Luciano Subirá - A JUSTIFICAÇÃO | FD#37

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
Temos abordado diferentes aspectos da salvação, começando pela regeneração, na aula intitulada: "O Novo Nascimento", depois falei a respeito de adoção, na sequência santificação, redenção e agora eu quero falar a respeito de justificação. Nas próximas aulas, na sequência, ainda falarei sobre reconciliação e glorificação, fechando com isso sete aspectos da salvação que são complementares, não são divergentes e nos ajudam a compreender um pouco melhor aquilo que Deus tem feito em favor de cada um de nós. Enfatizando a justificação, eu quero começar lendo Romanos, capítulo três, versos 23 e 24, que diz: "pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus".
Então, quando a Bíblia fala do homem pecando e carecendo da glória de Deus, ou separado dela, aponta a necessidade de salvação. Mas vai falar a respeito da justificação, vai dizer que ela acontece mediante a redenção, ou seja, esses aspectos eles se relacionam e aqui nós compreendemos que o remédio de Deus para o fato de que os homens pecaram era prover, por meio de Cristo, não apenas a salvação, a redenção, que, como falei na aula anterior, é o resgate da propriedade, mas a justificação, que é a capacidade de tornar o homem que não era justo em alguém justo por meio da obra de Cristo. Então, em primeiro lugar, nós precisamos remeter a um assunto que a gente já vem falando desde o início dessas aulas, onde a ênfase se tornou a obra da salvação, a doutrina da salvação, que é a condição do homem depois da queda.
Romanos, capítulo cinco, verso 12 diz que quando o primeiro homem pecou, não apenas o pecado, mas a consequência do pecado e a morte, inevitavelmente, essa declaração que fizemos do homem carecer da glória de Deus, estar destituído, separado dela, isso foi transmitido a todos os homens. Isso significa que cada um de nós já nasceu distante de Deus e injusto na condição de pecador, e, portanto, o homem não tem justiça própria. Isso é uma declaração que é enfatizada, ela é repetida na Palavra de Deus e eu quero citar um texto que particularmente me chamava muito a atenção, eu diria mais do que chamar a atenção, quando eu via essa expressão quando criança, eu confesso que ele chegava a me assustar.
Isaías, no capítulo 64, no verso seis, a Bíblia diz assim: "Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapos de imundícia. " Então eu quero pegar essa declaração aqui: "Todos nós somos como um imundo", ou seja, não tem gente pura e "as nossas justiças, todas elas são como trapo da imundície. " Primeira coisa o que quer que seja o significado dessa expressão, obviamente não é bom a "trapo de imundícia" mostra que nós não temos justiça nenhuma.
Mas uma das explicações que ouvi quando garoto é que no contexto daquela época, trapo de imundícia era as bandagens que eles usavam para tratar de feridas normalmente de que? Dos leprosos. E, obviamente, que quando se trocava aquele curativo do ferimento, aquilo saía não apenas com pus, mas com carne podre e, até por medidas higiênicas, não servia para absolutamente nada.
Não adiantava nem querer lavar e recuperar aquilo era perdido, aquilo tinha que ser queimado. E eu lembro de ouvir essa explicação e pensando: "Essas são as nossas justiças. " Então, obviamente, a Escritura apresenta uma visão e uma ideia de um homem que não tem a capacidade de oferecer por si mesmo, pelo seu comportamento, pelo seu esforço, pela sua dedicação justiça alguma.
Então, quando a gente olha para o próprio texto de Romanos 3, que eu citei agora pouco falando da obra da justificação, ela começa com um reconhecimento. No versículo 9, de Romanos 3, a Bíblia enfatiza que todos sejam judeus ou gentios, que muitas vezes são chamados de gregos por causa da cultura helenista, os gregos tinham influenciado o resto do mundo, então, quando a Bíblia fala "judeu e grego", você lê "o resto do mundo", os gentios, os não judeus. Então a gente lê em Romanos 3, eu vou ler do verso 9 até o 12, Paulo diz: "Que se conclui?
Temos nós alguma vantagem? Não, de forma nenhuma. " "Nós" ele está falando em nome dos judeus, "Pois já temos demonstrado que todos", ênfase qui no "todos", "tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado.
