não sei quem é que elogia de novo, né? É isto. Não faço ideia quem é que quem é que elogia isso. De novo, se tiver falando do Felipe Durante, a visão dele é bem crítica sobre isso. Eu vi vídeos dele recentes. É isto. Então, não sei quem é que que que elogia. Agora repare, você também não faz ideia de quantos por cidade do trabalho, quantos trabalhadores estão na situação do dormitório das empresas. Aí algum
e aí gente, desculpa, viu, gente? Algum imbecil vai dizer assim: "Você tá querendo justificar?" Era para não ser nenhum. Eu concordo que era para não ser nenhum. Mas veja aqui, a gente não tá fazendo debate de torcida de futebol. Is quem ganhou o título de 87 foi o Sport ou foi o Flamengo? A gente tá aqui fazendo um debate científico sobre o que que é a Chena, né? Isto até para fazer a crítica correta, para dizer assim, para apontar o dedo para o que que é as relações de trabalho na China, você tem que ter
uma noção de, ó, qual é a porcentagem da força de trabalho da população economicamente ativa que, por exemplo, tá na situação de dormir em dormitórios das empresas. Qual é a situação? Qual é a média salarial dessas pessoas? Qual é o acesso a seguro desemprego, a contratos de trabalho formal? né, a previdência social, a cobertura previdenciária, sabe? A gente fazer a crítica inclusive aos aspectos mais brutais de exploração da classe trabalhadora na China que existe e eu mesmo nunca neguei, viu? Essa de passagem, tem que ter uma compreensão científica precisa da situação da classe trabalhadora. Gustavo,
simplesmente, simplesmente, como vocês vão ver, ele não expõe absolutamente nada. Presta atenção, né? Você não sabe quantos trabalhadores sem roucultão tão na cidade, né? com a sua, qual é o número de trabalhadores migrantes. Você não sabe a média salarial deles, você não sabe as condições de trabalho em termos de dados de números precisos? Você não sabe quantos trabalhadores dormem em dormitório das empresas, média salarial, se tem diferenças significativas entre público e privado, se tem dormitório nas empresas públicas ou só nas privadas. Você não sabe quantos trabalhadores trabalham no regime 993. Você não sabe das campanhas
que foram feitas para derrubar o regime 996. Você não sabe a porcentagem da classe trabalhadora que tá nessa situação. Você não sabe a média de jornada de trabalho da China? a partir do vídeo do Gustavo, ele agora vai entrar na questão do controle sindical e ausência de organização. Veja como isso aqui é rápido. É, além disso, você tem controle sindical e ausência de liberdade política e de organização. Novamente, isso é ponto morto para discutir aí com os apologistas da China, porque para eles isso é tradição milenar chinesa, né? A tradição milenar chinesa, às vezes me
lembra e Hitler referindo ao Império romano, né? Já podia remeter então a tradição milenar do ocidente. A gente que é oriundo desse mundo ocidental, inclusive aqui no Gustavo, ele fica refutando gente e você não faz ideia quem é, né? É muito bom isso. E o companheiro Gustavo também fica refutando argumentos que ninguém usou. Tudo certo. Vamos ver. Vamos ver como é que o o Gustavo prova tem liberdade sindical ou não na China. aqui no Brasil, onde as populações nativas foram foram grande parte exterminadas e se reproduziu aqui um mundo europeu com escravidão. Então, eh, os
trabalhadores são diretamente controlados por uma estrutura que integra o Partido Comunista Chinês o sindicato dos proprietários da empresa. Não tem separação lá, não. Eh, na China, a maioria dos sindicatos é controlada por essa federação aí, eh, que é a única federação sindical legalmente permitida no país. E a filiação ela é compulsória e o sindicato funciona como instrumento de controle dos trabalhadores, aliando-se muito mais aos interesses empresariais e governamentais do que dos próprios trabalhadores. E não adianta eu vir me argumentar que na China tem greve, meus caros. É óbvio que tem, né, no Brasil de Veja,
o Gustavo vai entrar numa argumentação agora que simplesmente ele não vai provar esse último ponto. A filiação é compulsória, o que é verdade, o que estimula a sindicalização, digas de passagem. E o sindicato funciona como instrumento de controle dos trabalhadores, alinhando-se mais ao interesses empresariais e governamentais do que a dos próprios trabalhadores. Sabe uma forma de mostrar isso boa? seria mostrar que a maioria das greves se fazem por fora dos sindicatos ou que na maioria das greves ela termina com um reajuste salarial abaixo da inflação ou sem reajuste salarial. Seria uma forma muito boa de
mostrar o papel dos sindicatos, muito mais defendendo o interesse dos patrões, né, da burguesia do que dos trabalhadores. Mas o Gustavo não vai dar dado nenhum. Ele não vai dar dado nenhum sobre número de greves, sobre característica das greves, sobre resultado das greves, sobre série histórica das greves. Nada, nada, nada. Presta atenção. Presta atenção. 1910 1917, onde a atividade sindical era legalmente proibida, onde ser sindicalista no Brasil era praticamente uma coisa de você dizer que era traficante. Teve os maiores ascensos de greve no Brasil, como a greve geral de 1917, que se estendeu por 5
anos até 1922, com atividade sindical sempre ela acontece, porque no capitalismo inevitavelmente as pessoas têm que se organizar para garantir condições mínimas de trabalho, para manter o que tem, conquistar qualquer coisa. Não há outra forma. Não tem como individualmente o trabalhador disputar com os proprietários da empresa. Os proprietários da empresa podem demiti-lo. O trabalhador não pode fazer nada individualmente, só pode fazer de forma organizada. Um dia existir capitalismo, vai ter greve, vai ter mobilização. Agora a China com seu controle sindical e ausência de liberdade política vai procurar manter isso dentro das rédias, né, dentro dos
limites aceitáveis pro regime, tá? Eh, eu peguei um caso aqui, tá, de remuneração. Pronto. Foi só isso, viu? É isso. É isso. Veja, é, é de de de verdade, gente. Veja o quanto isso é grave. Você, só por esse vídeo do Gustavo, você não tem ideia, você não tem ideia se a maioria das greves na China é feita por fora dos sindicatos, é feito a partir da mediação dos sindicatos e qual é o resultado dessas greves. Vocês entendem isso, né? Assim, vamos lá. Jones, eu odeio. Você é neoestalinista. Perfeito. É isso. Sou neestalinista. Eu não
presto, eu sou satanás de rabo. Dito isto, dito isto, ve, vejo que os dados sumiram sobre jornada de trabalho 996, sobre rucô, sobre dormitório nas empresas, sobre liberdade sindical, sobre sindicatos não serve. Os dados sumiram, sumiram. Aí o Gustavo trouxe um dado e aí presta atenção no que que o Gustavo vai falar aqui agora em relação a dados dados e condições salariais, né? formas, enfim, dados sobre exploração da classe trabalhadora. Presta muita atenção, por favor. Vamos lá. Média, eh, pra gente ver a questão da super exploração da força de trabalho. E eu peguei do setor
bancário e eu explico porquê, tá? Porque vários países, infelizmente, não divulgam dados de massa salarial dos seus trabalhadores. Muitos países não divulgam dados de massa salarial dos seus trabalhadores. Então, eh, o setor bancário é uma exceção. Por exemplo, Estados Unidos não divulga, Japão não divulga, China às vezes divulga, às vezes não, que divulgam mais Europa, Brasil também. Então, se a pessoa pegasse aqui setor ciderúrgico, eu não teria o salário, a massa salarial de vários países. Setor bancário sempre divulga, porque a massa salarial do setor bancário é tão expressiva frente à arrecadação total dele. Principal custo
que o setor bancário tem por agora, né, na era da inteligência artificial. Vamos ver como é que vai ficar. Eh, que ali nós temos dados para todas as empresas, tá? E tá aqui os bancos que foram considerados. Tem uns cinco bancos aí dos Estados Unidos, tem uns quatro, cinco bancos da China. E a gente pode ver aqui, né, a média salarial mais mirrada de todas. A, isso aqui em dólar, viu, gente? Tá RS aqui como se fosse real, mas isso foi erro meu, tá? Mas tá escrito aqui em dólar. No caso, setor bancário, que é
um setor de alta qualificação com a remuneração média bem mais elevada, evidentemente, mas da chinesa 59.000 49.000 anuais, tá? Eh, menos da metade que todos os outros casos, menos a Espanha, mas a Espanha aqui é só o Santander, que é um banco que tá mais presente, por exemplo, na América Latina do que na Espanha. Ainda assim, a América é mais elevada do que na China. E você pode pegar o poder de qualidade de compra que você quiser aqui, que você não vai reverter essa relação, tá? O Gustavo diz que vários países não divulgam os dados
de salário, mas ele fala que a China divulga. Aí ele pega o setor bancário, veja, a China é a chamada fábrica do mundo, né? Um texto da produção manufatureira do mundo está na China. Seria muito bom se Gustavo tivesse pegado, por exemplo, a média salarial da indústria. Já já a gente vai entrar nisso, né? dados que eu citei, inclusive no meu vídeo passado, dados da OIT, dados da OIT, eu tenho inclusive até dúvidas sobre essa afirmação do Gustavo em relação a vários países não divulgarem massa salarial pro setor. Mas enfim, não vou entrar nesse debate
estatístico agora, né? Mas lá no OIT tem uma base de dados bem interessante que dá para comparar isso sim, mas tudo certo. Então vamos lá. Aí vários países não divulgam. Aí o Gustavo compara com países de desenvolvimento capitalista central, países que são países ricos a décadas, há séculos, só que ele compara em estática. Qual o qual é o sentido de comparar em estática? É dizer o seguinte, mostrar o gráfico como é hoje. Mostar o gráfico como é hoje. Então eu pego a média salarial e mostro como é hoje. Mas e se eu pegar a evolução
histórica muda? Vocês entendem isso? Porque veja, nos Estados Unidos o salário médio da classe trabalhadora tá estagnado há mais de 30 anos. Por exemplo, se eu pego o salário dos Estados Unidos, salário médio industrial dos Estados Unidos e da China, hoje eu vou, a partir desse dado, eu afirmo assim, ó, o trabalhador estadunidense vive muito melhor que o chinês. Eu vou tá mentindo com estatísticas, né? Porque sim, gente, o salário médio industrial hoje dos Estados Unidos é muito maior do que o da China. É isto. Então eu pego o dado estática 2025, quem ganha mais
enquanto trabalhador eh na indústria, enquanto operário operária é estadunidense. Perfeito. Mas se eu pego o dado nos últimos 30 anos, como evoluiu a questão salarial, aí a gente vai ver a China, o trabalhador chinês tendo ganhos significativos há mais de 20 anos, ganh salariais reais com a inflação controlada e a gente vai ver o poder de compra do trabalhador industrial estadunidense estagnado, quando não decrescendo, se você considerar a inflação. Então esse dado é um dado meio enganoso, porque se a gente volta paraa China, por exemplo, vamos imaginar, eu nasci em 1990, em 1990 o Brasil,
do ponto de vista de PIB per capit, que o Gustavo usou, né? Então tá liberado, do ponto de vista de PIB per capito, do ponto de vista de PIB total e do ponto de vista de participação da indústria no PIB e do ponto de vista, inclusive de participação no comércio mundial, o Brasil era muito mais rico que a China, 1990, quando nasci. Perfeito. Perfeito. Então você pega o dado e diz assim: "Caralho, o Brasil é um país muito melhor para o trabalhador do que a China 1990". Aí você deixa de considerar série histórica. Veja, para
mim é muito normal considerar que a China não tem a média salarial da Alemanha e dos Estados Unidos. Que é isso, gente? A a China era parte dos países não alinhados. China, um desenvolvimento socialista que veio do terceiro mundo. Se eu entrar no debate se a China é socialista ou não, padrão salarial da China é com os países do terceiro mundo do sul global. A China tá alcançando em vários casos como salário médio industrial superando países de renda média, Espanha, Portugal e por aí vai. Mas sim, a China não tem ainda o salário da Alemanha,
o salário dos Estados Unidos, o salário da França e tal. Mas qual é a tendência histórica? Qual é, de acordo com os dados a tendência em termos de ganho salarial para daqui a 10, 15 anos? percebeo ele não pode contar isso. Então ele pegou só o dado em estática e só o dado do setor bancário. Não dialogou com os dados que eu apresentei da indústria, baseado inclusive na OIT feito, não pegou, não respondeu, ignorou e não diz quanto essa média salarial representa em torno da massa salarial total. Presta atenção. Presta atenção. Vamos lá. Nós estamos
falando, ó, Estados Unidos é o quê? 170.000. Isso aqui vai ser 3 vez me mais. Alemanha duas x meia mais. Tá. França mais que o dobro, Itália quase o dobro, Holanda mais que o dobro, Austrália mais que o dobro, tá? Ah, mas o Gustavo, o salário cresceu muito na China nos últimos 20 anos. Gente, as pessoas têm dificuldade de entender isso, mas eu vou procurar explicar. É claro que cresceu e ele já se estagnou, tá? Eu peguei aqui os cinco bancos chineses, que todos tm a massa celarial divulgada, né? A gente tem aqui eh o
o mais elevado de todos é o Boccon. A gente tem aqui o BOC, a BC China, a CCB. E não tem decorado a tradução das siglas, não, IBC, mas mostrei no slide anterior aí. Eh, a gente vê aqui a remuneração média em cada um deles. A gente vê que há três, qu anos ela tá estagnada. Por que que isso acontece, gente? Sempre que o capitalismo se desenvolve no país, você tem crescimento da remuneração média durante o seu período de grande expansão. Por que que você tem? Porque toda uma sociedade que vivia com fortes vículos comunitários,
com propriedade da terra, com produção doméstica, com produção comunitária, isso tudo é dissolvido e passa a ser tudo vendido pelo através do mercado por meio do dinheiro. Além disso, o processo de urbanização eh faz com que um monte de necessidades que antes não existiam para sobrevivência naquele contexto anterior passem a dominar. Eu elentei algumas aqui para vocês, tá? A gente pode ver aqui, por exemplo, eh, a gente pode ver o caso da especulação imobiliária. Então, moradias mudam qualitativamente de valor em função da anterior a domin. Deixa eu voltar aqui para vocês antes da gente continuar.
Reparem no gráfico que o Gustavo postou. Será que tem como aumentar a tela? Veja, o Gustavo pega o salário de 2009 em diante. Salário 2009 tá partindo aqui, tem um que é o ABC China que parte da casa dos 20.000. 1000 anual dólares. Eh, outras partes da casa mais ou menos de 24 25.000. E ocom, né, parte de uma casa de 22 aqui, essa acho que é roxo vinho esse negócio. 22 23.000. Veja, a gente tá falando de salários que no universo de 10 anos, vamos ser mais preciso, 2009 até 2023, a gente tá falando
de universo de 14 anos. A gente tá falando de salários que dobraram de valor em 14 anos, né? salários que dobraram de valor e alguns casos mais que dobraram de valor, como o Bocon, que tá na casa acima dos 60.000 por ano. E aí esses dados aqui até 2023 não pegam a recuperação da COVID-19, né, Gustavo? Assim, então assim, sim, há 4 anos que tá estagnado eh os salários, Gustavo, são 4 anos no período da pandemia, né? Pandemia começa em 2020. E aí quando vocês reparam na curva, ele vem aqui, aí dá uma crescida aqui
a partir de 2020 para 2021, estagna e começa a cair, embora o do Boccono. Então é basicamente o período da pandemia. a partir de 2023, começa com força a recuperação chinesa de maneira mais significativa e teria que pegar os dados de 2024 e agora pelo menos primeiro trimestre de 2025. De qualquer forma, a gente tá falando de salários que dobraram de de valor, velho, em em 14 anos, sabe? Então, até o o dado que o Gustavo quer trabalhar joga contra o argumento dele. Porque assim, aí alguém vai fazer a pergunta: "Gustavo, você disse que entre
os países imperialistas hoje, como no passado, nunca houve condições tão nefastas pra classe trabalhadora como na China?" E em que outro país, capitalista, imperialista do mundo, os salários mais que dobraram em 14 anos? Vamos lá. Ah, não, mas o salário é menor que o da Austrália. Sim, é. Tá. É isso. Processo de tempo histórico de desenvolvimento econômico. É lógico que é menor. Sabe o que que é surpreendente? Assim, é difícil de entender isso. Qual é a tendência histórica, sabe? Mas vamos continuar. A gente pode ver o caso da especulação imobiliária. Então, moradias mudam qualitativamente de
valor em função da ampla urbanização e da concentração populacional. Os preços disparam. Você passa agora a ter que financiar essas as moradias em 20, 30, 40 anos. Novas necessidades de consumo que antes não existia. energia elétrica, celulares, eh internet, eletrodomésticos, eh necessidades básicas são industrializadas, né? Então se pegar a China ali dos anos 90, como era o Brasil nos anos 70, tá? Então quem usa esse argumento para defender a China vai defender o capitalismo brasileiro e a ditadura, porque a remuneração média da classe trabalhadora brasileira formal cresceu muito durante os anos 60 e 70, que
foi o período da industrialização e da expansão intensiva do capitalismo no Brasil. Foi o período que ela mais cresceu, a remuneração média, porque foi o período da urbanização, das grandes construção, expansão dos grandes centros, como São Paulo, depois Belo Horizonte e por aí vai. Então olha, alimentação, roupas, tudo passa a ser acessado pelo dinheiro e fornecido pelas grandes empresas. só lapamento das feiras locais, da produção própria e da produção comunitária. Eh, quem tá vinculado à terra diretamente, produção camponesa, por exemplo, você vende só um excedente para você ter acesso a um dinheiro, comprar alguma ferramenta,
alguma coisa. Não entra aí fator custo em questão, porque não tem custo, né? Os custos no geral são produzidos no âmbito da da própria eh do próprio trabalho doméstico que produz algodão, tem um teá em casa, onde se faz cobertor, se faz roupa, né? Onde se produz a maior parte dos alimentos. Aí você vai na feira comunitária e vender alguma coisa por um precinho qualquer que você precisa de um dinheiro para comprar ferramentas, outras coisas. É por isso que considerar PIB per capita de países eh antes de um desenvolvimento intensivo do capitalismo e depois não
faz nenhum sentido. O que mudou foi a forma de sociedade, tá entendendo? Eh, transporte, né? Carros, bicicletas, transporte público, locomover-se torna-se uma necessidade tanto em termos de trabalho como pessoal. Tá entendendo? Eh, então sim, meus amigos, me desculpa, esse argumento é muito fraco. Esse argumento que se justifica que a China tá em transição pro socialismo hoje que é algo ser referenciado, porque houve um grande crescimento eh da remuneração média dos trabalhadores eh chineses ao longo dos últimos 20 anos. assim como houve no Brasil durante a ditadura, assim como houve em todos os países capitalistas no
período que eles se desenvolveram. Agora que esse desenvolvimento chegou num ponto, né, que ele já se expandiu, pelo menos em algumas regiões da China, em toda sua extensão e profundidade, agora eles já estão vivendo o período da estagnação, das remunerações. Agora já estão vivendo o período eh onde eh eles já estão recebendo um salário ali para sobreviver em meio às necessidades que são dadas por esse novo contexto social em que eles estão inseridos e que da China é das piores possíveis, como a gente viu aqui, jornada de 12 horas, dormitório paraa enorme massa dos trabalhadores
manuais e por aí vai. Bom, pronto. É isso, gente. E aí, veja, em algumas regiões da China, o salário já está estagnando. Em quais regiões, Gustavo? Sal tá estagnado? Quais regiões sala tá estagnado? Diz aí. Veja, o Gustavo, ele faz uma confusão aqui. Deixa eu até abrir a tela que esse esse ponto é muito importante. Veja, o Gustavo faz uma confusão aqui básica. São duas duas coisas diferentes. O crescimento do número de assalariados e o crescimento do poder de compra do salário, crescimento real do salário. São duas coisas diferentes. O que a ditadura fez, não
só a ditadura, durante todo o período desenvolvimentista foi crescer o número de assalariados. Então, vamos imaginar que na cidade X você tinha 100 assalariados. Aí no universo de 10 anos, passou Cidade X para ter 1000 assalariados, que foram basicamente pessoas que migraram do campo, saíram daquela condição de economia natural para uma economia urbano industrial ou urbano capitalista. Houve um crescimento objetivo do número de assalariados, inclusive um crescimento até da massa salarial total, o número de pessoas que recebem vive de salário. Isso não diz necessariamente do crescimento do poder de compra do salário. Pode ser que
tenha acontecido o crescimento crescimento do número de assalariados com redução ou estagnação do poder de compra dos salários. Perfeito. São coisas diferentes. O Gustavo sabe disso. Certeza. E aí veja, companheiro Gustavo, eu estou respeitando você. Eu tenho certeza que você sabe disso. Crescimento do número de assalariados é uma coisa, crescimento do salário real é outra coisa, inclusive até do ponto de vista de salário médio, porque imagina que a contazinha básica, você vai tirar o salário médio. O que que é o salário médio? Grosso modo, é uma média entre os maiores salários e os menores salários,
né? Veja, do ponto de vista da conta do salário médio, faz pouca diferença. Se a gente tem, imaginando números aqui para argumentar, se a gente tem 100 assalariados ganhando R$ 10, ou seja, a gente tem 200 assalariados ganhando R$ 10, né? Do ponto de vista médio do salário médio, do crescimento do salário médio, se o salário cresceu ou não, isso vai fazer pouca diferença na conta. O que é que faz diferença? Se a gente tinha 100 assalariados ganhando R$ 10 de salário, a gente passa a ter R$ 150 assalariados que passaram a ganhar 15 ou
desses 150 assalariados, 50 deles ganham R$ 20. Aí vai mudar o valor do salário médio. Então vej, o Gustavo sabe essa diferença, sabe essa diferença. Só que ele fez uma apresentação toda ligeirada que no final você não sabe, presta atenção, presta atenção aqui, você não sabe qual é a divisão de força de trabalho entre o setor público e o setor privado. Você não sabe a diferença salarial entre as regiões. Você não sabe as diferenças de condições de trabalho entre as regiões. Você não sabe se tá melhorando ou piorando as condições de trabalho, acidentes de trabalho,
adoecimento por causa adoecimentos laborais, né, sejam físicos, sejam mentais. Você não sabe quantas greves acontecem. Você não sabe se as greves acontecem por dentro ou por fora do sindicato. Você não sabe o resultado das greves. Você não sabe se as greves são, em sua maioria greves defensivas, ou seja, para cobrar salários atrasados e direitos não respeitados, ou greves ofensivas cobrando melhores salários, melhores condições de trabalho. Ao fim e ao cabo da apresentação do companheiro Gustavo, você não tem noção com o perdão do palavrão. E aí o Gustavo usou palavrão, imagino que eu posso usar também,
né? Ao fim e ao cabo da apresentação do companheiro Gustavo, você não sabe nenhuma sobre as relações de trabalho na China, nem aquele dado clássico que é assim, ó, a diferença salarial entre o litoral chinês e o centro e o oeste chinês. Assim, nem isto, nem isto ele debateu, né? Porque ele poderia, por exemplo, pegar as desigualdades regionais que são significativas do ponto de vista de salário na China. Perfeito. Você não sabe isso. Veja, tenha ciência disso. Perfeito. Que que a gente vai fazer aqui agora? A gente vai trazer alguns dados. Jonis vai mostrar tudo?
