[Música] Meus queridos irmãos e irmãs, no Evangelho de hoje, nós vemos um pouco aquilo que é o plano de Deus para a nossa vida. Nós precisamos entrar num processo de conversão. É aquilo que os discípulos de São João Batista fizeram: penitência, ouvir a palavra de Deus, seguir os mandamentos, se converter, deixar a vida de pecado para abraçar uma vida de obediência a Deus.
Mas isso não basta; isso é só o primeiro passo. Isso, o Antigo Testamento, parar de ofender a Deus, seguir a sua lei. Mas todo mundo sabe que, se a gente não tiver um encontro verdadeiro com Jesus, isso se sustenta por muito pouco tempo.
A obediência à lei de Deus, a obediência aos mandamentos que a gente aprende na catequese, a obediência que os pais ensinam para os filhos vai se sustentar por muito pouco tempo se nós não virmos Jesus. Se a gente não ar. .
. Jesus, se nós não tivermos esse passo que a gente vê hoje. Não é São João Batista ensina aos seus discípulos a conversão: um batismo de penitência.
"Convertei-vos", ele pede a conversão. . .
que todos sigam as leis de Deus, todos sigam o Antigo Testamento, sigam os 10 mandamentos. Uma vez que eles fazem isso, é necessário que, um belo dia, alguém diga: "Eis o Cordeiro de Deus" para então seguir Jesus. Nós vimos isso na primeira leitura: o profeta Samuel.
A primeira leitura começa com uma notícia lacônica e triste, dizendo assim: naquela época, a palavra de Deus não era comum; ou seja, as pessoas não estavam acostumadas a ouvir a palavra de Deus. Então, Samuel ouve Deus que o chama: "Samuel, Samuel". Mas não sabe que é Deus até que, finalmente, ele diz: "Eis aqui, fala, Senhor, teu servo escuta".
E aí acontece o encontro com a palavra de Deus. Essa é a segunda parte da nossa vida: a gente primeiro larga os pecados; depois, é necessário entrar num outro nível, nível de escutar a palavra de Deus profundamente. E quando a gente escuta a palavra de Deus profundamente, se encontra com Jesus, como esses discípulos que Jesus diz: "Vinde e vede".
E eles foram e permaneceram com ele. Acontece, então, que a gente vai descobrindo; nós vamos descobrindo quem nós somos, nossa verdadeira vocação, nossa verdadeira identidade. Jesus nos revela a nós mesmos quem nós somos.
Nós somos um mistério. Você acha que você sabe quem você é, mas é Jesus quem vai dizer quem você é: "Simão, tu és Pedro". Simão não sabia que ele era Pedro.
Quem era Simão? Simão era água, Simão afundava na água, Simão era um sanguíneo desorientado, inconstante, volúvel. E, no entanto, Jesus olha para ele e diz: "Tu és pedra".
Simão não sabia disso; ele não sabia que ele tinha esta vocação para firmeza, para constância. E Jesus revela para Pedro quem ele é. Esse é o esquema do Evangelho de hoje.
Eu gostaria, então, de explicar melhor para vocês, principalmente a segunda parte, né? Então, a primeira parte do Evangelho é nós abraçarmos os 10 mandamentos, pararmos de ofender a Deus. A segunda parte, o encontro verdadeiro com Cristo, é sobre essa que eu quero me deter um pouco mais.
E a terceira parte, isso vai, aos poucos, revelando nossa vocação, quem nós somos. A primeira parte não é necessário eu gastar muito tempo, porque isso aí vocês aprendem na catequese, os 10 mandamentos. O propósito de não mais ofender a Deus não é: "Pecou, vai lá no confessionário, resolve seu problema.
Pronto, né? Faça o propósito de não mais pecar. " Acontece, porém, que a maior parte das pessoas fica nessa conversa fiada de: "Confessa, peca de novo; confessa, peca de novo; confessa, peca de novo.