" Ou seja, ponto final. Todos estão debaixo do pecado. Então ele vai citar parte do Antigo Testamento, como está escrito: "Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus.
Todos se desviaram e juntamente se tornaram inúteis; não há quem faça o bem, não há nenhum sequer. Eu estou interrompendo a citação do texto apresentado aqui pelo apóstolo, ela vai longe. Nós temos aqui uma referência a algumas porções do Antigo Testamento, entre eles nós temos a citação aqui do Salmo 14, por exemplo, temos a citação do Salmo 53, mas a conclusão a que se chega, ela vem a partir do verso 19, mostrando não apenas que as pessoas já nascem desprovidas de qualquer justiça, mas que a única forma de experimentar justiça é por meio daquele único que justifica que é Cristo Jesus.
Então, em Romanos, no capítulo três, a partir do verso 19, eu quero ler até o verso 27, nós temos um texto que é auto explicável. O texto diz assim: "Ora, sabemos que tudo o que a lei diz é dito aos que vivem sob a lei, para que toda a boca se cale e todo o mundo seja culpável diante Deus. " Então ele está falando da lei.
Citou o texto dizendo que não tem ninguém justo diante de Deus e ele está dizendo: "para que toda a boca se cale, que ninguém tenha desculpa, todo mundo seja culpado diante de Deus. " Verso 20: "Porque ninguém será justificado diante de Deus por obras da lei, pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. " Então, mesmo a tentativa do homem de obedecer um mandamento divino não o tornava justo.
O propósito da lei era nos guiar como um aio até Cristo, como diz Paulo aos Gálatas, não apenas sinalizando profeticamente que o Cristo viria, o que ele faria por nós, mas também ao demonstrar ao homem a sua miséria e a sua necessidade de um redentor. Então, no verso 21, Paulo começa a falar sobre a fé: "Mas, agora sem lei, a justiça de Deus se manifestou, sendo testemunhada pela Lei e os Profetas", porque toda ela apontava para Cristo. "É a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem", Deus seja louvado por essa oferta não limitada.
". . .
para todos e sobre todos os que creem. Porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação, no seu sangue, mediante a fé. Deus fez isso para manifestar a sua justiça, por ter Ele na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.
Então, durante muito tempo, Deus, na sua misericórdia, não julgou o homem pelo pecado cometido. Mas o Deus justo, no momento certo, precisaria julgar. Verso 26: "tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente", aquilo que ele operou em Cristo, "a fim de que o próprio Deus seja justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
" Então há algo que eu e você precisamos entender quando falamos da substituição. Por que a Palavra de Deus apresenta a obra de Cristo para nos justificar como sendo uma substituição? Porque Deus não podia deixar os nossos pecados impunes.
Alguém tinha que ser julgado. Para que nós pudéssemos ser inocentados, nós, os culpados, um inocente teria que ser condenado. Então nós precisamos entender que nessa troca Deus está trabalhando de maneira a satisfazer todos os requisitos da sua justiça.
Porque para ser o nosso justificador, ele não pode ser injusto com as iniquidades que cometemos e requeria um castigo. Então Paulo conclui perguntando no verso 27: "Onde fica, então, o orgulho? Foi totalmente excluído.
Por meio de que lei? A lei das obras? Não!
Pelo contrário, por meio da lei da fé. " Basicamente, a conclusão virá no verso seguinte o 28, que eu vou acrescentar. "Concluímos, pois, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.
" Então Paulo está trabalhando com os judeus, dizendo: "Olha, toda a tentativa de vocês de obedecer uma lei proposta ela revela um código moral, aquilo que Deus espera, o que Ele deseja, mas não é o esforço de vocês tentando ser melhor que fará de vocês justos. " A justificação é uma experiência que vem por meio de Cristo. Então precisamos partir do início: a condição do homem após a queda.
Todos eram injustos, e isso pode ser revertido por meio da obra de Cristo. Agora, essa obra, a justificação, ela independe do nosso histórico. Até porque todos já éramos injustos então a nossa história ela vai justamente na direção contrária do que Jesus veio fazer.
