o aeroporto internacional de Nova York fervilhava com o fluxo incessante de Viajantes cada um carregando sua própria história seu próprio destino entre os muitos rostos que passavam pelas amplas áreas de embarque um homem de presença imponente caminhava com passos firmes porém tranquilos Marcos Grant era um nome respeitado no mundo dos negócios mas ao contrário de muitos Magnatas ele não ostentava seu status vestia-se de maneira simples e confortável uma camisa de grife jeans escuros bem alinhados e um relógio elegante mas discreto seus tênis embora limpos e bem cuidados não eram de uma maca chamativa com um
olhar atento e um porte confiante Marco chegou ao balcão de checking da companhia aérea ruris em Heroes uma das mais luxuosas e prestigiadas do mundo e que ironicamente pertencia a ele no entanto ele não se apresentou como o dono da empresa gostava de viajar anonimamente experiment o serviço como qualquer passageiro comum e entender a experiência do cliente sem interferências a atendente do checking uma jovem loira com um sorriso treinado olhou para ele com um breve momento de hesitação antes de perguntar com tom ligeiramente neutro Boa tarde senhor para onde está viajando hoje São Paulo Brasil
respondeu Marcos entregando seu passaporte e a passagem de primeira classe comprada sob um nome ligeiramente alterado para evitar a tensão a mulher pegou os documentos e os examinou seu sorriso se tornando mais mecânico ao perceber que aquele homem negro bem vestido estava de fato em um assento de primeira classe ela não disse nada de imediato mas seu olhar rápido e sua expressão Sutil deixaram escapar um resquício de surpresa ah Senor Grant certo ela confirmou o nome tentando não parecer surpresa exato algum problema ele perguntou com um tom calmo penetrante não senhor nenhum problema respondeu ela
rapidamente voltando sua atenção para a tela do computador em poucos minutos a atendente entregou a ele seu bilhete de embarque com um sorriso automático Marcos pegou os documentos agradeceu educadamente e seguiu para o controle de segurança já ciente de que estava sendo julgado por sua aparência não era a primeira vez após passar pelos procedimentos de segurança Sem problemas ele caminhou em direção L exclusivo da horizen airways onde passageiros da primeira classe podiam relaxar antes do voo o ambiente era elegante com poltronas de couro um bar sofisticado e garçons bem treinados servindo bebidas e petiscos requintados
Marcos se sentou em uma das cadeiras confortáveis e pegou seu celular revisando alguns e-mails importantes antes da decolagem o tempo passou rapidamente e logo chamaram os passageiros da primeira classe para o embarque prioritário ele se levantou e caminhou até o portão de embarque onde foi recebido por um agente de solo que assim como atendente do check demonstrou Uma Breve expressão de surpresa ao conferir seu bilhete ah senhor GR bem-vindo a Bordo Marcos apenas sorriu de leve e entrou no Finger que o levaria diretamente à aeronave ao entrar no Avião A cabine da primeira classe era
uma visão de luxo poltronas largas que se transformavam Em camas divisórias para privacidade um Ápio refinado e um serviço de bordo que prometia uma experiência Impecável mas assim que ele tomou seu assento sentiu um olhar sobre si uma das comissárias de bordo uma mulher loira de cerca de 40 anos observava o com uma expressão ambígua seu uniforme estava impecavelmente alinhado e seu sorriso parecia treinado mas os olhos demonstravam algo além da cordialidade profissional um julgamento silencioso ela se aproximou em um tom excessivamente polido perguntou Boa noite senhor tem certeza de que está no assento correto
Marcos ergueu uma sobrancelha ele já sabia onde aquilo ia dar sim eu tenho certeza respondeu sua voz carregando um tom de paciência contida a comissária hesitou por um segundo como se estivesse prestes a pedir que ele mostrasse seu bilhete novamente Mas então uma colega passou ao seu lado e cxix algo em seu ouvido Claire que era o nome da comissária se afastou mas não sem antes lançar um último olhar de desconfiança Marco se recostou na poltrona e respirou fundo a viagem seria longa mas algo lhe dizia que a verdadeira turbulência ainda estava por vir Claire
morial ajustou o blazer do uniforme Impecável enquanto caminhava pelo Corredor da aeronave ela gostava da rotina de ser comissária de bordo de interagir com passageiros de alto nível e proporcionar um serviço refinado Mas acima de tudo apreciava ação de exclusividade que a primeira classe oferecia aos 42 anos Claire era uma profissional experiente tinha trabalhado para ruris em hérois por mais de 15 anos e sabia distinguir facilmente os passageiros de alto padrão daqueles que na sua visão não pertenciam à aquele ambiente ela conhecia os clientes habituais empresários de terno bem cortado mulheres elegantes vestindo marcas de
luxo artistas famosos e políticos influentes para ela eram os passageiros que realmente apreciavam o serviço de primeira classe no entanto quando viu Marcos Grant ocupar um dos assentos Premium seu radar interno de julgamento foi ativado imediatamente o homem estava vestido de forma simples demais para alguém que supostamente pagaria dezenas de milhares de dólares por um bilhete de primeira classe mesmo que seu relógio e seus sapatos fossem de alta qualidade ele não exibia as marcas de ostentação que Claire esperava E além disso Ele era negro Claire nunca se considerou racista pelo menos não conscientemente mas havia
um preconceito irizado nela algo que cresceu ao longo dos anos e que agora surgia de maneira quase automática ela percebeu que já estava encarando Marcos por tempo demais para não parecer Rude forçou um sorriso profissional antes de se aproximar Boa noite senhor tem certeza de que está no assento correto o homem levantou os olhos para ela sua expressão Serena mas claramente avaliando o significado da pergunta cla sentiu um leve desconforto mas Manteve a compostura sim eu tenho certeza ele respondeu seu Tom tranquilo mas carregado de um peso que Claire não soube interpretar de imediato ela
hesitou segurando o impulso de pedir que ele mostrasse a passagem novamente não queria criar uma cena desnecessária mas algo dentro dela simplesmente não aceitava que ele estivesse ali felizmente para ela uma colega de equipe Sofia passou ao lado e sussurrou rapidamente em seu ouvido ele tem a passagem Claire Deixa isso para lá Claire respirou fundo e recuou forçando um novo Sorriso Ótimo seja bem-vindo a Bordo disse mas sua voz soou quase robótica ela se afastou mas não sem lançar um último olhar discreto para Marcos ele já tinha desviado o olhar e parecia confortável como se
a interação não tivesse tido importância alguma para ele mas para Claire aquilo ficou martelando em sua mente ela caminhou até a parte dianteira da cabine e Começou a organizar mentalmente o serviço do voo sua equipe já conhecia a rotina primeiro ofereceriam bebidas antes da decolagem seguidas do menu exclusivo de primeira classe durante o trajeto serviriam refeições Gourmet Preparadas por chefes renomados os passageiros poderiam solicitar vinhos caros sobremesas refinadas e um atendimento ente personalizado está tudo bem perguntou Sofia percebendo o jeito rígido da colega sim só acho estranho o que é estranho Claire hesitou não queria
dizer diretamente o que pensava nada respondeu por fim pegando um bloco de notas para revisar as preferências de alguns passageiros vips ela se convenceu de que estava apenas sendo cuidadosa que sua reação a Marcos Grant era simplesmente uma questão de manter os padrões da cabine mas no fundo algo nela se incomodava com sua própria reação o avião começou a se preparar para a decolagem e Claire seguiu para verificar os cintos de segurança dos passageiros enquanto passava por Marcos novamente o viu relaxado observando calmamente a cabine ao redor sua tranquilidade a irritou e ela nem sabia
dizer exatamente Porquê a decolagem transcorreu sem problemas e quando atingiram a altitude de Cruzeiro o serviço de bordo começou Claire estava determinada a manter a compostura mas sentia que de alguma forma aquele passageiro representava algo que ela não conseguia definir e a irritação que sentia com isso crescia a cada minuto o som suave dos motores do avião ecoava pela cabine enquanto os passageiros da primeira classe se acomodavam para o longo voo luzes indiretas e uma trilha sonora instrumental criavam uma atmosfera relaxante mas Claire morial não conseguia se sentir em paz a decolagem tinha sido tranquila
E agora começava a parte do voo que ela conhecia bem o serviço de bordo exclusivo primeiro ofereceriam toalhas quentes seguidas de bebidas e aperitivos sofisticados depois os passageiros poderiam escolher entre opções Gourmet cuidadosamente Preparadas Claire gostava dessa parte do trabalho gostava de atender passageiros que apreciavam os pequenos detalhes o vinho servido na temperatura exata a apresentação Impecável das refeições a forma como a equipe antecipava cada necessidade sem que precisassem pedir era um jogo de sutileza e perfeição mas naquele voo algo a incomodava a presença de Marcos Grant na primeira classe continuava a ser uma distração
que ela não conseguia ignorar ele estava sentado confortavelmente relaxado como se aquele ambiente fosse tão natural para ele quanto respirar e isso por algum motivo mexia com Claire de uma forma que ela não sabia explicar a comissária Sabia que não podia demonstrar nada abertamente mas pequenas atitudes revelavam seus pensamentos sem que ela percebesse quando começou a distribuir as toalhas quentes passou por todos os passageiros com um sorriso discreto entregando os panos com gesto elegante mas ao chegar até Marcos sua postura mudou Sutilmente ela hesitou por uma fração de segundo antes de entregar a toalha aqui
está senhor disse sua voz sem a mesma suavidade que os ava com os outros passageiros Marcos ergueu os olhos e aceitou a toalha sem mudar sua expressão tranquila Obrigado cla se afastou rapidamente sentindo um leve desconforto mas ignorando minutos depois começou o serviço de bebidas os passageiros tinham uma seleção de vinhos finos champanhes coqueteis exclusivos ou opções sem álcool Preparadas sob medida ela passou pelos assentos oferecendo as bebidas com um sorriso profissional perguntando com gentileza a cada passageiro o que desejavam senr Williams uma taça do chant alar galx 2005 ofereceu a um homem de meia
