Você acabou de clicar nesse vídeo e agora você está me vendo e escutando minha voz. Isso é impressionante já que os arquivos desse vídeo estão originalmente nos servidores do YouTube, talvez a milhares de quilômetros de distância de você. E ainda assim é possível assistir esse vídeo de maneira quase instantânea.
A gente toma isso como garantido, mas esse é um feito humano incrível. Agora, como isso foi possível? Como esse vídeo chegou até você?
Pra saber disso vamos conhecer uma teia gigantesca, interligada e vibrante, que se estende por todo o globo, pulsando informação. Informação como uma mensagem, uma música ou um vídeo como este, que corta oceanos, montanhas e cidades, à velocidade da luz, direto para a tela do seu dispositivo. Em que no coração deste espetáculo impressionante está você, o observador, a peça final do quebra-cabeça, recebendo a informação no instante em que ela é requisitada.
Vamos agora ver uma dança de luz e dados, que nos permite ultrapassar as barreiras de tempo e espaço. Vamos ver como esse vídeo chegou até você com muita fibra óptica! A internet é uma rede de redes que conectam máquinas em todo o mundo.
Quando você clica pra assistir um vídeo, você está pedindo pra outro computador se conectar ao seu e compartilhar informação. Que pode ser desde um texto, uma música, ou uma bela peça audiovisual. Porém existe um grande problema, essas duas máquinas podem não estar muito perto uma da outra, elas podem estar em lados opostos do mundo.
Por isso é necessário ter uma grande infraestrutura que conecte as duas. Isso claro pode ser feito apenas com satélites e algumas antenas, até chegar no seu celular. Mas o grosso da internet não funciona assim, a espinha dorsal da internet na verdade é feita de cabos, muitos deles, e uns são realmente compridos.
Hoje existem quase quinhentos cabos submarinos. Uns são relativamente pequenos, como o Scotland-Northern Ireland 3, que só tem quarenta e dois quilômetros. Já outros cabos são imensos, como o Asia-America Gateway Cable System que possui cerca de vinte mil quilômetros de extensão.
Juntos, todos os cabos no mar possuem combinados por volta de um vírgula quatro milhões de quilômetros de comprimento. O que é o suficiente pra dar trinta e cinco voltas ao redor da terra. É bastante coisa!
Inclusive eu estou nesse exato momento na gravação desse vídeo falando da cidade com o maior número desses cabos no mundo. Sim, Fortaleza por ter uma posição geográfica estratégica ela acabou se transformando no maior hub de cabos submarinos. Tem até uns cabos que chegam na praia do futuro que são literalmente alguns metros daqui!
Esses cabos chegam nas praias mas nós não conseguimos ver eles, porque aqui no litoral eles ficam enterrados. Diferentemente da parte oceânica deles. Pra conectar um litoral a outro, um navio parte de um e vai navegando e desenrolando o cabo gigantesco.
O cabo vai simplesmente afundando até encostar no fundo do mar e… fica lá. Sim, a espinha dorsal da internet fica casualmente exposta no meio do mar. Exposta a pessoas fazendo besteira ou apenas um tubarão com dentes afiados.
A princípio parece uma ideia errada, mas funciona! Isso funciona graças a medidas de precaução. Por exemplo, na hora de deitar esses cabos no chão oceânico, é prestada muita atenção em qual o caminho mais seguro.
Procura-se evitar áreas de ancoragem de navios, regiões de pesca, e zonas de falha geológica. Os responsáveis por esse trabalho inclusive gastam um considerável tempo explicando pra outras indústrias marinhas onde está a localização dos cabos. E já que não adianta pedir gentilmente pra natureza não destruir nada, são usados alguns revestimentos espessos pra proteger o cabo de danos mecânicos e da umidade do ambiente.
De forma que a espessura final é de alguns centímetros de diâmetro. Apesar de que o real cabo que realmente está transmitindo a informação é bem mais fino. Ele possui um diâmetro de apenas cerca de alguns milésimos de um milímetro, ou algo por volta da espessura de um fio de cabelo humano.
Mas mesmo sendo tão fino, essa tecnologia foi capaz de mudar a internet pra sempre. Essa é a fibra óptica! Um fio de fibra óptica tem esse nome justamente porque ela é fina como uma fibra e sua utilidade tem a ver com suas propriedades ópticas, mais precisamente como ela interage com a luz.