Não, porque esse vídeo já tem mais de 3 horas, porque não dá. É por isso que esse debate precisa ir pro texto. Aí não venho com a desculpa de que eu tô fugindo do debate pro vídeo, não. Mas é justamente porque veja, o debate fica desqualificado. Vocês entendem isso? Veja, ao final desse debate em vídeo, você não sabe quantos trabalhadores são do setor público e quantos são do setor privado. Eu tenho esses dados todos segmentados e tal. Inclusive consegui alguns desses dados com ajuda do Felipe Durante. Outros foi o próprio Elias Jabu que me mandou.
Outros foi uma amiga minha da UFBC que estuda China que me mandou. Outros eu mesmo pesquisei, outros outro amigo meu do Rio de Janeiro que é jornalista que o trabalho dele agora não permite que eu fale mais dele em público, mas já falei dele passado aqui no canal. Fim. Então, veja a dificuldade disso aí. Vamos começar aqui a fazer um mergulhozinho rápido, bem limitado, os dados sobre condições de trabalho e salário chinês. Não vai matar toda a questão, vai ficar lacunas. Eu estou dizendo que vai ficar lacunas. Eu vou me focar muito mais no que
o Gustavo falou e não apresentou dados. Perfeito. Aliada a isso, antes da gente começar, só uma questão do ponto de vista de estatísticas na China. Esse aqui é como se fosse o IBGE da China, né? O National Bureal of Statistic, né? Que é isso é uma comparação meio grosseira, mas é como se fosse o IBGE da China, meio que o órgão de produção de informações, de dados e tal da China. Ele tá em mandarim, como vocês podem ver, mas tem aqui, ó. Clica aqui em inglês, abre uma página em inglês e aqui, enfim, tá no,
o Google traduziu automaticamente, mas tá aqui, ó. National Economics Resold State Fistcft, Ncional Bureal of Estatísticas da China. Gente, assim, é muito completo, tem uma porrada de estatística, não tem apagão de dados, não tem problema. Você consegue achar dados praticamente sobre a toda. Você quiser divisão da força de trabalho na China pro setor, você acha divisão pro público, privado e aí setor químico, siderurgia, serviço, comércio, indústria, serviço simples, serviço completo, tudo aí, tudo você acha aqui. Então, eu não entendi porque o companheiro Gustavo Machado fez uma exposição tão limitada e, por exemplo, só pegou os
dados salariais do setor bancário, né? Eu acho, eu suspeito e aqui com muita tranquilidade que ele fez isso para confirmar a premissa ideológica dele, premissa ideológica dele. Qual é a premissa ideológica? A China tem as piores condições paraa classe trabalhadora do mundo, né, em toda a história, considerando países imperialistas. A premissa ideológica. Aí aqui vamos começar a passear um pouco nos dados. Eu vou ser um pouco mais rápido aqui, que é para a gente ainda vai debater a questão da Venezuela, mas vamos dar uma olhada agora. Então agora a gente vai começar a analisar alguns
dados, né? Salário, questões trabalhistas na China e por aí vai. Vamos primeiro ver um panorama geral dos salários na China, que todos os dados inclusive estão disponíveis. Eu peguei até uma compilação de um site burguês voltado para negócios e tal, seria o equivalente no Brasil ao valor econômico e a revista Exame, que é claro que tem eh uma tendência ideológica de dos interesses da burguesia, do programa neoliberal, mas são bem objetivos com dados, né? Porque são publicações que orientam a própria burguesia, inclusive suas decisões de investimento. Então, peguei uma consultoria, o site de uma consultoria
de investimentos que trabalha com dados bem objetivos, inclusive para informar seus investidores sobre como é que estão as tendências salariais na China, basicamente usando dados oficiais do bureal nacional de estatísticas da China, que a gente já mostrou aqui, né? Vamos ver aqui. Vou ampliar um pouco, né, gente, para melhorar a leitura. Salários médios na China, tendências e implicações para as empresas publicadas pelo China Renfing. É assim que pronuncia, provavelmente não deve ser. Meu inglês é terrível. Aqui tem uma apresentaçãozinha do texto, é de agosto de 2023. Os salários médios na China mais que dobraram na
última década. Veja, não é o crescimento total do número de assalariados, é o salário médio, né? como eu inclusive acabei de explicar para vocês, acompanhando o rápido crescimento do PIB e do padrão de vida do país. No entanto, os salários médios variam muito de setor para setor e a diferença entre os salários do setor privado e do setor privado está aumentando. Era para ser entre setor público e o setor privado, provavelmente uma falha da tradição é automática do Google Chrome. O aumento de salários tem implicação significativa para as empresas, especialmente para aquelas que dependem de
mão de obra barata e pouco qualificada na indústria manufatureira. Ao mesmo tempo, o aumento do nível de renda apresenta novas oportunidades para as empresas que buscam mão de obra altamente qualificada e buscam explorar enormes mercados consumidores na China. Aí aqui começa a apresentar os dados, né? Em 2022, o salário médio anual de funcionários em cargos urbanos não privados foi aqui tem a moeda chinesa, né, de 114.000, aproximadamente 15.000, 000, um aumento nominal de 3.7% em relação ao ano anterior e um aumento real de 1.7% em relação ao ano anterior. Aqui tem um pouco a classificação
que eu já contei para vocês duas empresas na China e aqui ele começa a destrinchar outros dados. Os salários no setor não privado são consideravelmente mais altos que no setor privado. Em média, um funcionário do setor não privado ganha quase o dobro de um funcionário do setor privado, cujo salário anual em 2022 era cerca de 65.000 em moeda chinesa, aproximadamente $9.000. Lembra que eu falei para vocês eh várias vezes nesse vídeo que o Gustavo não analisou os salários no setor público, nem a diferença salarial entre as empresas mistas e as empresas privadas. Uma das escolhas
disso é por causa da diferença da média salarial, né? Sim, mas vamos lá, tudo certo. E salários nos setores privados e privado, mas que dobraram na última década. No entanto, o crescimento dos salários médios no setor privado foi ligeiralmente mais rápido do que no setor privado, comoá. Aí aqui vem um gráfico com crescimento dos salários. Não privado, privado, não privado, privado. E tá a média. Deixa eu diminuir ainda mais, gente, para ficar mais visível na agora. Tá bom. Deixa eu ver como é que tá. É, tá bom. Tá visível. Aqui tem uma faixa de crescimento
salarial de 2023 até 2022. Lembrando, consequentemente, pegando aqui o finalzinho da pandemia, vocês podem ver um crescimento significativo dos salários. Aí aqui ele começa a apresentar e assim ó, fonte National Bureal of Statistic. Aqui também tem uma informação importante. A taxa de crescimento também desacelerou consideravelmente na última década. A desaceleração foi mais acentuada no setor privado, que viu os salários caírem para um crescimento anual de 3.75% em 2022 em comparação com um crescimento de 6.73% 73% no setor não privado. Então, a diferença de crescimento de salário entre o setor privado e o setor não privado.
Salários médios na China ou setor. O setor com maior salário médio anual na China é o de transmissão de informações, softwares e serviços de TI, que atingiu em média chinesa 222.000, aproximadamente 30.000 no setor não privado. Os colegas do setor privado, no entanto, ganham apenas 56% deste valor. Uma média de 123.000, em média chinesa, 30.000. O segundo setor com maior remuneração em 2022 foi o financeiro, no qual os funcionários urbanos não privados ganham uma média anual de 174.000, média chinesa, aproximadamente 24.000 e os funcionários privados ganham 110.000 em chinesa aproximadamente ó. O setor com maior
discrepância entre os salários do setor privado e não privado é o da educação. Os funcionários urbanos do setor privado ganham em média apenas 43.8% 8% do valor dos colegas não privados por ano. Aí aqui vem uma diferença salarial entre setor privado e não privado em informação, transmissão software, TI, finanças, eh ciência e tecnologia e serviços de tecnologia, healthcare and social work, cuidados médicos e tal, eletricidade, gás, produção. Você vê que a diferença entre o setor não privado e o setor privado é sempre muito significativa, né? Cultura, esportes, educação, transporte, manufatura, real estates, construção, conservação residencial
e tal. O único entre em que a diferença salários privados e não privados é pouco significativa é este último item aqui. Como vocês podem ver, é o salário não privado tá na média de 53.000 1000 anual e do setor privado tá 47.000. Então você tem aqui uma tabela bem boa 2022 que mostra as diferenças salariais entre o setor privado e o setor não privado, né? E aí é importante entender isso, porque qual é a tendência da China, gente, hoje? É o crescimento do setor privado ou é o crescimento do setor não privado? Me parece muito
claro que a tendência é o crescimento do setor não privado. Isso tem implicações diretas na no próprio crescimento do salário médio, né, a curto médio prazo, quando a gente for analisar as tendências salariais na China. E aí, evidentemente, o Gustavo não analisou isso. E aí, pense o seguinte, veja, o Gustavo, ele mostrou para vocês o gráfico falando que o lucro médio das empresas públicas era menor do que das empresas privadas. Inclusive, é um dado universalmente conhecido sobre a situação da China. O lucro médio é menor e o salário é maior. Salário médio. O que é
que isso diz sobre a dinâmica econômica da China? Pense aí eh se isso é um dado significativo, importante, o que é que se implica na hora de pensar a economia do país. Aí aqui vem outra informação do gráfico. Os salários também aumentaram a um ritmo acelerado no setor não privado em quase todos os setores na última década. uma exceção notável no setor financeiro, ao quais os salários no setor privado cresceram a média anual de 13% desde 2013, comparação com pouco menos de 7% no setor não privado. Os salários no setor de manufatura cresceram a taxa
média anual de 9 a 9.5% nos setores privados e não privados, respectivamente desde 2023. Veja, os salários no setor de manufatura cresceram uma média anual de 9.1% e 9.5% nos setores privados e não privados, respectivamente. Desde 2013, os salários no setor de manufatura não privados aumentaram de 46.000 em moedas chinesas, aproximadamente 6.493. Eh, em 2023 para 97.000, 1000, né, em moeda chinesa, aproximadamente 13.000, né, em 2022, enquanto os salários no setor privado de manufatura aumentaram de 32.000 em moeda chinesa, aproximadamente 4.479 para 67.000 em moeda chinesa, aproximadamente 9.418. O que que a gente tá vendo
aqui é basicamente que 2013 a 2022 os salários dobraram de tamanho, né, gente? Assim, é isto, salários no setor de manufatura. E aí, como eu já falei para vocês, a China é hoje responsável por 1/3 toda a produção manufatureira mundial. Seria muito interessante se o Gustavo mostrasse a evolução salarial disso. Ele escolheu não mostrar. Em vez de mostrar o salário no setor manufatureiro, ele mostrou no setor bancário e não colocou em média histórica, né? Em níveis de crescimento, por exemplo, dos últimos 10 anos, ele colocou basicamente só eh o dado estático e quando colocou em
média histórica, ele colocou só a média histórica do crescimento do salário no setor bancário chinês, não colocou em comparação com outros países, né? Assim, com todo respeito, isso me parece uma malícia estatística para tentar provar o ponto dele. Alguém pode dizer assim: "Jô, o salário na China tá crescendo porque tem exportação de capital e aí tá se formando na aristocracia operária?" Já já a gente vai conversar sobre isso. Segura um pouquinho aí rapidão. Aí aqui a gente desce um pouco e aí tem e gráficos falando sobre as médias salariais, né? Pro setor, informação, finanças, manufatura,
hospitais e por aí vai. Gráficos bem interessantes e relevantes. Lembrando que isso aqui pega muito do impacto da COVID também, né? Porque a gente tá vendo que os dados aqui vão até 2021. Então, pega o auge do efeito da COVID, você pode ver que tem um pico de queda na virada de 2019 para 2020 em todos os setores. E mais informações também sobre média salarial, também pegando o pico da COVID. E aqui vem uma tabela bem completinha, gente, eh, salário médio anual para funcionários urbanos, entidades não privadas por setor, tá ligado? E aqui tem eh
eh os valores e a taxa de crescimento, né? Você pega aqui total 6.7%, aí vem empresas estatais 7%, empresas de propriedade coletiva 4.5%. E aí lembrando, eu já debati com vocês, esse negócio de empresa coletiva na China é um negócio muito difícil de definir, viu? É assim, gente, você que é defensor que a China é socialista, cuidado, não cai nessa esparrela que empresa coletiva significa empresa dos trabalhadores, não. Não é bem assim, tá? Mas assim, é fato que não dá para definir a China só como empresa pública, empresa privada, empresa de capital misto, como é
na maioria dos países capitalistas. As relações de propriedade na China são muito mais complexas e muito mais intricadas do que isto. E aí, LLCSs, sociedades limitadas, empresas investidas em Hong Kong, Macau e Taiwan, fiéis, outros, nacional de estatísticas da China, né? salário médio por região. E aqui ele faz uma diferenciação do salário em cada região do país. Salários médios de funcionários urbanos também variam entre as diferentes regiões no leste da China. Uma designação regional ampla para incluir 11 províncias e municípios, incluir Pequim, Shangai, registrou sem surpresa o maior salário médio anual em 2022 com funcionário
do setor privado ganhando em média 72.000 1000 em moeda chinesa, aproximadamente 10.200. Eh, funcionários do setor privado ganhando em média 113.000, aproximadamente 18.000. A região com segundo maior salário médio para trabalhadores urbanos foi a China ocidental, abrangendo 12 províncias, municípios e regiões autônomas, inclusive Shengdu e o Nã Xian Xi, Xang por aí vai, onde os funcionários privados ganharam uma média de 55.000 em moedas chinesas, aproximadamente 7.800 por ano e funcionários não privados ganhando uma média de 100.000 1000 em moedas chinesas, aproximadamente 14.000 eh dólares. Região com menores salários médios, tanto no setor privado quanto no
não aqui era para ser não privada, que a tradução às vezes buga, foi o Nordeste, abrangindo as províncias de Gilim, partes da Mangóia, do interior, etc, etc. Os salários médios do setor privado em 2022 atingiu 49.000 em moedas chinesas, aproximadamente 6.945, 945, enquanto o salário médio do setor não privado atingiu 89.000 em moeda chinesa, aproximadamente 12.000. Você veja, repare uma coisa, a diferença dos salários por região, ela é significativa, mas não é tão violenta, né? Então você pega aqui, por exemplo, a região de maior salário, funcionários do setor privado ganha em média, vão colocar em
dólares, 18.000 funcionários do setor privado. Na região com o segundo melhor salário, os funcionários do setor privado ganham $7.000. A gente tá falando de um pouco mais que o dobro. E na região com menor salário, os funcionários do setor privado ganham quase 7.000, né? 6.000 eh 945. Então, entre a região com segundo melhor salário e a região com pior salário, a diferença tá pouca. Eh, a diferença significativa entre essas duas regiões e a região mais rica da China. Só que essa diferença vem se reduzindo. Já já, inclusive, a gente vai falar um pouco mais de
maneira rápida disso aí. Aqui análise de tendência dos salários médios na China, que foi uma coisa que o Gustavo não fez, né? Analisar tendência em variação histórica. O aumento dos salários em todos os setores na China na última década correspondeu ao rápido crescimento do PIB e a elevação do padrão de vida no país. A renda média disponível per capita na China mais que dobrou, passando de 18.000 1000 em média chinesa, aproximadamente 2.000 eh 561 em 2013 para 36.000 em moedas chinesas aproximadamente $.000 em 2022. Então no universo de 10 anos dobrou a renda isso tendo
uma pandemia de Covid no meio, né? Pandemia de COVID no meio. Então veja a pergunta que a gente tem que fazer, essa tendência, ela é sustentável? uma tendência de longo prazo, ela vai se manter nos próximos anos. Porque a China, gente, por isso que eu disse que o padrão de comparação da China é com os países do terceiro mundo. A China, ou o hoje se chama suglobal, a China foi dos movimentos não alinhados. A China sempre foi vista durante todo o século XX como país da periferia do sistema capitalista. Claro que hoje, do ponto de
vista tecnológico e produtivo, ela tá em outro patamar. Só que o processo de comparação, ao você fazer com países como Alemanha, como França, que são países ricos há décadas, ele precisa ter cuidado. Dá para comparar sim com França, com Alemanha, com Estados Unidos e tal, mas é importante fazer uma comparação do ponto de vista de perspectiva histórica, de série histórica, né? Eh, o Gustavo, ele afirmou que a China é o pior país imperialista tanto hoje como da história da humanidade para a classe trabalhadora. é de se perguntar qual país imperialista a renda per capita média
dobrou em 10 anos, né? Assim, enfim, sabe? Então, passado esses dados, vamos trabalhar com alguns outros dados, a entrar num tema agora importante. Eh, visto de maneira geral as diferenças salariais por setor de setor público privado, média de crescimento salarial, vamos entrar agora na questão dos dormitórios e dos trabalhadores migrantes, né, que é um ponto fundamental. Como é que a gente vai debater essa questão? Vamos pegar aqui basicamente três materiais, né? um material é de um conhecido site inclusive do mundo ocidental para informações sobre a China, que é o China Labor Bullet, acho que pronuncia
assim que é o o boletim trabalhista da China, que uma organização seriada em Hong Kong dedica a produzir dados e informações sobre questões trabalhistas, direitos trabalhistas na China, uma organização inclusive que não tem relações orgânicas com o Partido Comunista, uma organização por fora. A gente vai trabalhar com dados deles, vai trabalhar rapidamente com um artigo acadêmico sobre a China e que foi publicado na Nature e vai trabalhar também com um informe do Boro Royal Nacional de Estatísticas da China, né, que como eu já falei meio que BGE da China. O Felipe Durante inclusive me ajudou
a levantar esses dados a quem eu agradeço. Vamos lá. Primeira coisa, só para deixar de caricatura, eu nunca defendi dormitório, eu nunca defendi exploração. Eu já falei várias vezes sobre a a o elemento brutal da exploração dos trabalhadores migrantes. Vamos lá, então. Sem caricatura. Eu quero debater com vocês é um quadro real, ainda que aproximado da dos limites de um vídeo das relações de trabalho e do padrão de exploração da classe trabalhadora na China. Porque eu, diferentemente do companheiro Gustavo, eu não tenho um compromisso ideológico de querer argumentar que a China é o pior país
do mundo e que a China é pior que os Estados Unidos. Então, né, vamos ter ideias de números precisos do que que a gente tá falando aqui, coisa que o Gustavo, como vocês viram, não mostrou no vídeo dele. Vamos começar com o texto do Tina Labor Bullet, o buletim trabalhista e da China, que apresenta números bem interessantes. O texto começa dando uma historinha do Rucô, né, como vocês estão vendo aqui na tela. Deixa eu ver se fica melhor pra leitura assim. Acho pior que fica. Então vamos lá. Os registros domiciliares têm sido utilizados pelas autoridades
chinesas há milênios para administrar a tributação e controlar a migração. O atual sistema de registro domiciliar, o Rucô, foi formalmente introduzido pelo governo comunista, pelo governo do Partido Comunista, não governo comunista, mas tudo bem, em 1958 e foi projetado para facilitar três programas principais: assistência social e distribuição de recursos do governo, controle da migração interna e a vigilância criminal. Cada cidade emitia seu próprio passaporte doméstico ou rou que dava aos residentes acesso aos serviços de extência social naquela jurisdição. Os indivíduos eram amplamente categorizados como rurais ou urbanos com base no seu local de residência. Além
disso, o rucô era hereditário, de modo que crianças cujos pais possuíam ruc rural também teriam rucô rural, independentemente de onde tivesse nascido. Aí aqui o texto começa a falar sobre as mudanças que o Hucô teve no processo de reforma em abertura e que sim, presta atenção, o Gustavo Machado está certo ao dizer que a partir do sistema de reformas de abertura, o Rucô foi usado também para controle do exército industrial de reserva até o processo de reforma em abertura. Não, o foi usado como instrumento que inclusive eu nem vejo problema de de passagem até reforme
abertura como instrumento de planejamento territorial e de alocação populacional. Eu não vou entrar num debate mais amplo sobre isso, mas é isso. O RCO até o processo de reforma e abertura tem um significado em um sentido na China. O Rô pós processo de reforma em abertura, eu diria, principalmente a partir dos anos 90, tem outro significado. Perfeito. E aí o texto explicita isso. O sistema RCO deveria garantir que a população rural da China permanecesse no campo, continuasse a fornecer alimentos e outros recursos de que os moradores urbanos precisavam. No entanto, à medida que as reformas
econômicas da década de 80 ganhavam força, o que as cidades mais precisavam era de mão de obra barata. Assim começou, que é frequentemente descrita como uma das maiores migrações humanas de todos os tempos, com centenas de milhões de jovens, homens e mulheres do campo afluindo nas fábricas e canteiros de obras das cidades costeiras em expansão na China. Em muitas cidades, como Shenzen e Dongan, a população de trabalhadores migrantes rapidamente ultrapassou a população urbana total. E aí o texto já começa a descrever um processo e aqui presta muita atenção, gente. É o Rucô, pós de reforma
em abertura, ele foi usado como controle do exército industrial de reserva. Fato. Fato. O rouô, pós reformas e aberturas passou a ter elementos brutais, como, por exemplo, dificultar a assistência médica para um trabalhador que está naquela região do qual não é o seu ruc. Veja, não é que você não pode viajar, não pode fazer turismo, isso é uma besteira, né? É para locação de trabalho e de moradia. Perfeito. Então o Rucô tem elementos brutais e que, ao meu ver, devem ser criticados. Quem mais critica isso, inclusive tá na própria China, o movimento da classe trabalhadora.
