E aí [Música] [Aplausos] é bom para compreendermos o sentido da de qualidade na história da filosofia contemporânea é necessário inicialmente entender a distinção entre colonialismo e colonialidade que marca os estudos decoloniais bom o conceito sobre a decolonialidad ele surge no final da década de 90 e início dos anos2000 a partir do grupo de estudos de modernidade colonialidade formado por autores do contexto latino-americano e dentre eles para os estudos de na filosofia se destacam as e só logo peruano a lilou Carrano o filósofo porto-riquenho Nelson maldonado-torres eles dois assim como vários outros autores que desenvolvem esses
estudos eles reconhecem como agentes fundamentais referências os se transformou sobre o colonialismo e o farol ele é um autor que é referência em diversas áreas de estudo não apenas para os estudos decoloniais para os estudos pós-coloniais mas também para os movimentos negros nas Américas em geral e no continente africano também pelo pew etc Então por que que o canal ele é tão importante porque ele faz uma análise do colonialismo a partir das suas principais áreas de Formação que são a filosofia psiquiatria em 1952 ele escreve Pele Negra Máscaras Brancas e no ano do seu falecimento
em 1961 ele escreve Os Condenados da terra em que ele vai demonstrar que o processo Colonial muito além desse processo de exploração territorial e econômica e Leão processo e afeta a subjetividade de todas as O que são atravessadas por esse processo por esse regime que é especialmente violento e um regime que também é essencialmente desumanizador então fanon ele faz esse pontos de contribuição que a bastante importante e também bastante evidenciado por diversos movimentos sociais e intelectuais anti-racista não apenas ele mas que estão demonstrando que apesar das suposições da filosofia moderna europeia dos autores iluministas que
afirmam se tratar de uma filosofia essencialmente humanista uma filosofia do Universal eles vão demonstrar que essa narrativa de universalismo é uma narrativa desumanizador e que exclui todos os povos que não se encaixa nesse suposto de modelo de racionalidade Europeia bom então falou ele é esse autor que vai trazer essas contribuições que estão a crítica ao universalismo a crítica A humanismo europeu EA ideia de Deus organização como um elemento fundamental do processo Colonial E aí nesse sentido desde colonizar significa rio humanizar Esses povos esse sujeitos que são totalmente desconsiderados por esse sistema então é a partir
daí que vão surgir algumas vezes intuições fundamentais dos estudos decoloniais e esses autores que eu havia citado anteriormente o Nelson lado nado Torres o animal que errando a mão Graças fogo e eu também o autor importante eles vão demonstrar que a colonialidade que é isso processo de permanência do colonialismo apesar da sua suposta finalização dos processos de independência ela se expressa na perpetuação de determinada Oi tia e sociais fundamentalmente hierarquias raciais que organizam a sociedade Nesse contexto então esses autores eles vão entender que existem diversas formas de expressão dessa colonialidade diversas formas de expressão das
hierarquias coloniais e elas vão se expressar eles definem o nessa madrugada Torres fundamentalmente em três âmbitos que são colonialidade do Poder a colonialidade do saber e a colonialidade do ser e explicando resumidamente a colonialidade do poder ela diz respeito a expressão dessas hierarquias raciais de gênero e de classe no contexto das relações econômicas no contexto das relações de trabalho das relações territoriais e políticas e a colonialidade do saber ela se expressa nas práticas de epistemicidio que significa amamentação e o apagamento de todos os conhecimentos que não se encaixam no modelo de racionalidade e de ciência
que é definido pela filosofia europeia ocidental e a comunalidade do ser que significa justamente essa conformação de subjetividade coloniais tanto do colonizador conta do colonizado e inclusive as noções de branco de negro e de índio né então É principalmente a partir dos estudos do Farol que esses autores vão evidenciar que são conceitos que são subjetividades formadas no contexto Colonial Que visão essa lógica de ar que já são e Dominação e que estão fundamentados nesta lógica da supremacia Branca então comprar o discurso da supremacia branca da supremacia europeia da negação de todas as identidades e subjetividades
o que não se conformam a essa lógica de dominação Colonial é atuar a favor da colonialidade do ser então é a partir desse Marco teórico que esses autores vão fazer a defesa da decolonialidad A decolonialidad então entendido como esse processo de ruptura com essas hierarquias que são construídas no processo Colonial a inserção do colonialismo e que se perpetua o mesmo com os processos de independência na expressão da colonialidade então ser de Colonial é romper com todos e zerar Kia de saber e romper com todas as hierarquias do saber do poder e do ser é reconhecer
