Introdução aos estudos literários 06: A Poética de Aristóteles

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Rafael Silva
A presente exposição baseia-se nas propostas defendidas por mim no artigo intitulado "A arkhé da poe...
Video Transcript:
o olá pessoal meu nome é rafael silva eu sou doutoranda do programa de pós-graduação em letras pela universidade federal de minas gerais e dou continuidade aqui o nosso curso de introdução aos estudos literários sendo que o nosso assunto de hoje é a poética de aristóteles é mas antes passar para exposição de hoje eu gostaria de retomar algumas questões trabalhadas no nosso último encontro o nosso último encontro tivemos dois vídeos eu peço desculpas por isso porque ele acabou se estendendo para além do esperado não é acabaram sendo dois vídeos de uma hora isso obviamente é muito
mais do que o prometido vim que giraria em torno 50 minutos peço desculpas por isso se deveu em larga medida a quantidade de informações a exposição do acompanham e eu não consegui ser mais sintético para tentar abarcar aquelas várias informações de forma inteligível em todo caso do final do segundo vídeo do 5º encontro eu falava do que seria a meu ver um dos mais interessantes exercícios a serem desenvolvidos por vocês ao longo deste curso em que consiste esse exercício voltar aqueles comentários que vocês fizeram ao poema que agora eu posso dizer um poema de sapo
uma poeta grega do período arcaico compôs ele o que a gente chama de uma canção é um poema é um poema cantado que poderíamos identificar como poesia lírica haveria muito obviamente a falar sobre isso mas que eu peço é vocês voltarem até esse vídeo ler em alguns dos comentários dos colegas e assim que você se depararem com um que chame atenção façam uma análise a partir do que foi exposto nas duas últimas aulas em termos de teorias da leitura teorias da interpretação literária com base no livro do antônio compagnon o demônio da teoria e faça
uma análise do que o colega o a colega escolhida lhe propôs em sua leitura identifiquem se trata de uma leitura formalista ou se trata de uma leitura biográfica ou se trata de uma leitura que leva em conta elementos de uma estética da recepção que se e você vai encontra então acho que forma o poema foi lido ao longo da história enfim analisem a análise proposta pelo colega ou pela colega de vocês obviamente o peço cuidado não é o peço respeito sobretudo a análise dos colegas é muitas foram extremamente digamos certezas algumas a meu ver já
foram um pouco mais livres não se ativeram muito ao texto e informações é para textuais mas todas as pessoas demonstraram interesse em lei e em escrever a sua própria interpretação o que eu peço a vocês então e voltar até esses comentários a fim de analisar em e mostrar em aquilo que tem de interessante no comentário aquilo que as escolhas críticas feitas pelo comentador ou pela cor e acabaram deixando de lado então o que uma análise formalista deixa de levar em conta em termos de informações sobre o contexto histórico sobre a biografia e assim por diante
para ajudar quem não conhece salve quiser então lidar com elementos relativos a biografia e contexto histórico eu vou colocar aqui em cima o link de uma exposição que eu propus sobre a vida ea obra de sapo lá vocês vão ter que use uma análise do poema fragmento 31 de sal bem como digamos elementos que giram em torno desse fragmento 31 como a célebre rei escritura desse poema por catulo um poeta romano não é o seu famoso fragmentos 51 e então é possível fazer esse exercício de várias formas antes de dar um pouco sobre a poesia
de safo eles vão voltar ao comentário dos colegas vão encontrar algo com que se identifique vão criticar não é sempre com cuidado sempre com muita atenção aquilo que foi proposto a com respeito aos colegas mas o que eu quero propor aqui que eles comentaram se tornem tão fórum de debates a partir dos quais a partir do qual vocês vão então colocar em diálogo certas ideias expostas nas duas últimas aulas então vocês vão botar para funcionar que é uma análise formalista vamos colocar esse choque análisis sociológico com que uma análise voltada para recepção da obra e
assim por diante tenta enriquecer as críticas as leituras feitas pelos colegas trazendo dimensões não levados em conta pelo comentário dele ou dela tá eu vou colocar aqui o dudu no sul da nossa do vídeo primeiro vídeo da nossa quarta aula que é onde os comentários haviam sido feitos originalmente e lá vocês vão escolher um comentário que chame atenção e vocês vão escrever uma resposta a esse comentário tá e a partir daí lindo o que outros colegas comentarem sobre as respostas de vocês é possível iniciar uma discussão e um debate de ideias inclusive me furtei a
comentar diretamente o que você escreviam a para dar digamos alguma liberdade para que quando vocês fossem se voltar para esses comentários você chegasse ele com digamos sem muitas indicações minhas agora eu vou me voltar para isso aqui nos comentários que vocês fizerem e vou destacando que eu acho interessante que eu acho que daria para ser repensado e assim por diante tá bem a 6 minutos já se foram vamos tentar nos até os 50 minutos aqui agora com exposição sobre aristóteles e a sua poética um aspecto absolutamente fundamental que temos que ter em mente sempre que
lermos obras dos teóricos sim e aqui já foi sugerido amplamente o interesse da obra de aristoteles para estudante letras tal como ficou claro a parte do livro do compagnon a gente pode encontrar na poética de aristóteles por assim dizer todas as propostas me jeremy daquilo que viram as diferentes correntes críticas da literatura ou teoria literária não é porque a gente pode encontrar dados de formalismo a gente pode encontrar dados de uma estética da recepção mude uma estética do efeito a gente pode encontrar ali os passos que levam em conta em abordagem autoral no trampo mas
enfim daria para pensar em várias vários marcos propósitos na poética que é um texto extremamente complexo tá embora muito curto e aqui eu já deixou claro desde logo o que vai ser pedido como leitura da exposição de hoje é pura e simplesmente a poética eu vou indicar alguns textos de apoio podem ser ingeridos podem ser buscado posteriormente mas o que eu gostaria é que todas as pessoas que assistirem a esse vídeo tivessem lido a poética pelo menos uma vez inteira do início até o fim não é um texto longo em um texto que a gente
leia com cerca de uma hora e meia duas horas por volta a gente consegue dar conta de uma leitura corrente inteira da poética mas é um texto riquíssimo muito complicado em termos da um dos conceitos da produtividade de cada um desses conceitos então essa é uma primeira leitura mas que vai exigir nele estavelmente retornos releituras é tratamentos extra procurar informações no em outros vídeos com outro professores em aulas enfim a poética já está sendo debatido há séculos e vai continuar sendo debatidas por ainda muito tempo em todo caso que a gente precisa ter em mente
é o contexto histórico a partir do qual aristóteles propus esse essa sua obra né na atenas clássica tal como já sugeri anteriormente nesse período a gente testemunha o que a constituição de uma nova ordem dos discursos em que o discurso por assim dizer inspirado do poeta que entre em contato diretamente com a divindade com as musas com apolo com quem quer que lins a palavra por síntese divina e por isso mesmo dotada de verdade dotada de um caráter demostração do que foi do que é e sempre será a gente vê o advento gradual de uma
