Olá! Hoje, vamos desmistificar algo muito importante: o ferro baixo! Aposto que a primeira coisa que vem à mente é a anemia, certo?
Mas, pessoal, antes da anemia dar as caras, tem um protagonista que muitas vezes é deixado de lado - a deficiência de ferro que começa, muitas vezes, pela ferritina baixa. E essa carência inicial pode provocar diversos sintomas e pode ser um indicativo de outras condições de saúde importantes. Então, vamos além da anemia, vamos explorar o que não costuma ser dito, e que muitas vezes é ignorado.
A deficiência de ferro não é apenas um prelúdio para anemia, mas pode ser um alerta para outras condições de saúde importantes que estão agindo silenciosamente. Vem comigo nesse aprendizado, vamos descobrir os sintomas e também as causas esquecidas por trás do ferro baixo! Dr Alain Dutra aqui.
O Ferro é indispensável para o bom funcionamento do corpo, estando relacionado ao desenvolvimento cognitivo, contribuindo com o sistema imunológico e auxiliando no transporte de oxigênio no sangue. Além disso, participa da produção dos hormônios da tireoide, na produção de dopamina e até dos nossos impulsos nervosos dos neurônios. Porém, antes de chegarmos ao quadro de anemia, existe uma condição que poucos conhecem: a deficiência de ferro não anêmica.
Isso acontece quando a hemoglobina e os níveis de ferro no sangue parecem estar normais, mas a nossa reserva de ferro, que é a ferritina, está baixa. Isso pode ser um alerta inicial de que o ferro no corpo está começando a diminuir, e que devemos agir antes que a situação piore e evolua para uma anemia. A Ferritina é uma proteína presente em nosso organismo que tem como função principal armazenar o Ferro que consumimos.
Para vocês entenderem melhor, imagine que sem a ferritina para estocar e indicar a hora que o ferro deve ser liberado, ele ficaria livre e acabaria literalmente nos enferrujando. A ferritina é a peça mais importante que vamos destacar ao longo de todo o vídeo, mas, para conhecimento, temos a transferrina que desempenha um papel crucial no transporte de ferro através do corpo. Temos também o Ferro, que indica a quantidade de ferro no sangue, e por fim a hemoglobina, que indica a capacidade do sangue de transportar oxigênio para os tecidos do corpo.
Falando das alterações dos exames, podemos ter de início uma ferritina baixa, seguida por uma mudança na saturação da transferrina e, finalmente, quando o ferro está no limite, a hemoglobina cai, e bingo! Temos a Anemia. Agora imagine isto: você está com ferritina baixa, e o pouco ferro disponível é direcionado para a importantíssima função de produção de hemoglobina que leva oxigênio a todas as células, mantendo-as vivas e ativas.
Mas deixando seu estoque de ferro muito baixo. É quando você já pode ter muitos sintomas, porque vai faltar ferro para outras funções no seu corpo. Dê um joinha nesse vídeo também.
Isso vai fazer bem à saúde de milhares de pessoas que vão poder descobrir o canal e revolucionar a sua saúde e de toda a sua família. O nível ideal de ferritina para manter um bom funcionamento é entre 70-150ng/mL no exame, menor que 70 podem aparecer sintomas bem desagradáveis. Agora, a coisa fica um pouco complicada: como eu já disse, os exames geralmente mostram uma queda na ferritina antes de qualquer alteração na hemoglobina ou na transferrina.
Mas, e tem sempre um "mas", não é pessoal? As inflamações ou até mesmo infecções podem fazer os níveis de ferritina subirem, o que pode dar a falsa impressão de que está tudo bem com o seu ferro quando, na verdade, pode estar em falta. Por isso a avaliação de um profissional experiente e, acima de tudo, atualizado, faz toda a diferença.
Bem, antes de falar das causas de ferro baixo, vou falar dos sintomas. Queda de cabelo e unhas quebradiças podem ser um sinal de alerta inicial. Se mesmo depois de uma boa noite de sono, você continua se sentindo esgotado e com dificuldade para se manter acordado, tendo aquela sonolência diurna, pode ser um dos primeiros sinais de ferritina baixa.
