Primeiro passo: o conceito de Projetos de Vida (Parte 3)

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Instituto iungo
No vídeo, a Professora Valéria Arantes, da Universidade de São Paulo, reflete sobre aspectos que per...
Video Transcript:
e a gente tem que trabalhar nos últimos dois anos também produção de materiais para trabalhar desde as séries iniciais até o ensino médio o que tem norteado nosso trabalho é de fato os envolvimentos projetos e aí a gente está falando de ter um projeto real uma das coisas importantes presente é o aluno conhecer comunidade eu vou pesquisar sobre ela eu vou ouvir a demanda eu vou investigar e para isso eu vou também tem que recorrer aos conhecimentos científicos e eu vou buscar uma solução para aquele problema inicial e esses projetos todos ele pressupõe trabalhar com
a dimensão do autoconhecimento a questão da tomada de consciência a questão da reflexão a questão da comunicação e hoje a gente acredita que a escola deve trabalhar os projetos que podem ser bimestrais podem ser semestrais dependendo do que do do nível de ensino então mas a ideia é que você tenha sempre um problema real objetivo e que você vai trabalhar em equipe para buscar essa solução é [Música] e eu queria responder essa pergunta trazendo um dado de pesquisa recente e bastante interessante que foi de uma aluna de mestrado no nosso grupo de pesquisa que trabalhou
com jovens de uma região bastante pobre da periferia de são paulo eram 90 jovens e não chamou muita atenção porque 58 por cento deles trouxeram esses projetos de vida apresentaram projetos de vidas com foco na superação da ausência que eles têm então esse movimento que foi muito forte nesse grupo de jovens somada outro resultado que é bastante interessante que é quase oitenta por cento desse jovens trouxeram como valores centrais no seu projeto de vida o projeto profissional mas com a intenção clara de superar as dificuldades financeiras que tiveram longo da vida es e tem muito
dos resultados de outras pesquisas que nós temos nos quais a família também comparece junto com trabalho o resultado dessa pesquisa ela eles sinalizam que às vezes as condições frágeis que um jovem vive é por ele re significado de uma maneira que me conduz a buscar um projeto mais consolidado muitas vezes do que aquele jovem que teve muitas oportunidades alguns anos atrás a gente trabalhou com uma um grupo de jovens nos quais muitos deles eram muito religiosos então o elemento deus religião com parecia muito nas projeções desse grupo específico e um dos resultados que nos chamou
muita atenção é que a religiosidade foi significada pela grande maioria grande maioria desses jovens e uma maneira que o brasil uma passividade um discurso de passividade que chegavam certo entre aspas conformismo é claro que eu não estou me referindo a religião mas eu estou me referindo a forma como cada jovem significa quer seja a religião que é seja a fragilidade social e econômica que ele vive a escola sobretudo tem que olhar para isso com muita atenção o quê significado as minhas vivências me dão e como isso sai à frente na forma como eu escolho viver
esse é o grande papel da educação contribuir para que seja ressignificado de uma forma plena de uma forma positiva a escola não pode ter como objetivo você aprender a resolver um problema de matemática é muito pouco a escola também tem que ter como maior objetivo da vida ensinar as pessoas resolver os problemas da vida e a matemática entre outros serão instrumento importante nesse processo mas ela para mim ela tem que ser visto como um meio como diz o colega meu a criança vai para a escola para fazer uma leitura de mundo e nesse sentido a
gente tem vários conceitos a questão da transversalidade a questão da interdisciplinaridade a isso soma-se a ideia das metodologias ativas por quê porque o princípio que tá é a ideia de que o sujeito é autor do próprio conhecimento então eu preciso tirá-lo daquele lugar que historicamente a escola ele colocou num sujeito passivo como que é maior preciosidade né para mim da formação a questão de ensinar o aluno a pensar que precisa pensar ele precisa reconstruir e precisa reinventar ele precisa ser questionador e tu acha que você tem que pensar não consegue transversalidade que eu postei de
interesse interdisciplinaridade a ideia de um sujeito ativo a gente trabalha muito com desenvolvimento de projetos aprendizagem baseada em problemas aprendizagem baseada também conflitos essa outra frente que eu venho trabalhando há muitos anos né porque o conflito para mim ele é maior matéria-prima que a gente tem para formação ética e moral quando a gente fala da resolução de conflitos ea resolução de problemas que pode se dar por várias vias na escola por exemplo as assembleias escolares os grêmios tem vários espaços para isso né o que se espera muitas vezes não é a resolução do conflito em
si mas é a formação do sujeito de olhar para o conflito de outra maneira e é curioso que assim a nossa cultura ela cobra autonomia das pessoas o tempo inteiro mas é como se a autonomia fosse brotar no brincar em sala de aulas que a criança nasce ela ouvir que tem que obedecer a prece mais um pouquinho tem que obedecer o chefe crédito é mulher sobretudo se casa tem que ser obediente ao marido né de uma cultura machista como a nossa aí quando ela tem seus 50 anos o mundo vira para ela e fala assim
você tem que ser mais autônoma isso é construído né a posição crítica essa essa autonomia ela é construída é apreendida em
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