o olá alunos estamos começando mais uma aula da disciplina de fisiologia geral e hoje o tema será controle da pressão arterial e antes de entrarmos no tema propriamente dita vamos fazer uma breve revisão do que vimos na aula passada na aula passada nós vimos como se calcula a pressão arterial sistêmica eu mostrei para vocês por exemplo que a pressão arterial sistêmica ela é determinada pelo produto do débito e da resistência periférica total e mostrei também que existem alguns fatores que interferem na resistência e não deve um dos fatores mais importantes que interferem na resistência é
exatamente o diâmetro do vaso nós vimos em aulas passadas que o diâmetro do vaso ele está ligado diretamente à resistência onde diâmetros maiores resultam em resistências menores e diâmetros menores resultam em resistências maior e aí obviamente alterações na resistência vão acabar alterando a pressão arterial com relação ao débito eu mostrei pra vocês que o débito ele pode ser calculado através do produto do volume de ejeção sistólica pela frequência cardíaca e o volume de ejeção sistólica é exatamente a quantidade de sangue ejetado em um batimento quando multiplicarmos isso pela quantidade de batimentos por minuto temos exatamente
o nosso débito cardíaco e nós mostramos também nas aulas anteriores especificamente na aula passada que existem fatores que interferem na frequência no volume de ejeção sistólica e também no diâmetro do vaso entre esses fatores nós temos o sistema nervoso autónomo nas suas referências simpáticas e parassimpaticas bem mas a pergunta que fica é o que nós precisamos manter nossa pressão arterial controlada essa é uma grande pergunta da fisiologia bem podemos dizer que nós a nossa pressão arterial controlada para que haja uma perfeita perfusão de sangue nos tecidos e assim evitar danos aos órgãos e sistemas mas
você sabe qual deve ser a nossa pressão arterial ideal bem para definirmos isso eu trouxe aqui para vocês um quadro que foi elaborado pela sociedade brasileira de cardiologia neste quadro apresentamos a classificação da pressão arterial de acordo com a medição casual ou no consultório para pessoas a partir de 18 anos de dados ou seja adulto como vocês podem observar para sempre classificados com a pressão arterial normal precisamos ter uma pressão arterial sistólica menor ou igual a 120 milímetros de mercúrio e uma pressão arterial diastólica menor ou igual a 80 mm de mercúrio alterações nesses valores
normais de pressão como por exemplo acima de 140 por 90 já pode ser e como hipertensão arterial tá mas que danos essa pressão arterial elevada pode causar em nosso corpo para entendermos sobre isso eu trouxe aqui para vocês uma figura que representa o conjunto de vasos que chegam aos tecido nós temos as artérias as arteríolas e os capilares entre os capilares nós podemos imaginar aqui várias células representando os tecidos o sangue que chega sobre pressão passa por todos os vasos inclusive pelas arteríolas chegando até os capilares lembrando que são as arteríolas que controlam a passagem
de sangue para os tecidos através de esfíncteres entretanto quando essa pressão arterial ela fica muito maior do que o normal é comum que o fluxo de sangue nos capilares também aumente o que pode levar do ano e esses anos podem ser igual avc hemorrágico ou isquêmico né o infarto agudo do miocárdio danos renais danos vasculares e também retinopatias e daí a importância de termos nossa a pressão arterial controlada então nosso corpo ele lançar mão de vários mecanismos simultâneos e redundantes de controle da pressão arterial então né sala de hoje nós vamos estudar alguns deles é
bem e quais são os tipos de controle da pressão arterial nós temos basicamente dois tipos de controle da pressão arterial e só o neural tem um controle mais rápido da pressão arterial e o renal tem um controle mais a longo prazo em termos de exemplos nós podemos citar no neural o barorreflexo que nós estudaremos em maior detalhe ainda nesta aula e o quimiorreflexo e em termos de renal nós temos como exemplo a diurese natriurese pressórica e o sistema renina-angiotensina-aldosterona que nós também iremos detalhar melhor nesta aula vamos começar com o controle neural da pressão arterial
em termos de características nós podemos dizer que o controle neural ele é o controle rápido porque utiliza do sistema nervoso e tudo que envolve sistema nervoso normalmente é muito rápido então eu utilizo o autônomo nas suas vias simpáticas e parassimpaticas utiliza também a medula adrenal para produzir os seus efeitos e como já falamos no slide anterior nós temos aqui como exemplo do barorreflexo e o quimono reflexo e e vamos detalhar um pouco melhor o barorreflexo eu trago aqui primeiro para vocês um pouco da anatomia do barorreflexo bem como todo o reflexo o barorreflexo ele é