E não para por aí, a fadiga também pode dar as caras, deixando você se sentindo fraco e esgotado. O coração também entra na dança, podendo apresentar arritmias - isto é, sair do ritmo normal. Reparou olheiras marcadas debaixo dos olhos?
Ou sua pele perdeu o brilho e está mais pálida do que o usual? Seu corpo pode estar sinalizando que está faltando esse mineral importante. E a chamada síndrome das pernas inquietas, um desejo quase irresistível de mover as pernas, geralmente à noite, podendo até te tirar o sono.
Isso também pode ser deficiência de ferro! Atenção também se você estiver sentindo frio constantemente, dificuldade de concentração, dor nos músculos e nas articulações, dores de cabeça, zumbido no ouvido e tontura. E não esqueça, sentimentos de ansiedade e mudanças de humor sem motivo aparente também podem indicar deficiência de ferro.
Nossa comunidade de membros que tira dúvidas diretamente comigo em lives semanais já aprendeu muito sobre como tratar a falta de ferro. Conheça outros benefícios, clique no botão abaixo e seja membro. Agora, pessoal, uma falta de ferro pode ter várias origens e entender esses fatores pode ajudar a corrigir o problema.
Primeiro quero que vocês entendam que mesmo sem ter qualquer problema de saúde, alguns de nós absorvemos muito bem o ferro da nossa dieta, enquanto outros têm uma absorção mais precária - e isso pode variar muito dependendo do tipo de ferro que estamos ingerindo. Vamos entender melhor. Existem dois tipos, o ferro não heme, encontrado em plantas, e o ferro heme, encontrado em alimentos de origem animal.
A maioria de nós consome mais o ferro não heme, que é menos absorvido pelo nosso corpo devido a substâncias presentes nas plantas. Mesmo consumindo bastante espinafre e couve, por exemplo, talvez você não consiga obter ferro suficiente porque nesses vegetais também tem antinutrientes, como os oxalatos, que inibem a absorção do ferro. Se você consome quantidades grandes e diárias de alimentos ricos em oxalatos, como leites vegetais de soja ou amêndoas, pode ser que eles interfiram na sua absorção de ferro.
Por outro lado, o ferro heme, presente em carnes e ovos, é muito mais absorvível. Uma alimentação balanceada incluindo ambos alimentos de origem animal e vegetal, pode ser a chave para prevenir e tratar a deficiência de ferro. Então pessoal, já falando das causas de ferritina baixa, essa é a número um, o baixo consumo de ferro na alimentação.
Outra causa de ferro baixo é o alto consumo de alimentos com grandes quantidades de nutrientes competidores do ferro. Como é o caso dos Oxalatos, ácido fítico e dos Taninos e Polifenóis - até o consumo exagerado de fibras, pode prejudicar a absorção do ferro. Veja bem pessoal, isso não vai acontecer com todos, mas você que está lutando para melhorar seus níveis de ferro precisa considerar o que vou falar.
Alguns dos nossos alimentos e bebidas favoritos podem estar fazendo uma pequena mágica de desaparecer com o seu ferro. Os taninos, encontrados no chá e café, pode bloquear a absorção. Isso quer dizer que se você é o tipo de pessoa que não vive sem várias xícaras de café ou chá por dia, pode estar comprometendo seus níveis de ferro.
A mesma coisa se você consome muito chocolate ou toma muito vinho. Eles contém polifenóis, nutrientes que são super importantes, mas que, infelizmente, podem bloquear o ferro, caso você já tenha uma reserva baixa, e isso pode trazer problemas. Esse mesmo efeito também é provocado pelo fantástico açafrão.
Se você está tomando suplementos de cúrcuma, especialmente de altas doses, e tem uma ferritina baixa, melhor rever essa estratégia com seu médico. Uma dica é consumir a cúrcuma longe dos alimentos ricos em ferro ou dos suplementos, caso você esteja tomando. Pessoal, calma!