um lugar de sujeitos de todos os povos e pessoas que foram desumanizados pelo processo Colonial entender que se tratam sujeitos se tratam de sujeitos produtores de conhecimento produtores de ciência então é a existência da sua sofias africanas das filosofias feministas das filosofias indígenas e assim por diante então mais do que criticar simplesmente o sistema colonial o que se pretende com a proposta da decolonialidad é reconhecer o nosso lugar de fala reconhecer o nosso lugar de escuta e reconhecer um lugar de sujeitos desses povos que foram silenciadas desumanizados e supostamente exterminados pelo processo Colonial EA partir
desse Marco Fundamental e vão surgir as diversas Vertentes e propostas decorrentes dos estudos decoloniais como por exemplo os feminismos decoloniais o deixa coloniais que surgem a partir de algumas críticas o historicamente falando autora é filósofo Argentina Mariano Bones vai apresentar essa crítica aos estudos de que ramo para destacar a existência da colonialidade de gênero e que essa formalidade de gênero ela se expressa muito além da perspectiva de subjugação sexual dos corpos das mulheres e aí ela vai apresentar toda uma caminhos para se compreender não apenas de que modo o patriarcado e se estrutura através do
processo Colonial mas as vias possíveis de superação desse modelo de dominação que vai se expressar então na noção de feminismo decolonial o feminismo deixe colonial e a gente também pode observar que estão esses estudos eles estão fundamentalmente ancorados em críticas já apresentadas há muitos anos pelos movimentos sociais e para os movimentos indígenas então eu escolhi el que é uma autora Dominicana também bastante importante nos estudos feministas anti-racistas ela vai apresentar as contribuições dos feminismos de negros dos movimentos de mulheres indígenas para contribuir para essa crítica ao sistema colonial e o avanço no processo de descolonização
E aí nesse trecho ela vai citar autores como ela é González como Sueli Carneiro Jurema Werneck diversos ativistas de negras brasileiras e do contexto latino-americano como todo que através de suas práticas anti-racistas demonstram que essa perspectiva ela também é fundamental para se efetivar o processo de descolonização né então a gente vai entender que a descolonização é a meta a descolonização ela não se efetiva unicamente apresentando críticas ao colonialismo a efetiva também não apenas questionando sistema mas questionando a nós mesmos porque se ofanon demonstra que o colonialismo ele também atua na subjetividade das pessoas não é
apenas na subjetividade dos outros é também na nossa nesse sentido que os gastos autores e autoras que vão pensar os estudos decoloniais estudos sobre a descolonização como todo porque essa linguagem que o farol utiliza que a noção de descolonizar eles vão Então trazer a importância da gente compreender esses outros estudos que são desenvolvidos por essas corporalidades não-hegemônicas pelos sujeitos LGBT que imagem pelas mulheres mulheres negras mulheres indígenas e todos esses essas subjetividades que são rechaçadas pelo processo Colonial é também a partir desses estudos que surge a vertente das pedagogias de coloniais que tem como uma
referência A autora Catherine ost que vai pensar as pedagogias da coloniais dialogando fanon e Paulo Freire que são dois autores que ao refletir sobre a descolonização ela vai inclusive não apenas ela se a gente for na leitura direta de Paulo Freire EA gente vai observar que ele tá ali também já logo com Franz fanon quando ele tá pensando a pedagogia do oprimido e é justamente Pensar todos os movimentos e práticas educativas que são desenvolvidas por esses corpos por essas organizações que não são reconhecidas pelo processo Colonial então movimento zapatista o movimento indígena os movimentos negros
Quais são as pedagogias desenvolvidas por esses grupos e por essas organizações que trabalham não somente para resistir ao sistema de dominação Colonial mas para construir sociedades alternativas e para manter as suas epistemologias vivas então é pô o salão é os estudos sobre as pedagogias de coloniais e por fim o status também os estudos da decolonialidad africana negra que é uma vertente defendida pelo filósofo com goleiro demais ele é Malú Malú e ele faz uma crítica autores que pensam a decolonialidad unicamente a partir do universo afrodiaspórico nas Américas e o brasileiro é um alô mal vai
evidenciar que todo o movimento de resistência africando inicia no próprio continente E se a gente quer romper efetivamente com esse processo Colonial nós devemos nos aprofundar e conhecer as bibliotecas africanas continentais e de as portas não unicamente a partir do século 15 Mas a partir de todos os milénios que conformam as civilizações africanas Hoje vamos ao longo dos tempos Então é por aí que a gente vai estudando um é sobre as estruturas da coloniais a muito mais que pode ser dito a respeito na descrição desse vídeo Ficaram algumas referências importantes para gente seguir nesse debate
E aí E aí [Música] E aí [Música] [Aplausos]