Olá, você que me segue no Rodrigo Silva Arqueologia. Nós estamos aqui pro nosso bate-papo semanal sobre Bíblia, teologia, religião e hoje com a desafiadora tarefa de falar sobre o enigma do sofrimento. Eh, já no começo dessa live, eu nunca podia imaginar essa triste coincidência. Eu tenho que falar que para mim tá sendo difícil o assunto, porque um pouco antes de começar a nossa live, eu recebi a notícia do falecimento de um grande amigo. Eh, à tarde eu estava gravando uma aula para um congresso e antes de eu entrar para gravar a aula, a esposa dele
me mandou uma mensagem falando: "Por favor, ore pelo meu marido que ele acabou de sofrer o infarto. Ele já estava hospitalizado há vários dias, com problema de saúde muito sério. E agora eu terminei essa gravação, corri para cá para fazer a live com vocês. Eu recebi a notícia de que ele veio a óbito, faleceu. Então, de público, eu quero prestar a minha solidariedade à família do Dr. José Rubens. Vocês, a maioria de vocês não o conhecem, mas eu o conheço desde longa data. Eu posso falar que era um médico, ele era médico, um coração maravilhoso,
um um sentido de missão de ajudar as pessoas tremendo, tremendo. E hoje eu já tava assim com um amigo também ligando para mim mais cedo, pedindo oração pela cunhada dele, que está cometida de um tumor. E essa essa cunhada dele perdeu o marido em setembro do ano passado. Ele falou: "O setembro tava sepultando o marido dela. agora ela sofreu essa essa notícia médica, ore por ela e outras histórias também que a gente vai acumulando assim. Então, hoje tá sendo um dia difícil e como eu acabei de receber essa notícia, eh, perdoe-me se eu não tiver
tão up nas lives e feliz e sorridente, primeiro porque o tema já é um tema sóbrio, ele já exige de mim muita sobriedade, muita cautela, muito respeito, porque eu estou falando para pessoas que estão passando os mais diferentes problemas nesse momento e porque a família de um grande amigo foi afetada e estão nesse momento chorando a perda de um ente Querido, vamos então orar antes de nós começarmos. Aí depois eu faço os cumprimentos e a gente inicia o nosso nosso tema, as as informações que eu tenho que dar, tá bem? Oremos. Senhor meu Deus, meu
Pai, essa live já traz um tema pesado, difícil, mas ajuda-me, Senhor, por tua graça, a explorá-lo com unção do teu Santo Espírito, sensibilidade pelos que estão sofrendo. E, Pai, capacita-me que eles não ouçam a minha voz, mas a tua palavra através de mim. E se eu falhar alguma coisa, Senhor, um elemento que faltar ser dito, algo que talvez foi dito a mais do que deveria, perdoa, meu pai, mas por tua misericórdia, transforma o conteúdo dessa live de maneira a alcançar a todos, porque há muita gente que tá precisando ouvir essas palavras. Guarda-nos para o teu
reino em nome de Jesus. Amém. Amém, Senhor. O enigma do sofrimento. Vamos ver. Tem muita gente já aqui ligada conosco. Eu quero agradecer a Vera Lúcia. Boa noite, Vera Lúcia. Eh, se você puder dizer também de onde que você está comunicando aqui, eu gostaria, tá? A Jerônima Queiroz, Deus conforte as famílias. Obrigado, Jerônima. Eh, quem mais aqui? A Patrícia. Que triste pastor, realmente, Patrícia. Eh, quem mais que nós temos aqui? Luís Henrique, Itapetininga, Bahia. Itapetinga, perdão, Itapetinga, Bahia. Obrigado, Luí, por estar conosco. Débora Anisseta de Melo. Amém. Débora também. Alessandro, boa noite. Davi Coutinho, oi
a todos. Olá, Davi. Ah, quem mais? Josimari. Eh, boa noite, professor Laura. Sou Jose de Minas Gerais, aluno da Bíblia comentada. A série Enigma do Sofrimento foi ótima. Que Deus te abençoe. Após a live, uma noite no museu dois, uma irmã em Cristo fez o plano premium. Glória a Deus, Josimário. Muito obrigado. Eu quando vejo depoimentos da Jose e outros mais, a gente vê que o Bíblia comentada não é um negócio apenas, ele é algo que realmente abençoa as pessoas. Eh, ele ajuda a manter o museu, ele ajuda a custar bolsa de estudo para alunos,
ajuda a manter ONG para crianças carentes e outros projetos que ainda temos no nosso coração. Tudo isso com o dinheiro do Bíblia comentada. E além de tudo isso, ele abençoa as pessoas que adquirem, porque é conhecimento bíblico. Você tá levando conhecimento bíblico para elas e o que elas estão investindo naquilo ali está abençoando outras pessoas também. Muita gente pergunta: "Por que não dá Bíblia comentada de graça para todo mundo?" Há muita coisa que vocês não valoriza, né? E eu fico feliz por isso. Obrigado pelo seu testemunho. Quem mais aqui? Eh, tenho também Davi Coutinho, já
falei, a Clélia Pereira de Souza que está conosco, Cleonice Figueiredo. Amém. Ah, Bianca Cláudia Almeida, muito obrigado, Bianca também. Lupércio e Dátilo de São Paulo, Arti Arte Vieira de Osasco, São Paulo, eh Badeco TV, interessante. Boa noite, Juiz de Fora, Badeco TV e muitas outras pessoas que estão conosco aqui. Muito obrigado. Que Deus seja louvado por sua vida. Eh, eu agradeço também, eu tenho recebido muita mensagem no Instagram de pessoas que estão votando no meu nome lá pro IBET, falando: "Rodrigo, a gente quer que você ganhe". Então, eu quero agradecer a vocês também. que todos
os dias estão anotando ali o voto. Muito obrigado. Se o meu nome foi indicado pro Ibest, a Deus toda glória. Que seja um momento de testemunho e não necessariamente de ego humano. Muito obrigado a você e convide outras pessoas para participarem da live de hoje, o enigma do sofrimento. Vamos tratar desse assunto tão tão delicado. E a até quando alguém falou a mensagem aqui, eu gostei da série O enigma do sofrimento. Porque desde domingo retrasado, todos os dias meio-dia, eu fiz uma live de 10 minutos falando um pouquinho sobre essa temática e eu falei que
as pessoas podiam fazer pedidos de oração. Então agora também é o momento. Se você tiver algum pedido de oração, coloque aqui que a gente vai orar. Eu e Laura temos orado. Vou pedir a equipe para orar por você também. Se você não quiser ser claro no seu pedido, porque é uma coisa muito delicada. Eh, às vezes alguém que tá com um filho no mundo das drogas não quer expor isso assim, fala assim: "Oração pelo meu filho". O Espírito Santo sabe o que que é. Alguém que está passando por uma depressão, por um barnout, peça agora
o seu pedido de oração, tá bom? Eu orei no início, vou orar no final também e eu quero que Deus atenda a você conforme a maravilhosa graça que ele tem conosco, tá bom? Convide outros para participarem também. Vamos lá, então, pessoal. O enigma do sofrimento. Na verdade, hoje eu quero iniciar com você alguns diálogos no livro de Jó. Sabia que o livro de Jó é o livro que tem o hebraico mais complicado do Antigo Testamento? Nossa, é muito difícil. Eu estava conversando esses dias com um amigo, o professor Renato, que é professor de hebraico, e
a gente estava conversando sobre isso. O Jó é um livro tão complexo no hebraico dele que São Jerônimo, quando estava traduzindo a Bíblia para o latim, diz que Jó era escorregadio como lama. Por exemplo, tem passagens em Jó que você pode ler de um jeito ou de outro. Por exemplo, tem um texto em Jó que ele diz assim: "Eh, porque eu sei que meu redentor vive, mas alguns admitem que a versão poderia ser: eu quero a redenção enquanto eu estou vivo". Tem uma outra passagem que diz: "Ainda que ele me mate, nele esperarei". Mas isso
também pode ser lido como: "Ah, eh, ele me matará, não tenho esperança." Percebeu como é que é contraditório? São as dificuldades que nós temos no livro de Jó. Mas vamos analisar um pouquinho o livro de Jó e essa temática do sofrimento. Por que as pessoas sofrem? Por que que Deus permite tanta lágrima, tanta angústia, tanto soluço? Enquanto eu estou apresentando essa live para vocês, cerca de 150.000 pessoas morreram no mundo. 150.000 pessoas nas últimas horas. É muita gente perdendo sua vida. O Dr. José Rubens foi uma delas. Tem muita gente recebendo uma notícia agora de
um câncer. Por que que Deus permite isso? Por que que Deus e não faz alguma coisa para acabar com o sofrimento? A gente lida com isso. Tem um poema que eu quero ler para vocês de Leandro Gomes de Barros. Esse poema ficou muito famoso depois que Ariano Suassauna o recitou numa numa entrevista. E eu vou ler esse poema para vocês porque na primeira parte da nossa live eu estou na problemática. Se Deus é amor, se ele nos ama de fato, por que que Deus permite o seu sofrimento? Tô falando com você. Por que que Deus
permite você sofrer, você ter dor? Aliás, eu quero até fazer um pedido nesse momento, enquanto enquanto eu estou na introdução, eh, sugereira essa live para outras pessoas. Você deve ter alguém na sua família que tá precisando ouvir essa essa mensagem de hoje. Manda uma mensagem no WhatsApp de família aí, manda o link dessa live. Tem muita gente que está precisando ouvir isso. Faça isso agora, ajude outras pessoas. E o poema de Leandro Gomes de Barros diz assim: "Se eu conversasse com Deus, iria lhe perguntar: "Por que é que sofremos tanto quando viemos para cá? Que
dívida é essa que a gente tem que morrer para pagar?" Perguntaria também como ele é feito, que não dorme, não come e assim vive satisfeito? Por que foi que ele não fez a gente do mesmo jeito? Porque existem uns felizes e outros que sofrem tanto? Nascemos do mesmo jeito, moramos no mesmo canto. Quem foi temperar o choro e acabou salgando o pranto? Esse poema é forte, né? E ele nos põe para para perguntar muito por que que sofremos? Por que que coisas ruins acontecem tanto com pessoas boas? Nós vivemos num mundo caótico, realmente é fato.
