Hipersensibilidade Tipo III - Doenças Mediadas por Imunocomplexos

Oi Oi gente tudo bem Como é que vai como é que vão vocês com o prometido semana passada quando eu gravei aulas de hipersensibilidade do tipo 2 eu consegui arrumar um tempinho aqui para gente gravar aula de hipersensibilidade do tipo três como cês tão vendo aqui do ladinho aqui da tela escrito e que sensibilidade o tipo três essa é mediada pelos imunocomplexos a gente já viu Então né já tenho que gravar do nosso canal a aula de hipersensibilidade do tipo 1 que aquela que aquela que causa As alergias que é mediada por ige e o

mecanismo patológico se dá pela degranulação dos mastócitos semana passada então a gente gravou Mais uma aula que a gente sensibilidade do tipo 2 que aquela que é mediada por anticorpos né e GG e GM e a partir daí a gente vai ter o quê No quê que acontece eu tenho opsonização efagocitose eu ainda posso ter é a ativação desses o momento pela Via clássica e também a gente tem algumas alguns mecanismos de doenças sem necessariamente de a lesão tecidual a gente discutiu tudo isso na semana passada quando quando falamos da hipersensibilidade tipo 2 Hoje a

gente vai falar sobre a hipersensibilidade do tipo 3 que ela é mediada justamente por esses complexos imunológicos que a gente também pode chamar de hemo no complexo mas como toda aula eu gosto de fazer me apresentar no começo né o seu professor Rony do aula de imunologia algum grau vários anos já e como eu gosto sempre de falar eu não deixo o meu rosto aqui na tela como vocês estão vendo hoje porque eu acho que que não precisa ficar bem na cara do professor né o que importa são os slides que eu preparei aqui para

vocês para que vocês entendam todo todo o conteúdo das aulas Então me apresenta no começo para que vocês me vejam mas eu vou voltar no programa Agora para desabilitar a gravação do meu rosto e a gente volta é aqui nos slide a usar coisa de segundos Tá bom Pera aí desativar pronto então gente como prometido né e possibilidade do tipo três Então os imunocomplexos que causam doença podem ser compostos por anticorpos ligados a antígenos próprios né que são os automatismos que a gente falou bastante de alta antígeno na aula passada ou antígenos estranhos Além disso

as características patológicas das doenças provocadas pelos complexos reflete em um local de deposição desses complexos e imunológicos e as doenças mediadas por imunocomplexos tendem a ser sistêmicas e afetar vários órgãos e tecidos embora alguns sejam particularmente susceptíveis como a gente vai na aula de hoje então a gente tem lá os rins são são afetados articulações as pequenas artérias também são afetadas então algumas Oi tá vários órgãos mais principalmente se principalmente esses aí bom para começar lá em 1911 as infecções de diphtheria eram tratadas com soro de Carvalho imunizado que a gente chama esse tipo de

imunização de imunização passiva só pegar uma caneta aqui para começar a riscar aqui caneta então ó soro de cavalo imunizado como as imunizado pro gente diz que teria Foi algo que aconteceu no começo do de 1900 - externos 1911 e acabou matando muitas crianças essa doença e aí que que fazia para ter um soro de cavalo imunizado você injetava no cavalo a bactéria que a corynebacterium diphtheriae que é um bacilo gram-positivo e a partir daí o cavalo sistema imunológico do cavalo produzem anticorpos contra essa bactéria vocês vão lavar esses anticorpos do cavalo eu tava nas

crianças como tratamento Tá bom então um médico nessa época chamado clements vão pq ele observou que em determinados pacientes que foram injetados com soro de cavalo imunizado desenvolvi inflamação nas articulações que artrite e erupção de pele e às vezes a febre também então ó indivíduos Cadê a caneta que a indivíduos com tickteria que recebiam o soro de cavalo imunizado acabavam desenvolvendo artrite o rash cutâneo que é o exantema e febre só que aí olha que interessante ele observou também que os mesmos sinais em indivíduos que eu percebo os mesmos sinais e indivíduos que receberam o

soro de cavalo não imunizado então para fazer o teste né cara cientista vamos testar que eu o soro cavalo imunizado e o cavalo não imunizado e eles viram que indivíduos com diphtheria que recebeu apenas o soro de cavalo e humanizado também desenvolver a artrite o exantema e a febre daí ele ficou pensando será que tá acontecendo né Então a partir daí o quê que ele concluiu que essa doença ocorria em virtude de uma resposta do hospedeiro o paciente alguns componentes do soro então ele sugeriu que pacientes produzirá anticorpos contra as proteínas séricas do cavalo e

