Prontinho Ok perfeito Muito obrigado Bruna e aproveitando aqui o ensejo então para dar bom dia para todos e todas que estão por aqui né então vejo a thí e bom dia thí obrigado por manter a câmera ligada inclusive Bom dia Lucas Bom dia mais uma vez para loriane também eh e naturalmente Bom dia paraa Bruna tá e Agradeço também aqui já a Bruna por est fazendo toda essa assistência na aula de hoje e aproveitar também o agradecimento estender ao ibac né que sempre lembra de mim quando o assunto é psicofarmaco farmacologia comportamental etc um tema
que eu gosto bastante de fato e fico muito lisongeado de est eh podendo falar um pouquinho das coisas que eu leio que eu estudo que eu gosto ah principalmente por ter sido também aluno do ibac então é sempre muito legal poder tá de volta à casa falando um pouquinho aí sobre esses assuntos tá então mais uma vez obrigado Bruna e obrigado aí ao ibac por estar eh viabilizando esse reencontro ok pessoal a gente inicia hoje um um um ciclo né de três encontros tá então a gente hoje é dia três é isso isso hoje é
dia três tá então a gente se encontra hoje a gente vai se encontrar dia 10 e depois a gente se encontra no dia 24 tá esses três dias que a gente vai se dedicar um pouquinho a estudar sobre psicofarmacologia e farmacologia comportamental vocês vão ver com o tempo que são duas coisas diferentes tá eh assim já dando um pouco de spoiler né farmacologia comportamental é o jeito que o analista do comportamento interpreta a ação das drogas no comportamento ok É como o analista do comportamento pensa sobre esse assunto e a psicofarmacologia é o jeito vamos
chamar assim padrão né É o jeito mais biológico de se explicar o efeito das drogas no comportamento tá então a gente eh vai se apropriar um pouco desses dois raciocínios porque o que eu venho estudando eh sugere que a psicofarmacologia Sim ela acaba tendo um maior poder preditivo quando a gente tá falando de ação de drogas mas às vezes ela pode não explicar minúcias que a gente pode ver nas interações com os nossos pacientes né então por exemplo um cliente que é refratário ao uso de antidepressivo né Por que que ele não se deu bem
com o antidepressivo tá se Teoricamente aquele antidepressiva atua na serotonina etc etc e aí que eu acho que um pouco a farmacologia comportamental tem sua contribuição então a farmacologia comportamental sem sombra de dúvida ela não tem o maior poder preditivo Hoje não é a principal teoria a explicar a ação das drogas mas é primeiro né A forma como o brevior ista entende isso e segundo Eu ainda vejo um uso da farmacologia comportamental na interpretação dos nossos casos clínicos e é um pouco essa história que eu vou tentar construir aqui com vocês tá desde como a
gente Da onde veio isso né inclusive né tipo tá como que a gente chegou até onde a gente chegou tá E é mais ou menos isso que a gente vai se dedicar hoje talvez o começo da próxima aula e a partir da metade da próxima aula aí a gente vai focar em psicofarmacologia tá então a gente vai est fazendo essas duas abordagens sobre o tema eh nessas próximas três aulas Ok E lembrando que isso aqui é uma aula tá gente então fiquem à vontade para me interromper pedir a palavra para enfim tirar as dúvidas tá
A ideia é justamente que a gente possa construir e contribuir junto aí nesse esclarecimento Ok tudo bem até aqui Show Beleza então eu vou projetar aqui e aproveitando para dar também as boas-vindas paraa Ana Bom dia Ana bom dia projetar e se deu tudo certo vocês estão vendo agora aham Beleza deixa eu só [Música] deixa OK tá por alguma razão Bruna eu não tô conseguindo ver aqui o chat Então se alguém falar alguma coisa no chat você me avisa tá bom aham beleza bom então Pessoal esse aqui é o nome dessa nossa primeira parte da
aula tá farmacologia comportamental etiva histórica e contribuições Ok para quem não me conhece meu nome é André bravinho Eu sou Professor na Universidade Federal de Jataí eh até então era Universidade Federal de Goiás né UFG Regional Jataí só que ela se emancipou nos últimos anos aí e agora a gente tem mais uma universidade independente tá eh leciono lá mas também atuo eh hoje eu não atuo na clínica no sentido de atendimento propriamente dito né mas eu atuo com supervisão também tá então eh ainda mantenho contato com a clínica também Principalmente nesse lugar de supervisor dos
meus alunos tá E e é o interesse desde sempre a questão da terapia da terapia comportamental nesses termos eu acho que é o que valida um pouco também esse eh essas minhas falas aqui hoje né mas é importante lembrar não custa eu sou psicólogo tá eu não sou biomédico eu não sou farmacêutico eu não sou médico Ok então a perspectiva que a gente vai ter nessa aula é a perspectiva de um psicólogo analista do comportamento tá eh quando a gente entra na parte psicobiológica aí a gente vai tentando adequar a linguagem é onde a gente
tem um pouco de desafio porque é muito comum e muito natural quando a gente entra ali nesse material mais da psicobiologia que a gente tem uma abordagem que às vezes esbarra pro cognitivismo também então a gente tenta adequar essa linguagem tá Às vezes escorrega às vezes consegue fazer uma fala mais tranquila e eu sempre vou me policiando a isso para tentar garantir aí a maior precisão conceitual e epistemológica também tá então o primeiro ponto é esse né a nossa aula que vocês estão tendo é de um psicólogo analista do comportamento sobre esse assunto eh e
