o Olá bem-vindo você ao nosso canal Latitude 10 Eu sou Luciano sou professor de geografia hoje vamos continuar nosso assunto aqui sobre urbanização sobre os processos urbanos aquilo que tem alguma ligação com o meio urbano Hoje vamos falar de problemas sociais urbanos mas antes da gente conversar e falar sobre os problemas sociais urbanos aquele recado para você que é muito importante para nós aqui no canal se inscreva no nosso canal deixe seu like e isso vai contribuir significativamente para que a gente possa continuar levando o nosso trabalho ainda cada vez mais para vocês no YouTube
Tá bom olha só trouxe aí para vocês duas ir a emblemática está bom duas imagens emblemáticos da cidade de São Paulo sim a nossa maior cidade no Brasil e aí eu trouxe duas imagens para representar bem o que é São Paulo o que são esses problemas urbanos que a gente discute tanto na geografia olha vamos pegar aqui o seguinte nós temos ali Avenida Paulista no centro de São Paulo centro financeiro de São Paulo e também o centro financeiro do Brasil como será daí do centro financeiro brasileiro e nós temos ele me maranhando de prédios não
é muito espelhados uma via muito bonita tudo muito limpo tudo muito é muito urbanizado vamos dizer assim né no conceito de organização no lugar muito desenvolvido E aí nós temos uma outra imagem que é de Paraisópolis um bairro de São Paulo uma favela de São Paulo no qual nós temos ali ó é a Paraisópolis que fica lá do lado do bairro do Morumbi né Nós temos ali uma situação bem diferente do centro financeiro do país do centro financeiro de São Paulo a favela é nós temos ali moradias em situação muito precária lixo espalhado né resto
de construção civil nós temos emaranhado de prédios de casas né construídas ele é de forma irregular pois bem então analisando a cidade de São Paulo esses contrastes que encontramos dentro das grandes cidades principalmente em países não desenvolvidos que é o caso do Brasil São Paulo é só mais um exemplo que nós podemos encontrar esse tipo de situação em todas as outras capitais brasileiras um centro muito desenvolvido no centro econômico bem desenvolvido mas os seus entornos os arredores geralmente vamos encontrar bairros que não tem aí muita infraestrutura muitas condições de vida claro que o processo de
favelização do Brasil ele está intimamente ligada ao processo de industrialização recente também que o Brasil passou e outros atrelado também a outros processos socioeconômicos do país desde o período fim da escravidão até mesmo os eu posso sair de a as políticas públicas relacionadas à moradia Urbana ao longo de todo esse esse tempo tá E aí nós vamos por uma outra situação tá com outra situação para gente explicar aqui sobre as desigualdades EA segregação por quê que isso acontece dentro das cidades essa segregação sócio-espacial quando a gente vê essas imagens de favelas é um desenvolvimento econômico
muito grande em determinadas áreas mas a favelização bem acentuada em outras áreas da mesma cidade nós estamos falando de desigualdades sócio-espaciais essas desigualdades porque vamos entender o seguinte a desigualdade Econômica ela se materializa no espaço e o espaço urbano ele é o espaço que é de fato mostra muito o que são as desigualdades econômicas países muito desiguais tá países muito desiguais tem de apresentar esse tipo de situação mas vamos o conceito que importante que são as cidades policêntricas o que que acontece uma cidade ela agrega várias funções por exemplo comércio serviços é indústria lazer turismo
ela pode agregar várias funções e as grandes cidades Geralmente as pessoas elas não conseguem entender e ver o todo de uma cidade porque porque elas ficam fechadas em pequenos núcleos dessa cidade esses núcleos geralmente é o bairro onde ela vive que a gente já tem o supermercado já tem a praça área de lazer daquela localidade que exerce uma certa centralidade em grandes cidades nas metrópoles por exemplo esse processo às vezes ele ele é um pouquinho diferente porque as pessoas precisam se deslocar para ir trabalhar em outro ponto então as sofre um deslocamento diário muito grande
