III Curso Livre Marx-Engels | A GUERRA CIVIL NA FRANÇA e O 18 DE BRUMÁRIO DE LUÍS BONAPARTE | Mazzeo

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III Curso livre Marx-Engels Aula 7: A GUERRA CIVIL NA FRANÇA e O 18 DE BRUMÁRIO DE LUÍS BONAPARTE, c...
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vou fazer uma apresentação aqui do professor Antônio Carlos mazeu graduado em ciências políticas e sociais pela Fundação Escola de sociologia e política de São Paulo Antônio Carlos mazeu obteve mestrado em sociologia pela Universidade de São Paulo em 86 com a dissertação Gênese da autocracia burguesa no Brasil contribuição ao estudo da formação do Estado Nacional Brasileiro orientada por Paulo Argemiro da Silveira Filho sua tese de doutorado ada por Vera Lúcia ferlini Sinfonia inacabada considerações sobre a política do Partido Comunista Brasileiro entre os anos de 75 e 85 foi publicada pela boitempo em 99 com o título
Sinfonia inacabada a política dos comunistas no Brasil que tá enfim aí com ótimas repercussões no meio acadêmico e político pós Doutor em filosofia política pela Universidade deg stud Roma TRE em 2000 obteve título de livre docente em Ciência Política pela Universidade Estadual Paulista em 2004 com o trabalho determinações histórico ontológicas da construção das formas político mediativa publicou entre outros livros e burguesia e capitalismo no Brasil corações vermelhos Os Comunistas brasileiros no Século XX e o v de Minerva construção da política do do igualitarismo na democracia no ocidente antigo também pela bo tempo atualmente desenvolve um
projeto de pesquisa intitulado o conceito de vitros como fundamento do igualitarismo burguês ele vai apresentar as obras de Marx o 18 de brumar de luí Bonaparte e a guerra civil na França então passar a palavra ao professor bom Bom dia aos presentes queria agradecer a convite a editora boitempo em nome do qu e da e da Ivana e dizer que esse tipo de atividade ela é muito importante porque a gente tira a atividade da reflexão do mundo acadêmico e coloca a atividade da reflexão para a sociedade né Muito Mais amplo do que a gente ficar
só encastelados no mundo acadêmico isso é importante primeiro porque nós eh construímos a prática da mediação das da das análises e das construções mediativa do mundo não é eh socializando essas mediações essas essas análises de forma mais Ampla e nos obrigando também a fazer um diálogo mais democrático com o conjunto da sociedade em particular aos trabalhadores não é à toa que a gente tá num sindicato né um sindicato inclusive que eu tenho ótimas l lanças das minhas eh quando eu pude atividade junto com ele com os os seus sindicalistas né dito isso quer dizer não
é uma uma tarefa fácil falar de dois livros do porte do 18 Brumário e da guerra civil né ou melhor de uma trilogia que o Marx constrói da qual tá faltando aqui a luta de classe na França né Eh falar dele porque são Três livros fundamentais onde Marx vai desenvolver aspectos importantes da sua teoria do estado e da sua teoria política e da teoria da Democracia eh como tá na moda eh depreciar o Marx se costuma dizer que esses são textos jornalísticos do Marx não é Ah mas o Marx escrevia pra Gazeta renana escrevia quer
dizer portanto são textos de menor importância Sem Peso acadêmico ou seja essa essa abordagem que a gente encontra comumente na universidade nãoé é uma abordagem eu diria eh eh eh eh onde falta de fato uma uma consideração realista do significado desses livros não é eh eh por quê porque na verdade essa trilogia os oit Brumário as lutas de classe na França e a guerra civil vão constituir também a própria a própria trajetória da compreensão que o movimento operário tem não é das suas lutas políticas não é quer dizer o Marx Quando escreve ele tá escrevendo
dialogando não só com o movimento não é com o que tá acontecendo no plano objetivo mas também tá fazendo um diálogo isso que é importante com a com a Vanguarda do movimento operário não somente o movimento operário francês desculpe mas ainda peguei uma gripe ainda não sarei não somente com com o movimento operário francês mas também com o movimento operário e Europeu particularmente com a questão da Alemanha porque ali se existem duas questões que o Marx vai tratar que é qual é a tarefa do proletariado na Revolução democrática eu poderia dizer que o tema é
esse se nós fôssemos eh eh precisar um tema para avaliar esses três trabalhos do Max esse eu diria três monumentos do não eu diria que ali estão colocadas reflexões onde pressupõe não é mais que um relato histórico não é Ou seja o que que pressupõe aqui nesses dois livros primeiro uma o desenvolvimento de uma teoria sobre a política do estado ainda que no Marx você não tenha um livro onde ele Diga Olha eu entendo sobre política isso eu entendo sobre o estado isso nesses três livros estão delineados não é as suas compreensões sobre a política
sobre a questão do estado e principalmente sobre a questão da Democracia mas eu queria começar dizendo o seguinte também as reflexões de Marx sobre a questão do do estado e da política não iniciam aqui existe um velho debate né um velho debate no no no Marxismo eh onde nos anos 60 né Eh até vai ser importante a gente reler esse texto do professor eh Michel lovi que vai sair agora porque ele ele é escrito no calor desse debate que eu vou falar agora que era o seguinte qual é o significado da da da da dos
textos do jovem Marx né Será que o jovem Marx tem identidade com o Marx maduro né o livro do Michel Levi tem muito a ver com esse debate né Oi perdão né o o livro do do do Michel tem a ver com esse debate né Eh por que que eu tô dizendo isso porque na verdade ele vai tá fazendo essa discussão há ou não há uma ruptura entre o jovem e o e o velho Marx os aerios e principalmente o próprio Aé diziam que há uma um uma ruptura epistemológica entre o jovem e o o
Marx maduro né os lucanos dizem o seguinte existem rupturas e continuidades eh no pensamento entre o jovem Marx e o e o Marx maduro eu incluo nessa nessa corrente de que existem rupturas e continuidades claro que o Marx jovem não pode ser o Marx do Capital ninguém nasce pronto né se isso pudesse acontecer Seria ótimo né mas ninguém nasce pronto por outro lado quer dizer há de fato nessa construção nessas reflexões do Marx e uma houve um Marx eh eh eh democrático radical né E esse Marx democrático radical que vai fazer a sua seu seu
seu seu debit não é na no livro chamado crítica da filosofia do direito de Hegel já se diferencia do conjunto da esquerda hegeliana porque coloca duas questões centrais primeiro ele consegue fazer toda uma crítica ao sistema hegeliano né e segundo ele consegue trazer o método hegeliano para o mundo da concreticidade eu acho que essa é a diferença não é do jovem Marx com o o o o conjunto do da da esquerda hegeliana nessas reflexões começam principalmente primeiro na crítica da filosofia do direito começam eh algumas elaborações do mar sobre as questões que ele vai mais
tarde retomar o estado e a sociedade qu dizer quais são as conexões entre o estado e a sociedade e quais são as conexões entre estado sociedade e as contradições que a sociedade coloca óbvio que ele tá partindo aí de alguns pressupostos celios mas entendendo que aí dessa Essa recuperação do reg é o que ele faz não só aqui mas também na questão Judaica principalmente não é e não e não e nos próprios manuscritos de 44 ele vai relevar e primeiro ele vai dizer o seguinte a ideia do movimento a ideia da dialética é fundamental desde
que a gente entenda essa dialética esse movimento no plano da sua materialidade por isso que em alguns momentos ele vai dizer que vai botar o o Hegel de cabeça para cima porque ele tava de cabeça para baixo naquela naquela famosa reflexão de que pro Hegel não é e pro idealismo alemão não é o movimento era dado pela no plano das ideias e pro Marx o movimento se dá no plano do mundo concreto no mundo real ora esta conexão leva com quando ele vai analisar a sociedade ele vai fazer a seguinte observação bom o que que
me interessa desta análise de e eh e eh sobre o movimento da sociedade ora o movimento da sociedade ela se dá exatamente naquilo que o Hegel já apontava veja que interessante o Hegel eh eh quando ele vai fazer análise do do do movimento da sociedade ele vai dizer o seguinte quando o estado se realizar na terra porque pro reg a realização eh do espírito na terra do Espírito absoluto se daria com a Constituição de um estado que funcionaria como uma razão não é baixada na terra né era uma visão absolutamente escatológica Mística mas tinha a
noção de uma realização da razão a razão só se realiza com o ora no entanto ele diz o seguinte mesmo quando is sur reggel o estado se realizar na terra a sociedade civil vai continuar tendo as suas contradições Esse é o núcleo por exemplo da crítica mais contundente que o heg vai fazer do Iluminismo Ele mesmo vai dizer o seguinte olha eu aqui estou o Hegel né para fazer uma crítica demolidora do Iluminismo Na verdade ele era também um grande Iluminista Na verdade ele era o grande a grande síntese do pensamento Iluminista mas ele faz
uma crítica correta ele vai dizer o seguinte os iluministas se iludem de achar que através de um pacto né da Constituição de um pacto da sociedade eles vão eh Superar as contradições ora vai dizer o o Hegel a sociedade civil é composta de interesses antagônicos ele não vai usar o termo classe mas ele vai vai usar das corporações ora o Marx vai olhar e falar pô este aspecto né da sociedade civil que o que o Hegel chama atenção é é um aspecto importante onde é que tá a vida e a dinâmica da sociabilidade é na
sociedade civil olha e o que que é o estado bom o estado é uma expressão alienada isso já na crítica né o estado é uma expressão alienada não é porque ele se interpõe na relação dos seres humanos consigo mesmo e o estado entra com um elemento de fora vamos diz o termo como uma superfetação ou seja como uma uma uma imposição não é eh eh eh eh que retira a liberdade dos indivíduos ora era o debate com o Iluminismo né era um debate com iluminismo era um debate com todo J naturalismo na verdade né onde
ele dizia o seguinte o estado não é não é necessário Como diz como dizia o HS não é o estado não é necessário como diz o reggel Na verdade o estado é um a mais aí é um apêndice que tá meio eh eh a mais ou seja o que que é o estado na crítica pro Marcos isso é importante essa retomada né Nós temos aqui um tempo para fazer pra gente depois entender a crítica que ele vai fazer do Estado quer dizer veja que há um nós podemos fazer aqui uma apreensão ontológica da própria construção
da teoria social do Marx que que ele vai dizer na crítica que que é crítica é sua tese de doutorado né crítica da filosofia do direito de regga sua sua tese de [Música] doutorado na crítica ele vai levantar o seguinte aspecto aqui ó ali o o Marx procura demonstrar que o estado consiste apenas um elemento da sociedade produto de complexas relações materiais entre individos subtendidos certos graus de desenvolvimento certos graus de forças produtivas que englobam o estado e a nação você veja que não é verdade que o Marx absolutamente não se preocupa com o mundo
eh eh eh não não superestrutural eh não com o mundo não infraestrutural Claro não há uma uma uma reflexão com profundidade no que se refere no que se refere às questões econômicas mas também não há uma uma visão meramente abstrata do Estado há uma conexão entre o mundo material e o mundo material pressupõe a economia né e há também uma conexão entre a construção jurídico-política deixa eu citar para vocês o que de fato ele diz aqui na crítica ele fala o seguinte Aqui tem uma uma pequena citação que eu queria fazer ele fala seguinte o
Marx na crítica o jovem Marx tô citando o Marx de um livro que eu escrevi sobre essa questão da teoria do Estado eh ele fala o seguinte mandei citar a página do Lust mas eu não acho Qual é a citação tá aqui ó tá aqui os estados da a sociedade civil em gêner e os estados em senso político eram idênticos no mundo feudal mas o desenvolvimento histórico supera essa identidade já na monarquia absoluta essa identidade vem abalada mas somente a Revolução Francesa conduz a termo a transformação dos Estados políticos em sociais quer dizer fez das
diferenças do estado da sociedade civil somente diferenças sociais diferenças da vida privada que não tem significado na vida política com isso completou-se a separação entre a vida política e a sociedade civil ora o que que ele quer dizer o estado o estado burguês é um estado que está divorciado da sociedade civil e ele tem como função permanentemente uma função contraditória em relação a sociedade civil porque o que é a sociedade civil pro Marx Isso é isso é uma coisa importante pro Marx a sociedade civil é o núcleo dinâmico da sociabilidade capitalista ele não vai chamar
de sociedade civil né ele vai chamar de maneira muito clara sociedade burguesa isso como o Marx vai dizer burgel gesel shaft assim que ele vai chamar a sociedade civil ou seja sociedade burguesa ora a sociedade burguesa pro Marx Diferentemente que para grish é uma superestrutura Marx a sociedade civil é o núcleo dinâmico e o núcleo onão onde se dão as contradições e a luta de classe Claro que ele vai tomar isso do Hegel con quando como eu dizia pro Hegel era o núcleo das contradições das corporações o Marx vai dizer o seguinte o hego tá