" Né? Usando a linguagem de Santa Teresa d'Ávila, do castelo interior: entra no castelo, sai do castelo; entra no castelo, sai do castelo; entra no estado de graça, sai do estado de graça; entra no estado de graça, sai do estado de graça. Chega um certo ponto que as pessoas começam a desistir de voltar pro castelo e dizem: "Não adianta, não adianta querer se converter, não adianta.
O pecado tá encardido na minha vida, eu não tenho como. " E as pessoas começam a procurar alternativas. É essa miséria, essa é a desgraça que assola a Santa Igreja Católica no século XX.
As pessoas, porque não conseguem viver os mandamentos, elas começam, então, a fazer adaptações: "Ah, Deus pede, mas isso é um ideal, a gente não consegue. Deus pede que a gente voe, mas isso é um ideal. Vamos nos arrastar no chão.
" Não é assim, gente. Veja, vamos entender: não é necessário você ser um sábio para enxergar que toda perna é chamada a caminhar. Olha pra sua perna, olha pra perna de todo mundo.
Todo mundo caminha aqui em Cuiabá. Hoje de manhã, né? Quem não está acompanhando no YouTube está vendo que a nossa igreja está cheia, não está tão cheia como ela costuma ser, porque em Cuiabá está tendo uma corrida chamada "corrida de reis" e a ponte tá fechada, o acesso à nossa paróquia ficou difícil para quem mora do outro lado da ponte.
E, então, teve gente hoje que vai vir hoje à igreja de noite, deve estar cheia, que o pessoal vai vir de noite. Tudo bem, mas você não precisa ser um atleta que corre a corrida de Reis para enxergar que existe uma vocação universal para caminhar. Todas as pernas são chamadas a caminhar, sim ou não?
Infelizmente, existem pernas que não caminham, tá aí, são as pessoas com necessidades especiais. Mas ninguém que olha para uma perna chega e diz assim: "Ah, não adianta", né? A criança que quer começar a caminhar, ela diz: "Ah, não adianta, eu vou ficar aqui no chão, me arrastando, porque caminhar é para os heróis, é para uma exceção, é para uma elite.
" Não, caminhar não é para uma elite; caminhar é para todo mundo. Estamos de acordo? Fazer a Corrida de Reis e, aí, ganhar a Corrida de Reis seja para uma elite, mas caminhar para todo mundo, assim como todas as almas foram feitas para enxergar a verdade.
Eis o Cordeiro de Deus, e morar com Jesus, morar na verdade. Com que nível isso pode acontecer? Dos grandes heróis, como os grandes Santos, ou dos "santinhos", como diz o padre Overlan, né?
Dos santinhos, tá tudo bem, mas são níveis diferentes. Seja como for, nós fomos feitos para enxergar Jesus. Ninguém foi feito para se arrastar no chão, ninguém foi feito para viver os pecados.
Então, a desgraça, a miséria da Igreja no século XXI é que ideólogos influenciados pelos protestantes e pelos liberais, que não acreditam na santidade, dizem: "É impossível viver a castidade! É impossível viver a paciência! É impossível viver a honestidade!
É impossível viver os 10 mandamentos! Tem que fazer uma adaptação. " Então, vamos arranjar um jeito de abençoar a vida de quem está no pecado.
Não abençoar o pecador, sim, mas não a vida de quem está no pecado. Eu abençoo a você, drogado, mas não abençoo as suas drogas. Eu abençoo você, pecador, mas não abençoo o seu pecado, porque você foi feito para amar, você foi feito para viver os 10 mandamentos.
Então, vamos parar de adaptações, vamos parar de rebaixar o evangelho. Todo mundo foi feito para caminhar. Aí, você encontra uma população de gente se arrastando no chão.
Gente, vamos fazer um pouquinho de exercício e vamos caminhar. Mas, padre, é impossível viver os 10 mandamentos a vida inteira! É impossível se você não dá o segundo passo, e o segundo passo é você ir: "Vinde, vede!