tem esse deslocamento mas mesmo assim nós podemos inferir que nas grandes cidades né Nós temos um conjunto de lugares bom e que as pessoas que vivem nessas grandes cidades não conseguem abarcar vivenciar toda essa cidade existem pessoas que vivem em São Paulo por exemplo e nunca foram no museu do MASP nunca foram em algumas regiões muito conhecidas por exemplo por turistas ao chegar em São Paulo pessoas que viveram a vida inteira nesses lugares no Rio de Janeiro Lucas foram ao Corcovado por exemplo mas que elas não vivenciam a cidade como todo porque por causa da
segregação sócio-espacial algumas pessoas acabam alguns grupos de pessoas acabam sendo segregados em algum outros núcleos e não fazem uso da cidade como todo isso vai estar intimamente ligada às condições financeiras as pessoas quanto maior condição financeira uma pessoa possui numa grande cidade por exemplo ela vai vivenciar espaços bem diferentes ou talvez uma uma quase totalidade dessa cidade tá E olha só eu falava aqui ó desigualdades e segregação socioespacial e ela vai gerar também esse deslocamento esses grandes centros onde gerar esses deslocamentos esses movimentos diários geralmente movimentos pendulares nós falamos sobre isso no vídeo aqui sobre
migração no canal E aí essa essa grande cidade vai apresentar alguns problemas principalmente aí no que se refere ao trânsito né a qualidade de vida quanto mais trânsito uma grande cidade a qualidade de vida tende a ser menor porque o trânsito é muito estressante você perde muitas horas no no trecho né do caminho para o trabalho e vice-versa para chegar em casa então você vai ter ele algumas dificuldades que isso vai contribuir negativamente para a qualidade de vida e aí essa desigualdade essa segregação sócio-espacial ela vem se materializando nesse espaço né as desigualdades econômicas ela
ela se materializa E hoje nós temos um movimento bem interessante assinar analisar nas grandes cidades nas média a cidade do Brasil que é o surgimento de condomínios por exemplo áreas privadas restritas a circulação apenas dos moradores é que fugindo dos grandes centros outras regiões mais violentas dos bairros procurando ali melhor segurança acabam pagando mais caro para viver nessas Áreas cercadas Áreas fechadas e nós temos por outro lado o processo de favelização as pessoas que não tem poder aquisitivo é que não tem grande poder aquisitivo dos trabalhadores é e informais na grande maioria ou pessoas desempregadas
acabou sendo empurrado as é para áreas que não seriam designadas para a moradia urbana A isso nós temos as favelas como exemplo mas também temos outros bairros outros moradias subnormais chamadas assim de moradias subnormais nesse tipo de moradia nós vamos observar ali alguns elementos fundamentais é que vamos observar por exemplo e os arruamentos são bem diferentes né as vielas são mais estreitas são tortuosas os terrenos são diferentes as casas né são sobrepostas umas sobre as outras não a rede elétrica adequada não há na maioria das vezes trata a água tratada né a água vindo da
estação de tratamento não a coleta de esgoto às vezes também não a coleta de resíduos sólidos tão vários elementos nessas áreas vão dizer que olha essa região é uma região aqui aonde é uma segregação sócio-espacial significativas enquanto nessa outra região também ao mar uma segregação Mas é uma segregação por é caráter financeiro as pessoas resolveram morar aqui e vivenciar esse espaço qual é o problema de tudo isso é que as pessoas vivendo dentro de condomínios né a cada vez espaços mais restritos ali você não tem mais aquela aquela cor é aquela aquela vivência pública do
dos indivíduos numa cidade cada vez ficando mais e mais restritos em Ilhas né como se fossem Ilhas ia Claro a população mais pobre a menos amparada empurrada para as áreas de risco para as áreas né consideradas as áreas de não valor imobiliário né porque as pessoas moram nesses lugares porque regiões aonde tem acesso a água energia né enfim ao saneamento básico são várias bem mais caras encarecem muitos terrenos Eles não conseguem pagar aluguel nessas áreas tão pouco comprar é lotes e construir aí nós temos um outro fenômeno Urbano da questão de segregação social que está