nesses termos também é importante dizer que não tem nenhuma espécie de conflito de interesse aqui tá eu não sou médico Como já expliquei para vocês e também não atuo obviamente né por natureza da minha formação não atuo no sentido de prescrever medicamento ou qualquer coisa do gênero então naturalmente não existe nenhuma espécie de conflito de interesse sei lá eh eh financiamento ou patrocínio da Indústria Farmacêutica enfim nada do gênero aqui ok feito essas ressalvas eu acho que é importante agora então a gente situar o momento histórico quando a gente fala de psicofarmacologia e mais propriamente
nesse momento da farmacologia comportamental tá a farmacologia né o campo da farmacologia principalmente aí da psicofarmacologia na década de 50 ela vive um período de muita efervescência tá alguns autores vão falar que a década de 50 é a década de ouro da psicofarmacologia ou da neurofarmacologia ou da neuropsicofarmacologia tá que nesse momento esses termos eles também estavam ainda muito enfronhar né então psiquiatria Neurologia ainda é uma coisa meio sem uma distinção às vezes muito clara muito óbvia tá e nesses termos a gente vai ver um pouco disso acontecendo aqui tá mas o fato é que
na década de 50 era um momento extremamente punj era um momento extremamente profico para o desenvolvimento de novos estudos né e desenvolvimento de novos eh tratamentos farmacológicos tá deriva na da descoberta de novos medicamentos né Então muitos medicamentos que até então estavam sendo desenvolvidos para tratamento de outras coisas até e a gente vai ver isso um pouquinho na na aula do dia dois né para frente eh na segunda aula para frente a gente vai ver que muito desses medicamentos eles eh foram descobertos até por Acidente né então ah vamos vamos usar isso aqui para tratar
tuberculose aí de repente o depressivo tuberculoso melhora da depressão mas não melhora necessariamente da tuberculose né Então as pessoas começam a descobrir muitos desses medicamentos até em parte por Acidente mesmo tá Então nesse momento fica muito claro a possibilidade de tratamento farmacológico dos transtornos mentais isso em si já é uma revolução muito grande Tá porque você tá falando de usar remédio usar um agente físico químico usar uma substância química para tratar um transtorno que Teoricamente é mental né Então veja a mente né aquela coisa que aquela entidade né que que ocupa o ser né que
não ocupa ali necessariamente um espaço e um lugar que às vezes não é física né Então veja você falar de um agente físico que afeta uma entidade não material né a gente como revista já vi nisso muito problema tá eh e isso de uma forma ou outra é o que torna em parte toda essa discussão também revolucionária caramba eu consigo tratar transtornos mentais com remédio Olha que impressionante isso tá E isso então incentiva a descoberta de novos medicamentos Tá mas também incentiva o estudo das bases bioquímicas das psicopatologias porque veja se é verdade que o
medicamento a afeta um transtorno mental e se é verdade que o medicamento é um agente físico químico né ora então é possível deduzir que os transtornos mentais também possuem uma base física uma base química tá Então veja eh o desenvolvimento desses novos medicamentos a descoberta desses novos medicamentos para o tratamento de transtornos mentais incentiva também o estudo das bases bi químicas das bases fisiopatológicas dos transtornos mentais tá então esse momento é o momento que vai ajudar muito nesse tipo de incentivo nesse tipo de pesquisa tá muito dessas pesquisas eram feitas com modelos animais né então
a gente tem os modelos animais de psicopatologia né o modelo animal de depressão por exemplo chronic my stress por exemplo o desamparo aprendido tá H modelos de ansiedade né Por exemplo o modelo de aproximação esquiva tá Então veja você tem alguns modelos animais você tem condição de induzir comportamentos nos animais em laboratório e utilizar o medicamento para ver o quanto aquele comportamento muda percebe Então a gente tem um campo e um momento histórico muito favorável para o desenvolvimento dessas pesquisas quer seja na ambição de desenvolver e descobrir novos medicamentos Tá mesmo nas pesquisas eh do
do mesmo nas pesquisas com os modelos animais pode também eh estudos que busquem essas bases fisiopatológicas do comportamento tá E no caso do comportamento transtornado Então esse é o contexto de época é isso que tá acontecendo em 1950 e acontecendo unidade muito importante é própria Universidade de Harvard tá então lá no laboratório de psicobiologia de Harvard esses Eh esses pesquisadores E aí Os Pioneiros São Peter dews oer Roger kelleher e o William Morse esses Pioneiros lá no laboratório de Harvard estão se preocupando estão se dedicando a compreender como contexto comportamental poderia influenciar a ação dos
fármacos tá Então olha que interessante a gente tem um momento muito propício ao desenvolvimento desses fármacos ao estudo dos fármacos a investigação de Como as bases fisiopatológicas afetam os fármacos e nesse caso também a desenvolvimento de esclarecimento sobre como esses contextos comportamentais afetam os fármacos tá isso vai est acontecendo em um laboratório muito importante que é o de Harvard com esses caras aqui e isso tá acontecendo em um contexto Aonde a análise do comportamento também está em processo amplo de fixação e expansão tá em 1950 gente a gente tem por exemplo em 53 a publicação
do do livro né ciência e comportamento humano do Skinner em 1957 a gente tem por exemplo a publicação do comportamento verbal do Skinner ainda e 57 a gente tem a publicação do livro esquemas de reforçamento que é um livro extremamente completo falando das tecnologias e Principalmente nesse caso aí da tecnologia da Caixa operante e de como ela pode ser utilizada para a investigação dos comportamentos e eu tô trazendo um destaque a esse livro tá o esquemas de reforçamento justamente porque se você ler ali no prefácio do livro você vai encontrar o Skinner agradecendo e creditando