E você deve estar agora perguntando para para si ou pro outro por tanta dor, tanto sofrimento? E muitos agnósticos, ateus, pessoas que não acreditam em Deus, usam justamente esse silêncio da divindade em face ao mundo caótico para questionar: será que Deus existe mesmo? Não é melhor então ser ateu do que acreditar que Deus existe ter alguém para odiar lá em cima? Essa foi a conclusão que eu cheguei junto com um ex-ateu, uma vez que a gente estava refletindo o porquê do ateísmo. Às vezes é melhor imaginar assim: "Não existe Deus, não existe céu, as coisas
que acontecem na terra são mera loteria, acaso? Então eu posso chorar, eu posso me angustiar, mas eu não tenho ninguém para protestar contra. Eu não tenho ninguém para colocar o dedo em rist e perguntar por que ele tá fazendo isso comigo. Agora, se eu creio que Deus existe, aí eu tenho um problema, porque eu tenho alguém para odiar. Eu tenho alguém para questionar por que ele não me ajuda? A sensação de muitos agnósticos, ateus, incrédulos, eu vou explicar para vocês qual é. Imagine duas situações de orfandade. Na primeira orfandade você tem e as duas crianças
estão no orfanato, abandonadas, porque elas não têm mãe. Só que a primeira criança sem mãe, a mãe dela morreu em trabalho de parto e ela não tinha pai. O pai também tinha morrido e a mãe morreu em trabalho de parto. Como ela não tinha pai e a mãe morreu em trabalho de parto, ela foi colocada no orfanato porque a sua mãezinha morreu. Ela é órfã. A segunda criança desse orfanato também está ali, também é órfã. Mas a mãe dela não morreu. A mãe dela simplesmente não a quis. A mãe dela a rejeitou e a deixou
na porta do orfanato. Aquelas duas crianças sofrem muito com orfandade, mas o sofrimento da segunda é pior do que o da primeira, porque a primeira sabe que está no orfanato porque a mãe dela morreu. A segunda está no orfanato porque a mãe dela não a quis, a entregou e foi embora. Essa é a dor de muita gente que ateia agnóstica. Ele fala: "É preferível acreditar que Deus morreu e por isso que eu estou sofrendo do que acreditar que existe um Deus, mas ele não faz nada e eu continuo sofrendo." Essa orfandade de Deus é pior
do que a primeira. É por isso que eu respeito, mesmo sem concordar com a atitude de alguns ateus que falam assim: "É melhor não acreditar em Deus nenhum do que viver com a ideia de um Deus que nos abandonou". Eu vou ler para vocês um trecho de David Hilm, que era o pai do Iluminismo inglês, cético, que não acreditava na Bíblia. E veja como ele colocou o problema do sofrimento de modo a desafiar a fé cristã. Vejam a frase de David Hilm no no livro A religião manual natural, perdão, a religião natural. Ele disse assim:
"Quer Deus impedir o mal, mas não pode, então é impotente. Pode, mas não quer, então é malévolo. Quer e pode, então de onde vem o mal? Filosófico, profundo. Eu vou explicar para você o que que David Hill fez. David Hum, na verdade, esboçou apenas um antigo trilema. Que que é trilema, Rodrigo? Dilema é quando você tem duas alternativas. Trilema é quando você tem três alternativas e tem um antigo trilema a a pregoado como se fosse de Epicuro, mas nós não temos certeza se ele era de Epicuro. Epicuro foi um filósofo eh que existiu no quto
século antes de Cristo, entre o quto e o terceiro século antes de Cristo. E Epicúrio não era necessariamente ateu, mas Epicúrio negava os deuses do Olimpo. E Epicuro fundou uma filosofia chamada Epicurismo, que era forte em Roma até na época do Novo Testamento. Tanto é que no livro de Atos dos Apóstolos diz que quando Paulo estava em Atenas, filósofos estóicos e epicureus discutiam com Paulo. E esse epicuro ou epíco, como alguns falam, ele diz que os deuses, se existissem, eles não poderiam ser deuses como os do Olimpo, porque eles não podiam se preocupar com os
seres humanos. Eu vou colocar para vocês aqui o pensamento dele. Como eu disse para vocês, Epicuro não era ateu, mas ele rejeitava a ideia de deuses envolvidos com assuntos humanos. Para ele, os deuses existiam e eram seres perfeitos. felizes, distantes e indiferentes ao sofrimento humano. Ou seja, cuidar do mundo seria um fardo que negaria a felicidade divina. Então, a presença do mal no mundo mostraria que esses deuses que existem não se preocupam com a humanidade, servindo apenas como modelos ideais de conduta e não como seres atuantes na história e na vida das pessoas. Então essa
era a ideia do epicurismo. É como se fosse o deísmo. Depois Deus, os deuses existem, mas eles não estão nem aí para nós. E tem muita gente que pensa assim, pode até ser que Deus exista, mas ele é ocupado demais para se preocupar com preocupar conosco. Então, com base na filosofia de Epicuro, veio esta, esse trilema que eu falei com vocês, que é atribuído a ele. Mas há outros autores também que citam o mesmo trilema. seria o seguinte, vou colocar aí na tela. Primeiro, letra A. Deus é onibenevolente. Que significa isso? Deus é absolutamente e
ilimitadamente bondoso. Número dois, Deus é onisciente. Ele tem absoluta ciência de tudo, tanto em objeto quanto em fenômeno. Três, Deus é onipotente, ou seja, ele tem poder absoluto e restrito e ilimitado. Quarto, o mal existe. Se você olhar aqui, nós temos um problema. Porque se Deus é todo bondoso, como disse o primeiro ponto aqui, então por que que o mal existe? Porque se Deus é todo bondoso, ele não ia querer que o mal existisse. Concorda comigo? Mas e se dissermos não? Deus ele é onipotente, mas o mal existe. De novo, eu tenho um problema. Se
ele é onipotente, por que que o mal existe? Então, parece que uma cláusula elimina a outra. Eu vou explicar. Se o mal existe e Deus é bom, então ele é bom, mas não é capaz de eliminar o mal. Portanto, ele não seria onipotente, porque por ser bom, ele não ia querer a existência do mal. Mas se o mal existe, é porque ele não foi capaz de eliminar o mal. ou letra B, se Deus é onipotente e o mal existe, então ele não é bondoso, porque ele poderia evitar o mal e não o fez. E ele
também sabia o que haveria de acontecer. Então essa é a problemática que nós enfrentamos em relação ao dilema do mal. Quando a gente estuda filosofia, é assim que os filósofos colocam a problemática. Ah, eu vou fazer uma pergunta para você, até gostaria que você também participasse nos comentários aqui. Se algum filho seu que tá fazendo faculdade, que agora está caminhando pro ateísmo e você é um cristão, fizesse essa pergunta, como é que você responderia? Se você fosse um cristão, estivesse numa aula de filosofia, numa aula de Heidegger ou quem sabe sobre David Hilmel, sobre Nietzs
ou sobre Artur Schopenhauer ou Cafka, como é que você responderia a uma problemática colocada assim? Deus é todo-pereroso, Deus é todo bondade, o mal existe. Então, se o mal existe e Deus é todo bondade, então ele não é todopoderoso, porque ele não impediu, né? Ele pode, ele é todopoderoso, então ele não é todo amor, porque ele não impediu o mal. Como é que você responderia isso? Houve durante a história várias formas de tentar lidar com essa problemática. Uma delas foi de Godfried Libits. E Libidia que este é o melhor dos mundos possíveis. Eu vou colocar
para você o que que Libes dizia. Ele dizia que não há maneira de criar um quadrado sem ao mesmo tempo criar a imperfeição da hipotenusa. A palavra hipotenusa, hipotenusa em grego significa contrário a Então você vê a hipotenusa, você tem duas hipotenusas imperfeitas aqui, olha, que são esses triângulos. Percebe? Agora, o quadrado só pode existir tendo essas duas hipotenusas imperfeitas colocadas. Com isso, o Libs queria dizer que esse mundo, com todo o mal dele, é algo necessário. Embora eu admire muito a filosofia de Godfried Libits, e ele era um apologeta, um homem cristão, escreveu a
favor da Bíblia de Deus. Com esse ponto aqui eu tenho dificuldade. Por quê? Se você dá qualquer explicação para a existência, para origem do mal, explicação lógica, que de certa forma coloque o mal nos planos de Deus, você está tornando Deus malévolo. O que a Bíblia diz é que Deus é luz absoluta e nele não há treva nenhuma. Que Deus não dialoga com o mundo das trevas, Deus não dialoga com a maldade. Portanto, o mal não pode fazer parte dos planos de Deus. Se o mal é algo que Deus desejou, algo que Deus queria, então
Deus é tão perverso quanto. Agora, tem alguns elementos que a gente tem que considerar antes de entrar na Bíblia Sagrada. Realmente, o mal está aqui e eu creio em Deus. Será que os ateus têm um ponto para me dar um cheque mate? Vamos lá. Pontos a considerar. Três pontos. O primeiro deles, não há contradição lógica entre a existência de Deus e a existência do mal. O fato do mal existir não é um argumento para dizer que Deus não existe. Seria a mesma coisa de afirmar que o fato de existirem carecas é um argumento para dizer
que não há cabeleireiros. Tá certo? O fato de existir carecas não é um argumento para dizer que o cabeleireiro é um mito. O fato de existir doentes não é um argumento para dizer que o médico não existe. O fato de existir doença não é um argumento para dizer que remédios não existem. Segundo ponto, também não há contradição lógica entre a existência de um Deus onipotente e bondoso e a existência do mal. Eu vou explicar você isso aqui. Deus pode ter razões moralmente suficientes para permitir o mal, especialmente para preservar o livre arbítrio. Vou falar muito
sobre isso aqui, sem o qual o amor verdadeiro e a responsabilidade moral não existiriam. Mas atenção, a nossa live só está no começo. Só está no começo. Então eu já quero antecipar uma pergunta que muitas pessoas fazem quando a gente joga a questão do livre arbítrio. Isso aí é conversa para boi dormir. Livre arbítrio, Rodrigo, que bobagem. Qual foi o livre arbítrio que teve aquela criancinha que nasceu com leucemia? Quando uma pessoa tem um um um problema de câncer do pulmão e ele fumou durante 30 anos na sua vida, por que quis fumar? E o
médico falou: "Olha, por causa de 30 anos de uso do tabaco, agora o seu pulmão está comprometido, você está com câncer no pulmão." Nesse caso, tudo bem, pode dizer que o câncer dele é fruto de uma escolha ruim do livre arbítrio dele mal utilizado. Aí eu concordo. Mas uma criancinha que nasceu com leucemia, onde é que ela errou? O que que ela fez para sofrer aquilo ali? Realmente? Então, calma que quando eu falo do livre arbítrio, eu não estou querendo dizer que é necessariamente algo que você fez. Calma que até o final nós vamos explicar
isso. Número três, eh, o mundo com liberdade genuína necessariamente inclui o risco do mal moral. Esse é o terceiro ponto aqui. Que que eu quero dizer com isso? Eh, se existe a possibilidade de eu ir para o lado B, é porque existe a possibilidade de eu ir para o lado C. Então, quando Deus dá uma ordem, filhos, sigam a mim, cria-se, ainda que teoricamente, a possibilidade de não seguirmos a Deus. E aí tem uma coisa que eu quero já ilustrar para vocês. O mal não existe. E você vai falar: "Ih, Rodrigo, para agora que eu
vou desligar a live". Como é que o mal não existe? E o que eu tô sofrendo? E a minha depressão e o meu burnout e o meu problema e o meu vizinho que quase tirou a vida e a outra que tá lutando com o filho lá eh eh no mundo das drogas? que que eu faço com tudo isso? E o e o meu cunhado que tá desempregado há há meses, passando necessidade, passando fome, e o outro que tá debaixo da ponte lá, como é que você fala que o mal não existe? Calma. Em filosofia, em