idade que aceitou com entusiasmo Madame do bois o senhor gostaria do nosso Beline especial Claro parece delicioso respondeu a passageira com um sorriso mas ao chegar a Marcos Claire hesitou novamente ela queria simplesmente perguntar o que ele gostaria de beber como fazia com os outros mas por alguma razão não conseguiu impedir sua mente de assumir coisas sobre ele posso lhe oferecer um refrigerante ou talvez uma cerveja perguntou sua voz carregada de uma leve suposição Marcos olhou para ela por um momento antes de responder na verdade eu gostaria de uma taça de vinho alguma sugestão Claire
se irritou consigo mesma porque tinha assumido que ele pediria algo menos sofisticado temos um chant aar galx 2005 excelente senhor disse recompondo-se rapidamente parece uma ótima escolha respondeu Marcos com um leve sorriso Claire se virou para buscar o vinho sentindo um calor estranho Subir pelo peito porque aquilo a estava afetando tanto ela pegou a garrafa serviu a taça e entregou a Marcos sem fazer contato visual aqui está Senhor obrigado ele pegou a taça e girou levemente o vinho analisando a cor antes de levar a boca e saborear Claire observou de relance sem querer e percebeu
que ele sabia exatamente como degustar um vinho fino ele não era um estranho naquele mundo ela se afastou rapidamente tentando se concentrar em outras tarefas mas a inquietação dentro dela crescia a primeira refeição seria servida em breve e ela precisaria interagir com ele novamente e de alguma forma sabia que aquilo continuaria a testá-la o serviço de bordo avançava sem problemas os passageiros da primeira classe da riz Heroes desfrutavam de uma experiência Impecável com luzes suaves criando um ambiente relaxante e uma seleção de músicas instrumentais tocando baixinho pelos altofalantes Claire morial caminhava pela cabine com a
postura Impecável de uma comissária experiente distribuindo os cardápios personalizados com capas de couro fino cada passageiro da primeira classe tinha direito a escolher entre pratos assinados por chefes renomados harmonizados com vinhos raros e sobremesas sofisticadas ela se aproximou da a primeira fileira e começou a atender os passageiros um por um sorrindo educadamente e sugerindo os melhores pratos com um tom de profissionalismo ensaiado Boa noite senorita Roberts esta noite temos três opções principais filé minhon ao molho de trufas risoto de camarão com açafrão e um delicioso bacalhau confitado com purê de batatas gostaria de uma sugestão
de harmonização com vinho a mulher loira sorriu e aceitou o conselho sobre a melhor combinação Claire fez o mesmo com os próximos passageiros sempre cordial sempre polida Então chegou ao assento 2 A Marcos Grant estava confortavelmente recostado em sua poltrona a taça de vinho repousando sobre a mesa de serviço ao seu lado ele ergueu os olhos para Claire quando ela parou ao lado dele segurando o cardápio com as duas mãos Claire percebeu que Diferentemente de muitos passageiros que estudavam atentamente as opções do cardápio Marcos parecia tranquilo como se não precisasse da aquilo como se já
conhecesse bem esse tipo de serviço ela forçou um sorriso e entregou o menu aqui está o cardápio desta noite senhor caso precise de recomendações estou à disposição Marcos pegou o cardápio Mas em vez de Abrir imediatamente apenas olhou para ela com um semblante Sereno Obrigado você tem alguma sugestão Claire engoliu em seco ela sabia que deveria simplesmente responder como fazia com os outros passageiros mas sentia que havia algo diferente naquela interação sim senhor nosso filé minhão ao molho de trufas é uma das opções mais populares especialmente se combinado com o Chan almar galx que o
senhor já está apreciando o risoto de camarão também é uma excelente escolha para quem prefere frutos do mar um tudo parece muito bom disse Marcos finalmente abrindo o menu e passando os olhos pelas descrições Claire esperou torcendo para que ele fizesse sua escolha rapidamente para que que ela pudesse continuar atendendo os outros passageiros eu vou querer o filé Minon então decidiu ele fechando o cardápio com calma excelente escolha senhor disse Claire pegando o menu de volta quando estava prestes a se virar e seguir para o próximo passageiro Marcos falou novamente e qual é a sua
recomendação de sobremesa Claire parou por um instante temos um creme brulet de baunilha do Taiti um fondan de chocolate belga e um prato especial da casa um milif de framboesa com creme de pistache parece uma escolha difícil disse Marcos com um sorriso de canto todas são ótimas opções senhor respondeu Claire sentindo uma ponta de impaciência Marcos percebeu o Tom Sutilmente diferente na voz dela mas não comentou nada ele simplesmente fechou o cardápio e disse calmamente vou decidir depois Claire assentiu e se afastou rapidamente sentindo o coração acelerar um pouco algo na forma como ele falava
na sua tranquilidade na maneira como ele a olhava a fazia sentir um incômodo inexplicável Ela voltou para a cozinha do avião onde a equipe já preparava os pedidos dos passageiros algum problema perguntou Sofia notando a expressão dela não só só estou cansada respondeu Claire balançando a cabeça Sofia não pareceu convencida mas não insistiu Claire respirou fundo e tentou se concentrar no serviro mas por mais que tentasse ignorar sabia que algo dentro dela estava sendo desafiado naquela noite e que a presença de Marcos Grant a fazia sentir uma estranha mistura de desconforto E curiosidade o serviço
do jantar transcorreu de maneira fluida e profissional a equipe da horiz and airways era altamente treinada e cada prato saía da cozinha com uma apresentação Impecável Digno dos melhores restaurantes Cinco Estrelas o aroma dos Pratos recém preparados pairava no da cabine de primeira classe criando uma atmosfera de exclusividade e sofisticação Claire morial entregava as refeições com a postura elegante de sempre mantendo sua compostura e profissionalismo os passageiros apreciavam os pratos luxuosos e brindavam com vinhos caríssimos trocando sorrisos satisfeitos para todos aquela era apenas mais uma experiência de conforto e prazer em um voo Transcontinental mas
para Claire algo estava fora do lugar a presença de Marco grante continuava a perturbá-la não porque ele tivesse feito algo de errado mas porque ele não reagia como ela esperava diferente dos passageiros arrogantes que às vezes encontrava na primeira classe ele não exigia nada não fazia comentários pretensiosos nem tentava impressionar ninguém ele apenas estava ali calmo e observador como se soubesse algo que ela não sabia ela percebeu que estava prestando atenção demais nele e sacudiu a cabeça Sutilmente t afastar os pensamentos com o jantar concluído os passageiros começaram a relaxar ainda mais alguns reclinar suas
poltronas para assistir a filmes outros colocaram fones de ouvido e se perderam na própria música o ambiente estava silencioso e confortável Foi então que Marcos fez seu pedido Com licença Claire se virou e o encontrou olhando diretamente para ela sim senhor poderia trazer um café o pedido era simples um fé algo que ela servia inúmeras vezes durante cada voo mas por algum motivo ao ouvir aquele pedido vindo dele CL sentiu uma irritação súbita ela respirou fundo tentando entender o que exatamente a incomodava tanto Claro senhor como prefere Expresso sem açúcar certo trarei em alguns minutos
ela caminhou até a cozinha onde os Comissários estavam reorganizando os utensílios preparar um café expresso isso era uma tarefa fácil algo automático mas enquanto segurava a xícara e enchia a máquina com a dose precisa sentiu uma raiva inexplicável crescendo dentro de si era apenas um passageiro apenas mais um cliente como qualquer outro mas então por que ela não conseguia afastar a sensação de que ele estava de alguma forma desafiando-a seu pensamento foi interrompido pelo som da máquina de café terminando o preparo ela pegou a xícara e a colocou em um Pires Prateado ajeitando uma colher
ao lado olhou para o café Fumegante sentindo Suas Emoções borbulhando junto com o líquido escuro sem pensar sem refletir um impulso irracional tomou conta dela em um movimento rápido inconsciente ela inclinou a xícara permitindo que uma pequena quantidade do Líquido Quente transbordasse e escorresse pela borda não o suficiente para encharcar o piris mas o bastante para que se alguém Não tomasse cuidado o café pudesse derramar foi um gesto pequeno um detalhe imperceptível para qualquer outra pessoa mas para Claire era um ato de afirmação silenciosa ela pegou a bandeja e voltou para a cabine caminhando até
Marcos com um sorriso falso no rosto aqui está o seu café Senhor disse sua voz carregada com uma falsa doçura ela se inclinou levemente para colocar a xícara sobre a mesa de serviço mas no exato momento em que fez isso sua mão escorregou o café derramou o Líquido Quente respingou diretamente no braço de Marcos e parte de sua camisa criando uma mancha escura contra o tecido Claro Houve um momento de silêncio absoluto os passageiros ao redor que antes estavam absortos em seus filmes e conversas olharam na direção deles o ambiente antes Pacífico e elegante agora
parecia carregado de tensão Marcos não disse nada por um longo momento Claire congelou ela não tinha planejado aquilo exatamente assim seu objetivo não era criar uma cena mas ao mesmo tempo não sentia culpa oh meu Deus Senhor me desculpe exclamou sua voz exageradamente dramática ela pegou um guardanapo e começou a tentar limpar a camisa dele mas Marcos levantou a mão interrompendo a está tudo bem disse sua voz baixa mas cheia de significado ele pegou um guardanapo e começou a se limpar sem pressa sem nenhuma explosão de raiva Claire esperava outra reação Talvez um grito Talvez
uma reclamação formal mas ele apenas olhou para ela não havia Fúria em seus olhos não havia indignação apenas algo profundo algo que fez Claire sentir um calafrio na espinha foi nesse momento que ela percebeu que havia cometido um erro e que de alguma forma Marcos Grant não era apenas mais um passageiro qualquer a cabine de primeira classe da rizan Heroes que antes estava mergulhada em um silêncio tranquilo agora parecia sufocada por uma tensão invisível os passageiros que testemunharam o incidente fingiam que não estavam prestando atenção mas os olhares discretos e os murmúrios baixos denunciavam que