justamente o Peter Deus pelos trabalhos que ele tem desenvolvido Olha que interessante pessoal 1950 aonde que o Skinner estava trabalhando exatamente no laboratório de Harvard Não exatamente nesse laboratório mas ele tava lá em Harvard Então veja existe um momento histórico propício ao desenvolvimento e e compreensão dos fármacos existe uma universidade se debruçando nesse esse desenvolvimento quer seja do ponto de vista comportamental e aí a gente tem o Skinner o laboratório dele etc quer seja com os próprios eh Pioneiros quando a gente tá falando desses laboratórios de psicobiologia existia uma interação ali nesses Laboratórios a ponto
de por exemplo o Dios o o o Skinner né acreditar o Dios a parte dos trabalhos dele e viversa tá essa interação foi o que viabilizou o desenvolvimento da chamada da farmacologia comportamental é essa interação que viabilizou uma revolução no campo que eu vou explicar já já para vocês observa então que a gente tá falando de eh de uma de um contexto histórico né 1950 toda aquela preocupação eh com incentivos também de Pesquisas nessa área e também né com alguns fatores aí meio casuísticos Como por exemplo o fato dessa galera tá trabalhando no mesmo lugar
né e manter alguma Comunicação tá então o di o kellerer e o mor eles vão trabalhar com aquilo que é mais evoluído do ponto de vista de desenvolvimento de pesquisa que existia até então no que se diz respeito a comportamentos e o mais evoluído a tecnologia mais evoluída que você tinha no que diz respeito a comportamentos naquela época era a caixa operante Então não é à toa que a gente tem muito dos trabalhos nessa época realizando investigação sobre efeito de fármacos utilizando a caixa operante porque essa era a principal tecnologia de pesquisa para desenvolvimento de
Pesquisas envolvendo comportamento tá bom esse é o contexto até aqui eu queria saber se tá tudo bem para vocês fazendo sentido show muito bom Então olha só nesse momento e aí eu tô falando do momento histórico né 1950 eh como que se explicava o efeito dos fármacos tá então existia uma hipótese que é a hipótese dos fármacos atuando sobre estados emocionais tá eh nessa década já existia a teoria do receptor mas a teoria do receptor ainda não tinha comprovação científica tá Então ela era uma teoria mais uma teoria criada mas que por limitação tecnológica você
não podia confirmar comprovar aquilo que a teoria do receptor eh sugeria e uma teoria muito robusta e que a gente guarda até hoje um pouco de eh herança na nossa linguagem dessa teoria é a chamada hipótese dos fármacos sobre os estados emocionais so subjacentes Como assim qual que é a ideia disso né A ideia é que essa teoria ela promulgava que os fármacos afetavam especificamente estados emocionais subjacentes a um determinado comportamento então por exemplo se eu tenho eh ideação suicida sentimento de menos-valia se eu tenho insônia se eu tenho hipofagia enfim se eu tenho esses
tantos comportamentos e isso acontece porque eu tenho subjacente a isso um estado emocional que se chama depressão né então é aquela boa e velha lógica tautológica né aonde eu tenho um estado emocional nesse caso que é a depressão determinando comportamentos né e eu digo tautológico todas as eh naturalmente todas as objeções que a anális do comportamento tem as explicações mentalistas a gente vai encontrar aqui né então ah como é que você sabe que você tem depressão Ué você não vê eu tenho ideação suicida sentimento de menos-valia tal tal tal mas por que que você tem
isso ah porque eu tenho depressão mas como é que que eu sei que você tem depressão é porque eu apresento esses comportamentos Mas por que que você apresenta porque eu tenho depressão Então veja aqui a gente tem uma explicação Mentalista aqui a gente tem uma tautologia e aqui a gente tem objeções da análise do comportamento tá E é nesse contexto um contexto aonde facilmente a gente encontra objeções do ponto de vista ber revista radical que você tem algum tipo de explicação sobre os fármacos Ah eu tomei o medicamento e eu parei de ter eh parei
de ter ideação suicida sentimento de menos valia etc etc etc Por que que esse remédio deu certo é porque ele combate a depressão percebe existe um estado subjacente que é depressão eu tomo o remédio o remédio vai lá Combate o estado depressivo e melhora o meu comportamento público então a teoria explicativa naquele momento é uma teoria que sugere a existência de uma entidade fisiopatológica no caso ali a depressão que vai ser combatida por esse agente e que a ao combater a gente melhora o comportamento Ora se é a depressão que causa os comportamentos e eu
altero essa causa logo eu altero os comportamentos Essa é a lógica cognitivista Essa é a lógica eh mediacional Essa é a lógica eh eh tautológica né mas eu ia usar outro termo agora eh Mentalista Essa é a lógica Mentalista por trás desse tipo de explicação e naturalmente é uma lógica que a análise do comportamento não bebe por todas as razões que vocês já bem sabem Então veja quando eu comento com vocês que a gente ainda guarda um pouco dessa lógica na nossa linguagem cotidiana É porque quando você vê um médico prescrevendo um remédio pro cliente
ele vai falar assim ah eu vou te dar um antidepressivo ele não fala ó eu vou te dar o inibidor seletivo da recaptação de serotonina percebe Não eu vou te dar um antidepressivo Ou seja você tem uma depressão aí vem um medicamento que é antidepressão e acaba com a depressão eu vou te dar um antipsicótico né então você tem uma Psicose vem um medicamento que é Psicótico e acaba com a Psicose eu vou te dar um estabilizador de humor Então você tem humor esse humor ele é totalmente caótico eu vou te dar um remédio que