formado por uma via aferente sensitiva um centro integrador e também uma via excretora vamos começar aqui falando sobre as vias aferentes sensitivos do barorreflexo tem como vocês podem observar nessa figura as vias sensitivas do barorreflexo são formadas por terminações nervosas livres que transportam para o centro integrador sinais de variação de pressão que são detectados tanto no arco aórtico como também na região do seio carotídeo que é uma dilatação que antecede a bifurcação das carótidas e por estarem localizados aqui no arco aórtico essas terminações nervosas livres elas são chamadas de barorreceptores aórticos já esses aqui estão
localizados não sei o carotídeo são chamados ou de corpos carotídeos ou apenas de barras receptores carótidas bem e como eles transportam esses sinais esses sinais são transportados pelo nervo vago na sua ascendência sensitiva e também pelo nervo de rede e pelo grosso faringe e que todos são integrados aqui no centro vasomotor o centro vasomotor é o centro integrador do nosso barorreflexo esse centro vasomotor ele é formado por várias regiões neurônios estão localizados entre a ponte o bobo entre eles o núcleo do trato solitário que é responsável pela recepção das vias aferentes sensitivos além da região
do núcleo do trato solitário nós também temos regiões de onde parti o nervoso autônomo que forma nossas vias eferentes do barorreflexo as vias eferentes como nós já falamos no slide anterior ele é formado pelo sistema nervoso autônomo e desencadeia uma resposta que podem ser tanto resposta para simpática através do nervo vale como também da resposta simpática influenciando os vasos sanguíneos seja artéria ou veia e também influenciando o coração e como barorreflexo funciona para a gente entender melhor isso eu trouxe aqui para vocês um desenho esquemático onde nós temos aqui os componentes do barorreflexo e as
situações em que nós temos um aumento uma redução na pressão arterial vamos começar a falando aqui um pouco do que acontece quando ocorre uma redução abrupta na pressão arterial eu digo abrupta porque a gente tem que lembrar sempre que o baru reflexo ele atua em controles rápidos da pressão arterial o controle neural então quando há uma queda bruta da pressão arterial os barorreceptores a técnica essa queda e levam esse sinal de queda de pressão até o centro vasomotor o centro vasomotor interpreta e ativa as vias eferentes simpáticas ou para simpáticas no caso aqui como nós
estamos tendo uma queda na pressão arterial o centro vasomotor faz decide por aumentar a pressão arterial e com isso manter os níveis pressóricos normais e para isso ele vai precisar ativar o sistema nervoso simpático ao mesmo tempo o que reduzirá a ativação do sistema parassimpático com isso nós temos o que a ativação do sistema nervoso simpático ele leva a um aumento na força de contração do coração e da frequência cardíaca e nos vasos ele leva a uma vaso constrição esse aumento de força e frequência com aumento de vaso constrição leva ao aumento do débito e
um aumento da resistência periférica bom e nós vimos nessa fórmula aqui que aumento de deve ter aumento de resistência obviamente vai fazer com que haja um aumento na pressão arterial mantendo assim os níveis pressóricos já por outro lado e quando nós temos aumento abrupto da pressão arterial ocorre exatamente o contrário os barorreceptores de técnica esse aumento abrupto depressão e mandam para o centro vasomotor o centro vasomotor interpreta que a pressão está elevada e desencadeia uma resposta agora de redução da atividade do sistema nervoso simpático concomitante aumento da atividade do sistema parassimpático isso nós já sabemos
que leva a uma redução na força de contração e na frequência cardíaca e também nos vasos na vaso dilatação isso aqui leva a uma redução no débito e na resistência o que possua às vezes combina e na pressão arterial mantendo dessa forma os níveis pressóricos normais então é dessa forma pessoal através dessas duas vias que o baru reflexo a tua para regular de forma rápida a nossa pressão arterial tem além disso como nós já falamos o barorreflexo atua através da glândula adrenal mais especificamente na região da medula da adrenal a gente sabe de aulas anteriores
que a medula da adrenal ela produz dois hormônios a nora epinefrina que nós também chamamos de noradrenalina ea epinefrina e adrenalina quando nós temos uma queda na pressão arterial e ativação do sistema nervoso simpático o próprio sistema nervoso simpático é que aumenta a produção desses dois hormônios que são lançados na circulação sanguínea e vão agir exatamente igual com o sistema nervoso simpático que é aumentar a força e frequência e promover uma vasoconstricção arterial e venosa e isso leva a pressão arterial desta forma mantendo os valores pressóricos normais bem mas qual a importância do barorreflexo no
nosso dia a dia eu trago aqui duas situações a primeira delas é nas alterações de postura bem todos nós sabemos que quando nós ficamos deitados durante muito tempo e nós levantamos de vez nós costumamos vivenciar uma sensação de tontura essa sensação de cultura ela é causada por que quando nós nos levantamos a uma tendência do sangue descer para as pernas e conheço reduzir a pressão arterial no sistema nervoso central o que leva essa sensação de tontura tem é graças ao barorreflexo que essa queda na pressão arterial chamada de hipotensão ortostática não é tão grande ao
