Nosso querido planeta Terra não nasceu ontem. Nem mesmo a milhares de anos. Na verdade, a história da Terra e do Universo precisa de muito mais zeros para ser contada.
E o tempo foi um ingrediente fundamental para construir a Terra como conhecemos e vivemos hoje. O tempo geológico compreende essa noção de tempo que está muito além da nossa vida humana. O tempo além do tempo.
E estudando as rochas que existem hoje, podemos entender aquilo que aconteceu no passado do planeta. A milhões de anos atrás! “O presente é a chave do passado” já diriam os geólogos do século dezenove.
Para eles, as rochas são como páginas de um enorme livro de história. Um livro que foi escrito por diversos processos naturais, processos que são bem semelhantes aos que ainda acontecem hoje. O planeta Terra tem aproximadamente quatro vírgula cinco bilhões de anos de idade.
E as rochas, com suas várias estruturas e características, conseguem nos dizer como eram os ambientes do planeta em diversos momentos. Desde sua formação até tempos mais modernos. Para organizar todas essas descobertas geológicas pelo mundo e ordenar as páginas bagunçadas desse livro, existe a Tabela Cronoestratigráfica Internacional.
O nome é complicado, mas é ideal é bem simples. É um documento feito pelos maiores especialistas em Geologia e Paleontologia, que serve pra determinar, oficialmente, o tempo geológico da Terra. E esse documento é atualizado todo ano.
É dessa tabela que vão surgir os nomes de períodos famosos, como o Jurássico, Triássico e Cambriano, por exemplo. Então, antes de ser transportado pelo passado e futuro distante da Terra, tenha em mente: essa será uma longa viagem! E nosso trabalho aqui, como observadores da história do planeta, começa há treze bilhões de anos atrás!
(Vinheta) O Big Bang, há treze vírgula oito bilhões de anos, foi o começo de tudo. Pelo menos, de tudo o que conhecemos. Esse evento deu início a grande expansão, que forneceu toda a matéria que encontramos no universo.
A matéria necessária para a consolidação das estrelas e planetas que existem hoje. Se fosse possível, de alguma forma, estar lá e ver as coisas acontecendo, poderíamos ver a gravidade iniciando seus trabalhos, por meio das nuvens de gás e poeira, decorrentes do Big Bang. Em uma dança que coloca a matéria para girar ao redor de centros gravitacionais, as nuvens de gás e poeira vão se tornando mais quentes e mais densas, até constituir protoestrelas e protoplanetas.
Esse é o berço da terra. Capítulo 1: O BERÇO Deixando o tempo avançar alguns bilhões de anos, começamos a ver uma gigantesca nuvem de gás e poeira, muitas vezes maior que o sistema solar hoje. Essa nuvem foi se contraindo e se tornando mais densa.
Era o nascimento de uma estrela. Mas não qualquer estrela, era o Sol. No centro do nosso Sistema Solar, o futuro astro-rei vai acumulando numa massa quente e densa, bem no meio de uma enorme espiral de gás e poeira.
Com a pressão gravitacional e a temperatura correta, o núcleo de hidrogênio de nossa protoestrela entra em atividade, a partir da fusão nuclear. Ao seu redor, os materiais vão se agregando, pouco a pouco, formando outros núcleos menores ao redor. Esferas de massa e densidade bem menores, em comparação ao Sol.
Quanto menos denso são os materiais, mais distantes estarão do Sol. Surgem ali os enormes planetas gasosos. Agora, quanto mais densos são os materiais, mais próximos do Sol eles estarão.
Assim surgem os planetas rochosos. E o terceiro núcleo rochoso que se formava ao redor do Sol, viria a ser nosso lar. O planeta Terra.
O disco de gás e poeira foi se concentrando pela ação da gravidade, atraindo cada vez mais o impacto de corpos celestes. Em um processo chamado de ACREÇÃO. Esses foram os primeiros passos da Terra.
Nesse processo de rotação e atração de materiais externos, os fragmentos espaciais iam se agregando à massa rochosa e produzindo calor com os impactos. O aumento da temperatura fez com que as rochas começassem a fundir, permitindo que os materiais se reorganizassem conforme sua composição e densidade. É por esse motivo que a Terra tem camadas no seu interior: o núcleo, o manto e a crosta terrestre.