Falar sobre a brutalidade do Rucô, falar sobre eh os absurdos como a negação da assistência médica, que para mim assim eh é isso, é injustificável. Eh, não significa negar um movimento que o Rucô desde o começo dos anos 2000, desde o governo ruintal, vem sofrendo paulatinas, afrochamentos, né? Na prática, na prática, o enquanto instrumento de controle populacional de migração interna vem perdendo força, vem ficando cada vez menos restritivo e algumas pessoas indicam a tendência desse sistema cair nos próximos anos, considerando uma tendência parecida com a política de filho único na China, que foi paulotinamente sendo
afrochada, afrochada, até que acabou, né? Então, as duas coisas são verdadeiras. Veja, presta atenção, é porque esse debate é muito emocionado. Quem critica o Rucult pelos seus aspectos problemáticos, como a negação da assistência à saúde para um trabalhador eh migrante, tá correto? Perfeito. Quem afirma que nos últimos 20 anos o Rucô vem sendo cada vez mais afrochado e que há um debate na China de acabar com Rucô também, tá correto. Vocês entenderam? pode fazer as duas coisas, viu? Porque as duas afirmações estão corretas, né? Voltando pro texto, à medida que trabalhadores migrantes chegavam às cidades,
ficou claro que as restrições do Rucô, a migração interna apenas inexequíveis, mas também contraproducentes para o desenvolvimento social e econômico. Mas foi somente em 2003, após a trágica morte sob custódia policial de um jovem trabalhador migrante chamado SUM, que as barreiras à migração começaram a cair. havia sido detida pela polícia em Quanz simplesmente porque não possuia autorização de residência temporária, conforme exigido por lei. O clamor público pela morte de Sun levou a abolição de muitas das restrições mais flagrantes à liberdade de movimento em vigor na época. Em muitas cidades menores, as restrições do Rucô foram
gradualmente desmanteladas, mas o sistema em si ainda está em vigor. Aí um pouco mais abaixo diz: "Com mudança demográfica na China impulsionada pela queda da taxa de natalidade pelo envelhecimento da população, em 2020, algumas grandes cidades começaram a flexibilizar suas restrições de residência. No entanto, essas políticas visam gradualmente universitários e outras categorias preferenciais da população. Para os trabalhadores urbanos comuns, o requisito mínimo para obter o rucô urbano, como a contribuição para previdência social por um determinado número de anos, ainda estão fora de alcance, segundo as políticas flexibilizadas. Evidentemente que também na China há uma ampliação
do acesso à educação superior. Então também cada vez mais trabalhadores vão conseguir ter acesso a essa flexibilização do Rucô. Então veja, repito, são dois movimentos concomitantes. Tem que fazer a crítica ao Rucô no que ele tem de problemática e são muitas coisas problemáticas. E tem que também reconhecer que é um movimento de enfraquecimento das destrições do Rô, um movimento progressivo que acontece na China há muitos anos. Aí aqui a gente entra em dados muito importantes. Existe algumas divergências nos números, viu gente? Só para vocês saberem, os números varia um pouco de fonte para fonte, mas
são variações muito próximas, né? Que é tipo assim, você tá verificando um número, aí você vê que uma fonte dá 100.000. Uma fonte dá 120.000, outra fonte dá 140.000. Os números são diferentes, mas como eles estão muito próximos ali, você pode trabalhar inclusive com a média, dizer assim, ó, pontes diferentes e tal, mas a média é isso aqui. Então, vamos dizer que nesse exemplo que eu dei, vamos trabalhar numa média de 100.000, tá? Dentro de uma estimativa legal para trabalhar com os números, né? é que tem alguns números pra gente pensar o tamanho da força
de trabalho migrante eh na economia chinesa. Os trabalhadores migrantes rurais têm sido o motor mais importante para o crescimento do mercado de trabalho na China por três décadas e em 2002 representavam 33% da força de trabalho total e aproximadamente 876 milhões. Então vamos lá. trabalhadores migrantes na China em 2022 representavam 33.7% da força de trabalho total eh do país, né? E que esse total de 876 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, Jones, desses 33% de mais de 800 milhões, todos estão em dormitórios das empresas? Não, não, já a gente vai mostrar o número. Veja, é importante
você saber, trabalhadores migrantes, né, rurais da China representam 33% da força de trabalho total. O Gustavo, Gustavo não deu número, não explicou e tal, falou rapidamente sobre esse 1/3, na prática é isto, e terceu comentário basicamente nenhum sobre os 2/3 da força do trabalho chinesa, mas vamos continuar. No entanto, em 2022, o número de trabalhadores rurais trabalhando em áreas urbanas da China aumentou 3.1% milhões, 1.1% para 295.6 6 milhões de 292.5 milhões 2021. De acordo com a pesquisa anual conduzida pelo Nacional Bureal of Statistic da China. Nos últimos 10 anos, o número de trabalhadores migrantes
aumentou em geral, embora a taxa de crescimento tenha desacelerado. Devidos aos efeitos da pandemia global, 2020 foi o número em que a população de trabalhadores diminuiu, caindo 5.2 milhões. Em 2021, o aumento da população migrante foi o maior do que qualquer outro desde 2023. A pesquisa do IBGE da China, né, o bureal de estatística, divide os trabalhadores migrantes entre aqueles que trabalham em cidades próxima à sua área de residência, geralmente dentro do mesmo condado chamado de trabalhadores migrantes de curta distância e aqueles que trabalham em cidades mais distantes, chamados trabalhadores migrantes de longa distância. Em
2022, havia cerca de 172 milhões de trabalhadores migrantes de longa distância. um aumento de 118.000, 0.1% em relação ao ano anterior. Entre eles, a população de trabalhadores migrantes interproviniais permaneceu praticamente a mesma em comparação com 2021, diminuindo 0.01%, quando trabalhadores migrantes de curta distância aumentaram 2.93 milhões, 2.1%, está em linha com a tendência de longo prazo para a maior proporção de trabalhadores migrantes de curta distância. E aqui tem um graficozinho. Deixa eu ver como é que esse gráfico tá aparecendo na tela. Deixa eu reduzir. Pronto. Aí tem um graficozinho para vocês verem. O laranja é
o curta distância. O azul é o longa distância, né? Um gráfico de 2011 até 2022 em milhões, viu, gente? na proporção de milhões de trabalhadores. Aqui tem um gráfico descendo no texto, né, que mostra a distribuição de força de trabalho, trabalhadores migrantes por setor. Aí manufatura, construção, transporte, logística, outros e por aí vai. Acho que como é que tá na tela aqui? Estão as classificações azul, laranja, cinza, amarelo ou verde e tal. E aí vem na classificação aqui, tá? o gráficozinho completinho da distribuição da força de trabalho. Aqui ela fala um pouco, a matéria fala
um pouco do padrão salarial, né? Deixa eu voltar para outra forma de ler. Vamos lá. Os níveis salariais dos trabalhadores migrantes têm crescido de forma constante, embora cada vez mais lenta na última década, com o salário médio mensal em 2022, chegando a 4.615 anos, um aumento de 4.1% em relação ao ano anterior. A taxa de inflação geral na China em 2022 foi de 2%. demonstrando um aumento nos níveis salariais. Os setores mais bem pagos para os trabalhadores migrantes em 2022 foram construção, salário médio de 5.000, transporte e logística, salário médio de 5.300 mês, enquanto aqueles
empregados em serviços de hotelaria, alimentação, serviços domésticos, reparos, foram os mais mal pagos, ganhando pouco mais de 3800 e 20 por mês. Aí aqui vem um gráfico com o setor e a média salarial dos trabalhadores migrantes, né? Esta imagem aqui não tá dando para aparecer a o azulzinho que é embaixo aqui, ó. E aqui vem a divisão por anos, né? E a média salarial em cada setor. Vocês podem ver em transporte, em construção e manufatura, o crescimento salarial é muito maior para os trabalhadores migrantes. Em outros setores, como hotelaria, crescimento é bastante pequeno da média
dos salários. E aqui vem um dado muito importante sobre exploração da classe trabalhadora na no caso específico da classe trabalhadora migrante, né? aqui é muito importante. Presta atenção. A última menção, a taxa de assinaturas de contratos de trabalho na pesquisa do Nacional Boreal Estatística da China foi em 2016, quando 35.1% dos trabalhadores migrantes tinham um contrato significativamente abaixo do pico de 42.8% 2019. Naquela época, um ano após a implementação da lei do contrato de trabalho, houve um esforço conjunto para garantir que os trabalhadores fossem assinados, mas essa iniciativa logo desapareceu e o trabalho precário se
tornou a norma, não apenas na indústria de construção, onde o problema é endêmico, mas na manufatura, onde os trabalhadores são contratados por meio de agências e em contratos de curto prazo. E muitos dos novos setores de serviços estão absorvendo grande parte da força de trabalho migrante. Aí aqui vem outros dados sobre exploração da classe trabalhadora migrante. Apesar de algumas melhorias na cobertura do seguro social, a proporção de trabalhadores migrantes com pensão ou qualquer forma de seguro social ainda está num nível muito baixo. O Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social relatou que em 2017 apenas
22% dos trabalhadores migrantes tinham uma pensão básica ou seguro médico. 27% tinham seguros contra acidentes de trabalho e apenas 17% tinha seguro desemprego. um aumento dos 5 anos desde 2012, de 36.5%, 24.6%, 9.3% e 81% respectivamente. Estimou-se que cerca de 40 milhões de trabalhadores da construção civil, 74% iam seguro contra acidentes de trabalho, mas se dever ao fato de que a contribuição de que as contribuições do empregador serem comparativamente baixas e dada a alta taxa de acidentes em canteiros de obras. beneficiar o empregador ao pagar pelo seguro contra acidentes de trabalho. Para mais detalhes, consulte
a sessão sobre o sistema de previdência social na China. Esses dados melhoraram um pouco, avançaram um pouco, mas ainda a China, os trabalhadores migrantes, em média, em média os dados sobre acesso a seguro desemprego, a contrato de trabalho, a cobertura previdenciária em média no geral tão abaixo de 50%, né? Então, na casa, mais ou menos de 30 a 40%. Saiu um relatório no começo do ano, só que é isso. O relatório tá em inglês e mandarim. E eu não consegui ainda parar para ler todo o relatório. Eu li um texto do Michael Roberts falando do
relatório, mas eu não vou citar ele porque eu não li o relatório, né, gente? Ah, sim. Então, é isto. Vamos trabalhar com esses dados. Grosso modo, é isto. Os trabalhadores migrantes hoje na China tem você pega seguro desemprego, contrato de trabalho, cobertura de previdência social, então estão em média. O índice de cobertura é todo abaixo da casa dos 50%. Dados concretos sobre exploração da classe trabalhadora migrante. Lembrando que essa classe trabalhadora migrante eh conforma o número de 1/3 da classe trabalhadora chinesa no total. E aqui dados sobre sindicalização dos trabalhadores migrantes. A pesquisa do órgão
Nacional da China de 2022, no entanto, discutiu a questão de filiação de trabalhadores migrantes a sindicatos. No total, 16.1% dos trabalhadores migrantes que vivem em cidades que filiaram a organizações sindicais. Um aumento de 1.6 ponto percentual em relação ao ano anterior. Entre os trabalhadores migrantes que se filiaram aos sindicatos, 82% participaram de atividades sindicais. 2.5% a menos que no ano anterior. Embora a proporção de trabalhadores migrantes que se filiaram ao sindicato esteja aumentando lentamente, deve-se notar que os trabalhadores migrantes raramente vão sindicatos para obter ajuda na resolução de disputas trabalhistas. De acordo com dados de
2017, já faz um tempinho, apenas 2.8% dos trabalhadores migrantes que vivem em cidades recorrem a sindicatos para obter ajuda na resolução de disputa. Aí descendo um pouco mais, a gente acha dados novamente sobre a questão do, né? No final de 2022, a população urbana da China ultrapassava 65% da população total. No entanto, apenas 3/4 da população urbana possuí um ruc urbano. Os dados mais recentes, 2021 mostram que 46.7% da população total possuiam um ruc urbano. Mais de 200 milhões de imigrantes não possuíam o rucô urbano. E aí caminhando já pra conclusão nesse texto, a gente
desce um pouquinho mais as tarefas chave para nova urbanização e desenvolvimento da integração urbano-rural do governo central em 2021. flexibilizam as restrições à ocupação urbana, principalmente para cidades e vilas menores e regiões central e ocidental. De acordo com o rascunho do 14º plano quinquenal do governo, o sistema de registro do domicílio será totalmente abolido. O sistema de registro de domicílio rucô, né, gente? Em cidades com população entre 3 e 5 milhões, embora possam haver exceções, as cidades maiores continuarão a empregar um sistema de pontos que lhe permite excluir trabalhadores de baixa renda e temporários do
sistema de bem-estar social municipal. Na prática, na prática a tendência é eh na mesma província e intrare regiões, a dependente da região, o rucô caindo na região mais rica da China, na capital e por aí vai, o Rucô tende a se manter, né? Então, há uma dualidade aqui entre, ao mesmo tempo que o Recu, o Ricô vai se mantendo, por exemplo, Pequim tem limite populacional bem claro, a cidade não quer passar de 25 milhões de habitantes, né? Então, basicamente, esse é de maneira muito superficial e muito introdutória a situação do Rucô, dos migrantes enquanto salário,
divisão de força de trabalho, o setor e por aí vai. Aí a gente já vai para um segundo texto que aí é mais atualizado, né? eh publicação mais recente, com dados mais recentes de de pensadores acadêmicos chineses e tal, e que este texto tem o dado preciso frente ao número de trabalhadores migrantes. Quantos trabalhadores migrantes tão em alojamento das empresas? Lembrando, há fontes diferentes, viu? Os dados são um pouquinho conflitantes, né? É, isso tem a ver com metodologia de pesquisa, isso tem a ver com a própria flutuação da força de trabalho entre tá na empresa
ou não tá e por aí vai. Mas de maneira geral, né, uma média, o dado é o seguinte, nesse texto aqui, vou colocar no momento para vocês lerem. Chegamos no trecho em que dão os dados. Como resultado da estreita ligação entre o sistema de registro de agregados familiares e habitação pública, é difícil para os migrantes sem registro de ruc urbano obterem assistência social urbana e muito menos candidatarem-se à habitação pública sobre a dupla pressão dos preços excessivamente elevados da habitação e da ausência de habitação pública. A habitação pública para quem não tem o rucô. Os
migrantes pouco qualificados não têm outras opções se não viver em dormitórios de empresas livres ou em aldeias urbanas de baixo custo. Gente, essas aldeias urbanas de baixo custo não são favelas, viu? Na China não tem favela no sentido que a gente tem no Brasil. Diria que mal comparando, essas aldeias urbanas de baixo custo são como se fosse bairros pobres, mais degradados, mais organizadinhos. Sabe, eu eu não sei se todas as capitais t é isso. Eu moro, eu não gosto de falar o nome do meu bairro por questão de segurança, né? Embora algumas pessoas saibam, mas
eu moro num bairro em Recife, que era uma antiga vila operária, uma parte dele. Então assim, eu moro numa favela, é isto, é isto. Tanto que meu aluguel é relativamente baixo, né? R$200 de aluguel para uma casa que originalmente tinha 4/4, muito mal dividida, né? Na prática, a casa só tem dois quartos, porque um quarto é onde eu tô gravando, onde eu fiz minha biblioteca, e outro quarto é o escritório da minha esposa. Mas é isso, é uma casa de quatro quartos que a gente só paga R$200 de aluguel. Paga R$00 de aluguel por causa
da região, né, do ambiente desvalorizado, sabe? Se a mesma casa fosse uma área rica do Recife, na zona norte, por exemplo, a gente pagaria três, qu cco vezes mais do que a gente paga. Então assim, eu, por exemplo, é isso. Eu moro numa periferia, mas é uma periferia organizadinha, né? Ruas calçadas, tem uma praça aqui na frente, não alaga, tem uma coleta regular de lixo, tem inclusive lixeiras públicas na nas calçadas colocadas pela prefeitura e tal. Então assim, é um negócio organizadinho, né? Eu não passo por alargamento, a rua não é cheia de lixo, a
iluminação pública funciona, tem uma praça aqui, tem outra praça pro lado de lá, eh, etc. Mas é isso, uma periferia, mas não é uma periferia destruída, enfim, favela muito muito como era a favela da Borborema, onde eu morava, que não tinha coleta de lixo, a casa lagava e por aí vai. Essas vilas urbanas de baixo custo seriam algo parecido com isso, saca? Continuando, por outras palavras, a nova força do trabalho que existe em grande escala vê habitações comerciais pouco comuns com dormitório de empresas e aldeias urbanas como a solução ideal para tornar os custos de
habitação acessível. De acordo com o inquérito de monitoração realizado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China, em 2009, 50.5% 5% dos trabalhadores migrantes receberam alojamento gratuito dos seus empregadores. Então, em 2009, 50% da força de trabalho migrante estava no alojamento das empresas. Apenas 2.9% dos trabalhadores migrantes são protegidos pelo sistema de segurança habitacional, que é o sistema público de construção de moradia da China, e 61.3% deles ainda suprem suas demandas por moradia por meio de aluguéis em casa em 2018. Então você veja que aqui os autores eles dão um pulo estatístico, né? Veja, esse cidade
dado aqui é de 2009, 50% dos trabalhadores migrantes sem rucas nas regiões urbanas estavam em alojamento das empresas. Esse dado diminuiu em 2018 a gente tá falando aqui de 61% que tão em moradia própria pagando aluguel nessas vilas urbanas de baixo custo. Então o número de trabalhadores no alojamento das empresas diminuiu, né, de 2018 comparado com 2009. Jones, como é que tá hoje em 2025? Eu não consegui achar dados e 2024, 2025. E aí pode ser burrice minha, devo ter procurado mal, mas eu imagino que o problema da pandemia com o deslocamento que provocou a
redução da migração, eh vários trabalhadores inclusive voltando paraa sua terra original, pode tá na explicação disso. Mas é isso, menos da metade da força trabalho migrante vive nos alojamentos das empresas. Vamos lá. Qual é a tendência, Jones? O alojamento das empresas está para acabar? Não, presta atenção, não. E aqui é uma crítica que precisa ser feita. Não, não está no arco e atenção do Partido Comunista, não está nos documentos dos planos comquenais e tal, acabar com o alojamento das empresas. Há uma tendência de reduzir gradualmente, de maneira não acelerada, o número de trabalhadores em alojamentos
a acabar. Não, neste momento, não está no horizonte. A situação dos trabalhadores nas empresas é ruim, é péssima. É péssima. É claro que existem variações, né? Então, há alguns alojamentos de empresas que são bem melhores e outros que são bem piores. O Gustavo já falou que tem alojamento com 10.000 trabalhadores e não sei o quê. Eu nunca tive acesso a nada parecido. Perguntei inclusive ao Felipe Durante se ele tinha algum dado sobre isso. Ele também falou que nunca viu nada aparecido e por aí vai. Fato concreto é situação dos trabalhadores é horrível. É isto, viu,
gente? Eh, conversa não. Qual é a linha do Partido Comunista hoje para esses trabalhadores? É aumentar a fiscalização e aí melhorar a a as a estrutura, fiscalização, etc, etc, etc., né? Então, há um esforço de colocar maior peso e melhorar a qualidade de vida, inclusive como forma de reduzir, por exemplo, doenças relacionadas ao trabalho, melhorar a expectativa de vida, reduzir riscos de doença e por aí vai, até porque a pandemia, inclusive, do COVID-19 reforçou as preocupações sanitárias na China. Então há muito mais um reforço da fiscalização do ponto de vista de saúde e preocupação sanitária