metafísica, nós trabalhamos com um elemento chamado pseudoexistência. Eu vou explicar isso de maneira muito simples que você vai entender. Vou te dar uma aula de filosofia agora de graça. Vamos lá. Pseudo e existências. Nem tudo o que nomeamos realmente existe de forma positiva. Há pseudociência existências, perdão, pseudoexistências como buracos. Os buracos não existem, são apenas ausência delimitada de algo real. O buraco não tem ser próprio, ele apenas existe como negação ou falta dentro do que ontologicamente seria positivo. Por exemplo, sabe se você perguntar para um físico? O frio não existe. O que existe é a
ausência de calor que dá a sensação do frio. A treva não existe. O que existe é a ausência de luz. Então, em termos metafísicos, eh, metafísicos e físicos, há pseudoexistências. Algum, o buraco, por exemplo, o buraco não existe. O existe é a falta de um preenchimento. Eu sei que isso pode dar um nó na sua cabeça, mas até filósofos ateus concordam com o que eu estou dizendo. Por exemplo, nenhum físico mede a velocidade do escuro, ele mede a velocidade da luz, tá certo? Ninguém eh eh fala do frio como um ser existente, você fala da
ausência de calor. Então o mal nesse sentido, ele não é um ente que existe, ele é a ausência da presença de Deus. Aí você pode falar: "Mas Deus não é onipresente, Deus não está em toda parte. Como é que em algum lugar Deus pode não estar?" A partir do momento em que ele não atua naquele lugar, é como se ele não existisse ali. Deus respeita. Deus não força a ação dele porque ele é onipresente. Então Deus é onipresente, mas ele pode resolver não atuar naquele lugar porque alguém escolheu não aceitar a Deus. Então agora nós
eh podemos falar que dentro da crença cristã, Deus criou tudo e toda sua criação é muito boa. Se você olhar Gênesis no capítulo 1, eu citei aqui o verso 31, várias vezes você vê a repetição de Deus falando assim: "E viu Deus que isso era bom e viu Deus que era bom". Então a criação de Deus não assume nenhum mal. E se somarmos isso ao fato de que não é possível extrair um mal substancial, ontologicamente falando, uma existência verdadeira de um universo unicamente bom, então posso dizer que o mal, atenção para isso, o mal é
a existência ontológica negativa do bem. Isso é, o mal é a privação, a ausência do bem, o não bem. E aqui eu citei Santo Agostinho de Ipona. Santo Agostinho fala muito disso no eh livro Confissões de Santo Agostinho. O mal como entidade não existe. O mal é apenas a negação da presença do bem. Então, como eu falei com vocês, a gente tem que entender isso. Em metafísica também existem existências em ato e potência. Eu vou falar mais sobre isso na frente. O cristianismo, portanto, não oferece uma explicação completa para todo o sofrimento, mas oferece uma
solução existencial e histórica. O próprio Deus em Cristo Jesus entrou no sofrimento humano. E é isso que eu vou começar a explicar para vocês. Aqui tem uma frase de Aristóteles que me fascina muito. Eu quero explicar essa frase para vocês daqui a pouco, que é a seguinte: sem uma compreensão do todo, você acaba tendo uma visão parcial das coisas. Eu vou contar uma historinha e você vai entender o que eu quero dizer. Eh, dizem que uma vez num vagão de trem de ferro, um umas crianças, uma criança tava chorando muito, tava aos berros, uma criança
pequenininha de colo e as pessoas dentro daquele vagão estavam incomodadas com aquela criancinha chorando, chorando, chorando, chorando e cada um fazendo a sua, o seu julgamento, a sua reflexão sobre a cena ali, né? Um homem falou assim: "Poxa vida, eu paguei para vir aqui para para chegar amanhã e essa criança chorando, eu não vou conseguir dormir. Que desaforo!" O outro pensou do outro lado, olha, essas companhias de trem não deveriam permitir que famílias com crianças viajassem em vagões sem criança, deixasse as famílias todas num vagão só, porque agora eu tenho que aguentar o berreiro dessa
criança. O outro mais exaltado falou: "Puxa vida, amanhã cedo eu tenho uma reunião importante. Eu precisava de dormir essa noite no vagão e eu não vou dormir direito por causa do inferno, do choro dessa criança. Cada um tinha a sua compreensão e o seu julgamento acerca do que estava acontecendo. Até que um deles mais exaltado levantou e falou assim: "Ei, alguém faça alguma coisa? Essa criança está incomodando. Cadê a mãe dessa criança que não faz essa criança calar a boca?" E nisso acenderam as luzes, o condutor chegou e lá na penúltima cadeira do vagão estava
um senhor sentado com a criancinha no colo assim meio sem saber muito como agir, meio desengonçado e dois duas outras crianças do lado dele. E aquele moço falou assim: "Me perdoe, gente, com maior vergonha, todo mundo olhando pra cara dele". Ele falou assim: "Essa é o meu filhinho que tá chorando muito e a mãe dele tá no vagão de cargas. num caixão. Ela morreu e nós estamos levando o corpo dela para sepultar na minha cidade e e eu não tô sabendo muito o que fazer. Que triste, hein? Nesse momento todo mundo mudou o comportamento. Aquele
que levantou gritando: "Cadê a mãe dessa criança que não afasta calar a boca?" ficou com vergonha, pedir desculpa, até se apresentou, falou: "Olha, meu amigo, eu sou advogado. Se você precisar de alguma ajuda jurídica sobre o falecimento da sua esposa, fale comigo. Meu cartão tá aqui. Uma outra mulher se aproximou e falou o seguinte: "Olha, eu acabei de dar a a luz a um bebê. Eu tô com leite aqui no peito. Se você quiser, eu dou leite para ela. Ela deve estar com fome. Eh, o outro falou assim: "Olha, eu posso levar suas crianças no
vagão lá do do eh do restaurante e pagar algum lanche para elas." Até um religioso que estava ali falou: "Olha, eu posso fazer uma oração por vocês?" Percebeu o que que o que eu quis dizer com essa história, essa parábola? até que soubessem exatamente o que estava acontecendo por detrás do silêncio do vagão, cada um tinha sua compreensão desnorteada acerca do que estava se passando. Cada um tinha o seu julgamento. Mas quando as luzes se acenderam e souberam o que realmente estava acontecendo, que a mãe estava morta no vagão de cargas, a atitude de todos
mudou. O choro da criança continuou incomodando. Os compromissos do dia seguinte não mudaram. Mas a perspectiva e o comportamento de todos mudou. Então, conhecer uma história em parte ou só pela metade pode nos levar a ter conclusões errôneas com base naquilo que nós não sabemos. É por isso que a frase de Aristóteles que eu queria citar é essa aqui. Todos os homens desejam naturalmente saber. Muitos, contudo, se perdem nessa tarefa ao longo da vida, talvez por desconhecerem um caminho. Isso está na ética nicômaco que Aristóteles escreveu pro seu filho. E eu concordo com Aristóteles. O
grande problema de muitas pessoas ao lidarem com o sofrimento é que eles não conhecem a história. Eles estão como os passageiros daquele vagão, antes de saberem porque a criança estava chorando e o que estava acontecendo. Cada um tem o seu julgamento, cada um tem a sua solução, cada um tem a sua teoria. Então, a Bíblia, ela nos permite conhecer num plano maior o conflito cósmico do bem contra o mal. E quando a gente conhece o discortinar desse conflito, muda bastante a nossa compreensão e a nossa percepção do quadro como um todo. E é sobre isso
que eu quero falar com vocês agora, contando a história de Jó. Eu vou resumir a história de Jó para vocês. Vamos colocar algumas imagens aí. O livro de Jó, para quem não sabe, eu vou resumir a história, diz que Jó era um homem íntegro, obediente a Deus, que se afastava do mal, era um bom sacerdote, um bom pai, um bom amigo, era rico, próspero, tinha muito dinheiro, muito gado. Os filhos o amavam, ele amava a sua família, oferecia sacrifícios a Deus todos os dias. Até que um dia, a história de Jó é interrompida por uma
reunião celestial. Os filhos de Deus vieram se apresentar diante de Deus e veio Satanás também entre eles. E quando Deus viu a Satanás no céu, Deus perguntou: "De onde vens? O que você faz aqui?" E Satanás respondeu: "De rodear a terra e passear por ela." Então Deus falou com ele: "Você viu meu servo Jó? Porque ele se aparta do mal e ele é fiel a mim?" Satanás disse: "É muito fácil Jó ser fiel ao Senhor. O Senhor o enche de bênçãos, o compra, tira dele tudo que ele tem e eu quero ver se ele continuará
fiel a ti." Esse diálogo aconteceu duas vezes no céu e na segunda vez o diabo foi mais implacável no seu ataque a Jó. Ele queria provar para os demais filhos de Deus e para o próprio Deus que Jó havia sido comprado. Então, Jó, que antes era tão próspero, tão feliz, começou a sofrer problemas, perdas incalculáveis. Uns amigos chegaram dizendo que a sua cidade, as suas fazendas foram saqueadas, seus filhos foram mortos, um ventaval destruiu a sua casa, as suas propriedades. Ele perdeu tudo. Jó então rasga suas vestes, como era próprio de um homem do antigo
Oriente Médio, e começa agora a viver no lixão. Para piorar a história, o seu corpo se cobre de feridas e ele fica raspando as feridas com um caco de telha. A mulher dele ficava revoltada pela situação e dizia: "Olha o que aconteceu com os nossos filhos. Jó, admite que você está em pecado. Amaldiçoa a Deus e morre logo". Depois vieram três amigos de Jó que ficaram sentados em silêncio, respeitando o seu luto por sete dias. Depois os amigos começam a ouvir o desabafo de Jó, mas eles se revoltam. Quando Jó diz: "Por que Deus está
sendo tão implacável comigo? Por que Deus está sendo esse juiz tão terrível? E eles, os amigos de Jó, para defender a Deus, começam a fazer discursos acusando Jó. Jó, não fale assim. Você deve ter algum pecado, senão Deus não deixaria tantos males acontecer na sua vida. Jor disse: "Eu não tenho pecados. Eu estou sendo fiel a Deus. Coloquea ele na minha frente e eu mostrarei a minha inocência." E os amigos insistiam: "Não, Jó, você tem alguma culpa no cartório? Você tem algum esqueleto dentro do armário? Até que por fim aparece mais um amigo de Jó,
que repreende os outros três e finalmente o próprio Deus aparece e faz uma série de perguntas ao patriarca. Onde é que você estava, Jó, quando eu fiz isso? Quando eu fiz aquilo? Quando eu fiz aquilo outro? Onde você estava, Jó? E no final Deus devolve tudo para Jó, tudo o que ele tinha. Essa é a história de Jó. Agora, só um detalhe que eu queria confirmar com vocês e com a minha produção aqui, é, para mim aqui a imagem travou, mas eu queria saber se para vocês está saindo tudo bem aí. Eu não sei se
é o meu sinal do telefone aqui. OK, já me disseram aqui, a produção disse que para vocês tá tudo bem, que para mim aqui a imagem ficou congelada, não sei por qual razão. Então, eh, vamos continuar aqui. Agora, quando eu leio o livro de Jó num primeiro momento, eu confesso que esse livro não me trouxe alívio. Ele me trouxe foi mais perguntas ainda. Jó sofreu, perdeu os filhos, foi no buraco, depois Deus pergunta para ele um monte de coisa e dá de novo tudo de volta para ele. Tá, mas e os filhos que ele perdeu?
