Bom moçada, bora lá hoje não tem piada para abrir o vídeo porque o assunto é pauleira senta aí, passa cinto de segurança e vamos. Bom, como você já deve ter visto em algum local dessa tela o tema do vídeo de hoje é cura gay ou formas de matar. Eu tô colocando um título duplo porque eu vou fazer um movimento duplo no vídeo.
Primeira coisa que a gente possa olhar com sinceridade é pro massacre que o Estado de Israel tá exercendo sobre o povo da Palestina, eu refleti muito se eu dedicaria o vídeo longo desse mês a esse assunto, eu acho que tem uma série de pesquisadores e professores se dedicando a isso e a contribuição que eu daria com a leitura de um texto do Walter Benjamin, a gente já vai falar disso, seria uma contribuição de certa forma diminuta o que eu vou fazer a partir da leitura do Benjamin e de um batebola com a Judith Butler, tentar trazer para vocês a questão de quais vidas são em enlutáveis, por quem é possível que a gente sinta luto, quais mortes importam, e claro, quais vidas né para que haja uma morte importante a vida tem que ter sido também. Então logo de cara quero te indicar um texto do Vladimir Safatle publicado pela primeira vez na revista Cult esse texto se chama, Por que Israel nunca quis a paz. Estou indicando esse texto como caminho de entrada imaginando que o genocídio tá em curso há muitos dias os bombardeios do Estado de Israel comandado pela extrema direita capitaneada pelo Netanyahu estão transformando o Gaza num mar de destroços, 14 torres residenciais reduzidas a pó, agora já estamos na casa do milhão de pessoa em situação de rua, todos os crimes de guerra que vocês puderem imaginar, os antigos de armas químicas até os novos de obrigar uma população de civis a se deslocar atacar espaços civis, cortar água, luz, energia enquanto tem influenciador de Israel fazendo piada e chacota na internet com a situação do povo palestino.
Mas enfim imaginando que você de alguma forma já tá interado e interada senão essa primeiro movimento do vídeo é te interar. O texto do Professor Vladimir Safatle ele vai direto a alguns pontos derradeiros, o primeiro deles é dizer que esse é um assunto muito complexo, "Esse é um conflito muito complexo, essa é uma crise muito complexa". São estratégias imperialistas para afastar a opinião pública da questão.
O Vladimir Safatle que é um dos maiores intelectuais vivos que o Brasil tem, vai dizer, não há nada complexo aqui é na verdade muito simples e ele faz uma análise do imperialismo. Talvez um ponto que vale destacar e algo que o Vladimir diz no texto dele é que a Extrema direita em Israel, ela depende do Hamas, a ideia de um cessar fogo, a ideia de criar um regime de paz, a ideia seria impossível para que o governo de extrema direita que tá reformulando toda a estrutura política que tá tirando o poder do Supremo Tribunal tá reorganizando tudo como a gente conhecia naquela democracia Liberal burguesa, que vale contar para vocês é uma teocracia, tem Secretaria de assunto religioso, é um lugar onde democracia e fé e exercício religioso se embrenham e se entranha. A gente tem o costume no ocidente de chamar de teocrático tudo aqui que é Islâmico.
O que é judeu, nunca. Mas voltando, o Professor Vladimir Safatle diz uma determinada altura que é através da Guerra constante da crise constante que o Netanyahu consegue por exemplo como tá fazendo agora uma frente ampla, uma aliança inclusive com setores à esquerda em Israel para poder dar sequência ao plano imperialista e de limpeza étnica, que ele tá em curso agora. Acho que é importante também dizer como contribuição que episódios como esse eles trazem à tona uma máxima do Lenin que nunca esteve tão óbvia quanto nesse momento, em um determinado ponto da sua filosofia, o Lenin nos diz que para fora do poder material tudo é ilusão nós estamos como geração vendo a falência das Nações Unidas, a ONU não tem poder nenhum, não apita nada e as suas diretrizes, apontamentos e clamores não servem para nada quando quem manda no mundo tá pouco se lixando pra opinião da ONU.