forma de organização social que é a pólis da constituição de uma esfera política propriamente dita com debate mas antes com o conhecimento público das leis com conhecimento dos processos com a instituição de juízes públicos responsáveis por cargos dentro de uma organização que a apólice ou seja a cidade-estado nosso caso mais que mais interessa apenas obviamente com as restrições para os quais é sempre bom estar atento que é aqueles considerados cidadãos eram os homens livres olá seja excluídos os escravos excluídas as mulheres excluídos os jovens excluídos os estrangeiros excluídos os filhos de pai não ateniense e
fim tem uma série de requisitos de exclusão mas em todo caso a instituição da pólis e posteriormente o advento da democracia enquanto forma de organização política são absolutamente inovadores termos de história do pensamento no que a gente testemunha apenas nesse período e um reflexo a meu ver muito importante disso é o surgimento de novos gêneros poéticos de novos gêneros discursivos que de alguma forma respondi a essa nova modalidade de debate público de defesa de ideias de confronto de ideias dentro de uma arena de debate é uma tragédia mostra muito isso a comédia mostra muito isso
a gente tem a retórica que é basicamente a técnica para conseguir ter sucesso no ambiente como esse como defender a sua ideia de forma convincente perante o público mesmo que a sua ideia a princípio não seria tão boa como adotar determinadas estratégias para conseguir convencer as pessoas aquilo que são seus ideais e obviamente ainda a própria filosofia na digamos corrente instituída a partir da atuação filosófica de sócrates não é sondado relativamente conhecido sócrates teria atuado frequentemente por meio da ironia né então aquela ideia de que só sei que nada sei' então e o questionamento frequente
daquelas pessoas que se julgavam sabe e em determinados assuntos o a inspeção racional né com diabo pelo logos pela razão levava inevitavelmente essas pessoas cujo conhecimento parecia certo e certeiro embora fosse tudo menos isso a entrar em contradição e uma vez contraditas por assim dizer as suas crenças eram então refutadas acontecia o que a gente aumento do elencos é a refutação dessas crianças que conduzia algumas vezes apore então não chegava a definição do que era virtude não chegava definição do que era piedade do que era a coragem e assim por diante algumas vezes a proposição
de novas ideias para definição do que a verdade pela definição do que é um justo definição do que a virtude e assim por diante é mas chego lá os principais fontes sobre a atuação de sócrates que a gente pode dizer era platão xenofonte e algumas outras obras de sócrates não deixou nada por escrito a sua atuação foi sobretudo uma atividade filosófica em um diálogo em debate diretamente com as pessoas nápoles nas ruas na ágora na enfim nos espaços públicos as casas e platão tão como discípulo de sócrates teria vivenciado essa experiência e de alguma forma
sintetizado é produzido o que veio a se constituir como um gênio a gente nem tem certeza absoluta sobre corresponde precedência xenofonte escreveu também diálogos socráticos em todo caso essa forma chamado então diálogo socrático veio a se consolidar como uma forma de expressão na atenas e superior a gente tem os diálogos de platão os diálogos de xenofonte em que frequentemente sócrates é por assim dizer o protagonista e em torno dele giram outras personagens com as quais ele dialoga a fim de tentar chegar a determinadas definições a fim de condicionar determinadas ideias e assim por diante e
é nesse sentido que do logos se faz um diálogos não é do logos enquanto pensamento sujo um diálogo que é ele próprio meio para um logos é inconstante e em constante transformação tá é mas já com essa nuance que é platão coloca por escrito esse logos em de vir no diálogo socar aristóteles chega já algumas décadas depois do início da atuação de platão platão ainda com muita dificuldade para se inserir no debate público em atenas justamente porque já vi uma série de discursos uma série de gêneros que desfrutavam de algum prestígio público dentre eles o
cara que a retórica aquilo que fazer um sofistas mas não tá sofistica a própria historiografia de um heródoto junto se diz os trabalhos os tratados médicos não é atribuidos a hipócrates e assim por diante e no meio dessa digamos pletora de discursos pletora de ideias o batom civil chegamos na necessidade de encontrar um lugar para que o que queria propor como forma mais efetiva de busca pela verdade de busca pelo conhecimento seguro por aquilo que a gente chama de apps temem não é e enchem os seus diálogos são o mais claro testemunho do grande esforço
que ele fez para alcançar esse reconhecimento público para conseguir inclusive moldar formar uma modalidade discursiva capaz de ser persuasivo bastante para as pessoas de sua época mas ao mesmo tempo consegui responder às demandas por verdade as demandas por conhecimento seguro que ele próprio fazia né para quem tiver bom então essa constituição do diálogo socrático como forma discursiva eu vou deixar o link de uma exposição que eu propus recentemente sobre a filosofia e poética cujo tema principal é esse que acabo de sintetizar que rapidamente eu sugiro que quem tiver interesse em aprofundar um pouco vá lá
porque expulsão de hoje é sobre aristóteles por que aristóteles quando ele começa a sua atividade ainda como discípulo de platão ele escreve diálogo ele ainda é tributário dessa tradição de pensamento dialógico não é é uma pena que nenhuma dessas obras chega inteiramente para nós nós temos fragmentos dos diálogos respeito por eles próprios e contudo pouco a pouco o próprio platão no final da do que a gente considera como considerar os seus diálogos de maturidade não é que seria a princípio não é apontado pelos por alguns estudiosos que fazem uma divisão cronológica das obras de platão
com as obras mais tarde as escritas por ele porque foi uma série de traços estilísticos mas que sobretudo por não ter sócrates como protagonista principal muitas vezes por não ter um diálogo muito ativo por se converter pouco a pouco cada vez mais um monólogo em que uma figura principal exponho ideias e eu tô pensando aqui nas leis por exemplo mas a gente poderia pensar no sofista a gente poderia pensar em outros diálogos em que essa voz mas a lógica ganha ênfase né em todo caso o próprio platão parece se dirigir para essa forma de expressão
e aristóteles no que nos chega com sua obra já se manifesta sobretudo por aqui o que a gente pode entender como tratado filosófico é quem lê a a metafísica por exemplo de aristóteles ea compara a república de platão que é uma das grandes obras de metafísica escritas por esse filósofo é vai identificar imediatamente que são duas formas de expressão completamente diversos para platão se vale de mimese é de representação são personagens em diálogo tem uma cena tem uma série de afetos de alguma forma afetam a o rumo do diálogo rumo do debate a gente assistir
a uma cena tá é extremamente cinematográfico nesse sentido aí só que eles não aristóteles é tem um trabalho que a gente poderia dizer hoje com todo o problema do anacronismo desse conceito científico no sentido de coletar informações o máximo possível tentar extrair dele regras gerais e apresentar já essas regras gerais em seus tratados logo na sequência demonstrando de que modo essas regras se aplicavam tá esse é um modo de trabalho modo de exposição muito próprio eles tóteles mas que segundo que eu defendo só se tornou possível a partir do trabalho de platão foi por que