que esses anticorpos formavam complexos com as proteínas injetadas os imunocomplexos E aí pique chamou isso de doença do soro então a doença do soro o que que ela é né Ela é uma vasculite sistêmica de gravidade variável caracterizada por Febre linfadenopatia linfadenopatia a gente qualquer processo patológico Que altere o tamanho o a consistência dos linfonodos em qualquer processo patológico que afete os nódulos linfáticos observou também que desenvolvia artralgia que popularmente é chamado de dor nas juntas e dermatites Tá bom vou apagar isso aqui tá bom nem todos os antígenos responsáveis responsáveis pelos complexos são conhecidos

porém pelo menos alguns deles consiste de antígenos alimentares o restante pode ser representado por outros antígenos ambientais e antígenos próprios Daí vem a pergunta que não quer calar né meu povo Então qual que é a pergunta Por que que os imunocomplexos então podem causar doenças e a resposta é por conta da sua deposição ele pode se depositar em algum órgão e algum vaso sanguíneo e alguma coisa Ali vai acontecer que vai ser justamente o desenvolvimento da aula de hoje então a deposição de imunocomplexos podem acontecer em pequenas artérias nos glomérulos renais levando então a glomerulonefrite

não informação ali renal e na sinovia das articulações quando a gente observa aqui bom é muitas doenças para elas serem estudados de maneira mais profunda são utilizados animais de experimentação chamados os modelos experimentais e para essas algumas as doenças gente também tem alguns modelos experimentais então eu tenho aqui um modelo experimental de doença mediada por imunocomplexo muito do nosso conhecimento atual sobre doenças causadas por imunocomplexo está Baseado Em análise nesses modelos experimentais da doença do soro bom daí a gente pode fazer a seguinte pergunta né O que acontece com a imunização de um animal com

grande dó colocar em caixa alta grande dose de um antígeno proteico estranho qualquer então aqui ó tem um animal aqui no caso é um coelhinho fofo lindo mas a gente precisa fazer experimento né então você injeta aqui no Animal ó já o mal você fez o quê lá imunização desse animal que que vai acontecer depois que a gente mude desse animal Gente vou ter a formação de anticorpos Contra esse antígeno que foi injetável Olha que os anticorpos anticorpos contra os antígenos que foi injetado esses anticorpos então ligam-se ao antígeno circulante que já já que jeito

em grande quantidade tá sobrando né e forma Então os complexos imunológico sou imunocomplexos esses imunocomplexos Então vão se depositando no leito vascular de pequenas artérias lá nos glomérulos dos rins na sinovia das articulações EA partir daí eu tenho aparecimento de algumas manifestações patológicas Então vai pode acontecer vasculite nefrite e artrite e as manifestações patológicas geralmente são de curta duração e as lesões se curam a menos que o indivíduo seja novamente injetado com aquele e é com a cliente junto que a gente já estou aí então esse é um modelo experimental da doença do soro vamos

ver outro modelo experimental o outro é reação de arthus que é uma vasculite e Experimental localizada mediada também por imunocomplexo Afinal estamos falando de hipersensibilidade tipo 3 que é justamente mediada por imunocomplexo Então o que acontece se eu fizer uma injeção de um animal né fiz aqui aí a imunização prévia do animal a gente vai saber que eu vou ter o desenvolvimento desses anticorpos Contra isso que eu injetei e o que que vai acontecer é uma pergunta o que que acontece se injetarmos o mesmo antígeno no tecido subcutâneo tecido subcutâneo ali na pele do animal

do mesmo animal algum tempo depois o quê que vocês acham que vai acontecer vamos ver então ó 9 no coração no subir e eu vou pegar esse mesmo antígeno depois de um tempo e vou depois dele umas duas semanas que já botei a formação dos anticorpos e objeto de novo esse mesmo antígeno ali quê que vocês acham que vai acontecer a gente então ele já não foi imunizado previamente então sistema imunológico desse animal já viu esse atingido antes então ele já produziu anticorpos contra o antígeno então esses anticorpos que foram formados eles vão Então se

ligar a esse antígeno que foi injetado no subcutâneo do animal então eu vou ter formação e deposição de imunocomplexos lá no subcutâneo de um animal a partir daí eu tenho algumas manifestações patológicas Então eu tenho localmente vasculite cutânea trombose dos vasos afetados e necrose tecidual então a reação de arthus basicamente é uma vasculite é mediada por complexos e imunológicos que são os imunocomplexos ocasionalmente não é sempre tá mais ocasionalmente o indivíduo que recebeu uma dose de reforço de uma vacina pode desenvolver inflamação no local da injeção em decorrência do acúmulo local de imunocomplexo como acontece