ponto de causar um desmaio no momento em que os barorreceptores detectam essa queda na pressão arterial eles ativam rapidamente barorreflexo mantendo as nossas pressões arteriais e valores normais e tem a outra situação é para reduzir as variações diárias da pressão arterial esse é feito nós chamamos de efeito tampão e para ilustrar e ser feito eu trouxe aqui para vocês uma figura que representa as variações de pressão arterial em extinção do tempo em um cão normal ou um cão que teve os seus barorreceptores destruídos chamado de desnervação sinoa óptica observe que no cão normal quase não
há variações de pressão arterial aqui nós temos a pressão arterial sistólica e aqui embaixo a pressão arterial diastólica observe que não há praticamente variação de pressão nenhuma a pressão arterial média é mantida praticamente no mesmo nível agora observe aqui quando o cão é desnervado olha as variações de pressão arterial este efeito que nós observamos do cão normal é chamado de efeito tampão da pressão arterial e isso é causado graças ao barorreflexo é bem sinalizado essa parte do barorreflexo vamos passar agora para segunda parte da nossa aula que é o controle renal da pressão arterial e
aqui nesse slide eu trago para vocês algumas características desse controle mas podemos dizer que o controle renal ele é o controle a longo prazo diferentemente do que nós vimos no barorreflexo que é um controle a curto prazo ele utiliza o sistema hormonal para produzir os seus efeitos enquanto que o barorreflexo utiliza o sistema neural e atua através de dois mecanismos a diurese natriurese pressórica e também o sistema renina-angiotensina-aldosterona vamos começar agora falando um pouco sobre a diurese e natureza e pré-histórica tem através do nome nós podemos identificar e diurese e natriurese pressórica significa diurese e
excreção de água e natriurese excreção de sódio em função da pressão arterial e a exatamente isso que nós e você vai aqui esse mecanismo ele é um mecanismo relativamente simples que diz o seguinte que toda vez que nós temos um aumento na pressão arterial esse aumento de pressão arterial aumenta a filtração glomerular fazendo com que haja uma expressão muito maior de água histório e portanto levando a pressão arterial que antes estava alta aos seus valores normais e já quando nós temos uma queda na pressão arterial nós reduzimos agora a filtração glomerular e com isso a
excreção de água história o reduces levando a um aumento na pressão arterial lembrando aqui que o aumento da expressão do história de água reduz a volemia que é o volume de sangue do nosso corpo reduzindo a volemia nós temos uma redução do débito e portanto uma redução na pressão arterial e ao contrário quando nós estamos pouca água e sódio nós aumentamos a volemia e com isso aumentamos também a pressão arterial ok o outro mecanismo é o mecanismo do sistema renina-angiotensina-aldosterona este mecanismo é uma camisa muito mais complexo e que apresenta vários componentes e entre eles
nós podemos citar aqui obviamente a menina que uma enzima produzida e secretada pelo zines e que quando cai na circulação sanguínea vai atuar no seu substrato chamado de angiotensinogênio tem um peptídeo grande formado por 452 aminoácidos produzidos no fígado ao atuar sobre esse substrato ele quebra esse substrato que é um grande ter filho em peptídeos menores chamados de angiotensina 1 agora de 10 aminoácidos essa angiotensina 1 ainda na circulação ao passar pelos pulmões ela é convertida por uma enzima chamada de enzima conversora da angiotensina i em angiotensina 2 agora com oito aminoácidos essa em cima
conversora da angiotensina ela é comumente chamada de eca bem mas a angiotensin não ela não produz praticamente quase nenhum efeito a regulação da pressão arterial basicamente todo o efeito do sistema renina-angiotensina-aldosterona ele é causado pela angiotensina 2 que por exemplo produz vaso conceição alterando portanto a pressão arterial e retém sódio e água além de ser efeito direto sobre vasoconstrição e retenção de sódio e água essa angiotensina 2 ainda vai até o córtex da supra-renal e ativa a liberação de aldosterona que vocês já viram em aulas passadas que aldosterona também retém só de água então veja
que é um mecanismo mais completo mas também extremamente potente na regulação da pressão arterial ok mas como a renina é produzida é secretada nos vídeos eu trago aqui para vocês o mecanismo secretor da menina obviamente a renina como nós já vimos ela é produzida é secretada nos rins mas especificamente em que estrutura então a renina é produzida no néfron o néfron é formado por duas subunidades uma parte globo posa chamada de corpúsculo renal e um longo tubo chamado de túbulo renal na parte do concurso nós podemos identificar mais duas subidas que é o enovelamento de