todos sabiam que algo estava errado Marcos Grant permaneceu sentado segurando o guardanapo que usava para secar a mancha de café quente em sua camisa o líquido escuro havia se espalhado pelo sido caro deixando marcas visíveis seu braço que recebeu o impacto direto do café ainda formigava pelo calor mas ele não reagiu como Claire esperava ele não gritou ele não se exaltou ele nem sequer exigiu que ela fizesse algo para consertar a situação ele apenas olhava para Claire com uma expressão difícil de decifrar era isso que a incomodava ela já havia atendido passageiros grosseiros arrogantes e
até agressivos sabia Li dar com clientes que faziam escândalos por problemas mínimos Mas Marcos não estava sendo nada disso e de alguma forma aquilo era ainda pior Claire tentou recuperar sua postura ajustando seu uniforme e mantendo um sorriso treinado no rosto Senhor eu realmente sinto muito disse mantendo a voz firme mas tentando parecer arrependida foi um acidente deixe-me buscar um pano úmido para ajudá-lo a limpar Marcos observou por um momento antes de responder sua voz firme mas tranquila não precisa Claire hesitou eu insisto senhor sua camisa eu disse que não precisa ele repetiu desta vez
olhando diretamente em seus olhos a maneira como ele a encarava fez com que Claire sentisse um frio repentino percorrer sua espinha não era um olhar de raiva mas de análise como se ele estivesse vendo através dela além da fachada profissional além das desculpas ensaiadas cla sentiu sua garganta secar mas está tudo bem ele disse novamente dobrando o guardanapo e colocando sobre a bandeja a forma como ele falava o controle absoluto sobre suas emoções a postura Impecável tudo fazia cla se sentir menor naquele momento ela sabia que não tinha sido um acidente e agora tinha certeza
de que ele também sabia mas ele não disse nada não a acusou não exigiu que alguém fosse chamado não ameaçou fazer uma reclamação formal ele apenas a deixou ali parada sentindo-se exposta a essa altura Claire podia sentir os olhares dos outros passageiros alguns voltaram rapidamente para seus próprios assuntos mas ela sabia que estavam atentos não importava quantos anos de experiência tivesse algo naquela situação a fez sentir como se estivesse sendo julgada de uma forma que nunca antes experimentara ela limpou a garganta e tentou encontrar algo para dizer se precisar de mais alguma coisa estarei à
disposição murmurou sentindo um leve tremor em sua própria voz Marcos Apenas assentiu sem desviar o olhar sem mais nada dizer Claire se afastou apressadamente segurando a bandeja com força assim que entrou na área reservada à tripulação encostou-se contra a parede fechando os olhos por um momento O que diabos estava acontecendo com ela ela já havia lidado com situações estressantes antes passageiros bêbados reclamações exageradas até confrontos diretos mas nada havia afetado tanto quanto aquele olhar de Marcos ela abriu os olhos e encontrou Sofia sua colega observando com curiosidade o que aconteceu lá fora Sofia perguntou franzindo
a testa nada Claire respondeu rapidamente Sofia ergu uma sobrancel n porque parece que vi um fantasma só derramei café em um passageiro disse Claire tentando Minimizar foi um acidente Sofia suspirou Claire o quê você sabe que isso não foi só um acidente Claire ficou em silêncio Sofia a conhecia bem as duas trabalhavam juntas há anos e tinham enfrentado inúmeros voos lado a lado se havia alguém que poderia ver através dela era Sofia foi só um deslize Claire insistiu cruzando os braços ele não reclamou não reclamou porque não precisava respondeu Sofia Você viu o jeito que
Ele olhou para você Claire sentiu um arrepio O que quer dizer com isso Sofia hesitou antes de responder eu acho que ele sabe Claire engoliu em seco sabe o quê sabe que você fez de propósito houve um silêncio tenso entre elas Claire tentou rir mas o som saiu estranho Não seja ridícula Sofia não estou sendo respondeu a colega séria estou dizendo que ele não é qualquer um ele não reagiu como um passageiro comum Claire não respondeu ela não queria admitir mas sabia que Sofia estava certa Marcos Grant não era um passageiro comum e agora Claire
começava a temer o que isso significava para ela Claire morial permaneceu encostada na parede do compartimento da tripulação sentindo o coração batendo um pouco mais rápido do que deveria a conversa com Sofia não ajudara em nada se antes ela tentava se convencer de que o incidente com o café não tinha importância agora uma inquietação crescente tomava conta dela ela passou a mão pelo rosto respirando fundo era apenas um passageiro apenas um maldito passageiro Então por que ela se sentia tão vulnerável do lado de fora a cabine de primeira classe voltava lentamente ao normal os passageiros
que testemunharam a cena haviam retomado seus filmes suas leituras suas conversas mas Claire Sabia que não estava esquecida ela consegi iia sentir os olhares sutis os cichos abafados E acima de tudo conseguia sentir a presença de Marcos GR ele ainda estava lá sentado relaxado continuava a bebericar o vinho com elegância como se absolutamente nada tivesse acontecido ele sequer demonstrou desconforto ou raiva e isso isso a deixava louca se ao menos ele tivesse se irritado se tivesse feito uma cena exigido falar com o chefe da ulação pedido algum tipo de compensação ridícula Então tudo teria seguido
o roteiro que Claire conhecia ela sabia lidar com clientes difíceis ela tinha enfrentado passageiros que gritavam que a insultavam por erros mínimos que exigiam atendimento subserviente como se fossem Reis Mas Marcos não era assim ele apenas olhava e aquilo de alguma forma Era muito pior clire inspirou o fundo e tentou se recompor ainda havia horas de voo pela frente ela precisava seguir com suas funções como se nada tivesse acontecido não podia demonstrar nervosismo ela endireitou a postura ajeitou o blazer do uniforme e saiu do compartimento da tripulação voltando para a cabine o primeiro passageiro que
viu Foi um senhor de meia idade sentado duas fileiras atrás de Marcos que a encarou por um breve momento ele não disse nada mas Claire percebeu a expressão em seu rosto desaprovação ela engoliu em Eco e desviou o olhar rapidamente Então fez o que sabia fazer de melhor fingiu que tudo estava perfeitamente normal seguiu para os outros passageiros recolhendo taças vazias checando se precisavam de algo oferecendo lenços umedecidos cada movimento era cuidadosamente ensaiado uma performance de profissionalismo inabalável mas inevitavelmente seu olhar voltou a Marcos e para seu desgosto encontrou os olhos dele já fixos nela
Ele não disse nada apenas olhou Claire desviou o olhar de imediato como se tivesse sido Peg em flagrante sentiu o rosto esquentar mas se Forçou a continuar o serviço como se nada tivesse acontecido ela passou pelo assento dele sem parar determinada a ignorá-lo mas no exato momento em que pensou que tinha escapado da situação ouviu a voz dele Com licença a respiração de Claire parou por um segundo ela se virou lentamente encontrando o olhar calmo porém afiado de Marcos Sim senhor sua voz saiu um pouco mais tensa do que ela gostaria ele segurava a taça
de vinho pela ase os dedos longos e elegantes girando suavemente o líquido escuro dentro do Cristal eu gostaria de falar com o capitão a frase foi dita de forma simples quase casual mas para Claire foi como um soco no estômago ela piscou algumas vezes tentando processar o senhor deseja falar com o capitão isso mesmo disse ele sem alterar o tom de voz cla sentiu o pânico Subir pelo peito o que ele estava planejando nenhum passageiro pedia para falar com o capitão sem um bom motivo e ela sabia que Marcos tinha um motivo por um breve
instante cogitou perguntar a ele o porquê do pedido mas algo no olhar dele a fez perceber que Não adiantaria ele não precisaria dizer nada ela sabia porque ele queria falar com o capitão eu eu preciso verificar isso com o chefe de cabine murmurou sentindo a garganta seca Marcos apenas assentiu e voltou a girar levemente o vinho na taça como se tivesse todo o tempo do mundo Claire se afastou rapidamente sentindo a pulsação acelerar ela caminhou direto para a frente da aeronave onde encontrou o chefe de cabine Daniel Carter algum problema perguntou ele notando o rosto
ligeiramente pálido de Claire ela tentou manter a compostura o passageiro do assento dois a pediu para falar com o capitão Daniel franziu a testa alguma razão específica Claire hesitou Ele não disse Só pediu para falar com o capitão Daniel suspirou e passou a mão no queixo normalmente não atendemos pedidos assim a menos que seja algo muito sério Claire prendeu a respiração exatamente então talvez possamos dizer a ele que o capitão está ocupado e mas se ele insistir teremos que levá-lo até lá Daniel completou interrompendo aire sentiu o estômago afundar was Claire Você sabe quem ele
é a pergunta foi direta mas pegou o Claire de surpresa o quê Daniel A encarou por um momento antes de soltar um suspiro longo eu vi o nome dele na lista de passageiros Claire piscou confusa I Daniel baixou um pouco o tom de voz Claire Marcos GR é dono de um conglomerado de empresas de aviação a respiração de Claire parou por um instante Como é que é você ouviu direito ele tem participação em várias companhias aéreas adivinha só a horizen airways é uma delas Claire sentiu um frio percorrer sua espinha Daniel cruzou os braços se
ele quiser falar com o capitão Vamos levá-lo até lá porque Tecnicamente ele é o dono deste avião Claire abriu a boca mas nenhuma palavra saiu ela sentiu o chão desaparecer sob seus pés o dono do avião o homem que ela tinha tratado com desd o homem em quem ela havia despejado café quente o homem que agora queria falar com o capitão Claire sentiu o peito apertar Marcos Grant não era um passageiro comum e a partir daquele momento nada mais seria como antes Claire sentiu o ar desaparecer de seus pulmões a cabine de primeira classe antes
