E aí oi oi é muito bem meus caros acho que nós estamos ao vivo né nós estamos ao vivo aqui no YouTube agora e vamos vamos esperar alguns minutinhos para o pessoal chegar e entrando lá espero que vocês estejam todos bem e como prometido Agora toda quarta-feira vamos dar uma aula ao vivo aqui no YouTube A na quarta-feira passada já foi uma live e nesta quarta vai ser outra e aos sábados a gente vai fazer uma linha mais breve né bolinha mais é mais curta tá falando de algum livro enfim alguma coisinha mais mais rápida
né G1 eu espero que vocês estejam todos bem E hoje vai ser uma aula especial aí sobre o Fernando Pessoa II Oi e eu deixei o link para o poema que eu respeito do qual eu vou falar deixei o link para o poema aqui na descrição do vídeo tá então depois quando vocês forem assistir e É só vocês a se clicarem no link e vocês vão ter o poema na íntegra porque é um poema muito longo do Fernando Pessoa a é muito bem está tão com 63 pessoas vamos esperar mais um pouquinho né é só
que os retardatários entrarem Ah pois é tem gente falando que adoro Fernando Pessoa É mas ele é um grande poeta mesma o Fernando não e esse cara foi um gênio mesmo um gênio o Fernando foi um gênio e enfim é e revolucionou a poesia evolução do a poesia a igreja mais só questão dos heterónimos não e ele quando escrevia como ele mesmo também ela também é genial também original é esse poema Por exemplo que nós vamos ver hoje é um poema que ele próprio escreveu como ele mesmo não é nenhum heterónimo dele tá o foco
passamos a 100 pessoas né Vamos começar a nossa aula então porque senão Quem tá aqui vai começar a se sentir aí maltratado né É Oi vamos conversar vamos começar a conversar sobre o Fernando pessoal a pô é um prazer estar aqui com vocês a bom E como eu prometi todas as quartas-feiras nós vamos ter uma aula ao vivo e hoje eu escolhi como tema o Fernando o pessoal a vó e o Fernando Pessoa ele nasce em Lisboa em 1888 Tá mas assim imediatamente me segue com a família para a África do Sul onde ele vai
ser lá um vai ser um estudante exemplar tá ele chega Inclusive a recebeu um prêmio pela sua redação em língua inglesa e a partir de 1915 ele vai estar na liderança nos jovens que em Portugal publicam a revista orpheu cujo objetivo como escrever o próprio pessoa era criar uma arte cosmopolita no tempo e no espaço com essa revista infelizmente ela dura só dois números porque o Mário de sá-carneiro também era poeta e ela quem financiava a publicação bom ele ele se mata na mas as a mensagem já tava data quer dizer agora veja o Fernando
Pessoa ele se separa do do grupo ele prefere levar uma vida solitária e inteiramente voltada para a criação da sua obra poética e também de tudo que ele escreveu e próxima a a e do tudo o que ele escreveu só uma pequena parte foi publicada e outras revistas da fôrma nesse período ele já é um alcoólatra e ele morreria Poucos Anos depois em 1935 Ó mas o modernismo do pessoa assim como o modernismo em geral na literatura portuguesa é muito diferente do que ocorre aqui no Brasil tá porque porque os portugueses eles não desprezaram o
passado Niterói Mas eles ao contrário eles assimilaram passar então não havia em Portugal o ímpeto Destruidor dos modernistas brasileiros então vejam Fernando Pessoa por exemplo ele integrou na produção literária dele é tudo o que representava alguma Conquista literária importante dos portugueses tá como Camões como como Cesário Verde e outros escritórios Então o que é que ele conseguiu fazer e conseguiu assimilar essa herança toda e transformar seus enriquecer é ó essa riqueza é tão grande que alguns estudiosos né chegam a dizer que na verdade na verdade a poesia portuguesa ela está dividida em dois grandes circos
o camoniano e o pessoa bom então assim é muito interessante a forma como a pessoa se apropriou do passado Literário de Portugal e também nas tendências vanguardistas que estavam acontecendo lá na Europa Mas vejo ele não se submeteu a nenhuma dessas correntes a ele não agiu como os brasileiros por exemplo que foram meros repetidores das vanguardas principalmente do futurismo mas ele quis e conseguiu criar um universo próprio uma espécie aí de tentativa de alcançar uma literatura absoluta em que ele desejava ser tudo e ser todos né é o que dizem inclusive um dos seus heterónimos
o Álvaro de Campos as multipliquei-me para me sentir é para me sentir precisei sentir tudo transbordei me não fiz a não extravasar então é dessa forma de pensar que nascem os famosos heterônimos do pessoa que não são só são personalidades inteiras completas né como se o pessoa fosse um caso único aí de multipersonalidade agora uso os enquanto os modernistas brasileiros lutaram para instituir o calça o Fernando Pessoa lutou para transcender e ele fez isso por meio dos heterónimos cada um deles analisando o mundo sob um ângulo especifi e foi a forma que ele ele encontrou