vai estabilizar esse humor eu vou te dar um ansiolítico né então você tem uma ansiedade eu vou te dar um remédio que vai quebrar L que vai quebrar essa ansiedade então veja que na linguagem cotidiana a gente ainda mantém uma lógica de comunicação que tá e eh apoiada nessa conversa aqui que a gente tá falando dos estados emocionais subjacentes tá então isso daí era o contexto de época 1950 tá e de uma forma ou outra diga Bruna é tem um comentário aqui da Ana acho que ela falando dos Remédios né Na hora que os médicos
pass pode ler PR mim ela botou assim que é como se fosse como se ele estivesse falando que é uma cura né como se o remédio fosse curar acho que é do semest de uma forma ou outra sim e eh você agora eu consegui abrir aqui os os o chat eh de uma forma ou outra sim o o deixa eu ver Quem que falou aqui Ana de uma forma ou outra sim Ana mas eh até a medicina tem muita parcimônia com o uso dessa palavra cura quando se fala de psicopatologia Tá mas a lógica é
essa a lógica é que o remédio vai eh ser ante aquela entidade que você tem ali né não vai necessariamente falar de cura porque o que causa às vezes essa sei lá Psicose a medicina vai depende tá Ana mas vou traçar aqui um um Panorama possível né a medicina vai falar por exemplo que podem ter causas genéticas por trás disso então não se cura causas genéticas né se as causas São genéticas elas são genéticas não há o que fazer a não tentar equilibrar por exemplo aqueles neurotransmissores de algum jeito então ainda assim você pode ter
o uso do medicamento que por exemplo combate a Psicose né um antipsicótico sem necessariamente falar de cura tá então a psiquiatria tem muita parcimônia em relação ao uso de cura mas a lógica é essa a lógica é Ora se eu uso o medicamento e ele afeta no caso aí a Psicose eu altero esse funcionamento Psicótico então eu consigo restabelecer um funcionamento normal da pessoa tudo tudo bem te respondi Ana sim sim é eu vejo também acontecer e por exemplo um tio meu ele começou a tomar uma medicação E aí Ai tô bem depois de um
tempo vou parar de tomar Tô ótimo como se tivesse curado né então acho que isso acontece bastante na sociedade eh realmente não tem uma explicação né Às vezes o psiquiatra te passar um remédio pronto nunca mais vê e é isso que acontece né exato falta um pouco mais de informação às vezes pros pacientes né exato E aproveitando a sua fala eh às vezes muito do nosso trabalho como psicólogo na clínica é fazer psicoeducação é explicar pro cara que olha por sim você tá bem isso é bom significa que o médico acertou a dose significa que
o médico acertou o medicamento mas ainda não é hora de parar né o momento de parar vai ser eh atendendo a protocolos da Ensina em comunicação comigo psicólogo etc etc pra gente junto né Na medida do possível se você tem uma boa relação de trabalho com o psiquiatra né Na medida do possível a gente conversar junto a descontinuação do medicamento né Então esse é o cenário ideal sabiana beleza show bom então Eh Veja essa lógica que eu comento com vocês que ela começa em 50 Ela ainda tá meada na psiquiatria tá Óbvio a roupagem é
diferente né então hoje né 1950 quando você não sabia muito das bases bioquímicas dos transtornos você falava de sei lá afetar a depressão quase que como afetando aquela entidade mesmo né hoje não hoje a gente já tem mais clareza sobre as bases bioquímicas dos transtornos mentais tá eh Então essa lógica de falar que um medicamento ele atua ata por exemplo na Psicose eh dito de uma outra forma é falar que ele atua nas bases bioquímicas da Psicose Ok mas essa premissa Ela ainda tá posta na psiquiatria mesmo hoje ok então tem essa citação aqui do
livro da mar Angel de 2004 tá aonde ela comenta o seguinte olha um erro comum um erro Clínico frequentemente perigoso é tratar-se sintomas específicos de um transtorno com múltiplas drogas em vez de tratar o transtorno subjacente em si Então veja a gente tá falando de um livro de psiquiatria de 2004 que tá falando que existe um transtorno e que a gente tem que combater o transtorno Então existe uma Psicose e a gente tem que combater a Psicose existe a depressão e a gente tem que combater a depressão Então veja essa lógica que a gente tá
trazendo aqui desde 1950 a gente ainda tem hoje eh alguns reflexos na nossa linguagem cotidiana quando fala né do antipsicótico antidepressivo etc etc e a gente tem ainda um pouco disso dentro da própria psiquiatria obviamente a psiquiatria praticada em 2024 não é a psiquiatria praticada em 1950 então há de se dar essa diferença dos pesos e medidas né então em 1950 você falava praticamente da droga afetando A Entidade de uma forma entre aspas quase ingênua para hoje olhar de 2024 onde hoje a gente já tem mais clareza fisiopatológica dos transtornos então a fala aqui por
exemplo da mar Angel ela vai falar disso Olha a gente tá tratando por exemplo a Psicose E aí entenda são as bases bioquímicas da Psicose o que que um analista do comportamento pensa olha seria mais interessante se a explicação fosse a descrição né ó estou tratando eh no caso aqui a Psicose que seja tá com substâncias que bloqueiam a ação bloqueiam de forma competitiva ação da dopamina nos receptores D2 isso é a descrição do que que faz o medicamento né do mesmo jeito que eu expliquei para vocês agora H pouco né o médico fala Ah
vou te prescrever um antidepressivo ele não fala Ah vou te prescrever um inibidor seletivo da recaptação de serotonina percebe só que descrever que eu estou prescrevendo no inibidor seletivo da recaptação de serotonina é de uma forma ou outra já descrever Qual que é o mecanismo de ação e qual que é a base fisiopatológica que você tá intervindo com aquele medicamento e nesses termos seria uma forma de descrever mas eh mas atrelada né a de fato as variáveis que afetam o comportamento né Então olha se a alteração da serotonina afeta o comportamento vamos mexer com isso