certo mas tá incompleto na verdade não é o núcleo das contradições das corporações mas a sociedade civil é o núcleo das contradições vivas que a sociedade burguesa tem então é lá que tá a vida da sociedade é na sociedade civil não é no plano da superestrutura por isso eu sempre digo o gram pode achar que sociedade civil É superestrutural mas o Marx não então pro Marx sociedade civil ela tem outro sentido um sentido bem claro no que se refere à questão das conexões econômicas agora essas reflexões iniciais sobre a questão do Estado sobre alguma coisa
o estado como um corpo estranho não é que se relaciona de uma maneira estranha e estranha no sentido do estranhado né do do que o ele vai chamar em alemão eh eh endung o estranhamento Né não alienação Alien nação ent toer mas o o estranhamento endung né Por que o estranhamento porque a sociedade não se reconhece no estado a sociedade não se não se compreende no estado porque há um divórcio permanente desse estado dessa superfetação não é que é colocada em cima e opressor M na sociedade civil ou na bugel gzel shaft né ou como
alguns acabaram adaptando algumas traduções sociedade civil burguesa ora ele vai retomar essas essas discussões e as discussões das conexões entre sociedade civil né ou bug list gazel shaft não é com o estado onde ele vai retomar isso ele vai retomar isso primeiro na Sagrada Família e depois na ideologia alemã ou seja retoma já dialogando com com engels né mas retoma essa problemática na na na na podemos dizer que nessa retomada tem dois pontos importantes um o estado como forma específica de relação de produção com desdobramento determinado pela forma de propriedade eu eu vou voltar a
isso dois o estado como produto do desenvolvimento histórico assim como a possibilidade e a necessidade de sua superação e o fim da consequente eh contradição dicotômica entre sociedade e estado que quer dizer isso bom eu falei Sagrada Família ideologia alemã mas eu não falei da da questão Judaica e não falei de propósito porque eu vou falar agora dela o o Lene que também tá tá na moda não falar do Lenin né quando pode põe lá para baixo enfia no buraco se possível pisa em cima para ninguém saber que o cara existe né o Lenin brilhantemente
eh tentou tem uma fofoca que eu queria fazer com você só entre nós aqui o Len quando ele tenta escrever sobre o estado aquele famoso livro estado da revolução ele faz um um texto provisório que era uma introdução a um estudo sobre as ideias eh teóricas de Marx e Engel sobre o estado o estado a revolução é a introdução e aí ele começou a escrever esse livro mas aí Arrebenta a Revolução Russa aí ele não termina o livro el até no prefácio ele fala olha eu comecei a escrever os acontecimentos me levaram a ter que
dirigir a Revolução Russa ele fala Afinal é mais prazeroso fazer a revolução do que escrever sobre ela né então eu também acho agora cá entre nós agora tem mais um outra coisa então o texto ficou incompleto quando a gente vai comparar eh essas incompletudes do Len que era um cara que tinha ele não era um professor né ele era um militante Full Time eu não sei que hora que ele dormia cara e nem que hora que ele namorava porque a obra do cara tem mais de 58 volumes né e ele em alguns textos ele não
conclui e as pessoas não perdoam porque ele não conclui eu não entendo isso o gram que escrevia na cadeia e portanto fazia insites não é sem bibliografia escrevia em Masso de cigarro tal pode fazer insites o Lenin não pode eu não sei por isso é uma coisa que eu fico perguntando por que que o Lenin não pode o GR né sendo que os dois eram dirigentes full e os dois tinham tarefas imensas pela frente sendo que um tava preso e o outro tinha que fazer Ora vamos ver uma coisa no 18 Brumário como é que
o Marx abre o 18 Brumário eu tenho não é a minha edição aqui que eu ganhei hoje de presente edição do Boy tempo a minha é uma edição velha e ele fala assim olha vai dizer o seguinte nessa edição que eu tenho se vocês tiverem a edição aqui da bo tempo vou contar parágrafo 2 segundo parágrafo pronto logo na abertura depois do do pref de 1885 né No segundo parágrafo ele começa dizendo o seguinte quem quiser acompanhar os hom fazem sua própria história mas não a fazem como querem fazem sobre circunstâncias de sua escolha e
sim Sobre aquelas com que se defrontam diretamente legadas e transmitidas pelo passado a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos e justamente quando aparece empenhados em revolucionar a si e à coisas em criar algo que jamais existiu precisamente nesses períodos de crise revolucionária os homens conjuram ansiosamente em seu auxílio os espos do passado tomando-lhes emprestad os nomes os gritos de guerra e as roupagens a fim de de apresentar-se nessa linguagem emprestada aí ele fala assim lter adotou a máscara do apóstolo Paulo a revolução de 1789 1814 vestiu-se alternadamente
como República Romana e como império romano e a revolução de 48 não soube fazer nada melhor do que parodiar ora 178 ora a tradução a tradição revolucionária de 793 [Música] 795 Por que que ele vai começar dizendo isso porque na verdade a burguesia fez isso quer dizer Agnes heller tem um monumental trabalho a boa Agnes heller porque depois acho que ela ficou gag sei lá o que aconteceu com ela mas quando ela escreveu o monumental livro chamado homem do renascimento quem puder ler o monumental livro realmente é uma das coisas belas sobre a questão de
uma análise marxista sobre a questão do renascimento Agnes heller ela fala o seguinte eh quando a burguesia voltou e para ela voltou para olhar o mundo antigo ela não copiou porque a ela vai dizer o seguinte tinha mais identidade com o mundo rural com o mundo antigo com o mundo Rural do que com o mundo burguês que se que se que se precipitava quando a burguesia que informação vai olhar e a história do passado ela vai olhar primeiro para se legitimar legitimar mesmo né mas segundo porque ela percebe ela tui a burguesia eí não é
um cara são vários pensadores burgueses que vão dizer o seguinte Pô na sociedade antiga na Grécia antiga particularmente né você tinha uma sociedade desigual mas era regulada por leis e pela política eles vão para lá claro que quando eles voltam de lá eles não vão copiar eles vão criar uma coisa nova mas essa coisa nova é que diz por isso que eu fiz essa citação tá sempre vestida com as roupagens do passado por que que se veste com as roupagens do passado porque busca legitimação algumas vai dizer o Marx com muita com muita legitimidade mesmo
porque é uma recomposição histórica mas Estes caras principalmente depois de 48 não tem nada a ver com legitimação tem a ver com de com uma classe que se transformou numa classe conservadora deixou de ser revolucionário de qualquer maneira eh a burguesia que ele tá falando ainda aqui do período heróico não é consegue pegar um elemento importante da democracia e da política tanto a democracia por isso que eu brinquei com vocês que que eu descobri que a democracia nasceu bichada tanto a democracia como a política são instrumentos de regulação da desigualdade são instrumentos de regulação do
conflito né não é a to que os gregos antigos tinham uma uma uma fábula vocês conhecem a fábula da política contada pelo pelo Platão segundo ele por Sócrates o Platão diz o seguinte num debate lá com com o pessoal que era contra as suas ideias o Platão vai dizer o seguinte olha aqui é o mito da política quando quando eh houve a guerra dos Titãs prometeu roubou um segredo dos Deuses e deu aos homens não foi só o fogo ele o fogo mas ele roubou ainé pros gregos ainé é quase que uma noção de Praxis
pro Marx ainé não é a técnica ainé é conhecimento e técnica juntos a noção de techné pros gregos então ele vai roubar o fogo e ainé vai dar pros homens ora o o Zeus vai olhar aquo vai ficar pé da vida vai mandar AC correntar o prometeu nos confins do mundo numa montanha e o abutre todo dia vai comer o seu fígado né né na verdade depois ele vai olhar pros homens e vai dizer bom os homens agora TM poder divino eles criam e tem técnica Então eu preciso regulá-los senão eles vão se matar e
vai olhar compaixão e sabe o que quee vai dar de presente pros hom a política Esse é o mito da política contado lá no timeu pelo pelo Platão or isso faz a gente pensar e o Marx que era um cara que quando ele descansava ele gostava de ler Platão e é verdade no original e tragédia grega no original ISS er quando ele tava cansado ele deitava ele tin um um sofá no escritório dele ele ficava não tinha televisão né então ele Lia a tragédia grega em grego em grego arcaico não é e e provavelmente o
Marx vai sacar Exatamente esse elemento da própria tragédia grega né porque a tragédia já aparece como elemento de de controle do conflito né Eh depois quem quiser ver lha lá o vo de Minerva tá tudo lá aí o seguinte né no no o Marx vai dizer o seguinte Qual é o elemento de controle agora desta democracia que a sociabilidade burguesa cria não é e ela não cria porque ela quer ela cria como resultado o próprio processo da da revolução burguesa no caso da Revolução Francesa eh a burguesia precisava da sanc loteri precisava dos jacobinos precisava
eh eh eh do do campesinato para romper com a velha ordem para derrubar o anciã regime não é na Revolução Americana era necessário Os Pequenos produtores os exércitos populares junto com exércitos regulares do Estado Nascente dos Estados Unidos não é Então veja bem é necessário um bloco de classes aquilo que o pantas de uma maneira bastante eu que não sou um pulciano mas eu acho que o plantes consegue compreender isso e vai chamar de um bloco de classes com aliança de classes o bloco é burguês porque o a burguesia que tá no comando ora a
construção da revolução eh eh burguesa ela primeiro o Marx consegue ele vai chamar de fusão ele não vai chamar de bloco porque claro que são termos novos que vão surgindo né mas o mar vai dizer as fusões das frações vai no no 18 bromar as fusões das frações de classe e as classes que estão girando no entorno da fusão dessas ações então no primeiro momento a burguesia porque a própria burguesia também ela tem um processo de construção ontológica da sua forma da sua forma e e idioptica né ela também não nasce pronta assim como o
Max analisa o movimento desta forma e as contradições que esta forma Gere Qual é a contradição maior é a emergência do do dos trabalhadores do processo da revolução porque a burguesia precisou da dos trabalhadores para construir o seu espaço revolucionário nas alianças de Não no bloco mas na nas alianças o bloco é burguês no bloco pode est segmentos pequena burguesia que depois você expulsos vocês lembram aqui no 18 brumar que vai acontecer mas o que eu acho que é importante né é levantar o seguinte no primeiro momento esta democracia que aparece ela tem uma regulação
onde é que a regulação é o Parlamento é a assembleia geral vai chamar na Revolução Francesa e depois o Parlamento o que que é o Parlamento é uma primeiro é uma grande experiência tambem da onde que eles vão beber não é só na Grécia antiga no senado romano né então a burguesia por isso que ela se põe togas que o Marx fala aqui das togas não é quer dizer a burguesia ela vai ela vai eh eh também eh eh se constituindo né Eh eh no seu plano político ora onde que ela regula na política de
que forma é o Parlamento o lamenta uma tentativa de levar o conflito para um lugar fechado onde esse conflito é tratado no plano do debate Ola já tinha uma experiência anterior né não é que a burguesia também inventou tudo na França né Se vocês lembram tem um livrinho muito bom do choper H que chama a revolução de 1640 que so de Cromwell e quem não quiser ver o livro assiste o filme Cromwell Provavelmente o cara que fez o roteiro pegou o livro do Christopher R fez o o roteiro do filme é idêntico ao ao livro
chama-se Cromwell com aquele ator chamado Richard Harris então tem uma um momento no nesse filme do chroman que é ótimo o croman há uma guerra civil na Inglaterra né eles conseguem e ganhar essa guerra civil exército popular do crom pequena nobreza camponeses médio barones médios camponeses segmentos do proletariado Urbano com núcleos políticos inclusive igualitarista os levers que era o grupo do dos igualitarista à esquerda de do exército do crom tal esses caras consegu enquadrar num primeiro momento Carlos primeiro né E aí vai pro Parlamento e no Parlamento se tenta fazer no próprio né tenta fazer
o equilíbrio da luta política só que chega o momento que o Carlos primeiro de novo D golpe E aí tem o contragolpe do que é fantástico né o Carlos iir pega e fecha ganha majoritariamente nooto no Parlamento com oo da câmara dos Lordes que tinha AES dos Lordes fala então claro nós ganhamos aí o fala ah é Capitão por favor a os caras tomam militarmente O parlamento eu falo assim ganhei eu pronto tá aí a primeira experiência do golpe de estado né Não só ele fecha o Parlamento como ele decapita o Carlo iiro Pronto ele
resolve o problema né Carl iiro perdeu a cabeça porque foi tonto né não é verdade ele fez todo o mundo assistir e assinar o livrinho de presença da decapitação do Carlos ião aqui ó folha de presença que nem essa da Ivana aqui folha de presença tá aqui não se o senhor não tá o senhor pode perder a sua cabeça também né Já na França a coisa foi mais radical de captou a cabeça de todo mundo né na Inglaterra o inglês mais moderado tal só que decapitou a cabeça do do Carlos I agora você veja a