ligado essa construção de condomínios que a deterioração Urbana Que que é isso áreas antes muito ocupadas E aí por causa de ele fatores como por exemplo a violência acabou o espelhinho essa população desse local e essa população Foi viver em com a esses locais se tornaram ir locais com prédios com residências abandonadas as pessoas não querem mais viver ali então nós temos a deterioração Urbana nesse ponto é essa cidades que apresentam esse tipo de anomalia urbana é os prefeitos os administradores locais geralmente é a tribo incentivos fiscais para que empresas de prestadora de serviços ao
comércio se instalem nesses locais para tornar aquela área útil novamente ia a Gerar renda na gerar investimento Então são problemas também é urbanos muito presentes principalmente em grandes cidades nessas grandes cidades onde houve crescimento de condomínios as pessoas acabaram saindo deixando essas áreas obsoletas a E aí nós falamos de falamos aí de moradia precárias e olha só o mapa do Brasil ali ele mostra os aglomerados subnormais no ano de 2010 percebemos que a do Norte e região Nordeste são as regiões proporcionalmente fuma um população é com maior população em aglomerados proporcional tá em aglomerados subnormais
que são esses aglomerados subnormais o IBGE classifica junto com a ONU IBGE classificam esses aglomerados subnormais aqueles aglomerados com mais de 51 residências que não possuem aí a rede de coleta de esgoto que não possui um terreno geralmente são terreno de invasão são áreas de risco são áreas que não deveriam ser utilizadas para moradia das pessoas são áreas que não são propícias né para a dignidade humana e assim por diante Então essas áreas Esses aglomerados subnormais são áreas que são geralmente é tomadas por uma população mais pobre e que carece de muitos recursos na imagem
ao lado a gente pode observar que as casas as residências não possuem nem sequer telhados adequados né paredes até quase tá tudo feito os preços é para que as pessoas possam ter um teto para viver então esses aglomerados subnormais ainda é uma uma realidade muito triste no Brasil e aqui nós trouxemos uma estimativa né de domicílios com o IBGE preparou além 2019 de domicílios ocupados em aglomerados subnormais o estado do Amazonas e o Espírito Santo São os dois estados que proporcionalmente possui o maior percentual de domicílios em aglomerados subnormais em Total absoluto o estado de
São Paulo Rio de Janeiro são os estados que têm maior quantidade de domicílios em aglomerados subnormais claro que é a quantidade como São Paulo Rio de Janeiro sobre os Estados muito populosos essa mesmos e tendo essa quantidade absoluta muito elevada em relação à população é muito menor então percebemos que o as aglomerações subnormais de norte nordeste aí são as regiões são as áreas Olha lá Amazonas aí tem o Amapá tem que parar a Bahia e Pernambuco e os principais ali com aglomerados subnormais com índices muito elevados a é quando se pensa em aglomerados subnormais nesse
processo de favelização sempre de pensa nas grandes capitais do Brasil mas esse processo não está restrito apenas as grandes capitais cidades bem menores e cidades pequenas já possuem essas características de aglomerados subnormais principalmente na região norte região Nordeste e olha um outro problema social urbano que a gente verifica aos nos estudos de urbanização Esse é bem interessante que é o processo de gentrificação gentrificação ao processo que se dá pela melhoria de qualidade em alguns bairros Professor mais como que estão problemas como que isso é um problema social vamos entender o seguinte em algumas localidades administradores
públicos e voltados às aos interesses privados e na maioria das vezes faz obras obras de infraestrutura de modernização de urbanização geralmente bem assim em alguns bairros E aí pessoas com poder aquisitivo maior poder aquisitivo começam a direcionar para esses bairros Por uma questão de especulação Imobiliária porque as áreas além da são mais baratas mas houve um investimento público muito grande para melhoria da qualidade de vida e aí as pessoas que já viviam ali não consegue mais se fixar Porque as a o terreno fica muito caro o custo de vida fica muito alto o supermercado fica
mais caro tudo vai vai encarecendo naquele em torno E aí vai a traindo pessoas com maior poder aquisitivo e transformando transformando aquela área numa área super valorizada esse processo ele é muito visto em grandes cidades e em Nova York Por Exemplo foi um dos primeiros locais estudados a respeito desse processo de gentrificação ali na região do Brooklin e não Quem é essas regiões é muitas vezes recebem investimentos públicos que deveriam ser direcionados para a população como um todo mas esses investimentos acabam servindo para interesses de fins especulativos e Imobiliários A então esse processo de gentrificação
