Duvido você deitar numa cama de prego, tipo essa aqui. Dessa aí não, né? Daquela com os pregos tudo apontando para cima.
Mas você tem uma pronta ou eu vou ter que fazer essa cama de pregos? Você adora fazer as coisas. Faz uma aí e deita.
Ai ai. Eu não sei porque eu caio nesse tipo de desafio. Hoje a gente vai fazer uma cama de pregos e deitar nela.
Não, essa cama aqui, né? Uma cama de pregos de verdade. Por que que a gente inventa essas coisas, né?
[Música] Ai. Em 1900 bolinha, quando a Mari ainda tava grávida da Helena, a gente resolveu fazer uma cadeira de prego e deu muito trabalho. A base tinha mais ou menos 33 por 33 cm.
A gente colocou um prego a cada centímetro. Isso quer dizer que a cadeira tinha praticamente 1000 pregos. Como é que foi?
Era uma placa de MDF com 2 cm de espessura ou 1,5, não lembro. A gente fez um furo para cada prego, pr dar uma acelerada no processo e depois pregou um por um. Dessa vez eu queria fazer tudo absolutamente diferente, porque é muito maior.
Pelo meu tamanho, a gente discutiu aqui, acha que uma cama de 60 cm de largura por 1,90 de altura tá mais que suficiente. Dá para eu deitar ali tendo contato com todos os pregos. Se a gente seguir a mesma lógica da cama anterior, que é um prego por cm, o número total de pregos é esse vezes esse, que dá 11.
400 pregos. Vamos tentar fazer uma técnica diferente, que é colocar um prego a cada 1,5 cm. Vai ser um pouco menos 60 di por 1,5.
Aqui vai ter 40 pregos, aqui vai ter 126, que dá um total de0 pregos. Talvez esse número não esteja dando a dimensão de quanto prego isso significa. Você tem ideia de quantos quilos pesariam 5040 pregos?
Eu também não faço a menor ideia. Vamos calcular. 5,72, que quando a gente multiplica por40 dá 28,800 g de prego.
Sem contar o resto da estrutura. Vai ser uma cama bem pesada. Essa parte então tá resolvida.
Agora fazer 5. 000 furos na madeira, acho que a gente não precisa mais disso. Daria pr resolver no laser, só que ele não consegue fazer furo de 1,5 de profundidade, 2 cm.
Eu pensei numa solução intermediária. Esse MDF de 6 mm de espessura é uma coisa que o laser ainda consegue cortar bem. O problema é que se a gente fizer um furo aqui e depois colocar o prego, essa madeira ainda é muito fina para suportar o prego.
Vai formar uma alavanca em que ele vai entortar. Essa cama não vai durar a primeira dormida. Então o que que a gente pensou aqui?
usar uma madeira de 6 mm. Depois a gente coloca alguns espaçadores, vai ficar um buraco aqui de 6 mm também e outra madeira de 6 mm embaixo. E aí a gente corta no laser os buracos, vários buracos, buracos.
Aí é só vir com o prego daqui para cá e a gente teria, ó, um prego aqui. A cabeça do prego fica aqui embaixo. Desse jeito a gente tem uma região aqui de 18 mm.
em que o prego vai estar preso. Isso eu acho que já vai dar uma firmeza suficiente. E eu preciso confessar que é bem gostoso ficar fazendo cálculo, desenhando.
Agora precisamos botar a mão na massa. O Dani fez um desenho no Fusion para cortar no laser. O diâmetro do furo tá um pouquinho menor que o prego, que é para ele passar meio apertado para ficar bem firme.
Nossa ideia é fazer essa cama em módulos mesmo, porque ela não caberia inteira no laser e assim também a gente consegue aproveitar o máximo possível dos pedaços de MDF que a gente tem. É tanto furo que mesmo usando laser tá demorando mais de uma hora para fazer cada módulo que vão dois pedaços de madeira. 4 horas depois a máquina tá cansada, mas nosso ombro tá inteiro.
É uma lindeza, né? Tudo alinhadinho assim. Vamos colar para colocar os pregos.
Agora, primeiro a gente vai instalar os espaçadores aqui, que são aquelas pecinhas que deixam uma chapa distante da outra. Ele é feito do mesmo MDF das chapas, então tem 6 mm de altura. A gente calculou uns quatro espaçadores aqui.