Mesmo que ele tivesse novos filhos, não repõe aqueles que se foram. Onde é que está a lógica desse desse livro? E para piorar, a história de Jó ainda fica mais complicada quando ela se aparenta, ela se parece com isso aqui. Olha aí. Parece que o livro de Jó é uma grande aposta entre Deus e Satanás, usando os seres humanos como peças num tabuleiro. Que é isso que parece quando você lê o livro de Jó assim, de maneira rápida. Lembra? O livro de Jó começa com Deus perguntando, eh, Satanás, que que você faz aqui? Há de
rodear a terra e passear por ela. E Deus falou: "É, mas você já viu meu servo Jó?" "Não, mas Jó não te ama, não te ama. Não ama assim?" Não ama, não. Ama sim. Não ama não. Vamos, vamos apostar. Vamos. Pode tirar tudo dele. Aí Deus fica jogando ali como se fosse uma aposta. Não, o livro de Jó não pode ser uma aposta. O outro problema que nós temos com o livro de Jó é essa imagem que vocês vão ver aí. Gustavo do Riê. São os amigos de Jó. Porque normalmente a a teologia cristã tende
a criticar os amigos de Jó. Eles foram perversos. Eles não foram eh genuínos com ele, eles não foram autênticos com ele. Mas quando eu leio eh na Bíblia, só um detalhe, vou pedir alguém aqui para consertar, porque para mim travou aqui. Eu quero ver os comentários. Eu não sei se algum problema aqui. Ela vai olhar para mim o celular o que aconteceu. Para mim ele tá travado aqui a imagem já há um bom tempo. Tá bom, pessoal. Eu quero ver os comentários que daqui a pouquinho eu quero interagir com vocês. Eh, pode voltar paraa minha
imagem aqui. A ideia é que os amigos de Jó foram cruéis e que Jó foi uma pessoa paciente. Mas quando eu fui estudar o livro de Jó, eu percebi que aquela famosa frase paciência de Jó não parece fazer muito sentido, porque Jó não foi muito paciente, não. E quando a gente fala os amigos de Jó como sendo pessoas ruins, quando eu leio que os amigos de Jó falaram, parece que eles estão certos. Vamos começar por essa problemática. Será que Jó foi paciente mesmo? Ora, vou ler para vocês um trecho aqui do reverendo Hernandes Dias Lopes.
Depois de perder bens, filhos e saúde, Jó ainda enfrentou a revolta da mulher e a incompreensão dos amigos. Jó ergueu ao céu 16 vezes a mesma pergunta. Por quê? Por quê? Por quê? A única resposta que recebeu foi o total silêncio de Deus. Jó expôs a sua queixa 34 vezes. Ouviu como resposta apenas o silêncio. Quando Deus falou com ele, não respondeu sequer uma de suas perguntas. ao contrário, fez-lhe 70 perguntas revelando a sua majestade e o poder. Então agora voltem aqui, vamos conversar um pouquinho. Eu não vejo Jó muito paciente, não. Alguém que reclama
tanto, eu lembro que quando eu entrei pra igreja, as pessoas costumavam dizer assim que o verdadeiro cristão nunca pergunta por quê. Quando ele está sofrendo, ele pergunta para quê. Isso não faz muito sentido, porque Jesus na cruz do Calvário perguntou: "Pai, por que me desamparaste?" Então, você que tá me assistindo agora, você também está questionando a Deus? Então, bem-vindo ao clube. Eu também já questionei muitas vezes a Deus. E se isso for pecado, o próprio Jesus pecou, porque na cruz perguntou lamactani, lama é por de pergunta. Por que de pergunta? Que é que é por
de resposta? Lamá, por que me desamparaste? Jesus questionou. E o próprio Jó também questionou. Pai, por quê? Vamos ver algumas das perguntas que Jó faz. Vamos colocar aí na tela. Jó, capítulo 7, verso 20. Se errei e pequei, que mal causei? Ó tu que vigias, muito obrigado. Ó tu que vigias todos os seres humanos. Por que razão me tornaste teu alvo? Porventura me transformei num fardo pesado, inútil para ti? Ele está chateado com Deus. Jó 16:11 a 14. Deus me entrega nas mãos do ímpio e me faz cair nos ardis dos perversos. Imagine se alguém
na sua igreja falasse isso, você ia repreendê-lo como herege. Jó 10:3. Tens alguma satisfação em oprimir-me? Afinal, tu mesmo me criaste. Como podes rejeitar a obra da das tuas mãos enquanto sorris com aprovação para o plano dos ímpios? Jó 19 verso 7. Entretanto, clamo injustiça, eis que não obtenho resposta. Grito por socorro. Contudo, não vejo justiça. Jó 34. Ora, Jó declara: "Sou inocente do mal que me causam, mas Deus tirou de mim a justiça". Então, olha que interessante. Jó está colocando coisas tão pesadas sobre Deus que se algum cristão numa igreja conservadora questionasse essas coisas,
todo mundo ia falar assim: "Cala a boca, você tá perdendo a fé. Você é um herege, você é um ímpio bate com a mão na boca antes que o pé não alcance". Diria lá em Minas Gerais. E os amigos de Jó parecem só falar verdades teológicas para ele. Os amigos de Jó dizem: "Não, Jó, quer ver? Vamos botar para vocês alguns aqui. Olha as palavras de Elifás. Eis que tens ensinado a muitos e tem fortalecido os mãos fracas. As tuas palavras t sustentado aos que tropeçavam e os joelhos vacilantes têm fortificado. Mas agora chegando à
tua vez, tu te enfadas? Sendo tu atingido, não te perturbas? Volta para mim. Quantas vezes você já não falou coisas como o dia ele faz? Quando uma pessoa está chateada na igreja, perdendo a fé, fala com ela assim: "Calma, para de questionar, Deus é Deus. Não faça assim, não questione. Nós parecemos os amigos de Jó. Eu não posso dizer que eu endosso as coisas que Jó falou. Deus não entrega ninguém paraa injustiça. Não é assim como ele colocou. Deus não tem prazer em castigar uma pessoa, como Jó falou no seu momento de dor. Mas eu
também aprendi, e preste atenção nisso, que Deus é menos ofendido pela sinceridade de um pecador do que pela hipocrisia de um santo. Jó estava falando algumas coisas que não procediam, mas Deus sabia que ele estava falando com dor, não com raiva de Deus, com dor. Agora nós podemos aprender algumas coisas a mais sobre Jó. É interessante que possivelmente o nome Jó significa em hebraico, onde está o meu Deus. Tem alguns que pensam que Jó podia significar o perseguido, o odiado, aquele que se arrepende, vem da palavra ouv. Eh, masght achava que podia ser uma contração
da frase a a abum significando onde está o meu pai. Parece até com Jesus que na cruz também falou: Deus meu, por que me desamparaste? Agora que eu já contei para vocês o conteúdo de Jó, os problemas de Jó, vamos começar a ver a teologia de Jó. Eu quero te convidar a ler a Bíblia comigo. Quando você vai aqui no livro de Jó, que descreve a cena dos filhos de Deus perante Deus, os bine Elohim, que são anjos, o livro de Jó começa dizendo assim no capítulo 1, verso 6. Num dia em que os filhos
de Deus vieram apresentar-se diante do Senhor, veio também Satanás entre eles. Aqui me chama atenção que na Bíblia Almeida, eu estou usando a nova Almeida atualizada, a palavra Satanás está com letra maiúscula. Se você tiver uma Bíblia aí, eu eu convido você a ler comigo. Veio também Satanás. Satanás com letra maiúscula. Mas eu tenho um problema aqui. Essa tradução tá errada. E a maioria das traduções em português estão erradas nesse sentido. Sabe por quê? Vou mostrar no quadro e você vai entender. Olha aí, você tem duas palavras hebraicas escritas em vermelho. Mesmo que você não
saiba ler hebraico, você consegue perceber que é a mesma palavra, só que a da esquerda tem uma letra mais do que a da direita. Simples assim. Você tem a palavra Satan de um lado e ra satam do outro. A tradução da primeira, Satã, é Satanás. A tradução da segunda, o Satanás. Só isso. Satanás ou Satanás? A letra que está a mais indica um artigo definido. Satanás ou Satanás? Agora volta para mim que eu vou explicar uma coisa para você. Em primeiro lugar, a palavra Satanás originalmente ou Satan em hebraico não significava um nome próprio, significava
um título. Acusador, adversário, promotor, advogado de acusação. Um um alguém que que eh denuncia e acusa você formalmente num tribunal. Agora, então você já aprendeu que Satan significa acusador adversário? Segunda coisa que você tem que aprender, é o nome acusador ou adversário passou a se tornar um nome próprio como um apelido do anjo caído. Simplesmente isso, um apelido do anjo caído, tá certo? É como, por exemplo, se a gente falasse assim, eh, o farejador, você dá o nome de farejador para alguém que descobre coisas. Farejador se torna um nome dele, um apelido dele, mas farejador
não é um nome próprio, tornou-se. Ficou claro isso para você? Ok. Alguém que talvez tem um cheiro muito ruim e recebe o apelido de gambá. Pessoal fala: "Oi, gambá". Já sabe esse pessoal de boteco que gosta de colocar apelido nos amigos? Oi, gambá. Oi, gambá. Gambá originalmente não é um nome próprio. Gambá é um nome de um mamífero, mas alguns podem pegar aquele nome de um mamífero e aplicar como apelido para alguém. Então, adversário Satã em hebraico passou a ser o apelido do anjo caído. Segunda coisa que você tem que aprender, antes de um nome
próprio em hebraico, nunca jamais existe artigo definido. Nunca jamais. Só que quando eu leio isso aqui em hebraico, em hebraico está assim: "Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se diante do Senhor, veio também Satanás entre eles. Gam R Satam. Se veio R Satam ou Satanás, então não é nome próprio, é nome de adversário. E se ele está ali como adversário, é porque ele estava denunciando formalmente alguém num tribunal. Ele estava acusando. Então, nesse caso aqui, o nome Satã, acusador não está como o nome próprio inimigo de Deus, mas como o cargo que