para criar uma síntese naquela cultura aqui que já tava aqui se parcelava desde antes da primeira guerra mundial mas a minha pretensão aqui hoje não é não é fazer uma análise pormenorizada de Toda obra do pessoa primeiro lugar que seria impossível fazer isso eu também não pretendo hoje Mostrar todas as características dos seus diversos heterônimos tá o meu o meu objetivo é mais preciso e mais limitado é introduzir vocês no universo pessoal no por meio de um poema o hora absurda que é um poema d1913 e aqui embaixo na descrição do vídeo vocês encontram o
link por bom então depois da aula como ela vai ficar aqui gravada vocês vão poder ler o poema e verificar os pontos que eu vou analisar agora aqui com você tá vocês sabem que que nós nós somos feitos principalmente das nossas memórias Mas mesmo então nós vamos sendo aí e impactados dia após dia desde os primeiros minutos da nossa vida por um conjunto de sentimento de fatos e Sensações né de encontros e desencontros que vão moldando a nossa personalidade e agora não é diferente quando se trata das nossas leituras do nosso contato com a Literatura
e com os mais diversos tipos de textos a só assim a poemas por exemplo que no meu caso não é me acompanham desde o meu tempo de colégio e um deles que eu sempre releio é esse poema do Fernando Pessoa o hora absurda que foi apresentado para mim por uma amiga que eu não vejo há muito muito tempo mas eu me lembro perfeitamente lá do momento em que ela me mostrou ela nós estamos em casa fazendo um trabalho do colégio e a gente tinha lá enfim monte de anotações de livros só não me lembro que
assunto que era o trabalho e também não me lembro por qual motivo ela tirou da bolsa o Fernando Pessoa e o livro do Fernando Pessoa e começou a ler em voz alta o poema horas é hoje foi o meu primeiro contato com o Fernando Pessoa bom e vocês vocês talvez conheçam esse poema tá E é um poema que começa com uma estrofe maravilhosa o teu silêncio é uma anal com todas as velas pandas brandas as brisas brincam nas flâmulas teu sorriso e o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as Antas com que
me finjo mais alto e ao pé de qualquer parece a coisa linda agora vejam como é que o Fernando começa a fazer o silêncio é uma anal com todas as velas abertas inflado imagine mais gente você tá na praia você vê lá o céu azul e o horizonte Passa esse pedreiro né Oi e a visão desperta em você uma sensação de paz e dentro de todas as associações que a sua mente constrói a que se fixa é a Dá lembrança do Silêncio não qual Casillas mas o silêncio de uma pessoa em especial que você conhece
e que você ama Então veja a sua imaginação é tomada por essa analogia por essa comparação entre o veleiro e o silêncio como se eles fossem uma coisa só é mas a sua imaginação não para aí ela vai em frente e as fórmulas do veleiro agitadas pela brisa né vibrando no alto dos mastros ela se completam o silêncio é como se elas acrescentassem um sorriso aos cílios a bom então vejam que a voz que fala no poema associa essas imagens alguém alguém que a gente não sabe quem é e sobrepondo o sorriso ao silêncio o
pessoa definir sintetiza o poder que essa pessoa que se alguém tem ela é como uma escada Como andas né Anderson aqueles paus que tem um tipo de apoio em que a gente coloca os pés né e assim a gente consegue andar acima do solo a a gente já viu isso em muitos artistas de circo lá mas aqui esses apoios eles são degraus infinitos que fazem você se sentir mais alto e ao pé de qualquer paraíso é uma associação incrível de de figuras de linguagem e preste atenção também na riqueza das rimas aqui é e no
Pointer bom então esse é o primeiro exercício quando a gente vai ver nós precisamos ler não de qualquer forma mas atentamente a ver com vagar Sem pressa tentando penetrar em cada imagem tentando decodificar cada imagem associando essa imagem sempre há algo que você encontra na sua própria vida ou na sua imaginação não não adianta nada analisar o poema usando aí as teorias que as pessoas aprendem na Faculdade de Letras né então o seu objetivo precisa ser o de entender os versos penetrar no sentido das estrofes e passo a passo ir decifrando o que o poeta
quer transmitir a e se você fizer esse exercício sem nenhuma pressa o poema vai começar a penetrar e você vai começar a fazer parte da sua vida e você pode até se sente dia eu um pouco ou muito confuso né porque a sucessão de figuras de imagens e o Fernando Pessoa apresenta nesse nesse poema é uma sucessão que chega mesmo a ser instante né agora ler poesia é assim mesmo Como dizia o Otávio paz que foi um poeta e ensaísta está mexicano genial né poesia é conhecimento é salvação é poder e é também abandono a
poesia é um método de libertação interior e a poesia revela esse mundo que é um mundo do poeta mas também é o o seu mundo o nosso mundo e queria outros o Otávio passa também gostava de dizer que o poema o poema é como um caracol onde o pessoa a música Os ecos da harmonia Universal agora vejo se a gente concorda com o time passa e eu concordo o que que acontece acontece que este poema é tudo isso ou então seria muito arrogante da nossa parte acreditar que seguindo aí uma determinada receita não a gente
