Coração das Trevas (Joseph Conrad) | Tatiana Feltrin

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TLT - Ligando livros a pessoas Coração das trevas, de Joseph Conrad Onde encontrar o livro: https:/...
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[Música] olá bom hoje então a gente conversa um pouquinho sobre coração das trevas de joseph conrad que livro os senhores que ele foi este mas então esse livro que foi publicado o primeiro em fascículos em uma revista britânica ali em 1899 e depois de três anos ele saiu então publicado nestas partes juntinhos aqui em formato de livro mesmo não chega a ser um romance gente um livro curto ele tem cerca lide sei lá 100 páginas essa edição aqui que eu tenho em mãos que saiu recentemente pela editora globo traz no corpo do texto mesmo diversas
ilustrações então quando você vai lendo você tem ali a cada virada de páginas ilustração esse trabalho ficou bem interessante porque você vai vendo que conforme a história vai engrossando né essas figuras vão ficando cada vez mais opressoras eu diria tais como olhando aqui mas no final da história como ficam as ilustrações enfim mas sem essas ilustrações do livro não teria mais do que 100 páginas mas ao contrário do que você deve estar pensando aí por conta do número de páginas tudo mais esse aqui não é um livro fácil o livro que você vai pegar e
lerem uma sentada e se isso acontecer eu recomendo fortemente que mais pra frente você releia com calma mas daqui a pouco a gente fala mais sobre isso bem o joseph conrad era na verdade polonês e por vicissitudes da vida e tudo mais ele trabalhava como um marinheiro mesmo trabalhou em diversos tipos de embarcações e tudo mais em um dado momento de sua vida ele se candidata a uma vaga como capitão em uma embarcação que faria uma viagem pelo combo e inclusive fez parte da equipe de uma embarcação que pertence às companhias belgas nem lado rei
leopoldo segundo um dos maiores genocídios da história da humanidade sério gente vocês nunca leram nada a respeito de leopoldo segundo gabriel arleon não ficar impressionado com aquilo o congo durante muito tempo foi inclusive uma propriedade privada do rio ponto você não pode perder ele fazia o que bem entendia ali naquela região e é dito que metade da população do congo foi morta é dizimada mesmo durante esse período aí em que o leopoldo foi o do no congo mas então essa viagem que usa ficou rádio faz ao congo não lhe faz nada bem então assim só
para vocês terem uma idéia ele estava programado para ficar trabalhando ali durante dois anos ele não aguenta nem seis meses e volta para casa cerca de nove anos depois ele escreve este livro e aí a gente percebe realmente essa viagem ele deixou marcas tanto é que ele precisou escrever este livro contando então muito de sua experiência é o personagem principal aqui neste livro na verdade um dos que é um dos narradores também daqui a pouco a gente fala sobre isso o marlon é que a pessoa que vivencia que os fatos dessa história é na verdade
um alter ego do josué ficou honrado mas o interessante aqui nesse livro em momento nenhum é dito que a história se passa no congo no rio congo os nomes não aparecem aqui mas pelos detalhes que ele vai colocando ali na história dá pra saber direitinho o que ele está falando e como eu tinha comentado com vocês é o de joseph conrad é um polonês e ele é considerado um dos grandes autores da literatura britânica como assim né depois de muito trabalhar mundo afora viajando aí nessas embarcações ele resolve criar raízes na inglaterra e ele vai
aprender a língua inglesa isso depois dos 20 anos de idade e os contemporâneos de joseph conrad comentavam que o sotaque dele era mais britânico do que o sotaque da rainha da inglaterra então ele realmente estudou a fundo a língua inglesa realmente se adaptou ali como um britânico e tudo mais e isso faz com que este livro aqui seja diferente o joseph corré era considerado um autor no difícil mas ele usava assim um vocabulário rebuscado esse livro é conhecido pela sua pessoa excesso de adir ativação digamos assim então muitas críticas da época em que o livro