Como o Estado genocida de Israel tem o apoio histórico, material, bélico dos Estados Unidos, outra potência imperialista do planeta, acreditar que a ONU seria capaz de fazer frente a esse poder imperialista é viver no mundo ideal e não no mundo material e real. O que eu poderia contribuir logo que começa o conflito e a gente não pode inclusive o Professor Vladimir Safatle diz isso no texto dele, a gente não pode ter nenhuma ilusão positiva sobre o Hamas. A gente sabe muito bem o que um grupo extremista religioso é capaz de fazer mas a questão não é essa, a questão é que a gente está defrontado com uma coisa que o Walter Benjamin em 1921 escreve na sua crítica à violência que é A Violência Divina, a gente tem, quando lê esse texto, não sei se você já leu se não leu se não leu ele vai est tudo aqui na descrição como sempre.
Quando a gente lê esse texto a gente tem muita dificuldade de contemplar, o que é isso que o Walter Benjamin diz quando ele fala de violência Divina, de expurgar da terra o inimigo, que o inimigo não pode ser compreendido pelo vocabulário que a gente usa na modernidade, ele não pode ser compreendido pela lei, pelo crime, ele não pode ser compreendido como algo a ser combatido mas como algo a ser expurgado, eliminado, mais ou menos como uma guerra Santa como uma guerra Divina. Por isso o termo violência Divina em oposição à violência mítica. Eu separei uma série de perfis, trabalhos, tanto de pessoas brasileiras quanto de pessoas palestinas ou descendentes de palestinas.
Também de pessoas que são judias e são críticas ao regime sionista da criação de um estado nação étnico e racial que visa expurgar, que visa exercer o poder de império sobre o povo palestino, que visa lidar com os palestinos como a gente conhece há mais de sete décadas com uma violência brutal no maior campo de concentração e extermínio a céu aberto do planeta numa espécie de tortura que não tem como acabar. O Vladimir é muito brilhante em apontar a Gênese do Hamas como algo produzido pela violência imperialista de Israel mas tem algo para além disso, quando o Vladimir nesse texto curto que eu comendo que você leia, consegue apontar como o projeto de paz é impossível sem que haja um freio no imperialismo de Israel, primeiro perfil que eu gostaria de recomendar que vocês seguissem, tudo vai estar descrito aqui também, é do Motaz Azaiza, eu não sei se essa é a pronúncia do nome dele mas ele é um Jornalista e um repórter vivendo em Gaza, compartilhando as imagens do horror ao qual uma população de civis está sendo submetida. a Hyattomar que é descendente de palestinos e que tem feito um trabalho conjunto com o Thiago Ávila na tentativa de dar dimensão do que tá acontecendo e produzir um Boletim diário do caos, recomendo fortemente que vocês acompanhem o Thiago que tem dedicado todos os esforços que ele pode mais uma vez para fazer com que o povo palestino não seja reduzido na mídia hegemônica a animais que tem que ser expurgados do planeta Terra.
Como a hegemônica titubeia em criticar a fala do secretário de defesa de Israel. A Maynara Nafe é um nome importante da Juventude engajada com esse trabalho também vou deixar as redes sociais dela aqui e o trabalho que ela tem feito, nosso camarada Jones Manoel dedicou todos os últimos vídeos do canal dele a refletir essa questão política, histórica e materialmente, explicando a cada vídeo de forma muito didática se você quiser acompanhar. Por fim eu vou deixar aqui também a conta de um amigo Judz que é filósofo e Doutor em filosofia ele estuda e pesquisa a Extrema direita ao redor do mundo ele é judeu e tem se posicionado de forma anti-sionista ou seja, contra os mandos e desmandos de um estado étnico imperialista de Israel.
Vale também acompanhar e que você saiba que o número de pessoas de religião Judaica que estão contrários a postura absurda de Israel é enorme, todo mundo que se entende de esquerda, em especial quem se entende de esquerda e Judeu está contrário ao genocídio e ao massacre que Israel tá produzindo. Dito isso eu vou usar esse vídeo para pensar outro genocídio e outro massacre quando a gente tá falando sobre contemporaneidade, atualidades é impossível abraçar o mundo com as pernas a gente deve se dedicar a um conteúdo e no nosso campo de esquerda esse conteúdo "passou batido", por isso eu vou me dedicar a ele que é a ideia de como no Brasil a gente ainda tem em curso uma cura gay apesar de já proibida há mais de 30 anos, três décadas, pelos conselhos de psicologia e como essa cura gay ainda faz vítimas letais da sua ideologia perversa. Quando eu disse logo no início que eu ia tentar articular a Butler e o Benjamin é para que a gente entenda uma coisa, aliás ambos judeus e a Butler tem se posicionado de forma veemente contra o massacre.