Aos poucos, nosso planeta foi ficando mais parecido com o que conhecemos hoje. Mas esta é uma história com muitos capítulos; ou melhor: muitas eras e períodos. Viajando no tempo, mas ainda no passado, avançamos quatro e meio bilhões de anos, e mais uma vez me pergunto: como enxergaríamos a Terra?
A resposta é simples: Como uma imensa bola de fogo! . .
. E o calor era de matar. O intervalo de tempo mais antigo do planeta foi chamado, carinhosamente, de Hadeano.
O nome vem de Hades, o deus grego do submundo, do inferno. Afinal, entre quatro vírgula seis e quatro bilhões de anos atrás, era essa a paisagem que você encontraria por aqui. Um inferno escaldante.
A Terra era uma bola incandescente de rocha em fusão, com impactos constantes de corpos celestes, sem água ou atmosfera. A própria rotação da Terra era bem mais rápida que a atual, um dia passava em aproximadamente seis horas. Definitivamente, um péssimo lugar para passar suas férias.
Foi só a partir de quatro bilhões de anos atrás que as coisas começaram a melhorar. E também ficar mais parecidas com o planeta que temos hoje, com oceanos e massas continentais. Mas não quer dizer que ficaram menos agitadas.
Capítulo 2: AGITAÇÃO Nos oceanos de três vírgula oito bilhões de anos atrás, era possível ver as primeiras bactérias que surgiam por ali. Imagina que louco seria poder observar isso e pensar: “Olha onde chegamos! ”.
Avançando algumas centenas de milhões de anos, a gente começaria a observar pequenas colônias de bactérias, os estromatólitos! Verdadeiros condomínios de microrganismos, cuidadosamente arquitetados e, muitas vezes, ainda preservados até hoje. Nesse período, o oxigênio começava a se dissipar, e uma atmosfera primitiva tomava forma.
Além de proteger a superfície do planeta do impacto de pequenos corpos celestes, as condições da superfície melhoraram, e a vida na Terra foi se proliferando. E se houve um momento em que a Terra foi uma bola de fogo, houve também o seu momento de ser uma bola de neve! Entre setecentos e noventa e seiscentos e trinta e cinco milhões de anos atrás, o mundo era um cubo de gelo.
Havia gelo até nos trópicos! Isso aconteceu graças a um processo complexo, no qual as calotas de gelo cresceram tanto e avançaram tanto, que a reflexão do Sol pelo branco do gelo, acabou por resfriar ainda mais a Terra. Até ela ficar completamente coberta por gelo.
Esse efeito só pode ser revertido com o aquecimento da atmosfera, por meio de intensas e constantes erupções vulcânicas, que liberaram muito gás carbônico na atmosfera. E assim, nunca mais a Terra foi tão gelada quanto foi e, por sorte a nossa, a vida conseguiu superar esse “pequeno” contratempo. Com o clima ficando mais agradável, aos poucos os continentes iam tomando forma e se movimentando.
O oxigênio ia se tornando mais presente, tanto no ar quanto na água. O que abriria espaço para as mais diferentes e elaboradas formas de vida. Talvez uma das mais famosas seja a FAUNA DE EDIACARA, presente na Terra há cerca de seiscentos milhões de anos.
Olhe bem para essa fauna e me diga que não parecem seres vindos diretamente de uma ficção científica? ! Mas a verdadeira explosão da vida na Terra ocorreria logo a seguir, alguns milhões de anos na frente.
Esse intervalo de tempo foi crucial para preparar o palco da grande explosão da vida que estava por vir. Capítulo 3: EXPLOSÃO DE VIDA Bem-vindos ao Cambriano, quinhentos e quarenta milhões de anos no passado! Respire fundo, porque é justamente aqui que o oxigênio começa a se tornar abundante, e as formas de vidas mais complexas.
Principalmente… nos oceanos. Se você mergulhasse e procurasse bem, talvez fosse capaz de encontrar exemplares curiosos de artrópodes, esponjas do mar, braquiópodes, equinodermos, vermes e até cordados. Esses últimos seriam precursores de diversas espécies mais próximas de nós.