Toda hora há objetos interagindo com a luz, e de maneira simplificada essas interações podem ser classificadas como absorção, reflexão, e refração. Por exemplo, quando você está tomando sol numa praia com ou sem cabos submarinos a sua pele interage com o sol. Ela absorve uma parte da luz, e outra é refletida.
Já um espelho absorve muito menos e reflete muito mais. Porém somente um objeto com algum grau de transparência consegue deixar a luz atravessar e sofrer refração. A refração é algo interessante porque a luz nesse caso não está sendo absorvida nem refletida, ela só muda o meio pelo qual ela está viajando, ao invés do ar, ela pode passear pela água de um copo d’água.
E normalmente isso causa uma certa distorção pra um observador externo. Se a luz atingir a água em um certo ângulo, ela continua seu trajeto no líquido em outro ângulo. A refração é exatamente isso.
Pronto, é isso, essas são as três maneiras de interagir com a luz. Porém se a gente continuar a vasculhar vamos encontrar outro quarto tipo de interação. E ele é que permite a fibra óptica fazer a sua mágica.
Bom, ok. A luz bateu na água de um copo e entrou nesse meio em um ângulo diferente através da refração. Certo!
Mas se a luz mantém sua trajetória lá dentro ela vai tender a encontrar o outro lado do objeto e escapar, voltando a viajar pelo ar. E assim como no momento de entrada no objeto transparente, na hora de sair ocorre mais uma vez a refração. E o ângulo muda de novo.
Fantástico. Mas agora imagine que temos um objeto muito comprido e transparente. Algo como uma fibra óptica.
Elas são feitas de plástico ou, na maioria das vezes, de vidro especial e… é isso. Não é uma tecnologia de outro mundo. E por serem transparentes, elas são capazes de refração, então se a gente jogar um raio de luz numa ponta dela a luz pode sair na outra ponta.
Legal! Porém o problema é que pra isso acontecer a fibra precisaria estar perfeitamente retinha, o que na prática não acontece. Ela é um material flexível e o seu caminho de uma computador a outro com certeza não é nada perto de uma linha reta.
As curvas vão existir e elas são oportunidades pra luz dentro da fibra escapar um uma refração. Mas tem uma maneira de contornar isso. Ao redor da fina fibra ótica pode-se colocar uma camada extremamente reflexiva que funciona como um espelho.
Por causa dele a luz quando encontra a superfície interna da fibra não consegue escapar, acaba encontrando o espelho e é refletida de volta pra dentro em um fenômeno conhecido como reflexão interna. A luz pode tentar sair de novo mais vai encontrar o mesmo obstáculo e vai ser refletida internamente de novo. Com isso, uma vez dentro, a luz tende a permanecer lá até chegar à outra ponta do cabo praticamente sem alterações.
E é isso que torna a fibra óptica tão especial. Ela é capaz de transmitir a luz praticamente sem perdas. Claro que no meio do caminho vão existir pequenas perdas, mas ainda assim é muito pouco.
O sinal recebido na ponta final do cabo é de extrema qualidade. E isso permite que o maior diferencial da fibra óptica entre em jogo: a quantidade de informação que ela pode carregar. Agora, como a luz pode carregar informação?
Bom, basicamente tudo pode ser usado pra carregar informação, basta que uma linguagem seja estabelecida entre o emissor e o recebedor dela. E pra entender isso vamos imaginar dois navios, cada um com uma lanterna. Eu sei, é estranho, mas um dos navios realmente precisa mandar uma mensagem, enviar uma informação.
Mas todos os sistemas de comunicação dele estão sem funcionar, então o jeito é usar lanternas. O navio que vai emitir a mensagem é o emissor deles, então acende e apaga a luz algumas vezes, esta é a mensagem. Então o receptor, o outro navio recebe esses sinais de luz e os interpreta com base em um conjunto de regras já conhecidas entre os dois, que pode ser por exemplo o código morse.
Com isso, o receptor da mensagem recebe três sinais de luz curtos em sequência que significa a letra S. E três sinais longos um O. E depois outro S.
Vira SOS em código morse, e alguém toma uma atitude e vai ajudar o navio. A mensagem é enviada e interpretada corretamente. Ela serve ao seu propósito, e tudo feito apenas com a luz de lanternas.
