Os Bestializados, José Murilo de Carvalho | RESENHA | José A. Fernandes

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Prof. José A. Fernandes
"Os Bestializados" é um dos livros mais interessantes sobre o início da República no Brasil. Trata s...
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é um dos textos mais interessantes sobre o início da República no Brasil e trata sobre a Proclamação que trata dos momentos iniciais de afirmação da República no Brasil examinando a postura do Povo diante do que estava acontecendo assim fala da exclusão desse povo da participação política seja de forma voluntária ou involuntária fala pessoas estão começando mais um vídeo dessa vez nós vamos falar sobre o livro Os bestializados de José Murilo de Carvalho mas eu quero convidar vocês se vocês ainda não forem para você se inscreverem no nosso canal e eu também vou deixar o link
deste livro na descrição se vocês comprarem pelo link indicado vocês ajudam a manter os nossos projetos O livro é um mergulho no que aconteceu no Brasil desde o final do século 19 até o início do século 20 as primeiras décadas da República o ambiente escolhido pelo autor a cidade do Rio de Janeiro a capital do Brasil naquele momento até então e que continuaria sendo a capital na República pelo menos até a inauguração de Brasília em 1960 neste cenário o autor procura examinar o povo image o político do Povo qual a sua prática política ou a
falta dela começa com a descrição da cidade do Rio de Janeiro no início da República com ênfase nas transformações políticas sociais culturais de Fim de Século ele dá atenção especial ao impacto do novo regime um regime que se pretende ancorado na opinião pública na formação de uma comunidade política na antiga capital do império o Rio de Janeiro do grande crescimento populacional destino de imigrantes especialmente portugueses destino dos ex-moradores das fazendas cafeeiras Fluminenses destino também dos escravos o rio da pobreza do sub emprego ou do desemprego o rio da vadiagem ou da capoeira o Rio dos
problemas de moradia dos cortiços dos problemas de higiene das epidemias uma malária a varíola febre amarela Esse é o cenário pintado pelo autor e examinado no primeiro capítulo no segundo capítulo examina as várias concepções de cidadania e pelo menos aquelas que eram vigentes à época da mudança de regime como ele observa no em é pública nasceram e se desenvolveram várias concepções de cidadania que nem sempre eram compatíveis entre si se houve esperança de início que com a República se expande seus direitos políticos e se redefine o papel do Povo na participação política ele diz o
seguinte razões ideológicas e as próprias condições sociais do país fizeram com que as expectativas se orientassem direções distintas e por fim se frustra sem ou seja o setor vitorioso a elite republicana teve se estritamente o conceito liberal de cidadania ou mesmo ficou aquém dele e na prática ela criou obstáculos à democratização os positivistas eram Defensores da Ampliação dos direitos sociais Mas eles negavam os meios de ação política para conquistar esses direitos sociais o povo deveria ser assistido de forma paternalista pelos governantes por aqueles que participavam da política eles deveriam ser assistidos pelos grupos dominantes politicamente
em um anarquismo negava qualquer possibilidade de participação política o ligavam a necessidade de qualquer ordem política e nesse cenário eles não admite uma ideia de cidadania a não ser na ideia de uma Fraternidade Universal já os socialistas Democráticos eram os únicos a procura ampliação da participação dos direitos políticos e sociais Mas eles faziam isso dentro das premissas liberais enfim são todos esses grupos que se movimentam politicamente uma minoria política ativa na verdade ou mesmo outros grupos que combatem a ideia de estado a ideia de política ideia de participação o ideia de cidadania como a gente
viu em relação aos anarquistas Mas uma coisa vai muito mais além do Rio de Janeiro era uma coisa muito mais Ampla naquela época eles somavam uma grande parte da população que supostamente apenas assistiria as transformações políticas a participação política de outros grupos Tendo isso em vista no capítulo seguinte o autor examina o mundo dos cidadãos Ou pelo menos como ele acontecia na capital da República através da participação Eleitoral observadores da época querem faz o que o povo era apático que teria assistido bestializado a proclamação da república que não existiria povo sendo essa apatia cívica a
realidade do Rio de Janeiro essa é a visão de Aristides Lobo Essa visão dos Viajantes europeus os representantes diplomáticos Essa é a visão também de por exemplo do Raul Pompéia mas essas visões eram exageradas segundo José Murilo de Carvalho na proclamação da república a Participação Popular ela foi realmente arranjada pela teve um efeito cosmético mas logo após as agitações a movimentação Popular ela se tornou cada vez mais frequentes e ela também se tornou cada vez mais variada são caso das greves operárias as passeatas dos quebra-quebras é o caso da Revolta da armada de 1893 é
o caso também do atentado contra Prudente de Morais em 1897 e é o caso também do jacobinismo florianista faz o ponto culminante dessa movimentação Popular teria acontecido em 1904 com a revolta da vacina então autor com e assim uma limitação da participação política Popular que falta direitos civis cidadania mas em geral não falta ação popular havia uma alimentação da participação política nas eleições de maneira geral e supor que acontecia a proibição do voto para uma grande parte da população não eram eleitores as mulheres os analfabetos os indígenas os clérigos os estrangeiros os praças de pré