ele exerce no céu. E quando fala gam rassatan, isso é irônico em hebraico. É como se falasse assim: "E veio também o Satanás". Não era para ele estar ali. É por isso que Deus pergunta para ele de uma maneira irônica. Miavô. Miavô. De onde você vem? Mia intavô. M. De onde você vem? Atavô. De onde você vem? Mi aitavô. Atavô. De onde você vem? Para cá. E ele também responde de maneira irônica e petulante, eu diria, de rodear a terra e passear por ela. Ninguém se opõe a mim. Essa expressão rodear a terra e passear
é análoga a que nós temos, por exemplo, em Gênesis, que Deus passeava pelo jardim na viração do dia. Só um soberano poderia passear e rodear por ninguém se opõe a mim na terra. Adão comeu do fruto proibido. Eva também. O mundo agora é meu. E legalmente o mundo era de Satanás. Porque quando Adão e Eva comeram do fruto proibido no Gênesis, eles entregaram o senhorio da terra para Satanás. Todos agora me querem como seu Deus. E Jesus no Novo Testamento para falar do diabo e fala: "Vem aí o príncipe desse mundo, o Deus desse século".
Mas Deus falou assim: "Não, nem todos. Você já viu meu servo Jó?" Bom, mas Jó te respeita porque eu sou compra? Não, ele me respeita porque eu o amo. Duvido. Então, quando Deus permitiu a Satanás fazer tudo que ele fez com Jó, não é porque Deus estava fazendo uma aposta com o diabo, é porque Deus, mesmo sendo Deus, ele tem a humildade suficiente para não usar sempre o argumento da autoridade. Deus dá demonstrações de si mesmo. Ele dá demonstrações do seu poder. Os outros filhos de Deus que estavam ali não eram oniscientes. Deus precisava mostrar
pro universo que ele não é um ditador, nem um manipulador dos resultados. As pessoas escolhem a Deus ou rejeitam Deus por livre escolha. Então, Satanás desce para fustigar a Jó. E sabe por que as frases dos amigos de Jó não funcionam? É porque de certa forma eles não conheciam toda a história do grande conflito entre o bem e o mal. Então eles agiam como pessoas que ficam sempre dando respostas prontas que às vezes não ajudam em nada. É por isso que durante todo o livro de Jó você vê Deus sempre desaprovando que os amigos deles
de Jó falam, mesmo que pareça tão lógico diante da visão humana. Lembra a história do pai com o filho no vagão? sem acender as luzes, sem as pessoas saberem o porquê daquela criança estar chorando e ninguém fazer nada, cada um poderia ter a sua interpretação e todas elas faziam sentido. O camarada que tava pensando assim: "Poxa, por que que alguém deixa uma criança chorar tanto assim? Por que que o trem deixa uma criança nesse vagão?" Eles estavam certos, eles não tinham toda a compreensão. Agora, para terminar o livro de Jó, nós temos as respostas de
Deus. E aí as respostas de Deus vem em duas situações. Quando você vai chegando no final do livro de Jó, Deus aparece duas vezes para ele a partir do capítulo 40. Então, Jó respondeu ao Senhor, perdão, eh, a partir do 40, não, falei errado, a partir do capítulo 38. Então, do meio de um redemoinho, o Senhor respondeu a Jó e disse: "Aí, aqui vem um monte de pergunta que Deus faz para Jó. Jó, onde é que você estava quando eu fiz isso? Onde é que você estava quando eu fiz aquilo?" Noutras palavras, é como se
Deus falassim: "Jó, eu sou o especialista. Quem é você para me questionar? Você acha que você é o bonzão? É você que mantém a estrutura dos astros, das estrelas, o funcionamento de todo o universo? Não, senhor, não sou eu. Então, fique na sua, rapaz. Sabe quando alguém assim mais autoridade vem dar uma carteirada no outro? Você estudou tanto quanto eu? Você se conhece tanto como eu, diz uma pessoa mais graduada, né? Então, fique na sua. Deus colocou Jó no seu lugar. E Jó ficou calado porque ele não sabia responder a nenhuma das perguntas de Deus
sobre o poder de Deus e a pequenez de Jó. Aí quando chega no final desse primeira dessa primeira rodada de perguntas, Deus fala assim, capítulo 40, será que alguém que usa de censura pode discutir com o todo-pereroso? Que responda isso aquele que critica Deus? Ou seja, você não sabe nada, guri. Tá querendo ensinar o quê? Ensinar o padre nosso povigário, como diziam lá no interior, quem é você? E Jó entendeu que ele realmente não era nada. Quem era ele para ficar querendo ensinar Deus? Como é que sabe? É, parece aquele adolescente que não arruma nem
o quarto dele e acha que pode revolucionar o mundo, pode reformar o mundo. Ele não arruma o quarto dele, mas acho que pode reformar o mundo. Ele não consegue nenhum emprego, ainda vive do da ajuda do pai, mas ele acha que pode resolver o mundo. Até que alguém joga na cara dele, que ele é apenas um menino de 16 anos, cheio de espinha na cara e cheio de de teoria que na na prática não funciona. Foi assim que Jó se sentiu. Tanto é que o Jó fala: "Sou indigno, que resposta daria eu? Ponho a mão
na minha boca". Uma coisa falei e não direi mais nada. Duas vezes, porém não prosseguirei. Mas aí para surpresa nossa, Deus de novo pega Jó e fala: "Vamos para mais uma viagem, Jó". Jó deve ter pensado, não, senhor, o senhor já me humilhou demais. Calma. Você tá satisfeito com as respostas que eu dei? Sim, senhor. Com as perguntas que eu te fiz? Sim, senhor. Você acha que então agora você não tem que discutir comigo o problema do mal, porque você não sabe tudo? Sim, senhor. Mas tem uma coisa que eu não te expliquei, Jó. E
a sua dor? E a sua dor? Uma coisa é saber que todo mundo um dia vai morrer ou vai sepultar alguém. Outra coisa é você receber um diagnóstico de câncer. Uma coisa é saber que todo mundo é assaltado e sofre violência. Outra coisa é você ser assaltado. Uma coisa é saber que enchentes e desastres naturais acontecem no mundo inteiro. Outra coisa é ter a sua casa toda levada pela enchente. Então o sofrimento tem dois níveis, o geral e o particular. E aqui que a nossa live começa a canalizar em você. Até aqui eu já expliquei
que no conflito cósmico do bem e do mal podem estar acontecendo coisas nesse momento que você não entende. É a primeira parte da resposta de Deus a Jó, que na verdade foi uma série de perguntas, mas tem uma segunda parte dessa discussão e é nela que eu vou entrar agora. E o seu sofrimento? Onde é que está você nessa história? Deus coloca Jó de novo num redemoim e dessa vez Deus não fica fazendo perguntas genéricas. Onde é que você estava quando eu fiz aquilo? A Bíblia fala que Deus luta contra dois animais. Coloca aí na
tela o Beut e o Leviatã. as duas palavras hebraicas que algumas versões da Bíblia traduzem como hipopótamo e crocodilo. Eu acho que essas traduções não estão muito boas, nem hipopótamo, nem crocodilo. O Leviatã, na verdade, é uma serpente do mar monstruosa. E o e o Beemot é um monstro da terra que a fauna não tem igual. Então, na verdade, Jó viu dois monstros lutando contra Deus. E por que que Deus mostrou dois monstros, um do mar, outro da terra lutando contra Deus? A arqueologia vai nos ajudar a entender isso. De longa data, desde o período
do bronze, tô falando cerca de 3.000 anos antes de Cristo, nós encontramos uma tradição perdida no tempo, não sabemos bem a sua origem, que o mal sempre é representado por um dragão ou uma serpente do mar. Vou colocar aí na tela. Você tem vários povos garíticos, sumerianos, egípcios falando de uma grande serpente do mar, às vezes chamada de Lotan, uma serpente com sete cabeças. Note que inclusive num desses diagramas, esse aqui, olha, você tem um deusarítico cortando a uma das sete cabeças da serpente, que parece até o dragão de apocalipse, que tem uma das cabeças
feridas de morte. Aqui você tem divindades pisando em cima de uma serpente draconiana. Aqui também. Aqui também. Olha que ela tem sete cabeças. Como você pode ver aqui. Todos esses cenários nos mostram que havia de longa data uma simbologia do mal representada por um monstro do mar e um monstro da terra. Quando você vai em Apocalipse capítulo 13, é a mesma coisa. Você vê, vou colocar aí na tela, duas bestas. Uma besta que sai do mar e uma besta que sai da terra. Portanto, a pergunta é: o que significa tudo isso? O símbolo máximo do
mal. É lógico que no Apocalipse as duas bestas significam também impérios que lutam contra o povo de Deus. É que na noção bíblica não há muita diferença. Pode voltar para mim. Não há muita diferença entre o monstro e o império que ele está representando. É como se o diabo através daquele império agisse. Só que o Apocalipse e o livro de Jó nos dão um detalhe a mais disso aqui. É que estamos numa guerra cósmica, um conflito no qual o próprio Deus também atua. Deus está lutando contra o mal. Quer ver isso no Apocalipse? Apocalipse capítulo
12. Vou colocar a cena aí. Mostra uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, uma coroa de 12 estrelas na cabeça, e um dragão terrível está tentando atacar a mulher. E todos sabemos que esse dragão é, ao mesmo tempo, o símbolo do diabo, Satanás, e também o símbolo dos impérios que tentaram destruir o povo de Deus. Noutras palavras, o que o apocalipse está mostrando é que o conflito que acontece na terra tem uma reverberação no céu. E o conflito que acontece no céu ou no plano espiritual, se você preferir essa linguagem,