Vou deixar um texto dela recente aqui também. Voltando o que a Butler organiza na sua reflexão se você não conhece a Judith Butler ela é uma filósofa, estadunidense, hegeliana que tem se dedicado a pensar algumas questões ao longo da sua vida, nos anos 90 início dos 2000 ela produz uma teoria crítica de gênero, desde os anos 2000 para cá a sua obra tem se volvido a Constituição de Sujeitos, ao enlutamento, as vidas vivíveis e vidas matáveis e formas inteligíveis de existência nos nossos sistemas, seus campos principais de pesquisa são violência, democracia agora por que será que uma filósofa começa sua vida intelectual pensando o gênero e atinge a maturidade do seu pensamento pensando formas de ser entendido pelo Estado e não ser assassinado e assassinada. Bom se você acompanhou o último vídeo do canal sobre violência de gênero você já sabe, se você acompanha qualquer coisa do meu trabalho, você já sabe mas é porque, esses regimes de produção de sujeito são sempre regimes de produções de violência, agora é derradeiro que a gente seja capaz de entender uma coisa, o massacre em Gaza é nosso futuro, nosso, pessoas de minorias, racializadas, e da periferia do sistema capitalista.
É muito perigoso o que a gente vê no mundo é que as resoluções da ONU não existem, que crimes de guerra não existem, que tudo para além do poder material é mera ilusão e que acreditar que há acordos num certo sentido é não ter aprendido nada com a história dos povos. Essa luta para comunicar, conscientizar, explicar, elucidar, é uma luta para formar pessoas que se oponham a esses podres poderes lembrando algo que eu disse no nosso último vídeo longo, todo poder humano pode ser resistido e alterado por seres humanos. Esse episódio ao qual me refiro de cura gay e formas de matar, por isso o nome do vídeo, é o suicídio da Karol Eller Essa influenciadora digital que tinha 36 anos e era uma bolsonarista, era uma mulher lésbica que foi submetida a cura gay, se submeteu a cura gay e que agora, no dia 12 de Outubro as vésperas de uma nova internação numa comunidade religiosa neo pentecostal em Goiás se s*icidou antes de ir par a lá.
A minha última coluna pra carta capital é sobre isso, ela tem o mesmo título do vídeo, formas de matar e nela eu detalho um pouco mais do que vou fazer aqui. Mas se você tá por fora do que aconteceu a Karol Eller e fez uma postagem nas suas redes sociais dizendo ter havido perdido uma batalha ela passou o seu endereço pro Corpo de Bombeiros e o resgate e pulou do prédio onde morava. O Retiro Manarim em Rio Verde, Goiás é o palco da tragédia.
Esse grupo religioso essa seita fazia postagens elas são fáceis de encontrar na internet sobre a possibilidade de curar-se de ser gay, lésbica, bissexual, transexual, o que eles ofereciam era por módicos 250 reais a sessão uma terapia de conversão inclusive eles usavam a imagem da Karol Eller como um caso de sucesso um case de como o produto dele era rentável e tinha retorno de como era eficiente curar uma lésbica, que agora cometeu s*icídio. É importante ressaltar um ponto que é o seguinte, só é possível dizer tratamento se a gente entende doença não há tratamento pro que não é doença não há cura pro que não é doença, a chave desse pensamento de tentar entender que doença também é um discurso socialmente produzido pode ser encontrada por exemplo no trabalho do Michel Foucault em 1961 Foucault nos entrega o brilhante História da loucura, loucura e civilização no original no qual ele reflete ao longo da modernidade quais foram os discursos utilizados para reduzir um ser humano a um louco. Em que momento o louco era ouvido, em que momento as pessoas entendiam que o louco detinha alguma sabedoria que ele dizia o que alguns não conseguiam dizer, que ele via o que alguns não viam e em que momento as pessoas locas viraram alvo de genocídio.
No Brasil o nosso Episódio de holocausto aconteceu num hospício num manicômio de internação, as pessoas consideradas loucas e tiradas do convívio social. Vale contar a maioria delas não era louca, a maioria delas era um entrave político, econômico, familiar e foi através do discurso da loucura assassinada com o aval do Estado. Em 1963 Foucault prepara O Nascimento da Clínica, um trabalho minucioso, historiográfico e filosófico para pensar como o discurso do tratamento e da medicina aparecem e ganham vazão social como o discurso mais aceito e mais respeitado bom o médico disse isso é o tratamento, reside com essa esfera de poder a possibilidade de diagnosticar e tratar.