platão brigou lutou ativamente com seus contemporâneos para firmar o conceito de filosofia proposição conceito de retórica por oposição ao conceito de poesia por oposição ao conceito de história digamos e o ke siva lindo de recursos poéticos se valendo de recursos retóricos se valendo dos mais diversos recursos dispositivos de outros gêneros ele conseguiu consolidar aquilo que aristóteles herda como o campo da filosofia a determinação do que a verdade a determinação do que o conhecimento seguro e a partir desse campo aristóteles já se dá a liberdade de tratar praticamente de todo e qualquer fenômeno da realidade humana
não é da realidade compreendida por olhos humanos então a gente vai ter trabalho de aristóteles sobre a retórica sobre a poesia sobre os animais tá sobre apólices política e assim por diante tá em aristóteles é uma mente enciclopédica ele rastreia tudo o que é passível de ser conhecido pelos seres humanos e a partir desse campo instituído por platão e herdado por ele ele se coloca a pensar não é quem se der ao trabalho de lei algumas das obras de aristóteles vai ficar embasbacado como uma única mente conseguiu trabalho em tantas frentes diferentes é impressionante aqui
hoje nós vamos compreender essa forma de trabalho de aristóteles a partir da sua obra chamada poética é feita essa contextualização básica e eu trago aqui uma citação do réu mas lá do seu a sua introdução à filosofia do direito não é salvo engano fundamentos da filosofia do direito é quando ele diz não determinado momento da introdução essa obra que sobre o ensinar como o mundo deve ser para falar ainda uma palavra a filosofia inevitavelmente sempre chega tarde demais enquanto o pensamento do mundo ela somente aparece no tempo depois que a efetividade completou seu processo de
formação e se concluiu aquilo que o conceito ensina mostra a história necessariamente do mesmo modo que somente na maturidade da efetividade aparece o ideal frente ao real e edifica para se esse mesmo mundo apreendido em sua substância na figura de um reino intelectual qual o pintassilgo cinza sobre cinza então uma forma da vida se tornou o velho e com cinza sobre cinza ela não se deixa rejuvenescer mas apenas conheci a coruja de minerva somente começa seu voo com a interrupção do crepúsculo essa é uma citação famosa do rio não essa imagem da coruja de minerva
que apenas no crepúsculo levanta-se o voo e eu a retorno aqui com o interesse de dizer a poética de aristóteles assim como a poética de boa alô assim como praticamente toda e qualquer arte poética é um esforço teórico desenvolvido por aristóteles por valores que modo geral por mentes filosóficas que se volta para o fenômeno poético e tenta compreendê-lo a posteriori aristóteles escreve sua poética e tem as datas ao certo mas por volta de 350 por volta de 340 os tragediógrafos cujas obras são lidas e levadas em conta por aristóteles tinham composto cerca de um século
antes o que é ciclo entre 490 500 mais ou menos a 460 sófocles de cerca de 480 410 eurípides de 120 460 410 não é o final do século 5º tá os dois morrem 406 então o que eu quero dizer com isso é as obras poéticas grandes obras da tragédia ática já haviam sido escritas já haviam sido ensinadas uma maturidade da reflexão poética já tinha sido alcançada quando aristóteles vem então pintar seus cinza sobre o cinza bem alçar o voo a coruja de minerva refletindo sobre o que foi esse fenômeno poético tá o dito isso
a gente entra aqui no que é uma citação a meu ver muito instigante de um estudioso que aristóteles que num texto vai propor uma interpretação da poética dizendo que a forma de exposição de aristóteles tal como já sugeri anteriormente e é na poética a mesma através da qual aristóteles aborda os mais diversos fenômenos da realidade os mais diversos fenômenos do mundo ele nos diz a poética desenvolve-se segundo modo analítico de tratamento do phenom fenômeno poético oferecendo primeiro uma definição o que é chamado em grego derrotistas aí do mesmo radical de horizontino então uma definição conhecimento
né dos limites dos rins em segundo lugar uma explicação de sua causa né o que a gente já em greve de ro de longe a ti steam e uma um terceiro lugar uma demonstração conclusivo de sua essência é um ver definição explicação da causa da então por que o que foi definido anteriormente acontece e logo na sequência uma demonstração da a ciência o que a gente chama então um grego testut e sim apodeixis seus internas mas o que é então que define o determinado fenômeno estudado ali por aristóteles e ainda há sugerindo de que forma
aristóteles tem não é por trás dessas obras que chegam para nós um modo de tratamento da variedade dos fenômenos que de alguma forma busca extrair dessa variedade uma série de verdades comuns uma série de elementos comuns para tentar extrair dele as suas digamos conclusões gerais esse estudioso chamado deep ele vai dizer ainda que assim como a história dos animais de marca várias diferenças entre os animais da mesma forma poética de 1 a 3 de marcas e o assunto mais amplo área de imitações ele chama em grego de mísseis vejam aí o plural de mim esses
poderia dizer a área de imitações o área de representar os sonhos o conceito de mimesis ela é muito complexa não é eu a princípio preferiria simplesmente uma termina esses ou acompanham usa o ter o termo foi adotado em língua portuguesa pelo luiz costa lima e fim muito tratado por ele é nós podemos usar noção de mim nesses levando contas peculiaridades do conceito em grego antigo aqui também tá acho que é mais fácil do que define se a imitação se a representação e ele demarca esse assunto + amp uma poética em tipos de meios de imitação
cores formas sons movimentos etc objetos imitados coisas ações caracteres e modos de imitação narração narração gramática ou atuação tal como um tipo de animal pode ser demarcada a partir de uma seleção dos traços de cada categoria de traços é uma forma as espécies poéticos também podem ser demarcados por possuírem uma única distribuição de objetos meios e modos de imitação essa licitação ela é muito interessante de ser lida e logo depois cotejado com as próprias palavras aristóteles entre os capítulos 1 e 3 da poética eu sugiro que vocês pausem o vídeo leiam lá o início da
poética prestando atenção nisso que foi apontado aqui o importante sendo que e se lermos atentamente o início da poética nós nos damos conta de ti aristóteles propõe uma teoria do que a gente pode chamar de semiótica intersemiótica ou como quiser porque ele tá falando das 1006 as representações e ele disse que dentre os tipos de meios de mimesis se encontram cores formas sons movimentos palavras enfim assim por diante beijão ele tem alguma forma nessa primeira entrada no assunto está levando em conta o que só as pinturas está levando em conta que suas esculturas que a
dança tá se ele conhecesse o cinema certamente ele colocarei o cinema também em um segundo momento ele tá falando já mais digamos levando em conta o que vai ser o seu assunto de predileção que são essas me mísseis poéticas representações propostas no tipo de poesia que para ele aqui na poética vai ser sobretudo a poesia dramática ea poesia épica porque ali ele já defini que a gente faz então há milhares de coisas a minha esses de ações de personagens é de caracteres mas vejo aqui ainda a gente pode aplicar essas categorias para pensar a pintura
para pensar escultura o cinema e assim por diante e nos modos de imitação ele já afunilando e isso ele já enfim fecha ali no que são os modos de imitação poético não é definimos que eles ficam se a vimos com quatro não não é a narração simples e pega esses a narração dramática não é ou seja a mínima esses pura e aí uma mistura de das duas que tem tá um tendo algum de mimético mas algo de diabético ou narrativo e que é a mistura característica da época em que o discurso indireto de narrador se