burguesia também vai criando os seus seus mecanismos de autoproteção da democracia e da política então o que que o Marx fala o que que tem de fundamental nessa questão tem uma passagem na contribuição né que eu diria o seguinte que ele vai tratar a democracia como construção burguesa e a contrapartida da democracia como como construção burguesa é a revolução proletária como o seu contrário porque quando a democracia se coloca plenamente também se coloca a questão do movimento operário também se coloca a questão proletária uma é produto da outra e não e depois disso eu diria
o seguinte a abertura da era das revoluções burguesas abre também a era das revoluções proletárias isso é um elemento importante né não uma é um ciclo que se fechou e a outra é um ciclo que se abriu e continua aberto não quer dizer que pode pode não acontecer também não é Fatal né não é uma uma uma uma fatalidade histórica Mas é uma necessidade histórica é uma possibilidade mas eu queria dizer o seguinte como é que ele abre depois que ele vai escrever o a contribuição à CR economia política como é que ele abre ele
abre assim é Ox lá do prefácio é prefácio famoso prefácio que todo mundo tem que ler um prefac que é o pequeno grande texto n são qu C páginas monumentais ele vai dizer o seguinte as relações jurídicas Assim como as formas do Estado agora tá muito claro para ele tudo isso não podem por si mesmas mas radicalizam Nas condições materiais de vida naquela sociedade civil cuja anatomia era economia político agora ele sacou a tal da sociedade civil né el agora ele fecha um ciclo de reflexão a tal da sociedade civil só podia existir porque ela
era expressão da sociedade civil né da perdão da economia política ora aí ele vai começar a dizer o seguinte a abertura da revolução burguesa coloca também a possibilidade de um covero da revolução burguesa né E esse covero que é Aquela Velha História que todo mundo ouviu falar né o governo da revolução burguesa é o proletariado por quê Bom agora no 18 Brumário ele mostra o seguinte a experiência que vai de 79 até 48 1700 perdão 1789 até 1848 é o Largo período de revoluções de crise são experiências onde a própria burguesia e o movimento operário
vão aprendendo a construção de ações Pol o Marx vai fazer prestar uma atenção nessa nesse problema dizer o seguinte bom o movimento operário tá aprendendo na prática né e a burguesia também está aprendendo na prática só que ela não aprende ela tá construindo que que ela tá construindo na prática ela tá construindo suas formas de administração do Estado or já chegou uma conclusão que a política é umaas que a democracia out ele vai usar mais que democracia vai usar o Parlamento O parlamento é um elemento de controle né Eh mas em alguns momentos até pelo
bloco político que se forma nos aí no caso particular da França se forma um bloco político necessariamente desse jeito para poder aprofundar a a consolidação de relações sociais burguesas de produção e a França tinha muito problema se você fosse comparar a França com a Inglaterra a França tava anos luz atrás a Inglaterra já tinha resolvido o problema da reforma agrária Foi simples expulsou todos os trabalhadores do campo os ingleses são pragmáticos É verdade e eles começaram a fazer isso muito antes da Revolução do cromwel quem é que quando estudou no cursinho não lembrava não lembra
daquelas famosas incl o cercamento das terras começou ali né a crise do feudalismo Já começou com com a necessidade da Inglaterra de produzir lã e depois disputar flandes com a França guerra dos 100 anos nesse processo ele cercar as terras expulsaram todos os Camponeses por isso que tem a história do Robin Hud Quem são os homens de Robin Hud os Camponeses sem terra que não tem como viver tudo dentro da Lei não do robud é contra a lei ah os incl tem a lei Claro a lei era fácil eu faço a lei vamos expulsar os
os Camponeses expulsar é a lei por isso que eu falo nada mais ideológico do que a lei né então expulsava Os caras os homens de Rob essa história provavelmente devia ter muitos Robins nas florestas de Sherwood e nas outras florestas porque eram cara sem sem terras er no campo quer dizer o movimento sem terra começou lá embaixo não começou agora né eram caras que vão ser absorvidos só na Revolução Industrial do século XVI e 19 ISS vão ficar do século 13i ó 14 15 16 17 500 anos vagando Miseráveis e mendigos pela Inglaterra Então como
é que eles resolveram a questão agrária acabaram com o campesinato na França não então você tinha que trazer o campesinato pra aliança política não pro Bloco aí o faz dizer o seguinte os banqueiros os industriais os médios empresários médios burgueses vão criar esse bloco político mas precisam ainda do campesinato e do proletariado Urbano francês mas vai chegar um momento que este tal proletariado Urbano e veja o proletariado Urbano francês não vamos imaginar o proletariado de hoje tem um belo estudo sobre a comuna eu não vou lembrar o nome do cara tem um alemão que às
vezes me atrapalha tal de F Alzheimer às vezes ele me atrapalha eu não vou lembrar o nome do cara o Esse estudo desse francês ele vai mostrar quem eram os caras da comuna que provavelmente são os mesmos proletários de 48 clar Com certeza né são pequenos artesãos são Operários de pequenas pequenas fabet pequenas artesanias porque o capitalismo francês era incipiente não que não tivesse também indústrias maiores mas em geral se você fosse comparar com a com o capitalismo inglês P Eros Lu de de atraso né o o capitalismo francês esse proletariado incomodava [Música] reivindicava agora
também você tinha um grande proletariado já trabalhava nas minas quem não lembra do germinal né trabalhavam na grande proletariado super explorado quer dizer já havia duas coisas que eu também é outra coisa que eu não aguento 7 de Setembro tal tal do grito dos excluídos eu não sei excluído do quê é o grito dos incluídos já incluí era o excluídos né os papo de excluído o único grito do excluído do cara ah pronto deu Grito o cara tá incluído a exclusão do cara é incluída ele é o excluído incluído ou incluído excluído vocês escolhem né
não existe esse troço do excluí ele é a exclusão é inclus né então você tinha os excluídos você tinha os incluídos ou seja era uma miserabilidade muito grande né Eu sempre brinco quem quer ver o que eram os miseráveis de Paris é vai não precisa nem ler o livro assiste o filme cor de not Aquele bando de quem eram aqueles mendigos era o proletariado em Farrapos ou em alemão o l proletariat né l em alemão quer dizer Farrapo n quer dizer na verdade quer dizer Este conjunto tinha que fazer parte mas chega um momento que
esses caras estão incomodando que esses caras atrapalham o projeto de consolidação do projeto da sociabilidade burguesa E aí é que entra o Luís Bonaparte ora o o o Marx odiava o luí Bonaparte né Vocês sabem eu vou até ler para vocês As definições que ele fazia do nosso [Música] amigo vocês lembram que ele falava do nosso amigo aqui ele dizia o seguinte eh Vítor Hugo lá no prefácio Vítor Hugo limitava-se a inventiva morda e Sutil contra o responsável pelo golpe de estado tal Luís Napoleão eh o o o onde é que tá eu adoro pera
aí deixa eu achar aqui eu anot temos eu não sei onde eu notei tá aqui eh vitorugo limitava ser inventiva a morade Sutil contra o responsável pelo golpe de estado o acontecimento propriamente dito aparece em Sua obra como um raio caído de um céu azul vê neles apenas o ato de força de um indivíduo não percebe que engrandece ao em vez de diminuir esse indivíduo atribuindo-lhe o poder pessoal de iniciativa sem paralelo na história do mundo prod domom por sua vez procura representar o golpe de estado como resultado de um desenvolvimento histórico anterior e inadvertidamente
porém sua construção histórica do golpe de estado transforma-se em uma Apologia histórica do seu autor cai assim no erro dos nossos historiadores pretensamente objetivos eu pelo contrário demonstro como a luta de classe na França criou circunstâncias e condições que possibilitaram a personagem Medíocre e grotesca desempenhar um papel de herói então era isso que o Marx achava Napoleão lepeti uma personagem grotesca e Medíocre mas na verdade com um papel importante porque o Napoleão apesar de ser um cara que vem do segmento camponês ele tem origem o Napoleão não o luí Bonaparte ele era sobrinho longin do
Napoleão né E tem essa essa essa origem veja não é uma origem burguesa mas ele acaba fazendo o papel não sendo burguês o papel de um soldador de um novo bloco burguês mas mais do que isso porque o que que o Marx tá olhando ele tá olhando dois processos indiretamente ele tá também tá olhando Alemanha na Alemanha você tem um processo também que vai acabar no no cesarismo que ele odeia esse termo inclusive né e na França o processo que vai acabar no golpe de estado do do Napoleão lepti ora ele vai dizer o seguinte
qual o significado primeiro o Napoleão vai ser um um vai ter um papel de representação de classe isso é importante tá quase terminando já meu tempo né 15 minutos então era isso que eu queria chegar Faltam duas questões aind o Napoleão se eu te passar um pouquinho você me perdoa mas brincadeira parte o o Len tenta nessa nessa rastreada entender duas questões né A primeira questão é bom como é que os caras vão tratar o estado Ele percebeu o seguinte a cada momento o o a análise sobre o estado do Marx e o do engels
vão aparecer dessas análises coisas novas segundo na análise sobre o estado tem duas análises importantes uma sobre a democracia e uma sobre a política né que nós vamos também trabalhar aqui ora o Len tem uma tem o famosos cadernos eh cadernos filosóficos do Len onde ele tem onde são fichamentos do Len de leituras do do Hegel do Aristóteles do Marx tal tem uma nota de roda pé numa num fichamento do Lenin sobre um texto de juventude da Sagrada Família o Lenin gostava muito de uma expressão que se usava no tempo dele em latim not Ben
quer dizer atenção então ele punha NB né uma passagem onde o o o o Marx e o Engel diz o seguinte olha superando o estado supera-se a política aí ele faz um nota B guardem essa informação porque eu quero voltar a essa questão né Por que que eu tô chamando atenção disso primeiro pro jovem Marx e o jovem Marx e o Len dizia o Marx da questão Judaica o Marx da Gazeta Renan n é o Marx que já é o Marx comunista já não é mais um jovem democrático radical mas é o Marx comunista o
Marx da questão Judaica vai levantar algumas questões fundamentais daí eu vejo o seguinte se não há uma Total continuidade daquelas ideias iniciais do das da Juventude há uma continuidade com acréscimos né com saltos qualitativos sobre as suas reflexões sobre o estado mas isso vai acontecer ao longo da vida do Marx por quê porque o fazia aquilo que o cobrava do movimento operário porque vamos lembrar o Marx também não era um professor universitário ele também não era acadêmico apesar de ter o título de Doutor ele era um militante do movimento operário e ele tá escrevendo aqui
com relatórios para Liga dos comunistas né vamos lembrar disso isso aqui são alguns textos aqui são relatórios para a Liga dos comunistas né E nesse seno dier o Marx vai estar ao longo dessas dessas reflexões e na reflexão final dele sobre o estado na crítica do programa de gota que já é 1800 e e mais de quase 1880 quando ele tá quase Para Morrer ele morre 83 se eu não tô enganado né o Marx vai sempre tá acrescentando porque ele fazia aquilo que o Len cobrava ele dava respostas concretas para situações concretas Apesar dele construir
um plano teórico ora o que que o o jovem Marx vai levantar primeiro a revolução burguesa isso aqui tá permeando toda a discussão desses textos qual é o significado do processo da revolução burguesa e ele vai dizer o processo da revolução burguesa aquele que começa no século XVI Não começa no no perdão no século x não começa no século XVI começa com as revolu ões inglesas começa lá com Cromwell né se expande no plano teórico com com os teóricos do Iluminismo mas começa com Maquiavel começa com Robs e no plano político começa com a Revolução
Inglesa né e depois ganha uma dimensão na Revolução Francesa e na Revolução Americana isso Marx vai deixar Sempre Claro qual é o núcleo fundamental dessas revoluções primeiro desmontar uma estrutura de uma sociedade sem direitos da sociedade tanto feudal como das sociedades absolutistas que eram híbridas não é que eram sociedades de de de transição o núcleo era a revolução burguesa constrói direitos constrói ela separa o estado da sociedade separa Por que que ela separa o estado da sociedade ela separa o estado da sociedade porque ela tira vamos vamos assim dizer não é eh eh eh na
medida em que a revolução burguesa pressupõe esse que é o elemento fundamental a revolução burguesa pressupõe relações sociais e econômicas ou socioeconômicas que possibilitem não é a transformação do plano jurídico político não é Ou seja não há portanto uma independência do plano ideológico e pro Marx o plano ideológico né usar o termo que ele usava aqui né é no plano da interpretação né de falso como falsa consciência ou como um plano que interpretava eh eh a forma da realidade nem sempre interpretava de maneira correta vai dizer nunca interpreta de maneira correta né então quer dizer
Este plano jurídico político que o Marx tá fazendo a CR desde Rego des desde jovem desde quando era um Democrata Radical agora como comunista ele vai dizer o seguinte estas questões estão articuladas com o mundo concreto se elas estão articuladas com o mundo concreto elas pressupõem relações sociais e produção ele não vai usar esse termo ainda mas ela pressupõe o mundo da realidade ora o que quer dizer isso que a revolução burguesa vai construir no plano ideológico no plano ideológico ou no plano vamos dizer assim abstrato vamos usar o termo que ele usa aí no
