TERRA SONÂMBULA | Mia Couto | Resumo Análise

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Mia Couto é um dos autores mais relevantes da literatura de língua portuguesa. Em meio a uma obra va...
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e fala Juventude E aí meu tudo certinho só naquela Tranquilidade de sempre queridos e queridas é o seguinte hoje a gente tá aqui para falar mais uma vez sobre obras literárias e hoje a gente vai fazer aqui uma análise bem da hora a respeito de um livro também bem da hora a gente vai falar hoje sobre literatura moçambicana meu Olha que sensacional com o livro Terra sonâmbula do autor Mia Couto um dos autores mais importantes aí da atualidade grande autor moçambicano representante aí da literatura de língua portuguesa vamos ver então o que que o Mia
Couto tem para falar para gente nessa obra aí nesse livro Terra sonâmbula que vai passear aí né pelo território moçambicano e também pela história moçambicana que a gente tem para falar sobre tudo isso então o pessoal mas antes da gente começar a falar especificamente do enredo eu tenho que apresentar alguns pontos técnicos para e eu tenho que falar um pouquinho também sobre Moçambique nesse livro entender esse ponto aí da história de Moçambique um ponto específico da história de Moçambique é essencial é imprescindível para você entender o livro não dá para falar de uma coisa sem
falar na outra então vamos começar falando um pouco sobre esse país africano para isso que tá aí ao sul do continente africano ou então eu já começo falando com vocês rapidinho que Moçambique como eu Adiantei aí é um país que ficar o sul do continente africano e Moçambique não fica de frente para o Brasil ou seja não é um país banhado pelo Oceano Atlântico fica na outra Costa do continente africano país banhado pelo Oceano Índico Moçambique Fica de frente para Madagascar que é um outro país africano bem famoso Madagascar é uma ilha e Moçambique e
fica de frente então para Ilha de Madagascar Olhe Vale lembrar também que Moçambique é um país irmão irmão aqui do nosso brasilzão porque meu nós Compartilhamos a mesma língua de colonização E se o Brasil foi colonizado por Portugal meu Moçambique também assim como Angola também foi por aí vai então um país que sim tem outros dialetos locais mais têm como língua oficial a língua portuguesa a língua do colonizador de 1964 a 1975 Moçambique passou então por uma guerra de independência pesadíssima um negócio foi doido então lá para o finalzinho de 1974 e ainda alguns resquícios
no comecinho de 75 Moçambique se torna Independente de Portugal então Moçambique passa por um brevíssimo período de calmaria política em 1975 as coisas estão Ok 1976 as coisas começam a se agitar de novo em 1977 se inicia em Moçambique uma guerra civil até 1992 olha o tempão que dura Por que que essa última data de todas aí a mais para a gente entender um pouco da história de Moçambique e entender também a nossa narrativa de hoje tudo acontece no livro de hoje durante a guerra civil detalhe importante também é pensar que esse livro foi publicado
em 1992 Ou seja quando minha culto de fato publica o livro meu a guerra civil ainda tava muito fresca no na memória dos moçambicanos no ideário moçambicano ainda estava ali e ferver sendo um negócio bom e agora que o contexto foi colocado aqui dá para trazer para vocês alguns elementos técnicos também bem importantes primeira coisa que eu falo que esse livro tem 11 capítulos Mas cada capítulo tem uma estrutura meio diferentona você tem que tomar muito cuidado prestar muita atenção dentro de cada capítulo existe um caderno Como assim imagina mais ou menos o seguinte são
11 capítulos que vão contar a história de dois personagens que estão aí é uma estrada ali Moçambique já vou falar quem são esses personagens e um deles vai encontrar um caderno vai encontrar na verdade uma espécie de diário que é um conjunto de caderno e aí ele vai lendo Então a gente vai lidar com duas histórias em uma terra sonâmbula na verdade é o conjunto de duas narrativas dois grupos de personagens o foco narrativo desse livro também é curioso nessa história que tá na primeira camada a dos dois personagens que estão caminhando pela estrada essa