Olha que Paulo diz, em primeiro aos Coríntios, no capítulo 6, do verso 9 ao 11: "Ou vocês não sabem que os injustos não herdarão o Reino de Deus? " Ou seja, todos nós, então já nascemos sentenciados a não herdar o Reino de Deus, excluídos dele. Mas ele diz: "Não se enganem: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem afeminados, nem homossexuais, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus.
" Mas ele diz: "Alguns de vocês eram assim", porque Deus não está falando das pessoas. Deus está falando das suas práticas e da condenação que cada uma dessas práticas requer. Mas ele diz: "Alguns de vocês eram assim", se não uma coisa ou outra, alguns a façanha de quase todas as características da lista.
Ele diz: "Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. " Então, independente do nosso histórico, a justificação é baseada na obra de Cristo. Então reconhecemos a condição do homem depois da queda, ninguém justo, ninguém poderia reverter essa situação por si mesmo.
Todos dependíamos daquilo que Cristo viria fazer por nós. A humanidade precisava de alguém que a justificasse e a solução, sabemos, obviamente, esse texto já apresenta, sinaliza isso com clareza, ela vem da pessoa e da obra de Cristo. Então, se em primeiro lugar eu destaquei a condição do homem após a queda, em segundo lugar, eu quero destacar aqui o que Cristo fez.
Em primeiro aos coríntios, no capítulo um, nos versos 30 e 31, o apóstolo Paulo nos apresenta o mesmo conceito e a mesma ideia que foi apresentada em Romanos, que ninguém tem direito de se orgulhar de absolutamente nada. Aliás, dos versos 26 até o verso 28, Paulo está falando: "Olha, vocês deram uma olhada aí na irmandade, na crentaiada", ele diz, "se considerar a vocação de vocês, vocês vão perceber que não são muito sábios segundo a carne, nem muito poderosos, nem muitos de nobre nascimento", ele diz: "pelo contrário", a ideia que ele vai explorar é Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios. Escolheu as fracas para envergonhar as fortes, as humildes, as desprezadas, as que não são para envergonhar ou reduzir a nada as que são.
E no verso 29 ele diz: "A fim de que ninguém se glorie na presença de Deus. " Ele diz: "No final das contas ninguém vai poder chegar diante Deus no juízo e dizer: "Eu sou cara, eu posso, eu consigo. " Então, no verso 30 e 31, Paulo diz assim: "Mas vocês são dele, em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus", ou seja, a provisão oferecida na salvação, "sabedoria, justiça, santificação e redenção.
" Entre todos esses aspectos, a Bíblia destaca aqui justiça, verso 31: "para que, como está escrito, aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. " Então Jesus foi feito justiça por nós. Ele não apenas é o nosso justificador, Ele é aquele que nos fornece justiça.
Como? Por meio de uma troca. Na segunda a carta de Paulo aos Coríntios, no capítulo cinco e no verso 21, o apóstolo Paulo faz uma das afirmações clássicas sobre a justificação.
Falando sobre Jesus, a Escritura diz: "Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus. " Isaías 53, a profecia messiânica, diz que Deus fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. A pergunta é: Por que Deus fez com que os nossos pecados e a nossa iniquidade caíssem sobre Jesus?
Qual a razão disso? Anteriormente, nós falamos que Deus não apenas é o justificador, mas Ele é justo. Nossas ofensas cometidas contra Deus precisavam de juízo, precisavam de condenação.
Se nós pagássemos por elas, estaríamos eternamente sentenciados a uma condição irreversível de condenação eterna. Então Deus decide julgar em Cristo Jesus a nossa culpa e Ele decide transferir, assim como Ele transferiu nossa culpa para Jesus, Ele decide transferir a justiça de Cristo sobre nós. Então, algo que nós precisamos entender é que essa justiça nos é imputada.
Ela procede de Cristo, ela emana de Cristo. Nós nele, em Cristo Jesus, fomos feitos a justiça de Deus. Então, o que Jesus vai fazer na cruz sofrer a nossa condenação, ser julgado em nosso lugar é parte do propósito para que a troca ela possa acontecer.
Então, a justificação, ela é o ato pelo qual o estado de pecado e culpa do homem é removido, tornando-o justo perante Deus. Isso significa o quê? Nós não estamos falando apenas do perdão de um pecado cometido.