E tenho certeza, se você se deparasse com as criaturinhas do Cambriano, poderia acabar se assustando. Seja com os famosos trilobitas, essas baratinhas marinhas, ou com os assustadores Anomalocaris, esquisitos predadores vorazes. Além de diversa, a explosão da vida no Cambriano é também bastante curiosa.
No período Cambriano, se iniciou o Éon Fanerozoico, que se estende até os dias atuais. Se você se lembrar das suas aulas de grego, phaneros significa visível e zoikos vida. Ou seja: o Eon da VIDA VISÍVEL AO OLHO NU.
É a partir daqui que o planeta, bem mais parecido com o atual, começa uma notável evolução. Supercontinentes se formam e se fragmentam. Vulcões, impactos celestes e megaextinções vão ocorrer.
E, no meio dessa dramática história, a evolução da vida também se desenvolve. Se viajarmos para o período Ordoviciano, a partir de quatrocentos e oitenta e cinco milhões de anos atrás, podemos conhecer as primeiras plantas e fungos que ocuparam os continentes. Afinal, não esqueça, até então toda a vida estava na água!
E assim continuaria. Os primeiros peixes surgiriam no período seguinte, o Siluriano, mais de quatrocentos e dezenove milhões de anos atrás. Um dos primeiros peixes foram os peixes agnatos, essas criaturinhas sem mandíbulas que parecem vindas de um filme de terror, como a atual lampreia.
Com o surgimento e consolidação da Camada de Ozônio, esse imenso escudo na atmosfera que nos protege da excessiva radiação solar, as condições de vida fora da água vão melhorando. O cenário vai ficando pronto para receber os primeiros animais em terra. No Devoniano, a cerca de trezentos e oitenta milhões de anos atrás, o Tiktaalik seria nosso ousado aventureiro.
A partir de então, grandes insetos, anfíbios e répteis dominariam as terras. Cada um teve seu momento de brilhar. E também ocorreriam de tempos em tempos grandes extinções.
Foram cinco grandes extinções no total, seja por vulcões, asteroides ou progressivas mudanças no clima. Eventos que tiveram seus impactos sentidos em uma escala de tempo geológico. Eventos que abririam espaço para que novas espécies pudessem surgir e prosperar.
Como foi o caso das pequenas aves e mamíferos, após a queda dos dinossauros e outros grandes répteis. Mas se engana quem pensa que só a vida evoluiu ao longo dos milhões de anos. Os biomas e continentes também iam se modificando, em uma paisagem em constante mudança.
Capítulo 4: PAISAGEM A evolução das plantas terrestres ocorre em paralelo com a evolução dos animais terrestres. Espécies com flores e frutos, as angiospermas, só dominariam os continentes muito tempo depois: no Cretáceo, há mais de sessenta e cinco milhões de anos, período da extinção dos enormes répteis. E na Terra nada está imóvel.
Nem mesmo os continentes. As grandes massas continentais que você vive também foram crescendo e se modificando ao longo da história da Terra. Além de estarem aumentando de tamanho, com rochas sendo formadas e destruídas por processos geológicos o tempo todo, os continentes também estavam em movimento.
No choque de continentes podem se formar cadeias montanhosas. E no meio deles, novos e velhos oceanos iam ganhando forma. Quando todos os continentes se encontram juntos, temos um supercontinente.
O mais famoso e mais recente deles é o Pangea. A sua separação, iniciada a cerca de duzentos milhões de anos atrás, deu forma para os continentes como conhecemos hoje. Mas existiram outros supercontinentes no passado da Terra, que se formaram e se separaram.
Afinal, trata-se de um processo dinâmico e cíclico que ocorre e continuará ocorrendo, você só precisa de bastante paciência e tempo livre para esperar! Uns quatrocentos milhões de anos, mais ou menos. Foi através desse processo que a separação da África e América do Sul deu a forma final ao Oceano Atlântico como conhecemos.
