Entrevista com a profa. Dra. Ana Cristina Prado de Oliveira: Direção e Liderança Escolar

e é estamos aqui então carro nossa querida amiga professora pesquisadora no campo da política educacional e gestão escolar gestão educacional funciona cristina prado de oliveira professora da unirio era muito obrigado por ter aceito esse nosso convite para entrevista a professora ana cristina é professora adjunta do curso de pedagogia e do programa de pós-graduação em educação da universidade federal do estado do rio de janeiro o rio é doutor aquela puc-rio onde fez uma brilhante tese doutorado que inclusive recebeu menção honrosa do prêmio capes de tese fez mestrado em educação também na puc-rio e a graduada em

pedagogia pela universidade federal de minas gerais tem uma vasta experiência também na educação básica se dividir atual na educação superior e vamos conversar um pouco com a anna sobre as questões da direção escolar em especial né podemos fazer algumas entradas nessa conversa em outras temáticas correlatas mas o foco é falarmos um pouco sobre a direção escolar é uma muito e de pronto já vou te passar uma primeira questão que é como é que você enxerga como é que você percebe a natureza da função ou cargo né a gente sabe que conforme o lugar direção escolar

entendida como função às vezes com o cargo com a natureza dessa função desse cargo de direção escolas é que que serve a direção escolar nas escolas públicas brasileiras ah tá ótimo bom obrigada ângelo pelo convite né um prazer tá aqui conversando com você que foi tão ponte de inspiração né para ver a pesquisa e tem sido ainda a gente continua né ainda bem né com esses laços de de conversa na pesquisa sobre sobre gestão e política educacional né enfim a gente tem trabalhado né e discutido sobre essa questão do cargo e da função do diretor

escolar né e aqui a gente tá falando é especialmente do diretor escolar das escolas públicas brasileiras uma vez que né é a escola pública hoje é responsável por oitenta por cento atendimento na educação básica no brasil então assim se a gente põe focar né esse papel do diretor escolar das escolas públicas brasileiras a gente tem aí né uma análise legal e constitucional né assim de um cargo o que é um cargo é público né o o público com cargo de carreira enfim que tem uma natureza de vínculo né com seu poder imediato né ou seja

ao município a secretaria municipal de educação a secretaria estadual de educação ou ao nível federal né dependendo do seu vínculo de de atuação e aí a gente pode entender como um papel né que tem uma natureza administrativa e pedagógica né assim a gente entende que o esse servidor público ele passa a ser responsável por uma escola né ele assume né a direção desta escola né ea direção é né ela ela vai estar imbuída né desse essa necessidade de administração de controle de responsabilidade sobre o andamento dessa escola tanto do ponto de vista da administração né

porque tem uma questão da administração dos recursos da administração das pessoas administração do funcionamento dessa escola como também é da responsabilidade pedagógica e social né que essa escola tem para com né as pessoas que vão se beneficiar dela né com os alunos enfim com a comunidade que vai estar se servindo desse bem público né então existe aí uma relação que inclui nessa natureza tanto administrativa como pedagógico e social né no trabalho ou na função né desse servidor público que assumir um cargo na seja ele né tentando ele indicado para esse cargo ou é participar de

uma consulta enfim a gente não é depois pode conversar um pouco mais sobre sobre as formas como esse diretor é escolhido para chegar né a essa função exercer essa função mas é independente da forma como ele vai chegar lá né assumir a escola pública no brasil ele tem que ele ele estar né assumindo compromisso público né enquanto servidor público né de não tá prestando né uma função que envolve toda essa natureza política também né porque ele vai estar sendo representante e vai ser representado né nesse nesse processo é de interação e de mediação entre o

poder público né entre a secretaria de educação a secretaria municipal de educação secretaria estadual de educação e poder público ea comunidade então existe uma relação aqui é mediada né por ele muitas vezes nem ocupa esse papel de mediação é entendendo que esse trabalho né de dirigir uma escola envolve então essas essas competências de natureza tanto administrativa quanto pedagógico social a gente trabalhar um pouco dessa forma eu acredito que é ainda com relação a função né desse desse servidor ainda é a gente ainda tem muito para avançar ah entendi é discussão a nível nacional uma vez