Antes que você jogue tudo pro alto e banque o desesperado, preciso esclarecer algo: você não precisa parar de consumir esses alimentos. O ponto é conscientizar e usar de estratégias para melhorar essa absorção. Com uma ingestão adequada de ferro, você vai estar bem, mesmo se deliciando com seu café, chá, açafrão e chocolate.
Suplementar em excesso cálcio, magnésio ou zinco pode prejudicar os níveis de ferro em seu corpo. Esses minerais competem com a absorção de ferro. Portanto, se estiver suplementando esses minerais e notar a queda na ferritina, vale a pena discutir isso com seu médico.
Outra coisa que você precisa saber é que questões como sangramentos gastrointestinais, úlceras e hemorroidas podem resultar em perda de sangue, e aí, claro, diminuem os níveis de ferro no seu organismo. Além disso, a cirurgia bariátrica pode afetar a forma como seu corpo absorve este mineral tão importante. E os problemas intestinais também, como colite ulcerativa, doença de Crohn, doença celíaca não tratada, eles também entram nessa lista.
E, atenção, mulheres! A perda de sangue durante a menstruação, principalmente se for muito intensa devido a problemas como miomas ou endometriose, pode levar ao esgotamento do seu estoque de ferro, refletindo em baixos níveis de ferritina. Por isso é tão importante ficar de olho nisso, ok?
E não posso deixar de mencionar que a genética também pode ter um papel importante nessa história. Existem pessoas que, por conta de certas mutações genéticas, têm menor capacidade de absorver ferro, assim como vitamina B12 e folato, que são super importantes na formação dos glóbulos vermelhos. Um exemplo?
Na Mutação MTHFR, o ferro pode ficar alto no sangue enquanto a ferritina pode estar baixa. Então, se nada mais parece funcionar para corrigir uma deficiência de ferro, pode ser útil investigar essas possíveis mutações genéticas. Se você é da área da saúde, eu ensino mais sobre isso na minha pós-graduação.
O link e o Qrcode para se inscrever estão no canto da tela. Pessoal, outro motivo para a falta de ferro é a hipocloridria, que basicamente é quando nosso estômago está produzindo pouco ácido. E por que isso importa?
Bom, esse ácido do estômago é essencial para absorver ferro da nossa dieta. Ele ajuda a transformar o ferro que comemos numa forma mais facilmente absorvida pelo nosso intestino. Quando a acidez do estômago está baixa, o ferro não é convertido como deveria, resultando numa absorção ruim e possivelmente numa deficiência.
E, olha isso, estômago com pouco ácido pode abrir portas para infecções intestinais crônicas, que vão se alimentar do pouquinho de ferro que sobra. E, sabe aquelas pastilhas para azia e indigestão, os antiácidos? Ou mesmo os medicamentos conhecidos como “Prazóis”.
Os bloqueadores de canais de próton. Eles até são super úteis em alguns casos pontuais, porem eles neutralizando o ácido do seu estômago e quando a gente usa esses remédios por um longo período ou em doses muito altas, eles podem deixar nosso estômago menos ácido e acabar interferindo na absorção do ferro. Pessoal, se você tem baixo ácido no estômago, a combinação de vinagre de maçã e cloridrato de betaína pode dar uma ajuda na acidez do seu estômago e melhorar a sua digestão.
Com um estômago mais ácido, você vai conseguir absorver melhor os nutrientes importantes. Agora, quero abordar o papel das infecções crônicas neste problema. Elas são uma causa relevante que muitas vezes esquecemos.
Funciona de algumas maneiras: quando estamos lutando contra uma infecção, nosso corpo estrategicamente limita o ferro disponível. Sabe por quê? Imagine que o ferro é algo super valioso, apreciado tanto pelos "visitantes indesejados" (os patógenos) quanto pelos "moradores legítimos" (nossos próprios micróbios).
Então, o que nossos micróbios inteligentes fazem? Eles agarram a maior quantidade possível desse bem valioso, o ferro, e deixam menos disponível para os invasores. E isso pode acabar criando uma situação em que temos pouco ferro para as funções do nosso próprio corpo.