Então nesse modelo experimental que é a reação de arthus beleza gente então vamos lá lá com a deposição Então pode acontecer com a gente já está discutindo né nas pequenas artérias nos glomérulos renais e na sinovia das articulações quando isso acontece nas pequenas artérias o que que vai rolar né é pequena a tela é pequena mesmo né esse é o vaso é estreito Então esse mundo complexo Como tá a circulação sanguínea passou por ali ele se enrosca meio que a língua endotélio vascular E se eu tenho imo no complexo que é formado por anticorpo e

antígeno os variados eu posso ter o que né a ligação a formação desse dessa massa lo casinha que são os imunocomplexos ele se depositam ali e como já discutimos isso anteriormente a gente sabe que o anticorpo né ele tem duas regiões a região f.a.b. que essa parte aqui de cima ó vou ter que escrever F AB São João de corpo liga e a região F se a região FC a gente fica lhe é mas aí livre para que para encaixar o receptor Então eu tenho lá por exemplo neutrófilos que tem receptor PFC então se eu

tenho neutrófilos tem receptor parece ser o que que vai acontecer gente eu voltei atração o direcionamento de neutrófilos e outras células que possuem receptor para essa região que que neutrófilo faz quando ele liga um anticorpo do em muro complexo é como se fosse um gatilho ele de granola e vai levar a lesão desse endotélio vascular então levando a um processo de vasculite Tá certo bom nos glomérulos renais é algo parecido o que acontece então eu vou ter os os na circulação sanguínea use mano complexos quando ele passa não sabe que os rins filtram o sangue

quanto esse sangue com imunocomplexo passa pelo ruim o que que vai acontecer ele se deposita no glomérulo porque é uma estrutura grande para ser filtrado então ele não vai sair na urina e vai ficar depositado no glomérulo no glomérulo consequentemente a hora que vai chegar querem quem uma célula imunológica como por exemplo neutrófilo e também posso ter o direcionamento de monócitos que vão se diferenciar em macrófagos e levando a uma inflamação onde não deveria ter inflamação que no glomérulo e a partir daí eu tem o aparecimento de uma glomerulonefrite e por último que que a

gente tem na sinovia das articulações na que tem uma articulação ó ou se em cima ou aqui embaixo Aqui tá cartilagem e aqui um verdinho assinou E aí o que que vai acontecer de posição também nesses imunocomplexos na sinóvia e o resto você já sabe o que que vai acontecer né Gente eu tenho a presença dessas células e imunológicos que migram para lá e vão levar ao processo de Artrite Daí podemos fazer uma pergunta muito interessante a partir de tudo isso que a gente acabou de ver os imunocomplexos né ou melhor os complexos antígeno-anticorpo não

são gerados durante uma resposta imunológica normal porque então fizemos no complexo causar causariam doenças a pergunta vale a pergunta como repetir ela juntos e os complexos antígeno-anticorpo não estão não são gerados durante as respostas imune normal imunes normais porque os imunocomplexos causariam doenças então elas vão causar doenças porque são produzidos em quantidades excessivas não são eficientemente eliminados e como a gente acabou de ver podem ser depositados nos tecidos como por exemplo nas artérias pequenas artérias glomérulos renais e sinovial das articulações por exemplo no lúpus eritematoso sistêmico o que é uma doença auto-imune e é mediada

por imunocomplexo esses imunocomplexos eles são formados como né se primeiro se vai ter a formação de autoanticorpos geralmente no lúpus esses Altos de Corpos ou conta fatores do núcleo da célula fatores nucleares contra DNA contra RNA contra e as coisas que estão no núcleo da célula mas para o anticorpo vai entrar no núcleo da célula e usually a transcrição por exemplo não gente não é isso que acontece se elas morrem Vira e Mexe elas morrem no nosso corpo né e possivelmente eu posso ter a exposição nos Meus tecidos na minha circulação sanguínea de fatores nucleares

né de pedacinhos de Aguia de DNA de proteínas no núcleo e se a pessoa tem um erro genético no caso do lúpus e as células B dela produzi anticorpos antinucleares que são auto-anticorpos ao e quando esses auto-anticorpos se encontram com esses pedacinhos de DNA de proteínas do núcleo de RNA que estão por ali em algum local eles se ligam e forma o que os complexos e imunológicos e os imunocomplexos a partir daí eu posso ter a deposição de cima no complexo por exemplo na pele e deposita na junção Derm Derme epiderme como é anticorpo né