história é narrada em terceira pessoa e aí aquele narrador classificam narrador em terceira pessoa não é personagem tá vendo tudo de fora e é um narrador onisciente ele conhece o que se passa na nação na cena Mas ele também conhece o que se passa no coração dos personagens as preocupações os medos e é esse narrador em terceira pessoa que vai contando a história desses dois personagens andando pela estrada Porém quando um as imagens encontra lá esses diários ele começa a ler esses diários que a gente vai chamar a partir de agora de cadernos esses cadernos
são narrados em primeira pessoa então Quem narra esses cadernos é o personagem que viveu aquelas histórias Ali vai falar dele vai falar dele mesmo sempre em primeira pessoa e contando algumas experiências a gente fica sabendo das experiências desse personagem dos cadernos através da leitura do outro personagem que encontrou esses diários esses cadernos aí e aí o livro já começa com esses dois personagens caminhando por essa estrada e lá em Moçambique quem são esses personagens são uma criança e um velho é assim que o livro coloca tá a criança é o muidinga e o velho é
o tô a rir então estão andando aí né esses dois personagens por essa estrada e de repente ele se encontram ali um ônibus queimado eles avistam o ônibus queimado meu eles é queimado e eles vão gay moravam passar a moravam abitai se ônibus queimado passa seu Abrigo dos dois e a ser em pesada porque eles chegam encontrar vários corpos ali carbonizados dentro do busão o mudinho até fala que eu tô a rir eu não quero ficar aqui eu não aguento mais conviver entre pessoas mortas Olha o reflexo dessa guerra civil pesada nessa hora eu estou
a rir até fala não me chama de tio que eu não gosto dessas familiaridade só cuido de você a gente não é parente então a gente já sabe um pouco da relação dos dois tu a rir cuida do moringa mas não são parentes mas o mundinho da percebe que tem um corpo ali que não tá carbonizado tá só caído parece ter levado um tiro mas não tá carbonizado e quando me diga chega ali perto ele percebe que tem uma sacola com alguns alimentos e um diário um caderninho ali o barril ele se importa logo com
uma comida Fala meu esse livro aí não tá com nada não quero saber de lei a comida porque a gente tá precisando disso já um mudinho uma criança muito curiosa pega o caderno e começa a ler é aí que a gente vai ter o primeiro contato com os cadernos de 15 e quem é exatamente o 15 já anota aí 15 é o personagem Central que vai aparecer nessa história dentro da história é o personagem Central que escreveu esses diários esses cadernos aí e aí quando o moringa começa a ler os cadernos do 15 ele vai
se encantando meu ele fica absolutamente e vidrado na história tá e a gente descobre logo de cara que o quinzo era um jovem agora o livro passa a ser narrado em primeira pessoa é o 15 sou contando essa história mas a gente sabe que é o moringa que tá lendo os cadernos do 15 a gente descobre que o quinzo é um carinha né um jovem que morava num Vilarejo olha como ele começa a contar a história dele morava no vilarejo ali bem simples em Moçambique na ele é o filho de um cara chamado taímo que
era um pescador esse tá indo é bem importante para narrativa ele também tinha uma mãe que aparece pouco no livro e ele tinha um irmão chamado Júnior O apelido dele era junito é o nome desse irmão inclusive foi colocado em homenagem ao dia vinte e cinco de Junho que é o Dia da Independência moçambicana mas aí no final das contas O apelido dele no livro é junito porque o nome dele é junho e é muito louco porque o 15 conta que conforme a guerra civil foi avançando o irmão dele teve que ser escondido e o
pai dele o taímo teve a ideia de escondeu junito entre as galinhas o time ele passa beber demais e aí tem dia que ele vai pescar e não volta eu o 15 o conta com a mãe dele vai perdendo a sanidade mental né tudo isso por conta do que dos avanços da guerra civil então o começo da história do 15 Já é uma contextualização de Tom o peso de toda a pancada social e também física e também psicológica de uma guerra civil o que que uma guerra civil pode fazer com o vilarejo ou que que
uma guerra civil para te fazer com uma família nessa treta toda oq disso fica sabendo que o pai dele está indo velho pescador morreu nisso né que o Kids o ele tá meio perdido na vida sem saber o que fazer a mãe não tá legal o irmão desapareceu né parece que tá com as galinhas mas quando ele procura o irmão lá com as galinhas o irmão não tá mais meu fico mistério ali em relação ao irmão ao junito o irmão dele nisso 15 ou tá meio perdido a gente fica sabendo que o 15 ele é