vai conseguir decifrar todos os poemas não na verdade cada leitor precisa cumprir uma tarefa mais simples mais inteligente e menos preso a cada leitor precisa se aproximar do poema como a gente se aproxima de um animal indócil a um animal que ainda não foi domesticado o que que vai acontecer esse animal eu não vai se entregar para você logo na sua primeira tentativa de carinho Ah não você precisa ganhar a confiança de cima mas aí Alguém poderia perguntar sim né bom professor mas assim quer dizer se a gente não vai conseguir decifrar o poema na
sua totalidade né bom então do que que adianta a gente ler quer dizer o que é que vai ficar para nós depois da Leitura vão ficar impactos de beleza como como se você abrir sem clareiras cheias de luz numa numa numa floresta vão surgir como que rasgos de sol não dia Cinzento no dia nublado né essas imagens todas do poema Ou pelo menos algumas delas elas vão se desdobrar dentro e em outras imagens e essas novas imagens bom elas Talvez nos ajudem a entender melhor as nossas Sensações os nossos comportamentos as nossas decisões inclusive e
o poema pode esclarecer um estranhamento ou pode aprofundar as nossas dúvidas de maneira que a gente se sinta obrigado a fazer aí constantes auto-questionamento a pó Mas vamos vamos voltar o poema hora absurdo a um beijo eu não quero seguir com vocês uma leitura linear tá não mas eu quero fazer uma análise diferente exatamente para mostrar a vocês que é possível a gente ler um poema das mais diferentes maneiras Tá então vamos procurar no poema Só uma palavra vamos procurar a palavra silêncio então a gente já viu como é que o Fernando Pessoa introduz os
substantivos silêncio na primeira estrofe o mas agora agora eu quero descobrir outros sentidos dessa palavra e essa palavrinha Ressurge já na segunda estrofe que que a gente leva lá meu coração é uma ânfora que cai e que se parte e o teu silêncio recolho e guardam partido algum canto E então vejo que o silêncio ele reaparece agora como um como um receptáculo ou como um refúgio para a dor dessa voz que fala no poema e quem a gente costuma chamar de eu lírico a essa voz que fala oi e os fragmentos então do coração são
recolhidos e guardados ali né protegidos nessa nessa ânfora que talvez mais tarde graças ao amor possa ser fechada Mas vejo não é uma certeza é só uma suposição E porque é que é uma suposição porque quando você ler o poema inteiro você vai perceber que nós não estamos diante de uma narrativa que o que possui começo meio e fim mas não nós vamos a cada estrofe nos embrenhando cada vez mais numa floresta de impressões como se o próprio poeta não conseguisse Entender direito o que ele sente então vejam por exemplo a 11ª está não que
que diz lá me diz o teu silêncio que me embala é a ideia de naufragar Oi e a ideia de a tua voz Soar a lira de uma polo fingir e talvez no silêncio aqui já não é mais refujo da forma como silêncio Ressurge aqui a gente pode se perguntar bom será que aquele receptáculo de antes não poderia ser na verdade um porão velho e sujo uma aqueles em que as nossas bisavós guardavam um amontoado de coisas inúteis né A minha bisavó tinha um foram assim e por que que eu penso assim porque não fragar
é também fracassa é se frustrar é falhar então o silêncio embala a pessoa que ama mas o que ela Experimenta não é a segurança ou prazer o e veja o que é um silêncio muito estranho né porque porque a mera ideia de que a voz da pessoa amada suja já nasce com um fingimento E aí é assim mesmo substantivo vai aparecer no primeiro verso da 15ª que que diz assim ai o teu silêncio é um perfil de pintar ou sol me desculpa mas para entender o motivo dessa comparação a gente precisa ver também o verso
que termina a estrofe anterior quando o poeta definir a sua alma como uma lâmpada que se apagou mas que ainda está quente então vejam vejam que nós estamos aqui não terreno movediço não num terreno inseguro em que o silêncio ele vai se modificando vai se transmutando o silêncio no transcorrer do poema ganha e perde qualidades e essa constante variação mostra para nós a confusão de sentimentos que muitas vezes lá o amor ou a paixão pode provocar né é Mas acontece que o silêncio também reaparece nas três estrofes seguintes sabe ele diz assim eu deliro de
repente pausa no que penso fit' e o teu silêncio é uma cegueira minha fituch sonho a coisas rubras e cobras no modo como medite e a sua ideia sabe a lembrança de um sabor de medo então vejam só o silêncio também cega a Sega no sentido de alucinar de enlouquecer é por esse motivo que o sonho provocado pelo silêncio se resume aí a uma mistura de coisas rubras e cobras e meditar a respeito da Amada é recordarmos sabor me dói a os móveis mas o silêncio também surge como um moleque o moleque fechado disso pessoa