vai atrair quem células imunológicos levando ao ele tema de pele All e Cosan tema pode ter também a deposição nos vasos sanguíneos levando então vasculite e também nos rins levando então a as nefrites as glomerulonefrites que a gente observa no Lobos aqui no próximo slide a gente observa por exemplo uma imagem de histologia que usei foi eu que fiz que eu trabalhei com lúpus eritematoso sistêmico durante o doutorado E aí é só que não era humano era com animal Inclusive tem um animal que é o nzb Mc wf um quê que é isso né você

pega um animal nzb a fêmea cruza com animal nzw o macho e toda a prole as quintas os filhinhos que nascem todas as fêmeas elas A grande maioria delas desenvolvem lúpus eritematoso sistêmico e esse protótipo animal esse modelo experimental um dos melhores preços da Lupus humano porque o desenvolvimento a doença é muito parecido o que acontece o animal com o que acontece com os seres humanos e aqui e na época né eu fazer um tratamento com radiação ionizante nos animais para depletar um tipo de célula que a gente acreditava que participava do desenvolvimento da doença

que são as células B um bom se vocês quiserem saber detalhes da desse trabalho tá aqui a referência à Procura lá no pubmed publiquei em 2007 Já faz um tempinho é que aí eu conto a história melhor lá no artigo bom então a gente observa aquela estrutura é renal na geral preservado do glomérulo na arquitetura íntegra e do lado de cá a gente vê o animal controle o animal que tem lupus e não foi tratado então você vê o comprometimento dos glomérulos né aqui por exemplo espaçamento aqui dessa cápsula acúmulo de infiltrados inflamatórios Olha a

quantidade de célula que infiltrou aqui ó por conta da e essa semana complexos E essas células que se infiltraram lá no rim não afetou levar um processo inflamatório vou levar uma uma glomérulo nefrite lúpica tanto nem um animal quanto no mano Isso não é legal de ter tá bom gente Além disso como eu falei da lesão cutânea aqui tem uma lesão bem característica né que a lesão em forma de asas de borboletas e tende a posição então dá dos imunocomplexos na junção Derme epiderme e a partir daí você leva a aí secção tema a essa

lesão bem feia que fica no rosto principalmente das meninas né porque o lupus ele acaba se desenvolvendo também por conta dos hormônios femininos e existe inclusive uma proporção Para cada dez mulheres que tem lupus apenas um homem desenvolve bom mas vamos falar aqui de outros exemplos de outras doenças né então aqui o título do slide ou doenças causadas por imunocomplexos e tal doença a primeira vamos lá é o lupus eritematoso sistêmico o ninja no alvo essa doença DNA RNA proteínas do núcleo né que são esses auto-anticorpos que são gerados e as manifestações clínico-patológicas então você

pode ter nefrite artrite e vasculite outra doença é a poliarterite nodosa nessa doença o que é interessante é que ela acontece em pacientes que têm consigo o vírus da Hepatite B e começar a infecção é uma infecção é difícil de ser curada e muitos os pacientes nem sabem da doença porque as hepatites B e C na maioria das vezes elas não têm sintomas então é assintomático e o vírus tá lá e aí você tem a formação de anticorpo Contra isso contra a superfície do do vídeo de parte de beber em algum em alguns casos você

tem lá o antígeno de superfície do vírus da Hepatite B que vai ser o antígeno envolvido e anticorpo sendo formado Contra isso se ligando a esse anti-g bom então use mano complexos que vão se depositar nos vasos sanguíneos levando então a vasculite e por último a última doença é a glomerulonefrite pós-estreptocócica que quando você teve contato com espectococo o antígeno da parede celular do anticorpo é o antígeno envolvido formação de anticorpo contra antígeno da parede ele vai acabar se depositando nos nossos rins e levando em tomar o processo de nefrite então gente é para encerrar

nossa aula de hoje né Vamos relembrar que algumas coisas então a aula foi de hipersensibilidade do tipo 3 que é mediada por imunocomplexos que são depositados depositados onde pro pequenas artérias nos glomérulos renais como a gente falou e na sinovia das articulações e tu e isso vai levar inflamação tecidual e levando Aos aos sintomas sinais e sintomas das doenças mediadas por imunocomplexos que são Então as doenças de hipersensibilidade tipo 3 vou fazer o possível não vou prometer de semana que vem gravar a última aula de hipersensibilidade que vai ser a hipersensibilidade tipo 4 tá bom

gente então abraço para todo mundo espero que vocês tenham entendido esses conceitos todos e até a próxima aula no nosso emo no canal um abraço para todo mundo E aí