que não é fica muito a cargo de cada sistema definir quais seriam as funções e até mesmo é a forma de escolher esses diretores é mas a gente tem né alguns alguns entendimentos mínimos né que vão sendo colocados preço diretor ao longo da sua trajetória né que envolve inclusive mais recentemente né uma uma responsabilização com relação aos resultados de aprendizagem dos alunos ou né a prestação de contas é com relação aos projetos que que financiam né que que vão estar é aportando recursos na escola enfim tem uma série de encaminhamentos que vão sendo a acoplados

né a função do gestor escolar desse diretor é que muitas vezes ampliam é o sua função a administrativa ou a sua função pedagógica enfim e vão meio que puxando o diretor para muitas atribuições dentro da escola você que nós colocamos responsabilidade excessiva sobre a diretora sobre diretor então sobre a direção escolar no que se refere as dificuldades os problemas e bem como os resultados ou como é que você vê essa questão é eu acho que em paris em várias áreas né não só com relação aos resultados nas avaliações enfim eu acho que tem várias situações

em que o diretor da escola acaba sendo útil a última pessoa que responde né por aquela escola né seja pô a questão é até mesmo de uso dos recursos financeiros né muitas vezes o diretor depois é mesmo depois de não ser mais diretor ele ainda é responde pela sua administração é o seu cpf fica vinculado né a sua prestação de contas então é às vezes por um erro uma falha na prestação de contas involuntária ele pode também ser responsabilizado né por aquilo enfim é como a gente tem acompanhado também em algumas situações aconteceram algumas situações

no estágio né dos meus alunos que acabaram gerando uma série de debates né aqui também na universidade com relação a responsabilidade do diretor é que no município do rio de janeiro na rede municipal é ele existe né uma regulamentação que diretor ele tem que ficar na escola até o último aluno sair da escola então se por exemplo uma família é atrasa por algum motivo esquece de buscar a criança ou enfim qualquer que seja se tu o diretor quem tem que ficar né com a criança na escola e não pode passar essa responsabilidade para nenhum outro

funcionário então acho que existe várias situações né em que existe uma sobrecarga de responsabilidade para essa função né para esse é funcionar o preço diretor é acho que mais recentemente né que no nosso contexto a divulgação de resultados nas avaliações em larga escala por escola né depois da prova brasil então mais recentemente após 2005 deu maior visibilidade para uma outra questão né também da responsabilidade do diretor o que poderia ser da responsabilidade do diretor dependendo da interpretação que se faz né desse é dessa questão da função da escola e de como está sendo avaliada essa

função da escola né então se a gente entende que a função da escola seria né ofertar uma educação de qualidade né fazer com que os alunos né todos eles aprendam que deveriam aprender durante as escolares o básica é existe uma avaliação que tá tentando fazer a menstruação desse processo é a você é atribuir né a qualidade desse resultado a a uma responsabilidade na do diretor somente eu acho que é no mínimo né estatisticamente errado assim não é um pelo menos um erro estatístico mas chega a ser né injusto é até porque a gente sabe que

os resultados né então a gente já vamos ver se apresente uma série de outros fatores que são né e números das variáveis que vão influenciar os resultados apesar de que hoje a gente sabe né com as pesquisas estatísticas e quantitativas que existe sim uma parcela desse essa variação de resultados poderia ser explicado por algumas características do trabalho do diretor escolar mas com isso né assim com essa explicação a gente não pode reverter né o processo da pesquisa e falar não então a culpa era direção a gente precisa ter um diretor xyz formados xyz para que

os resultados sejam melhores aí esse é um erro muito comum né na leitura de resultados de pesquisa não lembro uma vez que eu fui entrevistada depois da tese uma secretaria de educação e e a pessoa que tava entrevistando palavras não mas então me fala o que que o diretor tem que fazer para o resultado da escola melhorar e eu tentava explicar hora mas não é assim não mas eu sou pesquisa diz que a direção faz diferença falei não é verdade a gente né concorda com essa afirmação a direção da escola pode fazer uma diferença importante