mescla com discurso direto das personagens em todo caso eu chamo a atenção para a riqueza da reflexão dias tóteles que já consegue uma espécie de intersemiótico seja uma linguagem comum entre as artes no início da poética embora ele não desenvolveu é isso na cueca o dito isso as digamos a definição do que é o objeto da poética esse trabalho essa reflexão sobre as representações né sobre as meninas seis alguém poderia se perguntar mas platão antes de aristóteles já não tinha refletido sobre a representação uma obra como por exemplo a república e eu seria obviamente obrigado
dizer sim platão refletiu profundamente sobre a representação inclusive sobre a própria representação uma vez que ele enquanto autor de diálogos sabia trabalhar com uma forma de mimesis e obviamente refletir de modo crítico acerca disso não tenham dúvidas né platão é um pensador muito complexo é difícil dizer que a platão o poeta deveria ser expulso os olhos dele ser expulso da educação obviamente algo próximo disso tá dito no início do livro 10 da república seja no final desse diálogo né que a república colocado na boca de sócrates maceli dentro de um contexto sso-a ao como eu
sugiro na aula a qual recomendar agora pouco é muito difícil dizer que tá tão disse isso disse aquilo porque todas as argumentações se encontram dentro de um contexto para uma situação de alma situação de debate e muitas vezes os pontos defendidos ali são mais circunstanciais do que propriamente um sistema tá em todo caso eu trago aqui uma proposta do halliwell tentando comparar qual é a visão de platão de myles a visão de aristóteles e o halliwell vai no dizer o seguinte é a posição de aristóteles tem uma afinidade que eu te platão uma vez que
ele aceita que toda arte ofereça imagens de realidade possível mas ao mesmo tempo é distante dela em espírito já qualificações peça por possível envolve um relaxamento crucial das demandas que platão tinha feito pesar sobre amnese no que elas têm de mais preciso ou desenho uso embora compartilhe com ele o que pode ser chamado frouxamente de uma teoria da correspondência da mimese aristóteles contorna as implicações da visão de platão sobre a ar ao defender que o conteúdo e o sentido de trabalhos médicos não podem justificadamente ser testados com qualquer critério fixo de verdade ou realidade a
gente poderia dizer em outras palavras que aristóteles passa a encarar a poesia em seus próprios termos o ou seja o que é a verdade quinto da representação precisa levar em conta as exigências da representação e não as exigências externas da filosofia platão de alguma forma mede a poesia sobretudo a poesia de homero mas junto dela pois é dramática que era mais popular em seu sua época da perspectiva dessa verdade absoluta da filosofia essa verdade que buscam uma episteme enquanto digamos chão básico a partir do qual construir uma espécie de edifício de conhecimento seguros é só
que essa esposa essa imposição de uma verdade na representação essa imposição de uma representação segundo critérios morais não poder representar então os deuses em sim em ações humanas não poder representar um herói com atos de covardia e assim por diante de alguma forma sugeriria pareceria sugerir uma um capacidade por parte do público de lidar com essas representações refletir criticamente sobre elas e extraído ali uma forma de verdade a que horas da tarde da representação a ser aplicada em suas próprias vidas latão de alguma forma desconfia da recepção ele desconfia da capacidade crítica do público não
é eu tô dizendo cartão mas enfim essas são as posições defendidas por sócrates no debate lá na república tá se a gente nunca pode esquecer de ter em mente sócrates lá na república parece desconfiado público da sua época a sua capacidade crítica obviamente há muito de uma condenação há muito de uma desconfiança perante a democracia ateniense essa democracia que condenou sócrates tá então platão ele é um pensador eles o próprio ele é um pensador que a gente poderia dizer um crítico da democracia aristóteles foi o outro lado tenta encarar a poesia a partir de seus
próprios termos seja compreender com a verdade que homero a metade da poesia épica qual é a verdade da poesia dramático tá e essa diferença bastante considerável entre as duas dos dois filósofos e tentando compreender um pouco posicionamento de platão a gente pode dizer que aristóteles não via aquilo que ele propõe enquanto discurso ameaçado pela pela poesia não via a sua forma de educação que já tinha por causa justamente da atuação de platão encontrado o reconhecimento público ele não via os poetas como ameaças a suas propostas educativas platão ainda assim latão buscava-se de marcar dos discursos
da poesia do discurso da retórica e por isso a meu ver o seu posicionamento o radical perante esses outros discos 1 e em todo caso que a gente entra em algumas situações mais longas da poética de aristóteles que o home dá ao trabalho de ler porque eu considero absolutamente fundamentais para que a gente compreenda o todo desse tratado e obviamente não vou ter tempo de entrar aqui nos detalhes mas eu gostaria que vocês compreendessem aquilo que a situação anteriormente feita de uma passagem do dipl sugere tá aqui no capítulo parada poética aristóteles vai nos dizer
duas causas ambas naturais parecem ter originado a arte poética como um todo osso mimetizar é natural as pessoas desde criança início diferem dos outros animais já que ele é o mais mimético e compõem seus aprendizados inicialmente por meio de mimese e todos se comprazem com meninas com imitações com representações esse início do capítulo 4 é interessantíssimo há uma retomada ou em cima uma primeira colocação do problema o que se encontra lá no início a metafísica que é a forma como seres humanos aprendem e essa é uma sacada impressionante em temas de psicologia infantil não é
do aristóteles quem tem criança pequena em casa já certamente notou isso que é a tendência que bebês e crianças têm para repetir determinados atos a partir daquilo que eles vêm adultos a partir daquilo que eles vêm desenhos animados a partir daquilo que eles vêm heróis da televisão fazer e aí eles repetem eles cá teto e eles repetem eu lembro de um priminho que adorava assistir homem-aranha e ele sabia as falas ele fazia gestos ele ficava aquele loop infinito chegava no final ele queria assistir de novo e essa é uma sacada muito importante da forma como
nós aprendemos por meio da repetição pô é a representação da imitação o sinal disso o que acontece com as obras pois as coisas mesmas que observamos penosamente comprazemos ao contemplar suas imagens muitíssimo bem precisados tal como com formas de férias ignóbeis e cardápios a causa disso é que conhecer e agradável não apenas aos filósofos mas também a todos os outros igualmente ainda te participem menos disso vejam o caráter democrático issimo dessa passagem do stories todos tendem ao conhecimento não apenas aos não apenas os filósofos ainda que os as demais pessoas os muitos é o foi
polui não atendam ao conhecimento no mesmo nível que as sementes filosóficos todos trabalham com a ideia de que conhecer a agradável todos gostam de conhecer e reconhecer uma coisa assim se comprazem quando vem imagens acontecendo de aprenderem ao belas e raciocinar em sobre o que é cada coisa tal como este é que o prazer do reconhecer prazer de aprender e caso aconteça de não terem visto algo anteriormente não há de ser um mim mesma que fará o prazer mas ele se dará pelo acabamento da obra ou pela cor ou por alguma outra causa a prazer
em ir a uma exposição em ver quadros bem pintados mesmo que nós não identificamos o que se encontra ali a trazer nas cores a prazer no sons a prazer no que a gente chama de destruição dos sentidos né sentido em grego é a esses tão isso que da hora da estética estética o prazer no sentidos o sendo luz natural mimetizar harmonia eo ritmo pois é evidente que os metros são partes dos sítios desde o início aqueles nascidos para essas coisas avançando aos poucos originaram a poesia a partir de improvisações vejam origem natural da poesia a