também reverbera aqui. Nutras pal p p p p palavras, eu vejo apenas seres humanos agindo, mas a visão espiritual mostra seres sendo usados pelo espírito de Deus ou pelo espírito do demônio. E diz que a criança que nasce dessa mulher no Apocalipse capítulo 12, que é o próprio Messias, ela sobe para o céu e o dragão vai para o céu para batalhar contra essa essa criança. E o Apocalipse capítulo 12 conclui dizendo o seguinte: "Vou mostrar a imagem para vocês. Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos batalharam contra o dragão. Também batalharam o
dragão e seus anjos. Contudo, não acharam o lugar deles no céu e por isso foram atirados para a terra. Noutras palavras, o que o livro de Jó e o Apocalipse está nos mostrando é o que está acontecendo fora do vagão de carga no qual nós estamos caminhando. Existe uma história acima da que nós estamos percebendo. Enquanto eu estou fazendo essa live com vocês, no plano espiritual existem anjos do bem e anjos do mal lutando pela vida de cada um de nós. E essa batalha entre os anjos, essa batalha de Deus contra o mal também reverbera
no mundo aqui. Então, enquanto o Herode estava perseguindo o menino Jesus para matar e Maria teve que fugir com José para o Egito, no plano espiritual era o dragão, o diabo, tentando matar o Salvador, o filho de Deus. E é interessante que lá no livro do Gênesis, Deus falou o seguinte para a serpente: "Ó serpente, eu vou colocar inimizade entre a sua descendência e o descendente da mulher. Esse descendente da mulher é o Messias. Ele vai esmagar a sua cabeça mesmo que você fira o calcanhar dele. E no Apocalipse capítulo 12, você vê o dragão
sendo jogado do céu, esmagado. E é curioso que aquele que batalha contra o dragão tem um nome significativo, Miguel, que em hebraico significa ninguém é como Deus. E o que que a serpente falou para Eva lá no Éden? Vocês serão iguais a Deus como do fruto proibido. O nome de Miguel é uma refutação a promessa da serpente. Então, Cristo na sua carne, ele desceu nesse mundo e ele batalhou contra a serpente. E na cruz do Calvário, Jesus enfrentou todo o mal, mas não como consequência. Jesus não fez nada. para ser oprimido. Jesus sim foi o
cordeiro imolado por nós sem nenhuma culpa. Ele interveio no grande conflito como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Agora, deixa eu falar uma coisa com você. Deus não é todo-pereroso? Sim ou não? Sim. Então, por que que ele permitiu o mal existir? se ele poderia impedir. Não confunda Deus ser todo- poderoso com a ideia errônea de Deus poder fazer qualquer coisa indistintamente. Eu vou explicar o que eu quero dizer para você. Preste atenção. Tá prestando atenção? Se Deus pudesse criar a terceira margem de um rio, ele não seria todooderoso, ele seria
ilógico. Se Deus pudesse pecar, ele não seria todooderoso, ele seria irrazoável. Se Deus pudesse mentir, ele não seria todo poderoso, ele seria cruel. Se Deus pudesse existir e não existir ao mesmo tempo, ele não seria tod-peroderoso, ele seria sem sentido. Então, quando a teologia diz que Deus é todooderoso, ele é todopoderoso porque ele é capaz de fazer qualquer coisa dentro do seu caráter e Deus não duela com seu caráter. Então, mesmo sendo todo amor para criar um mundo livre, tinha que existir a possibilidade do mal. Lembra que eu falei que na metafísica as coisas podem
existir em ato e potência? E que eu falei também que há pseudoexistências, que o mal, na verdade, é apenas a negação do bem? O que que é o ato e a potência? Bom, os meus filhos e netos existem em potência, porque eu posso ser pai. Mas como eu ainda não sou pai, eles são apenas uma possibilidade. Mas o dia que eu me tornar pai, o meu filho deixará de ser uma possibilidade e se tornará um ato. Enquanto o mal era apenas uma possibilidade, ele não tinha como ser destruído. Assim como o meu filho não pode
ser destruído. Nada pode acontecer ao meu filho. Ele não existe. Ele é apenas uma possibilidade. Agora, o dia que ele existir, aí muita coisa pode acontecer com ele. Enquanto Adão e Eva e tinha apenas o livre arbítrio, o mal era uma possibilidade. Mas a partir do momento que eles comeram do fruto proibido, o mal deixou de ser a potência para se tornar um ato. E que ato é esse? A ausência do bem. Eles experimentaram o que é a dor, eles e todos nós. E Deus sofreu muito com isso. E você pode perguntar, Rodrigo, mas onde
está o amor de Deus se ele permitiu que o mal existisse mesmo sabendo que aquilo ia acontecer? Quem pagou o maior preço foi Deus. Você pode falar, Rodrigo, pera aí, mas tem uma coisa que não tá fazendo sentido na minha cabeça. Pera aí, para, para um pouquinho. Se Deus sabia que o Lúcifer ia preparar toda aquela bagunça no céu, se Deus sabia que Adão ia pecar, e Deus sabia desde antemão, por que que Deus criou Adão? Por que que não criou outro? Por que que Deus não criou um outro que não pecasse? Se Deus sabia
que Hitler ia matar 6 milhões de judeus, por que que Deus deixou Hitler nascer? Por que que Deus não deixou que outra criança nascesse? que outro espermatozód fecundasse o óvulo da mãe dele para nascer outro e não aquele. Por que que Deus deixou mesmo sabendo? Eu vou explicar você porquê. Vou dar um exemplo e você vai entender. Eu dou aula muitos anos aqui na faculdade. Imagine que eu diga pros alunos assim: "Todos vocês têm o livre arbítrio de escolherem se eu sou um bom professor ou um mau professor. Vocês vão me dar uma nota, zero
ou 10. E prometo a vocês que eu vou levar todas as notas que vocês atribuírem a mim ao conhecimento da reitoria. E eu passo as folhas em branco para que cada aluno tenha o direito de escolher se eu sou um professor zero ou um professor nota 10. E eu fico imaginando os comentários da sala: "Poxa, o Rodrigo se garante mesmo, né? Ele vai levar pra reitoria o que nós pensamos a respeito dele. Poxa, tô admirado. O outro falou assim: "Mas eu gosto dele, eu vou dar nota 10 para ele." O outro aí, eu não gosto
não. Ele me chamou atenção aquele dia porque eu cheguei atrasado. Eu vou dar um zero para ele também. Eu quero ver agora. O reitor vai saber que alguns de nós não aceitamos que damos zero para ele. Aí cada um atribui a sua nota. Eu recolho as notas, agradeço e saio de aula a caminho da reitoria. Tá acompanhando o raciocínio? Só que antes de chegar à reitoria, eu paro na minha casa e eu começo a separar as folhas. Hum. O João me deu 10, que bom. A Maria também me deu 10, que bom. O Joaquim me
deu 10, que bom. Hum. O Fábio me deu zero, não gostei. O Jonas me deu zero, não gostei. O Antônio me deu zero, não gostei. Finalmente, pelo menos aqui, a Mariângela me deu 10, mas isso aqui deu zero. Eu separo duas pilhas, a pilha dos que me deram 10 e a pilha dos que me deram zero. Aí, sabe o que que eu faço? Eu pego aquelas notas zero, jogo no incinerador e levo pra reitoria apenas as notas 10. E o reitor fica feliz achando que 100% dos alunos me aprovam e me dão nota máxima. Mas
será que eu estaria sendo honesto se eu fizesse isso? É claro que não. Eu estaria brincando com os dados. Eu estaria violando as regras. Eu estaria passando uma imagem falsa. Eu estaria dando a impressão que todo mundo me deu 10 quando isso não é verdade. Eu seria uma pessoa imoral, uma pessoa desonesta. Concorda comigo? Agora, raciocine com base nessa ilustração que eu te dei. Se Deus só permitisse vir à existência aqueles que não fossem negar a sua graça, se Deus só permitisse vir à existência aqueles que não fossem recusar a sua pessoa, Deus estaria brincando
com os dados. ele estaria anulando as notas zero e trazendo a existência apenas as notas 10 e mentindo para todo o universo que todos nós temos livre arbítrio, quando na verdade ele só deixaria nascer quem não fosse rejeitá-lo. Mas como eu disse anteriormente, Deus não duela com o seu pensamento. Deus não duela com o seu caráter. Aí você pergunta: "Tudo bem, Rodrigo? Na ilustração, tá certo? Mas na prática, o fato de Deus deixar as notas zeros virem a existência trouxeram as tragédias da história. Aí eu pergunto de volta: quem pagou maior preço? Não foi eu,
nem você, nem o próprio diabo. Sabe quem pagou o maior preço? Foi Jesus. A morte dele na cruz do calvário foi a morte no lugar do pecador. Ele enfrentou a ira de Deus. E não somente isso. Quando Cristo vai para a eternidade, Jesus leva consigo toda a sequela do mal. Como assim, Rodrigo? Em Apocalipse capítulo 5, João vê o cordeiro de Deus sentado num trono e ele vê essa imagem aí. Só que chama atenção de João, até essa imagem está com um erro, porque ela mostra uma mancha de sangue perto da patinha, da perninha do
cordeiro. Mas no apocalipse dá a entender que o corteiro estava eh com o pescoço cortado. Ele estava vivo, mas com o pescoço degolado. Mas por que João vê o cordeiro de Deus no céu ainda com a marca da degola? É porque Cristo vai levar para eternidade a marca da crucifixão e o nosso corpo humano. Como assim, Rodrigo? É, vou mostrar na Bíblia para você. Uma das perguntas que Jó fez para Deus é: Porventura tu tens olhos de carne e enxergas como os mortais? E depois que ele viu o conflito entre Deus e aqueles dois monstros,
ele falou: "Agora os meus olhos vem a ti". Ou seja, Jó, eu posso sofrer a dor que vocês sofreram. Eu também sofro, apesar de ser onipotente. Filipenses capítulo 2, 5 a 11 diz o seguinte, eu vou levar ler esse texto para vocês. Filipenses capítulo 2, versículo 5 a 11. Tenham em vocês o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus, que mesmo existindo na forma de Deus, não considerou ser igual a Deus algo que devesse ser retido a qualquer custo. Pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos e reconhecido