né para o trabalho geral da escola inclusive para o resultado de aprendizagem dos alunos mas não existe uma receita se não tá x + y e a gente tem o resultado z né então assim a gente não consegue né fazer isso mas vamos interpretações às vezes muito apressada né de resultados de pesquisa ou até mesmo do próprio o resultado do ideb né então a escola caiu aí então é porque mudou a direção a gente não sabe né mano uma matemática assim tão direta mas existe uma tendência né de responsabilização em alguns casos para os professores

em outros casos né para os diretores após acho que a divulgação mais maciça dos resultados então acho que a gente tem que tomar muito cuidado né na hora de fazer a pesquisa de fazer o desenho da pesquisa de fazer a interpretação desses dados a gente conversar né nas escolas na secretaria sobre esses resultados para não cair em uma leitura muito apressada né muito rápido aqui correria né com o risco de fazer um excesso de responsabilização né para direção escolar não é que a direção não devo não deva se sentir responsável pelos resultados de aprendizagem de

seus alunos dessa deveria ser a preocupação primeira né do trabalho da escola daí que tá escola como um todo mas o resultado ele não pode ser é mentira ou diretamente a um trabalho da direção escolar mas que tem que fez com muito cuidado né e concordo eu acho que em alguns momentos assim não só nesse sentido mas existe uma uma sobrecarga né do trabalho de direção né então não existem casos né e eu vou falar muito aqui do rio de janeiro que é onde eu tô vem atuando atualmente aqui no município do rio de janeiro

a equipe de gestão escolar é muito pequena né então a gente tem é um diretor um diretor adjunto coordenador pedagógico somente na escola então é essa equipe de três pessoas ela é responsável uma escola tem a ela 200 alunos ou tem ela me o aluno ele tem escola que tem 1.200 alunos na rede municipal e atenda só educação infantil atendendo a educação infantil ao 9º ano então é né em algumas escolas sim que a gente tem feito pesquisa atualmente né esse é um desafio enorme porque o gestor não é uma equipe de gestão é de

três pessoas dá conta de 1.200 alunos na faixa etária da educação infantil no ano que às vezes até com esse ela também é assim surreal então você né responsabilizar essa equipe de direção para o resultado né de um trabalho que ele não tem nem condições na estruturais de realizar também é um pouco injusto né você não acha aqui parte dessas questões a cobrança da responsabilização da direção escolar pode estar articulada a ideia a expectativa que a gente tem da liderança não é você é a minha especialista favorita nação da liderança e na vida você tem

dado bastante com isso fez uma brilhante tese trocando essa temática me fala um pouquinho sobre a liderança da direita para nós falar isso é um fenômeno e era produção do indivíduo isso se desenvolve socialmente é desenvolver um pouco essa ideia explica para gente um pouco o que é isso tá bom entendi essa muito que são importantes né eu acho essa é a gente muitas muitas vezes na educação a gente evita né esse termo da liderança pode uma falta de aprofundamento né eu acho que a gente precisa né tanto do buscar ajuda tanto na área da

política quanto na hora da psicologia enfim para poder tentar entender ou até mesmo administração para tentar entender um pouquinho melhor né esse esse conceito né é eu acho que a gente pegar nenhuma perspectiva do campo da administração é a gente entende que a gente teve diferentes abordagens né ao longo do tempo para essa para entender a questão da liderança e para poder fazer a formação né para a liderança é eu acho que essa essa ideia da liderança sem nada ser uma característica né do carisma da pessoa é de um traço de personalidade da pessoa ela

tá muito relacionada a mensagem é já não tão presente nessa discussão nem na área da administração e da psicologia né que seria uma abordagem que seria da personalidade né então cara é ou não é líder ele nasce ou não nasce líder ele ele é ele pode ou não exercer essa função dependendo de uma característica que é dele é depois disso vieram outras abordagens ao longo do tempo para entregar abordagem comportamental e filho que aí é se analisava o comportamento aí você tentava um pouco mal comportamento de um indivíduo para liderar enfim e várias outras nec

ea educação de uma certa forma né quando a gente vai olhar a questão da liderança no campo educacional acaba pegando um pouco emprestado esses caminhos né então eu acho que no campo da educação as abordagens é transformacionais ou situacionais são as que mais se incorporaram ao discurso da gestão escolar o preço mas que no brasil é uma excursão um pouco mais recente né então assim o campo da administração é escolar né adotar primeiro né essa nomenclatura da gestão e a partir daí né discutir né como se desenvolve o papel de gestão né o papel do