do que o esforço do Partido Comunista para no curto prazo, universo de 5 anos, acabar com esses dormitórios. Perfeito, Junes. Mas tudo indica, dado o nível de urbanização da China, dado a restrição do Rucô, dado maior acesso ao ensino superior, que paulatinamente o número de trabalhadores, né, eh, em dormitórios vai diminuir, como já está diminuindo desde da do final da primeira década dos anos 2000. Sim, está diminuindo isso. Eu tô imaginando aqui um diálogo com alguém que defende a China. Sim, tá diminuindo. Esse é um dado objetivo. Dito isto, não tá no plano do Partido
Comunista acabar. Isso é um problema. Isso é sim um sintoma de exploração da classe trabalhadora, né? E por fim, a gente vai olhar rapidamente que comunicado estatístico da República Popular da China sobre o desenvolvimento econômico e social nacional de 2023. E descendo aqui você tem um dados também sobre migração. Deixa eu aumentar aqui para vocês verem. No final 2023, o número de pessoas empregadas na China era de 740.41 milhões de pessoas. E nas áreas urbanas era de 470.2 milhões, representando 63.5% do total de pessoas empregadas. O novo aumento de pessoas empregadas na áreas urbanas chegou
a 12.44 milhões em 2023, 0.38 milhões a mais que no ano anterior. A taxa de desemprego pesquisada nas áreas urbanas em 2023 teve uma média de 5.2%. A taxa de desemprego pesquisada nas áreas urbanas no final do ano foi de 5.1%. O número total de trabalhadores migrantes foi de 297.53 milhões, o aumento de 0.6% em relação a 2022. Especificamente, o número de trabalhadores migrantes que deixaram suas cidades natais, trabalharam em outros lugares, foi de 176.58 milhões, um aumento de 2.7%, e aqueles que trabalharam nas suas próprias localidades chegaram a 120.95 95 milhões, uma queda de
2.2%. E aqui tem um gráficozinho, novo número de pessoas empregadas em áreas urbanas 2019 2023, né? Essa queda, inclusive, que a gente vê no gráfico aqui a partir de 2022, tá diretamente relacionado com as consequências da pandemia, né? Então esse é mais ou menos um panorama geral da situação dos trabalhadores eh migrantes, trabalhadores que não t rucô você e a relação disso com o dormitório das empresas, você vê uma situação horrível, né? E aí é isto, horrível, é uma crítica. Essa crítica tá concentrada em 1/3 da força de trabalho, beleza? tá nesta situação que eu
diria que é a parcela mais explorada da classe trabalhadora chinesa. Vejam, é importante fazer a crítica disso, só que a gente precisa fazer a crítica comprometido com a busca da verdade. Todos esses dados que a gente mostrou são os dados de pior condição da classe trabalhadora chinesa, que não corresponde à maioria da classe trabalhadora. Isso não significa que é menos grave, não significa que não é um absurdo. Isso não significa não colocar em questão o que que significa do ponto de vista de quem defende um projeto socialista. Isso significa dar a real proporção e dimensão
da realidade analisada e não apresentar o dado de maneira solta, de maneira descontextualizada, a partir de um compromisso ideológico, que é a premissa de tentar mostrar que a China é pior que os Estados Unidos. Beleza? Aí aqui, feito isto, feito isto, a gente vai entrar rapidamente na questão das greves. Como vocês viram, o Gustavo Machado, ele falou das greves rapidamente, não deu dado, não mostrou nada e por aí vai. Que que eu vou fazer? Eu não vou pegar, porque inclusive eu consegui os dados de greve antes da pandemia, mas eu não vou trabalhar esses dados
porque senão o negócio vai ficar gigante de maneira bem rápida. No meu vídeo, Elias Jabu, Gustavo Machado, o debate marxista sobre a China, eu citei o Cláudio Catz. Cláudio Catz é um economista troctista argentino. Ele tem um livro publicado no Brasil, desenvolvimento, um não, tem vários livros publicados no Brasil. Um deles é o Desenvolvimentismo, neoliberalismo, socialismo, publicado pela editora Expressão Popular, que eu citei, né? E eu também citei um artigo dele no Lavra Palavra. Gustavo Machado ignorou o Cláudio Cat porque não dá para ele chamar o Cláudio Cats de apologista da China, porque o Cláudio
Cat é um crítico muito duro da China, diga-se de passagem. Não dá para chamar o Cláudio Cats de estalinista, né? Porque é, enfim. E aí o que foi que o Gustavo Machado fez? Ele fingi que o Cláudio Cats não existe. A gente vai responder a questão do Gustavo Machado, até porque não tem dado nenhuma ali sobre greves e tal, mostrando para vocês novamente uma citação que eu fiz do livro do Cláudio Cats. Lembrando que esta citação pega dados da primeira década dos anos 2000 na China. É pão comido. É notório que na segunda década dos
anos 2000, a partir principalmente da era XGP, salários cresceram mais, condições de trabalho melhoraram mais, né? E o controle sobre o setor privado cresceu. Então veja o quadro que o Cláudio Cats apresenta ali a partir dos dados, das citações, tal, que ele traz, é um quadro que melhorou nos últimos anos. né? E vamos ver o que é que o Cláudio Cats fala do Cláudio Cats, já muito citado nesse vídeo, Cláudio Cats, economista argentino trctista, né? Eu vou chamar Maxuell de citação número 16. Vejo que o Cláudio Cats diz. E o Cláudio Cats inclusive não acha
que a China é uma experiência socialista. Diga-se de passagem, viu? No plano econômico, as regras do capitalismo estão muito avançadas na China, tanto na forma que assume o ciclo e a gestão macroeconômica, como na gestão das empresas. Este fato é reconhecido pelos próprios defensores do modelo atual, que descreve um comportamento de uma classe capitalista com influência preponderante sobre todas as instituições e meios de comunicação. Mas as elites mais neoliberais não dominam o aparelho do Estado na sua totalidade e os grandes desequilíbrios regionais, sociais e agrários causados pela acumulação põe em dúvida a consistência do capitalismo
nascente. O culminar deste processo é incerto, uma vez que, ao contrário do que aconteceu na União Soviética, a classe operária está recuperando seu protagonismo. Ocorrem grandes greves que impõem concessões aos governantes. O número de protestos cresceu de 58.000 em 2003 para 87.000 em 2005 e 94.000 em 2006. Veja, todos esses dados são basicamente do governo ruintal. É antes do que, ao meu ver, caracteriza a virada à esquerda do partido no governo Xiping, né? É antes da campanha pela erreicação da miséria, é antes da diretriz da prosperidade comum, é antes do renascimento dos comitês de bairro,
é antes de tudo isso que a gente viu nos últimos anos, né? Isso é o Cláudio Cats falando da China no começo dos anos 2000, em que inclusive assim, vamos lá, em 2006 praticamente ninguém no Brasil defendia que a China ainda era uma experiência socialista, né? tirando o companheiro PAR Pai lá, que tem o livro Enigma chinês, um dos livros mais importantes dos últimos das últimas décadas a defender que a China não deixou de ser socialista com processo de reforma em abertura, né? Mas vamos continuar vendo os dados. Gustavo Machado acho que é uma sociedade
autoritária que não dá para se organizar, não dá para fazer greve. Eh, 96.000 protestos em 2006, né? Desde 2009, o aumento dessas resistências determinou uma mudança no comportamento dos líderes, que optaram por substituir a repressão inicial por negociações e concessões. Essas mudanças convergem com a multiplicação de correntes críticas e tomadas de posição anticapitalista de tendências de esquerda, que exigem medidas de renacionalização e reversão das privatizações, exigem restauração da gratuidade da educação e da saúde e entram em choque com os que enriqueceram. Esses segmentos militantes são mais influentes do que se supõe no Ocidente. Costumam combinar
reivindicações básicas com reivindicação de mudanças nos impostos e nos padrões de crescimento. Muitos mesclam a defesa do igualitarismo com propostas de democratização política. Todas as referências a um modelo chinês de socialismo deveriam ser identificadas com estas vertentes de resistência das bases à restauração. Seja, o Cláudio Cats, ele não é um defensor do modelo chinês, nem nada disso. Ele é um cara que analisa a luta de classes e fala no começo do ano 2000 de uma recuperação do protagonismo da classe trabalhadora na China, diferente do que foi na União Soviética, né, no final da União Soviética.
Eh, como vocês puderam ver, as citações eram basicamente de autores e autoras chinesas. né? Então eu sobre a parte do sindicalismo que o o Gustavo Machado praticamente não me explicou nenhuma, eu vou me resumir a isto, né? No final desse vídeo, eu vou fazer uma proposta de modelo de debate em que o Gustavo aceitando, eu vou trazer dados atualizados, pelo menos até a pandemia, sobre greves, sobre negociações salariais, sobre o papel de sindicatos, etc, etc, etc. Mas por último, antes da gente concluir esse ponto e ponto da Venezuela, eu quero só debater um elemento que
eu acho importante com vocês. Eh, meu camarada de organização, Gabriel Lazaro, que fez um debate com Elias Jabu sobre a China. Bota aí na tela, Maxel, o debate. Frente a meu vídeo, eh, Gustavo Machado, Elias Jabu e o debate marxista sobre a China fez um filme muito interessante no Twitter que eu gostei, que eu compartilhei e por aí vai. Mas o fil do Lazari é um belo exemplo de um erro muito comum sobre a China, ao meu ver, que é explicado por uma leitura economicista do imperialismo e por uma certa pressa encaixar e o debate
em modelos prontos. Eu vou explicar para vocês. Vamos lá. Esse aqui foi o fio do Gabriel Lazar. Aqui tem o começo da argumentação e por aí vai. É aqui chega no ponto importante, né? Vamos lá. Deixa eu ampliar aqui para vocês. Como qualquer capital imperialista, esse investimento tem riscos e custos tanto menor quanto maior for a proteção trabalhista e a força do movimento operário no país que se instala. Até que OK. E o Brasil avança rápido para uma situação de zero proteção do trabalho em prol do capital. Até aqui tudo certo. Aí vem um problema,
né? Aí vem um problema aqui agora. Aí, continuando, dentre outras coisas, esse é um fator que permite o investimento chinês no país para além da própria produção agroindustrial brasileira, que é de grande interesse da China por causa do seu mercado consumidor, tanto alimentar quanto de insumos, o que envolve também interesses chinês na exploração BR de petróleo e minério. Tudo OK até aqui. Aí vem o problema. O giro de melhora de condições de vida dos operários chineses coincide também com um período de expansão dos investimentos diretos no exterior. Conhecide? Vamos ver aqui. Tá o gráfico. Comparem
o governo ruintal com o governo por exemplo em IDE, investimento estrangeiro direto, como no gráfico abaixo. Esse aqui é o gráfico. Porque isso aqui é uma afirmação problemática. Repare o seguinte. No meu vídeo, Gustavo Machado, Elias Jabu e o debate marxista sobre a China, eu cito um dado da OIT, Organização Internacional do Trabalho, que diz que enquanto os salários médios na China cresceram, 564%. Entre 2000 e 2015, presta atenção nisso aqui, entre 2000 e 2015, países como Austrália, Alemanha, Coreia do Sul, Estados Unidos e Chile registraram aumentos eh de 17%, 10%, 24%, 15% e 35%
respectivamente. Veja, entre 2000 e 2015 os salários cresceram, salário médio cresceu 564% na China. O gráfico usado pelo camarada Gabriel Lazar mostra que entre 2000 e 2015 o investimento estrangeiro direto é irrelevante. Percebe? Presta atenção. O investimento estrangeiro direto só começa a crescer a partir de 2014 de maneira relevante e passa a ser grande mesmo em 2016, né? 2016 é que o investimento estrangeiro direto passa a ser grande. Então não dá para explicar o crescimento salarial. de 2000 a 2015, com base no investimento estrangeiro direto. Que qual é a ideia básica aqui? É, a China
tá exportando o capital, fazendo investimento estrangeiro direto. Esse capital exportado vai render o lucro. Esse lucro vai ser reenviado para a matriz e a partir daí vai dar condições para um aumento salarial da classe trabalhadora interna, formando o que o Lenin chamava no imperialismo, etapa superior do capitalismo de aristocracia operária. Os dados não confirmam isso. Tá falando de um crescimento do salário médio de 500% no universo de 15 anos em que na maioria desse tempo o investimento estrangeiro direto era marginal. Feito? Então veja, eu nem tô dizendo que tá errado, né? você correlacionar o crescimento
dos salários com investimento estrangeiro direto. Eu tô dizendo que pro crescimento do salário de 2000 a 2015 não bateco. Tá vendo aí? Além disso, tem um outro elemento que é o investimento estrangeiro direto. Na hora de você avaliar isso, você tem que avaliar a taxa média de lucro. taxa média de lucro e a taxa de reinvestimento. Gente, o lucro do investimento estrangeiro direto não é a única forma de transferência de riqueza para o país de origem, né, do investimento estrangeiro direto. Você tem pagamento de financiamento, royal disposa, transferências intrafirma, a própria relação comercial entre os
países, eh, relacionando capitais de maior produtividade com capitais de menor produtividade. É, inclusive, é por isso que eu acho que é economicismo, porque se prendeu-se a uma leitura de que, ah, imperialismo é exportação de capital. Aí você vai tentar olhar a transferência de riqueza a partir da exportação de capitais, né, quando a métrica só de exportação de capitais para olhar a transferência de riqueza é muito limitada, né? Porque inclusive se você focar único exclusivamente ou principalmente na exportação de capitais, é difícil analisar o papel da Noruega e da Finlândia, por exemplo, países que e recebem
muita riqueza a partir de pagamento de royal dispuso de tecnologia, por exemplo. Então, a coisa um pouco mais complexa do que isso. Há uma polêmica muito grande sobre a taxa média de lucro dos investimentos estrangeiros diretos da China. Vários autores sustentam que a China usa um critério muito mais político do que econômico, que a China tá preocupada com redesenhar a geografia política do mundo e impedir um isolamento frente à pressão dos Estados Unidos e garantir apoio global à reunificação da China, a sua integridade territorial e que apontam que a taxa média de lucro dos investimentos
estrangeiros chineses é menor em média e dos países ocidentais, né, como nos Estados Unidos, França, Alemanha e por aí vai. Porque eu digo que a polêmica, os números são novamente discrepantes, né, assim, os números variam. Eu já achei fontes que falam em 2%, pontos que falam em 3%. Isso tá taxa média de lucro das empresas chinesas, né, que tem investimento estrangeiro direto, né? 3%, 4%, 5%, 6%, 7%, que é difícil você achar dados sobre a taxa de reinvestimento, ou seja, quanto de capital de lucro é reinvestido no próprio país e quanto é transferido de volta
para matriz. Por exemplo, eu achei um dado que um amigo me mandou que ele não pode soltar todo documento. Eh, e aí por razões quando eu vou explicar aqui, que fala que a taxa média de lucratividade das empresas industriais chinesas com investimento estrangeiro direto é de 5.39%, né? Só que não conseguiu achar a taxa de reinvestimento. Feito ao mesmo tempo, e aí já tenho dado sobre a margem de lucro das empresas listadas na fortuna em 500 por país, que é um dado que foi compilado pelo Center ofer International and Strategic Studes, né, centro eh internacional
e para est para estudos de estratégia ou alguma coisa assim, enfim. Eu, Maxuell, oh, Maxwell, meu inglês é ótimo. E aí eu mandei para Maxwell, Maxwell vai colocar o gráfico na tela. Eu tô olhando ele aqui pelo celular, como vocês podem ver no gráfico tá aparecendo na tela. A média tá acima de 10% pros primeiros países, né? Canadá, Estados Unidos, Grã-Bretanha e por aí vai. Aí baixa para uma média de 7 6% para França, Newerland, South Coreia, Coreia do Sul, pior Coreia, Japão, Germany tá em 4.6% e a China em 4.4%, são dados de 2022,
né? Então, mostra que o lucro médio das empresas listadas na fortuna em 500, a empresa chinesa tem o menor lucro médio e isso contabilizando o lucro total, tanto o lucro doméstico quanto o lucro obtido com com operações internacionais. Então é preciso ter um pouco de cuidado com esse raciocínio meio mecanicista de a tá aumentando a participação da China no comércio exterior, no investimento estrangeiro direto. Consequentemente se explica o aumento de salário interno. É uma clássica criação da aristocracia operária, como descreveu Len. Vale dizer inclusive que os salários começaram a crescer a crescer de forma significativa
na China no final dos anos 90. E a Nova Rota da Seda, por exemplo, só foi criada em 2013, né? Então, percebe? E e aí veja, isso significa que não tem relação com crescimento do investimento estrangeiro direto e o crescimento salários internos. Repito, não necessariamente. Significa que a gente precisa pesquisar mais, que a gente precisa melhorar o uso de dados. Massa. Então, foi essa meio que as considerações gerais sobre condições de de trabalho, salário e por aí vai. Lembrando, não analisei as condições de trabalho de salário do filé Mon, né? Trabalhadores, por exemplo, das empresas
públicas, não analisei. Feito. Basicamente me ative aos dados citados pelo Gustavo Machado. E agora a gente entra no último ponto que é a questão da Venezuela. Vamos agora para a questão da Venezuela. Aliás, é, vamos pra questão da Venezuela. Vamos pra questão da Venezuela. E aí, camaradas, a gente entra na questão da Venezuela, né? Eh, tem uma questão que é o seguinte, antes de entrar diretamente na questão da Venezuela, esse vídeo tá muito maior do que eu esperava, já tá com mais de 4 horas, eu vou acabar conseguindo debater a questão China a África, né,
que o Gustavo Machado, ele não respondeu, aliás, ele não mostrou que existe uma armadilha da dívida eh dos países africanos para com a China. Como esse tema é muito importante e eu acho que ele é uma questão central, eu vou pedir uma coisa para vocês que é o seguinte. Se esse vídeo chegar a 100.000 visualizações, eu vou fazer feito a galera, os youtubers aí, esse vídeo chegar a 100.000 visualizações, eu gravo um vídeo à parte respondendo a questão China, África. Vocês podem comparar no meu vídeo, Elias Jabu, Gustavo Machado e o debate marxista sobre a
China. O que que eu falo da relação China África e mostro que não existe armadilha da dívida? E o que que o Gustavo fala no vídeo dele? Resposta para Junes Manuel. Se vocês quiserem, eu faço um material a mais. É só para abordar esse tema, porque não vai dar para colocar nesse vídeo, senão o vídeo vai ficar com mais de 5 horas, né, gente? E até para subir isso no YouTube é difícil. Aí vamos entrar agora na questão da Venezuela. Veja, gente, questão da Venezuela é o seguinte, companheiro Gustavo Machado, ele, infelizmente, e eu não
falo isso com felicidade, eita, peguei ele no na pegadinha, no pulo, eita, mostrei que ele é um falsificador, mostrei que ele mente. Não, eu falo isso com tristeza. Eu acho que isso não é bom pro debate público. Compreanheiro Gustavo Machado, ele mentiu na questão China, Venezuela, em que ele afirma que foram os empréstimos chineses que quebraram a Venezuela. Por que ele mentiu? Ele fez essa afirmação, eu critiquei ela no meu vídeo. Aí no vídeo resposta dele, ele posta um texto que afirma que prova que foram os empréstimos chineses que quebraram a Venezuela e o texto
não diz isso. Vocês não entenderam? Gustavo Machado afirmou repetidas vezes que foram os empréstimos chineses que quebraram a Venezuela. Eu no meu vídeo falo que isso é um absurdo. Tá errado, que inclusive ninguém fala isso, ninguém sério. Gustavo vai e diz assim: "Fala sim, como prova tá aqui um texto que defende isso e o texto não defende." Veja, isso aqui não é hater, não é para atacar o Gustavo Machado, não é para xingar ele e tal, só pra gente prezar para um debate sério. O texto não fala isto. Perfeito. Vamos ver o que foi que
o Gustavo falou, a crítica que eu fiz, a resposta dele, né? E aí vamos eh analisar o texto que o Gustavo Machado postou e vamos ler alguns materiais para entender de verdade qual é o problema da Venezuela. Beleza? Presta atenção. Então, vou começar abrindo aqui meu vídeo em que eu mostro que foi que eu falei. Esse meu vídeo eu vou colocar em 1.5. O vídeo do Gustavo eu vou deixar em velocidade praticamente normal para vocês verem com muita atenção o que é que ele tá falando. Vamos lá. Aqui velocidade 1.5. Que dizer que teve ganho