não vamos falar que a gente tá mexendo com a com a depressão porque aí a gente tá incorrendo naqueles problemas do mediacion ismo do mentalismo E por aí vai tá Então veja é possível sim falar de uma farmacologia comportamental que anda de mondada com a psicofarmacologia na medida em que a gente mantém a nossa discussão dentro desse estoro monista materialista onde a gente tá falando de antidepressivos ansiolíticos e etc mas tá descrevendo o mecanismo de ação dessas substâncias E aí a gente não tá ferindo nenhuma espécie de princípio epistemológico tudo bem até aqui pessoal tá
fazendo sentido Ok bom esse é o contexto de época isso é a principal forma de explicar os os fármacos tá E é nesse ano mas precisamente em 1955 que o Dios um daqueles pesquisadores lá publica um experimento revolucionário esse experimento é revolucionário por uma série de fatores e Um dos fatores é que a gente coloca isso como um uma espécie de experimento crítico Tá qual que é a ideia de um experimento crítico né A ideia é o o o experimento ele se ele vai para um lado vamos chamar assim se o resultado vai né eu
tenho uma uma teoria e eu tenho uma uma previsão se a previsão vai pro rumo se o resultado vai pro rumo da minha previsão eu tô fortalecendo aquela teoria mas se o resultado vai para outro rumo eu tô enfraquecendo a teoria e a teoria se mostra insatisfatória a gente precisa revisar a teoria tá Esses são experimentos críticos né E esse experimento aqui é um desses experimentos críticos tá ele é um experimento que coloca em cheque essa chamada teoria dos estados emocionais subjacentes Ok como que acontece aqui a ideia aqui ela é mais ou menos o
seguinte olha a gente tem um animal na verdade aqui são pombos tá E esses pombos eles estão pressionando eles estão bicando os discos né Eh para quem não não tem muito conhecimento aí na na área mais básica eh enquanto no na caixa operante o rato pressiona uma barra no quando a gente tá trabalhando com pombo a gente tem como se fosse uns discos né na parede do do laboratório do da Caixa operante e o pombo fica esses discos tá então o operum do pombo é o disco o operand do rato é a barra geralmente é
isso né pode ter outros tipos de operando mas esse é o mais comum né então o que que a gente tem aqui são experimentos com pombo tá aonde os pombos bicam discos para receber alimento Ok então a consequência da resposta aqui ela é a mesma é alimento forço Positivo tá E aqui que vem um pouco dessa brincadeira Isso aqui é uma um um dos pontos importantes do do experimento Mas nem é o mais importante não tá mas eh aqui vem uma pequena analogia né olha se o animal se comporta para receber reforço positivo então Teoricamente
o estado emocional subjacente dele é parecido independente da condição que ele gera para conseguir o reforço Positivo né então se eu trabalho em FR mas o reforço é positivo ou se eu trabalho em Fi mas o reforço é positivo o reforço positivo estabelece ali um um uma condição emocional subjacente Idêntica nos dois casos tá então Teoricamente eu não tenho que ver diferença no comportamento já que a condição emocional ela é Idêntica Ok até aqui tá todo mundo me acompanhando tá beleza eu falei de duas duas coisas aqui Fi e FR E aí vale a pena
a gente revisar isso também tá o que que é um esquema FR o que que é um esquema Fi tá no esquema FR o esquema de razão fixa veja aqui no nosso caso Olha a gente tem um FR 50 significa dizer que a cada 50 bicadas no disco O animal produz um reforço então eu bico 50 vezes um reforço bico 50 vezes um reforço né então começa a bicar lá 1 2 3 4 5 nada 7 10 15 20 25 30 nada 32 35 37 40 42 nada 47 48 49 nada na qua bicada aí
eu recebo o reforço tudo bem Então veja esse é o esquema fr50 a cada 50 bicadas de forma fixa né ou seja 50 um reforço 50 um reforço 50 um reforço Eu recebo um reforço tá esse é o esquema fr50 e observe então que para eu receber um reforço eu tenho que trabalhar bastante eu tenho que trabalhar pelo menos 50 vezes tá é um esquema de reforçamento que exige uma alta taxa de resposta tudo bem até aqui oposto ao FR nesse experimento aqui o Dios usou um Fi 15 minutos tá que que é o fi
ele é o de intervalo fixo tá no caso intervalo fixo de 15 minutos significa que a cada 15 minutos se o animal pressionar a barra ele recebe um reforço percebe Então veja não confunda o fi 15 com FT 15 o FT que é de tempo fixo o reforça ele é entregue independente do animal fazer nada então A cada 15 minutos recebe reforço mesmo que você não esteja fazendo nada no caso do Fi não o fi eu recebo um reforço sempre que passar o tempo e eu pressionar a barra Então passou 1 Minuto 2 minutos 3
minutos se eu tiver pressionando a barra não aparece nada 4 minutos 7 minutos 10 minutos se eu tiver pressionando a barra não acontece nada eh 11 minutos 12 minutos 13 minutos se eu tiver pressionando a barra nada 14 minutos nada 14 minutos e 50 segundos se eu tiver pressionando a barra nada 14 minutos 59 segundos se eu pressionar a barra nada 15 minutos tá liberado o reforço a primeira pressão à barra depois dos 15 minutos Gero o reforço e reseto o cronômetro e aí começa tudo de novo tudo bem até aqui então Veja aqui a
gente também tem um esquema que mantém o comportamento por reforço Positivo tá mas aqui a gente vai ter um reforço se o pombo usasse relógio se o pombo fosse assim preciso e perfeito tá em A cada 15 minutos se ele pressionar a barra uma se ele bical disco uma vez ele vai receber um reforço significa dizer que numa sessão de uma hora na melhor hipótese ele vai conseguir só quatro reforços Tudo bem então Então essa é uma característica aqui no caso desse esquema específico né de F1 tá E novamente se o meu comportamento não é