poesia se origina de improvisações de seres humanos que sendo naturalmente tendentes a emitir a mimetizar a imitar de alguma forma desenvolvem em improvisações harmonia eo ritmo e logo depois dos metros só na sequência de os métodos da fala os métodos da poesia ea poesia dividiu-se conforme seus próprios caracteres pois de um lado os mais veneráveis mimetiza vão as belas ações e as pessoas assim e as de pessoas assim por outro os mas o minete zavam as ações dos infames compondo primeiro inventivos como aqueles compunham hinos e incomuns tão mesmo origem natural da poesia em que
as pessoas de caráter mais elevado atenderam aos hinos em homenagem aos deuses aos incomuns ou seja os campos elogiosos ao heróis aos homens de bem e sempre lembrando aquele trocadilho homens de bem ou o homem de bens mas enfim todo caso a gente está comprando a perspectiva aristocrática dos antigos para tentar entender o pensamento proposto por ele e enquanto aquelas pessoas de caráter mais viu mais infame entenderam as poesias de inventiva ou seja de gozação as coisas de escárnio e maldizer tá então vejam que nós temos uma teoria sobre a origem da poesia se você
conhece ele nos diz dentre os poetas de inventivos não temos como apontar tal poema antes de homero mas devem ter existido muito a partir de homero tem início como com marguerite dele e outros assim nesses segunda harmonia foi introduzido um metro e ambico e por causa disso e agora chamar de amo o jambu pois nesse metro eles e ambição seja eles injuriam os outros entre os antigos um se tornaram poetas diversos heróicos outros diversos e ângulos que ela mesma distinção que ele já tinha feito anteriormente mas aqui já esclarecendo o que é poesia elevado não
é é poesia de homero a poesia épica e o que é o rebaixado não é que são os versos iambicos poesia jump assim como homero foi o maior poeta quando o poema sérios pois ele é o único que não apenas com poses e também compôs mestre dramáticas assim também ele primeiro dele nem o arranjo da comédia dramatizando não a inventiva mas o como aqui o lugar completamente destacados romero reconhecido por aristóteles como inventor digamos das duas vertentes no que há de mais reconhecido em sua época ele disse que certamente deve desistir do álcool antes de
homero mas que o que chega para nós é um mero que o que existe o antes e perdeu e aqui obviamente é mais uma vez o insight fundamental deles tóteles lá hoje a gente reconhece toda uma tradição anterior a homero que a alimentou mais que justamente por ter alimentado no rio tão caudaloso deixa-se secar não é praticamente nada chega da literatura grego da poesia grega anterior a alma era difícil precisar os dados mas em qual século 8º tal do sétimo talvez depois marguit ser algo análogo então assim como a poesia épica de homero está para
poesia série está também o mar gifts que aristóteles reconhece como um poema fim de fundo cônico de homero é porque vai ser essa poesia não séria tá pois o marli tiver algo análogo assim como ele de odisseia então para as tragédias assim também aquele está para as comédias surgindo a tragédia ea comédia que ela poeta se lançou conforme a natureza que lhe era própria a cada forma de poesia um se tornaram compositores comédias em vez de ambos outros mestres de tragédia em vez de apenas isso porque essas formas são mais complexas e mais estimadas no
que aquelas continua logo na sequência eu já tô chegando quase uns 50 minutos mas dia o que eu prometi eu vou ter que passar um pouco para chegar ao fim da exposição é aqui importa saber o seguinte que em aristóteles não propõe uma evolução das epopéias para as tragédias nem da dos anbus para as comédias ele fala de um surgimento que a gente poderia pensar que da mesma forma como a poesia mais simples tinha surgido de forma natural antes se desenvolve uma forma de poesia mais complexa tanto em sua modalidade série que são as tragédias
quanto em suas modalidades menos sérias que são a comédia são os comércios e por serem mais complexos por serem mais aptas a suscitar o efeito sobre o qual aristóteles vai falar logo na sequência que é despertar determinadas enfim catar se né a purificação ou esclarecimento de determinadas emoções a uma substituição como ele disse a dilma se por outras as pessoas que eram mais dadas ao caráter elevado deixaram de praticar as epopéias e passaram a cultivar as tragédias e aquelas de caráter mais rebaixado que cultivavam janus deixaram de cultivar os e passaram a pro comédias obviamente
esse é um esquema muito amplo não era estou a dizer que não tem a pretensão de propor seria uma história da poesia grega e não tá indo nos fatos vendo ano a ano um poeta que deixou de praticar uma forma de poesia assumir o outro não é isso que é preocupado com os grandes traços digamos desses gêneros poéticos tá e tendo surgido então a partir de um início improvisado tanto a tragédia quanto a comédia a primeira provém daqueles que conduzem o ditirambo a outra dos que conduzem os cantos fálicos são ainda hoje muito estimados em
nossas pois eis aí então às origens desse gêneros mais completos a tragédia se origina do de tiram uma forma de poesia originalmente em homenagem a dionísio mais um hino em homenagem é um deus a comédia se origina dos cantos fálicos tantos daqueles que portavam falsos procissões não é de cunho religioso mas extremamente jocosos as não é essas profissões com cantos com a micos invectivas pessoais e a tragédia ampliou-se avançando aos poucos os poetas desenvolvendo o que nela se manifestar ao e ter passado por muitas transformações a tragédia se fixou depois de alcançar a própria natureza
como eu já disse antes eu tenho um trabalho de dissertação na essa área de origem da tragédia que poderia dizer origens do dano a dissertação se chama arqueologias do dano arqueologia dramática eu vou colocar o link na descrição para quem tiver interesse em conferir é um trabalho que fôlego mas em que o revisito as várias teorias sobre as origens do drama e propõe muito apoiado em aristóteles a minha própria visão sobre o desenvolvimento da tragédia da comédia na grécia antiga todo causa na sequência ele vai pro pôde que forma isso se dá não é em
termos de desenvolvimento gradual da tragédia no mais é isso aqui porque a explosão está ficando muito longa eu vou colocar aqui em cima mas um link para uma aula em que eu aborda a questão das origens da tragédia com quem tiver interesse eu convido aí a esse vídeo assistir depois comentar criticar ler mais mas aqui agora eu já me dou por satisfeito com a ideia de uma origem da poesia tal como proposta e a origem desse diferentes gêneros da perspectiva airsoft o segundo tipo o papel primário de uma definição de ciência na qual nós chegaremos
logo em seguida nas obras de aristóteles é por um lado servir como princípio a partir do qual um determinado o tipo se configura a comunidade genuína por outro mostrar dedutivamente porque suas propriedades subordinados estão organizadas de modo tal que é substância a prática ou tipo depois is now tipo de poesia em questão pode efetivar seu ego seu efeito ou sua função distintiva uma unidade genuína é necessária se as partes e outros traços de um determinado tipo formarem uma hierarquia objetiva no todo funcional ver aristóteles já definiu no início qual é o objeto da arte poética