um ele tem um grande amigo ali que é o surendra Esse cara é importante tá nome dele completo aí no livro é surendra vá lá e é um cara muito amigo do 15 por quê que o surendra é importante meu osso lembra é um indiano lembra lá a Moçambique Oceano Índico perto é ali né as culturas se comunicam muito a presença da cultura indiana em Moçambique é muito forte são dado importante para entender o livro tá e você sabe que quando uma cultura é muito forte em relação a outra isso gera também infelizmente muitos conflitos
isso o surendra ele é um comerciante indiano vivendo ali em Moçambique e por conta da etnia indiana os uretra vive uma série de preconceitos Então galera não curti muito o soro ainda não é Vira e Mexe ele ouve umas do tipo é meu esse indiano aí chega aqui querendo contratar gente querendo ser o chefe querendo ter um comércio Quem esse indiano pensa que é inclusive o chorando ele tem um ajudante lá no comércio dele que é moçambicano que é o Antoninho e osso lembra é um cara que quando ele aparece ele é incrível não cara
muito interessante ele tem alguns discursos muito bonitos uma das falas dos o lembra é muito louca porque ele diz o seguinte que ele não gostava de pensar nele mesmo é um indiano e no 15 o que era amigo dele como um moçambicano ele gostava de pensar que todos eram indicus por quê Porque compartilhavam o mesmo oceano então não havia Por que haver preconceitos meu eles eram todos o mesmo povo é pessoas que compartilhavam o índico Mas tem uma outra fala dele que essa maravilhosa rola um diálogo entre os dois ali entre o 15 eo Surrender
e nesse diálogo meu osso lembra fala um negócio muito bacana é muito bonito eu faço questão de ler esse trechinho com você nesse diálogo osso entra chega no 15 né o moçambicano e fala o seguinte não gosto de pretos 15 aí o quinto responde como então gosta de quem dos brancos também não Ah já sei gosta de indianos gosta da sua raça não eu gosto de homens que não tem raça é por isso que eu gosto de você querida o meu Olha esse diálogo olha essa fala do Surrender eu gosto de homens né de pessoas
que não têm raça em outras palavras eu gosto de pessoas que não pensam nisso não ligam para etnia preciso de coisa meu é por isso que eu gosto de você porque você nunca fica me perguntando você é porque eu sou indianos eu não sou porquê daquilo porque meu você só é meu amigo tamo junto você é um cara com a gente não tem essa diferença aí interessante para demonstrar o pensamento do Sul lembra mas também para elucidar é para trazer a tona preconceitos que acontecem em Moçambique Outro ponto importante é que num determinado dia o
comércio dos o lembra é assaltado mais no meio do assalto entra um cara ali com uma capa não é uma roupa vermelha ali entra um cara todo mundo fica com medo e o assaltante foge esse cara meio que salva o rolê e o 500 o ver isso acontecendo de longe e de repente ele chega e pergunta ali né pro sur entra meu Quem é esse cara aí ou Caixa o mundo respeita um cara eu quero ser esse cara aí eu quero ser isso né aí a galera explica para ele ali Esse aí é um guerreiro
naparama os naparamas lutam contra as injustiças inclusive lutam contra a guerra nisso o quinzo decidi eu vou embora desse Vilarejo e eu vou correr atrás desse sonho que se instalou aqui no meu coração agora eu vou me tornar um guerreiro naparama depois que o 15 decidi sair dali então ele procura ali né novamente um feiticeiros ali e um dos feiticeiros da o seguinte conselho para ele 15 Então vai vai atrás do seu sonho só que é o seguinte o espírito o fantasma do seu pai vai te caçar para despistar o fantasma do seu pai você
vai viajar primeiro pela água e depois pela terra nessa ordem e não esqueça de batizar o seu Barquinho com o nome do seu pai O Barquinho tem que se chamar tá imo se não você vai atrair maus presságios nessa sua busca para se tornar um na Paraná ou para encontrar o a tranquilidade aí só um recado rápido hein Tá curtindo o vídeo não se você está curtindo dá um like aí se inscreve no canal e Ative o Sininho também assim você não perde nada Tem muito conteúdo igual esse aqui para você mandar bem nos seus