Então, se você tiver uma infecção, mesmo que seja algo menos evidente, como um vírus que está escondido no seu corpo, como o Epstein-Barr, isso pode ser o motivo de você ter pouco ferro. Se você anda ultimamente com os sintomas que mencionei de falta de ferro, é possível que vermes ou parasitas estejam roubando seus nutrientes no intestino e deixando você neste estado, talvez até em um estado letárgico. Não são só os vermes, as bactérias também podem atrapalhar seu ferro.
Por exemplo, o H. Pylori que pode levar a anemia por deficiência de ferro e de B-12. Aposto que vocês nunca ouviram falar disso antes, certo?
A maioria de nós já tem essa bactéria no estômago. Quando o ambiente fica propício, esse bichinho pode sair das sombras e causar uma porção de problemas, principalmente gastrite, úlceras e até mesmo atrofia do estômago. Pois é, e acredite se quiser, o H.
Pylori ainda adora ferro! Outra situação que pode causar ferritina baixa é quando você tem SIBO, que é uma síndrome que ocorre quando existe crescimento bacteriano descontrolado no intestino delgado. E esses bichinhos realizam a fermentação nesta região, o que resulta em inchaço, aquela barriga grande mesmo, e retenção de gases, uma situação desconfortável demais.
E você pode ficar deficiente de nutrientes importantes porque essas bactérias adoram devorar o seu ferro. Microrganismos intracelulares podem também estar consumindo seu ferro no interior das células, como é o caso na tuberculose e doença de Lyme (doença do carrapato). Então, se você está se perguntando: Por que, mesmo tomando suplementos de ferro, eles não parecem estar funcionando?
A resposta pode ser esses micróbios se alimentando de seu ferro e ficando mais forte, piorando seus sintomas. Sobre a suplementação de ferro, vamos jogar limpo, não é um caminho fácil para todo mundo. Alguns conseguem aumentar o estoque de ferro com suplementos orais sem problemas, mas outros nem tanto por essa via.
A ciência nos diz que, quanto maior a dose de ferro que você toma, menor pode ser a absorção do seu corpo. Curioso, né? A absorção do ferro pode ser melhor com doses mais baixas e em dias alternados, ao invés de todo dia.
Isso pode reduzir o contato do intestino com ferro não absorvido e melhorar a sua tolerância aos suplementos. Ah, e uma dica de ouro é adicionar vitamina C junto ao ferro, ou em forma de suplemento ou mesmo 1/2 copo de suco de limão. Também, tomar suplementos, especialmente na forma de ferro quelado ou quelato, em jejum, 1 hora antes das refeições, ou mesmo 2 horas após as refeições.
Isso pode ajudar ainda mais! Mas cuidado, pessoal! Doses muito altas de ferro podem trazer problemas, como constipação, dores de estômago, e ainda podem alimentar a disbiose intestinal, que é o desequilíbrio entre as bactérias do intestino.
Como já falei, as bactérias consomem o ferro presente no intestino, principalmente se na forma de sulfato ferroso, impactando na absorção deste nutriente dos suplementos. Por isso, é super importante entender cada caso individualmente e buscar a causa real da ferritina baixa, antes de começar a suplementação. E mais, se você tem algum problema intestinal, muitas vezes a suplementação de ferro oral não é a melhor saída.
Nesse caso, o ideal é tratar a causa raiz primeiro, seja uma disbiose ou mesmo uma gastrite e tentar absorver o ferro a partir dos alimentos. Se a ferritina estiver muito baixa, ou mesmo uma anemia estiver instalada, pode ser necessário o uso desse ferro por via endovenosa ou intramuscular, aplicado diretamente na veia ou músculo, sempre com doses ajustadas para cada paciente. Continue comigo e assista a estes dois vídeos relacionados que são sensacionais, sobre: Excesso de Ferro - Sintomas e perigos!
e A importância de checar os níveis de ferro, que estão aparecendo aí na tela. Conhecimento é uma ferramenta poderosa, e aprender sobre saúde pode fazer uma grande diferença na sua vida e na de pessoas que você ama. Lembre-se, você é incrível!
Muito obrigado pela sua atenção. Um grande abraço e um beijo no seu coração. Obrigado pela sua atenção.