salarial é prova de socialismo, viu? É isso. O Cláudio Cats também não acha. Só que assim, beleza, você pode considerar a China capitalista o problema qual você não pode mentir sobre a realidade, entende? Você não pode falsear a realidade. E a gente vai mostrar aqui mais um falciamento da realidade. Agora o Gustavo Machado falando da relação China e Venezuela. Esse é o suprassumo do absurdo. Presta atenção. Agora a gente vai ver o Gustavo Machado falando sobre a relação China e Venezuela. Esse vídeo é de um mês atrás, um mês atrás, né? Quando ele foi pela
primeira vez no Três Irmãos Podcast. E aí vamos descobrir que segundo Gustavo Machado, quem quebrou a Venezuela foi a a China. Meu Deus do céu. Vai fala aí Gustavo. Sim, elas vieram da Venezuela. Tem até entrevista no canal. E uma delas contou pra gente que em determinada época o Maduro começou a nacionalizar todas as empresas dentro da Venezuela. Inclusive que você falou aqui, você falou que ó, vamosar as grandes, né? Não é isso não. Ela falou, ó, meu pai tinha contabilidade lá, mas chegou lá e falou: "Essa contabilidade agora é nosso." Na verdade, o discurso
inicial foi o seguinte, agora essas empresas, ó, da contabilidade agora essa contabilidade é dos 10 funcionários que trabalham aqui. Hum. E aí, tipo, cara, os funcionários ficaram felizes, nossa, eu trabalhei tanto aqui, agora é meu, agora é meu, tirou todo de lá e deixou o funcionário cuidar. Questão de tempo, ele fez isso com fazenda, fez isso com base de empresas dentro da Venezuela. Questão de tempo conseguiu gerir igual o dono conseguia. Olha, não tem um valor também assim, só para complementar isso que ele falou, é que pequenos e médios foram, né, compartilhados, foram divididos entre
os colaboradores. Mas interessante de fato é que uma das maiores empresas que existiam no país continua sendo do mesmo dono, essa não foi exapropriada, é uma de alimentos, essa continua sendo dom, entendeu? É onde eu falo assim, onde eu tenho medo, porque vai ter que ter um líder, quem é esse líder? Esse líder é um ser humano, eu sei como os homens pensam, eles são capitalistas e aí você põe muito poder na mim, que é onde eu, por isso eu defendo do estado, não para não igualar, é porque o estado ele mais te usa do
que te ajuda, assim como capitalismo. O estado nada mais é do que o capitalismo na um homem. Sim, entendo. Vamos lá. Eh, vou vela e volta essa questão do líder que você colocou. Eh, bem, eu não tenho como comentar sobre esse em particular que ela ela disse que eu não conheço, né? Mas o que fica interessando na vela. Vamos lá. Desconheço qualquer processo de expropriação. O que o Chaves fez foi estatizar algumas empresas eh setores de infraestrutura e energia, tudo. Ele pagou por elas, tá? Inclusive, é, teve indenização, ele pagou por elas. E houve uma
abertura completa na Venezuela eh com relação ao capital russo chinês. Quem é que explora as petroleiras da Venezuela? House russa. Ah, o que quebrou a Venezuela dentre vários outros problemas, mas o principal aspecto foi empréstimo chinês, porque a Venezuela, a China empré. Ó, só para reforçar, a língua portuguesa é maravilhosa. Quem quebrou a Venezuela dentre vários aspectos foi principalmente empréstimos chineses, né? Principalmente causa primeira, né? É como se alguém tivesse falando assim: "Ah, eh, um, um carro sofreu um acidente". Aí vai falar que o tempo não tava bom, aí vai falar que o motorista tava
cansado e tal, mas o principal motivo foi que o motorista tava muito acima do limite de velocidade e aí por isso ele não conseguiu evitar batida. Veja o tempo ruim, motorista cansado, tudo isso impacta, né? Mas quando você afirma que o principal motivo foi esse, esse é o principal motivo. Tanto é assim que o Roberto chega, se espanta, né? chega, se espanta e vai questionar o Gustavo Machado. Teve gente que quando saiu esse corte fala que o Gustavo Machado não falou só dos empréstimos chineses, gente. Ele fala literalmente o principal aspecto, dentre outros. O principal
foi empréstimos chineses. Está dito claramente. Eu vou até voltar um pouquinho, uns segundos, uns segundos para vocês ouvirem de novo. E não tem dúvida não. Ele fala que o principal aspecto que quebrou a Venezuela foram os empréstimos chineses, né? Os empréstimos chineses. Tá dentro daquela retórica da armadilha da dívida que a China faz com os outros países. Vamos lá. entre vários outros problemas, mas a principal aspecto foi empréstimo chinês, porque a Venezuela, a China emprestad Sim, quem quebrou a Venezuela foi a China. A combinação para Não, a combinação, a combinação da queda do preço do
petróleo. Aham. Com os empréstimos chinesos. Por quê? Porque os venezuelanos pegavam empréstimo com a China, que ele chamava de P. A combinação entre a queda do preço do petróleo com os empréstimos chineses, ele não fala das sanções dos Estados Unidos, né? Presta atenção. Na fala inicial ele a combinação da queda do preço do petróleo. Parece que a queda do preço do petróleo foi natural, foi obra de Deus, né? Não foi obra dos Estados Unidos. Sim, mas tudo bem. Combinação da queda do preço do petróleo com os empréstimos chineses. Vamos continuar. Dólares. Sim. Era pago em
petróleo, tá? Na prática fosse vendas antecipadas, né? Eh, então eles pegaram empréstimos, inclusive já no último ano do Chaves, tá? Não sou Maduro não. Gigantesco. Agora você imagina, pegamos o empréstimo aqui, 50 bilhões de de dólares, 100 milhões de dólares, você paga em petróleo. O preço do petróleo tá 200 barril. O preço barriu, para pula para 30, para 40. O que que acontece? Se você ia ter que entregar eh você ia ter que entregar agora eh cinco vezes mais produção do petróleo do que antes para pagar a mesma dívida paraa China. E o que aconteceu?
A Venezuela, a a estatal do petróleo da Venezuela, a minha memória é terrível, PDESA descapitalizou, ela ficou jogando sua produção porque ela tinha feito empréstimos pra China, ela passou muito tempo usando grosso da sua produção para pagar o empréstimo chinês que era pago diretamente o petróleo sem receber nada em troca. Com isso, ela descapitalizou, ela perdeu o capital, poder de giro de continuar produzindo e praticamente colapsou a empresa. A empresa praticamente colapsou com testim chinês. Eh, isso num país que é monstrial. É Venezuela, ela só tem contr o resto é insignificante, irrisório, entrou em colapso
absoluto e total mecanismo puramente capitalista, puramente capitalista, né, ligado ao crédito chinês aí agora eles estão tentando se erguer, mas eles pagaram o China, eles é hoje eles devem, até hoje eles devem bastante porque se for contrário a China para de emprestar, né? Se você pegar a curva dos empréstimos chineses paraa Venezuela, eh, eles ainda têm uma dívida significativa com a Venezuela e só a Venezuela que que resiste a fazer empréstimos que tem mais interesse governo maduro hoje é muito mais puto do que os chineses. Uhum. Porque as empresas russas é que atuam lá dentro,
é capital russo. Sim. Eh, e veja essa questão interessante do Chaves para falar de marxismo também. Aí, veja, gente, é assim, tem condição de levar a sério. Veja, a Venezuela sim, é um país muito mono dependente do petróleo. A Venezuela tem basicamente quase que 90% das suas receitas dependentes do petróleo, né? Para conseguir divisas, para conseguir moeda forte, para fazer reservas internacionais. as suas receitas de exportação depende basicamente do petróleo. A partir de 2014, os Estados Unidos, em parceria com a Arébia Saudita, entram em cena para derrubar o preço do petróleo no mercado mundial, buscando
afetar a Rússia, a Venezuela, o Irã e outros países. Em seguida, começa uma rodada de sanções violentíssimas contra a Venezuela. A Venezuela é tirada do sistema de pagamentos e imperialista global, né, comandado pelos Estados Unidos. A Venezuela sofre sanções violentas. A Venezuela tem ativos seus expropriados. Sejar expropriado assim, roubado, roubado, roubado. A Venezuela teve reservas suas roubadas, teve refinarias roubadas. Em paralelo a isso, os Estados Unidos montam a parte dos governos de extrema direita liberais da Colômbia, guerrilhas que vão atacar, que vão permanentemente causar caus instabilidade política. E combinado esses efeitos, né, do da caída
do preço do petróleo, das sanções, expropriação de ativos da Venezuela, retirada da Venezuela do sistema Swift de pagamentos internacionais e dificuldade da Venezuela de acessar mercados eh ocidentais imperialistas. ou menos ela sim entrou na bancarrota gigantesca que que é engraçado, a oposição venezuelana diz que foi a China que sustentou o governo maduro na a oposição diz que foi a China que sustentou. Evidentemente que o ritmo de empréstimos chineses para a Venezuela deu uma reduzida, especialmente no auge da pandemia, mas muito longe da China fazer uma espécie de armadilha da dívida com a Venezuela, o que
e aí eu continuo a argumentação e tal, vou explicando as coisas. Eh, nesse vídeo, como o vídeo foi bem longo e isso já tava no final, eu acabei citando as coisas e não mostrando os dados. Nada do que eu citei tá errado, viu? Presta atenção. Nada do que eu citei tá errado. Eu vou mostrar agora os dados de tudo que eu citei. Antes de eu mostrar, de eu argumentar. Aí vamos ver como foi que o Gustavo Machado respondeu este ponto no vídeo. Resposta para Jones Manuel. Presta atenção. Estamos aqui já. Aí vamos ver como é
que o Gustavo Machado responde isso. Presta atenção, viu, gente? Muita atenção, por favor. Agora ao último tópico que é a Venezuela, tá? Eh, a Venezuela, eu alguns vídeos meus em participações, em entrevistas, em podcast também, eu mostrei que a China era um dos principais eh responsáveis pela crise venezuelana a partir do da série de impréstions que ela fez paraa Venezuela, cujos pagamentos eram atrelados ao petróleo, ou seja, Venezuela com três irmãos podcast, você falou o principal motivo ou artigo, né, definido, o principal motivo, mas continuando apagar em petróleo, né, e que não houve mudanças estruturais
no país feitas durante o xavismo, um longuíssimo prazo aí que vai de 2000 a a 2013, né, 13 anos depois com com Maduro. Eh, que pelo contrário, a a Venezuela se endividou com a China eh largamente e que esses empréstimos eles eram predominantemente atrelados ao petróleo. E o que acontece? ao despencar o preço do petróleo, então você tinha que dar ali 100.000 barris de petróleo para pagar a taxa do al da dívida, agora virou 200, 300, 400, 600.000 barris que eram entregues pra China sem nenhuma contrapartida, tá? Porque a China já tinha feito empréstimo, aquilo
era título de pagamento empréstimo, ela não podia pagar nada. Isso descapitalizou a PDVESA ou a PDVsa, como queiram, a empresa de petróleo venezuelana, a a empresa entrou em colapso e levou colapso econômico. No artigo que ele vai apresentar, supostamente para justificar essa tese dele, o autor não fala que foram os empréstimos chineses eh sozinhos ou principalmente que descapitalizaram a PDESAza. Ele fala de uma série de elementos, inclusive o excessivo gasto social da PDVES. Já já a gente vai ver o artigo, mas vamos continuarômico da Venezuela em 2014, que é um país monoindustrial. Então essa é
a substância do meu argumento, né? Eh, você destaca alguns aspectos. Primeiro do com relação ao embargo norte-americano. Eu lembro que eu fiz um vídeo sobre Venezuela, depois eu fiz um segundo no meu canal, tá? Eu acho que o embargo dos Estados Unidos é um é uma uma das razões pro colapso da Venezuela tão condenável quanto o endividamento feito pela China. Não tem dúvida nenhuma disso. Jamais passei pano para os embargos que os Estados Unidos fazem. Repetindo, por favor. Repetindo, repetindo. Eu acho que o embargo dos Estados Unidos é uma uma das razões pro colapso da
Venezuela tão condenável quanto o endividamento feito pela China. Não tem dúvida nenhuma disso. De novo, gente, o português é uma língua maravilhosa. Quando eu falo que algo é tão condenável quanto, eu estou colocando em pé de igualdade. Então, para o Gustavo, o endividamento chinês o embargo dos Estados Unidos, na verdade as sanções dos Estados Unidos estão no mesmo plano, no mesmo plano de efeito, no mesmo plano ético moral, no mesmo plano de consequências e por aí vai tão condenável quanto. Presta atenção aqui não venha fazer subterfúgio, defesa tão condenável quanto. É muito claro. Irmãos podcast,
o Gustavo Machado não falou dos embargos e agora eh tentando responder a minha fala, ele finalmente fala das sanções dos Estados Unidos e ele coloca em pé de igualdade com o endividamento externo com a China. Já já a gente vai ver que o embargo, aliás, as sanções dos Estados Unidos mataram mais de 40.000 venezuelanos, né? Mataram mais de 40.000 venezuelanos. E a gente vai ver como, mas para o Gustavo tá no pé de igualdade, né? E ele só falou das sanções dos Estados Unidos depois de receber a minha crítica, né? Ah, no vídeo do canal
eu falei, eu boto fé, não duvido que tenha falado. Não tô dizendo que você não falou, tô dizendo na entrevista Três Irmãos Podcast, você não falou. O Roberto, como vocês viram, ele até fala: "Não foi as sanções dos Estados Unidos." Aí ele não foi a carga do petróleo mais o endividamento chineios. Aí você tem a oportunidade de falar das sanções dos Estados Unidos. Você só fala isso. Inclusive ele vai atenuar e dizer que o impacto das sanções são indiretos na produção de petróleo só porque a Venezuela não consegue vender. Presta atenção. Presta atenção. Na prática,
na prática é uma passada de pano para o imperialismo estadunidense e para o efeito das sanções contra a Venezuela. Já vá aguardando. Eu vou mostrar isso aqui, mas vamos continuar. Jamais passei pano para os embargos que os Estados Unidos fazem a Venezuela, que não tem a ver com democracia, sistema político, nenhuma. Como eu sempre falei, né? Afinal de contas, Estados Unidos não tem nenhum problema com a ditadura da Arábia Saudita, por exemplo, e com dezenas de outras pelo mundo, desde que os governos sigam as suas diretrizes e atuem como periferia, como massa de manobra dos
Estados Unidos no mercado internacional em relação ao seu mercado interno e tudo mais. Então, não tem nenhum problema. eh eh em admitir que eh os embargos dos Estados Unidos tiveram impacto com certeza, o que não nega o papel da China, até porque o embargo de Ô Gustavo, qual foi o impacto, companheiro? Qual foi o impacto? Vocês não vão saber. Aí já já ele vai falar: "Ah, tiveram impactos indiretos e tal". E é isso, passou rapidamente pelo tema, mas vamosão prestando atenção. E assim, gente, eu coloquei na velocidade normal, não acelerei a fala para vocês prestarem
muita atenção nisso aqui. Os Estados Unidos, ele ele tem um impacto eh mais indireto no sentido de você ter dificuldade de condições de venda, porque você não consegue vender, por exemplo, o seu petróleo das poucas coisas que a Venezuela produz de forma significativa, inclusive para exportação, porque aquele país não pode comprar porque ele tá embargado, né? ainda que a Venezuela tem encontrado na China e na Rússia compradores pro seu petróleo ao longo do próximo período e que a crise que levou à descapitalização da PDVza, ela tá fundamentalmente associado primeiro a não alteração estrutural do país
em nada e a dependência unilateral do petróleo durante todo o xavismo e ao endividamento com a China. Você argumenta que ninguém fala isso, que eu acho, eu fico meio perplexo, né? Ninguém diz que a Venezuela foi quebrada por empréstimos chineses. Eh, como não, né? Como não? Eu selecionei alguns dados aqui para vocês. Eu vou passar, vou mudar aqui de tela. Esse aqui é o principal estudo que foi feito na época da quebra da Venezuela, tá? Eh, que o autor do estudo, a minha memória, ela é terrível. Deixa eu ver se eu anotei aqui. Veja, não
tem nada de principal estudo, viu? Isso é retórica. Isso é basicamente uma apresentação quase que de slide com gráficos e tópicozinhos. Nem é um artigo, nem é um ensaio, nem é nada. é uma reunião de dados de tabelas que um acadêmico de uma universidade da Espanha fez, que não circulou em quase nada na Venezuela, tá em pouquíssimos sites assim meio obscuros. Eh, e não tem nada de principal estudo, nada, nada, absolutamente nada. Inclusive, veja, o companheiro Gustavo, ele fala aqui, ah, como é que você diz que ninguém fala isso? Ele não conseguiu mostrar um marxista
que debate esse tema. Ele vai falar que o autor é progressivo, é desenvolvimentista. Já já não é verdade. O artigo é todo liberal. Toda a premissa do artigo é liberal. Eu não vou entrar no debate se o Gustavo realmente ler o artigo que ele postou. Não vou entrar nesse debate, me recuso. Mas assim, o artigo é todo liberal, a gente vai mostrar isso. Presta atenção aqui o nome do autor do estudo. Eh, mas é um autor característica, vou subir aqui em cima e a gente vê o nome dele. Esqueci o nome dele é agora. é
um autor de perfil desenvolvimentista, progressivo, eh totalmente focado nessa coisa de desenvolvimento sustentável e fez um estudo completíssimo a respeito da situação da Venezuela, com os dados aqui estatísticos, vou colocar na descrição esse link, ele tá disponível na internet, em todos os sentidos que vocês imaginarem, tá? analisando endividamento, exportação, estrutura produtiva da Venezuela, empréstimos chineses, como ele era pagado, volume dos empréstimos, tem tudo, tudo, tudo, tudo. E existe dezenas de reportagens que tratam desse aspecto, tá? Mas eu vou só mostrar alguns dados aqui para vocês. Vou até mudar aqui um pouco, reduzir aqui um pouco
meu rosto para dar para ver, tá? Para vocês entenderem como sim, a China quebrou a Venezuela e o que não nega o papel com Estados Unidos. Veja, a China quebrou a Venezuela. Supostamente esse artigo é para provar que a China quebrou a Venezuela. Presta atenção. Unidos também teve, né? Estados Unidos não tentou salvar. Eh, a gente tem aqui serviços da dívida, né? Eu nem vou entrar nessa parte aqui da dívida, né? O serviço da dívida crescente, eh, da dívida com a China, eh, com relação a pagamento por barril. Olha o que que aconteceu na Venezuela,
tá? Em 2000 e em 2008 a China pagava, a Venezuela pagava 34.000 barris de petróleo para pagar a a dívida com a China. Qual que era o problema? Nessa época, 2008, 2009, o preço do petróleo tava lá em cima, acima de $ o barris. Chegou a 140, 130 o barris. De 2009 até 2013, a Venezuela entregava 116, 123, 150, 193.000 barris, tá? De petróleo para pagar o serviço da dívida. Chegou em 2015, ó, saltou para 347.000 barris para pagar o mesmo percentual. Não é que o endividamento aumentou, foi o contrário, como a gente vai ver,
foi a China atuou duplamente nessa quebra da Venezuela, tá? E aqui esse é um estudo feito para explicar a crise que tinha acabado de explodir na Venezuela, mas eu peguei aqui os dados mais atuais, tá? Eh, para vocês terem uma ideia, eh, a no ano de de 2000 17, a China tava entregando 400.000 barris para pagar a cota da dívida com a China. No ano de 2018, isso aí passou para 800.000 barris, tá? Sendo que ela nem conseguiu cumprir com essa cota e além de entregar os 800.000 1000 barris que deveria integrar para para pagar
a dívida. Eh, ela entregou 342.000, tá? Que eu tenho anotado aqui. Então, só pra gente ter uma ideia, tá? Vou pegar aqui eh mais alguns dados. Eh, os empréstimos da China paraa Venezuela entre 2009 e 2019 foram 62 bilhões de dólar, tá? 62 bilhões de dólar. façam os cálculos aí eh em reais para entender o que que significa isso, representando aproximadamente 40% do do financiamento que Pequim, que a China fez para toda a América Latina, tá? Nesse período de 2009 a 2019, 40% do crédito conseguido pela China, quase metade foi pra Venezuela. Só que tem
um detalhe, quando a crise explodiu na Venezuela, você acha que a China socorreu? Pelo contrário, a crise explodiu. País monoindustrial, capacidade estrutural de produzir alguma coisa absolutamente deb, tá? Eh, com o preço do petróleo lá embaixo. E ele e a Venezuela ainda tendo uma dívida com a China gigantesca, que esses 73 bilhões aí é a dívida total. Eh, o último dado que eu peguei de 2021, eh, essa essa dívida tava em 25 bilhões de dólar, tá? 25 bilhões de dólar. Então o que a China fez? Parou de conceder empréstimo paraa Venezuela. Não concedeu mais empréstimo.