foi lançado davam conta ali do uso excessivo de palavras que ninguém mais utilizava e coisas do tipo durante a minha leitura dessa edição aqui em português eu também ouviu o ódio busca original então o que eu posso dizer para vocês é que ele pega um pouco a mão realmente ali na adjetivação na criação de imagens por meio de palavras rebuscadas e tudo mais isso se perde na tradução não totalmente o efeito da leitura do livro em português é bem semelhante ao efeito da leitura do livro original mas o que acontece aqui é mais ou menos
o que acontece também com a leitura de lolita e eu me lembrei bastante do nabokov aqui também porque ele era um russo que se naturalizar nos estados unidos também aprende super bem a língua enfim se adapta super bem escreve livros como lolita em vídeo aqui no canal deixar o link aqui em cima e embaixo também pra vocês dar uma olhadinha aquele livro tem esse efeito também é um livro mais indicado a ser limpo no original do que na tradução porque muito se perde realmente por conta ali da linguagem a linguagem tem um papel muito importante
naquele livro veja o vídeo vocês vão entender direitinho aqui também a mesma coisa com ela só uma linguagem aqui desse livro esse excesso de adjectivação em tudo mas eu fiquei com a impressão de que o efeito que o autor quis criar aqui nesse livro a utilizar a linguagem dessa forma seria um efeito de subjetividade porque afinal de contas quando você adjetivo alguma coisa você está colocando a sua impressão então sei lá se eu acho alguém lindo maravilhoso pode ser que você acha pessoa mais ou menos enfim adjetivo tem muito a ver com opinião com o
conhecimento de mundo e por ai vai em um outro efeito também que isso dá aqui no livro é o seguinte este livro tem cara de prova poética em alguns momentos o que é bem interessante porque essa história escabrosas talvez porque eu me lembrei tanto de lolita além desse livro também mas então essa questão do aspecto poético aqui nesse texto foi comentado também por uma das pessoas que escreveu aqui texto de posfácio ac/dc edição se eu não me engano foi o próprio paulo mendes campos que vai dizer que achar um livro que pode vir a interessar
muito mais ao leitor de poesia do que o leitor de prosa é um texto que vai se aproximar mais do leitor de poesia mesmo porque tem uma outra questão interessante também a forma como esse livro foi escrito é quase como se a gente estivesse lendo uma história através de uma cortina de fumaça então a gente nunca enxerga exatamente o que está acontecendo e isso foi muito bem adaptado aqui na hq essa aqui é uma versão em quadrinhos né do livro uma adaptação dos quadrinhos né do coração das trevas e toda a ilustração é feita mais
ou menos da forma que vocês estão vendo aqui nessa capa então olha só fica tudo meio porrada não dá pra gente enxergar nada com nitidez da só uma olhada então a que foi feita toda em preto e branco não que também condiz aqui com um texto né que todos hombre une a história inteira se passa numa penumbra danada também e você não enxerga quase nada com nitidez né é exatamente essa a impressão que dá ao ler esse livro só para ilustrar isso tem um momento aqui livro em que o marlon nesse personagem que está contando
o que aconteceu com ele vai dizer que ele viu de longe uma cabana protegida por uma cerca 500 e era uma seca diferente tal ele até tentou puxar que bacana e diferente das demais cabanas que ele tinha visto nessa tinha uma cerca e tal e aí quando ele se aproxima ele percebe que aquela cerca na verdade era formada por estacas e na ponta de cada uma daquelas estacas estava a cabeça de um nativo então depois que ele consegue sair da neva enxergar o que era aquilo né então tudo aqui nesse livro precisa ser observado com
bastante atenção para você entender realmente o que é que ele está querendo te dizer o que é que ele está querendo te mostrar voltando um pouquinho aqui a viagem que o autor do livro fez ao combo é o seguinte ele se candidata é pra entrar nessa embarcação da companhia belga e tudo mais e na verdade o emprego que ele consegue ou de capitão de uma embarcação só que já dei ele só conseguiu emprego como capitão daquela embarcação porque o capitão anterior tinha morrido no meio da viagem de uma doença misteriosa que é que você faria