capilares glomerulares chamado de glomérulos e uma cápsula denominada de cápsula de bala esta cápsula é formada por tecido epitelial e tem como função recolheu o sangue filtrado pelo glomérulo e observe que o glomérulo ele é formado pela ramificação de um arteríola chamada de arteríola aferente ela tem esse nome aferentes porque a célula que chega o glomérulo para diferenciar de uma outra película que sai do glomérulo que arteríola eferente então nós podemos dizer que os capilares glomerulares eles são formados pela ramificação da arteríola aferente tem além do corpúsculo renal observe que nós temos o túbulo renal
que pode ser dividido em vários seguimentos túbulo proximal alça de henle e o túbulo distal túbulo distal nós seguimos pelo túbulo coletor cortical e o ducto coletor e transportador lina até os cálices para ser excretado voltando aqui para o túbulo observe que a porção distal do túbulo renal ela em algum momento ela toca e são da arteríola aferente esta região onde há o encontro de células do túbulo distal com células da parede da arteríola aferente é chamado de aparelho justaglomerular e é exatamente aqui onde ocorre a produção ea secreção da menina ou seja no aparelho
justa número lá vamos ver em maior detalhe como está organizada a esse aparelho então eu trago aqui para vocês com maior detalhe as estruturas do nosso aparelho justaglomerular só recapitulando nós temos aqui a arteríola aferente que a que chega ao gromero aqui nós temos os capilares glomerulares e o reagrupamento dos capilares glomerulares formam a arteríola eferente que é que sai do glomérulo e como nós já descemos em algum momento a parede da arteríola aferente ela encontra-se com uma porção do o sal aqui representado pelo ramo ascendente da alça de henle observe que na região de
encontro as células são mais diferenciadas tanto da parede da artéria como também do aparelho do túbulo renal estas células da parede da artéria são chamadas de células justaglomerulares já essas aqui estão mais escuras do que as demais são chamadas de células da mácula densa e qual a função de cada uma delas a mácula densa elas têm a capacidade de detectar concentrações de sódio no túbulo distal e ao detectar concentrações elas enviam um sinal para as células justaglomerulares e estas células justaglomerulares por sua vez tem a função de produzir se acreditar em mim mas como isso
funciona não quando nós temos uma menor concentração de sódio nos túbulos distais é um indicativo para essas células que a pressão está reduzindo é isso essas células envia um sinalizador para as células justaglomerulares e estas por sua vez passam a aumentar a produção e liberação de menina na circulação sanguínea só recapitulando a menina cai na circulação vai agir sobre onde eu te ensinar o gênio e o angiotensinogênio é quebrado em anjos em cima um que é convertida em anjos ensinadores para promover o aumento da pressão arterial e conheço esse sistema ele acaba regulando a pressão
arterial valores normais já ao contrário se as células da mácula densa detectar em uma concentração maior de história no sobre os sinais é indicativo de que a pressão está alta e portanto sinaliza para uma redução na produção da república bom então compreendido como de fato o mecanismo secretor da renina acontece vamos fazer um breve resumo para finalizar nossa aula então eu trago aqui para vocês um slide que mostra como acontece o controle da pressão arterial pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona então quando acontece o signo estão na pressão arterial as células da mácula densa detecta essa diminuição e
sinalizam para as células justaglomerulares a produzirem e liberarem mais meninas a renina que cai na circulação tua sobre seus substrato que o angiotensinogênio produzido portanto a angiotensina com 10 anos essa angiotensina 1 ela é convertida pela enzima conversora da angiotensina i em angiotensina 2 e a ângela tem senadores vai produzir vários efeitos para promover a elevação da pressão arterial entre esses efeitos nós temos efeitos diretos como vaso construir o e retenção de sódio e água nos túbulos renais como também o efeito indireto através do aumento na produção de aldosterona que por sua vez vai aumentar
a retenção de sódio e água após desempenhar seus efeitos arranjos ensinadores ela é inativada pelas angiotensinas quebrando ela em peptídeos menores de cinco seis ou sete aminoácido com isso nós observamos que o sistema renina-angiotensina-aldosterona é um potente mecanismo regulador da pressão arterial e que qualquer desequilíbrio neste sistema podemos desenvolver a hipertensão arterial então o que nós temos na sala de hoje nós vemos que a pressão arterial ela é ajustada a todo instante por dois sistemas principais o neural e o reinaldo enquanto que o neural é um mecanismo rápido o renal a tua a longo prazo
entre os mecanismos neurais o barorreflexo o mais importante o mais bem estudado já no renal o sistema renina-angiotensina-aldosterona é o mais potente atuando para reter mais ou menos água e dessa forma controlar os níveis pressóricos a disfunção desses mecanismos de controle podem gerar alterações na pressão arterial e consequentemente causar danos irreversíveis a órgãos e sistemas eu agradeço a todos vocês muito obrigado e até a próxima aula 1 [Música] e aí