O último, tá? Foi em 2016 que ela deu 2,2 bilhões de dólares. Ainda assim pra PDVES. Ela emprestou não paraa Venezuela, mas pra PDESA em particular. Em 2017 ela já não concedeu empréstimo nenhum, tá? Eh, e desde então, como a demanda de petróleo ela começou a reduzir no interior da China, ela inclusive reduziu a quantidade de petróleo que ela comprava da Venezuela, acentuando aí o colapso do país. Olha que maravilha, né? como é que a China socorre aí os seus aliados. Tanto que nessa eleição do Maduro, ela teve uma postura muito menos ostensiva do que
a Rússia, porque hoje a China só tem dívida para cobrar da Venezuela. Embora eles ano passado anunciaram que vão investir vão, né, 50 bilhões na Venezuela no próximo período, né, todo o contexto que tá no mundo hoje, o capital chinês tem que escoar para algum lugar. Ô Gustavo, mas pera aí. A a China não tinha quebrado a Venezuela, não tinha abandonado. Aí a China quer que a Venezuela entre nos bricks, anuncia um empréstimo de 50 bilhões, tá? Já já a gente conversa sobre isso. Venezuela surge como alternativa. Mas de 2017 até 2024, a China não
fez mais investimentos, não concedeu mais crédito à China. A China deixou de ser um dos principais focos de investimento da da China aqui no continente. E quem tava mais de orelha em pé com a possível saída do Maduro na Venezuela, que só continuou por fraude, eh, era a Rússia, porque como a PDVza foi inteira capitalizada, a empresa perdeu a sua capacidade de produzir petróleo, que levou o colapso venezuelano. Quem foi socorrer a Venezuela foi a Rússia, principalmente com a Rosneft. Então agora, embora a Rússia não tenha isso muito significativo, muito a fora, mas a exportação
de capital russo, né, que socorreu a Venezuela aí nesse último período, tá? Então eu vou botar esse estudo. Ah, eu vou subir aqui em cima. Eh, esqueci o nome do autor. Eh, tá, subi aqui, tá aqui, Miguel Angel Santos, tá? Vocês podem ver que não é nenhuma figura de de ultradireita ou o que for, tá? que fez, ainda que fosse, a gente tem os dados estão corretos, aí a gente pode até analisar os dados de forma diferente, tá? E esse é um estudo completíssimo, tá? Completíssimo, porque eh basicamente é uma organização de dados, tá? Eh,
vai apresentar aqui o consumo privado e consumo público da Venezuela, vai apresentar a dívida externa da Venezuela, as importações per cápitas, tudo que a Venezuela dependia para importar, que é praticamente tudo que ela consome, a evolução da dívida pública da Venezuela, tá? O grande choque que existe, esse gráfico aqui, ele é sensacional, tá? Mostrando aí a evolução eh da dívida e do preço do petróleo, né? como a dívida explode quando o preço do petróleo caivida fundamentalmente com a China, que ela vai ser analisada depois. Então, todo esse processo, tá? Eh, ele é apresentado aqui, ó,
com fartura e abundância dos dados e a parte chinesa vai est lá no final na análise da composição da dívida. Então, eu vou botar esse documento aí para vocês, tá? Eh, divirtam-se. Tem vários outros aí na internet, vários autores que tratam isso. Você tem autores nos Estados Unidos que se dedica fund vários autores não citados, né? Mas vamos entrar nesse documento, a análise da Venezuela e que tem como centro eh a análise eh da questão da do papel da China no colapso venezuelano, tá bom? E o fato da China ter tido todo esse papel que
atuou diretamente meu colapso da economia da Venezuela, não significa que os Estados Unidos também não tem o seu papel com embargo, uma coisa não elimina a outra. Então fica aqui esses comentários. Eu já fico aqui meu anúncio público, tá? Ó, vamos lá. Vamos lá. Antes da gente começar a analisar este documento, é importante mostrar isso aqui, ó. Cadê? Aqui, ó. Pronto. Deixa eu aumentar. Dá para ver bem? Dá para aumentar mais aqui. Veja o que o Gustavo coloca. Ninguém diz que a Venezuela foi quebrada por empréstimos chineses. Fonte. as bases para o esboço de um
programa de reconstrução nacional indicada no início, né? Então, Gustavo reafirma aqui na descrição que esse documento prova isto. Beleza? Aí vamos ver se o documento realmente fala isto. Tá aqui o documento, né? E aí, só uma curiosidade para vocês. O Gustavo falou que a o autor não é de extrema direita e tal. Realmente, o autor é um liberal e tal. Eh, mas o site é esse aqui, ó. O site é um é ligado a Maria Corino Machado, né? Então, tem aqui, ó, Maria Corinha de Mundo Uita receberam prêmio Sarkov para liberdade de pensamento e tal,
Nações Unidas, conflitos, Irã, Irã ataque Israel, né? Maria Corino Machado e tal. Então é um site de apoiadores da da Maria Corina Machado. Isso é detalhe, mas é um detalhe importante, né? O Gustavo disse que tem vários estudos, várias reportagens e tal, ele não conseguiu achar nenhum marxista e achou um texto que é nem um texto, é uma organização de dados, como se fosse uma apresentação de PowerPoint que foi colocado num site corrido, num site ligado a Maria Corina Machado. Mas detalhes à parte, vamos para o central. Vamos ver o que é que o documento
diz. Vamos ampliar aqui. E aí, gente, presta atenção. Eu vou pedir paciência para vocês que a gente vai olhar o documento inteiro, viu? Vamos lá. Venezuela. Bases para desenhum, a bases para o desenho de um programa de reconstrução nacional, maio de 2016. É importante sublinhar que este documento ele não pega o auge das sanções dos Estados Unidos. Então assim, não tinha como, por exemplo, ele definir de maneira clara todo o conjunto da crise venezuelana, inclusive considerar o impacto das sanções, porque ele não pega o auge das sanções que na virada de 2016 para 2017. A
2017 em diante é devastador, né? Mas vamos lá. já tinha sanções. Oficialmente as sanções começaram no segundo trimestre de 2025, mas elas se aceleram 2026 e aí ganha um novo impulso, novo fôlego em 2017, né? Sanções dos Estados Unidos contra a Venezuela. Mas vamos ver aqui o documento. Como chegamos hasta aqui, como chegamos até aqui. Então as razões, né? El gobierno de Venezuela aproveitou el boom sustenido de los preços de petróleo. O governo da Venezuela aproveitou o boom dos preços do petróleo. Aí aqui ele vai falar do crescimento do preço do petróleo. Mostra um graficozinho
mostrando o crescimento para promover um bound de consumo, tanto público quanto privado. Ou seja, o governo da Venezuela aproveitou o boom do preço do petróleo para promover um bound do consumo tanto público quanto privado. Vem aqui os dados. Aí como privada tem também dados sobre consumo privado, sobre PIB, o boom não teve como contrapartida um boom de produção. Então é dizendo assim, ó, teve um boom no preço do petróleo, um boom no consumo público e privado, mas não teve um aumento correspondente da capacidade produtiva interna da Venezuela. Em paralelo ao boom do preço do petróleo,
o governo multiplicou por cinco a deuda externa de Venezuela. A dívida externa da Venezuela. Crescimento da dívida externa. Aqui, ó. Pa pá p pa paá. Os dados. Elbom de consumo foi coberto por importações e aí ele mostra o crescimento das importações na Venezuela. Em seguida, a partir de 2006, o estado tomou um rol importante como importador, passando de 15 a 50% do total de importações. É basicamente o autor, o Miguel Anel, dizendo que o estado foi cada vez mais assumindo um papel de importador central na economia do país, tomando lugar do mercado privado, né? O
fim da do bom deu petróleo desnudou todas as carências del modelo. É basicamente ele dizendo, ó, quando acabou o bund do petróleo, o modelo entrou em colapso. E aqui a gente mostra que, veja, eh, para o autor, e ele já começa, isso já começa a ficar claro, para o autor, o que começou a provocar o colapso do, entre aspas, modelo foi o fim do bundo petróleo, não foi o grande endividamento externo, ele é só uma parte do problema. Como é parte do problema não crescimento na visão do autor, da estrutura produtiva, como é parte do
problema o crescimento do consumo eh público, como é parte do problema o crescimento do papel do estádio nas importações e por aí vai. Vamos lá. Elbun de petróleo desnudou todas as carências no modelo. Pá, aí vem o próximo gráfico. Desde 2014 a Venezuela teve os mercados internacionais financeiros fechados, né? E aqui mostra de novo um crescimento da dívida externa da Venezuela, inclusive debatendo o fechamento dos mercados financeiros internacionais promovido fundamentalmente pelos Estados Unidos. Também a Venezuela passou de pagar a sua deuda externa, sua dívida externa com menos de 5 meses de exportação 2006 para a
necessidade de 4 ou 5 anos 2016. Aí aqui vem o dado Venezuela, Dilda, exportação e tal. gráfico inclusive que o Gustavo mostrou aí. Aqui ele apresenta uma conta que é considerar o total eh dos débitos externos da Venezuela, desde dívidas em atraso até SUAPs, nacionalizações e tal, a dívida está na total da Venezuela é 160 milhões. 160 milhões e valor em dólares. E aí ele coloca e aí esse gráfico é engraçado. Deixa eu até baixar aqui para vocês. Veja o gráfico, né? PDVza financeira, laranja, total de dívida. PDVs, acoberto, plazos, provedores cinza, SUAP, ouro, verde,
nacionalizações azul, China, aqui, ó, eh, governo central aqui. Por esse gráfico, inclusive, esse gráfico é problemático a metodologia que ele usa, viu? Mas a China nem é o principal fator de endividamento externo. Mas repito, esse gráfico é problemático na forma de contabilizar isto. Mas vamos continuar. A diferença de outros países de la ri não pode acudir al mercado internacional e buscar financiamento para amortigar la caída. Ou seja, diferente de outros países da América Latina, a Venezuela não pôde buscar financiamento internacional para tentar apaziguar um pouco a caída, né? Aí risco na Venezuela e América Latina.
Aqui vem a diferença do risco venezuelano e latino-americano. Isso aqui é o risco da Venezuela. Cinco sintomas. Colapso de importações, caída da produção, caída da produção petrolheira, não petrolheira, déficit fiscal e monetário, aceleração da inflação e grandes distorções de preço, aceleração de la pobreza. Veja, até agora nada sobre a China, né? Vamos continuar. Em 2015, a Venezuela sofreu uma caída de 50% em low em los preços petroleiros, no 50% do preço no petróleo, que gerou um déficit de 400 milhões, milhões a nível de importação. E aqui contas externas da Venezuela, né? Contas externas da Venezuela
e os problemas. 2015, as reservas internacionais haviam caído ao nível em 18 anos, né? 12 milhões. E aqui é uma queda das reservas internacionais da Venezuela. Repare que esta queda se acelera a partir de 2014 com a queda do preço do petróleo. Tá bem aqui, ó. Tá aqui na partezinha de baixo aqui, ó. Marcador de data aqui no no canto a partir de 2014 é que cai as reservas internacionais. Mas continuando, é término da cobertura de importaciones, Venezuela conta com algo mais de 3 meses dos níveis de importação de bem. É basicamente ele dizendo que
a Venezuela só tem como bancar 3 meses de importação em 2025, né? E aqui o gráfico novo da queda da capacidade de bancar importações a partir das reservas internacionais. A Venezuela esgotou seus direitos especiais com Fundo Monetário Internacional. Eh, queda disponível de abril de 2016, 438 milhões. Vem os dados de novo e tal. Eh, não cabe esperar ingresso por descontos de créditos comerciais. 80% total restante está em mandos de Cuba, Haiti Nicará. Ou seja, não dá paraa Venezuela esperar que vai receber capital a partir de dívidas que ela tem para receber dado, enfim, né? Tá
na mão de Cuba, Nicaragua, Haiti por aí, velho. Aí, só aqui, só aqui, depois de tudo isso, ele entra na questão do endividamento com a China. O esquema de endividamento com a China está consumindo 5600 a 6.000 de serviço da dívida, né? Aqui tem um gráficozinho, saldo da dívida, serviço da dívida, tal aqui, ó, saldo deuda, fundo conjunto China, Venezuela. Saldo da dívida, fundo conjunto China e Venezuela. Voltando aqui, eh, o fundo conjunto China e Venezuela gera compromissos deilda, dívida a 4 anos, pagado com envio de petróleo cada vez maior. Em sueia financeira, projeto de
desarrollo de longo prazo, ou seja, a o fundo China Venezuela gera compromissos eh de dívida externa a 4 anos pagos com envio de petróleo cada vez maior. Em teoria, essa dívida, esse crédito foi feito para financiar projetos de desarrolo, de desenvolvimento de longo prazo. Aí aqui tem o dado do crescimento, que é o dado que o Gustavo mostrou. Isso significa que o autor concorda com Gustavo, que a China quebrou a Venezuela? Vamos ver. Desde o pico de 2012, as importações em dólares reais per capitas caíram 42%. Aqui, ó, em 2016, Venezuela exportaria 29.5. 500 milhões.
As importações de bens e serviços em 2015 totalizaram 50.200 milhões, né? Então as importações muito maior que as exportações. O serviço da dívida no período de 2016 a 2010 eh comprometia 10.500 500 milhões. Em 2016, com nível de importação de bens e serviço 2015, Venezuela deve fazer frente ao déficit de vías de 37 milhões. E aí, gente, tá chato, né? Eu sei, mas é para mostrar o texto inteiro. O único mecanismo de ajuste é produzir um colapso em lá exportações, importações, quer dizer, né? De acordo com declarações do vice-presidente da área econômica, o governo está
apontando a cerrar, fechar, eh reduzir e acabar com importações de 25 milhões. Reduzir as importações para tentar frear um pouco o défic entre a diferença que é importado e o que que é exportado. Ainda assim, com esse colapso de importações e assumindo que a China não nos cobra principal é o défic corrente mais amortizações da dívida financeira seria 15 milhões. Veja, é importante reforçar a tradução disso que tá escrito aqui. Vamos lá, ó. Presta atenção o que que tá escrito aqui. Deixa eu até ampliar a tela que tá muito pequeno. Vamos pro Google Tradutor para
ler esse trecho aqui direitinho. Chegamos no Google Tradutor. Que é que diz esse trecho? Ainda assim, com esse colapso das importações e assumindo que a China não nos cobra o principal, o déficrente mais a amortização da dívida seria ele fazendo um cálculo de 15 milhões. ele dizendo assim, ó, mesmo mesmo reduzindo as importações, mesmo a China não cobrando o principal da dívida, é basicamente ele dizendo assim, ó, a gente não vai ter que, por exemplo, pagar tudo, todo o estoque da dívida ou então ter que decretar uma moratória. Então, nem é inclusive uma crítica à
China, mas vamos continuar. Presta atenção, a China é citada na página 28, vi 28. Vamos lá. Resumo, colapso de importações. O governo esgotou ativos externos e capacidade de endividamento. Não tem como fazer frente à caída do petróleo, senão através do fluxo. Importações. Contrair mais dívida com a China em nessas condições é cavar para sair do buraco. Fundos e Merk não há transparência pagaram com petróleo a curto prazo. Veja, a crítica que ele faz a relação com a China é contrair mais dívidas com a China não vai resolver o problema. Qual é o problema? Na visão
dele é um problema de estrutura produtiva e é um problema de muita ação do Estado na economia que tem que ampliar o livre mercado. Jorge Jorge a gente vai mostrar isso. Ele não fala em momento nenhum, em momento nenhum que a China quebrou a Venezuela ou que os empréstimos chineses quebraram a Venezuela. Colapso de importações, ademais de criar uma crise humanitária, tem contribuído na queda do aparato produtivo. O colapso anunciado insuficiente obriga a liquidar, empenhar ouro restante e proponer eh caner da deuda em outubro e novembro para evitar default, né? E aqui vem uma espécie
de arremate. Para começar a crescer e resolver a crise humanitária, a Venezuela precisa aumentar no curto prazo suas importações. Isso obriga a recorrer a todas as fontes possíveis de financiamento multilateral, bilateral e organismos de cooperação e recuperar acessos a mercados financeiros. Mercados financeiros que foram fechados fundamentalmente por ação dos Estados Unidos. Isso aqui nem é o auge do problema, porque a gente tá em 2016, maio de 2016. Então, no resumo da primeira parte do documento, ele não fala em momento nenhum que o problema é o endividamento excessivo com a China. Aí, continuando, cinco sintomas. E
aí, gente? Beleza? Ah, Jon, pô, isso tá muito chato. Eu preciso mostrar para vocês o documento inteiro, para ninguém dizer assim, ó, mas não mostrou o documento todo. O documento inteiro não fala o que o Gustavo disse que o documento falava, né? Vamos lá. é que caída de la produção as cinco sintomas. Aí começa entre 2005 5 e 2015 e registrou uma caída de 15% eh 15.3%, né? A 5.000 barris por dia a produção petrolheira da Venezuela. Aí vem aqui registrando a queda, né, da produção de barril da Venezuela. a produção de petróleo por região.