gestor né é de um espaço que é escolar que é muito diferente né de outros espaços administrativos justificou talvez assim trouxe a necessidade de discutir óleo mas a pessoa que está à frente de uma escola ela também exerce um papel de liderança mas e aí como é que essa questão da liderança esta liderança ela vem com o sujeito né ele tem ou não tem e aí eu acredito que a essas abordagens né transformacionais e e situacionais enfim foram as que mais é tiveram né adesão na discussão né do da liderança escolar porque elas consideram o

primeiro que não que não que liderança não é uma característica inata que o sujeito ele pode desenvolver ainda que a gente possa entender que por traço de personalidade uma pessoa possa ter mais vocação mais propensão mais facilidade porque tem uma personalidade mais é comunicativa ou uma personalidade mais negociadores enfim que tão que essas características pessoais facilitaria o desenvolvimento de um exercício de liderança porque ele pode ser né é aprendido e que ele é essa é uma questão que o leite né que é um autor que trabalha muito liderança escolar né um canadense é ele ele

fala né sem antes de entrar na casa da liderança é escolar a gente entender que a liderança enquanto o liderança né enquanto conceito ele é um conceito que ele é conte conte geninho acionável contingencial e contextual né ele ele depende do seu contexto e ele e ele se a da e dependendo da situação que você está vivendo naquele momento então é essas essas abordagens nessas essa principalmente essa situacional e essa bota abordagem transformacional que é implica né na adaptação do sujeito dependendo do seu contexto e na proposição é daquele papel do líder enquanto a pessoa

que está mobilizando um grupo de pessoas por um objetivo comum né que lidera né que está à frente de uma pessoa de um grupo de pessoas para um objetivo comum ela está presente no exercício da direção da escola né a perspectiva que mais tem sido discutida no campo da educação para entender isso é que ela depende muito né eu acho que nem alguns textos mais recentes trazem isso né assim é a a liderança escolar ela vai ser dependente do contexto onde ela tá sendo exercida né o melhor porque na e até mesmo eu comecei um

pouco a gente que são acho que a gente precisava lançar um pouco mais né né a lei tudo mais atentado né caminhar nessa direção mas a gente discutir um pouco isso assim uma das diretoras que eu pesquisei na parte qualitativa ela se tornou uma diretora mais disciplinadora enfim ela era características mais presentes na sua atuação mas tinha todo um contexto não é uma história por trás da sua formação quanto diretora que a levou né a exercerem uma liderança um pouco mais é disciplinador o wi-fi mas é atuante nessa na questão disciplinar da escola e enfim

e aí no teto que isso varia muito dependendo do contexto ou da situação mas eu acho que isso é construído eu acho que é tanto as habilidades para liderar né e uma das habilidades que tem segunda discutidas também né nesse campo é de habilidade de influenciar né pessoa e no campo da liderança para o bem comum que está sendo proposto pela meta com muita sendo proposta para aquela escola é ela ela faz parte né do processo acho que é de informação tanto é prévia do do sujeito né na sua formação inicial e final seu exercício

é de ser liberado também né porque muitas vezes a gente sabe que o diretor um vice-diretor ele foi o professor então ele me deu a experiência também de ser liderado né de estar do outro lado então é e no dia a dia né assim eu acho que o exercício da da direção ele vai vai pouco mando algumas características e habilidades de liderança que eu acho que é inerente habilidade das desculpa ao trabalho da da direção escolar e nós sabemos que não existe uma sabemos não há uma certa controvérsia inclusive acerca do fácil de que se

apontam tendo seu aparelho então uma forma ótima de gestão escolar ou dedicação nos falar isto é estudar para descobrir um jeito que era um pouco a pergunta que a pessoa que tem educação fazia para você né se você for relatar vai mas eles não tem muito o que eu preciso fazer o diretor precisa fazer qual é a forma ótima para colecionar a questão mas é até porque você estudou isso e você já interessava agora na questão anterior a diferentes tipos de liderança é e em que medida esses de a própria ideia de liderança e esses