O perdão do pecado pode ser só a remoção daquilo que seria a consequência de um homem que é culpado. Mas o que Deus fez foi nos declarar justos, ou seja, completamente inocentes, como se a gente nunca tivesse feito absolutamente nada contra ele. Então, preste atenção: justificação é maior do que perdão e é maior do que o conceito pobre de perdão que nós já temos.
Porque, embora já seja maior do que só o perdão, o nosso próprio conceito de perdão é limitado. Eu costumo brincar que tem muito crente que imagina a cena do perdão como se Deus, dos céus, estivesse olhando para a gente aqui na terra, resmungando consigo mesmo: "Eu vou fazer de conta que eu não me lembro do que vocês fizeram no verão passado. " Eu e você precisamos entender que a obra de Deus não é essa.
Quando a Bíblia diz que Ele nos justificou, Ele nos tornou justos. Quem é o justo? Justo é alguém que não errou.
Mas a maioria de nós pensa: "Não, eu sou justo a partir de agora, a partir do momento que eu nasci de novo. Eu fui justificado para daqui em diante. " A minha pergunta é: Só isso mesmo?
Você tem certeza que a Bíblia limita a justificação para a partir do momento que você se converteu em diante e nada em relação ao seu passado? Pois eu quero lhe garantir que a sua justificação é retroativa, ou seja, ela não apenas é daqui para frente, mas ela também inclui o seu passado. Me deixe ilustrar isso de outra forma.
Imagine que toda a sua vida foi filmada e que você pudesse ter acesso a esse filmagens. Não só o filme, o seriado da sua vida. Se você fosse assistir esse streaming, esse banco de dados de gravações e fosse visitar os episódios da sua vida dos quais você mais se envergonha.
Sabe qual seria a surpresa se você fosse usar o banco de dados lá do céu na hora de assistir esses vídeos? Você ia ficar surpreso, porque você ia dizer assim: "O ator principal ainda sou eu. O cenário permanece o mesmo porque as coisas aconteceram nos mesmos lugares, mas a sua surpresa seria: alguém mudou o roteiro, o script desse filme.
" Alguém editou esse filme porque se você voltasse a assistir esse filme você não enxergaria absolutamente nada de errado. Nenhuma culpa. Algo que eu e você precisamos compreender é o que Deus fez quando ele jogou a nossa culpa em Cristo e transferiu a justiça de Deus para mim e para você.
Quando a Bíblia diz "nele", está falando de uma posição que nós temos em Cristo Jesus. O que é que significa isso? Nós precisamos entender, compreender nas Escrituras algo chamado "identificação".
Em Colossenses três, de 1 a 3, a Bíblia diz assim: "Portanto, se vocês foram ressuscitados juntamente com Cristo, busquem as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra. Porque vocês morreram, e a vida de vocês está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
" O que significa a expressão "está oculta"? A NVI traduziu assim: A sua vida está escondida com Cristo, em Deus. " O que significa essa declaração?
Vamos ilustrar isso da seguinte forma: eu coloco aqui diante de vocês a minha mão direita, e eu pego a minha mão esquerda e escondo atrás da mão direita. O que significa isso? Quando você está olhando, você não pode ver a mão esquerda, porque ela está escondida atrás da direita.
Ainda que você tenha informação, ainda que eu te conte, eu escondi. A Bíblia diz: "Nossa vida está escondida com Cristo, em Deus. " O que significa isso?
Quando Deus nos olha, Ele não vê os injustos que somos nós que nascemos, cuja justiça é como trapos de imundícia. Quando Ele nos olha, Ele vê Cristo, e nós estamos escondidos em Cristo, naquilo que Ele fez. Então Deus não enxerga nossa injustiça.
Ele enxerga a justiça de Cristo que nos foi imputada. Em Números, no capítulo 23, nós temos uma declaração que é parte da profecia de Balaão, que ela me choca desde que eu era garoto. Números 23.
21, a Bíblia diz assim: "Não viu iniquidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel". Eu lembro de parar para pensar nesse texto. "Não viu iniquidade em Jacó"?
Eu dizia: "Meu Deus, se tem um povo que pecou, que era profissional na quantidade, na intensidade de pecado, era a nação de Israel. Como é que o Senhor não viu iniquidade em Jacó? " Eu falei: "Isso não é nem problema de vista, isso tem que ser cegueira!