Impressionante. Isso é possível graças a dois sinais distintos: o curto e o longo. Com a repetição e a mistura desses sinais distintos é possível criar um código pra cada letra do alfabeto, algarismo decimal e outros símbolos da escrita.
Porém o código morse não é a maneira mais rápida de se enviar uma mensagem. Ele foi pensado para humanos, e humanos são lentos. Na verdade seria mais eficiente substituir por um código binário, em que a luz acesa corresponde a UM e apagada à ZERO.
Esses UNS e ZEROS são a menor unidade da informação e podem ser definidos em breves intervalos de tempo, em minúsculas frações de um segundo. É como se a gente fatiasse um segundo em bilhões de pequenos intervalinhos de tempo, em que se a luz acesa ou apagada em cada breve preciso momento determina se o bit de informação é UM ou ZERO. Claro que existem outras maneiras de codificar informação na luz.
De repente seria melhor manter um fluxo contínuo de luz. Em que os UNS e ZEROS são apenas variações da amplitude da onda de luz. Ou seja, a luz está sendo modulada pra conter informação.
Inclusive é possível fazer outros tipos de modulação mais complexos com mudanças mais sutis entre as ondas. Em que a amplitude não precisa ter apenas dois estados, mas pode ter vários estados intermediários. Com pequenas diferenças sutis.
Dessa maneira as ondas de luz conseguem carregar múltiplos bits de informação numa mesma fração de tempo. Ou seja, elas são capazes de transmitir mais dados por segundo. E ainda em cima de tudo isso existe a possibilidade de misturar ao mesmo tempo luzes de frequências diferentes cada uma com uma cor ligeiramente diferente.
Assim criando uma profusão de informação sendo carregada simultaneamente. Agora pra que isso seja possível, é muito importante que a qualidade do sinal seja boa. Ou seja, o que sair do emissor deve ser exatamente igual ao que deve chegar no receptor dessa luz.
Então no meio do caminho a luz não pode ficar fraca ou sofrer interferência externa. Se isso acontecer mesmo pequenas alterações podem mexer na fina e delicada maneira que ela carrega informação. Visualize isso, bem aqui.
Se a amplitude das ondas possuir apenas dois estados, ela não vai carregar muitos bits de informação, mas esses dois estados vão conseguir ser distintos o suficiente pra que pequenas alterações na amplitude não embaralhem o sinal e ele permaneça claro o suficiente pra ser interpretado pelo receptor. Por outro lado, se a amplitude das ondas possui estados intermediários que são mais parecidos entre si, elas vão carregar mais bits de informação, porém é mais fácil embaralhar esses estados e o receptor confundir a informação. E se você somar a quantidade de ondas de diferentes frequências, de diferentes cores viajando juntas tudo ao mesmo tempo, então as chances de que pelo menos algumas delas sofra um pequena alteração, parece bem grande.
Mas existe uma maneira de evitar isso. Pra evitar que o sinal fique fraco demais, ou sofra interferências externas, nada melhor do que usar um cabo de fibra óptica. Sua construção de fibras de vidro rodeadas de espelhos por baixo de algumas camadas de proteção formam a solução perfeita.
Certo, agora esses dois navios estão com um cabo de fibra óptica, muito bom. Só que pra conseguir enviar e receber esses sinais luminosos tão rapidamente e de maneira tão precisa, ao invés de uma pessoa com uma lanterna e outra vendo de outro navio, cada embarcação vai usar máquinas pra isso. Computadores.
E claro, que ao invés de lanternas, os computadores vão precisar de uma luz mais forte e concentrada, como um laser. Com isso, as tripulações de cada navio podem achar tão interessante a ideia, que podem acabar querendo se conectar a outros navios, com outros cabos, formando uma rede, que cresce e começa a se conectar com outras redes de outros conjuntos de navios. E em certo momento, todos percebem que nem sequer precisam de navios, cada um passa a usar apenas o seu computador.
E tcharam! Acabamos de explicar a infraestrutura base da internet e como conseguimos transmitir tanta informação. Graças a ela, podemos hoje desfrutar de altas velocidades em casa.
O que é ótimo, porém, nem tudo são flores. Ou melhor, nem tudo são fibras. A tecnologia da fibra óptica é relativamente recente e ainda está sendo instalada a infraestrutura necessária pra que ela chegue até a sua casa.