numa situação dessa memória presságio que você já tenha logo mais enfrenta neste momento - joseph conrad uma pessoa que trabalhava para pagar suas contas para sobreviver em inglês e ele vai e aquilo livre dessa forma também que o aluno consegue seu emprego nesta embarcação dá até pra gente traçar um paralelo com moby dick né quando israel se candidata a ser ali um membro da equipe do pacote é aquele navio que vai em busca então da mobi dick não sei se você se lembra mas quando ele sai do escritório já empregado e tudo mais tem uma
pessoa lá fora quer dizer pra ele cara que foi que você fez você não devia ter se candidatado para esse emprego é para onde vocês estão indo mas antes de continuar comentando sobre o enredo do livro eu queria falar com vocês um pouco a respeito da forma como o livro é narrado então veja bem essa não é uma prerrogativa do joseph conrad outros autores do século 19 já tinha usado esse recurso também que é onde você ter um narrador contando pra gente uma história que foi contada a ele por uma outra pessoa então é aquele
efeito do não aconteceu comigo aconteceu com o amigo do meu primo vocês devem se lembrar por exemplo do morro dos ventos uivantes ou até mesmo do outro a volta do parafuso do regions então alguém na rua aquela história o narrador e agora narrador narra a história pra gente esse efeito do amigo do meu primo é bem interessante na literatura porque veja bem você acaba tendo um certo distanciamento dos fatos então esse narrador aqui ó tá dizendo assim não aconteceu comigo aconteceu com ele um abrigo então quando você conta uma história dessas na verdade que você
está fazendo e se eximindo da responsabilidade então se você não gostar dessa história que eu te contando a culpa não é minha culpa do amigo do meu prêmio não só que o que acontece ao mesmo tempo em que você se distancia dos fatos ao narrar lo dessa forma você faz com que os fatos narrados se aproximem do leitor ou da pessoa que está te ouvindo porque isso porque toda vez que você contar uma história para alguém dizer assim não aconteceu comigo não aconteceu com a minha amiga sei lá o que acontece com a pessoa que
está te ouvindo é que ela vai virar pra você vai dizer assim ah ah ah quanto seu amigo ela vai desconfiar de que aquilo aconteceu com você mesmo a facção thackeray por algum motivo não está querendo assumir a história entendeu então isso gera há um interesse vizinho a mais nessa pessoa para que ela te ouça para que ela preste atenção a sua história entendeu pode não ser essa a sua intenção mas é esse o efeito em triângulo que vai acontecendo você se distancia a história se aproxima da pessoa que está ouvindo então esse primeiro narrador
o que começa a contar a história pra gente está ali em uma embarcação eles estão descendo o rio tamisa se eu não me engano no meio da noite e junto aos demais marinheiros que estão reunidos jogando dominó se não me engano temos ali o marlon também e o marlon é conhecido como um cara que está sempre com toda a menor nota salienta o pessoal porque ele é um ele é mais velho ele é mais experiente então ele tem muitas histórias pra contar inclusive esse primeiro narrador é quando malu começa a comentar alguma coisa ali com
grupo vai dizer algo do tipo e nós sabíamos que estávamos fadados a ouvir mais uma história em conclusiva do marlon então olha que interessante só mais uma história em conclusiva então preste atenção porque logo em junho do livro você já sabe que você vai entrar em contato com uma história inconclusiva outra coisa interessante também é que o marlon alter ego do joseph conrad com isso será que ele está dizendo pra gente que todas as suas histórias são inconclusivas em ficar com essa dúvida além do coração das trevas assole o vitória então ainda não tenho tanto
os parâmetros assim mesmo ali na página 5 esse primeiro narrador vai dizer o seguinte olha só as narrativas de marinheiros tem uma simplicidade direta cujo significado cabe na casca de uma noz partida ao meio porém malu não era típico a não ser por sua propensão para tecer narrativas e para ele o significado de um episódio não estava no seu interior como uma semente mas ao lado de fora envolvendo a história que revelava somente como um clarão evidencia uma serração semelhante a um aluno e voado que por vezes se faz visível pelo brilho espectral da luz