I will e o Poeta prefere que esse leque não se abra porque se ele se abrir bom essa voz que fala no poema vai se perturbar ainda mãe ó e de repente o que que acontece o silêncio deixa de definir a pessoa amada e passa a definir a própria voz que fala no poema e o pessoal escreve o meu a Marte é uma catedral de silêncios eleitos fazer como se ele tivesse aí paralisado pelo amor é mas vejo que o uso do substantivo Catedral permite que a gente entenda a palavra eleito no sentido teológico é
como alguém escolhido para ser sal ou seja apesar de toda a confusão de sentimentos amar é de alguma forma ser marcado por uma qualidade única por uma qualidade Rara né Ah e por fim o silêncio Ressurge também na 22ª Extra que é que a pessoa escreve ele escreve que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atriz tem o teu sorriso anjo exilado e o teu tédio auréola Negra mesmo só que que bela oposição o pessoa queria a voz do poema implora né Para que ouvir o silêncio da Amada não a impeça de
prosseguir vendo sorriso dela com todos os idealismo com toda a esperança que Ele carrega mas ao mesmo tempo as expressões anjos e lado e auréola Negra envolvem a mesma visão numa atmosfera negativa o amor nesse poema do Fernando Pessoa é assim e ele é repleto de incoerências né de discrepâncias que vão se alternando continuamente formando a definição que o amador essa voz do poema tem de si mesmo e dizer o som doido que estranha a sua própria alma é mas tem um outro exercício que vocês podem fazer nós vamos fazer aqui tá mas você vocês
podem fazer para penetrar no sentido do poema eu sugiro que vocês Leiam seguindo a ordem inversa partindo do final e indo para o começo é lindo assim vocês vão romper com a expectativa de construir uma narrativa loja e fazendo isso que que vai acontecer vocês vão ver cada estrofe como se fosse o mundo independente isso vai servir para vocês aprofundar a sua visão do poema fazer reler na ordem inversa vai mostrar que esse poema é feito aí por meio de lampejos ou seja as imagens dele são como são como clarões daqui spodem diante da gente
são como que manifestações súbitas e inesperadas dessa série de sentimentos muitas vezes confunde o E aí ao mesmo tempo é um poema extremamente musical porque assim Se vocês prestarem atenção nas rimas vocês vão ver que elas são perfeitas são riquíssimos e também é um poema muito visual porque ele está repleto de imagens que lembram paisagens né é como se fosse cenas de uma de uma série de pinturas essas imagens são as formas que o eu lírico usa quando ele está tentando se definir então ele dias por exemplo minha alma é uma caverna enxerida pela maré
cheia Incrível essa imagina o ele pode dizer na minha atenção a uma viúva pobre que nunca chora e no meu céu interior nunca houve uma única está lindo também aí ele pode ir ainda mais longe e ele pode dizer que todas as minhas horas são feitas de Jaspe negro as minhas andanças todas são tacadas no mármore que não lá não existe então a gente lê cada imagem dessa Cê tem a sensação de que essas características podem ser tocadas ou melhor podem ser vividas podem ser experimentados por quantas vezes a gente não se sente assim hum
comum como uma caverna enxerida pela maré cheia e agora não se trata só de tristeza de melancolia ou de pessimismo Não é só isso muitas estrofes estão repletos de contradições e contradições que a gente encontra em vários poemas do Fernando Pessoa então quando ele disse por exemplo a não é a alegria nem dor excitador com que me alegro e a minha bondade inversa não é nem boa Neymar uma bela confusão Agora vejo que aqui Aqui nós estamos tratando de paradoxos né mas não são aqueles paradoxos por exemplo que o chesterton adorava usar né então aqui
as proposições elas não são só inusitadas mas elas nos obrigam a refletir sobre o absurdo em que a existência humana pode pode não é aquele verso servos e não sermos mais ó leões nascidos da jogos diversos sintetiza a condição humana que o pessoa transforma numa outra imagem né de sentido muito semelhante ele diz arde o colégio e uma criança ficou fechada na aula é uma imagem terrível fazer a quadro intimidados em opções o ser humano é assim dividido e também preso preso a um um destino de horror a gente pode ficar aqui discutindo longamente a
respeito dessa forma de ver e de julgar as coisas pelo seu lado mais desfavorável bom mas ninguém pode dizer que essas imagens não tomam conta do nosso pensamento é a fazer um animal selvagem destinado a prisão desde o seu nascimento EA criança desesperada lá no meio do incêndio na escola essas imagens jamais vamos nos abandona e depois que a gente pensa sobre elas vão elas deixam de ser meras imagens poéticas né E se transformam se transformam o mesmo em símbolos que ficam gravados para sempre na nossa imaginação e bom e tudo tudo nesse poema termina
em propósitos igualmente negativas né que que a pessoa diz ele diz é preciso destruir o propósito de todas as pontes vestidos de alinhamento as paisagens de todas as terras indireitar a força curva dos horizontes e gemer por ter de viver como um ruído brusco de serra é mais em terrível mesmo a solução para os desencontros que a paixão provoca mesmo isso se resume no poema a uma completa impossibilidade que ele pensou escreve não ele diz ah se nós fossemos duas figuras não longínquo Vitral o Ou seja é um amor que só pode se realizar se