um espaço de luxo e conforto agora Parecia um Palco onde ela era protagonista de um espetáculo prestes a desmoronar as palavras de Daniel ainda ecoavam em sua mente Marcos grante é dono deste avião ela engoliu em seco tentando controlar a onda de pânico que ameaçava dominá-la Daniel percebendo sua reação cruzou os braços e inclinou ligeiramente a cabeça Claire tem algo que você quer me contar a pergunta foi feita de maneira casual mas Claire sentiu o peso por trás dela ele havia notado sua inquietação talvez até suspeitasse de algo não ela começou a voz saindo um
pouco trêmula não há nada ele só pediu para falar com o capitão Daniel continuou a observá-la por um instante antes de suspirar certo vou informar o capitão mas Claire ele inclinou-se ligeiramente reduzindo o tom de voz se há algo que você fez para irritá-lo sugiro que comece a se preparar Claire prendeu a respiração mas não respondeu preparar-se para que ela queria acreditar que Marcos não era um homem vingativo ele parecia calmo demais confiante demais um homem como ele não perderia tempo com pequenas brigas com Comissários de bordo certo mas ele não era qualquer passageiro ele
era o dono da Companhia Aérea e ele tinha todo o poder do mundo para acabar com a carreira dela com apenas uma palavra enquanto Daniel se afastava para falar com o capitão Claire sentiu sua visão se tornar ligeiramente turva sua começou a correr em círculos tentando avaliar todas as possibilidades Talvez ele só quisesse fazer uma reclamação formal Talvez ele não fosse fazer nada apenas deixaria a situação pairar sobre ela como uma Ameaça Invisível ou talvez talvez ele quisesse vê-la sendo humilhada a simples ideia fez um nó se formar em seu estômago ela passou a mão
pelo rosto e respirou fundo forçando-se a manter a compostura se ela demonstrasse nervosismo seria ainda Pior se fosse para cair cairia com dignidade ela saiu da área de tripulação e voltou à cabine tentando parecer natural mas seu corpo inteiro estava rígido ela evitou olhar diretamente para Marcos mas podia sentir sua presença como uma sombra ao fundo de sua mente ele sabia ele sabia quem ela era e sabia o que ela tinha feito minutos depois Daniel voltou com um aceno discreto para Marcos senhor Grand o o capitão pode recebê-lo agora Marcos sorriu levemente e assentiu colocando
a taça de vinho na mesa de serviço antes de se levantar com a mesma tranquilidade que Manteve durante todo o voo enquanto ele passava pelo corredor Claire sentiu seu coração bater com força se ele olhasse para ela se dissesse qualquer coisa mas ele não disse ele apenas caminhou com uma calma meticulosa como se estivesse completamente no controle de tudo ao seu redor CL observou tensa enquanto ele desaparecia atrás da porta que levava a cabine do piloto ela queria desesperadamente saber o que ele estava prestes a dizer mas ao mesmo tempo tinha medo de descobrir dentro
da cabine do piloto o ambiente era um contraste completo com a tensão que Claire sentia o capitão Richard Bennett um homem de 50 e poucos anos com anos de experiência cumprimentou Marcos com respeito Senor Grant é um prazer tê-lo a Bordo sorriu apertando a mão do Capitão O prazer é meu capitão bennet Espero que sua tripulação não tenha sido informada de quem eu sou antes do voo bennet riu levemente apenas a equipe Senior sabia tentamos manter isso discreto como o senhor pediu Marcos assentiu satisfeito aprecio isso gosto de ver como as coisas funcionam sem interferências
bennet olhou para Daniel que permanecia ao lado atento sou soube que pediu para falar comigo algum problema Marcos sorriu mas havia algo afiado em seu olhar não um problema mas um incidente o capitão ficou sério imediatamente o que aconteceu Marcos cruzou os braços e falou com a mesma Tranquilidade de sempre digamos apenas que uma de suas comissárias precisa de um lembrete sobre o que significa trabalhar para uma companhia que preza pela excelência no serviço ao cliente o capitão trocou um olhar rápido com Daniel Antes de Voltar a encarar Marcos está falando da senhorita morial Marcos
ergueu uma sobrancelha surpreso Então você já sabe bennet suspirou senr Grant Claire moral está na companhia há anos ela é uma das comissárias mais experientes E aparentemente uma das mais problemáticas interrompeu Marcos com um tom tranquilo mas firme o capitão ficou em silêncio o senhor quer que eu tome alguma ação disciplinar imediata Marcos ficou em silêncio por um momento pensando Então finalmente respondeu ainda não bennet franziu a testa ainda não Marc sorriu levemente não sou um homem impulsivo Capitão gosto de ver até onde as pessoas vão quando acham que estão no controle bennet assentiu lentamente
compreendendo o que Marcos queria dizer então o que deseja que façamos Marcos olhou para o painel de controle da aeronave por um momento antes de responder por enquanto nada vamos ver o que acontece até o pouso o capitão assentiu como quiser Senor GR Marcos sorriu e por favor não a alerte quero ver como ela age quando acha que ainda tem poder bennet trocou um olhar com Daniel mas não questionou Marcos Então se virou para sair da cabine enquanto caminhava de volta para a primeira classe ajustando o botão de sua Camisa Manchada de café seu sorriso
cresceu um pouco mais ele gostava de ensinar lições e Claire morial estava prestes a aprender uma da maneira mais difícil Claire morial permaneceu na área reservada à tripulação sentindo um nó se formar no estômago seus pensamentos giravam em torno do que poderia estar acontecendo na cabine do piloto o que Marcos Grant estava dizendo o que ele queria ela mordeu o lábio inferior os nevos A Flor da Pele Será que ele estava pedindo para que ela fosse removida do voo er impossível eles estavam a mais de 10.000 m de altitude e a única maneira de tirá-la
dali seria aterrissando em um aeroporto próximo mas será que ele estava exigindo que ela fosse demitida assim que pousassem o simples pensamento fez um calafrio percorrer sua espinha Sofia apareceu ao seu lado segurando um copo d'água e olhando-a com preocupação você está bem Claire respirou fundo forçando um sorriso que não chegou aos olhos Claro porque não estaria Sofia arqueou a sobrancelha porque um passageiro poderoso pediu para falar com o capitão logo depois de você ter derramado café nele o sorriso falso de Claire desapareceu Foi um acidente murmurou mais para si mesma do que para Sofia
Sofia suspirou Claire Eu sei que não foi Claire sentiu um aperto no peito não importa disse rapidamente ele não vai fazer nada se quisesse que eu fosse punida teria agido na hora Sofia a encarou por um momento antes de dar de ombros se você diz antes que Claire pudesse responder a porta da cabine do piloto se abriu Marcos Grant saiu de lá ele caminhou pelo Corredor da primeira classe com a mesma calma impenetrável de sempre a camisa ainda exibia a mancha de café mas ele não parecia incomodado não parecia um homem que acabava de reclamar
sobre um membro da tripulação Claire observou cada passo que ele dava tentando decifrar algo em sua expressão ele não a olhou imediatamente apenas seguiu até seu assento ajustou o relógio no pulso e sentou-se quando finalmente ergueu o olhar seus olhos encontraram os dela foi apenas um segundo mas foi o suficiente para que Claire sentisse sua respiração falhar ele sabia pior ele não ia fazer nada não ainda Claire sentiu o sangue gelar em suas veias o que ele estava esperando ela voltou para a área da tripulação sentindo-se sufocar precisava organizar sua mente precisava pensar não podia
simplesmente passar o resto do voo se preocupando com o que um passageiro ainda que poderoso poderia fazer mas a sensação de que ele estava no controle da situação não a abandonava ele está jogando com você disse uma voz em sua mente ela tentou ignorar tentou se concentrar em suas funções mas conforme os minutos passavam sentia-se cada vez mais inquieta o voo PR guia sem grandes incidentes a maioria dos passageiros estava relaxando assistindo a filmes ou dormindo a iluminação da cabine foi reduzida para criar um ambiente mais confortável Claire tentou se convencer de que estava exagerando
was então Com licença a voz a voz dele Claire fechou os olhos por um segundo antes de se virar Marcos Grant estava sentado com sua postura Impecável olhando diretamente para ela com aquela calma irritante sim senhor perguntou forçando um tom neutro ele ergueu a taça vazia que estava ao seu lado poderia me trazer outro vinho o mesmo de antes por favor Claire hesitou por uma fração de segundo ela sabia que não podia recusar mas havia algo no tom de voz dele na maneira como ele pedia as coisas ele estava testando-a ela forçou um sorriso e
assentiu claro senhor ela pegou a taça e caminhou até o compartimento de bebidas suas mãos estavam tremendo levemente enquanto pegava a garrafa porque estava tão nervosa ela respirou fundo ele só pediu um vinho não tem nada demais nisso ela voltou para seu assento inclinando-se levemente para servir o vinho em sua taça Manteve os movimentos precisos perfeitos sem hesitação quando terminou recuou um passo e disse aqui está senhor Marcos pegou a taça e girou o vinho lentamente como fizera antes mas dessa vez ele não bebeu imediatamente ele apenas segurou a taça na mão observando-a e então
sem desviar os olhos dela ele sorriu cla sentiu um arrepio profundo percorrer sua espinha ela não sabia exatamente por mas naquele momento soube Com certeza absoluta que estava em desvantagem e Marcos GR ele sabia disso o tempo todo o avião avançava pela vastidão do céu noturno flutuando sobre as nuvens em Uma tranquilidade que contrastava violentamente com o turbilhão dentro da mente de Claire morial a cabine de primeira classe estava silenciosa com alguns passageiros dormindo outros assistindo filmes ou imersos em seus próprios mundos mas Claire não conseguia relaxar a cada passo que dava pelo corredor a
cada vez que olhava para Marcos Grant sentia uma tensão invisível envolvendo-a ele não tinha feito nada não a acusou não chamou a atenção da tripulação não exigiu que ela fosse punida pelo que fizera e isso Era exatamente o que a deixava aterrorizada ele não precisava reagir imediatamente ele tinha tempo e pior tinha poder clé tentou seguir com suas tarefas normalmente mas por mais que tentasse ignorar sabia que Marcos estava observando não de uma forma escancarada ou agressiva mas de um jeito Sutil discreto quase divertido ela sentia seus olhos nela e isso fazia sua pele arrepiar