Aí mostra que a partir de planetheira, os planos de aumentar a produção se vistam constantemente aplaus, atrasados e tal. Aí vem aqui a expectativa do que era para ser produzir, o que foi produzido. PDSA multiplicou por 15 sua dívida financeira entre 2006 e 2015. Pero este endividamento, porém esse endividamento não se traduziu em maior investimento, exploração e perfuração. Ele tá dizendo que cresceu o endividamento da PDveza, mas não aumentou em correspondência a exploração e perfuração de petróleo. Eu tenho aqui o gráfico, ele fala, né, que o endividamento da PDESAza e a relação disso com o
o a transferência para fundos estrangeiros, pagamentos de empréstimos e tais, ademais, outras cargas fiscais que correspondem ao governo. Aí ele coloca aqui, né, fundo de independência, dividendos, regalias petrolheiras, imposto sobre renda, a contribuição, eh, preços extraordinários, desarrolio social, outros imprestors, transpasso ao fundo, pagamento a fundos, outros gastos, né? E aí repare que, por exemplo, a partir de 2014, eh, transpasso fondem cai, outros gastos aumentam, desarrollo social também dá uma caída e por aí vai. Ele fala também a mudança do mix de produção mais pesado, menos liviano, ou seja, petróleo de pior qualidade, mais caro e
tal, também tem um impacto nisso, né, na exploração no geral da do petróleo da Venezuela 2005 a 2015. Ele fala também da caída da produtividade do trabalho, né? Aqui o gráfico. Ambos os fatores mais regaço cambiário e lá mais gestão de em cimentos provocado que custo promedio de produção se triplique. Aumentou o custo de produção. E veja esse esse aumento de custos é, repito, bem antigo. E aconteceria mesmo se não tivesse o governo Chaves na Venezuela, viu? Por causa da mudança do perfil do petróleo. Em resumo, queda da produção petrolheira. E aqui vem lá, PDVA
não está em condições de investir em na atividade mais rentável do país. Deve pagar regalias por barris enviados a serviço da dívida com a China que cobra é um ponto. Eh, corre com o subsídio cambiário. Aí vem a questão do papel do subsídio do câmbio. Deve pagar programas sociais que corresponde ao governo. Aí tem o nome dos programas, bairro Adentro, Missões de Alimentação, Gram Missão Vivendas, construção de casa, aporte ao sistema elétrico, o fundo de independência. Então o autor ele não coloca inclusive que a PDVA se descapitalizou só por causa da dívida externa com a
China. Ele coloca três razões e não enumera ordem de importância. coloca três razões ali. PDESA não só se endividou sem investir, como ademais tem acumulado uma dívida significativa com provedores de serviços e dividendos pendentes com sócios e empresas mistas. E aí ele fala da dívida da PDESA com sócios e empresas mistas e com fornecedores. E aí ele fala também dos problemas técnicos e operativos da PDVza, né, colocando que uma empresa ineficiente. É como solução explorar estratégias de curto prazo que permitam expandir os investimentos e a produção em um setor sem depender de aportes de capital
da PDVESA. Então, como a PDVA vai conseguir aumentar a produção sem depender de capital próprio para investir, que inclusive foi a solução que o governo Maduro adotou a partir de 2022, buscando capital estrangeiro, né, e conseguindo. Mas tudo bem. Aí ele fala que a Venezuela tá 18 anos de estagnada e tal, consumo público, consumo privado, o período sido o período de mais baixo crescimento da América Latina, coisa que inclusive eu tenho dúvida sobre esse idade, mas tudo bem. Crescimento do PIB per capto, porque o crescimento do PIB per capito nem é o melhor dado. Acho
que era aqui era trabalhar o crescimento do PIB total, mas tudo certo. Falar que a Venezuela é o país que menos cresceu. É assim, gente, assunto sobre China já morreu, viu? É só aquilo ali. Mas vamos lá. Ele fala da destruição nos setores, né? Serviços financeiros, telecomunicações e por aí vai. 2006 um ponto de inflexão, o crescimento do PIB público se umbica constantemente por cima do privado. Ele fala basicamente que o PIB público cresce muito mais que o privado para ele ser um problema, porque dificulta o livre mercado. Aí aqui mais uma vez um dado
sobre o crescimento do PIB público e o PIB privado, né? E ele triste porque o PIB público cresce muito mais. Diferença do crescimento do setor público, ganhou 10 pontos e crescimento do setor público setor privado. Crescimento do PIB historicamente um estado eh muito correlacionado com importações. Pá, pá, pá, especificamente, EPIB depende de importação de bens intermediários. Então, relações entre crescimento do PIB, importação de bens intermediários. E aí, mais uma vez um resumo. Em 15 anos, Venezuela sofreu perdas significativas de atividade econômica. E aí que dá os dados, manufatura, agricultura, crescimento do PIB, eh, a estado
dominado pro setor financeiro e outros que reportam crescimentos artificiais na visão dele, como telecomunicações, serviços comunais e pessoais, produtos e serviços de governo. O aumento agressivo da participação do Estado agrava a manipulação contábil do PIB, que se refletem na forte caída em importações de bens intermediários. Veja diagnóstico dele. Importação de bens eh intermediários é a principal restrição ao crescimento. A intervenção do estádio e os controles eliminaram os incentivos a produzir, incentivos do mercado privado. É urgente criar mecanismos de mercado para imponderar a sociedade e dar a si mesmo o uso mais eficiente dos recursos escassos.
linguagem típica de neoliberal, de economista neoclássico. Eu não sei como é que o Gustavo achou o desenvolvimentista aqui. O estado interfere demais, o estado eliminou os incentivos para produção, tem que imponderar a sociedade, ou seja, o mercado, criando mecanismos de mercado. E aí vem lá déficamento monetário. Aí uma porrada de dados de novo. Nada sobre China. Fala aqui da balança fiscal e do financiamento monetário, o défic na nas contas da Venezuela. déficit fiscal e financiamento monetário. O governo esgotou gradualmente as fontes de financiamento, o dividamento externo, externo e depende exclusivamente da impressão de dinheiro. O
quadro fiscal apresenta, na visão dele, défic. Eh, pressuposto público, o gasto público tá fora de controle. O estado que prometeu ocupar a provisão de tudo não foi capaz de garantir a provisão dos serviços básicos. Ou seja, o estado, na visão dele que prometeu garantir a produção de tudo, não consegue entregar educação, saúde, justiça e segurança. Se dã, aí vem aqui cinco sintomas, né? A aceleração dos agregados monetários provocou inflação. Ele trabalha com a teoria da inflação, que é fundamentalmente uma teoria da inflação, que é neoliberal, viu, gente? A inflação é explicada fundamentalmente pela expansão do
agregado monetário. Mas vamos continuar. Dados sobre inflação, pá pá pá. Eh, crescimento dos agregados, é dados basicamente aqui do âmbito monetário. Inflação da cesta básica de alimentos aqui dados sobre a inflação de alimentos. Pá, nada sobre China. Vamos lá. Agosto, inflação interensal. Apesar da aceleração dos preços, por aí vai indo. Eh, indicadores maior de escassez se observam em cadernas estatais e privadas. Aí vai mostrando também dados de escassez. Eh, aqui ele entra na questão do câmbio, da taxa de câmbio. Aí ele resume a tese aqui, né? E aí não vou ler isso tudo. É basicamente
um debate sobre teoria monetária, inflação. Aí ele diz: "Restabelecer eh sistema de preços como mecanismo de coordenação da sociedade. Levantamento do controle de câmbio é um componente essencial da estratégia para restabelecer sistema de preços. Ele quer que o governo afroste o sistema do controle do câmbio. E aqui a gente vem pro último ponto, aceleração da pobreza. Ele dá os dados sobre o crescimento da pobreza na Venezuela. eh, resume aqui o que que é, por fim, apresenta um box, que é um box que meio que resume o que que é a exposição. Qual é o qual
é o resumo? A síndrome. A crise tem sua origem na imposição sistemática de um modelo de dominação social. O estado substitui o mercado como mecanismo de organização. Vamos lá, gente. Vamos lá. Vamos voltar aqui para o que o Gustavo falou, né? Eu não vou botar o vídeo de novo, não, né? Vamos botar só aqui, ó. Aqui, ó. Ninguém diz que a Venezuela foi quebrada por empréstimos chineses, né? O Gustavo dá aspas para mim. Fonte do Gustavo, as bases para o esboço de um programa de reconstrução nacional indicada no início. O documento não fala isso em
canto nenhum. O documento fala que o endividamento externo eh da Venezuela com a China é um problema, mas ele não coloca em canto nenhum, em canto nenhum que os empréstimos chineses quebraram a Venezuela e ele não coloca os empréstimos chineses como principal ou única razão para descapitalização da PDESAza. Tá aqui. O que é que o autor diz? A a crise tem sua origem na imposição sistemática de um modelo de dominação social. O estado substitui o mercado como mecanismo de organização. Aí vem aqui exemplos: estado produtor, estado eh organizador de recursos, estado controlador, né? O estado
substitui o mercado como ferramenta de organização social. Então assim, vou até abrir a tela. Companheiro Gustavo Machado disse que os empréstimos chineses quebraram a Venezuela, né? Eu disse que ninguém fala isso. Ele falou: "Fala, tá aqui um estudo para provar". O estudo não prova isso. Gente, sabe qual é o problema? É que o companheiro Gustavo, ele parte de uma premissa ideológica. A China é igual ou pior que os Estados Unidos. A partir disso, a realidade que se exploda. É isso que eu vim mostrando para vocês o vídeo inteiro. O vídeo ficou longo, ficou maçante e
tal. É para mostrar que meu problema com Gustavo Machado não é nem inclusive em vários aspectos as conclusões dele, porque o Gustavo ele quer criar uma oposição comigo que é típico do sectarismo do PSTU. E aí que veja, isso é uma crítica bem respeitosa. O PSTU, na visão deles, o maior inimigo da Terra são os estalinistas. Então tem que tem que derrotar os estalinistas. Então veja, eu e o Gustavo, a gente concorda que de maneira geral o socialismo é economia planificada, propriedade pública dos meios de produção, estado proletário, né? É isso. Então o Gustavo, ele
quer me colocar inclusive como se eu tivesse o mesmo pensamento com o Elias. Ele sabe que não, né? Ele ignora quando eu cito autores próximos da corrente dele, né? autores tristas como Cláudio Catz, ele quer criar um antagonismo estrutural que não existe. Meu problema com Gustavo Machado é que ele parte da premissa errada e a China é igual ou pior os Estados Unidos, o papel dos Estados Unidos no mundo. Para sustentar isso, ele comete esse tipo de atrocidade. Veja, Gustavo mentiu. Ele disse que os empréstimos chineses quebraram a Venezuela. Para isso, ele citou esse texto.
O texto não fala isso em canto nenhum. A conclusão, inclusive do autor, voltando, a conclusão do autor é que o a origem da crise da Venezuela é a imposição sistemática de um modelo de dominação social. A a o Estado substitui o mercado como mecanismo de organização. O autor é um liberal, enquanto liberal, ele tá fazendo dele, né? Se fosse ao contrário, Gustavo diria agora que falsificou, que é desonesto, que é mentiroso. Vou dizer disso não. Mas o Gustavo, ele deu uma canelada, viu? Caneladazinha boa. Ele citou um artigo que não defende o que ele afirma.
Vocês entenderam isso, né? Ele citou um artigo que não defende o que ele afirma. Então ele demorou um mês para me responder. Nesse um mês ele não conseguiu achar um único texto que sustente a visão dele. Aí achou esse texto que não sustenta o que ele diz. Vocês entenderam? Perfeito. Dito isto, vamos lá. Qual é o problema da Venezuela, gente? Ó, a Venezuela nunca se industrializou. E eu não vou fazer o debate aqui sobre porque a Venezuela não se industrializou, que é um debate muito longo e tal, nem sequer dá para fazer isto agora, né?
A questão central é o seguinte. Em 2014, o petróleo baixou de 110$10 o barril em fevereiro e foi para 62 em dezembro. Então, no universo de um ano, o preço do barril caiu pela metade. A partir do final de 2016, começo de 2017, o preço do barril começou a melhorar um pouco, mas mesmo assim muito estável. Essa baixa do preço do petróleo foi uma ação coordenada dos Estados Unidos junto com a Arábia Saudita e os países de maneira geral da OPEP, visando basicamente quebrar a Rússia, quebrar o Irã, quebrar a Venezuela. foi uma baixa proposital,
muito estimulada também pelo surto de produção a partir do xisto, nos Estados Unidos, né? A queda do preço do petróleo num país como a Venezuela em si já provoca a crise econômica. Em si, é isto, em si já provoca a crise econômica. Então, o fundamental é o seguinte. Se não tivesse a queda do preço do petróleo, a Venezuela não entraria em crise. Mas como existe uma previsão da Venezuela começar uma recuperação, por que começou a recuperação? Porque a partir do final de 2016 eh a queda do preço do petróleo começa a se estabilizar. Então, teoricamente
a Venezuela ia começar a voltar ao normal. Aí, em março de 2015, os Estados Unidos começam uma rodada de sanções contra a Venezuela e vai, com o passar do tempo, ficando uma rodada de sanções cada vez mais violentas para impedir a recuperação da Venezuela e criar uma espiral de recessão, que é a economia tá afundando e você não consegue recuperar, não consegue aumentar investimento, não consegue aumentar consumo, não consegue acumular divisas, reservas internacionais e a economia vai se afundando cada vez mais. Veja, isso aqui é um estudo, foi publicado em 2019 na revista Ópera. Estudo
diz que sanções da da dos Estados Unidos levaram 40.000 mortos na Venezuela. Presta atenção aqui. Qual é a fonte do estudo, viu, gente? Pelo amor de Deus. Ah, Jones, é a fonte é a revista Ópera, não, revista Ópera só publicou a matéria. Um estúdio do Center for Economics and Politic R, é intitulado Sanções Econômicas como punição coletiva, o caso da Venezuela tá aqui disponível, abriu o link aqui, já vai lá. Quem quiser ler, gente, tá aqui o documento em PDF, viu? Quem quiser ler é só abrir para ler depois e ler o estudo completo para
ter uma dimensão do que foi o impacto das sanções dos Estados Unidos contra Venezuela. Tá aqui disponível. Realizado pelos economistas Mark West Bolt e Jeffrey Sax. E divulgado nesta semana, chegou à conclusão que as sanções impostas pela administração Trump contra a Venezuela em agosto de 2017 foram responsáveis pela morte de dezenas de milhares de venezuelanos no biênio 2017, com uma estimativa de aproximadamente 40.000 pessoas. O Gustavo colocou no mesmo peso um endividamento chinês com as sanções que mataram aproximadamente 40.000 venezuelanos. As sanções estão impedindo venezuelanos a terem acesso a remédios que podem salvar vidas, equipamento
médico, comida e outras importações essenciais, disse Mark diretor do centro. De acordo com o estudo, as sanções reduziram o consumo calórico e aumentaram as doenças e mortalidade dos venezuelanos, além de motivarem o êxito. O relatório também revela que as sanções tiveram um impacto destrutivo a produção e exportação de petróleo, principal commodity do país. O impacto teria sido de 6 bilhões de dólares. 6 bilhões de dólares. Só para vocês terem uma ideia, o Gustavo mostra que num período de mais ou menos 10 anos a China emprestou 60 bilhões a Venezuela, né? Um ano de sanções dos
Estados Unidos custou custou 6 bilhões de dólares. 10%, né, gente? 10%, né? Um ano, um aninho. Isso aqui é um estudo que pega de 2017 até 2018. Não pega de 2018, 2019, 2020, 2021. Perfeito. E durante a pandemia, os Estados Unidos aumentaram em sanções contra a Venezuela, contra o Irã, contra a Síria, inclusive com pedidos da OMS para suspender as sanções durante a pandemia. Pedidos esses que foram ignorados. Coloca uma matéria sobre o tema na tela, Maxuell, por favor. Então, impacta os 6 bilhões em um aninho, né? Vamos lá. Aí, aqui tem um gráfico que
é muito interessante. Por que o gráfico é muito interessante? Porque o gráfico compara a situação da Colômbia, né? A Venezuela é a linha mais escura e a Colômbia é a linha mais clara. Perceba o seguinte, perceba que com a queda do preço do petróleo, ó, a partir de 2014, vai tendo uma queda na produção, né? Inclusive, como vocês podem ver, a queda na produção e colombiana é até maior que a venezuelana. Percebeu aqui, ó? Mas aí, gente, o que que acontece? A partir de 2016, a produção venezuelana despenca e a partir de 2018 despenca mais
ainda e a produção colombiana se estabiliza. Qual é a principal diferença da Colômbia paraa Venezuela? Foi, é o quê? Os empréstimos chineses. Não, gente, são as sanções dos Estados Unidos. Ah, não, Junes, mas as sanções só afetam a Venezuela indiretamente, porque a Venezuela só fica proibida de vender. Isto não é verdade. Já, já a gente vai mostrar isso. Isso não é verdade. Mas esse gráfico para mim é revelador. Mostra o impacto do preço do petróleo em dois países. É claro que o petróleo é muito mais importante paraa Venezuela do que paraa Colômbia. E é claro
que a economia da Colômbia é uma economia mais diversificada, mais resistente ao que os economistas chamam dos choques externos. né? Mas isso impactou as duas economias. A economia da Colômbia não sujeita às sanções, conseguiu ir estabilizando a produção abaixo, evidentemente, do que era a produção do petróleo antes do pico, do preço do petróleo e e a produção venezuelana foi simplesmente para o buraco, como vocês podem ver no gráfico. um pouco mais o estudo. Além disso, o relatório também chegou à conclusão de que, ainda que as sanções não tenham sido a origem da crise venezuelana, caracterizada
por uma recessão severa, inflação que variou de 700 a 1300 ao ano, elas travaram o país numa espiral econômica de declínio impossibilitando a saída da crise. Esse aqui foi o que eu acabei de falar, né? É, o objetivo da da sanção não foi causar a crise. A crise foi causada, gente, pela queda do preço do petróleo. Aí você joga as sanções para enfiar o país no buraco de vez. Se as sanções continuarem a valer, é quase certo que haverá um crescimento ainda maior das mortes em função do declínio acelerado da produção de petróleo e, portanto,
da disponibilidade de importações essenciais, bem como o declínio acelerado do rendimento por pessoa, diz o relatório. Aí vamos ver aqui o impacto das sanções de maneira a partir de outro prisma na economia venezuelana. Esta matéria do Brasil de fato é de 2020. Então assim, durante aqui, né, comecinho da pandemia, já tinha já tava rolando faz anos as sanções econômicas dos Estados Unidos, 6 anos, né, para ser mais preciso. E veja o que a matéria diz: "Há quase 6 anos, a Venezuela é alvo de um conjunto de leis e decretos presidenciais dos Estados Unidos. é o
chamado bloqueio econômico. A medida faz parte das ações dos Estados Unidos para tentar interferir no regime político do país. Em paralelo, 11 tentativas de golpe ocorreram no período, planejadas entre a direita venezuelana, Casa Branca e Aliados Regionais. A história do bloqueio começa em dezembro de 2014, justamente quando a queda do preço do petróleo atinge seu pico mais baixo, né? Vai, vai, inclusive em alguns momentos do final de 2014 vai a menos de 60 o barril, barril do petróleo. O Congresso dos Estados Unidos aprovou a lei de Defesa dos Direitos Humanos na Venezuela, que previa a