o único a produzir o reforço Porque eu dependo também do da passagem do tempo tá veja se meu comportamento para produzir se se a produção do reforço também depende da passagem do tempo não adianta eu ficar pressionando muito né então assim para que que eu vou ficar bicando 50 vezes 100 vezes se basta uma única bicada na hora certa percebe então o esquema Fi ele é um esquema que comparativamente ao FR é um esquema que gera baixa taxa de resposta tudo bem até aqui beleza então o que que a gente tem a gente tem um
animal no caso pombo aonde ele é mantido no na caixa an com os dois esquemas ora um ora outro Tá ora FR ora Fi ok sendo que nesses dois esquemas a gente tem o reforço positivo controlando o comportamento e presumivelmente né estados emocionais subjacentes idênticos Aonde a única mudança que tem ela tá no esquema de reforçamento em si tudo bem ok numa condição de linha de base digo sem droga e aqui observa no caso no gráfico tá que que a gente tem no gráfico no eixo X a gente tem a dose da substância tá que
no caso aqui a substância é pentobarbital OK sendo que nessa condição aqui de Salina é a condição onde o animal não está sobre efeito da droga tudo bem então aqui a gente tem a condição Salina onde o animal não está sobre efeito da droga e aqui outras doses da droga que é o pento barbital a gente tem isso daqui e no eixo Y A gente tem para simplificar a história tá a gente tem a frequência do comportamento no caso o comportamento ficar bicando o disco Ok Então veja a gente acabou de ver que o fi
ele Exige uma baixa taxa de resposta E observa aqui que na condição Salina a bolinha branca ela tá abaixo da bolinha preta a bolinha preta é o FR que é de alta taxa de resposta percebe então na condição de linha de base tá acontecendo exatamente o que a gente prevê que vai acontecer num esquema eh nesse tipo de esquema aqui em Fi baixa taxa em FR alta taxa nada de novo sobre o sol até que tudo bem todo mundo me acompanhou alguém tem alguma dúvida eu fiquei pensando que medicação que é essa pentobarbital pento barbital
ele é uma espécie de de inibidor celular ok eh da categoria dos barbitúrico tá se a gente fosse por exemplo pensar em algum exemplo desses mais cotidianos seria por exemplo o um anticonvulsivante OK beleza show tudo bem até aqui excelente pergunta da Ana porque isso vai me dar umum ponto importante lá PR frente tá Então olha só que interessante até aqui nada de novo so sol esquema de baixa taxa baixo comportamento esquema de alta taxa alto comportamento vamos lá a teoria dos estados emocionais subjacentes ela prevê o seguinte olha e o efeito da droga depende
dos estados emocionais subjacentes então se eu vou dar uma droga para esse animal e o animal vai sei lá aumentar a taxa de resposta Teoricamente tem que aumentar nos dois cenários tem que aumentar tanto para Fi quanto para FR porque o estado emocional subjacente seja em Fi seja em FR é o mesmo ou o contrário se essa droga já que é depressora como a gente acabou de falar aqui pra Ana né se essa droga é depressora e vamos supor que ela vai então diminuir a taxa de resposta eu deveria ver a diminuição acontecendo nos dois
esquemas por quê Porque o estado emocional subjacente é idêntico nos dois esquemas então ve e Aqui é onde essais do experimento crtico né A Teoria prevê que ou so pros dois ou diminui pros dois o que não pode acontecer segundo teoria subir para um e diminuir out ou o diminu para um e subir outo bem porque se ISS aconte né sobre para um diminui para outro significa dizer que o estado emocional subjacente não é o principal fator a determinar a ação da droga e sim nesse caso o esquema de reforçamento tudo bem até aqui essa
é a lógica é isso que tá em jogo nesse experimento tá existe uma teoria que prevê a ação da droga de um determinado jeito a gente vai construir um experimento vai ver o que que acontece e se a teoria tiver correta a gente vai ver tudo caminhando pro mesmo lado seja para cima ou para baixo Mas vai tudo caminhar pro mesmo lado senão a a gente tá vendo que a teoria não é suficiente tá E aí olha o que que os experimentadores fazem né eles começam a dar as doses da droga né E aí eu
vou fixar minha fala aqui nas doses de 1 e 2 MG de pentobarbital tá Então veja quando quando o animal tá com 1 MG de pento barbital olha só que interessante Olha o que acontece o comportamento no esquema de baixa tá ele reduz ainda mais só que no esquema em alta taxa o comportamento aumenta Olha que interessante é exatamente aquilo que a gente não previa acontecendo 2 MG mesma história comportamento em baixa taxa diminui o comportamento que tava em alta taxa aumenta ainda mais tá Então veja aqui na linha de base né a bolinha branca
aqui E esse pontilhado mostrando o que que seria a taxa de resposta padrão do animal e a gente vendo que quando usa a droga ela baixa a taxa Nos esquemas de baixa taxa e aumenta a taxa Nos esquemas de alta taxa tudo bem até aqui beleza Vamos por partes Vamos tentar entender algumas coisas aqui ó Professor a gente tá falando oi oi tem uma dúvida do Lucas ele mandou que se esse resultado pode ser generalizado para outros esquemas sim e não Lucas eh Teve uma época Lucas que o como a gente tá falando de teorias