No entanto se a gente não olha para isso de forma crítica a gente esquece que essa esfera tá preenchida por pessoas e corpos e grupos que ela tem interesses. Vou tentar dar um exemplo para vocês famoso pros estudos culturais em 1851 na Luisiana um médico Samuel Cartwright chegou a um diagnóstico, a drapetomania, se você não entendeu eu vou quebrar os ovos. Um médico na Luisiana no 1851 ele é branco ou ele é é negro?
A Luisiana é um estado escravocrata ou liberal? A riqueza daquele estado e a elite depende do trabalho escravizado ou livre assalariado? Se você respondeu, você já sabe o que que vai acontecer com esse diagnóstico.
Drpetomania é a vontade incontrolável de fugir, e a partir de agora a pessoa que foge do regime de escravidão não tá fugindo porque ele é antiético, imoral, nojento, absurdo, a pior coisa que a humanidade produziu. Não, tá fugindo porque é um doente mental e com uma pequena lobotomia, com sedativo, com internação, com terapia de choque é possível tratar esse doente. Se você consegue perceber como uma elite branca que forma e informa médicos durante o 1800 vai ter um diagnóstico para pessoas escravizadas que fogem, você consegue entender o que que tá acontecendo quando a cura gay aparece no mundo.
Esses dados já foram ditos aqui no canal uma série de vezes, Organização Mundial da Saúde esfera de poder considerou a homossexualidade uma doença mental até 1990 não existe lésbica, não existe gay, existem doentes mentais. Aliás a transexualidade isso eu já disse aqui outras vezes, foi considerada pela Organização Mundial da Saúde uma doença mental até 2019 um ano antes da pandemia. Que Vale ressaltar aqui e sublinhar é um artigo produzido por um psiquiatra estadunidense o Jack Drscher que em 2015 prepara esse artigo chamado a despatologização da homosexualidade.
O Drscher vai analisar historicamente como o DSM né esse catálogo de doenças mentais, lidou com a homossexualidade ao longo das décadas, só para você saber o DSM passa a existir em 1952 na sua primeira edição a homossexualidade tá lá como uma doena mental. O Drscher vai contar da luta dos movimentos sociais, da A revolta de Stonewall, de como grupos médicos, de psicólogos, de psiquiatras organizados vão lutar contra o diagnóstico mas ele vai seguir em curso sofrendo pequenas alterações de como ele é considerado ou não considerado até 2013 lembra que eu disse a Organização Mundial da Saúde, esse é o CID Classificação Internacional de Doenças, o DSM né das doenças psiquiátricas, das doenças mentais e vai falar ainda sobre é um ego distônico, um problema de que esse sujeito tá sofrendo pela sua sexualidade, então a gente vai tratar. Meu anjo, e uma pessoa negra que sofre com a sua negritude porque é perseguida em supermercado, porque é alvo de tiro, porque é alvo de ação truculenta da PM, vai ser tratada da sua negritude?
E uma pessoa que sofre porque tem o nariz grande, porque é baixinha, vai ser tratada da sua implicação com o que o sistema demanda dela como doente mental? Não vai né. Mas magicamente uma outra sexualidade foi vista como uma doença mental até 2013, aqui no Brasil a gente tem um estudo brilhante de 2018 que foi organizado por um grupo de pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul esse grupo foi orientado pelo professor titular Ângelo Brandelli Costa e ele visa entender como no Brasil em 2018 os profissionais da Saúde psiquiátrica, psicológica, lidavam com a orientação sexual dos seus e das suas pacientes.
Crenças e atitudes corretivas de profissionais da Psicologia sobre a homossexualidade. É o título dessa pesquisa que vai concluir que, um a cada três profissionais entrevistados exercia ação coercitiva de cura ou conversão quando o paciente pedia ajuda. Ou seja, Doutor estou sofrendo pois sou lésbica, venha cá nós vamos trabalhar sua lesbiandade, nunca venha cá vamos entender como o sofrimento é produto de uma sociedade doente que te quer assassinada, nunca isso.
Mas venha tratar a sua sexualidade. Um a cada três lidavam com o paciente dessa forma se o paciente pedir ajuda. Agora um a cada nove ia ajudar um paciente que não pediu ajuda em mudar a sua sexualidade.