Primeiro eu passo a super cola nas pontas e no meio. E depois eu vou com uma cola que é PU. Ela expande um pouquinho e endurece bem rápido.
É legal para colar a madeira porque a gente já consegue sair usando em poucos minutos. E é lógico que um dos segredos aqui é alinhar bem uma coisa com a outra, senão os pregos vão ficar todos tortos, penteados para um lado só e vai ficar horrível. Mas a solução é simples.
A gente usa os próprios pregos para dar um alinhamento. A cola depois que expande fica meio espumosa. Olha que legal aqui dentro.
Agora é só fazer tudo com bastante [Música] jeitinho. Começar a [Música] martelar. Tá no fim.
Tá no fim. Tchan tchã tchã tchan tchã tchã. 1040 pregos.
A gente fez tipo em meia hora o que na primeira cadeira de prego, sei lá, a gente demorou umas 4 horas pr fazer. Não é por nada, mas eu nesse momento preciso parar esse vídeo aqui pr gravar o carrinho que anda com a gravidade. Então o Dan e o Lucas vão dar conta de terminar os outros [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] móveis.
Pregados. Só que isso aqui, na verdade, é meio que o colchão da cama. A cama mesmo a gente vai ter que construir agora.
Vamos fazer o esqueleto da cama com uma madeira que se chama Kumaru. Ela é extremamente dura, é até ruim de furar, sai fumaça. Para vocês terem uma ideia, primeiro tem que fazer um furo mais fininho de 3 mm, que é a medida da parte de dentro do parafuso.
E na madeira que tá para fora, a gente faz um furo maior de 4 mm, que é a medida da parte de fora do parafuso. Assim, ele vara a primeira madeira e só engata mesmo, só prende na segunda. Entre as madeiras, a gente vai usar de novo a cola PU.
E a ideia é fazer uma cama que seja um retângulo com três travas no meio e seis pernas, porque a gente tá achando tudo isso pesado demais e não sei se o meio da cama sem essas pernas intermediárias vai aguentar. Quando meu avô era criança, na década de 40, ele trabalhava em Piedade numa fábrica de camas, as camas patente, lá na Vila Elv. Na época dele não tinha parafusadeira, a bateria não.
Acho que era mais difícil do que a gente tá fazendo aqui. E sim, não falei errado não. Quando meu vô era criança, na época dele criança trabalhava.
Oh, aguenta [Aplausos] bem. Antes de testar esse negócio, vamos só entender qual que é a lógica do macão de pregos. Se você tiver só um prego e fizer força em cima dele, toda a sua força vai em cima daquele prego.
Se eu tiver mais pregos, aqui por exemplo, tem 16, a força que eu vou colocar, ela se distribui entre os pregos. A força, então, em cada prego é 16 vezes menor. Então, é bem é é mais difícil de estourar a bexiga em cima dos 16 pregos do que de um prego.
É, não foi muito bom ela ter estourado. E é lógico que se você tiver 5. 000 pregos e deitar em cima dessa cama, o seu peso é distribuído em cima dessa quantidade de pregos.
Claro que não de 5. 000, porque eu não vou preencher a cama inteira, mas tipo uns 2 ou 3. 000 pregos.
Eu, por exemplo, tenho 85 kg. Se eu dividir isso em 2. 000 pregos, dá 42 g por prego.
É bem pouco. Mas aqui a gente tem dois problemas. O primeiro é que a gente aumentou o espaçamento em relação à cadeira de pregos que a gente fez da primeira vez.
Isso aumenta bastante o peso por prego. O segundo problema, que é pior ainda, a gente só foi descobrir fazendo a cama, é que os pregos não têm o mesmo tamanho. Então, se você olhar bem rente as superfície, você vai perceber que tem um prego ou outro que se sobressai e aí o peso vai primeiro em cima dele.
No começo ele vai aguentar todo o peso. Se for uma coisa bem dura, por exemplo, naquele ponto, talvez todo o peso dela fique concentrado, o que é péssimo. E aí, que que a gente faz?
Corta a ponta dos pregos para acertar tudo. Vamos desse jeito mesmo. É, não tá tão ruim assim.
Vai. Tava bem melhor que isso aqui. Um teste básico pra gente ver se a distribuição de peso tá acontecendo pelo menos razoavelmente bem.