estiver imobilizado congelado ou seja na verdade morto preso no litoral E então surge a última estrofe O que é crime tortura se até a tua face calma só me enche de tédios e biópsias de ócios medonhos não sei eu sou um doido que estranha a sua própria alma eu fui amado em efígie de um país para Além dos Sonhos eu trouxe é um final que não resolve nada né mas que isola prendia essa voz que fala no no no meu poema não é fingir o que que é bom é um retrato perdido aí em algum
lugar insondável é bom então beijo objetivo dessa aula é é fazer com que você comece a entender algumas questões importantes o que é poesia como é que um poema pode abordar diferentes sentimentos diferentes realidades também a impossibilidade Como eu disse antes da gente desvendar por completo um texto e também alguns dos caminhos que a gente pode utilizar para nos aproximar mais da Rita e principalmente quer dizer a necessidade de leituras e releituras para erguer um pouco o véu que recobre a poesia e também os textos em prosa Claro só assim é sala aqui é só
uma pequena caminhada muito pequena pelo universo do Fernando Pessoa mas esse exercício oi Vilma trilha há no meio do poema com calma um paciência né Tá descobrir os sentidos para a penetrar nas imagens para tentar iluminar o poema esse exercício é fundamental em qualquer jeito E vocês Quando fizerem a leitura de vocês quando vocês forem ver o poema da intriga e eu sei certamente vão perceber outros elementos e mais Talvez uma leitura assim ajude até mesmo quem quer escrever poemas É talvez faça essa pessoa se sentir motivada para escrever e produzir os seus próprios textos
em poesia ou em prosa um bom então beijo a gente precisa se acostumar a ler assim sem precisar de nenhum manual de nenhum livro de apoio à no máximo aí um bom de celular bom e você pode repetir essa experiência que nós fizemos aqui você pode repetir essa experiência com qualquer texto no romance uma crônica um ensaio outros poemas o importante é você se acostumar a dissecar os textos só com o objetivo de fazer uma leitura prazerosa é porque uma leitura assim ela vai-se sedimentando dentro de você ela vai criando camadas e camadas de novas
ideias e tudo isso ajuda você a ler melhor e a escrever né eu tô sem nenhum texto é inacessível desde que é claro você tenha paciência e dedicação Tá certo e essa foi a nossa aula de hoje e agora então nós vamos abrir aí para perguntas Tá bom vamos vamos conversar um pouco E aí e vamos ver vamos ver as perguntas que aparece professora Débora Lima Boa noite Professor É verdade que pessoa flertou com as ideias da Madame blavatsky Não não é que ele flertou não ele ele seguiu a teosofia inclusive ele é o tradutor
de um texto famoso da Madame blavatsky chamado A Voz do Silêncio o Fernando Pessoa ele se ligou à vários ocultistas gostava desse assunto e se relacionou com vários deles são e teve Inclusive a uma amizade longa com Como é que é o nome de ter um ocultista em inglês famoso que agora me esqueci o nome dele mas que ela completamente pirado e o Fernando Pessoa gostava muito dele daqui a pouco eu lembro o nome dele mas é isso mesmo Fernando Pessoa curtia muito esse o tanque Por exemplo quando você vai ver a criação dos heterónimos
e ele faz inclusive o mapa astral de cada heterônimo né para definir aí a personalidade de cada um ou seja ele estava imbuído de todas essas ideias aí teosóficas herméticas ocultistas tudo isso e curtir muito é a melhor edição dos poemas do pessoa olha aqui no Brasil eu eu não sei tá aí são que eu tenho aqui uma edição antiga da Aguilar e que traz a obra poética completa dele aí parte da prosa agora hoje como é que está a edição por exemplo em Portugal eu realmente não sei não faço ideia mas com certeza em
Portugal deve está aí deve ter uma uma edição crítica de alta qualidade né crítica Em que sentido no sentido de ser uma edição anotada não adição com introduções com a nariz isso né e tudo mais tá e claro um poema pode dizer o que o pai tá não quis dizer pode pode sim porque veja e não é só um poema qualquer texto em prosa ou em poesia porque assim não há como o autor se assegurar sempre de que a interpretação que os leitores vão dar para o seu texto é exatamente aquela que ele tinha imaginado
quando escreveu isso é impossível tá mesmo não testing prosa no texto por exemplo seja uma descrição de um ambiente O que fazer quando ele diz que a sala era pintada de azul claro e pendia um teto do teto um Industry Prateado o prateado que você vê e o azul que você vê são completamente diferentes do azul que eu vejo e do Prateado que eu imagino né e certamente as nossas cores a visão que nós temos e são completamente diferentes dos tons de azul que o escritor imaginou ou dos tons de prata que o que o