ele logo na sequência nar definir os tipos e ele fala da causa causa essa tendência natural do ser humano ao mimetizar que ele aprende por meio da mimetização da mimese e logo na sequência ele vai então nos dar essa definição de essência vejam a definição de ciência tem a ver com que o efeito o que constitui a arte poética é o efeito que essa arte poética é capaz de despertar aqui a ideia de uma estética do efeito na poética de aristóteles seja uma uma pensamento que se volta para o público para recepção que o público
confere a uma determinada vejam a passagem fundamental da poética que nos interessa aqui um parente depois então sobre a arte médica e exame cruz e sobre a comédia falemos agora sobre a tragédia retomando dela partir do que foi dido a definição de sua essência aí expressão-chave definição de sua essência é pois a tragédia amnese seja representação de uma ação séria completa e de certa extensão e linguagem ornamentado com cada espécie de orçamento distribuído em suas partes sendo executada por meio de agentes que dramatizam e não de uma narração capaz de levar por meio de compaixão
e temor a acatasse de tais emoções e daí eu para fazer uma aula sobre praticamente cada um dos elementos dessa definição que eles tóteles propõe aqui para tragédia não é o caso né não dispõe desse tempo nem da paciência de vocês nesse negro mas eu gostaria de enfatizar sobretudo esse final tá é essa aqui é a definição de tragédia que aristóteles propõe mas ele fala então que a definição de sua essência tem a ver com a capacidade de levar o público e o meio de compaixão e temor então daquilo que aproxima o público da ação
compaixão sentir junto compadecer-se do personagem o compadecer-se da ação representado mas ao mesmo tempo terror ou temor aquilo que afasta o público aqui buscar os outros choques aquilo que causa espanto não é a catar ao esclarecimento a purificação dessas duas emoções e a bibliografia infinitas sobre o conceito de catar se nessa passagem sobre o conceito de compaixão e temor e assim por diante eu não vou entrar muito nessa questão mas eu saliento o fato de que aqui nós temos uma preocupação com o efeito uma preocupação por parte de aristóteles com público qual o efeito de
uma obra no público mas vejam isso não é uma estética da recepção talco nós entendemos hoje porque por que aristóteles tem uma prescrição ele prescreve o que deve ser uma boa tragédia a partir daquilo que ela deve provocar no público ele não se interessa tanto por tentar compreender o que um a tragédia specify uma obra específica provoca uma perspectiva histórica num determinado público num determinado leitor e tem ainda uma atitude prescritiva e não tanto descritivo tá então essa é uma distinção fundamental que a gente tem que ter em mente para evitar também anacronismo dizer olha
poética de aristóteles já continha tudo que o isa propôs não não é bem assim não é bem assim é mas para que esse efeito da tragédia que é como será então a forma mais complexa de mimesis por aristóteles possa alcançar tal efeito é preciso que a estrutura da tragédia seja capaz de suscitar determinados sentimentos e mais do que isso determinados reflexões em seu público veja o que ele diz ainda no capítulo 6 é poético um enredo então o princípio que é chamado em grego de ar que eu poderia falar algumas palavras sobre isso mas eu
vou me conter e como que a alma da tragédia o irritou talk o que mais importa numa tragédia para que ela tem o seu efeito é o que ele chama de cursos é um enredo é segundo lugar estão os caracteres tá então os personalizados e a tragédia é amnésia de uma ação e por causa disso sobretudo amnésia dos que haja então explicar daí a importância dos personagens é por meio desses de ágil é dos atores que ação se desenvolve em terceiro lugar o pensamento isso é ser capaz de dizer o que é pertinente e adequado
tenha toda uma discussão sobre esse pensamento aí enquanto a capacidade de dizer o que convém a quarta parte com relação a linguagem é a elocução calma que o famoso os ornamentos da linguagem entendo por elocução como primeiro disse a manifestação de sentido por meio do emprego da palavra e que possui a mesma capacidade em verso ou em prosa com relação as partes restantes a melopeia seja o canto a parte musical é o maior dos ornamentos enquanto o efeito visual do espetáculo cênico embora mais capazes de conduzir os ânimos é o menos a fim a arte
poética e o que ele é menos próprio pois a força da tragédia existissem a competição e os atores além disso para a execução dos efeitos visuais mas vale a arte do cenógrafo do que a dos poetas vivos essa espécie de hierarquia das partes da tragédia a história eles fazem como seis partes não é o enredo e os caracteres o pensamento a elocução e a melopeia e a encenação é o espetáculo essa hierarquia nessa ordem ela prevê que uma tragédia para ter o seu efeito para causar o seu efeito no público exige sobretudo no enredo que
seja digamos unitário capazes de despertar um efeito no seu a partir do seu todo mas para que esse enredo possa ser levada a cabo é preciso sobretudo de personagens personagens que exprimam mais primo aquilo que é digamos a ação por meio das suas palavras então que sejam dotados também de elocução próprio não é conveniente as palavras de um personagem serem convenientes aquele personagem enquanto melopeia canto e espetáculo que seriam de segunda ordem no sentido a meu ver que aristóteles se preocupa com a tragédia da perspectiva do público como obra lida e como obra fluida talvez
ali em voz alta mas por um grupo restrito de pessoas e não tá preocupado com a tragédia enquanto fenômeno histórico se passou na atenas do século 5º e que era uma manifestação pública dentro de um festival religioso civico-religioso com implicações políticas mas também religiosas em que uma comunidade de algumas milhares de pessoas se reuniram para ver ali a encenação e serem levadas a determinado estar estados de êxtase né de saída desse de enfim e a meu ver a proposição de aristóteles ela é intelectualista ele tá preocupado com o efeito que a compreensão do enredo da
tragédia traz para o leitor mas poderíamos dizer se volta para essas obras isso eu digo porquê porque no final da poética ele só que ele vai repetir o fato de que uma tragédia para causar o seu efeito a vista encenada é é possível sentir isso por meio da mera leitura da obra então digamos aristóteles tá preocupado com o uso pedagógico das tragédias com o uso das tragédias em termos de educação lidas tão por um público restrito tá isso é muito interessante porque porque a gente pode entender sim a poética como uma espécie de resposta a
república de platão em que no final está obra o melhor dizendo um cujo final sócrates se manifestava pela expulsão do poeto.de da polis em termos educacionais ele dizia por mais que tenhamos prazer na representação tal como proposta por homero precisamos excluir porque a forma de educação proposta nos poemas homéricos é perniciosa os nossos jovens a deliciosa para os nossos adultos aristóteles tá dando passo atrás dele é mesmo vamos tentar entender as tragédias em seus próprios termos vamos tentar entender homero em seus próprios termos um enredo bem amarrado levado a cabo por meio de personagens que
exprimem um pensamento ou seja que trazem de poder dizer uma mensagem que se exprimem de forma conveniente e são capazes de promover o pensamento são capazes de se converter em instrumentos de educação sim é o que aristóteles tá respondendo a platão tá eu sei que as exposição tá se drogando talvez demais mas não era quase chegando no final do que eu gostaria de propor aqui hoje no capítulo 13 michel queria em uma infinidade de coisa mais a dizer mas se eu vou me conter no capítulo 13 aristóteles descreve a personagem deve se mostrar sem se