É usar um isopor, o tijolo e um pouco de inteligência. E aí, como que tá o isopor embaixo? Oh!
[Música] Oh! É mais ou menos. Mais ou menos.
Talvez a gente tenha exagerado um pouco no teste. É, se isso aqui fosse minhas costas, eu diria que eu ganharia uma tatuagem pontilhada, né? Outra experiência é tacar uma fruta aqui em cima para ver se ela finca nos pregos.
Se fincar, você sabe que não é um bom sinal. Não vou jogar com muita força porque também aí já é demais, né? Não era bem isso que a gente tava [Risadas] [Música] esperando.
Cadê a Mari nessas horas? Go de óleo de prego, sei lá o que. Como vocês puderam ver, é uma cama muito segura, que assim, não faz nada no isopor, nem na maçã.
É só tipo uma metralhadora. Vamos lá, né? Não faça isso em casa.
Mas eu tenho que experimentar essa cama de pregos. Vamos começar sentando nela e vendo. Ah, é desconfortável, mas dá pr aguentar.
A densidade de pregos é mais ou menos a metade daquela cadeira de pregos que a gente fez a primeira vez. Você sente assim alguma coisa dando uma furadinha de leve, mas é só usar uma calça velha que nem essa aqui que já tava furada. E tudo bem.
Sentar funciona. Será que dá para deitar? Eu não posso deitar sem nada na cabeça porque a cabeça é redonda.
Então vai ter um ponto dela que vai pegar num prego e aquele prego vai aguentar todo o peso da cabeça, que é bem pesada. Então vou botar um pedaço de isopor aqui que é só para proteger a minha cabeça. E vamos [Música] lá.
Essa camisa aqui eu gosto dela, ó. Vamos pegar uma camisa mais velha, né? Não que essa aqui seja nova, mas é bom dar uma enroladinha antes desse momento.
Não vai ter como fugir desse momento, né? Vamos lá. O pior é se ajeitar aqui em cima, né?
que você não pode colocar a mão direito. [Música] [Música] А, falar para vocês que no meio das costas eu tô sentindo como se fosse aquele isopor que a gente deu a martelada No resto é uma coisa que deita no chão. Por que que a fábrica não faz os pregos tudos do mesmo tamanho, né?
E não foi a que a gente foi fazer. O Bora ver, hein? O legal disso aqui é que é o mesmo princípio da faca.
Se fosse só um prego, é como uma faca afiada. Toda a força tá sendo colocada numa linha muito fininha, numa área muito pequena. Então é muita força numa região muito pequena e aí corta.
Se a faca não tiver afiada, essa região onde é colocada a força é muito maior e ela não consegue cortar. É o que tá acontecendo aqui, como se fosse uma faca sem fio. Até dói um pouco, mas ela não corta.
E se a gente quebrar aquele tijolo no meu peito? Antes das minhas costas se transformarem num chuveiro, eu só queria lembrar vocês, ai, como que eu levanto isso aqui, sem colocar a mão? Meu Deus do céu.
Uh. Que no primeiro semestre a gente tá lançando dois livros. Mistérios do universo, que é um livro básico de astronomia, lindo de morrer, e o grande livro de biologia, que faz parte da nossa coleção de grandes livros, com matéria que pega o ensino fundamental dois e praticamente o médio inteiro.
É um livro para te acompanhar durante toda a escola. Se você quiser saber mais sobre os livros, tô deixando o link deles aqui embaixo. Fechou?
Vamos lá quebrar esse jogo. Pera aí. Vamos lá.
Face shield. E a placa? Para eu poder segurar o tijolo.
Vai na inteligência. Qual que você prefere? Prefiro o jeitinho.
Tá bom, vamos jeitinho. Oh, que delícia. Batendo agora ficou fácil de deitar.
Com luva na mão. É outros que ó lá, Dani. Ai, meu Deus.
Por que que a gente inventa essas coisas, né? Pode ir. [Música] Ai.
Ah. Ei, caramba. Ai, aqui é a manual do mundo.
Ah, pô, Dani, mas você não teve dó, hein, cara? Ai, nossa. Se isso aqui não vale um joinha, eu não sei o que [Música] vale.
Se você gosta desses desafios doidos, uma vez a gente comprou uma fruta que ela tira o gosto de azedo das coisas. Você consegue beber vinagre achando que tá tomando um suquinho. É muito louco.