E esses últimos metros são mais difíceis. Eu sei que isso pode parecer estranho, porque como pode existir há um tempo cabos submarinos gigantescos com milhares de quilômetros de fibra óptica e não ter um de alguns metros até a minha casa? Bom, pra explicar isso, temos que ver a demanda por esses cabos.
Tudo bem que esses cabos submarinos são absurdamente gigantes e caros, mas eles atendem a demanda por internet de grandes regiões do globo. Um único cabo pode abastecer milhões de pessoas. Enquanto que o cabo que vai até dentro da sua casa só supre a demanda de uma família.
Ou seja, é fácil investir dinheiro em cabos que milhões de pessoas vão se beneficiar e pagar por isso, mas é mais difícil ter um cabo pra somente a sua casa. Quem vai se beneficiar e pagar por isso será só você ou a sua família. Do ponto de vista econômico, esse último cabo são mais difíceis.
Por isso que ao invés de chegar a fibra direto nas casas, pode ser que as empresas apenas passem um cabo na rua e liguem os últimos poucos metros com outros tipos de cabos, que não tem a qualidade de sinal da fibra. O sinal neles pode não ser capaz de transmitir várias frequências de luz simultâneas, o sinal ficar mais fraco ou sofrer interferências mais fácil, e isso impacta diretamente na quantidade de bits de informação que vão conseguir passar, cria-se então um gargalo. O que é uma pena, já que nos últimos instantes da jornada desse vídeo até a sua casa, depois de ter viajado o mundo na velocidade da fibra, é encontrado um obstáculo, e a velocidade diminui consideravelmente.
E quer saber de uma coisa pior ainda? Você pode estar se confundindo. Existem casos de pessoas que no momento de contratação de uma provedora de internet pensam que estão contratando fibra, mas na realidade não é fibra de verdade.
A fibra óptica de verdade é aquela que chega dentro da sua casa, assim fechando o trajeto inteiro, inclusive os últimos metros. Já a suposta “fibra” é aquela que não chega realmente até sua casa. Talvez chegue na sua rua, mas ela não entra de fato na sua residência.
Os últimos metros não são fibra e por isso sua internet que você pensa ser fibra óptica, na verdade usa uma tecnologia diferente. Por isso na hora de contratar sua provedora de internet é bom sempre ficar atento pra saber se você está adquirindo o serviço que você pensa que está adquirindo. E a melhor maneira de garantir uma fibra de verdade é com a Oi Fibra, nossa parceira pro vídeo de hoje.
A Oi Fibra nos convidou pra falar hoje sobre o tema de internet fibra porque ela garante fibra de verdade até você no momento de contratação, até o último metro. Pra que você use internet de alta velocidade de verdade. Na hora de contratar internet fibra, é preciso ver quem está comprometido com o propósito de proporcionar conectividade de qualidade para todos.
A internet fibra de verdade é fornecida por quem não se contenta em apenas chegar ao bairro, à rua ou ao poste mais próximo, mas sim por quem faz a conexão final, trazendo a fibra óptica até dentro do seu lar. Essa abordagem permite uma conexão mais rápida, estável e confiável, entregue diretamente na sua casa. Tudo graças ao poder da fibra óptica, essa maravilha da tecnologia.
Capaz de transmitir quantidades gigantescas de informação à velocidade da luz, ela está transformando a maneira como nos conectamos, como trabalhamos, como aprendemos e como nos divertimos. E a chave para aproveitar ao máximo essa maravilha tecnológica é ter fibra óptica até o último metro. Para que assim, possamos ter o futuro em nossas mãos, literalmente.
Então, da próxima vez que você estiver navegando na internet, lembre-se dos incríveis cabos de fibra óptica que tornam tudo isso possível. Como eles cruzam os oceanos, atravessando milhares de quilômetros de distância. Protegido no interior de cabos, a fibra resiste às intempéries dos mares.
Ela vai guiando na velocidade da luz feixes luminosos que vão ricocheteando dentro da fibra. E são eles em que em uma mistura colorida de diferentes frequências é capaz de carregar o mais importante pilar da sociedade globalizada, a informação. O acesso à informação é capaz de transformar vidas, e mudar o mundo.
E por isso com a internet fibra de verdade, não estamos apenas construindo uma rede, estamos construindo o futuro. E você está convidado a fazer parte dessa jornada inspiradora. Vamos juntos, iluminando o caminho com a luz brilhante da fibra óptica, rumo a um mundo mais conectado e promissor, um bit de informação de cada vez.