diferentes tipos corroboram dificultam facilitam ou atrapalha o desenvolvimento não só do ponto de vista da organização geral da escola mas se não que o próprio enfeita o condicionar o a tradução do prefeito de funcionar um prática da gestão democrática e como é que a gente associa a ideia dos diferentes tipos de liderança ea gestão democrática da escola é essa esse é bem importante né sim porque várias pesquisas tentaram né definir alguns acho que alguns perfis de liderança o tipologia de liderança sem fim e acho que na esteira né desse dessa definição algumas alguns outros estudos

buscavam é meio que classificar então observo é a durante um tempo faço funcionários enfim né a faça uma pesquisa nas escolas e a partir das respostas eu levo um questionário pensado para isso para uma entrevista pensada para isso eu vou classificando os diretores nessa ou naquela tipologia né então esse é um é um diretor muito como liderança pedagógico é um diretor que uma liderança mais administrativa ou relacional enfim que foram né geralmente as tipologias mais comuns as pesquisas aqui no brasil mas nos estados unidos e na sua o saxônicas forma geral a gente encontra muito

liderança transformacional liderança instrucional a ser leadership né que seria mais parecida como gestão democrática nessa uma liderança que é mais compartilhado enfim e depois de um tempo acho que você precisa começar uma vez que nenhum diretor ele é o tempo inteiro só liderpedagogicos ó líder administrativa até porque é exigido dele fazer outras funções ele pode até gastar mais tempo para investir mais seu tempo na direção nas atividades administrativas ou nas atividades mais pedagógicas ou relacionais e tem mais é ele acaba tendo que exercer todas elas e e alguns estudos mais recentes né tem mostrado que

é a a forma híbrida né de fazer se esse exercício de liderança quer dizer saber a hora que eu tenho que ser um líder administrativo por exemplo e eu tenho que sim né sei o responsável por ou distribuir as funções ou checar né todas as atribuições que em determinados para aquela escola ou cuidar né de processo mais burocráticos mais porque eu respondo também por isso que tem hora que eu tenho que sim né monitor ao como na escola tem feito seus processos curriculares pedagógicos-didáticos enfim essa né contextualmente né a hora de agir é muito mais

importante do que ser um líder só pedagógica que durante muito tempo a liderança situacional que você quer saber de nada mais pedagógica ela foi tida como a liderança que tivesse mais importância né esse é o tipo de liderança que a gente precisa né gente precisa de um diretor que seja aquele diretor instrucional ou pedagógico que é o diretor que tá muito é voltado né para as questões da aprendizagem dos alunos o que se preocupa mais com a seleção do ensino e da aprendizagem das pesquisas mostravam que esse era o tipo que tinha mais efeito né

no resultado final da escola é mas aí observando né mais oi gente é você olha que esse direto às vezes não era um tempo inteiro só pedagógicos é e eu sempre me lembro de um diretor de escola que depois que foi para um carro com mais administrativo na secretaria de educação é conversando com a gente uma vez ele falou assim para mim até a compra do papel higiênico na escola é uma atividade pedagógica porque se não tiver um papel higiênico na escola na escola não funciona então eu penso que a escola funcione porque o aluno

aprenda o banheiro tem que funcionar então para mim também essa é uma decisão pedagógica então a gente a gente até discutiu muito isso né no grupo de pesquisa aqui aí né comprar carteira para escola né definir o mobiliário da escola consertar uma goteira botar uma ar condicionado aqui no rio de janeiro né todas essas são decisões que são meramente administrativos ela também tem pedagógico coração decisões administrativas que vão ter impacto na funções pedagógicas né e e aí então assim eu entendo que é o diretor que esse é o ideal que eu acho que não não

existe né assim a gente não né mas a gente pode pensar numa tipologia de apresentar chegar lá seria esse direito aqui consegue é entender e atuar nas forma contextual e de acordo com o seu com a sua situação né situacional ele é e saber a hora que ele tem que sim né ser mais é enfatizar mais uma liderança pedagógico tem hora que não agora a gente tem que cuidar dessa parte mais administrativa e sou eu que tenho que ir lá responder mas principalmente que ele consiga também dividir nessas funções na escola porque ele não vai

