SABERES DOCENTES E FORMAÇÃO PROFISSIONAL - MAURICE TARDIF

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Felipe Aragão
Saberes docentes e formação profissional / Maurice. Tardif. - Petrópolis, RJ : Vozes, 2002. Acesso a...
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[Música] olá pessoal nós faremos agora a análise dos principais pontos estão presentes na obra saberes docentes e formação profissional de morrer cidade trata se de uma obra bastante importante no universo da educação tem como foco o estudo do saber docente a não de um ponto de vista fragmentado né a compartimentalizada mas sim de um ponto de vista político ou seja o saber dalsente como sendo a junção de vários saberes então a tarde fico vai tratar neste livro dos saberes experience ice do saber curricular do saber disciplinar o saber oriundo da formação profissional né ah e
também do saber cultural nós estamos diante de um livro que a todo momento a faz referências ao conceito de saber a como é constituído e se sabendo ao sentinel então por vezes vocês que farão a leitura desta obra completa verão que há sempre uma retomada dos conceitos abordados no início do livro ou seja é como se nos primeiros capítulos ele trouxesse as suas definições de saber como se constitui o sabe inocente ele fala também de saberes experience ice saberes profissionais e depois no restante do rio ele vai explicando novamente estes conceitos que já na introdução
ele começa com uma problematização quais são os saberes que servem de base a ofício do professor como esses saberes são adquiridos através da experiência pessoal da formação recebida no instituto numa escola normal uma universidade através de contato com os professores mais experientes ou através de outras fontes na verdade nós veremos neste livro que os saberes que servem de base à ofício de professor é com essas são constituídos né por todos esses elementos seja através da experiência pessoal da formação a inicial da experiência contato com outros professores né tudo isso constitui o saber que serve de
base ao ofício do professor portanto é de suma importância que nós compreendamos que o saber do professor não é oriundo apenas da formação inicial aquela formação de base à formação científica realizada nos institutos de informação nós temos os cursos de graduação licenciatura né então a é de suma importância que a gente entenda b isso o saber do professor não é hora de um do apenas a formação inicial mas sim de toda complexidade vivida por este professor a gente pode até citar alguns exemplos né nós mesmos caso a vocês sejam professores né quando nós estamos em
sala de aula é comum nós basear mãos certas ações né de acordo com aquilo com aquilo que a gente vivenciou enquanto estudante naturalmente a enquanto estudantes né nós tínhamos aqueles professores que serviu de referência tinham também aqueles professores que a gente a percebia que não agradavam muitos dos alunos que não agradava os alunos então essa toda essa nossa experiência enquanto estudante este nosso contato com os professores a gente vai adquirindo saberes e vai utilizar estes saberes também em nossa prática docente né então a constituição do saber do professor começa antes mesmo da sua formação inicial
e vejam só o que ele diz o saber não é uma coisa que faltou no espaço o saber dos professores é um saber deles está relacionado com a pessoa e a identidade deles com a sua experiência de vida e com a sua história profissional com as suas relações com os alunos em sala de aula e com os outros atores escolares na escola então vejam só como o saber docente é bastante complexo é ele é formado por meio de todos esses saberes naturalmente esse saber não pode ser visto como algo acabado né é sempre algo que
está em constante mutação o saber dos professores é um saber social por vários motivos pelo que nós já falamos aqui né é óbvio que o saber dos professores vão saber social agora ele é um saber social porque é partilhado por todo um grupo de agentes os professores que possuem uma formação comum embora mais ou menos variável conforme os níveis ciclos e graus de ensino trabalham numa mesma organização estão sujeitos por causa da estrutura coletiva de seu trabalho cotidiano a condicionamentos e recursos comparáveis entre os quais programas matérias a serem ensinadas regras estabelecimento etc logicamente este
saber docente sofri influência né dos documentos prescritivos seja a nível da própria instituição o nível mais amplo não é que é o caso a da própria legislação educacional e nós podemos até mesmo fazer aqui uma referência ao que paulo freire diz né nós enquanto ensinamos estamos aprendendo né por isso que nós temos aí famosa frase ensinar para aprender é ensinando e se aprende a ensinar então este saber que é oriundo da nossa própria prática ele o é também por conta dos nossos alunos os nossos alunos nos ensinam como ensinar mais um motivo para entender que