explicativas tá eh Teve uma época que as né a gente precisava de alguma teoria que gerasse a explicação do dos fármacos tá e houve uma época que se falava da teoria da taxa dependência Ok então o efeito da droga depende da taxa na linha de base e essa dependência da taxa não tinha nada a ver com o tipo de reforço então por exemplo você podia ter um um esquema de alta taxa mantido por reforço positivo ou alta taxa mantido por reforço negativo e a previsão ia ser sempre essa mesma aqui ah se é alta taxa
e você usa por por exemplo pento barbital aumenta Ainda mais se é baixa taxa seja lá por reforço positivo ou negativo e você usa o pento barbital diminui ainda mais tá isso aconteceu entre 50 e 70 até o final de 70 criou-se uma teoria explicativa que era a teoria dos do da taxa dependência tá e a previsão do efeito do fármaco dependia dessa taxa de resposta ok é por isso que eu tô te falando que sim tá mas eu também tô te falando que não porque a partir do final da década de 60 mais ou
menos ali em 68 começaram se a perceber limitações da teoria da taxa dependência então outros experimentos por exemplo mantinha a taxa de resposta do animal igual seja em reforço positivo ou reforço negativo E aí usava o o o medicamento e via que Mud o tipo de resposta do animal em função do tipo de reforço Ok Ou seja a teoria da taxa dependência deixou de ser uma teoria explicativa Porque do mesmo jeito que a gente tá falando aqui do experimento crítico foram feito outros experimentos críticos que mostraram que ela era eh ela não era suficiente para
explicar todo o cenário da droga e Em substituição à teoria da taxa dependência surge a então teoria dos parâmetros farmacológicos dos parâmetros comportamentais de ação dos fármacos que é a teoria que hoje se mantém na análise do comportamento e que no final acaba sendo uma análise meio caso a caso Ok eh e aí adiantando um pouco da minha aula tá Ah Lucas adiantando um pouco da minha aula eh hoje A análise do comportamento não tem uma teoria preditiva muito boa tá o mais próximo que a gente disso foi a teoria da taxa dependência Tá mas
ainda assim é uma teoria limitada Ok Hoje quem tem de fato uma boa teoria preditiva da ação das drogas é a teoria do receptor que é o que a gente vai ver em psicofarmacologia a partir do próximo encontro tá que é aquela coisa do ah droga se liga ao receptor tal né Beleza Essa é a teoria do receptor e essa tem mais poder preditivo Ok na análise do comportamento a teoria da taxa dependência ela foi substituída por essa outra teoria que é dos mecanismos comportamentais de ação de drogas que é como a gente vê hoje
ação das drogas e eu vou chegar e explicar isso melhor lá tá então Respondendo a sua pergunta pode ser generalizado pode com alguma limitação Tá então não dá para generalizar tanto mas sim Existe alguma coisa por ali que ajuda a gente a explicar eu vou trazer um um contraexemplo disso aonde essa lógica vai se reificar tá te respondi Lucas dá um feedback aí pra gente show valeu muito bom Beleza então pessoal Olha que interessante né a gente tem um experimento que vai botar em cheque a teoria da da dos estados emocionais subjacentes e vai mostrar
que o efeito da droga Depende de variáveis ambientais isso para mim assim isso aqui eu descobri quando eu tava na graduação num congresso né E foi o que fez a cabeça explodir F é isso que eu quero estudar né tipo assim presta atenção gente a gente tá falando do mesmo bicho com a mesma dose da mesma droga no mesmo momento do tempo tá então são pombos por exemplo com a dose de 1 MG eh o mesmo bicho com a mesma dose da mesma droga né 1 MG de pento barbital no mesmo momento do tempo ele
tá ali na caixa operante E mudou os esquemas de reforçamento ou seja ora tava funcionando o esquema FR E aí o comportamento do do animal aumentava em relação a linha de base quando entrava o o esquema Fi comportamento do animal diminuía em relação à linha de base Olha que interessante é o mesmo bicho com a mesma dose da mesma droga no mesmo momento do tempo tendo um efeito diferencial dito de outra forma o ambiente afeta a ação dos fármacos isso que para mim foi Mind Blowing tipo cara como assim o ambiente afeta a resposta farmacológica
porque via de regra o que a gente aprende é ah não sei lá eh um neuroléptico né um um antipsicótico ele vai bloquear a dopamina no receptor D2 aí ele bloqueia e Pronto né Tipo ele ele não vai assim ah vou bloquear Ixe mudou o ambiente deixa eu sair daqui agora ah não agora mudou de de novo deixa eu voltar pro receptor mudou o ambiente deixa eu sair do receptor não é isso que a gente aprende a gente aprende que existe uma afinidade química bioquímica e por essa afinidade por exemplo aquele medicamento vai se ligar
ao receptor e vai ficar ali né até ser degradado para uma enzima por exemplo tá e aqui não aqui a gente vê cara o efeito do fármaco Depende de variáveis ambientais e aí foi a hora que eu falei velho isso aqui isso aqui é faz muito sentido né do ponto de vista do resultado né assim no sentido do O resultado é muito claro né e é aqui que eu vejo a importância da análise do comportamento em tentar entender as variáveis ambientais que a pessoa está envolvida quando por exemplo está usando a droga tá isso é
o que a gente faz hoje por exemplo na chamada eh eh teoria né dos mecanismos comportamentais de ação das drogas tá é isso que a gente tenta entender Ok até aqui fez sentido dúvidas tá tranquilo para todo mundo tá galera esse experimento aqui é revolucionário esse experimento aqui ele marca todo um novo momento no estudo da psicofarmacologia ok ok ele é revolucionado por uma série de fatores tá o primeiro deles é o controle das variáveis biológicas né então geralmente quando a gente vê experimentos nessas áreas aí Ah tem que ser experimento com um n muito