estudos e se você curtiu Insta também procura a gente no Insta tá facinho achar lá no Insta é o arroba canal leio logo escrevo Procurou a gente lá meu fácil de achar tem um monte de conteúdo da hora também para te ajudar muito aí a estudar e para você que curte também o formato áudio que curte podcast procura a gente também nessas plataformas de áudio aí para curtir o leio logo escreva através aí né Do formato áudio através dos podcast meu faz tudo isso aí que ó eu garanto que vai valer muito a pena já
deixo aqui o meu muito obrigado pela sua parceria tamo junto e é nós nisso livro volta rapidinho lá para a história do Coringa e Dr uma e diga pergunta um pouco sobre o próprio passado tenta saber qual é que é onde que tu ahi achou ele exatamente que o mundo ainda não lembra o tua Rio diz conversa não conta muito a gente não sabe muito bem ainda qual é a relação entre esses dois mas de cara o moringa já volto a lei e aí a gente vai para o próximo caderno do 15 nisso que o
quindim ou tá viajando pela água lembra do Conselho lá do feiticeiro né No Barquinho dele chamado taímo ele percebe algumas coisas estranhas ele percebe que o remo dele de repente se transforma umas folhas né Aí ele vai colocar a mão na água e aí a mão dele começa a criar escamas A então tudo ali começa a se transformar em peixe aí ele tem que correr para margem pular na terra quando ele pula na terra né num banco de areia o banco de areia se transforma num Grande Monstro para tentar sugá-lo para tentar sugado para dentro
da terra aí ele tem que fugir a Hilux dec game nisso vai aparecer o espírito do pai dele falando o quinzo E aí cara você abandonou o vilarejo eu vou te amaldiçoar por isso tem uma coisa meio fantasmagórica E aí ele não sabe muito bem porque que está acontecendo porque ele obedeceu a tradição de chamar o barco pelo né de batizar o barco com o nome do pai na minha maldição sobre você e quem usou essa sua viagem para se tornar um guerreiro naparama não vai dar certo não vai dar certo tá E ela não
vai dar certo por conta de uma ave que eu vou mandar até você no dia em que essa ave que esse pastor aparecer você vai entender que é a confirmação da minha maldição sobre você o nome dessa ave amanwana então quando o 500 o vice mamãe fã na aparecendo ele ia saber que era o pai dele confirmando a morte da viagem né amanwana era uma ave que matava Todas as viagens então o 15 fica muito muito triste não sabe se tá sonhando ou se é real me a história corta de novo lá para o moringa
e para tua Rio e a gente ficar sabendo um pouco mais sobre esses dois né não numa novo numa nova sequência de perguntas que o moringa tá fazendo ali sobre o próprio passado o torre conta para ele que ele encontrou oi dinda muito doente porque porque a mãe dinga tinha comido uma mandioca estragada que causa uma doença chamada manta caça é uma espécie de neuropatia ou seja uma espécie de doença que afeta os nervos né Então nesse momento a gente fica sabendo que de fato torre não é parente do meio de impressão encontrou uma E
diga e passou a cuidar porque eu me diga tava quase morto então eu vou cuidar dessa criança a gente sabe que eu mude então ele tem ali uma doença que afeta os nervos essa doença manta cá sair ok mas numa né conversa vai conversa vem nesse momento de conversa aí acontece o que você já entendeu agora o moringa volta a ler mais um caderno é começa a mais um caderno do 15 e aí a a continuação daquela história muito louca do que índio Bom depois de muita navegação e de muito andar por terra também o
quinzo chega no local litorâneo chegando uma praia né que é a chamada Bahia de matemática quando ele chega lá em matemática especificamente na Baía de matemática ou seja nessa região litorânea de matemática ele é recebido por um cara chamado assane assane era o secretário do administrador de matemáti nisso o a Sunny conta para 1515 legal vou te receber aqui seja bem-vindo prazer em conhecê-lo mas só toma cuidado porque o clima aqui em matemática tá meio tenso porque porque teve um navio que em calhou Dá até para você ver não tá muito longe não aí dava