da lua você tá vendo aqui o efeito do amigo do meu primo então esse narrador está dizendo assim olha essa história que parece inconclusivas essa história que parece inevitável o ada se ela fica muito claro pra você a culpa não é minha culpa do marlon o interessante quando a gente pensaria isso é que neodi usa porte já era um autor conhecido ele já tinha outras novelas outros romances publicados quando ele publica o coração das trevas mas tudo bem mas não começa então a contar com seus companheiros sobre essa viagem que ele viveu na áfrica não
diz ali exatamente onde mas essa é uma história que se passa quando ele ainda era jovem e ele era um jovem que acreditava no colonialismo veja só então como conrad ele se candidata a esse emprego nesse navio que vai então fazer essa viagem à áfrica nessa região onde as maravilhas do colonialismo estavam correndo solta linda mesmo maravilhas estavam sendo feitas ali para aquela população local em nome do progresso enquanto corria solta ali extração de marfim aí olha só antes de entrar na embarcação como capitão ele precisa passar por um exame médico e o próprio doutor
que vai atendê-lo vai dizer pra ele olha se preparar porque ninguém volta igual de uma viagem como essa ele está se referindo a linha problemas psicológicos mesmo aquelas pessoas voltam meio loucas e ainda algumas coisas pra gente pensar é o congo era realmente uma mata fechada naquela época hoje em dia já é vetada devastada na mesma mas enfim outro dia a gente estava assistindo aqui em casa um desses programas da national geographic em que você tinha duas pessoas sobrevivendo na amazônia é um deles inclusive era um capitão de resgate tudo mas não vejo a safa
né os dois aliás eram safos ali em questões de sobrevivência na amazônia e esse capitão num dado momento vai dizer que existe agora já não me lembro o termo que ele usa mas é um mal né uma doença entre aspas que acomete pessoas que ficam perdidas em florestas não é por conta daquela monotonia do verde nem conceder árvores para todos os lados vinham de todos os lados enfim essa monotonia causada pelo verde causa também uma desorienta são uma pessoa não sabe mais pra onde enfim se vocês souberem o nome desse mal deixa pra gente nos
comentários por favor mas então tem isso acontecendo lá no congo também com esses estrangeiros mas a gente tem também nessa questão da loucura bem início vizinho ac da viagem do marlon é quando ele vai contar aqui os companheiros ele conta que pode lhe ia chegando né conforme ele ia se aproximando do eu vou dizer congo mas aqui no livro não é dito enfim ele vê uma embarcação de guerra francesa atirando em direção àquela floresta e conforme ele vai se aproximando ele vai percebendo que aquelas pessoas estavam atirando na vegetação então é só um exemplo pra
gente ver até onde vai a loucura das pessoas que fazem uma viagem dessas agora uma coisa para a gente prestar bastante atenção aqui nesse livro já que ele não cita nomes mas se você tiver curiosidade de uma olhadinha no google você vai ver que o rio congo tem o formato de uma serpente então aqui ele vai dizer pra gente que eles estão descendo e se rio em formato de ser tente uma descida veja bem e conforme eles vão descendo eles vão percebendo que vai ficando mais quente eles vão tendo ali mais mosquitos envolta em fita
onde é que acha que eles estão indo pro coração das trevas heath e essa questão do título do livro é o coração das trevas também foi muito bem utilizado aqui nesse livro ele vai mencionar essa questão de trevas de penumbra escuridão de diversas formas diferentes aqui no texto conforme eles vão descendo e outro detalhe também além deles estaria sem esse rio em formato de 70 e tudo mais é que eles estão procurando aliás um ballo está à procura de quem está à procura do karts o homem além da enfim quem é o corte o cantes
provavelmente é um dos personagens mais interessantes da literatura é com certeza um dos personagens mais interessantes que hoje é a lei da vida e veja só você que ele quase não aparece então ele aparece nas conversas né nas farras das pessoas que o mal vai encontrando pelo caminho e cada uma dessas pessoas tem um retrato diferente para fazer do tocantins então o que a gente sabe de concreto a respeito dele é que ele é um grande funcionário lado a companhia belga por que ele é tão festejado por essa companhia bem ele é responsável pelo posto