plano e eh da superestrutura o termo que ele vai usar na contribuição à crítica economia política vai usar ou seja o plano da construção ideológica é o plano da abstração do mundo concreto ver se eu consigo se eu consigo Dida essa discussão para vocês que quer dizer isso se as relações do Capital pressupõe trabalho livre né ainda ele não tá falando em mais valia tá falando a em trabalho livre e pressupõe propriedade privada ele tá colocando essas duas questões né trabalho livre e propriedade privada o estado e as tem que espelhar O que acontece no
mundo real então elas já são o que o Len mais tarde vai chamar de reflexo Não no sentido do espelho mas do da do do reflexo do plano da superestrutura do plano da ideologia né n é estas leis e as construções do Estado vão ter que que espelhar essas relações que se dão no mundo objetivo no mundo concreto orha O que quer dizer isso o Marx vai dizer na na ideologia na na questão Judaica olha aqui a sociedade burguesa é escrava vocês vão ficar assustados no que eu vou dizer agora dos Direitos Humanos mas escuta
direito humano não é um negócio legal ele vai dizer é legal mas não basta né porque o que que significa né o o o o Estado como uma constituição o estado e a sociedade como como resultado daquilo que se dá no mundo concreto olha Ora se se o trabalho é livre e se é uma necessidade de você ter propriedade o estado Tem que regular e as leis objetivamente falando a propriedade e as relações de trabalho Portanto o estado precisa criar num plano teórico aquilo que a Revolução Francesa vinha dizendo o tempo todo nós precisamos criar
uma sociedade de iguais legal ual a onde nós somos iguais primeiro porque veja como é que no plano teórico isso vai acontecendo do pensamento burguês todos que que vão dizer todos os juos naturalistas vai dizer o mar que todos nós nascemos livres e Iguais até aí temos acordo qual era o desacordo dele Somos Livres iguais e com direito inato à propriedade privada Opa tem alguma coisa que não tá correto nisso Somos Livres iguais e com direito a uma propriedade privada aí o mar vai dizer bom pera aí né onde é que tá o problema no
que na ideia do Iguais por isso tem outro mito o Marx não era um igualitarista a gente fala queremos é muita gente que pensa que é marxista fala Eu quero uma sociedade igualitária e o cidadania ele era contra cidadania e contra o igualitarismo ele era para uma sociedade de iguais que é outro Papo né mas ele não era igualitarista e muito menos defendia a cidadania ainda que ele achasse que fosse uma grande conquista vai dizer o que é que tem por trás disso né na verdade ele ele tava brincando com a os três dísticos da
Revolução Francesa libert igit fraternité né liberdade igualdade Fraternidade qual qual era a é qual era o problema que ele tinha com isso primeiro o que que é o cidadão vai dizer isso na questão Judaica o que que é o cidadão bom cidadão é um é o resultado da Revolução Francesa portanto é o cara que tem direito é o cara que tem direitos né bom isso é legal é o cara que tem direito a acesso ao trabalho é o cara que tem direito a vender sua força de trabalho é o cara que tem acesso à propriedade
privada é o cara que que tem que est respaldado por uma uma lei uma constituição e vai dizer isto este processo dos direitos que vai constituir a emancipação política da humanidade é um passo importante mas não é o passo decisivo Por que que isso não é o passo decisivo primeiro não é o passo decisivo porque o cidadão há um há um elemento né na na questão do cidadão porque o cidadão ele antes de ser cidadão ele é homem então H vamos dizer primeiro uma relação ele vai usar em francês soci depois ele vai usar uma
outra expressão em francês hão aí vai usar outra outra expressão em francês bourjois né traduzindo cidadão burguês vai dizer bom então o cara é cidadão de vida pública burguês de vida privada ou cidadão de vida pública proletário de vida privada ou cidadão de vida pública e um nada na vida privada L proletário vai dizer bom então aí tem um problema Esse problema na verdade é o que ele vai chamar o seguinte de fato onde é que tá o núcleo do problema de fato quando a burguesia fez a revolução burguesa e Pis a baixo toda aquela
estrutura do mundo não diria tão feudal mais mas do mundo absolutista com grandes resquícios feudais né Lembrar que no mundo absolutista você já tinha uma parte da burguesia no aparelho do estado e no poder Mas você tinha uma superestrutura ainda que reverberava o feudalismo Ou pelo menos o tar do [Música] feudalismo quando a a revolução burguesa põe isso abaixo não é ela ela não é que ela põe abaixo ela põe abaixo e cria outra outra estrutura uma outra cosmologia ela põe uma cosmologia para baixo e vai construindo não é que também ela aparece com a
Cosmologia pronta mas essa cosmologia também não é uma atenção não é uma conspiração Olha nós vamos criar aqui uma grande teoria do do mundo burguês não é isso esta construção sobre o mundo burguês é resultado do próprio movimento do mundo burguês ou seja do movimento da Constituição de uma sociedade de produção de mercadorias e que precisava portanto relações sociais que correspondessem à produção a uma sociedade de produção de mercadorias ora o que que é a ideia do cidadão a ideia do cidadão é a ideia de uma liberdade abstrata ele vai dizer quando a burguesia pôs
abaixo a velha ordem ela de fato lazou o estado isso é aquele debate que ele faz com com o o Bauer sobre a questão Judaica lembram né quer dizer não é necessariamente é é o estado ser as pessoas deixarem de ter sua religião mas é o estado não ter nenhuma religião né Aí ele vai dizer a religião vai ser uma coisa privada Você vai levar pra sua casa suas crenças tal mas o estado não pode ter vai dizer na verdade apesar de da própria burguesia dizer isso da questão da laicização do estado ela não vai
conseguir o estado não vai conseguir se colocar Como de fato um elemento Laico por quê Porque ele vai se se se comportar como um céu político Por que que o estado é o céu político porque assim como vai dizer o mar Assim como nós somos iguais todos iguais perante a Deus nós somos todos iguais agora perante ao estado e o estado tá tão longe da gente quanto Deus e a nossa identidade com o estado enquanto enquanto iguais perante oo estado é tão longínqua como a nossa identidade de igualdade perante a Deus né Este é o
núcleo que o Max vai intuir eu não sei desconheço estudos do Marx sobre eh eh eh eh o pensamento Cristão mas o núcleo dessa discussão que a burguesia faz essa construção da tá tá no pensamento Cristão Inclusive eu tô pesquisando isso então eu tô tomando sustos enormes né esta ideia onde nós todos somos iguais perante a Deus tá em Paulo a ideia de todos somos iguais perante ao estado tá em Paulo o apóstolo Paulo vai dizer olha aqui não existe mais judeu não existe mais grego Apóstolo a famosa epístola aos Corintios né não existe mais
judeu não existe mais escravo não existe mais Pagão Todos nós somos iguais perante a Cristo se aceitamos a sua a sua Redenção né Aí ele fala assim porém olha o papo somos todos iguais mas atenção nós somos cidadãos do céu aqui na terra nós temos que inclusive respeitar as leis romanas Mas a nossa igualdade porque nós somos cidadãos do céu depois chega em casa dá uma olhada na epístola ao cor é maior barato né não é éfesos epístola Aos aos Efésios alguma coisa assim tá lá nós atenção nós somos cidadãos do céu né Ola isso
tinha uma uma teve uma dimensão muito grande na ideia de que se os cristãos são cidadãos do céu os burgueses são cidadãos do Estado então quer dizer esta igualdade somos todos iguais perante a Deus é a mesma igualdade somos todos iguais perante ao estado bem é Aquela Velha História né quem vai na missa sabe disso né Às vezes eu acompanhava minha mãe na missa então Eh ficava lá o padre rezando tinha um momento que ele dizia vamos agora nos cumprimentar em Cristo aí o cara virava pro Primeiro que tava do lado né cumprimenta em Cristo
aí cumprimentou o cara quando ele sai da igreja esse cara que ele cumprimentou tá na escada pedindo de esmola ele passa por cima e vai embora não dá esmola acabou a igualdade por quê vai dizer o Marx no mundo real no mundo concreto nós somos desiguais por isso que não é igualitarista porque igualitarismo pressupõe uma igualdade formal abstrata Ou seja é a mesma conexão daquilo que o mar vai dizer é tão religioso quanto se dizer que nós somos todos iguais perante a Deus né Por quê Porque esse é o elemento do cidadão eu sou cidadão
de vida pública então eu vocês nós aqui da mesa podem hora que a gente quiser comprar a Vale do Rio Doce a gente pode não pode podemos pela lei podem sair daqui di vou amanhã segunda-feira vou comprar Vale do Rio Doce vou lá na bolsa vou comprar todas as ações vou ficar acionistas nós podemos fazer isso pela lei a gente pode ou então di o seguinte a tantoa em crise eu vou comprar as ações da vou especular e qualquer um de nós podemos fazer isso sair daqui agora já passa a mão Liga pro corretor segunda-feira
ponha vou comprar as ações problema é nós temos grana não aí é que tá né quer dizer nós podemos tudo mas não podemos nada então essa essa sacação do jovem Marx é fundamental ele vai dizer eu nunca vou romper ele vai dizer no prefácio de Capital vai dizer eu nunca vou romper com as minhas reflexões sobre o estado eu ele vai dizer o seguinte eu ainda continuo eh eh eh compreendendo o estado a partir das reflexões que eu fiz tanto na minha juventude como em cisn qu dizer que kisna quando ele tava escrevendo esses textos
em 4 3 44 é o local onde ele escrevia ou se o Marx do Capital falando portanto Me desculpe o autos sérios a seriano não tem ruptura primeiro porque o Marx não era só epistemólogo atenção se ele era um di aleta materialista a epistemologia fazia parte do do conjunto do conhecimento não é e eh do seu método então quer dizer dizer que tem ruptura eu acho que tem saltos de qualidade tem coisas que ele deixou de CL mas tem um núcleo que ele traz Este é o núcleo que ele traz e a segunda questão o
estado é uma alienação Por que que ele é uma alienação ele é uma imposição que retira a liberdade das pessoas da sociedade civil né e o estado portanto é expressão tanto o estado como a questão da Cidadania são expressões alienadas alienadas do mundo real por que alienadas porque não espelham e não representa o mundo real quanto tempo eu já falei você tem ideia como eu falo mais que a boca eu vou indo quanto tá 35 tem tempo eu falo mais que a boca não falo [Música] não eh bom feito isso tem mais uma coisinha que
eu queria falar vão ter depois quando vocês forem discutir os manuscritos o professor quem que vai falar sobre manuscrito o Rui Braga ele vai aprofundar eu tô só pincelando para entrar na que não entrei na questão ainda né Eu tô só no prolegômenos mas claro e o terceiro ponto quer dizer se a igualdade se o estado São resultados desse mundo objetivo concreto a política também faz parte disso então são algumas reflexões que ele vai depois levar para frente e aí eu quero chamar atenção o que que é pro jovem Marx eu tô dizendo para esse
jovem marqu já comunista o o Marx da questão Judaica O que é a tal da política para ele né bom eu eu diria o seguinte ele nunca vai ter uma afirmação concreta a política é isso mas ele vai demonstrar que a política a democracia e a concepção de direitos humanos não que os direitos humanos seja o ruim mas o que tem por trás nessa concepção de direitos humanos eh São nada mais do que as formas políticas na verdade né de conduzir e organizar uma forma de sociedade uma forma societal a sua base material quer dizer
ele não tem isso muito claro mas ele intui de maneira ele fala sobre isso ainda não tá aquele n mas aí ele tão preocupado com isso e fazendo parte desse debate que ele vai ter um ele vai ter um vai ler um artigo de um jovem hegeliano de esquerda também não conhecia chamado friedel já falar desse cara mas ele também nunca tinha ouvido falar esse cara a ele pega o artigo sabe como é que chamava o artigo do engels contribuição à crítica à economia política ele gostou tanto que ele pôs o nome do livro dele
desse artigo do Eng Ele leu esse artigo falou Pô preciso conhecer esse cara temos identidades incríveis E aí ele manda uma carta e começa uma amizade que nunca mais terminou mas não só amizade como uma colaboração teórica que nunca mais Terminou quando o Marx começa e o engels é que vai ser o porque o engels er outra coisa né se costuma achar que o wos era um secundário o wos era um cara de uma imensa cultura geral talvez até muito mais erudito do que o Marx né Eh então obviamente que que a colaboração também era
uma colaboração positiva no sentido da construção de uma teoria nova que mais tarde depois o engels já velho o Marx já tinha morrido vai fazer um balanço sobre o que eles fizeram juntos que eles aprontaram no plano do mundo do conhecimento né né mas isso leva com que o Marx vai estudar a economia então ele tem em 44 você veja que é tudo muito rápido é tudo mundo de 43 de 42 a 40 São do anos de intensa intenso estudo e intensa militância porque tem isso também o Marx tá na militância do movimento né ele
não é um cara só da reflexão por isso que ele fazia a crítica as teses sobre fiaba né aquela famosa a tese os filósofos já fizeram interpretar o mundo agora tem que transformá-lo não era tu porque ele era um cara que ele pensava ele pensava objetivando o movimento o movimento eava o seu pensamento aí ele vai estudar economia políticos famosos manuscritos econômicos filosóficos de 44 que infelizmente só foram descobertos na década de 1930 quando o riazanov saiu da cadeia que o Stalin tinha o Stalin também tem umas coisas mandou prender o ria azano para quem