ele é um processo sim danoso mas é um processo que ainda existem muitos estudos alguns dias em que ele não traz tantos danos assim outros dizem que sim que eles trazem grandes danos aí para as populações e vamos falar de mais um problema social urbano ligado a todo esse processo de moradia nós vamos falar que os movimentos sociais É nos dos trabalhadores sem-teto por exemplo as pessoas que buscam e movimentos sociais e buscam reverter essa situação da falta de moradia esse Onde existe a desigualdade existe é essa questão da falta de moradia digna Com certeza
existiram movimentos o ligados às vezes muitas vezes a partir dos políticos inclusive já que a política faz parte da vida das pessoas e esses movimentos buscam aí é muitas das vezes invadir principalmente prédios terrenos casas e Imóveis estão abandonados por muito tempo e se instalam ali claro isso a questões sociais muito grande por trás de tudo isso a questões políticas a por trás de tudo isso a questões econômicas também geralmente eles perdem a ocorre a reintegração de poss ou isso dura vinte trinta anos e nunca ocorre a reintegração de posse eles ficam nessas edificações geralmente
sem estrutura sem energia elétrica Por que eles não têm termos de pós então a situação dessas famílias que vivem nessas né nesses assentamentos vamos dizer assim nessas ocupações são uma são situações bem distintas bem difíceis então esses movimentos eles existem por causa dos o que a gente viu anteriormente esses processos de urbanização mal organizados é infelizmente mal pensados para as nossas cidades Oi e aí vamos falar também da violência urbana Olha o outro problema Urbano Seríssimo que nós temos aí eu trouxe aqui para vocês do Brasil ranking da violência no Brasil nós temos ali os
estados né o ranking dos estados do Brasil ocupa até ocupava aí o terceiro lugar em 2014/2015 ele o terceiro lugar no ranking de homicídios entre crianças né de crianças entre nações Vale lembrar que o Brasil não é o país que está em guerra mas tem dados de homicídio como o país de guerra né que está em guerra então é uma situação bem complicada a questão da violência no Brasil EA violência no Brasil não está muito atrelada é os jovens principalmente jovens pretos entre 15 e 29 anos essa é a principal faixa etária e população pretos
pobres entre 15 e 29 anos são os principais as principais vítimas de homicídios no Brasil e aqui eu trouxe para vocês as 30 cidades mais violentas no ano de 2017 o Nordeste joga sol Nordeste o Quais são as regiões do Brasil com maior número de cidades na lista entre as mais violentas Altamira no Pará em primeiro lugar ali no ano de 2017 E aí nós vamos tendo aí uma situação bem delicada em e podem observar Altamira Lauro de Freitas Nossa Senhora do Socorro nenhuma dessa cidade só nenhuma das dez primeiras cidades que nós temos no
ranking das mais violentas são capitais ao contrário do que se pensa que as grandes cidades são as cidades mais violentas como elas possuem maior número de habitantes a taxa de homicídio que a cada 100 mil habitantes é muito mais baixo se você pegar taxa de homicídio de São Paulo né que a maior cidade do Brasil ela tem em torno da metade da Média né a média de homicídios em São Paulo é a metade da Média nacional é visto que as cidades é em torno de cem mil habitantes de até 150 mil habitantes tendem a ser
as cidades mais violentas na atualidade no Brasil a além de ser algo muito característico dos grandes centros urbanos né dos grandes aglomerados e das nossas capitais brasileiras pessoal muito obrigado por vocês terem assistido até aqui espero que vocês tenham gostado desse esclarecimento dessa aula a gente tem muito assunto para falar sobre os problemas sociais urbanos dariam em muitas aulas a tentei resumir o máximo possível para a gente poder entender um todo tá bom se alguém tiver alguma sugestão alguma dúvida pode deixar nos comentários em que nós vamos ser muito prazer em responder todos vocês muito
obrigado e até mais é E aí E aí [Aplausos] [Música]