aplicação de sanções contra os venezuelanos. Já em março de 2015, Barack Obama assinou a Ordem Executiva número 13692. Aí aqui tem o número, né? eh previa a aplicação de sanções contra os venezuelanos. Já em março de 2015, Barack Obama assinou a ordem executiva número 13.692, declarando o país sul-americano como ameaça inusual para a segurança interna dos Estados Unidos. De lá para cá, as sanções eh passaram a ser aplicadas também por outros países e já somam 150. 62 omitidas pela Casa Branca, nove pela União Europeia, cinco pelo Canadá e duas pelo Reino Unido, segundo o levantamento
da ONG Suis, estima-se que metade do planeta sofra direta ou indiretamente com sanções econômicas, como a Venezuela é afetada. No caso venezuelano, o país ficou impedido de realizar transações internacionais com o dólar estadunidense, o que aumentou seus gastos cambiários em 20 bilhões. Aí o Gustavo fala: "Não, mas as sanções dos Estados Unidos só impedem de vender o petróleo da Venezuela. Então, o impacto é indireto, falso. O Gustavo não estudou as sanções, né? A Venezuela ela fica proibida de fazer transações com petróleo. E aí veja aí o Gustavo pega o dado. Não, a China emprestou paraa
Venezuela 600 bilhões em 10 anos. Em um ano de sanção provocou de 2017 a 2018 provocou um prejuízo de 6 bilhões à Venezuela. Só os gastos cambiários do estado, porque a economia da Venezuela é muito dolarizada. A partir do momento que começa em sanções e a economia fica proibida, por exemplo, de usar o dólar, é o parafuso na economia, né? Só que a gente tá vendo um gasto do estado de 20 bilhões para tentar inclusive controlar a inflação e o câmbio e fazer suas operações monetárias. Vão contando, viu? Vão contando. É quase metade do correspondente
dos empréstimos chineses em 10 anos. 6 bilhões de prejuízo direto num um estudo, 20 bilhões em outro em outro setor, né, nos gastos cambiários. Outro impacto são as chamadas retenções bancárias. Um pagamento emitido por agentes venezuelanos pode retardar entre 10 e 20 dias para ser efetuado, quando o período normal seriam 48 horas. Para completar, também estão autorizados multa a terceiros países que comercializarem com a República Bolivariana. Desta forma, a Venezuela registrou uma redução de 99% nos seus ingressos em moedas estrangeiras nos últimos 5 anos, saindo de 56 bilhões para 400 milhões. Junto com as dividas,
o país perde seu poder de compra. Veja, isso aqui é o impacto das sanções, gente. O país o país registrou uma redução de 99% nos seus ingressos em moedas estrangeiras nos últimos 5 anos, saindo de 56 bilhões para 400 milhões, 99%. Mas o companheiro Gustavo acha que o problema real é o endividamento com a China, não é a economia, uma economia inclusive muito dolarizada, que tinha, pode parecer paradoxal isso, muita dependência dos Estados Unidos, tanto de para exportar como para importar a economia frente à queda do preço do petróleo, sofre um ataque brutal, entra em
parafuso, entra em parafuso numa crise infernal, Gustavo, acho que os empréstimos chineses. O país onde cerca de 80% do consumo interno é suprido com produtos importados, perde poder de compra, tornou-se automaticamente um problema de abastecimento. Somente da Europa as importações caíram 65% de 2015 a 2019, somente da Europa. Por conta das sanções, o tempo de entrega dos produtos aumentou 33%. Enquanto os gastos extras, estimam o governo 37 bilhões. Já superamos o valor total de empréstimos chineses aqui, viu? Já superamos 60 bilhões, mas vamos continuar. Por conta da dificuldade de compra de peças para manutenção de
infraestrutura e de químicos usados no refine do petróleo, a indústria petrolífera, carro chefe do país, diminuiu sua produção em aproximadamente 60%. Os rendimentos do setor caíram de 16.16 bilhões em 2015 para 8.7 bilhões em 2018. Aqui, gente, o comércio internacional se faz em dólar. Hoje tem um avanço de comércio internacional em outras moedas, né, inclusive na moeda chinesa. Mas não era assim a 10 anos atrás, né, 2015, 2016 e tal, a força do dólar era muito maior. O dólar ainda é hegemônico, viu, gente? Vai ser por um bom tempo. Mas em 2015, 2016, 2014, 2017
era mais forte ainda. O país foi basicamente proibido de comercializar em dólar na prática. como é que ele vai repor eh as máquinas, os equipamentos, vai fazer a manutenção do seu aparato produtivo de extração de petróleo, sabe? Assim, vamos lá. Estimativa é que o prejuízo anual do bloqueio seja de 30 bililhões de reais. Como consequência, o PIB venezuelano caiu 60% de acordo com o governo e o Banco Central da Venezuela. Ah, Jones, mas isso é dado do governo. É dado do governo, meu querido. Mas faz o seguinte, pegue o primeiro estudo que eu citei, que
não é dado do governo, é de um ticket tank dos Estados Unidos. Compare a avaliação naquele momento, né, dos impactos do bloqueio e faça uma projeção anual, né, frente ao crescimento das sanções econômicas, se esse número não tá próximo do que é a realidade. Bem simples. É isso mesmo, gente. 30 bilhões por ano, o impacto do bloqueio. Achamos, olha, muito mais do que o valor do endividamento chinês, né? Aí é citado aquela fonte, né, que a gente acabou de citar, a ponta é consequência do bloqueio po ter gerado 40.000 mortes na Venezuela entre 2017 e
2018. Em decorrência disso, a Venezuela denunciou os Estados Unidos por crime les humanidade na Corte Penal Internacional. Tá tá tá tá tá tá tá tá. E aqui, né, outro elemento pra gente pensar que aí que o Gustavo também esqueceu disso, né? Ó, reservas de ouro de 1 bilhão da Venezuela que Maduro não terá acesso à notícia de 2022. Supremo Tribunal de Londres rejeitou nessa sexta-feira 29 os mais recentes esforços de Maduro para obter o controle de mais de 1 bilhão de reservas de ouro da Venezuela, armazenados nos cofres subterrâneos do do Banco da Inglaterra. Segundo
o tribunal, é necessário desconsiderar as anteriores da Suprema Corte da Venezuela apoiada por Maduro, destinadas a reduzir a opinião do líder da oposição, Juan Gaidó, sobre o ouro. Aí aqui, vê, no início de 2019, o governo britânico no início juntou-se à dezena de nações no apoio a Gaidó, depois que ele se autodeclarou presidente interino da Venezuela e denunciou Maduro por fraudar as eleições. Aidó na época pediu ao Banco da Inglaterra que impedisse o governo Maduro de acessar o ouro. Banco Central de Maduro então processou o Banco da Inglaterra para recuperar o controle das reservas de
ouro, dizendo que estava privando o BCI de fundos necessários para financiar a resposta da Venezuela ao coronavírus. Basicamente no auge da pandemia, a Venezuela tentou acessar os fundos que ela tinha de ouro no Banco da Inglaterra. os Estados Unidos manobrou e o Banco da Inglaterra disse não. E aí, por fim, só para só para não cansar vocês, sei que esse vídeo tá ficando muito longo, deixa eu só mostrar mais um dado. Esse documento aqui, ó, esse é o título, eh, Panorama das Relações China, Venezuela, né? Veja o que esse documento mostra na página 11. Aqui
tem um gráfico das exportações venezuelanas pra China. a gente vê que as exportações, o gráfico começa a partir de 2012, né? A gente vê que as exportações estavam relativamente altas. A partir de 2014 elas começam a cair, caem de maneira vertiginosa. Em 2016 elas chegam no fundo do poço, quase metade comparado com 2012 e aí dão uma leve subida. Isso aqui é no auge das sanções, né? E aí depois caem de novo violentamente como consequência da crise e depois aí aqui começa o coronavírus. Como vocês podem ver, por qualquer dado que você pegar da Venezuela,
dado de reservas internacionais, crescimento do PIB, crescimento poder de compra de salários, qualquer dado que você pegar, o ano da crise é o ano de 2014, em que cai o preço do petróleo. Em uma economia como a venezuelana, se cai o preço do petróleo, a economia entra em crise. E aqui eu não vou fazer um debate sobre como é que se industrializa um país como a Venezuela, sobre doença holandesa, mas assim, origem da crise, cara do preço do petróleo. Quando o preço do petróleo começa a se recuperar um pouquinho em 2016 os Estados Unidos vão
entram com tudo numa política violentíssima de bloqueio. E é isto. Foi isso que jogou a Venezuela no buraco. O Gustavo Machado, ele é tão comprometido ideologicamente com a leitura dele, que a China é pior que os Estados Unidos, que ele deveria ter feito a crítica correta à China. Qual é a crítica correta à China? China poderia ter ajudado mais. Como a China poderia ter ajudado mais em 2016, 2017, 2018, o papel da China no mundo era muito menor do que é hoje. Vamos lembrar que a nova rota da Seida só foi lançada em 2013, né?
Então é importante não lembrar disso, mas a China poderia sim, poderia sim ter buscado parceiros na América do Sul para, por exemplo, a partir de um comércio trilateral, garantir maior possibilidade financiamento para garantir maior possibilidade de recompor o parque produtivo da Venezuela, né, frente às dificuldades de importar máquinas e equipamentos. era bem possível, por exemplo. E aí eu duvido que o governo Dilma, até o governo Michel Temer fosse 100% contra a possibilidade de a partir de uma joyental chinês com capital brasileiro, de suprir a capacidade de renovar maquinário e manter produção, indústria petrolífera venezuelana. Possibilidades
como essa, tem vários complicantes aí, né? Não é um negócio fácil também, mas só pra gente conversar aqui. Então, a China poderia ter sido mais solidária? Eu acho que sim. Viu? Eu acho que sim. A China tem internacionalismo proletário? Eu acho que não. A escrito que eu faço a China há muito tempo. Eu não acho que inclusive é bom comparar com a União Soviética, porque acaba idealizando, né? Para mim, o melhor exame internacionalismo proletário no século XX é Cuba, não é a União Soviética. Em outro momento a gente conversa sobre isso, mas dá para criticar
a China, poderia ter feito mais para ajudar. Agora veja, ninguém sério, ninguém, ninguém acha que foi os empréstimos chineses que quebraram a Venezuela. E digo mais, falar esse absurdo é você na prática passar pano para o bloqueio econômico, passar pano para os impactos das sanções dos Estados Unidos. Vocês entenderam? Vocês não entenderam? E aí, por que o o companheiro Gustavo Machado faz isso? Porque ele tem um compromisso ideológico de mostrar que a China é pior ou igual que os Estados Unidos. E aí, e quando a realidade não dá razão a ele? O problema da realidade,
né? problema da realidade dele, porque o compromisso ideológico dele é mais importante que a realidade. Vocês não entenderam? Vocês não entenderam? Então veja aí, aqui a gente caminha pra conclusão. Eu disse no início desse vídeo que ia fazer uma proposta e fazer uma revelação. Primeira proposta, como eu procurei mostrar nesse vídeo, o Gustavo Machado, ele atropela vários dados, ele ignora, ele falseia, ele pegou um texto para sustentar uma posição que o texto não defendia a posição dele. tá assim, gente. Então, assim, esse debate pro vídeo não tá dando certo. Não tá dando certo. Não tá
dando certo. O Gustavo, se ele for responder esse vídeo, eu tenho certeza que ele vai simplesmente fugir dos pontos mais sensíveis para não desmontar a narrativa dele. Como ele fugiu no vídeo resposta, eu mostrei durante esse vídeo de mais de 4 horas que ele não respondeu a questão, por exemplo, do Irã, que ele passou direto por uma série de questões que eu coloquei no meu primeiro vídeo, que ele simplesmente não mostrou o crescimento do salário na indústria, etc, etc, etc, etc. Então não tá dando certo. Companheiro Gustavo Machado, você quer debater comigo? Vai ser um
prazer debater com você. Vamos debater pro texto. Vamos debater pro texto. Você quer criar um antagonismo radical? Quer dizer que nossas posições sobre China são muito diferentes e que eu sou o desenvolvimentista, revisionista, estalinista. Pronto, vamos debater, vamos fazer um acordo. Proposta aqui para você. A gente vai trocar textos sobre a China a cada seis meses. A cada seis meses, né? Você escreve seu primeiro texto. E aí porque seu vídeo não serve, né, Gustavo? algo assim, porque seu vídeo não fala sobre relações de trabalho, seu vídeo não fala sobre relações salariais, seu vídeo não estuda
a organização da classe trabalhadora, seu vídeo não fala sobre as relações agrárias, seu vídeo não fala que classes sociais dominam o poder, seu vídeo não detalha o processo de reforma em abertura, seu vídeo não analisa a estrutura de propriedade da China e por aí vai. Então assim, vamos trocar textos. Você vai escrever um texto defendendo sua posição, achando que a China é um país capitalista, imperialista, igual ou pior que os Estados Unidos. E você vai sustentar coisas com a sua afirmação de que nunca existiu um país imperialista com condições tão nefastas paraa classe trabalhadora sobre
a China. Você vai escrever o texto, eu vou responder texto também. E aí eu vou expor de maneira sistemática a minha posição sobre a China. Então, se você achar se meses muito, por mim, tudo bem. A gente pode reduzir para quatro. Então você tem 4 meses para escrever, eu tenho 4 meses para responder. Se tem 4 meses para dar uma réplica, eu tenho quro meses para dar uma tréplica. E aí a gente vai trocando textos. Com texto as pessoas podem avaliar com qualidade os argumentos, podem ler com atenção, pode ver quem refutou não o ponto
do outro. Fica mais fácil mostrar isso pro texto. Então essa é a minha proposta. Você quer debater comigo? Você faz questão de debater comigo? Vamos debater por texto, né? Essa é minha proposta, Gustavo. Assim, a gente já vai debater por vídeo no segundo semestre. Agora eu disse para Rodrigo que eu debate pro vídeo com você o Brasil, viu? É isto. Eu não quero debater a União Soviética não, porque eu vou ficar triste, Gustavo, se você chegar e não, Stalin foi pior que Hitler. Ah, não. A União Soviética trabalha escravo. Melhor não, né, Gustavo? Isso aí,
enfim, esses mitos liberais, deixa para lá, sabe? Ah, vamos debater política internacional. Aí aparece o Gustavo defendendo os nazistas ucranianos, porque a posição do partido dele, né, aparece o Gustavo dizendo que tinha que dar armas para os fundamentalistas da Síria para derrubar o Assadi, que também é a posição do partido dele. Então é melhor não, a gente debate o Brasil no segundo semestre, já falei pro Rodrigo, Três Irmãos Podcast, o debate já tá marcado, né? O tá marcado no sentido de que quando vai ser segundo semestre, a data em específico, tem que bater a minha
agenda, bater a agenda do Gustavo e a gente vai debater. Mas sobre China, minha proposta é essa, debate por texto, porque senão, bicho, fica cada um vai estar lançando um vídeo de 2 horas, de 3 horas, de não sei o quê, e vai ficar um bocado de coisa de fora, como fica no vídeo, como eu mostrei inclusive nesse longo vídeo. E por texto, Gustavo, não dá para fazer essa presepada, com todo respeito aí que você fez sobre a Venezuela. É isto é a proposta. Agora vem a revelação. Euclides Vasconcelos, que tem um quadro aqui, o
Guerra e Política, me convenceu que não dá para eu deixar para escrever e sistematizar minha posição sobre a China pro futuro. Por qu, gente? Eu tô fazendo doutorado. Eu tenho até 2028 para entregar uma tese de doutorado e eu tô muito comprometido em estudar o Brasil. Eu ia começar a ler a biografia do Alberto Torres escrito pelo Barbosa da Lima Sobrinho, muito empolgado e animado com isso. Mas o CLID me convenceu que eu não posso esperar até terminar o doutorado para escrever de verdade sobre a China, né? Eh, porque dentro das coisas, e aí desculpa,
viu, gente? Tem muita gente imbecil que diz que eu falar que eu tenho dúvidas sobre isso, que eu tenho dúvidas sobre aquilo, é ficar em cima do muro. Você ficar em cima do muro, você não sei o quê, você sempre, Gustavo Machado falou no vídeo dele que eu sempre defendo a China. Mentira, Gustavo, eu sempre defendo a verdade, viu? Toda vez que você mente eu falo. Toda vez que você erra, eu falo. Mas tudo bem. Então, eu tomei uma decisão a contra gosto dessa passagem. Eu arquivei um pouco o meu estudo sobre o Brasil, minha
tese de doutorado, né? E o próximo volume da coleção Quebrando as correntes que eu dirijo vai ser título o marxismo asiático e o enigma chinês: socialismo com mercado ou restauração capitalista? interrogação. Neste livro, como é a característica da coleção Quebrando as Correntes, para quem não conhece, publiquei já o Revolução Africana, ontologia do pensamento marxista, o Raça classe Revolução, a luta pelo poder popular nos Estados Unidos e o pátria socialista ou morte, o marxismo caribenho e latino-americano. Nesta coleção, a característica é um prefácio gigantesco, 100 páginas, 90 páginas, 120 páginas, eh apresentando a perspectiva teórica sobre
o tema e materiais clássicos que circulam pouco ou nunca circularam em português, né? Então, a gente vai fazer um livro sobre o marxismo asiático focado na experiência do Vietnã, da Coreia Popular, do Laus, da China e da Índia. ser basicamente um livro focado em cinco países. E aí é claro que o foco do livro vai ser a China, em que eu vou apresentar de maneira sistemática a minha posição sobre a China, se a China é um país socialista ou não, se a China é um país capitalista, como foi que restaurou o capitalismo, se a China
é um país imperialista, qual é a posição da China na divisão internacional do trabalho? de maneira sistemática a minha posição e vou passar em revista todas as principais posições do debate brasileiro hoje sobre a China. Então, por exemplo, vou fazer uma crítica ao livro do Elias Jabu, hã, a obra do Elias Jabu. Vou fazer uma crítica, um diálogo com a obra do Pomar, escrever o enigma eh chinês capitalismo ou socialismo, inclusive o título do livro, até uma homenagem ao pomar, né? Enfim, vou fazer uma crítica, um debate com a obra do LoDo, né? Vou pegar
referências acadêmicas importantes como a produção do Lab China lá da UFRJ, sabe? Então vamos pegar essas posições. Inclusive, Gustavo, se você quiser entrar no livro, é isto, tendo material escrito, a gente consegue fazer a crítica e tal. Então, ano que vem, pós carnaval, já comecei o estudo, já comecei, eu comecei com um levantamento de tudo que Marx falou sobre a China. Terminei esse levantamento. Agora eu entrei numa fase que é ver tudo o que foi debatido na terceira internacional sobre a China antes de chegar na revolução. Eh, então, ano que vem vai a vida o
livro O marxismo asiático e o enigma chinês, socialismo com mercado ou Restauração capitalista. Aí vocês vão poder dizer assim: "A posção do Jones Manuel sobre a China é essa, né? Vai tá lá no texto, tá lá no texto. Então ano que vem a gente vai estar lançando este livro. Então é isto, galera. Peço desculpas pelo vídeo longo, pelo vídeo enorme. Eu já adianto que esse vídeo vai sair dois cortes dele, né? Eh, então se você vai tá vendo os cortes no domingo e na segunda-feira, saiba que você tá vendo um corte, que o vídeo original
é este que tá aparecendo na tela agora. Então, não veja só o corte, veja o vídeo original também. É isso, galera. Um beijo e até a próxima. Ah.