este saber docente é um saber social ea todo momento à tarde vai fazer questão de demonstrar quem saber é social ele não é um saber individualizado um professor nunca definir sozinho e em si mesmo o seu próprio saber profissional ao contrário esse saber é produzido socialmente resulta de uma negociação entre diversos grupos o saber não é uma substância ou um conteúdo fechado em si mesmo ele se manifesta através das relações complexas entre professor e seus alunos e mais à frente ele destaca isso o saber dos professores é profundamente social e é ao mesmo tempo o
saber dos atores individuais que o possui e incorporam a sua prática profissional para a ela adaptá lo e para transformá-lo o saber dos professores com tenham conhecimentos e um saber fazer cuja origem social é patente por exemplo alguns deles provém da família do professor da escola que o formou e de sua cultura pessoal outros vêm das universidades ou das escolas normais outros estão ligados à instituição então o pessoal já nesta introdução nós podemos destacar aí a informação de que o saber dos professores é um saber social e este último parágrafo que constrói o material de
vocês da introdução representa muito bem esta idéia indo para o capítulo 1 nós temos os professores diante do saber o esboço de uma problemática do saber docente o saber docente um saber plural estratégico e desvalorizados nós já vimos né que o saber do accent é um saber por ao né daí é sua característica social e aqui que tarde isso vai falar dos saberes profissionais né há aí um campo mais amplo que é o de saber né dentro desse campo amplo nós vamos ter os saberes profissionais pode se chamar de saberes profissionais o conjunto de saberes
transmitidos pelas instituições de formação de professores nas escolas normais ou faculdade de ciência da educação então o pessoal estes saberes profissionais são aqueles oriundos da própria formação inicial do professor nós vamos ter também os saberes disciplinares esses saberes integram se igualmente a prática docente através da formação inicial e contínua dos professores nas diversas disciplinas oferecidas pela universidade podemos chamá los de saberes disciplinares então esses saberes disciplinares a dizem respeito ao aspecto do conteúdo do que vai ser ensinado os saberes disciplinares são transmitidos nos cursos e departamentos universitários independentemente das faculdades de educação e dos cursos
de formação de professores então o pessoal esses saberes disciplinares têm como foco o próprio conteúdo da disciplina nós vamos ter também os saberes curriculares estes saberes correspondem aos discursos objetivos conteúdos e métodos a partir dos quais a instituição escolar categoriza e apresenta os saberes sociais por ela definidos e selecionados como modelos da cultura erudita então estes saberes curriculares são saberes digamos a prescritos né que deverão ser utilizados ou mesmo abordados na própria prática docente aí nós temos objetivos conteúdos e os métodos que serão utilizados na prática docente né tudo isso está envolvido dentro desse campo
que é o do sangue dos saberes curriculares vamos ter também os saberes experienciais os professores no exercício de suas funções e na prática de sua profissão desenvolve os saberes específicos baseados em seu trabalho cotidiano e no conhecimento de seu meio esses saberes brotam da experiência e são por ela validados né então geralmente quando nós terminamos um curso de licenciatura e vamos para a prática efetiva em sala de aula nós acabamos percebendo que alguns aspectos vistos na formação inicial ou seja alguns saberes adquiridos né na formação inicial acabou não sendo utilizados da forma como a gente
imaginava que seriam utilizados em nossa prática docente num no dia a dia a e ao perceber que os saberes não não seriam utilizados da forma como a gente imaginava nós acabamos fazendo aí algumas mudanças e essas mudanças são fruto de nossa própria experiência enquanto professor é como por exemplo a no início da carreira docente né nós elaborarmos atividades e imaginarmos que esta atividade teria alguns a alguns resultados o mesmo no que diz respeito à ao próprio tempo que esta atividade teria para ser aplicado em sala de aula geralmente isso acabou não acontecendo da forma como
a gente imaginava depois a gente vai aprendendo que certas atividades devem ser realizadas em um determinado momento da aula outras atividades a gente deve a realizar no início da aula são saberes que a gente vai adquirindo por meio da própria prática e isso pode colaborar também para o sentimento no sentimento de resiliência o professor resiliente é aquele professor que vai a ficando mais preparado diante das dificuldades que surgem em sua prática de sala de aula agora ele vai ficando mais preparado conforme ele vai se deparando com situações adversas e diante dessas situações adversas ele vai