Como o Senhor não viu? " Essa declaração não está falando de Deus, limitado a enxergar, não está falando de um problema na onisciência de Deus, a capacidade de conhecer todas as coisas, está falando de algo profético. Um dia se levantaria alguém que se posicionaria sofrendo toda a culpa de toda injustiça que nós cometemos e nos transferindo, isso poderia ser recebido por meio da fé, e uma das características da fé é que ela se identifica transferindo a sua justiça.
E por que nós estaríamos escondidos nele Deus não vê a iniquidade. O que precisa remeter a mim e a você 'é um entendimento do que é a obra de Cristo, do que é a obra da justificação. Ela é o oposto da condenação.
Eu olho para alguns crentes e eles parece que vivem tentando acreditar se realmente foram perdoados, se foram perdoados de tudo, se o perdão é para valer e muitas pessoas realmente elas não entram nesse lugar de compreensão e de percepção daquilo que Deus tem para elas. Nós precisamos entender que a justificação é o oposto da condenação. Em Romanos, no capítulo 8, nós temos uma declaração a respeito da obra da justificação e que ela não combina com a ideia de condenação ou culpa.
Romanos capítulo 8. 1 diz: "Agora, pois, já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus. " A Bíblia não está dizendo que existem poucas.
A bíblia não está dizendo que a lista diminuiu consideravelmente. A Bíblia diz: "Já não tem, não resta, não existe nenhuma condenação. " Nos versículos 33 e 34 de Romanos 8, nós temos novamente a mesma declaração de Paulo, que dessa vez vem na forma de perguntas.
Romanos 8. 33 e 34, ele questiona: "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. " A Bíblia diz: "Quem intentará acusação?
" Deus o justificou. Não significa que não vão tentar, de fato, nos acusar, que as pessoas não possam falar contra, e que mesmo o diabo, que na Escritura é chamado de "o acusador dos nossos irmãos", que vive para nos acusar, que não tente de fazer isso, mas a Bíblia está nos mostrando o quê? Essas acusações não se sustentam diante do trono de Deus.
Me lembro quando garoto, ouvindo um pregador dizendo do trabalho inútil do diabo de ficar tentando nos condenar diante de Deus quando temos um advogado, alguém que intercede por nós. E ele simulava, de uma maneira dramática, um teatrinho falando do diabo: "Olha, no dia tal, fulano de tal fez isso, isso e isso. " E Deus dizia: "Vamos conferir nos registros.
" Ele dizia: "Olha, infelizmente não tenho nada registrado de acordo com a sua queixa, porque no registro dessa pessoa nesse diário, nesse dia só tem o sangue do meu Filho. " Apesar daquela tentativa de dramatizar não ser necessariamente algo que, literalmente falando, a gente diria: é bíblico, era uma tentativa de nos chamar para um lugar de percepção de que a justificação é o oposto da condenação. Então, eu e você precisamos acreditar que o nosso histórico foi apagado, foi deletado.
Deus não nos trata apenas como pecadores ligeiramente melhorados de quem Ele não tem toda a lembrança, mas uma certa suspeita. Não há mais culpa ou condenação. Ponto final.
Em primeiro Tessalonicenses, no capítulo três e no versículo 13, a Bíblia diz: "a fim de que o coração de vocês seja fortalecido em santidade, isento de culpa na presença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os santos. " Muitos de nós temos histórias das quais, ao nos lembrar, nos envergonhamos. A vergonha é boa e positiva no sentido de que não queremos voltar para essas práticas, de que podemos ter a tristeza de ter ferido o coração de Deus e dos homens, mas nunca de permitir que o coração continue com culpa.
Ele tem que estar isento de culpa. Pelo sangue de Jesus, eu e você podemos entrar com ousadia na presença de Deus, dizendo: "Eu não sou aquele injusto, eu não sou a pessoa daquele histórico. Eu recomecei, eu nasci de novo, eu sou uma nova criatura e ponto final.
" Essa compreensão ela é poderosa. "Pastor Luciano, como se recebe a justificação? " Vários dos textos que nós lemos, já falaram isso e eu quero ler outros que sustentam a mesma verdade que é repetida e apresentada de forma recorrente.