diferenciar muito pela de estúdio pela justiça e sem mudar para o infortúnio por causa da maldade ou da beleza mas por alguma falibilidade para alguma falha por algum erro palavra em grego que aparecem ramatha e isso é uma exigência do próprio enredo com vistas a provocar compaixão e temor o compaixão e terror porque uma personagem se mostrasse virtuosismo e ela não seria capaz independentemente do seu destino de nos despertar ao mesmo tempo temor e compaixão ou ela não despertaria temor no caso de um vilão a totalmente maldoso ou ela não estaria compaixão no caso de
uma pessoa visto acima é preciso que o público tem uma certa identificação com a protagonista da cena e isso é proposto nessa passagem e que a transformação a peripécia no destino dessa personagem mediana digamos que não se destaca demais não é preciso ser levado a cabo por um erro um erro de cálculo para uma ignorância porque porque a sua passagem de um estado não tem a princípio ela se encontra bem para um estado em que ela se encontra mal e que ela perpetrou então o que pode ser considerado a perspectiva da sociedade grêmio tabu como
é o caso de édio no caso de medéia o meu caso de tantas outras personagens das tragédias gregas e se tivesse sido executado em plena ficamos consciência em pleno conhecimento de fato provocaria pura e simplesmente o terror não geraria piedade ou compaixão não é a gente sente compaixão de ético porque tudo o que ele fez desde ser usados digamos tabus não é assassinado o pai transar com a mãe ter seus filhos com a própria mãe mas depois toda a sua investigação a fim de tentar compreender quem ele era o que ele havia feio foi feito
a parte da mais profunda ignorância e é no momento em que ele reconhece esse erro ele reconhece a sua ignorância que nós sentimos um tremor profundo desse personagem que praticou os mais ter e muda sociedade grega é o parricídio ao policisto e ao mesmo tempo nós sentimos compaixão por ele não é o a possibilidade de errar de nós agimos mal por ignorância é constante em nossas vidas enquanto seres humanos o aprendizado de alguma forma que nós traímos daí é a desconfiança constante a necessidade de conhecer os dados básicos com os quais estamos lidando eu sei
quem é meu pai eu sei quem é minha mãe eu sei quais são os meus direitos eu sei aquilo que eu sou dentro de um determinado contexto ou não o tô agindo sem conhecimento de causa do agir no escuro eu não corro risco de cometer por ignorância um erro terrível que alguma forma aristóteles parece sugerir o quinto do meio que é animes a tragédia é muito apta a suscitar desconfiança a suscitar a busca pelo conhecimento mais seguro tá uma forma que a filosofia a princípio não consegue porque é que você não chega determinados públicos e
imediatamente é preciso um desenvolvimento do pensamento para que a filosofia se coloque ele poderia dizer o mesmo sobre a reflexão teórica o que é levando em conta isso que a mata nos baú vai propor essa interpretação que eu sigo aqui não é o me apoio né ela é da ideia de uma ramarc a como um erro no erro de compreensão vejam aí o que ela vai dizer os insights tornadas possíveis a partir de uma perspectiva ética podem ser usados para aumentar a compreensão da amarc a trágica ou erro pois apesar dos milhares de páginas escritas
sobre essa noção ainda se faz necessário uma explicação que dei conta inteiramente das maneiras pelas quais para aristóteles o erro prático pode acontecer devido a certas causas diversas do visto de caráter e ainda assim ter importância para a vida a tragédia ocupa-se de boas pessoas que venha sofrer não por causa de um defeito de caráter o beleza mas por causa de alguma ramarc ia amar que hama temas são claramente distinguidos uma falha ou um defeito de caráter tanto aqui contém outros e aí veja essa interpretação proposta pela marta nos bons ela tem implicação muito considerável
sobre a própria noção de katharsis seja capaz porque é da perspectiva assumida por essa estudiosa e que é aquela com a cola o mais minha fina acatar se não é a purificação na ordem de algo moral na ordem de uma contaminação na ordem de algo emocional mas ela é uma purificação macata se intelectual e para isso não é para defender essa interpretação a marta nos bom sido algumas passagens de platão em que o termo ou cognatos dele tem a ver com uma purificação do entendimento uma purificação da compreensão e essa passagem que eu trago aqui
do sofista ela é muito emblemática disso inclusive destaque dos termos gregos para indicar é em que modo aparece a palavra catar se com sentido intelectual aqui em platão por que aristóteles parecem tão responder por meio dessa noção a necessidade de se purificar digamos a mente e determinadas concepções errôneas sendo que a tragédia seria o meio mais propício a isso tá aí nessa passagem do surfista o estrangeiro de eleia tá dando digamos algumas considerações é o método dialético por meio da refutação seja levar o seu interlocutor a contradição a fim de que ele compreenda as contradições
de seu pensamento as bases fracas e seu pensamento e e seria refutado a fim de que um conhecimento mais seguro possa se estabelecer a partir daquela refutação a partir daquele movimento primeiro de limpeza do terreno vejo limpeza do terreno purificação do terreno ele diz eles conheciam alguém que julga dizer algo de valor acerca de alguma coisa embora nada disso em seguida verificam facilmente que tais opiniões estão erradas e aproximando as por meio do diálogo de um mesmo ponto confronto umas com as outras e demonstram através desse confronto que uma são contrárias às outras com relação
aos mesmos objetos sobre os mesmos pontos de vista tô percebendo os interlocutores assim dispõe se consigo mesmos e mostram-se mais aberto aos outros desse modo com efeito livros de todas as suas opiniões orgulhosas e fragens sendo agradável para quem escuta essa liberação além de um benefício de seguro para quem a ela se submete o meu caro jovem pois aqueles que se purificam foi catar antes altos pensam como os médicos responsáveis pelos corpos os quais concordam que o corpo não é capaz de gozar da nutrição que se lhe oferece antes que se remova algum obstáculo existentes
em seu interior o mesmo também pensam aquele sobre a alma pois não terá benefício algum dos conhecimentos que ele foi aportados sem antes ter sido refutado e colocar em seu devido lugar pela vergonha de ser refutado desfazendo-se das opiniões que impedem as vias para os conhecimentos até que se mostre purificado caçaram e convencido de saber a pena o que de fato sábio nada além disso e com base nessa passagem e outras a marca nos bons e eu com ela é propomos a ideia de que katharsis é um termo intelectual é de uma purificação dos enganos
purificação dos erros da ignorância a parte da qual determinados humanos agem e que nós ouvimos essas pessoas agindo dessa forma nos colocamos de alguma forma em alerta a fim de evitar agir sobre ignorância dalcol representado ali nesse sentido então que a gente pode considerar a concepção de mime-se proposta por platão e chave bastante negativa a julgar pelo sócrates representado na república por oposição aquela defendida por aristóteles não é porque se por um lado latão ver na mimesis sobretudo algo a ao ao cola é necessário ter alguma desconfiança tanto devido a a mensagem trazida ele quanto
em termos de e-mail através do qual tal mensagem é trazida ou seja é preciso encarar a representação com desconfiança absoluta a história eles escola o disfuncionamento por um áudio ele afirma na na política que hinos entusiásticos e ambos ritualizadas servem um propósito catártico e não apenas estimulante ainda que seja um processo em que as pessoas evanescentes está em alguns seus sistemas na poética ele afirma algo diverso que trabalhar com enredos trágicos e não apenas diálogos platónicos e outros materiais texturizados de mesmo tipo é catártico também ou seja purificador porque oferece clareza intelectual no sentido que