não sabe quem era o riazan era o maior filólogo do mundo o Stalin mandou encanar o cara ah mandou encanar o lucat que quando aderiu o Marxismo já eram uma referência internacional no plano da filosofia já tinha escrito dois monumentos a alma e as formas e a teoria do romance né e depois escreve o o história consciência de classe que vai impactar tá o mundo intelectual marxista e não marxista temer lonti chacoalhou com o livro aí o sty mand Aprendeu o lucat também aí vem um cara o dimitrov um búlgaro mas aquele era um búlgaro
inteligente porque filho de búlgaro em geral tem problema agora o dimitrov né chega lá e fala pro estal Coba na intimidade era Coba Coba você tá pirado o Napoleão vai exercer um papel de representação de classe este papel vai soldar um novo bloco e vai compor novos Aliados primeiro o que ele faz expulsa o proletariado da Aliança política a crise da Democracia clássica né mete um estado de sítio Presta atenção olha as formas burguesas se constituindo o estado de sítio né Por exemplo as salvaguardas aquilo que na Constituição burguesa chama as salvaguardas do estado é
o pau do Trabalhador salvaguarda do estado é fim de suspensão de estado de direito né é polícia na rua pau no trabalhador então o que que ele vai tira o proletariado do do da Aliança política tira a pequena burguesia radical os jacobinos da Aliança política substitui o proletariado pelo lumpa em proletariado transforma o lump proletariado em tropa de choque do seu [Música] projeto ou seja tá criado as formas estão criadas as formas clássicas do bonapartismo que que é o bonapartismo as formas ditatoriais da burguesia se nós fôssemos fazer um desdobramento das experiências eh autocráticas da
eu quero usar o termo autocracia não quero usar o termo autoritarismo porque esse é uma de cunho liberal que não tem que que prea as composições de classe e as composições históricas dos golpes de estado da burguesia né quer dizer os processos de construção da autocracia burguesa partem exatamente de constrói-se o bloco burguês aquilo que o Marx vai dizer é a fusão ou se a gente quiser hoje o bloco burguês que o o gramis vai chamar de bloco burguês né ou que o Lenin vai cunhar eh eh eh eh pioneiramente como hegemonia nãoé hegemonia não
é o termo do do gramich do Len né que vai dizer temos que pedir porque na verdade não é do Len né Depois nós vamos ver de quem é mas o Len também vai dizer ó temos que pedir hegemonia do proletariado porque tem hegemonia da burguesia hegemonia no temo militar né de maioria dominadora Olha cria-se o bloco burguês e cria-se um aparato de repressão ao movimento operário Popular tá coloc se nós pegarmos o fascismo Qual é a base do fascismo a base do fascismo é um bloco burguês hegemônico não é e é o lupa proletariado
e um setor da pequena burguesia não é isso que é o quando a gente pensa na na nas formações clássicas do fascismo pensar no fascismo alemão as tropas de assalto as SS as sa perdão a ss é o núcleo aut burguês mas a sa né é as tropas são as tropas de assalto compostas pelo lump e proletariado e pela pequena e pel um setor da pequena burguesia em geral o setor mais atrasado o mesmo setor por exemplo que aqui apoia o o o Russomano para para É verdade é É verdade quer dizer qual é a
base política do russano é o lumem proletariado um setor da pequena burguesia e um pequeno setor da burgia porque a burguesia não apoia bem o Russomano né ela apoia a filha do búlgaro né porque a filha do búlgaro ou seja o governo do PT é muito mais interessante vamos chegar lá quer dizer na verdade quer dizer o que é que significa isso a construção que o Marx Analisa aqui é a ideia nãoé de como a burguesia constrói também Teoricamente o a sua autocracia quando não precisa ser autocracia Ela tem os instrumentos de golpe de estado
incrustrado na constituição que só salvaguarda tá aqui ora Qual é a resposta do movimento operário não é uma resposta teórica a resposta do movimento Operária é política também nas contradições a classe operária isso vai dizer o Marx nessa trilogia guerra civil na França é a contrapartida é o seguinte não nos interessa a democracia formal burguesa não nos interessa o estado regulando as contradições o que nos interessa é a tomada Direta do Poder onde é que tá isso Comuna de Paris então a contrapartida da construção do projeto burguês é a construção da Comuna de da do
projeto que vai ser testado na Comuna de Paris né ou seja por que que eu tô dizendo isso a comuna de Paris é A negação da política [Música] pô a comuna de Paris é A negação da Democracia formal a comuna de Paris é É A negação do estado ou seja a ação que o proletariado vai construir na Comuna de Paris é uma ação que vai se contrapor de maneira estrutural ao projeto de organização jurídico-política da sociabilidade burguesa é um outro projeto o Marx fala o que qual é o núcleo do projeto da Comuna de Paris
e ele fala inclusive criticando vai dizer olha os comun ados são heróis fizeram o assalto do céu é o termo que eles usavam né fizeram o assalto do céu estes comados heróis que fizeram o assalto do céu fizeram o assalto do céu construindo na prática e por isso que é necessário que os marxistas eram minoritários no movimento da comuna né mas era necessário com que eles agora aprofundem no plano teórico né o que eles estão construindo na prática o que que eles fizeram na prática aboliram a propriedade privado portanto foram no núcleo da questão da
sociabilidade burguesa aboliram o estado o Exército e a polícia Mas onde é que eles ah e armaram o povo e decidiram tudo no plano coletivo das decisões Mas onde é que eles erraram na verdade não é que eles aboliram o estado eles criaram um outro estado aí o mar vai dizer o seguinte mas não privatizaram os bancos não estatizar os bancos foi fundamental Foi um erro Central deu Eng mais tarde no no aning ele vai dizer o seguinte olha se fala muito de de autoritarismo de autoridade mas olha que é mais autoritária uma revolução né
onde você decide tudo pela Bonete pelo canhão e quero dizer faltou muita autoridade pros comunar os comunar Tinham que ter sido muito mais teriam Tinham que ter exigido muito mais autoridade da sua legitimidade revolucionária ou seja inclusive a radic O que que significa ISO para encerrar pra gente depois abrir o papo significa o seguinte primeiro também na comuna Marx consegue entender que ali se constrói uma contrapartida não só da política como aatividade burguesa então Marx desde o Marx jovem a política é ontiva ontiva estrutural da sociabilidade burguesa e ela aparece como elemento de de de
contenção e de controle social a política é superada por uma outra forma eu diria para usarmos um termo atual com a política para além da política claro que é uma ação política do proletariado francês mas é uma ação política para além da política segundo há uma ação democrática Radical para além da democracia também então se questiona dois elementos centrais da sociabilidade burguesa no plano do plano da superestrutura a política e a democracia no plano objetivo se questiona o quê as relações sociais de produção se coletiva o processo produtivo ainda com problemas etc e tal orha
então mar vai dizer agora desde 1789 passando pelas revoluções de 48 e passando pela comuna o proletariado vai também criar a sua experiência e o seu projeto antagônico ao projeto de sociabilidade sociabilidade no seu conjunto inclusive no plano idio jurídico né mais uma coisa pra gente encerrar de verdade eh esta construção de uma nova forma de de de de fazer política né supõe de fato da necessidade de superar política isso o Marx vai falar em várias passagens Mas a gente pode aprofundar isso depois né mas pressupõe a necessidade de superar a política e superar a
democracia pressupõe o proletariado se organizar como partido e estaa é muito interessante porque a própria noção do partido Operário do Marx também vai vai mudando né o a ideia de partido do Manifesto é um é um partido pode ser podem ser vários partidos podem ser o partido pode ser também uma tomada de posição de ideias no final partido do movimento operário é um partido Onde tem um programa onde tem uma diferenciação do programa da burguesia e onde tem a centralidade operária a centralidade do trabalho vamos assim dizer né na noção de partido portanto quer dizer
o que que eu quis cham ção desses dois textos os seus elementos ontológicos primeiro da como Marx foi construindo a sua concepção o que chamou atenção para ele na questão dos processos revolucionários que combinaram com o golpe de estado na França e depois com o bonapartismo com a reação do movimento operário e comina com a comuna de Paris que é a maior experiência que ele vive como ele muda em vários momentos a a sua concepção de estado não no sentido do um oportunismo mas no sentido de que a sua concepção é resultante de categorias históricas
e portanto elas só podem ser entendidas no plano do do do da concretude do do movimento da da história né e a história não como abstração né a história como resultado da ação da Praxis humana Então são esses elementos que eu quis levantar porque são muitos elementos 1 hora e meia muito pouco né você vê que eu né passou já acabou acabou né então vamos abrir porque eu quero ouvir vocês também pra gente dialogar tá bom é isso aí [Aplausos] pronto então ó e só uma coisa do Zé Paulo Zé Paulo tá com ele é
diabético né como ele é muito louco ele come para caramba então o o grau de glicose do cara subiu lá para cima então ele tá proibido pelos médicos se movimentar muito Prime tem que fazer um regime barriga do cara tá maior que a minha então maor que a minha tá grande bom foram quatro eixos todos eles meio que articulados né questão da política Marx e a política Marx e organização do proletariado tem uma pergunta sobre como é que o chazin vê essa questão a comuna e o e a questão da produção da estatização dos bancos
e governo do PT ser é obrigado a falar [Música] Não não é que eu não queria mas né bom quero agradecer as questões porque ajuda a aprofundar o que nós estamos debatendo aqui eh vamos vamos pegar eu quero esta ideia de que o o o o Marx e e contra a política precisa ser bastante eh explicada né mediada eu diria lembra que eu falei a sociedade burguesa ela vai criar um conjunto de de construções ideol né jurídico ideol obviamente quer dizer quando você pensa na questão de como é que a sociedade se organiza e a
conexão da organização da sociedade com sua base material isso é importante né O que é a base material da sociedade são as relações sociais de produção né portanto Quando você vai estudar uma sociedade se nós fôssemos aqui fazer um exercício chegássemos num planeta que a gente não conhecesse né então qual seria o hábito meu de um sociólogo né o hábito seria o seguinte eu vou estudar primeiro como é que se organiza as formas de trabalho depois Quais são as formas de propriedade não é eh depois as formas de relação social de produção né as as
relações do trabalho com as relações de produção e como é que é a ação da produção né portanto eu o o ponto de partida meu seria esse do Marx também obviamente Tô brincando porque esse é o ponto do Marx de partida Ora eu iria perceber que toda a legislação isso aliás isso qualquer sociedade humana a legislação sempre atende às relações sociais de produção tem um Eu tenho um amigo meuer dizer ele é um grande amigo meu eu só posso achar que ele é um tarado porque sabe por que eu acho que ele é um tarado
porque ele ele traduz cuniforme ao português cuniforme é aquela linguagem dos babilônicos antigos um cara que traduz C português não pode ser um cara normal né mas ele traduziu e tradu hergl egípcio também o cara não é normal né e eu tô brincando ele escreveu ele ele foi lá para Museu britânico onde ão as as famosas eh tábuas babilônicas e traduziu a correspondência do amurabi saiu pela editora Vozes quem tiver tempo compra porque é uma beleza assim nós vamos ter contato com o mundo que não existe mais o mundo do amur o mundo de uma
sociedade palacial né que era baseada só para vocês entenderem o que eu quero dizer ela era baseada numa todos os Camponeses tinham Terra era uma terra mas a relação dos Camponeses era mediada por um Rei Deus que fazia mediação entre os Camponeses os homens era uma sociedade camponesa os homens e a deidade obviamente esse núcleo era um núcleo parasitário nobre que vivia do desfruto do desfrute do trabalho dos Camponeses que pagavam pro estado em espécie ou em trabalho né Isso era muito comum no Egito antigo na Babilônia tal quando ele me deu de presente esse
livro Professor Emílio Buzon lá da da federal do Rio de Janeiro que já é um cara com a idade avançada a brincadeira né minha ele tem tempo porque ele é padre então ele tem tempo de fazer todas essas coisas e eu não teria tanto tempo de aprender com uniforme né mas deve ser Fantástico ler com uniforme quando ele traduziu ele me deu o livro ele falou Olha presta atenção na história da velhinha que provavelmente o amurabi não Lia aquilo quem devia L ler aquilo eram os seus assessores que era uma relação E aí é muito
interessante a linguagem né Eh Imperador filho de não sei quem representante de Deus na Terra tinha todo um um salamaleque Inicial mas a velinha conta o seguinte manda uma carta pro pro amurabi reclamando que o o o genro tinha roubado a terra dela e que ela tava sem sem terra porque o cara tinha roubado onde ela o núcleo o núcleo da sociedade era era era era Terra você vivia ali da sua terra e pagava o tributo pro estado ora o amurabi Lê aquilo e determina o seguinte que o genro tem que devolver a terra pr