produzindo conhecimento o conhecimento experience ao pode se chamar de saberes experience ice o conjunto de saberes atualizados adquiridos e necessários no âmbito da prática da profissão docente ou que não provém das instituições de formação nem dos currículos são saberes práticos e não da prática eles não se superpõe à prática para melhor conhecê lo as se integram à ela e delas são partes constituintes enquanto prática docente e forma um conjunto de representações a partir das quais os professores interpretam compreendem e orientam sua profissão e sua prática cotidiana em todas as suas dimensões indo agora para o
capítulo 2 saberes tempo e aprendizagem do trabalho no magistério nós vamos ver aí que de fato o trabalho modifica a identidade do trabalhador pois trabalhar não é somente fazer alguma coisa mas fazer alguma coisa desse mesmo consigo mesmo fazendo aqui uma alusão ao que dermeval saviani fala que o trabalho constitui o próprio ser humano né nós enquanto seres humanos considerando a nossa ontologia né a nossa própria história como ser humano temos aí o trabalho então o trabalho de fato ele faz parte da nossa própria ontologia e claro o trabalho modifica a nossa identidade uma vez
que enquanto nós trabalhamos nós estamos nos modificar andando então o próprio trabalho docente modifica o docente nós estamos em constante transformação e neste capítulo para disso vai falar novamente sobre saberes da pluralidade que forma estes saberes ele trata primeiramente no saber e de uma forma ampla quando ele diz que atribuímos a noção de saber um sentido amplo que engloba os conhecimentos e as competências e as habilidades ou aptidões e as atitudes dos docentes ou seja aquele que foi muitas vezes chamado saber de saber fazer e de saber ser essa nossa posição não é fortuita pois
reflete o que os próprios professores dizem a respeito de seus saberes então nós temos aí e se saber que é amplo dentro deste saber que amplo nós vamos ter os saberes profissionais os saberes disciplinares e os saberes experienciais e saberes curriculares ele toca novamente na tecla de que os saberes são plurais quando ele diz que os saberes que servem de base para o ensino são aparentemente caracterizados por aquilo que se pode chamar de sincretismo sincretismo significa em primeiro lugar que seria vão a nosso ver procurar uma unidade teórica ainda que superficial nesse conjunto de conhecimentos
de saber fazer de atitudes e de intenções e vejo um só o seguinte trecho não é como a nós temos uma relação ao que foi dito é que no início é de que o nosso saber docente começa a ser construído há já na nossa infância na nossa fase enquanto estudante ao evocar qualidades desejáveis ou indesejáveis que quer encarnar ou evitar como professor ele se lembrará da personalidade marcante de novo o de uma professora do 5º ano dê uma injustiça pessoal vivida na pré escola ou das intermináveis equações que o professor de química obrigava a fazer
no fim do segundo grau a temporalidade estruturou portanto a memorização de experiências educativas marcantes para a construção do eu profissional e constitui um meio privilegiado de chegar a isso e nesse capítulo também vai trazer algumas características do saber experiencial é um saber prático a um saber que é que serve nem para resolução de problemas não é por isso daí a essa característica de que é um saber prático eu saber interativo ele se constitui na própria interação nós adquirimos e saber experiencial por meio da interação daí novamente alusão à paulo freire né ensinar para aprender é
um saber sincrético e plural é sincrético impor ao justamente por ser formado né de vários saberes é de vários contextos né a familiar escolar e do próprio a do próprio local de trabalho é naturalmente um saber é ter hoje né é um saber completo não analítico é um saber aberto por ose permeável a possibilidade logicamente de haver mudanças nesse saber experiencial por isso ele ser um saber aberto é um saber existência pois está ligado não somente a experiência de trabalho mas também a história de vida do professor ao que ele foi ideal que é o
que significa que está incorporado à própria vivência do professor a sua identidade ao seu agir as suas maneiras de ser no capítulo 3 vai falar do trabalho docente da pedagogia e do ensino ele traz aqui uma definição de pedagogia no é o conjunto de meios empregados pelo professor parente atingir seus objetivos no âmbito das interações educativas com os alunos em outras palavras do ponto de vista da análise do trabalho a pedagogia é tecnologia utilizada pelos professores em relação ao seu objeto de trabalho os alunos no processo de trabalho cotidiano para obter um resultado a socialização
ea instrução concretamente ensinar é desencadear um programa de interações com um grupo de alunos a fim de atingir determinados objetivos educativos relativos à aprendizagem de conhecimentos ea socialização conseqüentemente a pedagogia enquanto teoria do ensino e da aprendizagem nunca pode colocar de lado as condições e as limitações inerentes à interação humano novamente as condições e as limitações normativas afetivas simbólicas e também é claro aquelas ligadas às relações de poder no capítulo 4 tarde foi falar dos elementos para uma teoria da prática educativa ele disse que a mais antiga concepção a respeito da prática educativa vem da