escritor imaginou então assim mesmo quando se trata de uma questão superficial como essa né é impossível o escritor é se assegurar de que a interpretação que o texto vai receber vai ser exatamente aquela que ele queria E no caso de um de um poeta como Fernando Pessoa por exemplo ó aí a coisa se complica ainda mais né porque nesse poema Por exemplo hora absurda pó há trechos em que as as interpretações podem ser as mais variadas né agora veja eu acho importante a gente salientar uma coisa e eu não estou querendo dizer com isso que
qualquer interpretação é válida tá porque porque tem gente que viaja na maionese tá então por exemplo outro dia eu tava lendo um artigo aí né de um pessoal dizendo que na verdade o Homero né o Homero é um é um coletivo de mulheres que escrevi ia na Grécia é escondidas tá E que então quer dizer então percebe que hoje em dia o pessoal viaja muito fazer esse pessoal aí da semiótica esse pessoal todo aí de repente faz umas viagens que não tem pé né não tem nem pé nem cabeça então nós vamo tomar cuidado fazer
a um limite também mas que efetivamente o poema pode dizer algo que o poeta não imaginou pode e tem o livro em Minha estante é chamado os fundamentos filosóficos Alberi Fernando Pessoa do António Pina Coelho editorial verbo não não conheço a sua obra Jorge Fernando não não conheço nunca lhe não quero E como eu definiria a personalidade da pessoa o eu acho que ele era uma pessoa Fernando Pessoa era um era uma pessoa é e como é que eu vou te dizer era pessoal melancólica eu acho eu vejo pessoa como alguém profundamente melancólico a é
mas ao mesmo tempo alguém disposto a encontrar um sentido para a vida o prédio é mas assim é muito interessante porque Então veja aqui também além de melancólico é uma pessoa contraditória porque porque ele e ele ainda que buscasse o sentido né dá um sentido para a vida por meio de todos os heterônimos que ele que ele criou o prazer tentando abraçar todas as experiências possíveis lá porque os heterônimos têm personalidades completamente diferentes um do outro fazer ao mesmo tempo ele alguém que se entregava ao alcoolismo né permanente e tinha essas ligações essas com essas
teorias ocultistas e tem um outro dado também dele que é muito interessante você você vai ver lá as cartas de amor dele né é um negócio que interessa você tem a impressão que é uma criança que tá escrevendo tá porque ele assim usa diminutivos constantemente então sim é uma personalidade muito complexa muito complexo mas que na minha opinião tem Tem essa divisão prof e ao mesmo tempo que ele tenta abarcar toda a experiência humana a ele não consegue resolver os próprios conflitos dele tá é assim que eu vejo o Fernando Pessoa nós podemos dizer que
alguns poemas dele são bonito este anos Olha eu eu não eu não sei se e Liliane Não sei então vamos deixar claro isso e agora que alguns poemas são mais negativos né isso isso são não é mesmo esse que a gente acabou de ver o hora absurda é um poema que está repleto de negativismo mas eu eu não eu não chegaria a dizer que ele era lixando Tá mas eu acho que aí Eu precisaria me aprofundar nisso quer dizer saber qual era o contato que ele tinha com essas ideias todas do nit né mas eu
acho que não porque sabe porque porque assim você pega por exemplo o heterónimo como o Alberto Caeiro quer dizer é de uma suavidade de uma de uma de uma de uma ter dura e Dilma e de uma sensibilidade de uma relação tão profunda tão lírica com a com a natureza O que é assim Aquilo não é nit nem aqui nem em lugar nenhum aprendeu fazer ao contrário dos outros outros se pega pega por exemplo o outro ter o modelo Ricardo Ricardo é que eu sobrenome agora esqueci o sobrenome Ricardo qualquer coisa ele é o que
é eu classifico é um cara que inspira na literatura clássica então percebe que fazer não é não é não é fácil você fazer uma definição assim tão simples Eu acho que é temerário a gente fazer uma definição desse tipo e parece que a poesia do pessoa é uma sequência interminável de imagens contraditórias mas que escondem seu profundidade da realidade e como então deve o leitor vir para alcançar tal realidade Como não se lembra os aqui Lucas eu comprei como nós fizemos aqui e não é toda a poesia dele que é uma sucessão de imagens contraditórias
Como eu disse os heterônimos eles mudam muito né de tema estilo de maneira de ver o mundo de maneira de compreender a vida então assim não é não é verdade que o que a poesia dele é uma sequência interminável de imagens contraditórias Não é verdade você tá fazendo uma generalização aí perigosa agora eu acho que a leitura que tem que ser feita não só do pessoa como de qualquer outro autor é essa que nós fizemos aqui ou melhor que a gente começou a fazer aqui né que daria para fazer uma leitura muito maior é muito
