salve galera beleza Hoje nós vamos falar um pouco sobre a importância do ato de ler a partir do clássico texto fala de Paulo Freire no dia 12 de novembro de 1981 no Congresso Brasileiro de leitura que foi realizada em Campinas Então nós vamos comentar alguns pontos alguns elementos deste texto é interessante lembrar que Paulo Freire estava desde 1964 em condição de exílio ele condenado considerado subversivo então é obrigado a ficar fora do Brasil no período do regime militar ele volta no ano de 1979 em Viracopos foi um evento a fotos né tudo mais dessa corrida
de Paulo Freire mas vamos para o texto importância do ato de ler é um texto em que Paulo Freire de imediato já fala e já faz a correlação entre a prática pedagógica e Ação política ou seja ele já declara que a prática pedagógica é uma ação política pensando na ideia de política como fazer parte da polis de fato a educação a pedagógica É sim uma ação política há uma discussão tremenda sobre isso que na educação não deve haver política é impossível porque todas são humana é uma ação política isso desde Aristóteles quando vai definir o
ser humano como Zoom políticos animal político já esse debate a questão que pode ser feita é que tipo de política qual contexto de política para que a política mas aí é uma outra discussão e nós vamos voltar aqui então para aquilo que Paulo Freire traz na obra a importância do ato de ler então ele vai dizer que o ato de ler ele pressupõe uma compreensão crítica do que né dado o contexto em que se está inserido da comunidade por isso aí o ato de ler pressupõe a convivência o conhecer onde se está então ato de
ler não é meramente uma decodificação de palavras é mais do que isso é uma capacidade crítica de domínio da inteligência do mundo e aí para isso é preciso fazer a leitura do mundo que antecede a leitura da palavra isso é muito forte na obra a leitura do mundo então ela vai anteceder a leitura da palavra que mundo o contexto em que se vive a realidade em que se vive isso antecipa a própria leitura da palavra decodificação no caso nesse sentido Paulo Freire Deixa claro que linguagem em realidade são elementos que estão totalmente relacionados totalmente conectados
digamos assim e texto sempre está num contexto então a leitura da palavra pressupõe a leitura do mundo porque a palavra está inserida no mundo e o mundo é o contexto Qual o contexto da palavra que nós lemos o ato de ler Paulo Freire vai dizer que faz com que ele exercite o reler a própria existência isso aqui é muito bacana é muito interessante no texto porque Paulo Freire ele faz esse movimento de releitura de si releitura da própria vida releitura da releitura do percurso do currículo vida dele de quem ele é como ele foi se
constituindo enquanto sujeito enquanto pessoa o ato de ler é reler a própria vida o ato de ler é ler o mundo ainda que sem ler as palavras e aqui é bem interessante quando ele disse que o ato de ler então é ler o mundo ainda que sem ler as palavras as palavras a decodificação vai ser sempre consequência dessa capacidade de leitura do mundo dessa convivência que gera a possibilidade do levantamento aí das realidades dos problemas das problematizações a partir de tudo aquilo que gera inquietação e a medida que gere inquietação gera problemas e a medida
que gera problemas exige então a tomada de consciência exige a práxis o movimento de transformação Então veja que esse texto ele é curto mas ele traz uma grande síntese do pensamento de Paulo Freire E aí ele vai fazer a busca da memória dele enquanto alguém que foi que passou pelo processo de leitura do mundo para depois fazer a leitura da palavra e é bonito que ele começa a retomar a casa que ele nasceu a infância como foi se dando os processos de formação e matures maturidade dele enquanto o sujeito e é um ponto que eu
vou trazer aqui a leitura do livro quando ele foi Alfabetizado né Ele disse que foi Alfabetizado no quintal da casa pelos pais e a leitura da palavra da frase é foi consequência de toda uma leitura de mundo vamos ouvir aqui o trecho foi Alfabetizado no chão do quintal de minha casa a sombra das Mangueiras com palavras do meu mundo e não do Mundo Maior dos meus pais o chão foi meu quadro negro gravetos o meu giz bonito né Então tá aqui né Essa é a edição que eu tenho está na página 15 quando ele diz
isso E aí também ele faz uma homenagem a Professora Eunice primeira professora que ele teve que depois acaba até desaparecendo e ele sente a dor dessa dessa ausência mas ele vai agradecer no sentido de que mesmo quando ele vai para escola Essa professora não nega para ele a leitura do mundo e aí ele vai cunhar aparece a expressão palavra mundo então palavra mundo é esse ato de ler o mundo e aí assim a palavra no sentido de retroalimentação Então não é apenas uma memorização mecânica o que importa vai dizer Paulo Freire é aprendizagem profunda E
aí eu vou ler mais um trecho aqui do livro que é bem interessante tá na página 17 dessa edição aqui que eu tenho a memorização mecânica da descrição do objeto não se constituem conhecimento do objeto por isso é que a leitura de um texto tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memorizá-la nem é real a leitura nem dela portanto resulta o conhecimento do objeto de que o texto fala então aqui essa provocação que ele faz da necessidade de uma profundidade da leitura e não cair numa armadilha que ele vai trazer