Vinde estar com Jesus. " Todos nós somos chamados a ter um encontro com Jesus. E em que consiste isso?
Vamos lá! Esse é o centro do que quero transmitir a vocês nesta manhã. Vejam, existem pessoas que têm dificuldades, pessoas com problemas emocionais, psiquiátricos, que vão ter um caminho mais difícil.
É como a pessoa que é cadeirante, que tem um caminho mais difícil. O médico vai avaliar: "Não é possível você caminhar, mas vamos fazer da cadeira, vamos passar para o andador, do andador vamos passar para a fisioterapia. " Vai ser um caminho mais difícil, vai ser um caminho mais penoso, mas é possível caminhar.
Então, a primeira coisa que estou dizendo é que não estou dizendo que não existem exceções, mas a regra geral das pernas é que elas conseguem caminhar, sim ou não? A regra geral das almas é que elas conseguem se encontrar com Jesus na oração. Como é necessário que a gente esteja com Jesus!
É necessário que você entenda o seguinte: se você nunca ouviu alguém descrever esse fenômeno, você nunca vai buscá-lo. Mas deixa eu tentar descrever para você. O fenômeno é o seguinte: você está aqui na sua cabeça, falando o tempo todo.
Você é uma máquina de falar. Você está o tempo todo pensando, falando na sua cabeça. Essa maquininha de falar que você tem aqui pode ir em duas direções.
Primeira direção: na direção do corpo, ou seja, dos seus sentimentos, onde você fica aprisionado nas coisas que são as suas sensações. É isso que o mundo é, isso que o diabo é, isso que a carne quer fazer conosco. Você passa o dia inteiro vendo videozinhos no TikTok, você passa o dia inteiro girando o carrossel, os reels, né?
Girando videozinhos, shorts, vendo videozinhos e se alimentando de sensações prazerosas. Eu não estou falando necessariamente aqui de pornografia, não. Não é só pornografia, porque a escravidão é universal.
Você passa a vida inteira com seus pensamentos buscando as sensações prazerosas: a sensação prazerosa do celular, a sensação prazerosa dos pensamentos agradáveis, a sensação prazerosa, seja lá qual for, de comprar coisas, a sensação prazerosa da comida. Então, você faz com que essa maquininha de falar que está aí dentro de você sirva e busque essas sensações. Acontece o seguinte: aquilo que você sente não é a verdade.
Vamos ser mais concretos. Você vive em família, você sente coisas pelas pessoas da sua família, sim ou não? Você sente raiva, fica irritado com a atitude de uma pessoa, ou você sente simpatia, ou você sente antipatia, você sente saudade, você sente vontade de possuir, de ser dono daquela pessoa, que aquela pessoa nunca deixe você, que fique com você; ou você sente repulsa e vontade de estar longe daquela pessoa.
Você sente impaciência, irritação, ou você sente carinho, prazer e alegria. Essas sensações que você tem com as pessoas com as quais você vive não são aquela pessoa. Isso é o que você sente.
A pessoa é outra coisa. O que você sente sobre a outra pessoa não é a outra pessoa. As pessoas têm dificuldade de enxergar isso.
Óbvio: o que você sente a respeito da outra pessoa não é a outra pessoa. Qualquer um que se casou já teve essa experiência. Todo casal de pombinhos que vai se casar, ai, pombinho.
Não leva muito tempo até começar a reclamar, a gritar, a ter impaciência. Por quê? Porque você logo descobre que o que você sente pela pessoa não é a pessoa.
Quando que começa o verdadeiro amor? O verdadeiro amor começa quando você abraça o mistério daquela pessoa, o mistério que você é, o mistério que a outra pessoa é. E você tem uma aliança de amor e diz: "Olha, não entendo direito essa pessoa, mas eu vou amá-la até o fim.
" Meus queridos, aí a sua máquina de falar vai na direção da verdade. Nós podemos decolar as palavras que temos, a imaginação que temos aqui na cabeça. Nós podemos usar essas coisas, chamados pensamentos, para ir na direção do Cordeiro de Deus, da verdade, do caminho.