dar conta de tudo né assim é e sempre me preocupa muito quando a gente vai na pesquisa ou vai na escola enfim o e precisa conversar com o diretor ea zona mas eu não posso falar com você porque se eu sair da escola escola para isso para mim preocupa sem ser o direito que sai da escola escola para então né a escola depende só de uma pessoa né tá sendo e nada na direção de uma pessoa né o diretor ele tem que dar conta também de atribuir para as outras pessoas da escola funções até por

aquele consiga né fazer tantas coisas ao mesmo tempo como geralmente é esperado dele né o que você acha que a forma como essa pessoa foi escolhida para ocupar esse lugar tem uns ela concursada tendo sido ela indicar a tendo sido eleita ou algum outro mecanismo que mescle tipos diferentes disto tem algum impacto tá construção dessa dessa dessas diferentes formas de liderança e consequentemente de condução do trabalho da escola a depois eu vou perguntar o que que você prefere se você para fazer definir a política de escolha mas será que você quiser mandar pode também o

auxiliar sabendo que no último o ideal né tem a ver com a pressão como você dizia da a contextualização do reconhecimento da conjuntura em que as coisas acontecem mas é a diferentes formas de escolha que influência elas têm na posição dessas lideranças da condução da escola e o que você acha que seria o mais adequado pelo menos na realidade que você conhece mais diretamente no rio por exemplo eu a e aí eu acho que tem com certeza né assim a gente fez algumas pesquisas nessa linha mas eu acho que elas não são né totalmente exaustivos

a gente tem outras pesquisas também mostrando né algumas algumas alguns achados na hora de sentido assim principalmente no brasil quando a gente pode de uma certa forma polarizar né algumas modalidades de escolha de diretores como modalidades mais com mais participação ou com menos participação da comunidade escolar no processo né então por exemplo a gente tem uma tradição nelo brasil de fazer escolha de diretores através de indicação política ou técnica né o principalmente a indicação política e ela ainda persiste apesar de todas as a indicações né mais recentes né sobre a gestão democrática uma participação da

principalmente é mais especificamente lá no pn atual né da e são né da pedido né de que a comunidade participe desse processo acho que se leve em conta também né a consulta comunidade para a escolha desse diretor que acaba sendo nomeado pelo poder público né mas o processo até chegar essa nomeação é pode passar por diferentes caminhos é esse caminho é da indicação política muitas vezes ele está atrelado com a escolha do prefeito da cidade por exemplo né quando a gente tá falando das redes municipais que é onde a gente tem maior problema nessa questão

né da indicação dos diretores através do cargo político para outra ou seja de um vereador o secretário de educação ou em fim de uma combinação entre eles ea prefeitura enfim você tem ali um vínculo que ele passa a ser um vínculo é com aquele partido político né ou com aquela pessoa que tá exercendo a função é a e naquele momento e aí quando acaba o léo cargo dessa dessa pessoa desse prefeito dessa secretário de educação esse diretor não está mais né vinculado aquela escola porque você vem com ela com a escola no partido político ou

com prefeitura então você troca todos os diretores de escola e em alguns casos de municípios é aqui no brasil principalmente né a gente fez o levantamento desses recentemente assim isso acontece com muito mais frequência e nos estados do amapá do maranhão é da bahia algum tempo atrás até algum tempo atrás melhorou nos últimos anos mas nas redes municipais é desses estados você tinha né praticamente 90 por cento oitenta por cento nas últimas medidas de diretores sendo indicados né para os seus cargos é e aí existe uma questão que essa construção né do vínculo com a

escola né que para começar um pouco na conversa e com relação à questão da representatividade né a gente trabalhou um tempo com os os professores aqui da cidade de duque de caxias município de duque de caxias aqui na região metropolitana do rio né na baixada e a gente é ir lá os diretores é foram indicados neto a recentemente é que agora mudou a forma de escolha de diretores mas a queixa principalmente dos professores era falta de vínculo né de história daquele diretor com a escola e que você sabia que o diretor ia chegar né e

ia daqui a quatro anos ele ia sair então é a escola perdi um pouco a questão da identidade não é por mais que você tenha aí eu acho importante ter um teto né um mandato para o diretor ele vai ser não vai ficar na escola entre infinitamente mas ainda que ele possa ser relevante acho que têm que ter um limite para isso mas é você você você cria né é um projeto para aquela escola você vai para aquela escola é um vínculo com aquele grupo aquela comunidade e quando você passa por um processo que envolve