o termo que é magicização magicização da palavra então ele vai criticar isso mas é importante destacar que ele não nega viu o conhecimento o domínio epistemológico pelo contrário ele ainda faz questão de destacar isso eu vou ler mais um trecho página 18 parece importante com tudo para evitar uma compreensão errônea do que estou afirmando sublinhar que a minha crítica A magicização da palavra não significa de maneira alguma uma posição pouco responsável de minha parte com relação a necessidade que temos educadores e educandos de ler sempre e seriamente Os Clássicos neste naquele campo do Saber de
nos adentrarmos nos textos de criar uma disciplina intelectual sem a qual inviabilizamos a nossa prática enquanto professores e estudantes E aí ele vai até falar né que nas práticas dele de professor de língua portuguesa ele trazia Gilberto Freyre Lins do Rego Graciliano Ramos Jorge Amado e ele segue fazendo aquilo que ele mesmo dá o título de arqueologia da vida dele até que ele vai destacar o papel da alfabetização de adultos que é de fato movimento que ele vai se dedicar desde Angicos passando por outros países né com destaque a São Tomás impringe que ele até
comenta no texto aqui neste mesmo livro e aí ele diz o seguinte alfabetização de adultos é um ato político mas é um ato político criador né não é possível reduzir alfabetização a leitura de palavras sílabas ou letras Sem a ação do sujeito negando a história negando o mundo negando o contexto alfabetização então não pode ser uma negação do alfabetizando o educador não pode anular a criatividade de quem está aí nesse processo da alfabetização E aí cito aqui mais um trecho da obra em que ele diz página 19 alfabetização é a criação ou a montagem da
expressão escrita da expressão oral esta montagem não pode ser feita pelo educador para ou sobre o alfabetizando aí tem ele o momento de sua tarefa criadora tão bem interessante E aí ele sempre nessa tese da leitura do mundo que precede sempre a leitura da palavra porém a leitura da palavra implica Na continuidade da leitura do mundo e aqui a gente pode dizer assim que há uma dialética uma retroalimentação ao ler o mundo se aprende a ler a palavra a palavra nos ajuda a compreender melhor o mundo por isso a palavra mundo então aí a grande
força dar argumentação de Paulo Freire no sentido que a medida que eu domino a leitura da realidade eu vou ter mais elementos e subsídios e força para compressão da palavra e a compreensão da palavra vai me possibilitando melhores leituras do mundo mais críticas enfim ele é um teórico crítico né Não tem como negar isso é interessante que ele vai chamar atenção que diante de tudo isso é preciso a transformação do mundo no próprio livro ele traz as teses de Karl Marx em que ele as teses sobre forma que ele vai dizer assim olha são é
um texto de duas páginas e meia mas diz muito então eu tenho que dizer muito e dizer muito significa transformar a realidade a palavra o conhecimento deve vir carregado então de significado da experiência existencial do educando e não apenas do educador né Então aí ele vai dizer também fechando o seu texto trazendo um pouco grammet que nós a medida que trabalhamos a leitura do mundo e a leitura da palavra trabalhamos uma ação contra hegemônica porque isso possibilita né A medida que as pessoas têm o domínio da leitura do mundo da leitura da palavra um questionamento
uma provocação uma atitude crítica Então você ao conviver identifica naquela realidade naquele contexto os problemas as questões que movimentam que provocam as pessoas isso possibilita todo o movimento de diálogo de conscientização de crítica de propostas de transformação e a medida que há essa esse movimento há também aprendizagem aprendizagem a partir da realidade A partir do contexto que as pessoas estão inseridas então isso aqui é uma síntese geral dessa obra a importância do ato de ler o ato de ler então é sim ler a partir do mundo assim compreender na palavra e nessa grande síntese palavra
mundo ter também a capacidade de reler a própria história isso é muito bacana que Paulo Freire faz porque a medida que ele coloca a história dele nesse movimento Há também um convite para que nós possamos colocar as nossas histórias as nossas memórias como que se deu aí o nosso processo de alfabetização e como que ainda está ocorrendo porque alfabetização nesse sentido ela é um processo muito amplo porque sempre estamos aprendendo a fazer a leitura do mundo e sempre estamos aprendendo a fazer a leitura da palavra por isso somos eternos aprendizes Nós não sabemos tudo nós
vamos aprendendo a cada realidade A cada novo desafio E aí isso vai suscitando e provocando Nossa prática como educador como Educadora enfim um pouco aí essa Perspectiva da importância do ato de ler espero que você tenha curtido aí enfim se puder compartilhar essa reflexão trazer alguma algum ponto de reflexão fica à vontade né O importante é que nós possamos dialogar um grande abraço até mais