pra sogra que ele vai pagar 30 moedas de ouro para ela de multa 30 moedas de ouro era muita coisa e vai tomar 30 chibatadas nas costas pronto de punição Aí você olha e fala pô né Tem uma justiça aqui porque tem um código de leis aqui né ainda que fossem leis consuetudinárias recolhidas e escritas no chamado código de amurabi lembram o famoso Ora por que que o amurabi fez isso ou se não foi ele pessoalmente o o Estado seus assessores fizeram isso porque primeiro tomar a terra de alguém significa mexer num ponto crucial da
da estrutura Econômica daquela sociabilidade que era a pequena propriedade que o cara tinha posse dela tinha ele era dono daquela terra e que com ela ele pagava o tributo pro estado ou seja a classe dirigente no termo do grames né vivia parasitar daquela daquela contribuição ou em espécie ou em trabalho que as pessoas tinham que fazer isso uma vez por ano Você mexia na no núcleo duro da vida socioeconômica da Babilônia então ele toma como atividade como como como ação um plano legal baseado na lei né ele ele toma uma ação dura de manter o
status quo Ora se é verdade lá é verdade aqui a lei ela sempre expressa a regulação das formas de propriedade das relações de trabalho você pensar no mundo de hoje quando alguém alguém já se divorciou aqui provavelmente um monte Eu também já várias vezes E aí né A primeira coisa que o advogado vai falar é o seguinte que que ele vai tratar pensão divisão de bem Tem algum bem para dividir aí quer dizer o que que ele tá regulando forma de propriedade direito de herança percebe quer dizer portanto quando o Marx mostra que que ele
tá demonstrando nisso que há uma conexão direta no plano ideolo com o plano da base material por isso que ele vai dizer que a sociedade só se só se explica que a anatomia da sociedade civil é a economia política no caso do capitalismo Mas você pode dizer que a anatomia de qualquer sociedade é é são suas formas econômicas não é então são reguladas óbvio que eh eh quando o Marx fala o que é a política a política é a forma vamos dizer eh deixa eu dar um exemplo me tem muito Sindicalista aqui não tem quem
que é Sindicalista que levanta a mão tá bom que que é o sindicato o sindicato é uma maneira de você levar cidadania pra fábrica pensar o que que é o sindicato porque nada mais autoritário do que do que o processo produtivo no processo produtivo Você tem uma uma um núcleo duro hierárquico do processo produtivo né no banco no banco você tem um núcleo duro hierárquico que é o gerente que determina as operações que você vaier fazer que determina o serviço que o funcionário do banco vai fazer e assim por diante né Onde tá o o
qual onde que a burguesia criou um núcleo de panela de pressão para descomprimir a as contradições da relação capital trabalho é o sindicato então não pense que o sindicato é um núcleo revolucionário o sindicato é um núcleo reformista não é de reivindicação reformista dentro da ordem o sindicato é um núcleo da Ordem né mesmo sindicato classista que combate e tal ele apesar disso ele é um instrumento da ordem qual ordem a ordem do Capital Assim Como a cidadania burguesa nos transforma né em cidadãos de vida pública em burgueses proletários ou ou z ninguéns ou lump
proletários né quer dizer em alemão quer dizer o proletariado em Farrapo aquele que não tem nada né eem cidadãos cidadãos em lump cidadão burguês cidadão trabalhador o sindicato é um núcleo onde você exerce de certa maneira uma cidadania reivindicativa a burguesia não é burra ela foi inventando por isso que por isso que eu digo que o Marx também é dinâmico porque ele vai percebendo não é que as criações que a burguesia as as concessões da burguesia também são concessões dentro da ordem porque quando não tem concessão ela põe a tropa tá aqui a experiência do
do do Bonaparte quando não tem quando não dá para conceder é a tropa é a prisão é o processo né né é ameaça do exército em cima de funcionário público em greve por exemplo né qual foi a resposta do governo Dilma pro movimento dos Funcionários Públicos vou meter o exército para salvaguardar a propriedade dos funcionários né eh ah tá eh não ten mais uma uma pergunta que chegou ora essa questão é importante porque isso mostra que a política é o elemento não é no plano da regulação que se utiliza para negociação mas a política tem
limite porque quando a política ganha uma dimensão mais radical é o golpe de estado é o estado de sítio é é a autocracia burguesa se manifestando tanto nos seus mecanismos nos seus mecanismos institucionais a tal da salvaguarda constitucional como quando isso não funciona é o golpe de estado aliás um país onde a gente tem uma grande experiência de golpe de estado é o nosso né o Brasil n de um golpe de estado igual a independência é o golpe de estado põe lá o filho do doer do do Rei de Portugal como agora Imperador do Brasil
quando ele não funciona mais tem o golpe da da abdicação abdicaram o cara ele foi abdicado ele abdicou não ele ele abdicou assim cercaram o palácio e disseram ó meu companheiro o senhor tem 24 horas para sair então eu abdico golpe de estado aí ele abdicou deram o golpe de estado de novo o golpe da maioridade até chama golpe da maioridade transformaram O Dom Pedro I num num através de um golpe num num num num Imperador Depois teve o golpe da República tiraram Dom Pedro I puseram o Milico ó lá o o o ciclo dos
Milico puseram o o Fonseca Depois teve um outro período autocrático Floriano Peixoto o general de Ferro Marchal de Ferro Marchal do café né Por interesses do café Marchal do café depois teve o golpe do Getúlio Depois teve o golpe de 64 de golpe nós entendemos ninguém V quer explicar que é golpe de estado para nós né Nós somos Doutor em golpe de estado Ora por que que esses golpes de estado acontecem porque os caras são sacan não para manter a ordem burguesa quando a ordem institucional não não funciona só estado de sítio é golpe de
estado então quer dizer a experiência que o Marx vai vai absorver e a teoria do da autocracia burguesa tá aqui no 18 Brumário o que vale do 18 Brumário além da do da Brilhante análise que o Marx faz do processo né O que vale é mostrar como a burguesia criou um outro elemento um novo elemento que é o golpe de estado que também não é uma novidade da burguesia Eles olharam lá o o império romano o processo da transformação da República Império golpe quanto golpe ele podia falar isso pro Stalin sem nenhum risco Coba porque
você tinha risco né Coba Você pirou como é que você prende o maior filólogo do mundo e maior é filósofo marxista tá dando problema no mundo inteiro falei É mesmo é meso então ten que soltar solta que que eu faço com ele põe os caras para abrir os arquivos lá do marqu as caixas porque era o seguinte o engels velhinho deu meteu tudo na numas caixas e deu pro ksk aí o csk pegou e passou pro Len aí teve a guerra civil Len morreu aquilo ficou num prédio Aí o ST Falou então manda abrir lá
a gente faz um instituto Marx enger aí eles começaram a abrir e descobriram joias da coroa ideologia alemã os manuscritos os grundriss né e tal bom aí quando eles abrem os manuscritos ali tanto os manuscritos de 44 como nos GR dis são os laboratórios do Marx né É É a cabeça do o Marx falando consigo mesmo acho que isso que nos manuscritos o Marx vai estar discutindo primeiro retoma nos manuscritos a questão da alienação isso é importante quer dizer ele já tinha você veja ele já tinha colocado a questão da alienação porque esse é um
debate que a esquerda guiliana tinha feito tava fazendo ele tinha rompido com a esquerda guiliana ela não era mais um Democrata radical ele era o comunista os debates sobre alienação são recolocados mas só que ele vai substantivar essa discussão como ele vai dizer ele ele também você percebe nisso você é nítido ele também tinha essa necessidade de conectar o mundo real de maneira mais mais forte não é com o mundo e eh da superestrutura mundo das ideias ora ele vai recolocar a questão da alienação vai colocar de novo a questão da fragmentação da sociedade né
e vai colocar de novo a questão do cidadão de vida pública de vida privada fazendo uma terceira reflexão o primeiro a chamar atenção sobre isso é o próprio num famoso livrinho que ele fez com o didático para para o movimento operário o livrinho chama três partes e Três Fontes integrantes do Marxismo todo mundo que já leu Lenin já deve ter um panfletinho panfletinho nesse vai dizer ol o idealismo alemão o iluminismo e agora a economia política clássica são os trê os que vão fazer o conjunto da teoria social de Marx P para mim né Não
no sentido de eu absorver sem uma crítica mas eu fazer a crítica absorvendo a partir da crítica né então o que que faltava ele tinha feito toda uma crítica na verdade ele tinha também pego uma carona na crítica que o heg tinha feito do Iluminismo dos philosophes tipo assim olha esse papo de contrato não resolve isso né a sociedade civil é muito mais contraditória tô retomando aquio que eu falei no início ele tinha feito essa agora o que que ele o que que ele o Marx vai dizer bom também no plano ideológico e aí e
aí lembrar que pro Marx ideologia era falsa consciência tá quer dizer depois é que a ideologia vai ganhar uma outra dimensão pro Marx chamar ideologia era um conjunto de concepções falsas do mundo ele vai olhar os ingleses os os eh os economistas ingleses que que ele vai dizer bom esses economistas Ingleses são caras muito interessantes diga-se de passagem o Marx tinha alguma coisa que muitos marxistas não têm ele Lia todo mundo né se era uma coisa que o Marx Não era nem um pouquinho era sectário né me lembro que eu era garoto e eu li
no Eu li na no Estadão eu aa fazia facade eu li no Estadão que o Delfim Neto quando ele foi ser embaixador do Brasil em Paris ele queria ele conseguiu fazer comprar todos os livros em origem no original que o Marx usou para escrever o capital foi a grande Façanha do do Delfim Neto se comprou e Leu não entendeu nada mas de qualquer maneira né né De qualquer maneira ele comprou aquela a bibliografia que o mar usa no Cap tal ele comprou tudo percorreu cebos tal da Europa da França particularmente da França da da Inglaterra
e comprou a tal da bibliografia vocês vão ver o seguinte o Marx tá dialogando com todo mundo e vai dialogar com os os economistas e ingleses economia Os economistas Clássicos Ingleses Smith e Ricardo e o interessante desse desse diálogo ele vai dizer o seguinte esses caras de fato eram muito interessantes eles vão ele vai dizer o seguinte esses caras conseguem entender né que a que a que o o a riqueza é produto do trabalho isso tá corretíssimo só que ele vai fazer uma observação não são esses caras que os primeiros a dizer isso tinha um
tal de Aristóteles que já tinha dito isso né Por acaso mas de qualquer maneira vai dizer p Esses caras são interessantes mas tem um problema por isso que o o primeiro livro dele é a contribuição para a crítica da economia política e o capital é crítica à economia política lembra o subtítulo do Capital né o capital crítica da economia política para ele também os economistas eram ideólogos porque os economistas apresentavam como como como cientistas olha aqui nossos dados são Dados econômicos a vai dizer olha vamos vamos começar a ver onde é que tá o problema
que que o que que vai dizer o o Ricardo e o smi v dizer o Ricardo Smith a riqueza é produto do trabalho só que tem uma pequena inversão aí cara pálida que vocês T que prestar atenção a propriedade não é produto do trabalho mas a propriedade é intrínseca inata ao homem Opa tem alguma coisa de errado esse é o elemento falso subsume uma pretensa determina de Deus Divina nós todos nascemos com direito à propriedade equivocado e a propriedade não subsumida perdão e o trabalho não é subsumida a propriedade mas é o contrário por a
ele vai comear discutir nos manuscritos trabal é uma forma parece como forma histórica nas formas históricas de organização do processo produtivo isso vai est Claro nos manuscritos de 44 né e as conexões disso de novo com o Estado e com as formas modernas né do capitalismo de alienação e vai dizer bom E aí tem um debate cara eu não vou entrar mas só vou tocar quem quiser depois né Tem um debate que acha que estranhamento e alienação é mesma uma coisa eu acho que não né até porque não sou eu que acho é o Marcos
que acha que não mas né então eu prefiro errar com Marx do que acertar né E já são 40 Faltam 40 tranquilo agora Pô então agora vai dar o tempo de eu entrar e fazer essa discussão final não Porque é importante entender Qual é o contexto da discussão e aí ele vai dizer o seguinte olha eh eh de fato o no capitalismo a alienação ela é resultado da expropriação do trabalho né do produto do trabalho do trabalhador né e da dicotomização eh eh eh eh trabalhador produto do trabalho e o estranhamento que sempre tinha existido
em qualquer sociedade humana também ganha uma dimensão de um estranhamento na sociabilidade capitalista ora e isso reflete no plano do Estado de que maneira primeiro porque também a revolução [Música] burguesa organiza a expropriação primeira questão pra gente pensar junto Onde tá a regulação da organização da expropriação Não é só na lei Claro a lei né por isso tem muito advogado que fica bravo comigo quando eu digo a ciência jurídica não existe nada mais ideológico do que o Direito pode ter técnica de aplicação de lei Mas lei é ideológica Ô mas como direito não sociedade civil