Atos, capítulo três, versos 38 e 39 diz assim: "Portanto, meus irmãos, saibam que é por meio de Jesus que a remissão dos pecados é anunciada a vocês; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vocês não puderam ser justificados pela lei de Moisés. " Então, a remissão dos pecados, anunciada por meio de Jesus, por meio dele, todo o que crê é justificado. Ponto final.
O caminho é muito simples. A gente já leu isso em Romanos, no capítulo três dos versos 21 a 28, falando sobre a justificação que procede da fé. Em Romanos, no capítulo quatro, o apóstolo Paulo, aliás, o livro de Romanos é o maior tratado de justificação de fé e graça da Escritura, em Romanos no capítulo quatro, o apóstolo vai tratar disso novamente falando a respeito de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi atribuído para justiça.
Ou seja, a justificação veio da fé. Ele vai dar um exemplo nos versos 4 e 5 assim: "Ora, para quem trabalha, o salário não é considerado como favor", que é um dos significados de graça, "mas como dívida. Mas para quem não trabalha, porém, crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.
" Então nós vamos encontrando declarações dessa justificação que se manifesta por meio da fé. Romanos, capítulo cinco, verso um, depois de todo o discurso de Paulo no capítulo quatro sobre essa justificação pela fé, ele diz de novo: "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo". E a Bíblia nos mostra que se é pela fé, não é pelas obras.
Em Efésios, no capítulo dois, a Bíblia nos mostra que a salvação, e a justificação é um dos aspectos da salvação, a Bíblia nos mostra que a mesma se dá exatamente nesse formato. Efésios 2. 8 e 9 diz: "Porque pela graça vocês são salvos mediante a fé; e isso não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.
" Então já falamos antes de que Deus não permitiria ninguém se gloriar então não é mérito, não é esforço, não é aquilo que fazemos é um dom de Deus. Portanto, uma expressão, uma manifestação da Sua graça. Textos como Romanos 3.
24, que diz: "sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus", apontam nessa mesma direção. Em Romanos, no capítulo cinco e no verso 17, o apóstolo Paulo também vai fazer declarações a respeito do que Jesus veio fazer e ele diz: "Se a morte reinou pela ofensa e por meio de um só", uma referência a Adão, "muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por um só, a saber, Jesus Cristo. " A justiça ou, a justificação é um dom, é uma dádiva, ela nos é imputada em Cristo Jesus.
Como? Pela fé. Agora, nós precisamos entender que crer em Jesus não é apenas crer que Ele existe.
Essa fé que salva é uma fé que entende o que Ele fez, a substituição, a gente falou muito de troca nesse aspecto da salvação, e entender a substituição é a base de tudo. O reconhecimento da substituição nos leva aonde? A um lugar de apropriação.
O apóstolo Paulo diz a Timóteo: "Toma posse da vida eterna. " E o reconhecimento da substituição que nos leva a uma apropriação. Em termos práticos, eu gosto chamá-la de "identificação".
Por isso que a Bíblia diz: "Se alguém está em Cristo", "nele", "com ele", o tempo todo, é a nossa posição. Se ele é meu substituto então, ao olhar para ele legalmente, eu me vejo. Por isso que Paulo diz: "Estou crucificado com Cristo".
Por isso que quando a Bíblia diz que ele morreu, diz: "nós morremos com ele". Mas quando Ele ressuscitou, ressuscitamos com Ele. Quando a Bíblia diz que Ele se assentou nos lugares celestiais, assentamos com Ele porque estamos nele.
Como? Por meio da identificação. Se Ele é o nosso substituto, assumiu o nosso lugar, Ele morreu a nossa morte, ao ressuscitar e ser glorificado isso é a nossa posição, nosso direito.
Quando a fé se apropria disso e passa então a confessar publicamente, ela nos leva a viver esse pleno resultado. Parte da confissão envolve uma das aulas que já demos anteriormente falando a respeito do batismo, que é parte da confissão pública. Que eu e você possamos entender a justiça.
Entender de tal maneira que não haja culpa, não haja condenação e que a gente possa de fato permanecer nesse lugar, andando em Deus e usufruindo de todos os recursos que Ele nos disponibiliza para que a gente não macule a justiça que nos foi imputada. Deus seja louvado por tão grande salvação.
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