a consulta comunidade de uma certa forma você legítima né a sua né a vontade da comunidade que você esteja ali naquele cargo então é a sua o seu exercício de liderança para aquele público na para aqueles cobra aqueles alunos ele está legitimado com uma vontade da maioria pelo menos né da população daquela daquela comunidade que te escolheu para tá ali tem uma consulta comunidade que passa por essa questão de representatividade e da lei de legitimação né é da escolha daquela pessoa que vai assumir mas eu acho que ela não é suficiente né porque eu acho

que a gente poderia né e aí já chegando essa última questão né que você fez agora eu acho que a gente poderia fazer um processo misto né que incluísse tanto a comprovação de um time preparação técnica e e se ao né desse profissional né seja através de sua experiência como docente da sua formação inicial e continuada em fim da apresentação de um projeto de gestão para aquela escola quer dizer você tem aí né uma conjugação de experiência né e de formação e de capacidade técnica daquele profissional com uma consulta à comunidade né porque eu até

falei agora mesmo ele começa a gente sabe que é uma consulta já que ele vai ser no final das contas nomeado ou não pelo poder público mas eu acho que a gente poderia né pensar eu acho que é esse encaminhamento inclusive na do pnr e eu acho que a gente tem caminhado nessa direção né acho que com passos ainda muito né devagares e tal mas eu acho que a gente conseguiria né uma é impossível melhor escolha né para essa função que é tão importante para das escolas e aí e os processos de seleção técnica não

é concurso do seleção seja numa no conforme a cura diz que parece as como falar combinada com o com indicação ou mais normalmente com eleição consulta como você mencionava que é o modelo que tá no premiere eles têm esbarrado na prática ana na minha na minha leitura numa uma incapacidade técnica de fazer a escolha fazer a seleção zé quais critérios técnicos a o administração pública vai mensurar para saber se o ângelo que a professor da rede municipal de curitiba pode ou não habilitar-se a ser diretor aquele que tipo de prova de concurso é essa tô

dizendo isso porque seja de um lado é algumas experiências concretas como a do estado do acre por exemplo onde as pessoas fazem um cursinho online e no final é uma prova online que as habilita ou não para fazer o concurso para depois candidatar-se teresópolis a noite todo mundo é aprovado por que não faz ele cola se quiser no google não seleção onde eu tive recentemente a experiência de participar de um projeto parecido no a prefeitura mais de municipal aqui próximo a no município de paranaguá onde é a minha tarefa era participar do processo de formação

os de organizar o processo de formação que os que quisessem ser diretores queremos fazer essa formação uma formação até longa e ao final tinha uma prova a prova era mais porque eles queriam ter uma prova mas todo mundo passou na prova mas o curso foi interessante eu achei que talvez ela um pouco de desperdício de dinheiro público na que você diga que não curte para muita gente sendo que poucos o fim das contas seriam de fato interesse mas da perspectiva da formação continuada um dos trabalhadores em educação foi muito interessante discutir questões sobre a política

educacional sobre a gestão educacional sobre gestão escolar sobre o cotidiano da escola é importante para todos os docentes independente de no fim das contas serem ou não é diretores poderão até era o caso de vaso ela não quer aprendi que eu não quero ser diretor que é isso aí não mas de qualquer maneira eu tenho verificado nas experiências concretas a vocês incapacidade e incompetência a dificuldade técnica de fazer essas provas de seleção que que você pensa disso é eu acho importantíssimo na tocar nessa questão porque eu acho que ele vai para uma questão da gestão