ela tentava se convencer de que nada aconteceria até o pouso Talvez ele estivesse apenas deixando a situação passar considerando que era um voo longo e que arrumar confusão a essa altura seria um incômodo desnecessário mas uma parte dela sabia que esse não era o caso ele não parecia o tipo de homem que esquecia nem o tipo que deixava passar a voz que quebra o silêncio por um momento Claire achou que talvez estivesse errada as horas se passaram e Marcos não fez mais nenhum pedido Ele simplesmente aproveitou o voo como qualquer outro passageiro terminou seu vinho
leu um pouco Cochilou brevemente quando ele fechou os olhos para descansar Claire sentiu uma onda de alívio talvez fosse isso talvez ele realmente não se importasse talvez ela estivesse paranoica Mas então ele abriu os olhos novamente e chamou por ela Com licença a voz dele atravessou a cabine como uma lâmina afiada Claire se virou devagar sentindo seu coração bater mais forte ela caminhou até ele tentando parecer composta tentando ignorar o medo gelado na base de sua nuca sim senhor perguntou mantendo a voz neutra Marcos não respondeu imediatamente ele pegou a taça de vinho vazia e
girou a levemente entre os dedos como se estivesse ponderando algo e então ele sorriu gostaria de saber disse ele sua voz calma e precisa Qual é o procedimento para lidar com o incidente a Bordo cla sentiu um nó se formar em sua garganta ela Manteve sua expressão neutra mas dentro dela seu corpo inteiro estava em Alerta depende do tipo de incidente senhor respondeu tentando parecer profissional Há diferentes protocolos dependendo da gravidade da situação Marcos assentiu lentamente e digamos se um passageiro fosse tratado de forma inadequada por um membro da tripulação o ar ficou mais pesado
Claire sentiu o suor frio se formar na base de suas costas ela sabia o que ele estava fazendo ele não estava acusando diretamente mas estava deixando claro que poderia fazê-lo a qualquer momento ela escolheu suas palavras com cuidado se um passageiro sente que foi Tratado de forma inadequada ele pode relatar o incidente à tripulação que tomará medidas apropriadas para corrigir a situação Marcos uma sobrancelha medidas apropriadas Sim Senhor ele permaneceu em silêncio por um momento observando-a e então inclinou-se ligeiramente para a frente descansando os antebraços sobre a mesa de serviço e se o passageiro decidir
não relatar o incidente imediatamente Claire prendeu a respiração a essa altura Não havia mais dúvidas ele estava jogando com ela e estava saboreando cada segundo disso ela tentou manter sua o passageiro pode relatar o incidente quando desejar entendi disse Marcos sorrindo ele fez uma pausa e então acrescentou com um tom de voz casual demais por veja bem eu estava pensando se deveria ou não relatar um incidente cla sentiu um calafrio percorrer sua espinha ela não sabia o que dizer seu instinto gritava para que ela se afastasse para que encerrasse aquela conversa de forma profissional e
seguisse com suas funções mas ao mesmo tempo sabia que Marcos Grant não deixaria isso para lá ela umedeceu os lábios antes de responder se desejar relatar algo senhor estarei à disposição para auxiliá-lo o sorriso dele se alargou ligeiramente Ótimo vou pensar sobre isso e então ele a dispensou com um olhar Claire assentiu rigidamente e se afastou o mais rápido possível sentindo seu coração batendo contra as costelas Ela voltou para o espaço reserv à tripulação respirando fundo Sofia percebeu imediatamente a expressão pálida dela O que foi agora Claire não respondeu ela não podia responder porque agora
estava claro Marcos Grant não iria esquecê-la ele estava esperando apenas esperando e Claire morial Nunca havia sentido tanto medo em toda a sua vida o tempo parecia desacelerar dentro da cabine de primeira classe da horizen airways para os passageiros o voo Transatlântico segui sua rotina de luxo e conforto para Claire morial no entanto cada minuto se tornava uma tortura silenciosa ela nunca se sentirá tão exposta tão vulnerável Marcos Grant não levantara a voz não fizera ameaças explícitas não exigirá nada mas de alguma forma ele a deixava aterrorizada porque ele sabia e porque ele estava esperando
o momento certo para agir Claire se refugiou na área da tripulação os dedos apertando o balcão de serviço com mais força do que o necessário sua mente girava em círculos tentando encontrar uma saída uma forma de controlar a situação ela podia se antecipar poderia se desculpar talvez se abordasse Marcos e demonstrasse arrependimento ele não levasse a situação adiante mas essa ideia a fazia sentir um gosto amargo na boca ela não queria se desculpar ela não era uma novata na Aviação trabalhava há anos naquele setor e conhecia os passageiros de primeira classe como ninguém já servirá
a bilionários excêntricos políticos influentes artistas mundialmente famosos e nenhum deles a fizera sentir-se tão desarmada como Marcos GR ela precisava de um plano Claire a voz de Sofia a trouxe de volta à realidade ela se virou e encontrou o olhar atento da colega o que foi você parece estar prestes a desmaiar Sofia comentou cruzando os braços Seja honesta comigo o que está acontecendo Claire hesitou por um momento ela não podia contar a verdade nada mentiu desviando o olhar Sofia suspirou claramente sem acreditar certo mas se precisar de ajuda me avise Claire apenas assentiu mas ela
sabia que ninguém poderia ajudá-la agora o jogo continua minutos se passaram e cla decidiu que não podia passar o resto do voo se escondendo ela precisava enfrentá-lo endireitando a postura saiu da área da tripulação e caminhou pelo Corredor da cabine mantendo a expressão impassível se ele queria testá-la ela não lhe daria o prazer de vê-la desmoronar os passageiros pareciam relaxados alheios à tempestade invisível que se desenrolava naquele avião alguns dormiam outros assistiam a filmes e alguns conversavam discretamente enquanto bebiam taças de vinho caro mas então Claire avistou Marcos ele estava observando-a não era um olhar
agressivo nemum olhar de desprezo era pior ele a analisava com uma calma absoluta como se já soubesse exatamente como a história terminaria clé tentou ignorá-lo e continuou andando mas quando estava prestes a passar direto por ele Marcos fez algo inesperado ele ergueu uma mão sinalizou para ela como se soubesse que ela viria o estômago de clé se revirou Mas ela não tinha escolha ela parou ao lado de seu assento e forçou um sorriso profissional posso ajudá-lo senhor Marcos inclinou ligeiramente a cabeça seu sorriso discreto retornando Pode sim Claire respirou fundo esperando o golpe mas o
que ele disse a seguir a pegou completamente desprevenida me conte sobre você ela piscou surpresa perdão me conte sobre você repetiu Marcos calmamente você trabalha aqui há quanto tempo Claire hesitou aquilo era um truque a mais de 10 anos senhor respondeu com cautela Marcos assentiu satisfeito e gosta do trabalho sim senhor respondeu automaticamente o que mais gosta nele Claire começou a se sentir inquieta gosto de viajar respondeu tentando encurtar a conversa e de interagir com pessoas diferentes hm Marcos girou a taça vazia entre os dedos então interagir com passageiros deve ser uma das suas partes
favoritas do trabalho certo ela sentiu o coração acelerar sim senhor Marcos ergueu a sobrancelha levemente Então me diga o que você achou de interagir comigo O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor cla sentiu o chão sumir sobre seus pés ela sabia que essa pergunta não era aleatória ela sabia que não havia resposta certa se dissesse que foi uma interação normal ele saberia que estava mentindo se dissesse que foi uma interação difícil confirmaria que estava desconfortável com ele por um segundo pensou em simplesmente sair dali dizer que não podia continuar a conversa mas fugir seria pior
Então fez a única coisa que conseguiu pensar jogou o jogo dele acho que foi interessante senhor Marcos sorriu levemente interessante sim Claire Manteve o Tom profissional lutando para manter a postura nem todos os dias temos passageiros que fazem pergunta tão curiosas Marcos riu baixinho como se estivesse se divertindo ele sabia que ela estava tentando se esquivar mas ele não a deixaria escapar tão fácil Fico feliz que tenha achado a experiência interessante disse ele ainda sorrindo porque eu também achei cla sentiu um arrepio na espinha Agora me diga mais uma coisa ela aprendeu a respiração o
que ele perguntaria agora mas para sua surpresa Marcos apenas pegou a taça e entregou a ela poderia buscar mais um vinho para mim Claire piscou Confusa a tensão dentro dela aumentou isso era um teste ela pegou a taça e assentiu rigidamente claro senhor ela se afastou rapidamente sentindo o coração martelando dentro do peito a cada segundo que passava ficava mais claro ele estava jogando com ela e a cada movimento ele a encurrala um pouco mais o avião cortava o céu no turno deslizando suavemente Acima das nuvens o voo Transatlântico seguia sem turbulências mas para Claire
morial cada segundo a Bordo era uma tempestade silenciosa que se intensificava a cada olhar a cada palavra a cada pequeno gesto de Marcos Grand ela segurava a taça de vinho vazia com força enquanto caminhava para o compartimento de bebidas seu corpo estava tenso seus pensamentos confusos o que ele quer ele poderia tê-la denunciado na mesma hora poderia ter exigido sua demissão no momento em que o café quente tocou sua pele e manchou sua camisa cara mas não fez nada disso em vez disso ele a estava testando e a cada passo a cada interação ele deixava
claro que estava no controle clire chegou ao compartimento de serviço respirou fundo e pegou a garrafa de vinho seu coração ainda martelava contra as costelas mas ela tentou ignorar o desconforto Você parece uma bomba relóg prestes a explodir Sofia comentou ao seu lado observando-a com atenção eu estou bem Claire respondeu automaticamente Sofia estreitou os olhos é por causa do passageiro Claire não respondeu apenas abriu a garrafa e começou a servir o vinho na taça controlando cada movimento para que sua mão não tremesse Sofia suspirou Você deveria falar com o chefe de cabine e dizer o