em figura humana. Ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. esvaziamento, quences em grego. Cristo foi se esvaziando, se esvaziando, se esvaziando até a morte cruz. E olha a continuidade. Por isso também Deus o exaltou sobre maneira. Ele lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu e na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória de Deus, o Pai. Eu vou mostrar num gráfico o que eu acabei de
ler para você. Preste atenção, tá aí na tela. Jesus estava na condição de Deus, número um, filho de Deus, eterno Deus. Mas ele foi se humilhando, se esvaziando, tornando-se em semelhança aos homens, depois morrendo à morte de cruz. E quando ele ressuscita e volta ao céu, diz que Deus o elevou acima de tudo, o exaltou e deu-lhe um nome que está acima de todo nome. Espera o seguinte, volta para mim. Se Jesus já era Deus, não precisava de o Pai exaltá-lo. Deus é Deus. Não tem nada que você possa acrescentar em Deus que ele não
tenha. Concorda comigo? Deus já tem tudo. Por que que Cristo precisava receber um nome exaltado depois da sua ressurreição se ele é Deus? Ora, dar um título Honoris causa de doutor em teologia para quem não tem doutorado em teologia, beleza? Mas quem já é doutor fala assim: "Agora eu vou te considerar doutor". O sujeito já tem o CRM, aí eu vou dar um título honorífico para ele de médico. Não faz sentido. Se Cristo é Deus, por que que depois de ressuscitar ele recebe um nome acima de todos os nomes? Dá a entender que ele não
tinha esse nome antes? Não é isso. É que até a cruz era Deus por natureza. Depois da cruz ele é Deus por natureza e por causa honrosa. Porque ele demonstrou que ele não é Deus apenas porque tem o poder de Deus, ele também tem o caráter de Deus. E continuou sendo Deus mesmo em forma humana. Enquanto Satanás, sendo criatura, queria ser como Deus, o Deus verdadeiro, Jesus, abriu mão da sua divindade e se esvaziou para se tornar uma criatura. E quando ele volta pro céu, ele não larga para trás o corpo humano. Ele tinha que
passar uma morte eterna. Eu vou ler algumas passagens para você. João capítulo 1 verso 14 diz que o verbo se fez carne e habitou entre nós. Hebreus capítulo 2 verso 9 diz que aquele que foi feito pouco menor que os anjos, ele deveria provar a morte por todo homem. Isto é, a morte eterna. Aí eu pergunto a você, volta para mim. Se Cristo é Deus, como pode um Deus eterno sinceramente morrer? Se ele é eterno, como é que ele poderia morrer? Será que a morte de Jesus foi só um teatro? Não. Se for um teatro,
então não teve redenção. Mas se ele morreu de verdade, como é que ele é eterno? Entenda o seguinte: imagine que o meu meu olhar seja divino e eu não tenha como perder a minha visão, assim como Jesus não tem como deixar de ser Deus. Mas suponhamos que para você ser salvo, eu tenha que deixar de enxergar. Eu não tenho como perder a minha capacidade ocular. Ela é divina, mas por amor a você, eu posso voluntariamente fechar os meus olhos por toda a eternidade. Como o preço da nossa redenção era uma morte eterna, porque foi isso
que Adão e Eva adquiriram para si e pra humanidade, morte eterna. A segunda morte, que o apocalipse fala do lago de fogo e enxofre, alguém tinha que enfrentar a segunda morte. E a segunda morte significa uma morte de consequência eterna. Então, essa morte tinha que deixar uma consequência eterna em Jesus. E qual seria a consequência eterna? Vamos voltar pro quadro. Hebreus capítulo 10 verso 5 a 7. Jesus disse: "Antes corpo me formaste". E Colossenses 2 verso 9 diz que nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Está falando da realidade de Jesus agora. Hoje habita
em Jesus corporalmente toda a plenitude da divindade. Filipenses 3:21 fala que na ressurreição nós vamos ter um corpo igual ao corpo da sua glória. Volta para mim. Essa passagem de Filipenses, se não fosse da Bíblia, parecia até uma heresia, porque a glória de Deus não pode ser dividida com ninguém. Como é que nós podemos ter um corpo igual ao corpo da glória de Jesus, se ninguém é como Deus? Só tem um jeito. Se Deus se diminuir, para que nós possamos ter um corpo glorioso como de Deus, só tem um jeito, se Deus diminuir. E é
por isso que Jesus, sendo plenamente Deus, 100% Deus, ele se diminui por toda a eternidade, a ponto de ter um corpo humano glorioso, mas que pode ser atingido pela nossa glória. Hebreus, capítulo 1, versículo 2, diz que Cristo é o herdeiro do universo. E Hebreus 4:15 e 55 diz que ele é sacerdote para sempre. Hebreus 2 verso 11, Romanos 8:29 diz que ele é o nosso irmão. E Efésios capítulo 4 verso 13 diz que depois da ressurreição nós atingiremos a estatura de Cristo. Como é que eu posso atingir a estatura de Cristo se ele diminuir
por toda a eternidade? Ele ficará com um corpo humano glorificado, um corpo humano limitado, que nós vamos crescer para atingir a estatura. Depois, com calma, você pode ler, leia cada, a live vai ficar gravada, eu quero que você leia cada uma daquelas passagens que eu citei ali. Que amor é esse? É por isso que depois de ressurreto, ele apareceu com o corpo físico, com as marcas da crucifixção, comeu com os discípulos, manteve o corpo que nós vamos ter pela eternidade. Ele subiu num corpo físico em Atos capítulo 1 verso 9 e Atos fala: "Ele voltará
assim como para o céu vestir." E era um corpo tão físico que quando ele ressuscitou, Maria Madalena tentou agarrá-lo. E ela falou: "Calma, Maria, pare de me de me me segurar porque ainda não subi pro meu pai". Primeiro Coríntios, capítulo 15, versos 20 a 28, diz que ele reina no céu num corpo físico e ele é o primogênito dos que morreram e ressuscitaram. Logo, a sua ressurreição não é diferente da que teremos. Romanos capítulo 8, 28, 29. Eu não estou lendo passagem por passagem, mas eu estou dando para você ver que eu estou me baseando
na Bíblia. Como eu já citei para vocês, o Apocalipse capítulo 5 verso 9, Jesus, o cordeiro, aparece no trono de Deus degolado. Ele mostrou as suas mãos feridas pros discípulos e o nosso corpo glorioso na ressurreição será igual ao corpo da sua glória. E é interessante, eu quero terminar mostrando mais uma passagem aqui, porque o Apocalipse capítulo 21 e capítulo 22 parece ter uma contradição, porque no capítulo 21 diz assim: "Eis o tabernáculo de Deus com os homens". Quer dizer, o santuário de Deus com os homens. Aí quando você vai em Apocalipse 22, diz: "Olhei
na cidade santa e não vi nela santuário nenhum". Mas pera aí, se não viu santuário nenhum, como é que antes ele fala que esse é o tabernáculo de Deus com os homens? Mas ele complementa: "Eu não vi santuário nenhum porque o cordeiro de Deus é o santuário que está com eles." E lembra que em João capítulo 1 verso 14 diz que o verbo se fez carne e habitou no meio de nós, armou o seu santuário. Então na eternidade ele também ficará com o corpo humano. Glorificado. É verdade. Mas humano. Você vai falar, Rodrigo, mas o
corpo de Jesus quando ele voltar vai ser um corpo glorificado. Sim, glorificado na nossa perspectiva. Se eu hoje me mudar para uma casa de R 5 milhões deais, eu vou mudar para uma casa muito boa. Se eu hoje sair da minha casa e começar a morar numa casa de R$ 5 milhões de reais, eu subi de status. Mas se o rei da Inglaterra vier morar numa casa de R$ 5 milhões deais, ele desceu de patamar. Tudo é uma questão de perspectiva, compreende? Para quem só anda de HB20 conseguir um Corolla 0 km, subiu de parâmetro,
mas para quem está acostumado a dirigir um porche, dirigir um Corolla, desceu de parâmetro. Eu que estou nesse corpo humano sujeito a a um monte de coisa, receber um corpo glorioso na ressurreição é muito bom, é glória para mim. Mas para aquele que, segundo o apóstolo Paulo, vivia na forma de Deus, agora passar a habitar num corpo humano, ele desceu por amor a mim e a você. Ele é o cordeiro. Então, não existe nenhuma dor que Jesus não tenha enfrentado. A dor que você está passando nesse momento, ele sofreu. Então, olha para mim. Eu entendo
a sua lágrima, eu entendo a sua disposição, mas entenda uma coisa. Se você acreditar em Deus, tudo o que você está passando de ruim vai passar. E o que é bom é apenas uma degustação. A história não acabou. Confie em Deus. Nós não lemos o livro todo ainda. Nós lemos uma parte. Se você está lendo uma biografia, você ainda está aqui. Não tire conclusões nessa página. Deixe chegar no epílogo. Deixa chegar no epílogo. Confia em Deus. Sabe, nós vivemos num mundo cruel e as dificuldades são muito grandes. Inclusive, a incerteza é de mais. Alguma informação
aqui? Ah, tá. Pediram para eu mudar de câmera aqui. Como estava dizendo para vocês, a gente vive num mundo muito cruel, né? As dificuldades são uma realidade viva, presente, e nenhum filho de Deus, independente do seu nível de comunhão com o Pai, da sua escolaridade, da sua religião, ninguém passe ileso diante de tanta maldade. E a história de Jó, que eu acabei de apresentar aqui, ela é a prova viva de que mesmo experimentando o pior que o inimigo de Deus pode fazer na nossa vida, ainda assim é possível permanecer fiel. Jó não é uma utopia.