mais rentável de trás de marfim ali daquela região só que vejam bem todos os nativos que trabalham provocantes consideram esse cara um deus ea segundo informações que ele vai colhendo aqui ali das pessoas que ele vai encontrando ele vai descobrindo que o câncer é considerado por muitos um grande intelectual ele é um grande jogador ele é um artista maravilhoso ele pinta ele dança ele sei lá toca piano maravilhosamente bem e ele também escreve relatórios maravilhosos então tudo isso que ele vai ouvindo sobre o corte só vai aumentando a curiosidade e ansiedade do mar é para
encontrá-lo e o que mais interessa ele é o seguinte é o fato de ele ter conseguido unir a exploração extrema naquele território a exploração extrema daquelas pessoas ao progresso e outra coisa também claro né como foi que ele conseguiu fazer esses nativos explorados por ele ao extremo tratarem como na de quem deus mas pelo menos pra mim o mais interessante aqui nesse livro foi acompanhar a mudança que é operada no aro ele passa por uma mudança tremenda então aqui no comecinho da história ele está contando ele vai dizer pra gente que ele era um jovem
muito otimista com essa questão do colonialismo ele realmente achava que tava uma maravilha lá no congo por conta do colonialismo mas quando ele chega lá e ele dá de cara com aqueles nativos sendo explorados daquela forma horrorosa então assim num primeiro momento aqui é um pouco chocante para a gente ler isso mas assim ele não consegue nem interessa aquelas pessoas são realmente pessoas dado um mau trato que eles recebem realmente então assim é realmente um pouco chocante eu vou ler um trecho pra vocês está na página 32 ele diz o seguinte ó eu vi o
demônio da violência e o demônio da avidez e o demônio do desejo ardente mas pelas estrelas todas aqueles eram demônios fortes vigorosos de olhos vermelhos que dominavam e conduziam homens homens eu lhes digo esses demônios que ele estava escrevendo são ali os estrangeiros comandando os nativos certo vamos lá porém por sobre a encosta da colina entre vik sob a luz do sol cegante daquela terra eu conhecer de um demônio plácido pretensioso de olhos debilitados de loucura voraz em piedosa o quanto ele podia ser também se de uso eu descobria somente muitos meses mais tarde e
mil milhas adiante está falando cantis por um momento eu me detive aterrorizado como ante uma advertência mas para baixo ele vai dizer o seguinte ó morriam lentamente era muito claro não eram inimigos não eram criminosos não eram nada de terreno naquela hora nada não ser sombras negras de doença e fome espalhadas confusamente na penumbra ver bea da isso é só para vocês terem uma idéia a descrição vai indo ladeira abaixo minha gente é um negócio impressionante e aí o que acontece aqui nos textos de apoio a gente fica sabendo também principalmente no texto escrito ali
pelo bernardo carvalho que o autor africano é chamado a shelby eu acho que assim se pronunciou o nome dele acusou conrad de representar os africanos como meros objetos de cena figuras exóticas ou monstruosas desprovidos de subjetividade e de interesse subjetivo o zumbi no inferno compondo o cenário para o conflito de consciência do branco colonizador mas gente nem nada disso conforme você vai lendo o livro como eu disse a vocês ele começa a xandão é que o colonialismo maravilha quando ele chega lá e ver tudo aquilo ele sofre aquele choque de realidade quando ele vai chegando
ao final né da história em que ele realmente precisa voltar à civilização beja só você olha só como ele vai descrever as pessoas que andam pelas ruas do mundo colonizado está na página 174 eu me vi de volta à cidade sepulcral olha só a cidade sepulcral indignado com a visão de pessoas correndo pelas ruas para surrupiar um pouco de dinheiro umas das outras devorar a culinária infame engolir a cerveja insalubre sonhar os sonhos insignificantes e estúpidos eles invadiram meus pensamentos eram intrusos cujo conhecimento da vida era para mim uma pretensão irritante porque eu tinha certeza