Há cerca de cinquenta milhões de anos a configuração dos continentes já se assemelhava mais ou menos ao desenho geral do que você conhece hoje. Apesar de que a dança dos continentes continuaria, só chegando em sua forma atual bem mais recentemente. Note que a Terra que você conhece e vive é resultado de bilhões de anos de evolução.
Essa terceira massa rochosa que orbita em volta do Sol conta com um núcleo ativo, que movimentou continentes, proporcionou mudanças ambientais e deu condições para a vida. Resiliente, o planeta passou por catástrofes e também por períodos de calmaria. Sem a evolução da Terra, não haveria evolução da vida.
Não estaríamos aqui. Não haveria nada! E, tenha certeza, o que vimos hoje foi apenas uma breve folheada pelas páginas da história geológica.
Nas páginas do livro da Terra há diversos episódios que vão capturar sua atenção. Mas, agora, vamos avançar muito nesse livro e dar uma olhada nas próximas páginas. Vamos viajar para frente, em direção ao futuro do nosso planeta.
Capítulo 5: O FUTURO Como vai ser esse futuro? Bom, não temos uma bola de cristal, mas é possível tentar fazer previsões, nos baseando em eventos atuais. Começando pelos futuros possíveis mais próximos até chegarmos no destino final do planeta.
Vamos começar pensando no curto prazo, o que já ocorre hoje. Se você não estiver debaixo de uma caverna há pelo menos quatro décadas, deve ter notado que o clima e os desastres ambientais têm sido assunto de pauta frequente. Os eventos extremos parecem se tornar mais recorrentes atualmente, diante do cenário de aquecimento da Terra que passamos.
Caberá às cidades se adaptarem o mais rápido possível para reduzir o risco de danos materiais e a perda de vida nesses eventos que já começam a se repetir, ano após ano. Em paralelo a isso, uma sexta grande extinção parece se desenvolver. A ampla e massiva expansão dos seres humanos pelo planeta, acabou por ocupar o espaço de outras espécies e levar muitas delas à extinção.
Para a escala de tempo geológico, toda a história da nossa civilização condiz a um espaço de tempo muito pequeno, um intervalo muito menor do que o observado nas cinco grandes extinções do passado. Então, sim, os seres humanos são responsáveis pelo fim do mundo, ou pelo menos o fim do mundo para muitos animais que jamais voltaremos a ver. Tudo isso ocorre em curto prazo, e já está modificando a vida na Terra que temos hoje.
Agora que outros eventos podem mudar, definitivamente, a paisagem terrestre a médio e longo prazo? Se olharmos para as grandes extinções do passado geológico, que ocorreram a dezenas ou centenas de milhões de anos atrás, encontraremos cenários de vulcanismo massivo, ou de impacto de grandes corpos celestes. Às vezes, tudo ao mesmo tempo.
E pode ser apenas uma questão de tempo até que esses eventos aconteçam de novo. O impacto, por si só, deixa uma gigante cratera e libera uma enorme quantidade de energia, na forma de uma agressiva onda de choque. Que pode resultar, por exemplo, em tsunamis.
Do tipo muito maior do que os registrados hoje em dia. Com o impacto ocorrendo em terrenos continentais, fraturas na crosta terrestre podem facilitar o vulcanismo e incêndios poderiam se alastrar por grandes áreas. Em paralelo, uma densa nuvem de poeira cobriria os céus por um longo período, o que dificultaria a entrada de luz solar.
E como plantar algo sem a luz do Sol? O impacto de um corpo celeste seria um evento abrupto, que traria consequências por muito tempo na vida terrestre. Como já ocorreu na história da Terra.
De toda forma, os impactos no passado não acabaram completamente com a vida do nosso planeta. Podem até extinguir a maioria das espécies, mas deixariam espaço para que outras pudessem se expandir. Essa é a magia da Evolução.
Mas entre a megaextinção e o auge das novas espécies, vai levar um tempo pra vida se recuperar! Pode colocar alguns milhões de anos na conta. Por baixo.
Mas se avançarmos mais no tempo, talvez possamos encarar novos desafios terrestres. . .
Vale lembrar: a Terra é dinâmica, está em constante transformação. E os continentes também. A Deriva continental está aí, aquele movimento lento das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre.