é do sistema né dos sistemas educacionais né que estão com muitas dificuldades de realmente implementar né isso essa meta 19 né do pn é de uma forma que seja realmente eficiente né tem uma professora amiga que da ufrj daniela pati né que você conhece era da paz que tá é uma pesquisa nessa linha né assim como que os municípios as redes municipais têm feito para implementar esse processo né das escolhas e diretores até porque não existe assim né uma definição prévia do que que vai ser primeiro né você vai ser a consulta à comunidade primeiro

e depois a comprovação técnica ou demérito enfim é e aí aqui no município do rio por exemplo houve uma inversão né na versão mais recente da prefeitura você eles inverteram a ordem então primeiro agora você tem a consulta à comunidade e é claro que a pessoa para se candidatar a diretora ele tem que ter tido por exemplo experiência de cinco anos com professores da rede tudo mais mas só depois de passar pela consulta à comunidade é que ele vai apresentar o projeto de gestão para escola que era isso antigamente era anterior né ele vai apresentar

meu projeto é é uma banca aí se o projeto fosse aprovado aí sim ele com correria né e passaria para consulta comunidade quando você inverter o processo aí você meio que é perdeu um pouco a força né a questão da elaboração e apresentação desse projeto né porque de uma certa forma ele já tá ali ele e o que a gente tem acompanhada que alguns casos os diretores apresenta um meio que qualquer coisa né tem tem alguns alunos que vão fazendo pesquisa sobre o texto desses projetos e tinha sido combinado né não no edital é com

brasão tela explícito vegetal que haveria depois né uma acompanhamento desse diretor no primeiro ano né de carreira né o dia que interessa o meu aquela escola e isso não tem acontecido então assim eu acho que sim assim a secretaria se não tem muita dificuldade de definir como vai ser esse processo eu acho que em alguns tem alguns pontos comuns como a questão da experiência prévia né do diretor e é na carreira docente né o na secretaria de educação enfim é como uma possível comprovação led um de uma capacidade é técnica e profissional né anterior de

conhecimento de escola mas é o que necessariamente vai ser cobrado né para que esse essa pessoa se candidate ao cargo de diretor né você se apresente para ser diretor e não tá como até porque eu acho que não tá muito claro que a gente nem espera desse profissional se eu acho que falta também clareza é até para definir né os processos de escolha o que a gente tá esperando desse profissional e eu acho que é quando a gente vincula por exemplo a escolha do diretor a uma formação continuada seja anterior né aí ele assumiu o

cargo ou não é concomitante né então assumir o cargo de diretor mas ele se compromete a fazer né junto à secretaria um curso e continuada com você né tava dando exemplo de algumas situações eu acho que a gente tem que pensar muito né na escolha como você disse é o curso foi foi bacana foi legal esse foi efetivo existe um investimento público né nesse nessa formação então eu acho que ela tem que ser muito bem cuidada né assim a gente tem que pensar muito nos critérios né enfim na forma como essa formação está sendo posta

porque eu acho que a gente pode mostrar a forma queimar recursos nesse sentido de que é a gente tá querendo né escolher bem esses diretores a gente está querendo fazer uma formação que seja né que acompanha esse profissional e que realmente vai fazer sentido para sua da sua trajetória mas muitas vezes é eles mesmos não não estão sendo ouvidos nesse processo então eu acho que esse diálogo como você tava dizendo ganhar nem todos que estavam lá e os diretores ou pretendiam ser diretores ou acabavam né se se tornando diretores eu acho que esse tipo de

conversa né com os participantes do curso é esse acompanhamento esse monitoramento acho que faz parte de um processo que ele é dia lógico né que aí você aí sim faz sentido né faz muito mais sentido do que esses é a gente vê muito né secretaria de comprando os pacotes muito prontos eh então então esse é o curso dos diretores assim sem você nem conheceu o contexto né de ser diretor né é aqui né numa escola do rio de janeiro que está localizada na avenida atlântica é muito diferentes e diretor de uma escola na rocinha que

dirá ser diretor de uma escola aqui do rio de janeiro não tem uma escola lá no acre né pois é um exemplo que você deve então a gente tem que entender que se a gente está pensando né que acelerando ela vai ser contextual ela vai ser situacional a gente precisa também entender o contexto do sujeito que a gente tá querendo formar em que o atores né enfim é eu acho que a gente ainda tem muito a avançar enquanto o projeto político né para definir melhor a escolha desse profissional era muito muito obrigado né deixa aqui

um abraço a distância para você então sua contribuição e saudade dessa minha querida amiga arruma encerrando a entrevista por aqui e a gente se fala obrigado pela colaboração com a gente eu que agradeço mas obrigada pelo convite um abraço