mais profunda lembra da gente tem dinheiro ficar aqui horas e horas tá falando sobre isso tá bom E aí Oi boa tarde professor sou de Portugal Que beleza muito bem Diogo um prazer ter você aqui Parabéns pelos vídeos o professor já leu o livro dos a sossego do Fernando Pessoa o que achou assírio e Alvim Editora Portuguesa que publicou poemas de Fernando Pessoa olha ali então eu gosto de tudo do [Música] Fernando Pessoa o único heterónimo que não me que não me agrada 100% é o Álvaro de Campos convivência que tem uma visão mais materialista
que tem uma visão mais mais futurista não faz aquela coisa de endeusar a máquina o progresso movimento né é esse é ele ele também é de todos me parece seu mais mais negativo né Esse é o único o único que não me não me chama muito atenção olha as autoras tô esperando um compatriotas Eu que moro aqui no Brasil que é meu aluno é diz que vai me fazer uma visita isso colocar aqui o Ricardo Reis exatamente vai me fazer uma visita e disse que vai trazer umas uns livros do Fernando Pessoa que ele tem
de presente para mim eu tô eu tô esperando a diandra Podia colocar alguém tu tá aqui o Guido tá aqui ótimo Olha aí o meu amigo quer um português simpaticíssimo meu amigão meu aludo que é de Portugal quem é e ele tem ele ficou de vir aqui me visitar me diz fazer uns livros do Fernando Pessoa então eu tô esperando vendido vamos vamos marcar esse encontro em Tá certo é muito bem muito bem Olá pessoal danivist existencialista ou apenas um homem deprimido eu acho que ele era um homem deprimido e o homem deprimido e um
pouco confuso né ah se meteu aí para essas coisas da teosofia que é assim um Esse é um verdadeiro que não verdadeiro quebra-cabeça né que não é um saco de gato né Essa coisa da teosofia pelo menos até onde eu li e foi o que me pareceu né o imenso saco de gato então ele era um homem depressivo né um homem depressivo e se envolveu dessas coisas confusão mas veja que isso não o impediu nós de deixar uma obra simplesmente maravilhosa uma obra incrível é nós vamos continuar nos debruçando Aí no Fernando Pessoa por gerações
em gerações e gerações daqui 5 10 séculos vão continuar falando do pessoa como nós falamos hoje do Camões tá e são igualmente importantes igualmente portas e para ter vários heterónimos o pessoa assim dominar os vários estilos como é que se pode fazer isso abraço do Porto Grande abraço olha se pode assim tendo o personalidades múltiplas quer dizer eu não eu não sei se alguém analisou aí né e temos psiquiátricos o caso do Fernando Pessoa mas assim é um caso único é um caso único quer dizer ele realmente criou personalidades completamente diferentes umas das outras e
a fazer e cada um que te amo uma uma uma história para cada um desses heterônimos ele tinha uma personalidade Como eu disse ele tinha um mapa astral existe uma Estilos diferentes né quer dizer o sujeito que tem que ser mesmo assim como se diz aqui no Brasil da pá virada né Não sei se essa expressão existe em Portugal mas assim o cara tem que ser genial para fazer um negócio desse né e o Fernando Pessoa foi é incrível mas foi eu estou vendo muito Camões mas ainda não me aventurei e Fernando Pessoa é tão
bom quanto Camões olha Wagner é tão bom quanto estamos sim só que assim você tem que entender que são estilos completamente diferentes completamente diferente é é a mais assim os dois tem tem coisas belíssimas coisas belíssimas coisas maravilhosas e e eu acho eu eu concordo quando os estudiosos dizem que a poesia portuguesa é tá dividido aí entre em dois ciclos centrais um ciclo caminhando e um ciclo pessoa eu acho que eles igual em grandiosidade e em genialidade muita gente não concorda comigo tá eu tenho um amigo por exemplo que é um filólogo lexicógrafo e tudo
bem acho Fernando Pessoa um uma enganação não gosta mas eu gosto tá eu eu adoro Fernando Pessoa como também adoro Camões Então para mim Os dois estão no mesmo nível se e o Valdir né se o poema do Ricardo Reis Pois Enquanto essa no mínimo que fazes apesar de curto definir certo modo a outra pessoal eu acho que define tá eu acho que definisse e foi o que ele tentou fazer tentou ele tentou ser tudo em tudo aprendi fazer é nítido que há nele assim uma busca de um de um absoluto eo absoluto e ele
queria alcançar essa essa amplitude total por meio da literatura é e quer dizer e eu acho que foi isso que ele tentou realmente fazer e tentou se colocar inteiro em tudo o que ele fazia né mas para conseguir fazer isso ele precisou se multiplicar aprendeu porque ele percebeu que eles sozinho não daria conta de alcançar esse absoluto mas ele Teria que criar outras personalidades para conseguir dar conta de alcançar isso absoluto ou de pelo menos tentar alcançar esse aqui sou eu acho que os heterônimos surgem dessa dessa dessa angústia angústia real de querer alcançar esse
Absoluto em e olha você pode começar a ler o Fernando Pessoa por onde você quiser tá não há não há uma ordem né Assim você pode começar a ler por exemplo pelo Alberto Caeiro eu me lembro que no meu tempo de juventude e a gente gostava muito ler de ler uma coletânea chamada o eu profundo e os outros eus não sei se essa coletânea ainda existe Tá mas eu me lembro que era o livro que todo mundo tinha todo mundo que gostava de ver literatura tudo mais começava o Fernando Pessoa por esse por esse livro