quê Claire respondeu sua voz soando mais cortante do que pretendia Sofia cruzou os braços você sabe exatamente o que Claire terminou de encher a taça e a colocou na bandeja com mais força do que o necessário eu vou resolver isso Sofia ergueu as mãos em um gesto De rendição tudo bem mas se precisar de mim estou aqui Claire não respondeu pegou a bandeja e caminhou de volta para a cabine de primeira classe o brinde silencioso ela avançou pelo corredor com passos firmes se ele queria testá-la ela não lhe daria o prazer de vê-la desmoronar quando
chegou ao assento de Marcos ele já estava esperando ele sempre estava esperando Claire colocou a bandeja sobre a mesa de serviço e com mãos firmes pegou a taça e a Entregou seu vinho senhor Marcos pegou a taça com calma mas não bebeu imediatamente em vez disso girou o líquido escuro dentro do copo analisando como se estivesse refletindo sobre algo importante Obrigado disse ele sua voz baixa e cheia de significado Claire Manteve sua postura rígida há mais alguma coisa que eu possa fazer por você senhor Marcos ergueu os olhos e a observou com calma absoluta ele
não precisava dizer nada seu olhar dizia tudo Claire sentiu um nó apertar em sua garganta Então finalmente Marcos ergueu a taça e a inclinou levemente em direção a ela um brinde silencioso Claire não reagiu imediatamente era um gesto estranho um jogo psicológico mas ela não cederia forçou um pequeno sorriso e assentiu levemente Marcos satisfeito levou a taça aos lábios e tomou um gole lento do vinho ela havia passado no teste pelo menos por enquanto Claire se afastou rapidamente sentindo que precisava de ar mas assim que deu as costas ouviu a voz dele novamente você sabe
que não precisa ter medo de mim Claire parou seu coração disparou ela se virou lentamente e encontrou os olhos afiados de Marcos GR fixos nela ele não estava brincando agora ele estava dizendo a verdade mas isso só tornava tudo pior Claire tentou manter a compostura Eu não tenho medo do senhor Marcos ergueu a sobrancelha seu sorriso voltando bom porque eu gosto de pessoas corajosas Claire não respondeu ela não podia responder em vez disso virou-se e caminhou de volta para a área da tripulação sentindo um arrepio percorrer sua pele Marcos Grant Não era como os outros
passageiros e cada vez mais Claire sentia que estava entrando em um jogo do qual não sabia as regras e muito menos como vencer o avião continuava seu trajeto sobre o Atlântico cortando o céu noturno como uma flecha silenciosa o ambiente dentro da cabine de primeira classe era tranquilo mas Claire morial sentia que estava andando sobre gelo Fino que a qualquer momento poderia rachar sobre seus pés e lançá-la para um Abismo Sem Fim ela tentava Manter o controle tentava ignorar a presença de Marcos Grant tentava se convencer de que ele estava apenas jogando com ela testando
seus limites mas cada interação cada olhar que ele lançava em sua direção cada palavra cuidadosamente escolhida tudo deixava Claro que ele sabia exatamente o que estava fazendo e o pior ele estava gostando disso Claire nunca se sentiu assim antes ela sempre foi uma profissional Impecável durante anos atendeu bilionários celebridades políticos e Magnatas da tecnologia sem nunca se deixar abalar ela sabia lidar com exigências absurdas sabia manter a compostura diante dos clientes mais difíceis mas Marcos Grant não precisava ser grosseiro para desarmá-la ele não levantava a voz não exigia nada de maneira agressiva ele apenas a
olhava com uma calma absoluta como se estivesse esperando que ela cometesse outro er erro e Claire sentia que era apenas uma questão de tempo até que isso acontecesse a troca de olhares que a deixou sem ar ela tentava manter distância mas sempre que olhava na direção de Marcos ele já estava olhando para ela ele nunca desviava o olhar primeiro isso a deixava inquieta porque significava que ele queria que ela soubesse que estava observando e então veio o momento que fez Claire prender a respiração Marco sorriu para ela não foi um sorriso comum foi um sorriso
controlado cheio de significado quase como se ele estivesse se divertindo com tudo aquilo Claire sentiu seu coração bater forte Ela queria desviar o olhar queria ignorá-lo mas não conseguia era como se ele estivesse prendendo a ali naquele instante naquele olhar e então ele fez algo ainda pior ele inclinou a cabeça ligeiramente como se a desafiasse silenciosamente Claire sentiu um calafrio subir por sua espinha ela não queria jogar esse jogo mas já estava nele e não sabia como sair o pedido que mudou tudo minutos depois clé tentou se ocupar com tarefas menores para desviar sua atenção
dele mas então mais uma vez a voz dele cortou o silêncio com licença ela sabia que era ele antes mesmo de se virar respirando fundo ela caminhou até seu assento forçando um sorriso profissional sim senhor Marcos pousou os cut vos na mesa de serviço e entrelaçou os dedos olhando para ela com aquele mesmo olhar penetrante você pode se sentar Claire piscou confusa sentar sim aqui por um momento Claire sentiu um não apertar sua garganta o que ele queria agora nenhum passageiro jamais havia pedido algo assim antes era altamente incomum que um comissário de bordo se
sentasse ao lado de um passageiro durante o voo senhor Claire começou escolhendo suas palav com cuidado eu estou em serviço eu sei disse ele calmamente mas tenho uma pergunta Claire hesitou ela não deveria fazer isso mas então olhou ao redor e percebeu algo desconcertante ninguém estava prestando atenção os outros passageiros estavam mergulhados em seus filmes alguns dormiam outros estavam com fones de ouvido a cabine de primeira classe era espaçosa o suficiente para que aquela conversa parecesse privada Marc sabia disso e ele estava usando isso a seu favor Claire olhou para os lados como se procurasse
uma saída mas no fundo Sabia que não tinha escolha se recusasse mostraria fraqueza e Isso daria a ele ainda mais controle sobre a situação então contra todo o seu instinto ela se sentou mas não relaxou ela Manteve as costas retas as mãos apoiadas nos joelhos como se estivesse sentada sobre espinhos eu só tenho um minuto Senhor disse ela tentando soar firme Marcos observou a por um momento como se estivesse analisando cada detalhe de sua expressão então inclinou-se ligeiramente para a frente e perguntou algo que a fez congelar completamente Por que você fez aquilo o estômago
de Claire afundou ela sabia exatamente do que ele estava falando o café ela abriu a boca para responder mas nada saiu Marcos sorriu mas não era um sorriso de raiva Era um sorriso calculado paciente você quer mesmo dizer que foi um acidente ele perguntou sua voz baixa e controlada cla sentiu a temperatura de seu corpo subir claro que foi senhor disse rapidamente Marcos não desviou o olhar tem certeza ela sentiu o ar faltar ele não acreditava nela e pior ele queria que ela admitisse a verdade mas Claire não podia fazer isso ela Manteve sua expressão
Firme Se o senhor acredita que eu fiz algo inadequado tem todo o direito de relatar a tripulação Marcos soltou uma risada curta eu poderia sim ele não disse que não faria isso cla sentiu um arrepio profundo ele estava segurando essa ameaça sobre ela como uma espada invisível Marco se recostou na poltrona ainda sorrindo Mas sabe Claire Eu prefiro ver até onde as pessoas vão quando acham que podem fugir impunes Claire paralisou ele queria que ela soubesse que estava sendo observada que ele estava esperando e que ela não sairia ilesa disso o caminho sem volta Claire
se levantou apressadamente se não precisar de mais nada senhor eu voltarei às minhas funções Marcos apenas sorriu Claro ela se virou e caminhou de volta para a área da tripulação sentindo as pernas fracas ela nunca havia sentido tanto medo em sua vida por agora não havia dúvidas Marcos grante não a perdo Aria ela só não sabia quando ele faria seu próximo movimento o tempo dentro da cabine de primeira classe parecia se mover em um ritmo estranho como se cada segundo se arrastasse mais devagar do que o normal para Claire morial a pressão invisível que pairava
sobre ela era quase sufocante ela havia se sentado ao lado de Marcos GR ela havia mentido diretamente para ele e agora a única coisa que podia fazer era esperar pelo momento em que ele tomaria sua decisão a a atenção cresce e ela voltou para a área da tripulação e tentou se ocupar com qualquer coisa que pudesse mantê-la longe da presença dele contou as garrafas de vinho no compartimento de bebidas verificou as toalhas quentes para a segunda rodada de serviço revisou os pedidos dos passageiros mas nada conseguia tirar de sua mente a forma como ele a
observava ela não ousou olhar para trás mas sabia que ele ainda estava ali esperando e isso a deixava ainda mais inquieta Sofia percebeu seu estado e se aproximou Você parece que viu um fantasma Claire forçou um sorriso mas sua voz saiu tensa estou bem Sofia não acreditou nem por um segundo isso tem a ver com aquele Passageiro não tem Claire hesitou por um momento antes de responder ele está jogando comigo Sofia franziu a testa Como assim jogando Claire apertou os lábios sem saber exatamente como explicar Ele sabe o que eu fiz ele sabe que eu
derramei café nele de propósito Mas em vez de me confrontar diretamente ele está esperando Sofia cruzou os braços sua expressão se tornando séria esperando o quê Eu não sei e isso é o que mais me assusta o próximo movimento a cabine permaneceu tranquila por um tempo mas Claire não conseguia relaxar seu corpo estava tenso a mente girando em possibilidades até que de repente Marcos levantou-se de seu assento Claire observou vou de relance enquanto ele ajeitava seu palitó e caminhava pelo corredor com passos calmos e controlados ele estava indo para a cabine do piloto de novo
seu coração disparou ela prendeu a respiração quando viu Daniel o chefe de cabine aproximar-se para cumprimentá-lo Marcos sorriu educadamente e então eles começaram a conversar Claire não conseguia ouvir o que estavam dizendo mas seu corpo inteiro entrou em estado de alerta ela viu Daniel assentindo algumas vezes ouvindo atentamente Marcos falar o chefe de cabine então olhou na direção dela por um breve segundo Claire sentiu o estômago afundar era isso ele finalmente estava fazendo sua jogada Daniel e Marcos conversaram por mais alguns instantes antes que o chefe de cabine voltasse para a área da tripulação Claire