Mas é claro também que existe a abstinência havia uma baixa adesão daqueles que poderiam votar e nesse sentido sobre a participação política sobre a participação eleitoral outro e conclui que no Rio de Janeiro especificamente mas também no Brasil de maneira geral da república conseguiu quase que completamente eliminar o eleitor e portanto a participação política através do voto isso tanto de forma exclusiva como eu a gente falou sobre a grande maioria da população que era excluída dos votos mas também a auto-exclusão dos eleitores uma grande parte da população que escolhi a não ser cidadão a ti
e sobretudo por causa da fraude eleitoral Além do fato de que votar era uma coisa perigosa controle do voto na capital nos Estados se dava pelos capangas dos coronéis as eleições eram decididas por bandidos que atuavam em determinados pontos da cidades pessoas que alugavam seu serviços Aos coronéis aos políticos aos que eram candidatos nesse sentido que o autor conclui que é o exercício da cidadania no Brasil era uma caricatura o cidadão Republicano era um marginal mancomunado com os políticos os verdadeiros cidadãos ele se mantinham afastado da participação do Governo da participação das coisas que aconteceram
no país de maneira geral na política os representantes do povo não representavam ninguém e os representados não existiam como ele próprio diz o ato de votar em uma operação de capangagem no quarto capítulo o autor estuda a revolta da vacina que para ele teria sido uma ação exemplar do Povo tanto o sentido político quanto no sentido moral a revolta teria sido uma reação Popular a obrigação da vacina e a imposição a inclusão no particular uma ameaça do governo a dignidade das mulheres das Mães das filhas dos Operários uma invasão à privacidade do Lar houve quebra-quebra
houve enfrentamento entre polícia e exército entre povo houve centenas de feridos mortos houve também um centenas de prisões a composição do movimento alá variou de acordo com o período analisado de início ela abre um amplo leque de participação de vários setores da sociedade ela inclui a Operário comerciante militares estudantes participou do movimento um operariado estatal assim como participou também uma enorme população de desempregados além disso a revolta também teve uma participação de militares houve uma rebelião dos militares Cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha ou enfrentaram forças oficiais conflito terminou com a fuga dos combatentes
dos dois lados de qualquer forma a rebelião falhou e depois disso Desse fracasso da participação os detalhes em conjunto com o centro das classes operárias a liderança do movimento ela foi dividida de um lado ela era comandada pelos Operários das grandes empresas e do outro pelas classes perigosas aí volta de um estopim único mas ela era fragmentada assim como era fragmentada também a sociedade do Rio daquela época o certo é que a reação à vacina ela serviu para desencadear um movimento muito mais amplo muito mais profundo ao contrário de outros movimentos que tiveram motivação Econômica
a revolta da vacina fundamentou-se em outros motivos e razões ideológicas em razões Morais e independente da intenção real dos organizadores a revolta começou em nome da legítima defesa dos direitos civis e despertando a simpatia geral ela já não se limitava mais a vacina ela permitiu a abertura de um espaço momentânea de manifestação política e aí no capítulo 5 depois de examinar revolta da vacina o movimento em torno da revolta da vacina o autor procura reconstruir o mundo da Cidadania no Rio de Janeiro ao mesmo tempo que ele busca razões para explicar a pergunta o povo
assistir o bestializado ou arab Lontra ou seria a espertalhão seria velhaco essa Justamente a pergunta a título do Capítulo 5 e é para responder e faz um estudo sobre a condição do Rio de Janeiro sobre as suas organizações suas características sobre a característica do seu povo e faz isso o através de um diálogo com vários autores como por exemplo Max Bieber mas também autores brasileiros como Silvio Romero diferente dos anglo-saxões individualistas a cultura brasileira seria de tradição Comunitária nesse sentido o avanço Liberal não foi acompanhado de avanço igual da Liberdade da participação vivia-se um momento
de transformação de crise na sociedade mais uma crise que resultou em implied SMU E aí ele diz o seguinte o estado Republicano perdeu os elementos integrativos que possuia o estado monárquico sem adquirir a base associativa do estado liberal democrático perante tal estado a cidade reage com a oposição ela reagir também com a apatia ou ela reage com a compra bom então se nos aspectos religiosos e culturais havia uma composição dos vários elementos das diferentes classes brasileiras por exemplo na capoeiragem nas festas na religião no samba informação no futebol na política a cidade não se reconhecia
o citadino não era cidadão e existe a comunidade políticas mas o que outras cidades o rio acumulou forças contraditórias tanto da ordem como da desordem por baixo do formal existiria o Real a lei não era a lei se o Coronel não quisesse se o juiz local não quisesse o povo sabia que o formal não era a sério por isso alguém encenação havia o carnavalesco a república não era para valer Porque nessa perspectiva o autor conclui dizendo o seguinte o bestializado era que levasse a política sério Era o que se prestasse a manipulação a política seria
tribofe a política era trapaça por isso quem assiste as grandes transformações como as que aconteceram no Rio de Janeiro que eram realizadas à sua revelia à revelia do povo que estava a ser verticalizados seria na verdade um bi Lontra um velhaco bom é isso espero que vocês tenham gostado desse vídeo se gostaram mandem para os amigos de vocês não esqueçam também de curtir de compartilhar se vocês ainda não for inscrito se inscreva no canal Vocês podem mandar também sugestões de temas para vídeos a gente se vê no próximo um abraço para vocês tchau tchau tchau
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