Estar com Jesus, ver a verdade, ou nós podemos usar os nossos pensamentos, a nossa maquininha de falar, nossa imaginação, para ir na direção da mentira, das sensações do demônio, do mundo e da carne. Se você só dá espaço para suas sensações, você daqui a pouco vai estar morando com monstros do seu lado, você na sua família. Veja, estou sendo bem concreto.
A minha finalidade é chegar lá no seu relacionamento com Jesus, mas eu tô indo por um caminho bem palpável, concreto. Ninguém pode dizer que eu não estou sendo prático. Aí, o padre Paulo fala da alta mística; o povo não consegue acompanhar.
Eu não estou falando dos atletas da corrida de reis; eu estou falando simplesmente do simples caminhar. Tá entendendo isso aí? Todo mundo dá conta, exceto as poucas exceções dos cadeirantes.
A maior parte das pessoas dá conta, ok? Todo ser humano dá conta de enxergar que aquilo que eu sinto não é aquilo que é. Começa por [Música].
Aí, comece se libertando, porque as pessoas têm uma crença, uma fé, um fanatismo de que o que eu sinto é aquilo que é. Se eu sinto raiva da pessoa, a pessoa é detestável. Não!
Isso é o que você sente dela, mas não necessariamente ela é isso. Aí pode ser que seja um aspecto dela, mas mais provavelmente isso seja a sua reação a [Música] ela. Meus queridos, nós queremos Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida.
O primeiro passo que nós temos que enxergar, o primeiro passo que nós temos que dar, é enxergar onde você vai pôr o pé. E aí você vai dar o passo. É o seguinte: não creia nos seus sentimentos.
Reconheça os seus sentimentos. Olhando para aquela pessoa, estou com raiva dela. Sendo sincero comigo mesmo: estou, estou com raiva dela.
Agora pergunto: essa pessoa é tão detestável assim? Como é que Jesus olha para ela? Como é que Deus vê essa pessoa?
Porque Deus é quem vê a realidade. Então, use os seus pensamentos para decolar na direção da verdade. Não use os seus pensamentos para mergulhar na direção do ressentimento, da raiva, do rancor, da angústia, da ansiedade, da tristeza.
Não fique alimentando isso. Claro, tem casos que as pessoas não conseguem se libertar disso sozinhas; elas precisam de uma ajuda psiquiátrica, ou de uma ajuda terapêutica, ou de uma direção espiritual. Mas são casos.
A maior parte das pessoas consegue. A maior parte das pessoas consegue se libertar do fato dessa crença doida, dessa crença louca de que o que eu sinto é a [Música] verdade. Se você não der esse passo, você não vai ter encontro com Jesus [Música] nunca.
Você não vai se levantar como os discípulos de João: “Eis o Cordeiro de Deus”. Eles foram atrás, foram e ficaram com Jesus. Não vai acontecer isso com você.
Você vai ficar eternamente preso dentro dos seus pensamentos, como cachorro correndo atrás do próprio rabo. Então, meus queridos, vejam só: o que nós precisamos? Nós precisamos enxergar uma coisa humana muito clara.
Você enxerga isso no outro, mas não enxerga em você. Isso é o que é gozado. Quem de nós, quem de nós já não ouviu uma pessoa reclamar?
Chega a pessoa e diz: “Fulano, ah, Fulano é um miserável! ”. Aí fala todas as desgraças da pessoa: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k e [Música] m.
E você tá assistindo de fora e diz: “Nossa, não é tudo isso! ”. Você vê no outro que o outro está desequilibrado, que o outro está vendo a realidade de forma distorcida pelos seus sentimentos.
Sim ou não? Você já teve essa experiência? Sim ou não?
De enxergar que o outro tem uma birra, o outro tem uma rixa, o outro tem uma distorção da realidade, e o outro não vê o mundo real? Você enxerga isso nos outros, sim ou não? Eu quero ver a cabeça de vocês assim: é sim e assim é [Música].