de que eles não poderiam saber das coisas que eu sabia a postura deles que era apenas a postura de indivíduos comuns cuidando de suas vidas com a garantia de total segurança me ofendia como as exibições revoltantes de loucura diante de um perigo que eles eram incapazes de compreender não tinha um desejo especial de iluminar los uma certa dificuldade para não rir na cara deles estão cheios de presunção estúpida então olha só ele acaba descrevendo as pessoas do mundo colonizado como zumbis também e vendo ali numa cidade sepulcral veja só você então no começo do livro
ele realmente vai descrever esses nativos né de uma forma quase se lá como se eles fossem realmente objetos em cena mas aos poucos a gente vai vendo a modificação que vai ocorrendo com malu é a modificação do ponto de vista dele principalmente quando ele volta para a sua terra é um horror mesmo o horror é um livro muito difícil assim principalmente no que diz respeito a esse choque de realidade mesmo pelo qual mala passou e o leitor está passando ao ler o livro também quando você tem em mente que este livro foi baseado em fatos
então autor realmente vence outro aquilo é claro que aqui a gente tem uma novela baseada em fatos nem tão o próprio personagem do cortes essa figura mítica nem quando a gente realmente enxerga o cancro através dos olhos do malo é um negócio impressionante gente e outra coisa interessante para o leitor prestar atenção também aqui no inicio deste livro é que o mar vai deixar bem claro que ele odeia mentira essa é uma forma do leitor compreender também tudo aquilo que ele está contando aqui é verdade só que até mesmo essa questão da verdade é um
pouco como é que eu vou dizer dobrada né ali no finalzinho da história afinal de contas como naquele trecho que eu li pra vocês ele deixa bem claro que aquelas pessoas de certa forma não merecem saber aquilo que ele sabe não merecem saber do horror que ele viveu enfim senhoras e senhores que livro espetacular eu amei esta leitura não é um livro fácil não é uma história fácil de engolir mas olha é expetacular essa edição aqui como eu disse para vocês alguns textos de apoio muito interessantes então o primeiro deles é o do bernardo carvalho
ele vai dá assim um panorama do livro mês ele vai colocar aqui pra gente uma leitura que ele fez do livro o que é muito interessante depois nós temos um texto ali da unisinos guerreira galvão que ela vai também comentar bastante sobre o livro mas vai principalmente comentar sobre a vida do joseph honra e vai traçando esses paralelos entre a viagem que ele fez ea viagem do marlon aqui no texto também depois nós temos praticamente ali um obituário de joseph conrad escrito pela vidigal ou então no dia em que joseph conrad morre ela escreve esse
texto no qual ela vai meio que humanizar o joseph como não sei se ela conhecia o joseph corré pessoalmente mas ela fala dele com bastante intimidade um texto bem interessante também sobre a figura do autor é o panorama respeito dos livros dele também que o livro se encerra também contexto muito bom escrito pelo paulo mendes campos aqui ele vai falar sobre as diversas chaves de leitura na praça lecy livro então ele vai dizer por exemplo o coração das trevas a relativamente uma novela curta cerca de 120 páginas o leitor de orientação política apenas verá o
brutal aspecto da exploração colonialista o leitor religioso o leitor inclinado para observação antropológica o leitor moralista todos os tipos de leitores podem ter um acesso particular a narrativa aí olha só mas o leitor ter sido eficaz entrar pela porta estreita da psicologia então essa questão de ele estar fazendo essa viagem ao coração das trevas ele vai ter o seguinte uma verdadeira aventura da novela é aqui o narrador e o leitor fazem ao coração das trevas na escuridão do inconsciente do negrume e sinistro da existência humana eu estou terminando de letra bem o crônica da casa
assassinada de lúcio cardoso e num texto de apoio que estou lendo a respeito deste livro é falado sobre essa questão psicológica e tudo mais do que aquilo que se passa no sótão de uma casa diz respeito à racionalidade e o que se passa no porão de uma casa diz respeito ao inconsciente então essa viagem de sendo um rio em formato de serpente e não seria aqui também no caso de uma leitura psicológico uma viagem ao inconsciente olha o que ele diz só trata se de um encontro com a treva interior um choque amargo talvez fatal