as coisas do né é o tipo do vocês nunca foram em debate que vem um advogado geral bem bigodudo e fala assim a sociedade civil organizada fala não sei o que é isso como sociedade civil sociedade civil ela não tem organ ela tá ela tá dividida em classes sociais cada organização dela tem um uma proposta diferente já dizia o velho reer não é nenhum Marx né então a sociedade civil organizada não sei o que é isso A não ser que você fale segmentos da sociedade civil organizada classes sociais dela né ora então isso significa o
seguinte onde é que tá a regulação disso né então quer dizer a burgesia vai aprendendo também né e o movimento operário também agora o que que significa portanto a contraposição da política é uma outra política Mas qual é a outra pol uma política que que que objetivo fem da política porque o que o que que o proletariado construiu como experiência histórica Comuna de Paris de novo né não é à toa que toda vez que é aniversário da comuna tem um monte de de de de de de atividade de reflexão sobre a experiência da comuna no
mundo inteiro né Paris agora teve uma atividade enorme sobre a comuna aqui no Brasil fizeram várias pessoal eu participei de umas quatro debat sobre Comuna de Paris manap uma na USP vários lugares uma lá em Minas uma no Rio de Janeiro di Várias Vários debates sobre a questão da comuna porque a comuna é um grande Manancial porque foi a primeira grande experiência do proletariado no poder ainda que muito breve né e ainda com final trágico os comunes foram quem for um dia a Paris vai pra rua da comuna tem um muro com as marcas das
balas dos fuzilamentos dos comun Nados né ora o que que o Marx vai perceber que depois o Len vai aprofundar e vai mesmo né nos seus principalmente nas suas discussões 1905 né 1907 tem um texto dele Fantástico 1905 chamado democracia burguesa democracia proletária ele vai retomar essa discussão do Marx Vale a pena ler o texto 1905 chama-se revolução burguesa revolução democracia burguesa democracia proletária a experiência da comuna e a experiência já de uma outra comuna que é a comuna de de 1905 na Rússia né agora o que é que o Marx percebe da comuna a
comuna é a contrapartida eu faço a política para ir além dela eu pego a democracia radicaliza a Democracia para ir além dela ou seja eu tô criando novas formas de organização societal por isso que a questão é é mais profunda porque você cria novas formas de organização societal para criar uma nova uma nova sociabilidade é um outro projeto né por isso diso que eh eh e quem vai eh chamar a atenção são vários pensadores que vão chamar a atenção rubel é um o rubel é um comentador do Marx importante não é o lucat vai chamar
a atenção de que a política o próprio Lenin vai chamar atenção e o Lenin vai viver uma contradição quer dizer se você pegar o Lenin antes de tomar o poder ele tá falando isso fazer um estado uma ditadura do proletariado que que é a ditadura do proletariado né o Marx mais para frente vai vai tentar de certa maneira elaborar uma discussão sobre isso ele vai chamar ditadura democrática do proletariado né Depois o Len vai desenvolver Ok não ditadura democrática do parece contraditório o termo né porque a ditadura da burguesia é contraposta com a ditadura do
proletariado o que que é a ditadura da burguesia é hegemonia do capital é hegemonia das relações de trabalho onde você tem expropriado o produto do seu trabalho isso é ditadura pô vai dizer Marcos portanto a ditadura do Capital que coloca as suas leis que regula a sociabilidade em função dos seus interesses que expropia o trabalho do trabalhador através da mais valia não é que Aliene estranha o trabalhador do seu produto de trabalho não é que subsume o trabalhador é um estado que que se coloca contra os seus interesses que que limita a liberdade do Trabalhador
ora Qual é a contrapartida é a ditadura da maioria isso tá onde tá no rousse não tá nem no Marcos tem o um estudo Fantástico de um Pensador italiano chamado galvano de la Volpe onde ele tem um estudo chamado Russo e Marx onde ele vai mostrar que o o Marx vai dialogar com o roussea naqu o roussea vai dizer eh a imposição democrática da maioria lembra do Rousseau mesmo que o cara não queira ele tem que aceitar a imposição da maioria isso é o Rousseau quer dizer claro que o Mark vai dizer não isso é
o que Mas qual é o significado da ditadura do proletariado não é apenas a emancipação humana dos trabal perdão não é somente a emancipação dos trabalhadores mas a emancipação da humanidade quer dizer o próprio proletariado emancipa a si e aquele que o oprime porque na Sagrada Família tem uma passagem do Marx onde ele vai dizer o burguês ele ele se realiza no seu mundo alienado o mundo alienado é o seu elemento de realização ário não se realiza no mundo alienado ele se nega e ele só vai se realizar se ele negar a alienação que lhe
é imposta pelo burguês o eu quero até dizer o seguinte o Marx vai pegar essa discussão também vai se inspirar no Hegel numa famosa passagem que o Hegel vai vai vai escrever na fenomenologia do Espírito a dialética do escravo e do senhor onde ele vai dizer o seguinte o tanto senhor como escravo são resultado da mesma alienação o senhor não vive sem o escravo o escravo não existe sem o senhor um quer ser o outro um precisa do outro e o escravo às vezes aspira seu senhor né esta formulação maravilhosa do Hegel vai ser recolocada
pelo Marx de maneira profunda né que é a questão de que a burguesia se realiza na sua alização o proletariado não ele se contradiz nela ele se dilacera nela né E esse e esse dilaceramento só é possível ser superado com a ruptura desse processo de alienação como você faz a ditadura do proletariado ela emancipa o proletariado e a humanidade no seu conjunto por isso que ele fala que a emancipação política que a revolução burguesa é positivo os direitos a sociedade civil né mas é limitado porque não emancipa o homem da exploração do que ele vai
dizer de pré-história da humanidade né por isso que a ideia da ditadura do proletariado não é uma ditadura qualquer é quando o proletariado se organiza como porque é outra lição da da comuna quando ele ele vai ver a experiência da comuna ele vai chegar a uma conclusão de que o proletariado só pode se colocar como hegemônico se ele se transformar em classe dirigente em classe dominante Esse é o termo que ele usa aqui na na na na na no na guerra civil o proletariado se transforma em classe dominante Por que que por que que ele
percebe né E aí eh eh articulando com a a questão do depois eu volto pra questão de quem falou do chassim da da da da da questão dos bancos se ele é classe dominante se ele vai dissolver as relações de produção burguesas capitalistas ele tem que Red disolver o capital afinal de contas o capital é a alma do capitalismo quer dizer o o capital e olha que o Marcos tá falando de um período onde ainda o capitalo era concorrencial né se você pensar no capitalismo contemporâneo onde o capital financeiro tem um papel Central se você
não estatiza o banco e não transforma o banco num num organismo de distribuição de riqueza coletiva você não desmonta a estrutura central do capitalismo não é só desmontar as relações estatizar fábrica estatizar aqui no sentido de coletivas né se você pensar um estado que de fato seja um estado rápido que vai se autod disolver porque a ideia do Marx e mesmo a ideia do do Lenin era o estado a ditadura Prade ser uma experiência muito rápida que transitaria para uma sociedade sem Estado Na verdade nós podemos chegar a uma conclusão que a teoria do Estado
de Marx é a teoria do não estado se a gente fosse se vocês me perguntassem isso né o Peter B me Peg saá qu é o Peter bay Pedro Bial Peter Bayer me pegasse aqui dissesse assim professor qual é a teoria política do Marx né aqui para o Fantástico diria seu Peter b o seguinte a teoria do estado do Marx é a teoria do não estado não porque ele é tão porque né a teoria do estado do Marx é a teoria do não estado onde o estado se organiza para se autod disolver por isso que
ele vai utilizar a expressão administração das coisas que é uma expressão que nem é dele é do san Simon que ele vai achar muito boa e que ele vai pegar bom eh entenderam porque que precisa estatizar os bancos estatizar aliás precisa coletivizar todo o processo de produção o comando da produção tem que passar pra sociedade Essa é a ideia do do comunismo a ideia do uma sociedade de produtores associadas Essa é a ideia do comunismo de Marx falar pô mas experiências vividas eu vou falar um pouco disso rápido a questão do quem me levantou a
questão do chazinho e o partido olha Eu acho que o eu eu quero primeiro dizer o seguinte eu sou um cara que eh Fiz parte durante muitos anos do grupo de estudos do xaz então devo 75 80% da minha formação ao xaz veja pro Marx o núcleo que pensa junto com o movimento são os intelectuais orgânicos ele não usa esse termo mas ele era um né mais do que ninguém ele era um intelectual orgânico não era o único você tinha vários pensadores do movimento operário ele era o mais brilhante meu modo de entender né mas
você tinha vários caras que pensavam junto com e a par junto e a partir do movimento operário Então acho que num primeiro momento tem essa construção porque veja o próprio movimento que o mar quando ele tá falando também tá reverberando o movimento concorda quer dizer o movimento influencia ele não é só ele que Ah senão a gente não tá sendo dialético aqui há uma relação né do um influenciando o outro mas eu acho que depois da comuna Isso fica muito mais claro acho que o Marx e o Marx do programa de gota Então é só
ler Lá crítica ao programa de gota o que que é o programa de gota o partido socialdemocrata de Alemão manda pro Marx para fazer observações sobre o seu programa ele detona o programa do do de gota que ele vai dizer o seguinte Olha meus companheiros um partido que não tem centralidade do trabalho um partido que não tem programa unitário de ação não é partido então quer dizer mudou a concepção de partido não é mais o partido movimento teve um momento onde o Marx construiu uma noção de partido movimento mas teve outro momento que ele fala
o partido movimento não basta tem que ter programa ele não tá dizendo tem que ter um partido Marx nunca disse ó tem que ter um partido da classe operária nem no Manifesto do partido comunista partido entendido como a parte do proletariado né mas o mar vai dizer mais tarde o partido sem programa um programa que não Contemple estatização dos meios de produção estatização dos bancos as a terra entendida como meio de produção coletivização da propriedade destruição do exército transformação do exército da polícia em exército Popular né quer dizer o partido que não coloca isso no
seu programa não é partido revolucionário não é partido que quer mudar é partido que quer ficar na ordem burguesa né então quer dizer tem essa questão né que é importante portanto eu acho que é é incompleto dizer que ao longo da vida do Marx ele teve uma ideia de partid do movimento ele muda de de posição então aconselho chegar em casa olha o crítica do programa de Goto que é o Marx mais que maduro é o Marx velhão escrevendo sobre a questão do partido E aí perguntaram o seguinte para terminar Tem Ah então dá perguntaram
o seguinte a questão do governo do PT olha Eh eu sei que tem muito petista aqui mas V me desculpar o que eu vou falar o PT nasce eu tava vendo aqui ó 30 anos da retomada né o PT nasce exatamente no processo de Ascensão do Movimento dos trabalhadores né e nasce fazendo uma crítica corretíssima a uma esquerda que tinha que tinha se caducado não na sua concepção de de partido de de de de Brasil né era era er uma esquerda no caso a crítica maior mais dura era ao partido comunista né ao PCB que
tinha uma visão de que era necessário construir uma etapa democrático-burguesa eh que era primeiro era necessário fazer uma revolução burguesa no Brasil para depois fazer a revolução socialista e para fazer a revolução burguesa era necessário se unificar com setores progressistas da burguesia para ampliar a democracia e para depois eh eh eh eh fortalecer o capitalismo e depois construir a revolução proletária essa era a visão que o PT criticava de maneira correta ele nasce das greves do ABC com grande legitimidade e nasce dizendo o seguinte esta concepção não ajuda o que nós queremos porque o que
que foi a greve do ABC final dos anos 70 início dos anos 80 foi uma greve que colocou em cheque a ditadura o modelo econômico da ditadura e o modelo político da ditadura Colocou também em cheque a própria oposição que que era a oposição era uma grande frente né uma frente Ampla onde você tinha burgueses proletários os partidos comunistas né que faziam uma oposição consequente democrática ditadura mas as greves de 78 mostram que a ditadura já tá em crise então o caráter da frente é outro e o Partido Comunista não compreendeu isso que era o
partido mais forte mais influente no movimento sindical não compreende que o caráter da frente é de esquerda não é mais uma frente Ampla e o PT vem e combate cor comicos bano comist por ISO Brando anos n agora P que n ag interessante n da do movimento oper mas el nas da derrota da greve de2 tem uma derrota nos anos da PT aí e nas como um partido saco de caranguejo tinha católico tem socialdemocrata tinha comunista tinha anarca tinha coisa nenhuma tinha tudo né E se constrói como o partido que vai ganhando inclusive construindo uma