Esse é um processo cíclico que resulta, depois de algumas centenas de milhões de anos, em um novo supercontinente. E com todos os continentes juntos, as coisas tendem a mudar drasticamente para quem ali vive. Pangea Última ou Pangea Próxima é o nome dado para o futuro supercontinente, que se formará daqui a duzentos e cinquenta milhões de anos.
As consequências de um novo supercontinente nas condições de vida são enormes. O impacto da união dos continentes, mesmo que lento, resultaria em novas cadeias montanhosas e terremotos intensos. Porções centrais do continente, longe da umidade dos oceanos, poderiam virar enormes desertos.
Com a movimentação das placas tectônicas, grandes aberturas na crosta poderiam se tornar comuns, resultando em extensos derrames de lava na superfície. Um vulcanismo generalizado no planeta aumentaria os níveis de gás carbônico na atmosfera e, por consequência, as temperaturas se tornariam muito elevadas para a vida de diversas espécies. Cientistas acreditam que mais de NOVENTA POR CENTO da superfície terrestre poderia se tornar inabitável para os mamíferos no futuro supercontinente.
Seria este o fim definitivo do reinado dos mamíferos? No futuro do Pangea Última, daqui duzentos e cinquenta milhões de anos, se estima que o Sol estará dois vírgula cinco por cento mais intenso que atualmente. Intensidade que seguirá aumentando, progressivamente.
E isso nos leva a um futuro muito distante da Terra que, dificilmente, acabará bem. E, dessa vez, o protagonismo será todo do nosso astro-rei. E isso pode nos levar ao fim do nosso planeta.
Capítulo 6: O FIM O Sistema Solar, como seu nome diz, nasceu em torno do Sol. E, provavelmente, também morrerá por sua causa. Nossa estrela-mãe é como um enorme motor movido a hidrogênio.
Converte, através de fusão nuclear, o hidrogênio do seu núcleo em hélio. Nesse processo, libera a luz e calor que são tão importantes para nós. Porém acontece que nada é para sempre.
Em um determinado momento, daqui aproximadamente cinco bilhões de anos no futuro, o hidrogênio do seu núcleo chegará ao fim, e o Sol se tornará uma gigante vermelha. E até esse momento chegar, ele seguirá se tornando mais quente e mais quente, o que já será um enorme desafio para aqueles que vivem na Terra. Entretanto, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha, o cenário mudará completamente.
O estágio estelar de gigante vermelha resulta na expansão da parte externa do Sol, enquanto seu núcleo instável se contrai. Uma expansão que não é nada singela, engolindo planetas como Mercúrio e Vênus, os dois mais próximos do Sol. Mesmo que não alcance a Terra, as consequências já seriam irreversíveis.
O aumento dos ventos solares poderia causar impactos severos no nosso campo magnético. E sem o campo magnético, lá se vai toda proteção da nossa atmosfera. Isso resulta na exposição direta aos ventos solares, que poderiam destruir a atmosfera.
E, bem, sem atmosfera não há vida na terra e os oceanos poderiam evaporar para o espaço. Ao longo do bilhão de anos seguinte, a massa externa dessa gigante vermelha vai sendo expelida e formando uma bela nebulosa até que reste apenas o núcleo de hélio. Nesse momento o Sol alcançará uma nova fase e se tornará uma estrela anã branca.
Com densidade elevada e ainda produzindo algum calor, mas muito menor do que é hoje. São os últimos momentos do Sol que, progressivamente, se resfriará até se tornar uma estrela anã negra. Nesse momento, já não mais emitindo luz e calor.
Uma lápide estelar em pleno cosmos. Assim chegará ao fim a vida do nosso Sol e do nosso sistema solar. Quanto à Terra, mesmo que ela pudesse superar impactos celestes, vulcanismos e as mudanças dos seus continentes, com a morte do Sol, qualquer possibilidade de vida será perdida.
A terra irá voltar ao estado de rocha, gás e poeira do início de tudo. Mas tenha certeza, foram uma dezena de bilhões de anos muito bem vividos no planeta com a história mais especial que que já ouvimos falar.