Samba e democracia, por Lira Neto

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TV da Democracia
Neste vídeo do Democracia Conceitos, o jornalista e escritor Lira Neto fala sobre o samba brasileiro...
Video Transcript:
[Música] aí o flamengo o carnaval contagia todos bioware é aqui nessa irmão o carnaval é hanna [Aplausos] [Música] eu busco tentar compreender tudo né a grande grande aventura da informação e da consolidação do samba no brasil um grande gênio musical nacional e molho a partir das suas raízes a partir da tentativa de entender como é que esse samba sair de uma posição inicial de marginalidade é associado à criminalidade associado a algo precisava ser domesticado suavizado ao ponto até o ponto em que ele se transforma nesse ritmo hegemônico a gente tem que compreender que a matriz
é do samba ela é aniston a mente explicitamente african claro que ao chegar no brasil essas populações negras que tinham sido transplantados é da áfrica de forma violenta para o brasil elas entram em contato com outros códigos é importante ele lembrar que essas pessoas elas começa elas faziam parte de uma coisa muito heterogênea de várias faces povos várias nações facid homens para as etnias e que no processo a escravidão determinando o processo de atravessar o atlântico elas foram unificados num único conceito conceito de escravo conceito portanto de mercadoria humana mas nem se ela já brasil
né ô o germe né o dada a diversidade é a essência da diversidade e aqui em portanto ela não tem nenhuma dificuldade e também se inserir esses outros códigos recebendo múltiplas influências é que vão resultar nesse amal da manhã que é o samba brasileiro desde o início não é o samba se vê preparado com a questão do aparato repressivo no primeiro momento o sambista perseguido pela polícia tinha que inventar novas formas é de sobreviver a essa essa repressão é inclusive às vezes utilizando se de expediente se que o fazia é cair exatamente aquilo que a
polícia chamava de marginalidade a gente tem que sempre em mente que a chamar famosa ainda vadiagem de 1890 ela é decretada dois anos após a abolição dos escravos portanto é os negros os descendentes de escravos e escravos é um principal alvo desse aparato repressivo que a unia uma pena de prisão todos aqueles que não tivessem o pastor fi fixa emprego fixo ó a nova lógica do mundo do trabalho instituído a partir de então ignorava o negro como uma força se aproveitava a pena aproveitar desse mercado então portanto as cadeias estão lotadas de letras e muitos
desses livros inclusive sambistas não é coincidência que boa parte dos sambistas que dessa primeira fase nessa fase pioneira foram fechados na foram presos em delegacias ou presídios o que fornece inclusive o pesquisador um vasto material é a partir da leitura dos inquéritos policiais nos inquéritos jurídicos só contam o samba é visto por alguém para alguns por exemplo como um símbolo de resistência que resistência cultural e por outros como um objeto de constantes do mês são de constante atualização é essas visões extremas não dão conta da complexidade da coisa porque ao mesmo tempo é que o
samba assim sempre se afirmou como um signo de resistência ele também é passou por esses processos de apropriação e num período específico da nossa história nos anos 30 a 45 que é exatamente é também não por coincidência o símbolo é o período dos estatutos da primeiras 15 anos na chamada era vagas em que o brasil viveu esses 15 anos com exceção de um lapso em telefilme um denim tegma democrático o brasil viveu sob o regime de exceção sobre ditaduras é sobre congresso fechado mais um samba nesse processo nesse momento ele é alvo de um do
processo de apropriação de um lado o surgimento da indústria do entretenimento de um lado a consolidação do mercado fonográfico a consolidação é do rádio do surgimento do cinema vai transformar essa mercadoria tentando inclusive suavizar um desafio organizar no embranquecer lo e todo lá um projeto nacionalista projeto de nação da era vargas também tenta se apropriar de samba colocando inclusive como um dos símbolos da nossa suposta identidade nacional o importante é perceber que o samba mesmo duplamente impactado pelo mercado do estado ele consegue construir mecanismos de negociação mecanismos de sobrevivência e se reafirma c e significa
se reinventa se ela mora produzindo é nova sistemática nossas possibilidades sonoras novas possibilidades questões isso vai se repetir em vários momentos da nossa história é essa relação permanente durante por exemplo a ditadura militar o samba era ali um dos últimos bastiões da democracia assim como ele tinha enfrentado é é a resistência ea o que é enfrentar uma parada ofensiva do estado novo a partir de 64 se você analisa é assim os documentos dos órgãos de censura o samba é uma das dos alvos privilegiados dos sensores vários sambistas tiveram suas músicas ligadas libertadas então a todo
momento o samba está nessa nessa não seleciona dupla neste domingo o movimento cada vez mais o mercado eo aparato repressivo pelo mexicano por outro lado ele está sempre se reinventando que está sempre se revela morando assim com toda é a situação como toda a cultura não é imóvel querer que a cultura popular querer do samba pela instituição para o tempo é em busca de uma suposta pureza é transformar a cultura a cultura popular em mero folclore o que não for claro é a cultura popular desprovida da sua capacidade da sua força criado para quando você
tenta é desesperadamente uma busca por um tempo para ser perdido tentando utilizar a cultura popular sempre ela tem a sua capacidade permanente de recriação e portanto de insubmissão [Música] o samba agoniza mas não morre alguém henrique sob o nome antes do suspiro derradeiro sam um bar lembro forte destino foi dura nem te perseguir na esquina do guti errei inocente pé no chão a 30 o guia do saleh te abraço que envolveu [Música] mudar toda tua estrutura tinto 0 e você é um nenê
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