para ver o navio assim perto da praia né teve aquele navio que encalhou e era um navio com vários mantimentos para ajudar no meio da guerra civil aí tá E aí o Governo está desconfiando né não sabe exatamente quem fez o navio ali é naufragar ou encalhar nas tão navio está parado o Governo está investigando todo mundo é suspeito no momento então toma cuidado fica atento aí bom só sei que início o 15 o participa de uma cerimônia ali com o pessoal de matemática mas à noite ele volta para o barco dele para dormir no
barco né E aí quando ele tá lá no barco dele ele começa a sentir uma vontade uma curiosidade de pegar o barco e até lá o navio que tá encalhado e lá no barco o 15 encontra a parida que é uma mulher belíssima E que conta para ele que tá ali no barco já um tempo e ela fala o que diz o seguinte eu tô aqui há muito tempo e eu sou um fantasma Me abraça para eu poder te contar minha história brevíssimo corte na história do 15 voltamos lá para a história dominga que no
dia de caminhada para procurar comida eles caem numa armadilha e são presos por um velho chamado siqueleto eu aprendi NC fala para matar os dois eu sei que ele também tava fugindo da guerra civil meu em guerra civil ele falou é guerra vou ter que matar vocês é guerra né só que aí o torre começa contar uma história e aí o mudinho da escreve um negócio lá né com uma pedrinha escreve um negócio numa árvore aí o siqueleto pergunta o que quer que que tá escrito aí o tô a rir muito esperta falando é uma
homenagem ao seu nome nem era mas enfim né Aí eu sei que eleito se comove e acaba soltando os dois só para o siqueleto ele morre de um jeito muito muito metafórico né quando ele liberta os dois ele coloca o dedo na orelha e Simplesmente tira né que enfia o dedo no ouvido e tira quando ele tira jorra um rio de sangue e ele se desfaz então ele morre de uma maneira muito metafórica Olha como elemento fantasioso de uma história começa a invadir a outra história o moringa tá vivendo uma história o jogador e tá
encontrando na literatura a sua fuga dessa realidade nessa literatura que é crítica mas também é um elemento de fuga voltando para história do kinzo quem é a farda a farinha dessa Esse Fantasma né que ele encontrou lá no barco é uma mulher que nasceu numa tribo mas ela nasceu Gêmea Então ela tem uma irmã gêmea por ter uma irmã gêmea que que aconteceu com a farinha ela foi expulsa ali junto com a mãe dela né então a tribo Teoricamente ficou com a outra criança EA mãe da farida mas a farda foram expulsas por quê Porque
nessa tribo EA existe a crença de que gêmeos trazem má sorte então ela tem essa história já bem pesada de nascimento aí mais para frente a farinha é adotada por um casal de portugueses que são a dona Virgínia e o Romão Pinto esses portugueses cuidam dela dá uma boa educação para ela mas o cara arrumou um pinto Em algum momento ele vai abusar da farida a ferida vai ficar grávida desse cara que prometeu cuidar dela Olha que preta e aí ela acaba fugindo também a dona Virgínia ela vai ficar mil doideira vai perder a sanidade
mental por conta de tudo isso né depois arruma um pinto ele morre e o que vai acontecer é que a farinha então ela vai ter um filho que é o Gaspar tá então grava esse garoto aí garoto importante tá o Gaspar então em algum momento ele nasce só que aí ele é separado da far'n ida né A gente só sabe que depois de toda essa treta a farinha então ela não sabe onde o Gaspar tá ela perdeu o Gaspar ela é doida para reencontrar o filho dela o Gaspar e é por isso que ela se
considera um fantasma porque ela deixou Dede viver ela perdeu o gosto pela vida ela tá morta em vida morando nesse navio encalhado e é aí que o quinto promete para ela eu vou encontrar o Gaspar então eu vou achar o Gaspar e só depois disso eu vou continuar correndo atrás do sonho de ser um naparama eu vou começar a me tornar um guerreiro na Paraná se encontrando o seu filho trazendo Gaspar de volta para você detalhe rápido aqui é uma breve volta para a história do Torres dominga no momento em que eles encontram um cara
chamado em ataca quer um velho amigo do teu a rir e eles eles Eles encontram esse cara esse em a matraca cavando um buraco para fazer um rio era o cara Queria fazer um rio né porque na história de vida dele ele havia sido criado por um casal que se apaixonou no Rio e aí o rio era a vida dele ele queria fazer um rio E aí quando o moringa eu tô aí eu começo a ajudá-lo a cavar esse buraco para fazer um rio vem uma tempestade e nunca tudo e só um ataca é levado