tentou agir Normalmente quando ele entrou mas sua mente estava em Pânico Daniel parou ao lado dela e a encarou Claire Sim ela respondeu sua voz soando mais cautelosa do que pretendia Daniel cruzou os braços o senhor grande quer falar com você clire sentiu sua respiração falhar ali estava o momento que ela temia ela tentou manter a compostura ele mencionou porquê Daniel estreitou os olhos Ele disse que prefere falar diretamente com você cla sentiu um arrepio percorrer sua espinha ela olhou para Sofia que também parecia preocupada Claire respirou fundo Não havia mais como evitar isso o
encontro decisivo ela caminhou de volta para a cabine de primeira classe sentindo que cada passo a aproximava de uma queda inevitável Marcos já estava sentado de volta em seu lugar aguardando calmamente Claire parou ao lado dele mantendo a postura profissional o senhor me chamou Marcos ergueu os olhos e Sorriu levemente sim ele fez um gesto para que ela se sentasse novamente Claire hesitou senhor como mencionei antes eu estou em serviço Marcos Segurou o sorriso e como Eu mencionei antes isso não vai demorar cla sentiu o ar desaparecer de seus pulmões ela se sentou dessa vez
seu corpo inteiro estava rígido Marcos a observou por um instante antes de dizer então Claire Você já pensou em qual seria a pior forma de descobrir que fez um erro ela piscou confusa desculpe Marcos inclinou-se levemente para a frente apoiando os braços na mesa a pior forma de descobrir que cometeu um erro não é alguém gritar com você não é ser demitida no mesmo momento cla sentiu um nó se formar em sua garganta é não ele continuou sua voz baixa calculada a pior forma de descobrir que você fez algo errado é perceber que você subestimou
a pessoa errada Claire sentiu a pele arrepiar Marc sorriu e eu acho que foi exatamente o que aconteceu aqui não foi ela a boca mas não tinha resposta porque ele estava certo ela tinha subestimado Marcos GR ela achou que ele era apenas mais um passageiro ela achou que nunca enfrentaria consequências e agora estava presa em um jogo que ele dominava completamente Marcos então pegou um guardanapo limpou um canto da boca e o colocou sobre a mesa com delicadeza o voo termina em algumas horas Claire wasas Para você acho que a verdadeira turbulência só vai vai
começar quando aterrarmos Claire sentiu a garganta secar ele sabia o poder que tinha sobre ela e agora estava deixando claro que não pretendia deixá-la escapar sem consequências ela se levantou apressadamente sem saber para onde ir sem saber o que fazer mas uma coisa era certa Marcos Grant não iria esquecer o que aconteceu e quando o avião pousasse ela finalmente descobriria até onde ele estava disposto a ir a cabine de primeira classe esta mergulhada em um silêncio absoluto quebrado apenas pelo som ocasional do zumbido suave dos motores do avião para a maioria dos passageiros o voo
seguia tranquilo sem incidentes mas para Claire morial cada segundo parecia arrastado carregado de uma tensão invisível que a sufocava ela se afastou da mesa de Marcos grante o mais rápido que pode as pernas levemente trêmulas o coração martelando contra o peito ele sabia e pior ele queria que ela soubesse que sabia Claire tentou manter a compostura caminhando de volta para a área da tripulação com uma rigidez calculada mas assim que atravessou a cortina que separava a primeira classe soltou um longo suspiro como se estivesse tentando expulsar o pânico do corpo ela apoiou as mãos no
balcão de serviço fechando os olhos por um momento ela estava acabada havia cometido um erro grave e agora estava nas mãos de um homem que poderia acabar com sua carreira Em Um Piscar de Olhos uma conversa nada agradável antes que pudesse se recompor completamente Daniel Carter o chefe de cabine apareceu ao seu lado Claire a voz dele estava firme seria agora ela se endireitou imediatamente sim o Senor Grant conversou comigo lá estava o momento que ela temia o pânico voltou a subir por sua garganta mas Claire lutou para manter uma expressão neutra ele mencionou o
incidente Daniel inclinou ligeiramente a cabeça ele foi cuidadoso com as palavras Claire franziu a testa Como assim Daniel cruzou os braços ele disse que não tem reclamações formais a fazer ainda o estômago de Claire revirou o que isso significa Daniel suspirou significa que ele ainda não tomou uma decisão cla sentiu o sangue gelar Marcos Grant estava segurando isso contra ela estava esperando o momento certo para agir e isso era muito pior do que uma simples denúncia formal Daniel A observou por um instante antes de perguntar Claire tem algo que você quer me contar ela prendeu
a respiração Esse era o momento em que poderia confessar tudo poderia dizer a Daniel que sim ela derramou café nele de propósito que ela o julgou sem motivo que subestimou o homem errado mas se dissesse a verdade sua carreira estaria acabada então Claire fez a única coisa que sabia fazer naquele momento mentiu Foi um acidente Daniel Daniel ficou em silêncio por um momento analisando a Você tem certeza disso sim Claire respondeu a voz mais firme do que antes eu não faria algo assim de propósito ele continuou olhando para ela Então finalmente suspirou tudo bem mas
eu sugiro que fique atenta o senhor GR não parece ser o tipo de homem que esquece facilmente Claire assentiu engolindo em seco eu sei o último serviço faltavam poucas horas para o pouso e a tripulação começou a se preparar para o último serviço do voo uma refeição leve antes da chegada Claire tentou agir normalmente forçando um sorriso profissional enquanto servia os passageiros mas não conseguia parar de pensar em Marcos ela o observava de canto de olho esperando por qualquer sinal de que ele faria seu próximo movimento Mas ele não fez nada ele não chamou ninguém
ele não a denunci ele apenas esperava e isso fazia Claire se sentir cada vez mais ansiosa o último pedido quando estava quase terminando o serviço Marcos finalmente a chamou novamente Claire parou por um momento antes de se aproximar sim senhor Marcos Pegou sua taça de vinho vazia e a girou lentamente entre os dedos mais uma taça por favor ela assentiu pegando a taça Claro senhor mas ao se virar para ir até o partimento de bebidas ele falou novamente Claire ela parou virou-se devagar sim Marcos inclinou a cabeça levemente você acha que todo mundo recebe uma
segunda chance a pergunta pegou o Claire completamente desprevenida ela piscou confusa perdão Marc sorriu levemente Você acredita em segundas chances ela sentiu a garganta secar essa não era uma pergunta aleatória ele estava falando dela estava dando a ela uma escolha Ela poderia admitir seu erro ou poderia continuar fingindo que nada aconteceu Claire sentiu o não apertar seu peito ela não sabia a resposta certa então disse a única coisa que conseguiu pensar no momento acho que depende da pessoa senhor Marcos a observou por um longo momento então sorriu de lado boa resposta e então como se
nada tivesse acontecido ele voltou a olhar para seu vinho Claire Ficou ali parada sem saber o que fazer até que finalmente se virou e saiu sentindo seu coração martelar contra as costelas ela não sabia o que aquilo significava Mas sabia que o jogo ainda não tinha acabado e que Marcos Grant não tinha esquecido absolutamente nada o tempo parecia desacelerar dentro da cabine de primeira classe como se o universo conspir asse para prolongar a angústia de Claire morial o avião seguia sua rota tranquila rumo ao Brasil mas para ela cada minuto era uma tortura silenciosa Marcos
Grant ainda não tinha feito seu movimento Mas isso só tornava tudo ainda pior ela sabia que ele esperava o momento certo que ele gostava de controlar o jogo e Claire não podia fazer nada além de aguardar o golpe inevitável a pressão aumenta ela voltou ao compartimento da tripulação após entregar o vinho a Marcos sentindo-se como se estivesse andando sobre gelo fino ela sabia que Sofia e ainda a observavam Sofia porque se preocupava Daniel porque suspeitava ela não podia ceder a pressão tinha que agir como se nada estivesse acontecendo mas isso se tornava cada vez mais
difícil ela pegou uma garrafa de água no compartimento mas suas mãos estavam trêmulas isso nunca aconteceu antes Claire sempre foi confiante sempre soube lidar com qualquer situação mas Marcos grante não era qualquer situação e a agora ela começava a perceber que estava completamente fora de seu controle a última rodada de serviço com apenas uma hora restante antes da aterragem a equipe iniciou o último serviço de bordo chá café e uma seleção de sobremesas leves para os passageiros clé tentou manter sua compostura enquanto distribuía os pratos e bebidas cada gesto era cuidadosamente ensaiado cada sorriso era
forçado ela queria parecer impenetrável mas sabia que ele estava observando E então quando ela menos esperava Marcos Grant a chamou novamente Claire sentiu seu coração disparar ela não podia hesitar se hesitasse ele venceria então engoliu em seco ajustou o seu uniforme e caminhou até ele mantendo seu sorriso profissional sim senhor Marco segurava sua taça de vinho meio cheia girando o líquido escuro lentamente ele fazia tudo lentamente ele ergueu os olhos para ela Você gosta do seu trabalho Claire a pergunta Pegou de surpresa ela piscou Claro senhor respondeu com um tom neutro Há quanto tempo você
trabalha aqui mais de 10 anos Marcos assentiu pensativo então inclinou-se levemente para a frente você acha que valeu a pena Claire sentiu seu estômago revirar aquilo não era uma conversa casual ele estava preparando algo desculpe Senhor esses 10 anos Marcos explicou girando a taça novamente você sente que todo o esforço valeu a pena Claire abriu a boca mas não soube o que dizer porque pela primeira vez em sua carreira ela sentia que estava prestes a perder tudo eu ela hesitou Marcos percebeu e Sorriu interessante Claire sentiu um arrepio profundo ela queria fugir dali mas não