Então, o nosso objetivo nesse caso, nem sempre deve ser encontrar o sentido racional, como se fosse uma relação de causa e efeito para as coisas ruins que acontecem em nossa vida. O que nós precisamos ter em mente é que mesmo sendo cristãos procurando a Deus, devemos entender que como Jó, eu e você, nós estamos no centro de uma guerra espiritual, um conflito cósmico entre o bem e o mal, que não tem tréguas e os dois lados querem você. É uma guerra espiritual. E tudo o que Jesus sofreu quando ele viveu entre nós, quando ele se
entregou por nós na cruz do calvário, foi para nos levar a uma certeza de segurança eterna e de esperança. Você percebeu o que eu estou falando? Note que a Bíblia ela ela é muito coerente e honesta. A Bíblia não tenta mascarar os problemas ou nos iludir com promessas vazias, frases de efeito. Mesmo fora da história de Jó, eu posso encontrar facilmente um monte de passagens que me alertam que nesse mundo viveria por problemas, eu passaria pelo vale da sombra da morte, eu viveria aflições, mas a mensagem não termina aí. O que nos permite acordar dia
após dia é a certeza que Jesus venceu na cruz do calvário. Ele venceu o mundo e em breve ele voltará para nos buscar e trará em sua companhia aqueles que a morte tirou do nosso meio. Estudar a Bíblia é, sem dúvida alguma, uma forma de buscar consolo, força e esperança para enfrentar essas dificuldades. Agora, manter a fé em Deus não vai nos blindar de de transtornos, de problemas que podem afetar até as emoções daquele crente mais fiel e dedicado. Até aquele que é estudante da palavra de Deus também receberá momentos de embate emocional. Então, entenda
bem o que eu estou dizendo para você. O Jó da Bíblia experimentou uma angústia profunda e ao contrário dos seus supostos amigos ou do que eles queriam sugerir, todo aquele sofrimento não estava acontecendo na vida de Jó por causa de falta de Deus. Infelizmente, algo semelhante pode acontecer em nossa sociedade hoje, quando uma pessoa, por exemplo, entra em depressão, quando alguém é diagnosticado com transtorno de ansiedade, com burnout ou outra condição de saúde mental, isso às vezes não depende da fidelidade dessa pessoa ou devoção a Deus. Nós não podemos ser agora juízes uns dos outros
ou advogados de Deus para ficar colocando sentença nas costas das pessoas. Temos que amá-las, orar por elas, abrir a Bíblia, consolá-las. Muitos de vocês já sabem, mas eu acho importante pontuar que eu mesmo já passei anos difíceis em minha vida de depressão, de fundo do poço. Eu precisei procurar tratamento adequado para recuperar o controle dos meus pensamentos, para conseguir seguir a vida, dedicar às minhas responsabilidades e tarefas. Se eu estou aqui hoje, é porque Deus também pode te levar. Agora, ouça com atenção. Você já teve a sensação de que a sua oração nem passou do
teto? Que isso já aconteceu comigo. Você já fez orações com lágrimas, noites em claro e ainda assim o silêncio de Deus pareceu uma faca no seu pescoço assim. Jó também viveu por isso. E talvez como Jó, você já tenha sido cercado de pessoas bem intencionadas que sem compreender a sua dor, o contexto maior por detrás de tudo isso, lançaram palavras que mais feriram você do que consolaram o seu sentimento. E quando o sentimento bate a porta, aí surge aquela pergunta angustiante, né? Se Deus, se Deus é justo mesmo, se ele me ama, por que que
está acontecendo comigo? Eu não sou uma pessoa tão ruim assim. Essa é uma das maiores tensões da vida cristã. E o livro de Jó, como eu falei, não foge a essa problemática. Pelo contrário, Jó convida você a enfrentar com coragem, reverência e disposição essa pergunta sobre o sofrimento. E estudar essa história é mais do que compreender um momento de dor aqui ou outro ali. É descobrir que Deus não desperdiça nenhuma lágrima que é derramada. E muitas vezes o que parece ser o fim pode ser, na verdade, o início de uma grande transformação. Pelo menos foi
assim comigo. E tendo em mente, eu quero pedir licença a você com muito respeito, para dizer que nós decidimos aqui na plataforma Bíblia comentada aprofundar com muito cuidado o estudo do livro de Jó dentro da plataforma. Quem já é aluno conhece esse conteúdo e quem não é, até pode colocar aqui. E quem não é, eu quero convidar a vir participar disso aqui. Eh, eu pedi ao Dr. Reinaldo Siqueira, que é PhD em teologia pelos Estados Unidos, hoje ele mora em Israel, tem um preparo acadêmico tremendo, uma espiritualidade muito grande também. Eu pedi que ele preparasse
uma série sobre o livro de Jó, que nós colocamos na plataforma e quem é aluno já viu lá e elogia muito, muito. E foi o Dr. Siqueira que fez um trabalho brilhante, aliás, eu até o indiquei para esse módulo. Então eu acredito sinceramente que o ensino de Jó mais aprofundado ali vai edificar todo mundo que tiver acesso às aulas do professor Siqueira. E além dessas aulas, você também vai ter um material de acesso a a essa compreensão. A gente coloca ali material em PDF nesse formato. Aí você pode acessar isso do seu celular, do seu
computador, pode imprimir se você quiser assistir enquanto tá indo pro trabalho. Agora, estudar o livro de Jó vai além de um papel, de um curso teológico. É necessário também que você, além do conteúdo bíblico, entre em contato com questões emocionais e espirituais que sempre estão presentes no dia a dia do cristão. Estão pensando nisso. Eu combinei com o pessoal, nós pegamos o material do professor Siqueira, alguns materiais de PDF e nós preparamos a série Silêncio de Deus com especialistas em saúde mental e também teólogos e conselheiros espirituais que mostram como a fé dialoga com os
momentos de dor, dúvida e o tão temível silêncio de Deus. É bastante coisa, não é? Mas não para por aí não, porque a nossa equipe também vai disponibilizar para você uma série importante chamada equilíbrio. Aí são psicólogos, psiquiatras que abordam temas como ansiedade, depressão, TDH, luto e tudo com base na Bíblia e no rigor científico. Ah, e aqui vale lembrar mais uma vez, buscar a ajuda, meus queridos, não é falta de fé, é sinal de sabedoria. O próprio Jesus pediu a ajuda dos discípulos para orarem por ele e com ele. Jesus se preocupava com o
corpo dele, com a alma, com o espírito. Inclusive, eu fiz questão de preparar uma aula especial explicando a teologia por detrás a do cuidado com a saúde mental. Está lá. Até porque a fé sustenta, é claro, mas nós também precisamos de pessoas que nos ajudem a tomar decisões corretas, escolhas maduras. E ao final de tudo isso, você vai ter acesso também a uma série especial que eu gravei com com os principais pontos de todo o conteúdo, reunindo todas essas séries numa única aula. E tudo isso vai muito além da teoria, porque essa série vai tocar
em você. Eu quero que as pessoas tenham a oportunidade de fazer quase que uma imersão terapêutica através da Bíblia. Quem aqui que já é aluno da Bíblia comentada, até se já assistiu as aulas do professor Siqueira, deixa o seu comentário aqui, vale a pena, tá bom? Eh, coloque o que que você achou desses estudos, que que você achou da dinâmica dele, coloca o seu depoimento, ele é bem-vindo. Mas eu estou falando mais sobre isso, porque Jó é um livro que merece uma atenção especial. E eu posso falar que as aulas do professor Siqueira são as
que têm a melhor quantidade de comentários positivos de toda a plataforma. Então, até agora, para ter acesso a esses conteúdos que eu mencionei, você precisava ser aluno da plataforma Bíblia comentada através de uma assinatura anual, mensal, premium. E você pode até ser aluno do Bíblia comentada, mas se você não é, então fique tranquilo que nós preparamos algo melhor para você que tá assistindo essa live. Eh, são R$ 47 que o pessoal está cobrando e você vai ter acesso a todo o livro de Jó, à série Silêncio de Deus, que é uma série inédita, inclusive, a
série equilíbrio e é um material didático também, tá certo? E se depois de você assistir tudo isso, quiser ser aluno da plataforma, assinar a plataforma, tudo bem. Mas por enquanto eu quero convidar você a adquirir esse pacote de material que vai ajudar bastante a sua vida a edificar você. Então, estude o livro de Jó, garanta o seu certificado, o seu conhecimento e depois ensine outras pessoas com base no aprendizado que você teve, porque isso também será terapia. Eu estou tendo essa terapia. Ao ajudar vocês a entenderem a Bíblia e o sofrimento, podem ter certeza, eu
estou terapizando os meus próprios traumas. Então, como é que você tem que fazer? Simples. É só você clicar agora mesmo no link que está na descrição e garantir a sua vaga. Fique tranquilo. Isso aqui não é meramente um comércio, é uma maneira de ajudar você. E eu quero convidar você para mais uma oração, porque você ouviu tanto sobre Jó aqui. Tem muita coisa ainda na plataforma lá esperando você nessa série que nós preparamos nesse pacote. Você quer saber um pouquinho sobre saúde mental, mas a sua dor ainda está viva, né? Eu espero que eu tenha
colocado pelo menos algumas coisas para você refletir à noite e que Deus esteja com você. Vamos orar juntos. Senhor, muito obrigado pelo teu amor, pelo teu carinho. Muitas vezes, ó Pai, é difícil, é muito difícil, Senhor, enxergar a tua providência no silêncio da vida. Dói, Pai, mas nós sabemos que o Senhor está conosco. Ajuda a todos, Senhor, que que estão agora ouvindo essa live. aqueles senhor que vão clicar no link para conhecerote de de conteúdos, que o senhor possa usar essas aulas do professor Siqueira, as aulas sobre saúde mental, as aulas que eu estou dando
ali, todo esse conteúdo também para ajudar pessoas que precisam ser ajudadas. E eu espero, ó Pai, em nome de Jesus, que as palavras que eu usei aqui possam encontrar eco no coração de todos e que teu espírito possa ir aonde a voz do pregador talvez não tenha competência para chegar. Guarda-nos, Pai, e conforta a dor do nosso ser, em nome de Jesus. Amém, Senhor. Amém. Que Deus abençoe você. Um grande abraço e boa noite.