pelas águas e se transforma no rio na ele ele ele se funde ao lugar e aí depois calmamente o tua e o mudinho e voltam lá para o ônibus queimado perceba mais uma vez nessa gradação nesse aumento de intensidade mais uma a história fantástica fantasiosa invadindo se mesclando a uma história que tava muito preso à realidade realidade né a Dura realidade de Moçambique EA ficção literária se mesclando cada vez mais nessa história isso é importante voltando lá para a história do kinzo na ele tinha agora essa promessa nas mãos que início quando 15 volta para
Terra Firme lá em matemática ele encontra o Antoninho lembra o ajudante lá do sur entra e o Antoninho conta para ele que o senhor entra agora também tava morando ali né em matemática fura ainda também tinha saído do Vilarejo o quinzo procura o a Sunny que havia recebido ele ali em matemática e o a Sunny conta para ele é verdade o soro ainda tá aqui por legal que vocês são amigos o sur entra é meu sócio aqui nós estamos montando um comércio juntos mas eu vou te confessar uma coisa esse soro Então não vai durar
muito não porque aqui meu né me nas minhas terras aqui indiano não dura Eu só preciso dele porque ele mãe a dirigir os negócios o cara é o cara do Comércio mas depois disso meu vou deixar ele se ferrar sozinho ali né E aí o quinto ficar meio preocupado porque ele é amigo do Sul renda e ele quer porque quer reencontrar o surendra Antes de Partir nessa busca pelo Gaspar e por ser um guerreiro na paralama fato é que no dia da inauguração do Comércio né dessa dessa parceria entre o assane e o surendra tem
uma espécie de ataque xenofóbico os Urântia é atacado por ser um indiano E aí tem a gente tem nesse momento o reforço dessa narrativa que conta pra gente também sobre alguns preconceitos que acontecem no espaço ali em Moçambique nessa viagem o 15 vai ter ajuda de um cara chamado Quintino uma sua que era um bêbado local mas que manjava do território conhecia os rolê e ele sai para tentar ajudar o 15 a encontrar o Gaspar a encontrar os guerreiros na param aí E dá-lhe de matemática o kit na sua e o quinzo vão andando andando
e eles chegam num campo de refugiados a galera que tava se escondendo tava fugindo da guerra civil nesse campo de refugiados Eles encontram uma tia da Farda que vai revelar para eles que a esposa do administrador que era uma mulher chamada Carol linda Era a irmã gêmea da Frida Então olha de novo né a guerra separando pessoas na pessoas que às vezes morrem pessoas que às vezes continuam vivas mas são separadas mais um retorno para a história do torneio dominga para gente ficar sabendo que meu eles estão caminhando lá e o tua recomeça passar mal
tô aí tá passando mal passando mal não tá bem Ele Foi picado por uns mosquitos lá e uma linda começa a perceber que eu tô ahi Ele tá nos últimos momentos aí eles percebem que Do nada eles estão diante de um Pântano e eles constroem um barquinho para flutuar pelo Pântano e chegar até 1 É nisso o que dá rir fala para o me diga me diga eu vou morrer não estou bebendo todos os meus últimos momentos me promete uma coisa você vai me colocar no mar você vai pegar um alguma Jangada pode ser esse
nosso Barquinho pode ser outro e você vai me entregar para o mar eu quero morrer no mar mas só faça isso por favor quando a maré tiver cheia e me levar para o mar sozinha naturalmente não quero que você me empurre tá Então olha toda essa metáfora da da importância do Oceano a importância do mar tá então a gente está nos últimos momentos do livro e nos últimos momentos do que parecem ser os últimos os últimos momentos ali também do torneio já na história do kinzo o que acontece é que é o seguinte o 15
tá lá diante de tantas revelações e num Belo momento ele para para encostar numa árvore para descansar e meu do nada debaixo dessa árvore surgem um monstro ali e quando o monstro ganha a forma é o fantasma do pai dele e o Fantasma do pai dele fala olha e quando quinto Olha tem uma ave amanwana aí o pai dele fala você não vai conseguir eu Aparecida para você de novo para acabar com a sua viagem aí o 15 eu fiquei desesperado só que aí o pai dele olha e vê que o quinzo tá o tempo