O eu profundo e os outros eus Então essa coletânea existe talvez existe senpo né você pode começar por aí acho que é onde que é um ótimo início Um ótimo início a a frase do Fernando Pessoa foi o maior autor do modernismo Olha eu acho eu acho foi o maior autor do modernismo em Portugal e aqui que assim o nosso modernismo tá muito muito aquém do modernismo português na verdade não é verdade Modernismo brasileiro assim me desculpem aí quem quem discorda de vida anda assim o modernismo brasileiro é uma farsa moderno brasileiro é uma é
uma é uma brincadeira eo é só você ler um pouco a história do que aconteceu lá e depois com aqueles escritores que se noventa porcento deles em pouquíssimo tempo já tinha desistido de toda aquela bobagem o próprio Mário de Andrade no final da vida e tem uma carta dele que eu sempre sinto que é uma carta incrível dele para o Álvaro Lins e quando ele escreve a carta acabaram de lançar uma edição nova do Macunaíma ele essa carta tem um prefácio elogiando o Macunaíma dizendo que é uma obra genial que o mar genial e tudo
mais e o Omário próprio mar escreve Paula Luiz dizendo assim essa gente essa gente não não não entendeu nada quer dizer eu sou uma farsa Esse vídeo é só uma piada é só uma uma brincadeira quer dizer se eu pudesse voltar no tempo eu eu acabava com esse livro jogava fora que isso aí é uma bobagem muito grande contente seu próprio Mário de Andrade reconheceu Isso quer dizer de todos os é o único o único que permaneceu como um eterno adolescente foi o Oswald de Andrade foi o único e continuou debochado até o final da
vida dele tá eu enfim compreendi então assim esse esse esse tipo de um e não eram é essa essa coisa de típica de adolescentes sabe de fazer de Contrariar os outros pelo prazer de Contrariar e querer criar algo novo do zero isso nunca existiu em Portugal fazer os portugueses foram muito mais inteligentes quer dizer o modernismo português é alcançou uma uma uma uma conquista que é fundamental Qual é toda forma de escrever é válida. se você para escrever você não precisa seguir as regras do passado mas isso não quer dizer que os escritórios do passado
tem que ser destruídos esquecidos mortos e calados a que é o que o modernismo brasileiro defendia Então os portugueses já não tudo o que foi feito no passado é aproveitado é bom e nós podemos aproveitar tudo isso e nós podemos aproveitar tudo isso para a nossa poesia que nós podemos dialogar com a tradição foram de uma Sexta 13 completa completa o que não aconteceu aqui não aconteceu bom então assim se a gente for comparar o modernismo português com o brasileiro bons resultados são infinitamente superiores e tudo isso sem a gente levar em conta e depois
né esses escritores que vieram depois dos modernistas Pois é você pega o Graciliano Ramos Graciliano Ramos e mete o pau do modernismo de todas as formas possíveis e esse Se vocês forem analisar né a a situação da literatura brasileira no momento da semana de 22 vocês vão ver que aquilo é absolutamente artificial é porque a nossa literatura antes de 22 já tinha experiências estéticas valiosíssimas de renovação da literatura O que quer dizer a semana de 22 aqui foi uma brincadeira de jovens né É principalmente do Oswaldo que não tinha o que fazer da vida quero
um filhinho de papai e voltou da Europa umas ideias vanguardistas e para nós vamos vamos vamos criar tudo aqui como fazer tudo aqui de novo tá bem entendeu E foi isso foi isso que aconteceu só isso mais nada quer dizer Modernismo brasileiro é uma coisa extremamente superficial estrela Quando você vai comprar árvores empresários os discursos da semana de 22 pois você pega os discursos do Menotti del Picchia na semana de 22 o e compara com o que dizia o Marinete da Itália foi o fundador do futurismo e quer um fascista AM há 11 discos assim
parece que me parece um copia e cola do que os futuristas visível tá bem ainda bem que o menor te deu depois se deu conta da bobagem né e abandonou tudo aquilo né é o próprio próprio Manuel Bandeira né quer dizer ele apoia o movimento no primeiro momento mas depois depois que assim tem entenda crônica dele ou cartas dele tá dizendo hora você já sabe isso tudo ficou assim uma chateação uma encheção de saco valeu vocês você só conseguem repetir a mesma coisa o próprio Manuel Bandeira fala isso para Osvaldo se ele bate eu acho
que uma carta ou é uma crônica em que ele fala para Osvaldo Escuta meu filho mas você vai crescer quando afinal quando é que você vai deixar de ser um moleque E aí e é isso aí é muito bem finalizamos então nos vemos na próxima quarta-feira às 18horas Sim senhora dona de André Val de Serra de Angra para quem não sabe é aqui é a minha cor produtora ela que manda se ela disse que terminou terminou quarta-feira sábado nós estamos aqui de volta tá para um videozinho mais curto mais rápido mas quarta-feira que vem estamos
aqui às dezenove horas para outra aula ao vivo tá bom Um abração para vocês tudo de bom