Filosofia e felicidade, com Marcia Tiburi e Mario Sergio Cortella

na história do da Filosofia na História do Pensamento eh os autores clássicos a gente encontra o termo felicidade eh na Grécia antiga e os gregos usavam o termo eudaimonia Então você encontra eudaimonia na ética anico por exemplo do Aristóteles e a eudaimonia significava um estado da alma mas a o estado da alma não seria pro Aristóteles não seria um ele não seria circunstancial também então não se confunde simplesmente com o prazer com a alegria e a felicidade era para naquele contexto aristotélico era era a máxima virtude então o melhor na que que significa máxima virtude

o melhor jeito de se viver o melhor jeito de se viver é o jeito de se viver feliz a filosofia tem uma fórmula antiga que serve até de anedota em filosofia para a felicidade é uma fórmula felicidade é igual realidade menos expectativas Olha só que coisa tranquila felicidade é igual realidade menos expectativas felicidade é uma vibração intensa em que você sente uma vitalidade exuberante mas ela não é um estado contínuo a felicidade não é uma coisa permanente Aliás a felicidade são instantes episódios em que você sente a vida te L ao máximo eu acredito que

a gente pode viver a vida eh num sentido intenso e da no sentido intenso da própria exuberância criativa que é a vida e isso não implica que eu vá sei lá virar esportista nem que eu vá precisar voar de asta ou que eu precise ter um amor apaixonado sempre pode ser uma coisa bem mais miúda bem mais simples e é óbvio também que uma feliz não é uma vida livre de tristeza eu acho que felicidade não é sinônimo de Euforia e muita gente hoje Procura estados eufóricos especialmente com o consumo seja de produtos seja de

fármacos né e Euforia não é felicidade se a felicidade não for simples se ela for adornada em acesso se ela for pletor inchada de coisas desnecessárias nela mesma a felicidade não é felicidade ela é isso sim um assamento né um inchaço de situações a simplicidade é o simples o simples não é o simplório uma felicidade pensada nesse sentido ela não será de jeito nenhum o meu lucro com a vida ou aquilo que eu ganhei ou qual foi a vantagem de viver e não será também simplesmente o sentido como algo que vem pronto mas sim o

sentido que eu invento a o projeto que eu consegui construir para mim considerando que esse projeto tem que me mostrar alguma coisa acerca do que significa viver as pessoas podem ser felizes de maneiras completamente diferentes no entanto para que a vida possa ser feliz a gente precisa romper com o preconceito a gente precisa romper com certos valores absolutamente capitalistas a gente tem que aprender a reconhecer o nosso lugar nesse mundo junto com outras pessoas por isso que importa pensar a felicidade como uma categoria ética e certamente eh uma vida feliz é uma vida eh em

que a felicidade se torna uma potência a partir da Justiça quer dizer ninguém vai poder ser feliz numa sociedade injusta há pessoas que acham que a felicidade é a posse de bens materiais como isso de fato produz uma felicidade que é muito Rasa porque ela é muito momentânea muito episódica muito veloz a pessoa entra num processo obsessivo de imaginar que essa consuma né a posse contínua de coisas é que vai deixá-la feliz e a deixa isso sim num estado de ansiedade muito grande que a felicidade na vida vem daquilo que é o essencial o essencial

é amizade lealdade Fraternidade sexualidade religiosidade muita gente confunde o essencial com o fundamental fundamental que me ajuda a chegar ao essencial por exemplo dinheiro não é essencial dinheiro é fundamental sem ele eu tenho problema mas ele em si não me Felicita por você não compra sexualidade com dinheiro você compra sexo você não compra amizade você compra interesse você não compra fidelidade você compra reciprocidade por isso não é que dinheiro é desprezível é que ele em si não é suficiente desse ponto de vista a quase totalidade dos erros se dá quando se procura a felicidade naquilo

que é o secundário em vez de buscar a sua fonte primária que é o que nos dá de fato autenticidade eu posso sempre me colocar as velhas perguntas que são perguntas maltratadas o que estou fazendo aqui nesse mundo nesse planeta quem sou algumas dessas questões podem ser coletivas outras podem ser particulares a felicidade nesse sentido também ela pode ser particular e ela pode ser coletiva Mas ela não se constrói fora e das questões que eu coloco para mim todos nós queremos uma resposta todos nós queremos muito uma resposta e e nós no entanto abandonamos as

perguntas ficamos loucos por uma resposta a publicidade a religião o poder a economia todas essas áreas todos esses campos ofertam respostas bem prontas e quando a gente faz filosofia a gente aprende a se relacionar com perguntas a reencontrar as perguntas perdidas Talvez esse reencontro com as perguntas perdidas seja um um bom jeito de começar a procurar um caminho de felicidade i