podia demonstrar fraqueza então forçou-se a responder sim senhor valeu a pena Marcos continuou sorrindo Mas não parecia convencido bom saber então ele tomou o último gole do vinho e colocou a taça vazia sobre a mesa de serviço já estamos quase pousando não Claire engoliu em seco sim senhor Marcos olhou para a janela por um momento como se estivesse apenas admirando a vista então virou-se de volta para ela bom Claire acho que logo você vai descobrir se realmente valeu a pena Claire não conseguia respirar ele estava dizendo exatamente o que ela temia ouvir o jogo acabou
e Marcos grante estava prestes a dar seu cheque mate o avião começou sua descida para São Paulo e a cabine de primeira classe estava em volta em uma calma superficial para os passageiros era apenas o fim de mais um voo luxuoso para Claire morial era o começo de sua sentença Marcos Grant finalmente tomaria sua decisão ela conseguia sentir isso no ar ele não precisava dizer nada ele não precisava gritar ou ameaçar Ele só precisava esperar o momento certo para derrubá-la completamente e esse momento estava muito perto a preparação para o pouso a equipe de tripulação
começou os procedimentos finais Claire ajudou a recolher as bandejas checou os cintos de segurança dos passageiros e organizou os últimos detalhes antes da aterrissagem ela tentava se concentrar em cada movimento tentava agir Mecan como se nada estivesse errado mas ela sabia que estava errada ela sabia que Marcos estava apenas esperando o avião tocar o solo para fazer seu movimento final e então tudo acabaria para ela seu emprego sua reputação toda a sua carreira construída em mais de uma década e tudo isso porque ela cometeu um único erro porque ela subestimou o homem errado ela tentava
se convencer de que talvez ele não fosse fazer nada mas a verdade era que Marcos Grant não era o tipo de homem que esquecia ele tinha um plano e Claire não sabia o que esperar o olhar que confirmou tudo ela passou pelo corredor pela última vez certificando-se de que todos estavam prontos para o pouso quando passou pelo assento de Marcos ele ergueu os olhos e olhou diretamente para ela não disse nada não sorriu mas seus olhos disseram tudo ela estava condenada cla sentiu seu corpo inteiro ficar frio e pela primeira vez naquele voo ela sentiu
verdadeiro medo ela queria implorar queria dizer por favor me deixe ir queria inventar uma desculpa qualquer coisa que pudesse salvá-la do que estava prestes a acontecer mas era tarde demais Marcos já tinha decidido ela desviou o olhar rapidamente e voltou para a área da tripulação tentando esconder o tremor leve em suas mãos o avião pousou suavemente na pista do Aeroporto Internacional de São Paulo e Claire soube que seu tempo havia acabado o momento da Verdade os passageiros começaram a se preparar para desembarcar alguns já se levantavam pegando suas malas de mão outros ainda esperavam pacientemente
suas fileiras serem chamadas mas Claire não conseguia se mover ela ficou parada na área da tripulação o coração batendo tão forte que ela podia ouvi-lo Sofia se aproximou Claire você tá bem Claire abriu a boca para responder mas não havia palavras por qu naquele exato momento Marcos Grant se levantou ele pegou o seu palitó com calma ajeitou as abotoaduras da camisa e começou a caminhar pelo corredor em direção à porta de saída cada passo parecia lento demais ensaiado demais carregado de significado ele não olhou para trás mas Claire Sabia que não precisava porque o destino
dela já estava selado a saída do homem que mudaria tudo Marc chegou à porta do avião e foi recebido com s risos pelos agentes de solo e pela equipe de aeroporto Claire segurou a respiração enquanto ele descia as escadas e pisava na pista e então ele simplesmente seguiu seu caminho sem olhar para trás sem dizer nada sem punição por um breve segundo Claire sentiu um alívio absoluto ele não fez nada ele não denunciou ele a deixou ir seu corpo inteiro relaxou E ela quase riu em alívio talvez talvez ele realmente tivesse decidido esquecer was então
o chefe de cabine Daniel Carter apareceu ao seu lado Claire virou-se para ele lentamente Daniel tinha um olhar sério no rosto e então ele disse as palavras que destruíram completamente seu mundo o senhor Grand pediu para que você o encontrasse no escritório da Companhia Aérea assim que o voo for encerrado clé sentiu seu coração parar e soube que o verdadeiro inferno estava apenas começando o Aeroporto Internacional de São Paulo estava em plena atividade com centenas de passageiros passando apressados pelos corredores iluminados alguns recém-chegados de voos internacionais outros se preparando para embarcar para destinos ao redor
do mundo para Claire moral no entanto aquele aeroporto não parecia um simples terminal de chegadas e Partidas Parecia um tribunal e ela estava a caminho de seu próprio julgamento o caminho para o desconhecido as palavras de Daniel Carter o chefe de cabine ainda ecoavam em sua mente o senhor GR pediu para que você o encontrasse no escritório da Companhia Aérea assim que o voo for encerrado isso era uma convocação não uma reclamação formal não uma conversa casual uma convocação pessoal feita por Marcos GR o homem que ela havia subestimado o homem que ela havia humilhado
o homem que agora tinha o poder absoluto sobre seu futuro a caminhada mais longa de sua vida Claire terminou seus últimos deveres a bordo do avião mecânica quase sem perceber o que fazia assim que os passageiros desembarcaram e a tripulação concluiu o protocolo de encerramento do voo os outros Comissários começaram a se despedir prontos para seguir para seus hotéis ou para os voos de retorno mas Claire não podia ir a lugar nenhum porque tinha um encontro marcado com seu destino ela pegou sua bolsa e caminhou pelo terminal em direção ao escritório administrativo da risan airways
seus passos eram firmes mas seu corpo inteiro est tenso como se estivesse andando sobre cacos de vidro cada passo a aproximava do inevitável e com cada passo a incerteza crescia o escritório da Companhia Aérea o prédio administrativo da rizan airways no Aeroporto Internacional de São Paulo era moderno e sofisticado com painéis de vidro refletindo as luzes da pista de pouso Claire Entrou no saguão e se dirigiu à recepção A recepcionista uma mulher de cabelos presos e expressão neutra a olhou antes de falar senhorita morial Claire engoliu em seco sim a recepcionista pegou o telefone disse
algumas palavras baixas em seguida olhou para Claire novamente pode subir o Senor Grant está esperando por você o estômago de Claire afundou ela respirou fundo tentando manter a compostura e seguiu até o elevador as portas se fecharam e o elevador subiu suavemente cada segundo dentro daquela cabine metálica parecia eterno quando as portas se abriram no andar superior um assistente a aguardava por aqui senhorita morial ela seguiu o assistente por um corredor silencioso e bem iluminado e então chegou à porta a porta do escritório de Marcos Grant o assistente bateu levemente sem esperar uma resposta abriu
a porta para que Claire entrasse ela respirou fundo e atravessou a entrada a porta se fechou atrás dela e então ela ficou sozinha com ele O Confronto Final o escritório era espaçoso com janelas enormes que davam vista para a pista de pouso no centro Marcos Grant estava sentado atrás de uma mesa elegante seu palitó perfeitamente ajustado e as mãos entrelaçadas sobre a mesa ele não parecia irritado não parecia furioso parecia calmo e isso a deixava ainda mais assustada Marcos ergueu os olhos e a observou por um instante antes de finalmente falar sente-se Claire hesitou apenas
por um segundo antes de obedecer ela se sentou na cadeira diante dele Mantendo as costas retas a respiração controlada Você sabe por está aqui Marcos perguntou sua voz calma mas carregada de significado Claire apertou os dedos no colo acredito que sim senhor Marcos inclinou levemente a cabeça acredito que sim repetiu pensativo Mas me diga Claire você realmente entende o que fez ela umedeceu os lábios antes de responder eu cometi um erro que tipo de erro Claire hesitou Marcos Esperou o silêncio na sala era opressor finalmente ela respondeu escolhendo suas palavras com extremo cuidado fui desrespeitosa
desrespeitosa Marcos repetiu como se estivesse testando a palavra ele se inclinou ligeiramente para a frente apoiando os cotovelos sobre a mesa Vamos ser diretos Claire você me julgou Pelo que viu ela sentiu o peito apertar Senhor eu não precisa negar Marcos a interrompeu suavemente eu sei exatamente o que aconteceu você me viu embarcar e assumiu que eu não pertencia à primeira classe você me tratou com frieza ignorou minhas solicitações e quando eu finalmente pedi um café você despejou ele em mim Claire sentiu sua respiração falhar ele disse tudo em voz alta agora não havia mais
escapatória Marcos inclinou-se ainda mais para a frente o que você acha que eu deveria fazer agora Claire ficou em silêncio ela sabia que qualquer resposta errada poderia ser um desastre ela sabia que poderia perder tudo eu aceito qualquer decisão que o senhor tomar ela finalmente disse sua voz baixa mas firme Marcos a observou por um longo momento e então inesperadamente ele sorriu boa resposta Claire piscou surpresa mas se recostou na cadeira cruzando os braços eu poderia demiti-la agora mesmo você sabe disso certo ela assentiu lentamente poderia sim senhor Marcos a observou analisando a mas eu
não vou clire sentiu um choque percorrer seu corpo ela não conseguiu esconder a surpresa Marcos riu baixinho não me entenda mal você não está saindo impune ele pegou um documento sobre a mesa e o deslizou para ela pegou a folha com dedos trêmulos e começou a ler seus olhos se arregalaram ao perceber do que se tratava não era uma carta de demissão era um aviso de transferência você vai ser rebaixada para a classe econômica por se meses Marcos disse calmamente sem privilégios sem primeira classe sem viagens internacionais apenas voos curtos Claire piscou chocada senhor você
está me dando uma segunda chance Marc sorriu levemente eu acredito que algumas pessoas merecem aprender a lição da maneira certa e eu acho que você ainda pode aprender ela sentiu um nó na garganta Marco se levantou e estendeu a mão Não desperdice essa oportunidade Claire Eu não costumo dar uma terceira chance Claire hesitou apenas por um segundo antes de apertar sua mão e soube naquele instante que sua vida nunca mais seria a mesma