grécia antiga que relacionava a atividade do educador com uma arte daí a denominação técnica seria a arte de educar essa ideia de educação como sendo marte começou a ser modificada principalmente nos séculos 19 e 20 e à educação passou a ser vista com uma ciência e claro quando ela toma essa essa idéia de ciência haverá aí uma busca maior por pesquisas nesta área deixando assim de lado né a essa questão da educação como algo mágico como uma obra de arte produzida pelo educador a educação a passa a ser vista como um processo complexo que envolve
a estudos diversos saberes né como nós podemos ver no seguinte parágrafo para ensinar o professor deve ser capaz de assimilar uma traição pedagógica que se manifesta através de hábitos rotinas e truques do ofício deve possuir uma competência cultural oriunda da cultura comum e dos saberes cotidianos que partilha com os seus alunos deve ser capaz de argumentar e defender um ponto de vista deve ser capaz de se expressar com uma certa autenticidade diante de seu lado de seus alunos deve ser capaz de gerir uma sala de aula de maneira estratégica a fim de atingir objetivos de
aprendizagem conservando sempre a possibilidade de negociar seu papel deve ser capaz de identificar comportamentos e de modificá los até um certo ponto o saber ensinar refere-se portanto há uma pluralidade de saberes no capítulo 5 tarde vai falar do professor enquanto o ator racional né como um ator que pensa que produz conhecimento há aqui a recusa de se reconhecer com os saberes atos e pensamentos sem racionalidade isto é aqueles que os atores produzem sem razão ou cujos motivos são incapazes de explicitar e de discutir é como se fosse uma prática inconsciente né um preciso inconsciente sem
nenhum tipo de reflexão sobre por exemplo embasamento teórico e concepções teóricas a em relação aos objetos de ensino esse tipo de saber não é considerado pois passa a ser visto com um ato irracional um ato que não foi pensado né no capítulo 6 ele vai falar dos professores enquanto sujeito do conhecimento ao sustentar que os professores são atores competentes sujeito do conhecimento tais considerações permitem recolocar a questão da subjetividade ou do ator no centro das pesquisas sobre o ensino e sobre a escola e de maneira geral de fato esse postulado propõe que se pare de
considerar os professores por um lado como técnicos que aplicam conhecimentos produzidos por outros e por outro lado com agentes sociais cuja a atividade é determinada exclusivamente por forças ou mecanismos sociológicos então aqui a defesa de que os professores não são meros aplicadores de conhecimento produzidos por exemplo é conhecimentos produzidos por exemplo pela academia eles são sujeitos que também produzem conhecimento esse contato deles com a realidade produz conhecimento e justamente por isso eles devem ser vistos com um sujeito do conhecimento duas teses principais foram definidas até aqui a primeira tese os professores são sujeitos do conhecimento
e possui saberes específicos ao seu ofício a segunda tese a prática deles ou seja seu trabalho cotidiano não é somente um lugar de aplicação de saberes produzidos por outros mas também um espaço de produção de transformação e de mobilização de saberes que lhes são próprios no capítulo 7 tarde falados saberes dos professores né quais são os saberes que eles utilizam efetivamente em seu trabalho diário e a resposta nós já temos pelo que já discutimos aqui né os professores utilizam os saberes sincréticos ou seja saber escolhe uns né em diversos contextos e eles devem ser considerados
como práticos reflexivos que produzem saberes específicos ao seu próprio trabalho e são capazes de deliberar sobre suas próprias práticas de objectivas e partilhá-las de aperfeiçoá las e de pintura 12 inovações susceptíveis de aumentar sua eficácia então pessoal o que nós podemos ver aqui principalmente neste texto nesse livro de tardif é a proposta de de ver os professores como produtores de conhecimento e não como meros aplicadores de conhecimento produzido por exemplo pela academia e até a noção de saber docente há como saber elaborar adu não apenas pela formação inicial até nesta afirmação nós podemos ver que
tarde se tira a responsabilidade das instituições formadoras de professores como sendo as únicas fontes de saberes que serão utilizadas pelos professores então as instituições de formação inicial são apenas 11 ponto não é que participa efetivamente da produção de saberes que serão utilizados pelos professores por isso aqui tá difícil fala bastante dos saberes experienciais que são saberes produzidos após a formação inicial dos professores no momento enquanto eles estão em prática então pessoal esses foram os principais pontos presentes na obra de tardes [Música] [Música]
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