Não enxergam, sim ou não? Ok, então saiba que isso está em você [Música] também. Você também vê a realidade distorcida.
E o que é que alimenta essa maquininha de falar na direção dos sentimentos? É quando essa crença arraigada de que aquilo que eu vejo é o certo, aquilo que eu sinto é verdadeiro, aquilo que são as minhas sensações interiores é a realidade. Não, não necessariamente.
Aquilo pode ser indício de realidade, mas você precisa fazer um esforço de enxergar as coisas como Deus enxerga, como Deus vê. E aí você começa. Você pode ter vida de oração.
A vida de oração começa nisto: a verdadeira vida de oração começa no fato de você querer. Chega para Jesus; Ele é a verdade. Você chega e diz para Ele como os discípulos de João: “Mestre, onde moras?
”. Jesus: “Eu não moro na verdade, mas vós morais na verdade”. Jesus é a verdade.
Senhor, onde vos escondes? A vida de oração é querer descobrir essa verdade de Deus: como Deus vê os meus irmãos, como Deus vê a realidade, como Deus vê a minha vida. Deixar iluminar pela palavra de Deus.
A palavra, Cristo, é a palavra de Deus. João Batista é a voz no deserto, é a maquininha de falar. Mas a maquininha de falar pode ir na direção da palavra ou pode ir na direção simplesmente das sensações desordenadas.
Procura Jesus! Como que você vai fazer isso na [Música]? Prática: essa disposição de deixar Jesus mostrar para você quem você é, essa disposição de mudar.
Eu vou rezar, e eu vou rezar para mudar. Eu vou rezar para ser uma pessoa diferente. Eu vou rezar porque Jesus vai me engrandecer; Ele vai me mostrar coisas sublimes, e eu vou ficar melhor como pessoa.
Vai doer! Porque toda transformação de vida dói. Mas eu vou poder caminhar.
Creia nisso. Você foi feito para a verdade! Toda perna foi feita para caminhar; todo olho foi feito para ver.
Enxergar, todo ouvido foi feito para escutar, toda a alma foi feita para encontrar a verdade. Algumas almas têm dificuldades momentâneas por problemas psiquiátricos, mas aquilo lá não é a regra. [Música] Aquilo lá não é a regra.
Essas pessoas precisam ser conduzidas para terapia, etc. , e tal, para caminhar, ver qual é o problema e tentar buscar uma solução. Mas a regra geral é que nós podemos, sim, enxergar a verdade.
Podemos, sim, encontrar o sentido da nossa vida. Jesus é a razão da nossa vida; não nos esqueçamos dele, mestre. Onde moras?
Ir para Jesus e descobri-lo, porque ele irá mostrar quem nós somos de verdade. Ele irá mostrar nossa verdadeira identidade, quem nós somos. Então, você precisa rezar.
E como que a gente faz para rezar concretamente? Padre, bom, eu tenho certeza que todos vocês já rezam o terço, já vão à missa, já comungam, etc. Não é?
Mas seria importante que vocês tivessem alguns livros de meditação dos santos, alguns pequenos livros que fizessem você pensar, para que essa maquininha de falar que está aí dentro de você fosse na direção certa, na direção da verdade e não na direção do sentimento. Então, muitas vezes, a gente precisa do recurso e da ajuda de um pequeno livro, pequenas meditações. As meditações sobre a Paixão de Cristo de Santo Afonso, sei lá, a Imitação de Cristo, uma Via Sacra, História de uma Alma de Santa Teresinha, qualquer livro de santo.
Esses livros clássicos de meditação onde você vai, através daquele livro, ter um instrumento para sua oração mental, sua oração refletiva. Você vai ter um instrumento em que você para num parágrafo; não precisa ser o livro inteiro. A finalidade dos livros de meditação não é ler o livro, é encontrar Jesus.