todo com um caderninho na mão Aí o pai dele fala nesse Fantasma o que que é esse caderno aí o quinzo fala esse caderno né são os meus viários eu conto tudo o que acontece no meu dia a dia eu faço isso porque só através desses inscritos eu consigo escapar um pouco de tudo que tá acontecendo ao meu redor dessa guerra dessa tentativa de ser uma par ama desse monte de conflito E aí eu vou escrevendo aí o fantasma do pai dele olha e fala isso me parece ser uma boa coisa eu espero eu desejo
que se seu caderno ainda seja encontrado por alguém que possa sonhar tão alto quanto você sonhou sonhar é importante meio à guerra Carola essa metáfora é maravilhosa que coisa maravilhosa nisso a narrativa corta de novo lá para o e por me diga e ele de papo chegam lá na praia chega uma só que a embarcação Zinha deles já era deu ruim eles precisam de uma a outra né para fazer lá o que eu tô a Rio pediu esse desejo de ser entregue ao mar numa embarcação aí o tô aqui olha de longe fala o me
diga Tô vendo um barquinho lá longe ó pega lá atrás ele traz ele o mudinho já vai lá quando moringa atrás ele fala para tua tô aqui você não vai acreditar o nome desse barco aqui dessa pequena embarcação é taímo que era o pai do 15 a história que eu tava lendo para gente esse Barquinho aqui é o barco do 15 do livro que eu estava lendo o tua região acredita muito a falar não sei se é verdade né tal você leu a história mais beleza fato é que meu nesse momento tua rir é colocado
na embarcação chamada taímo a maré sobe e ele é entregue ao mar e pra terminar de vez a história o moringa tá voltando de novo para o o ônibus e quando ele tá voltando para um ônibus a gente tem um breve corte volta para a história do 15 e o 500 o contando o seguinte que não dado momento ele tava indo em busca do Gaspar e de repente ele avistou um ônibus quando ele foi se aproximando desse ônibus Ele percebeu que o ônibus estava queimado e quando ele tava chegando perto do ônibus queimado ali na
estrada mais ou menos perto do ônibus ele sentiu um baque eles não entendeu direito mas ele caiu meio desfalecido e ele percebeu que esse baque era um tiro que ele tinha levado ele ainda fica ali meio cambaleante morre não morre não consegue falar mas ele tá meio vivo ele tá vendo que tá acontecendo e os últimos momentos dele ele contando nesse diário os últimos e ele ainda com uma força para relatar tudo ele nesses últimos momentos ele visualiza o que um garotinho que se aproxima do corpo dele e pega os cadernos dele para ler e
aí ele olha para Esse garotinho e pensa eu encontrei enfim eu encontrei o Gaspar e assim acaba narrativa com a gente descobrindo que o moringa no era o tempo todo o Gaspar filho da Farda mano pega esse final em que o fim da narrativa se liga o começo mano muito louco esse final aí velho não esquece que o Mia Couto ele não é só romancista ele também é poeta ele também escreve poesia e é por isso que a linguagem desse livro é tão metafórica tudo aqui é metafórico realidade ficção crítica social analysis in fantasiosos meu
tudo se mistura E aí jovens no final aqui a gente o livro ele traz várias camadas ele fala da história de Moçambique em várias camadas a gente tem a camada da crítica social em relação a guerra civil a gente tem a camada da crítica em relação aos efeitos que a guerra civil causa tanto físicos nas mortes e tal quanto psicológicos os afastamentos familiares os desaparecimentos a gente tem esse livro também um ponto extremamente importante que é a denúncia dos preconceitos que rolam na sociedade moçambicana preconceitos étnicos por exemplo lembra-la do surendra e a gente tem
também nesse livro A importância da literatura sendo colocada aí meu sobre a mesa a literatura sendo destacada como um elemento de importância social um elemento de fuga também da realidade que às vezes é dura um elemento Fantástico um elemento elaborado um elemento Criativo o E ele fala também a dar importância de letra O quanto você ler uma narrativa fantasiosa ou não pode também te ajudar a enxergar a realidade na qual você vive por outros panoramas é extremamente importante enxergar esse livro também por esse Prisma da importância da relevância da própria literatura bom jovens é isso
espero demais que esse nosso papo tenha te ajudado você vai arrebentar em tudo que é prova e a gente se vê numa próxima aí Beleza tamo junto Valeu se cuida muito e tchau
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