hegemonia política mas não mas não intelectual na sociedade brasileira ó que interessante constrói uma hegemonia no movimento sindical constrói ault corretamente contra a a centrais radicais pelegas inclusive que estava o Partido Comunista ou seja constrói destruindo uma velha forma de fazer política mas nos anos 80 também né a luta interna no PT fica violenta E aí quem é que aflora no PT a social democracia a esquerda revolucionária é derrotada no PT uma parte é posta fora várias partes são postas foras né uma parte fica brigando até sair e fundar o pessoal ou ou ou alguns
saíram foram voltaram pro Partido Comunista né outros fundaram o pessoal outros ficaram em lugar nenhum este núcleo que ficou era o núcleo que se uniu ao Sindicalista ao sindicalismo de Lula vicentinho tal né povo todo né Desculpa saiu sem querer né E esse núcleo Sindicalista se juntou com o núcleo socialdemocrata atenção social-democracia brasileira ela nasce tardiamente porque a social-democracia europeia ela nasce com o próprio movimento socialista ela da divisão né na na na década de de 18 de de 15 para frente ela começa a dividir até a Revolução Russa onde se divide Os Comunistas e
a social-democracia que era os reformistas que queriam ficar no capitalismo querem um capitalismo bonzinho capitalismo utópico né enquanto os comunismos queriam acabar com o capitalismo pronto é a divisão que você tem na social-democracia na no movimento operário internacional a nossa social-democracia tardia nasce depois da década de 80 né ganha dimensão e tá no PT hegemonia tal da articulação né é a socialdemocracia não quer fazer revolução não quer fazer socialismo ora o que acontece este partido ele teve um papel interessante lembra Em alguns momentos vocês lendo o 18 BR Maro vocês vão entender o que eu
tô falando vocês lembram que o o Bonaparte o luí Bonaparte vai construir um partido com um setor da ala radical democrática lembra vai puxar uma parte do proletariado e vai tirar outra vai puxar uma parte do lump proletariado e uma parte da pequena burguesia e construir o partido da ordem lembram o PT fez isso quer dizer ele primeiro eliminou ess esquerda revolucionária do partido ou se não eliminou anulou segundo ao fazer política ele faz aliança aquilo que ele criticava antes o PCB faz aliança com a burguesia Nacional ele faz aliança com a burguesia não só
Nacional mas internacional se ali é Os monopólios nacionais internacionais se ali é a agroindústria se Alia os bancos ó o que que o Lula disse Nunca nenhum os bancos ganharam tanto quo no meu governo isso tem AL com os bancos se Alia com os partidos de direita inclusive com setores do L proletariado aqui ó é uma forma de bonapartismo não precisa ter golpe de estado Mas é uma forma de bonapartismo e o Lula faz uma representação de classe que não é só da classe originária dele mas o discurso do Lula é um discurso que costura
um projeto de modernização capitalista não é um discurso socialista vocês me desculpem mas não é o Bolsa à família é uma forma de citar l pesinato a a a modernização do bolsa família que tinha sido inventada pelo PSDB tá né a a a articulação do Bolsa Família é uma forma de cooptação cooptou uma parte do movimento operário que hoje tá saindo fora mas uma parte da Cut foi cooptada como Correia de transmissão do projeto de de de modernização eh pelo al de modernização conservadora Então quer dizer Infelizmente o PT se transformou no partido da ordem
né E aí o Lula agiu como um Bonaparte mesmo né no sentido de representar a burguesia também né a ponto dele chegar e dizer eu nunca fui socialista hein Eu nunca fui de esquerda hein não é isso eu sou Sindicalista não sei o que quer dizer isso eu não sei o que quer dizer isso eu sou Sindicalista até porque a burguesia também tem seu sindicato né e o sindicato ele é intrinsecamente reformista e a e a uma das do do Marx na na guerra civil é exatamente a necessidade do avanço da consciência política e que
vai ser depois foco de reflexão do Len no que fazer el vai dizer a consciência Econômica não basta a consciência Econômica é limitada por isso que é necessário criar o partido político e transformar o o militante do Partido Em intelectual orgânico da sua classe por quê Porque se você não transforma o militante em intelectual revolucionário esse militante não consegue perceber que além da reivindicação salarial imediata do sindicato tem um projeto de sociabilidade que não é o Projeto burguês porque no projeto burguês o o a classe operária não se realiza os trabalhadores não se realizam né
então isso o fundamento tá aqui nessa discussão do mar Então é isso que eu acho do governo do PT quer dizer aí perguntar a filha do búlgaro socialista eu sou uma bicicleta né não é pode ter sido tá né mas não é porque o projeto político É da é da modernização conservadora então obviamente não é uma uma crítica pessoal mas a crítica é um projeto político que eu acho que foi desvirtuado né enfim isso eu acho que o MST Ele nasce ele tem problema eu acho o MST assim legítimo herdeiro das lutas de reforma no
Brasil ele não inventou as lutas pela reforma agrária antes do MST teve as ligas camponesas né teve o Levante de Formosa e tromba na na em Goiás teve o Levante de Porecatu armado no no no Paraná movimentos camponeses importantes grandes lideranças camponesas né Gregório Bezerra por exemplo né Francisco Julião né quer dizer então o MST vem como herdeiro desse movimento e o movimento legítimo só que ele tem um dilema hoje o que acontece o capital brasileiro o Brasil é um país de Capitalismo completo né o PT ajudou a inserir o Brasil num num num contexto
do imperial o Brasil hoje é um país imperialista é mais do que capitalista é um país imperialista que age como um elemento complementar subordinado inserido de forma subordinada ao imperialismo internacional pode dizer que ele é sub imperialista Mas ele tem um papel importante no conjunto do imperialismo internacional né que acontece que esse desenvolvimento de força produtiva e o fortalecimento do da do agronegócio e eh ele ele acaba encalacrar porque o que acontece muitos caras que ganharam assentamento de uma luta importante do MS hoje eles têm a terra mas abandonam para ir trabalhar na agroindústria Isso
é uma contradição que o que o que o movimento sem terra enfrenta que ele vai ter que resolver ele vai ter que resolver eu não vou aqui falar como porque ele vai ter que resolver ele não posso né Não sou não tenho bola de cristal Mas ele vive essa contradição quer dizer qual é a contradição que ele vive hoje né a reforma agrária proposta por eles há 20 anos atrás não mais atende à realidade da do capitalismo brasileiro capitalismo brasileiro O Camponês O Camponês o Brasil não tem camponês porque não teve feudalismo mas vamos dizer
assim o trabalhador rural brasileiro ele ele para poder voltar pra sua pro seu lote de terra e fazer uma reforma agrária ele tinha que ter uma reforma agrária de uma outra forma Econômica onde se tivesse uma economia efetivamente voltada para mercado interno onde a produção agrária fosse uma produção que atendesse ao mercado interno mas a a a produção agrária brasileira majoritariamente é pro mercado externo o Brasil hoje nos maiores produtores agrícolas do mundo maior produtor de soja maior produtor de trigo maior trigo não maior produtor de soja maior produtor de arroz maior produtor de milho
maior produtor de carne maior produtor de frango isso vai para onde isso é exportado né então quer dizer esse Trabalhador na sua pequena terra não tem condição de atender a demanda do processo capitalista da produção do Campo né então ele vai ser ele ganha muito mais cedo assalariado no na agroindústria do que ficando na sua terra e mesmo que ele fique na sua terra sua terra como acontece alguns lugares a sua terra gira em torno dos interesses colocados pelos monopólios por exemplo se ele vai se ele vai produzir milho ele vai ter que vender 90%
da sua produção para kelox pode ter certeza se ele vai produzir Leite ele vai ter que vender 0 da sua produção do preço colocado pelos monopólios para Nestle não sei a onde Então esse é o dilema que o que o movimento sem terra vai ter que enfrentar Espero que enfrente de maneira correta emancipação política sim humana não por qu vou explicar isso ol você acha que o Obama significa um avanço nos Estados Unidos então mesma coisa a cota também não tem tudo a ver com o que eu tô falando quer dizer a cota positiva seria
você ter universidade pública para todos independentemente da cor da raça tal a cota imediata positiva é uma cota social não racial porque o debate racial não é o debate da esquerda nós chegamos a uma conclusão há muitos anos que as raças não existem nós somos fenó né existe certo ma sei pô né pode até não é porque ele é um cara de direita que tudo que ele vai falar tá errado né eu quero dizer o seguinte a a política de cota racial é complicada No meu modo de entender porque a cota que você tem que
atender porque veja bem o que que é se você pensar o seguinte existem regiões enormes do Brasil onde o problema não é negro é indígena de popul por exemplo o Darc Ribeiro dizia que o Brasil é o é é a maior Nação Indígena do mundo porque quando você vai pro Nordeste você vê o quanto negro ele foi aculturado mas o quanto perdão quanto índio foi aculturado e quanto índio você tem né hoje desprovido de acesso à escola então o grande problema eh não é o acesso à escola utilizando um um um subterfugio entender reacionário que
é discutir raça quem discute raça é o gobin e os nazistas eu discuto espécie humana que é muito mais Ampla do que ras nós somos um fenótipo o cara pode ser azul Core Rosa né Isso pode ele é ser humano então o que você vai discutir o seguinte qual é a política que você vai fazer para incluir no plano Educacional o conjunto da população e dos trabalhadores aí nós estamos começando Esse é o debate que tem na universidade pública né na minha universidade na Unesp nós temos feito muito o o trabalho de cota social então
a gente aluno que vem de escola pública queem geral São negros mestiços mas não colocando a questão da raça a questão da cota social eu acho que é um avanço de emancipação política mas não de emancipação humana né meu modo entender então você quer dizer para mim se você pergunta se que eu acho Positivo eu acho positivo Mas eu acho que não basta assim como não basta fazer um pro un por exemplo né e pegar o dinheiro da do estado e d pra faculdade privada de quinta categoria vou pegar um dinheiro do Estado público e
vou botar você na Uninove cara com dinheiro público Não era melhor eu ampliar a universidade pública era melhor eu usar esse dinheiro para ampliar a universidade pública você percebe como são as distorções né quer dizer não quer dizer que é errado da bolsa de estudo pro cara trabalhar pro cara estudar na universidade até outro dia tava vindo de Marília no ônibus com uma moça ela tem uma bolsa e ela é filha de professores do da rede pública ela falou sem essa bolsa eu não faria a Faculdade de Medicina né que ela tá fazendo lá em
Marília uma faculdade privada aí eu perguntei para ela se você em vez Dessa bolsa se tivesse uma vaga na universidade pública Eu preferiria porque a minha faculdade não é tão boa como a universidade como uma uma universidade pública então quer dizer eu não posso transformar eh eh a miséria a necessidade em virtude né o ideal você teria quer dizer o que que seria positivo para mim se o bolsa família fosse o processo de progressiva integração desse trabalhador para que ele produzisse pro mercado interno Então você mudava a ótica do mercado se o ProUni fosse uma
progressiva transformação das vagas das Universidades privadas para as vagas das Universidades públicas se você tivesse uma política educacional de fato incluir milhões de trabalhadores que estão fora do processo educacional se tivesse uma política de saúde que incluísse os milhões de trabalhadores que hoje sabe que de 2008 a 2012 se fechou mais de 100.000 postos no SUS então quer dizer o que eu tô dizendo é o seguinte mesmo se eu fisesse isso seria um governo reformista e que seria muito bom porque é importante você combinar aí a questão de tática política combinar reforma com revolução né
Você pode como diria a Rosa Luxemburgo combinar ações de reforma com ações revolucionárias o que eu digo é o seguinte existem ações que não são boas que são inócuas e que são deseducativas para movimento dos trabalhadores se eu respondi tu a questão mas é como eu vejo haveria a possibilidade de criar todas essas universidades públicas do dia para noite não é do dia para noite que eu falei que é um processo progressivo mas por exemplo se pelo menos eu tivesse se pelo menos eu tivesse o seguinte um critério mínimo eu dou pro un pra universidade
particular que que fizer pesquisa que der bolsa de pesquisa que tiver programa de iniciação pô não dá quer dizer você pega o cara e põe na un [Música] P por exemplo por exemplo Então não é mais fácil est com dívida eu estati a universidade e transformar universidade pública Então é isso cara ISO só para terminar Tem um ditado mexicano que eu gosto muito sabe o que que falta para esse governo os mexicanos cobam a queer [Música] corones agradecemos a agradecer agradecemos então a a presença do professor Antônio Carlos mazeu e enfim vamos aí pro intervalo
a gente tem no período da tarde a aula do do engels mais uma última palavra Eu que agradeço vocês aqui a presença o a paciência viu e adorei tá aqui espero que a Ivana me convide mais vezes Amei vocês aqui beijo
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