Então, você pega um parágrafo lá que seja e aquilo lá você vai pensando, conversando com Jesus sobre aquele assunto, para que ele vá mostrando as coisas como ele vê. Porque a vida não é como você sente; a coisa é como Jesus vê e os santos. Por que que eu digo o livro dos santos?
Porque os santos viram isso. Mas padre, não pode ser com a Bíblia, com a palavra de Deus? Pode, mas a Bíblia geralmente não é para os iniciantes.
Eu estou dando um passo aqui para os iniciantes. Na mão dos iniciantes, a Bíblia pode ser uma faca de dois gumes, porque a pessoa não entende aquilo e fica desanimada. Mas se você pega livros que você entende melhor, comprovados, os livros dos santos, onde eles te ajudam a estar com Jesus, vem de ver, estar com Jesus, e aquilo vai mostrando quem você é, vai mostrando sua vocação, vai mostrando a sua identidade.
Gente, eu estou com 31 anos de padre e eu ainda estou descobrindo o padre que Deus quer que eu seja. E isso não é uma coisa extraordinária; é o normal. Estou dizendo isso só para dizer que é normal.
Mal você vai descobrindo quem é o pai que você é, quem que é a mãe que você é, quem é o esposo que você é, quem é a esposa que você é, qual é a sua função na sociedade, na igreja, etc. Isso vai se revelando aos poucos, nos acontecimentos da sua vida e nessas luzes onde Deus vai mostrando e dando sentido aos acontecimentos. Normal.
Simão, tu és Cefas. Pedro. Jesus vai revelando quem você é e vai acontecendo essa transformação de você ser quem Jesus chamou você a ser.
Então, esse é o evangelho de hoje, essas três fases da nossa vida espiritual, onde eu espero ter contribuído um pouquinho para entender a melhor a segunda fase. Um pouquinho, não dá para falar tudo numa homilia. Tenham paciência, né?
Tem mais vídeos meus ensinando a rezar por aí no YouTube, vai procurar. Mas a principal é esta: a gente começa a vida espiritual seguindo os mandamentos, larga o pecado. Mas essa estabilidade fora do pecado só acontece se você tiver vida de oração, porque a maquininha de falar que está dentro de você leva você sempre na direção dos sentimentos.
E os sentimentos, por causa do nosso pecado original, não são muito sadios. Nossos sentimentos muitas vezes nos levam na direção do pecado. Você fica alimentando essa maquininha de falar no celular o tempo todo e vai sempre para longe de Cristo, para longe da realidade, para longe da verdade.
Deixa essa porcaria desse celular um pouco de lado, faz uma desintoxicação, abre um livro de meditação, vai ler alguma coisa que faça você pensar na direção que essa maquininha que está aqui ó, vá na direção da verdade da alma. As pessoas ficam dizendo: "Ah, mas eu não progrido espiritualmente. " Mas no que que você pensa o dia inteiro?
Onde você está quando você não está com Deus? Então, é evidente que não vai dar [Música] certo. Você só fica alimentando coisa que puxa você para fora da realidade, para fora da realidade, para fora da realidade.
Mas padre, todo mundo é assim. Pois é, todo mundo vive fora da realidade. Eu vou fazer o quê?
Não é porque a maioria delira que o delírio é menos delirante. Ou você vai me dizer que o mundo real são aqueles videozinhos lá no celular, que a verdade que salva o planeta está no seu celular, nos videozinhos? [Música] O que é que você está fazendo com essa maquininha de falar que está dentro de você?
Ou na direção da verdade, eis o Cordeiro de Deus, ou na direção da possil dos porcos do Filho Pródigo. Eis o porquinho do diabo. Para onde você está indo?
Esse encontro com Cristo revela a nós quem nós somos e qual é a nossa vocação. Que maravilha saber que existe um lugar maravilhoso no céu para nós, que Jesus nos pensou e ele quer, como revelou a Simão Pedro, revelar a nós quem nós somos quando ele revela quem ele. .
. [Música] é.