platão privilegia na passagem citada do sofista vocês vejam na estação do tipo que também se apoia na mata nos bom então nós estamos aqui trabalhando dentro de uma corrente de interpretação deles tóteles a série de pessoas que vão seu pô a essa concepção a essa interpretação tá eu vou inclusive terminar a apresentação citando uma dessas pessoas que ao veloso eu acho que a noção de cá taça na república na poética deveria ser completamente vestir fada que ela só dificulta a compreensão da obra não é a meu ver a posição mais mais interessante eu acho que
a compreensão de catar se enquanto um termo intelectual ela é muito rica porque ela permite a compreensão do que é o efeito da tragédia e portanto do que é o lugar da tragédia e nós poderíamos expandir o que é o lugar da literatura na educação ou seja por meio da compreensão no todo dinheiro que capaz de despertar em nós determinados sentimentos e uma vez desperto estais sentimentos nos levar é uma reflexão sobre os mesmos a fim de que nós nos posicionamos com relação a ação ali representada nós estranhamos aprendizados para nós próprios veja como encarar
dessa perspectiva todas aquelas obras que teriam de ser condenados da perspectiva moral o epistemológico ou psicológica ou enfim qualquer seja digamos o chave de compreensão por platão tal como proposto sobretudo no livro 10 da república e quem não tiver lido o sugiro vivamente a leitura da república em tia sobretudo pelo menos do livro 10 para que vocês compreendam em que consistem os argumentos do sócrates desenvolvidos ali propostos ali desenvolvido ao longo do livro inteiro não é da república inteiro mas reunidos no livro no início do livro 10 e da perspectiva de sócrates ali dostoiévski jamais
poderia ser lido por nós clarice lispector machado de assis toda a nossa grande literatura jamais entraria ali porque suspeito em termos de mensagem suspeita em termos de posicionamento moral suspeita em termos de efeito sobre a seguir dos leitores enquanto aristóteles não para aristóteles na obra como dom quixote moda como madame bovary ao suscitar temor e piedade no público que se volta para ela é de alguma forma faria com que se público ao compreender a totalidade de enredo encenado por caracteres não é por personagens que transmitem um determinado pensamento pensamento a gente poderia dizer do autor
é por meio de uma locução conveniente a cada um desses personagens nos levariam a refletir a buscar qual é o pensamento qual é o sentido daquela ação ele representado e nós de alguma forma compreender iremos a ignorância de boa aí a ignorância de vários outros personagens que são parte da história do dinheiro e nós ficaríamos alerta com relação ao a série de crenças compartilhadas ele o ou seja aristóteles propõe um modelo de compreensão a partir do qual a reflexão do público é estágio fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico o ou seja a stotter dá
um voto de confiança ao público e no final das contas dá um voto de confiança e literatura um voto de confiança a poesia como instrumento capaz de suscitar o pensamento pensamento crítico a postura crítica tá e aqui eu termino não é com essa estação que eu já mencionei do veloso porque ele é um grande estudioso eles tóteles e ele ver na minha esses na reflexão sobre anime esses proposta por aristóteles um instrumento fundamental de o por meio do qual os seres humanos conhecem os seres humanos adquirem desenvolvem oconhecimento eu acho que essa citação sintetiza bem
que forma então filósofos pensador consegue se voltar para o fenômeno da poesia nós iríamos hoje para o fenômeno da literatura e a vila em seus próprios termos a fim de compreender qual a sua função em termos de instrumento do conhecimento e vejam uma diferença gritante entre platão e aristóteles é essa aristóteles considera os diálogos socráticos formas de representação como as tragédias releiam lá o início da poética diálogo socrático são colocados no mesmo nível que os mínimos de só from são colocados no mesmo nível que usamos e a conclusão da da poética no final das contas
é e em termos de representação as tragédias são mais capazes de suscitar a reflexão crítica do que os próprios de áudio socráticos ou seja e aí estou aqueles parece no final da poética fazer uma espécie de acusação para tão dizendo os diálogos socráticos e eles tentam competir com as tragédias eles tentam competir com as coisas épicas mas esse não é o terreno deles não é da ordem da representação que o pensamento filosófico deveria se ocupar o deveria se desenvolver isso é mais bem feito pelos poetas nesse terreno eles suscitam melhor o pensamento crítico do que
os diálogos socráticos a forma de exposição do filósofo é outra a gente não compete são categorias diferentes mesmo a história já tá trabalhando com categorias discursivas diferenças platão como eu disse antes ele ainda precisa lutar querendo precisa-se de marcar para conseguir uma espécie lugar ao sol é por isso que o veloso dias então aristóteles consegue duas faculdades cognitivas propriamente ditos a perceptiva ea intelectiva a hora a imitação nem percepção nem intelecção a imitação seria antes uma inesperada solução ou melhor uma espécie de solução para um problema que atravessa toda a gnosiologia aristotélica do órgão no
aos paruá naturallia passando pelo de ânimo trata-se do hiato que haveria entre percepção e intelecção e esse hiato é de alguma forma transposto pela miss tá dessa forma meio abrupta a gente encerra aqui é logo na sequência eu duas indicações bibliográficas de que me vale para essa exposição não é quem tiver interesse eu posso eventualmente disponibilizar algo disso não é tudo que eu tenho em pdf mas eu já disponibilizei uma tradução da poética de aristóteles nosso time espero que todo mundo e leia alguns de em pdf se alguém tiver interesse em algo eu posso compartilhar
não são todos tá e eu termino exposição de hoje procuro um trabalho eu sei que já são já passamos mais meia hora do que eu tinha proposto fazer peço mais uma vez viva desculpas por isso desculpas a anna bico chorou um pouco por isso disse que fica difícil acompanhar a exposição muito longo peço desculpas plana prometo que isso não foi mais uma vez planejado mas eu peço então que tem tiver chegado até aqui em seus comentários aqui ao vídeo o dente mostrar um uma corrente crítica dentro daquelas trabalhadas propostas definidas pelo compagnon tal como contidas
em germe tal como contidas inútil por pela poética de aristóteles ou seja onde a traços de formalismo na poética onde há traços de uma preocupação geográfica na poética de aristóteles sieca bem pode ser que vocês acham que não há é onde a traços de uma estética da recepção não é de uma estética do efeito na poética onde há uma preocupação com a representação um relação entre mundo e a aquilo que é representado de que forma é feita a transposição na poética vídeo a meu ver na poética nós temos praticamente todas essas correntes críticas nesse funcionamento
teórico contidos ali potência na são todos que são desenvolvidos não faltou são bem desenvolvidos essa meu ver se vocês lerem a poética com atenção e marcarem as papas serão capaz de fazer comentários riquíssimos demonstrando a presença de cada uma dessas instâncias é e da poesia a gente poderia dizer da literatura é na poética de aristóteles tá muito obrigado o nosso próximo encontro a gente vai ler um texto mais curto mas muito instigante do walter benjamin o narrador tá forte abraço e até a próxima [Música] e aí e aí g1 e aí e aí e aí
e aí
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