O professor de psicologia em Harvard Mark L. Hatzenbuehler tem um estudo muito famoso e recente no qual ele faz apontamento sobre quão sujeitos nós enquanto pessoas LGBT estamos ao s*icídio. Para que você saiba, nós temos seis vezes mais chance de tirarmos nossas próprias vidas do que uma pessoa cisgênero e heterosexual, a chance aumenta em 20% se a gente vende famílias que nos odeiam enquanto seres sexuais ou de gênero.
A Psicóloga Dalcira Ferrão aqui no Brasil em um comentário para a diadorim sobre o caso da Karol Eller, diz que esse ato não pode ser considerado apenas um suicídio mas auto extermínio, é quando a pessoa LGBT toma para si a função de exterminar, que o estado fala, que a mídia fala, que a cultura fala, que o direito fala, que a medicina fala, e pessoa não encontra mais possibilidade de viver e enfrentar e sucumbe ao discurso que a quer assassinada. Mais um estudo recente dessa vez de 2022 chamado, O fardo humanista e econômico das terapias de conversão na juventude LGBT nos Estados Unidos, relatou que mais de meio milhão de pessoas jovens e LGBT, nos Estados Unidos, o berço da Liberdade a terra da Liberdade, quase meio milhão de jovens passou ou esteve na eminência de passar por terapia de conversão no ano passado. O estudo mostrou que as pessoas que se submetem à terapia de conversão tem comummente desenvolvem sérios problemas psicológicos, taxas significativamente mais altas de depressão, problemas com o uso de substâncias e tentaram mais frequentemente o s*icídio.
Existe uma série de países ao redor do mundo que nos seus aparatos formais ainda permite terapia de conversão e a gente tá falando não de países da Periferia do sistema mas da sua centralidade, a Finlândia, a Dinamarca, Israel ainda são lugares onde por lei é permitido converter uma pessoa para fora da sua sexualidade, isso sem dizer países como o Brasil que segundo consenso de profissionais os apontamentos de profissionais da área isso não deveria ser possível há mais de três décadas, no entanto e a Diadorim nos mostra isso, ainda existem no Brasil 23 tipos de terapia de conversão sexual acontecendo agora enquanto a gente entrega esse vídeo para vocês. A antra e o ibrat fizeram um post compilando alguns materiais para você ter mais acesso ao horror e ferramenta para pensar como combatê-lo quando o assunto é terapia de conversão. O primeiro documentário Pray Away, tá disponível na Netflix, é de 2021 mas ele se reporta o ano de 2013 quando uma série de grupos religiosos neopentecostal desmorona nos Estados Unidos, Inglaterra, e Austrália quando seus líderes ex-gays e as suas líderes ex lésbicas eram pegos e pegas em banheiro de boate transando eram descobertos em suruba e bacanal enquanto eles e elas estavam vivendo sua sexualidade adoidadamente, os fiéis se suicidavam na tentativa de converter para fora de si uma sexualidade ou uma identidade de gênero.
Boy Erased uma verdade anulada, é mais um retrato de como uma vida pode ser retirada por uma família incapaz de conceber uma criança LGBT no seio de si. A gente vai ver a mesma coisa em O mau exemplo de Cameron Post e o que eu queria salientar para vocês é esse próximo que tá disponível aqui no YouTube, Orações para Bob conta a história de uma criança que se s*icida porque a mãe forçou ele a passar por terapia de conversão. Essa história da qual agora Karol Eller é protagonista, não é uma novidade.
O planeta tenta nos matar mais ou menos desde antes da gente ser capaz de se organizar como um grupo político com demandas, seja pela via do discurso médico ou do discurso religioso a gente é sempre um inimigo a ser extirpado da face da terra. Para terminar eu queria ler a frase final da minha coluna pra Carta Capital. Enquadrarmos como doentes é só mais uma das estratégias que os nossos inimigos usam para nos extinguir a gente segue na luta tentando dizer o Óbvio a doença tá no ódio deles.
Por esse mês é só, esse foi o quarto vídeo da nossa série. Como prometido esse mês a gente teve Rita em 5 minutos cultura é barbária, a gente teve mulheres sobre a Alessandra Munduruku, conheça essa mulher indígena que tá capitaneando uma luta contra as forças que estão destruindo o país, a gente teve o segundo episódio da série abc do socialismo, e agora esse vídeo sobre como são os discursos que tentam nos desumanizar para que seja mais fácil nos extirpar da face da terra.