talvez indispensável o renascimento ou a renovação do espírito é só a gente se lembrar da modificação que vai ocorrer aqui com marlon ou certo livre excelente textos de apoio muito bem escolhidos para essa edição gente quem está aí procurando uma edição bacana de coração das trevas recomendo fortemente essa daqui vou deixar o link é mais pra vocês encontrarem a hq como eu disse para vocês é uma adaptação muito interessante do livro já mostrei pra vocês né como as ilustrações são sempre borradas parece que sei lá você tá precisando trocar o grau dos óculos têm sempre
uma névoa um granulado nas imagens na demitido exatamente como nada é nítido também aqui na escrita do que usa ficou honrado vou deixar o link pra quê lá embaixo também recomendo para quem nunca ganhou nada de joseph conrad queira ler um texto introdutório o por que ler os clássicos do calvino inclusive esse livro aqui gente é um compilado dão de textos do calvino que servem como introdução para diversos livros de diversos autores o texto do calvino sobre ocorra se chama os capitães de conrad então ele não vai falar somente do capitão marlow aqui do coração
das trevas mas de outros livros dele também é um texto curto hoje só vocês serve de introdução aqui para a obra do conrad e caso você tenha a sorte de encontrar este livro por aqui porque chocam livro incrível esse é que é a verdade das mentiras do mario vargas llosa em que ele compilou também diversos prefácios e textos que ele publicou em jornais revistas sobre determinadas obras o livro abre para você ter uma idéia com o texto dele sobre o coração das trevas e é um baita de um texto ele começa aqui não sei se
era pra vocês verem o subtítulo da primeira parte desse texto é o congo de leopoldo segundo sério se vocês nunca ouviram falar de leopoldo segundo mabel vem uma olhada nisso vocês vão ficar rouco fox também depois ele conta um pouquinho sobre a viagem do joseph conrad ao congo e finalmente ele conta então sobre a leitura que ele fez no coração das trevas olha só o que ele vai dizer num primeiro plano é sem dúvida uma dura crítica à inércia da civilização ocidental para transcender a natureza humana cruel em civil tal como se manifesta nesses brancos
que a companhia instalou no coração da áfrica para que explorassem os nativos e depredassem seus bosques e sua fauna extinguindo os elefantes em busca do precioso marfim então olha só presta atenção que vou dizer pra vocês nunca em hipótese alguma digite no google imagens extração de marfim estou falando sério eu fiz isso e sinceramente não tem como dizer aquilo que não façam isso continuando aqui apesar das condenações severíssimas que o escritor africano chinua achebe fez algum lance acusando-o de preconceituoso e selvagemente racista contra os negros esses indivíduos brancos representam uma forma pior de barbárie olha
só já que consciente e interessada do que o daqueles bairros canibais e pagam os que fizeram de curtis um pequeno deus é isso retrato que faz dos colonizadores aqui nesse livro é mil vezes pior do que o retrato que ele faz os nativos sobre a forma como o livro foi escrito é só uma atmosfera as vezes de confusão as vezes de pesadelo no qual o tempo se a densa parece se mobilizar para logo ao saltar a outro momento de maneira sim culpada deixando vazios intermediários silêncios e suposições só que me lembro também pedro páramo do
golfo então meus amigos livre incrível se você nunca leu leia recomendo fortemente veja também o filme do coppola né caso nunca tenham visto o apocalypse now é um livro em que ele vai se basear no coração das trevas para contar o grosso da história em outra época e em outro lugar então o filme se passa na guerra do vietnã ea gente tem ali também uma situação muito semelhante aos colonizadores prometendo maravilhas ativos e quando aqueles soldados chegam lá percebem que não é bem aquilo que está acontecendo por ali existe um canto só ser descoberto ali
dentro também você já viu esse filme deve ser lembrado marlon brando pois é minha gente morra então é isso que vocês nos próximos vídeos do canal um beijo grande e até mais
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