grande porque existe variabilidade orgânica dos pombos e tal então você precisa de construir grupos e esses grupos tem que ser grandes para você poder entre aspas dirimir essa variabilidade orgânica e tal aqui a gente tá falando delineamento de sujeito único é o mesmo bicho com a mesma dose da mesma substância não tem alteração de variáveis biológicas aqui percebe e você pode fazer isso com um pombo você pode fazer isso com 15 pombos você vai ver a mesma coisa acontecendo você pode fazer com 700 pombos você vai ver a mesma coisa acontecendo o Fantástico desse tipo
de delineamento delineamento de sujeito único nesse foco que a gente tá trazendo aqui é o controle das variáveis biológicas Não interessa se esse bicho tem um um um uma constituição biológica x y z o fenômeno tá aqui tá então isso daqui já traz uma revolução muito grande no experimento né em relação ao método e isso também gera um novo momento de pesquisa porque ele mostra que a interpretação dos efeitos comportamentais de uma droga ela pode derivar de fatores ambientais sendo que esses fatores eu observo e menso que são os esquemas de reforçamento então percebe Eu
observo né o o a variável que eu tô manipulando Eu meço aquilo que eu tô manipulando tá e na medida em que eu faço isso eu posso né manipular diretamente eu posso controlar isso numa avaliação experimental e eu não preciso de ficar gerando especulações sobre estados emocionais então isso esse experimento ele é revolucionário porque que ele mostra que a gente pode estudar fármacos atuando sobre comportamento Como a tecnologia que não vai necessitar de você ficar gerando especulações sobre estados emocionais subjacentes Ah o rato tava ansioso por isso não percebe a gente tá manipulando variáveis ambientais
a gente tá manipulando esquemas de reforçamento a gente tá manipulando sei lá densidade de reforço etc isso tudo eu consigo ver manipular aferir E à medida que eu consigo fazer isso eu não preciso de entrar em especulações sobre estados emocionais e é por isso que esse experimento revolucionou o campo em 1955 tudo bem até aqui tá fazendo sentido Ok beleza então vamos lá nesse contexto Então a gente tem o desenvolvimento da chamada farmacologia comportamental Então a partir do do experimento de 1955 a gente tem tem um novo Campo na análise do comportamento só fazer uma
ressalva aqui esse não é o primeiro estudo que mexe com análise do comportamento ou com caixa operante e drogas o primeiro estudo que faz isso é um estudo do Skinner de 1937 tá então eram Skinner 1937 eles vão estudar o efeito da cafeína e da bendr em animais submetidos à Caixa operante só que naquele momento ele meio que só mostrar assim que olha dá para estudar drogas na caixa operante Tá mas o resultado que o Skinner traz não é nada muito sei lá revolucionário ou algo do gênero né já o o resultado do do Dios
esse sim ele é revolucionário porque ele inaugura uma nova forma de compreender e pesquisar o efeito das drogas tá então Isso sim faz e daí sim nasce a chamada farmacologia comportamental tá então o estudo que inaugura a farmacologia comportamental é o estudo do Dios em 1955 e em 1968 o Thompson e o Schuster eles publicam um livro que é o primeiro livro de farmacologia comportamental tá E é um livro que vai definir farmacologia comportamental da seguinte forma olha farmacologia comportamental É uma disciplina do ramo das ciências biológicas ciências biológicas entendam que ciências naturais tá fruto
da interação da farmacologia com a análise do comportamento e que usa ferramentas e conceitos da farmacologia ou seja drogas e da análise Experimental do comportamento ou seja as técnicas de controle do comportamento caixa operante esquemas de reforçamento etc para explorar o efeito comportamental das drogas tá Então essa é a lógica da farmacologia comportamental a gente pega uma coisa que é nossa a nossa tecnologia a nossa epistemologia pega uma coisa que é do outro Campo drogas Mistura tudo e tenta dar um sentido comportamental pensando inclusive do ponto de vista epistemológico para os resultados que a gente
encontra tá então primeiro ponto aqui farmacologia comportamental não é psicofarmacologia farmacologia fundamental é a forma como a análise do comportamento interpreta os dados tá na análise do comportamento o que controla o comportamento são variáveis ambientais e se uma droga altera comportamento significa que ou a droga afeta o controle das variáveis ambientais ou a droga é ambiente em si mesmo percebe esse que é o ponto na farmacologia comportamental análise do comportamento ela vai entender a droga como algo que altera o Controle Ambiental ou a droga sendo ambiente em si para a alteração do comportamento do organismo
Ok diferente da psicofarmacologia que vai entender a droga como algo que afeta o mediador né um uma substância orgânica que seja e que essa alteração do funcionamento orgânico gera ação comportamental Ok então na psicofarmacologia a gente tem como se fosse dois tipos de abordagem uma abordagem mais monista materialista e essa eu acho que tá ok não é oposta a análise do comportamento tá então quando eu viro para vocês e falam ah o o antipsicótico ele bloqueou o receptor D2 de dopamina e isso gera uma alteração do comportamento assim assim assado tá toda essa essa discussão
aqui ela é uma discussão por exemplo eh monista materialista ainda Ok e nesse sentido essa discussão não tá eh eh não se opõe à discussão da análise do comportamento agora quando eu pego e falo assim ah a droga mudou o jeito do cara interpretar a relação que ele tem com a mãe dele aí a gente já tá falando da droga mexendo com interpretação e a Interpretação sendo o fator que leva mudança do comportamento aí a gente já deixa de ter uma abordagem estritamente monista materialista para ter uma abordagem mais cognitivista tá E é essa abordagem
aí que a gente se opõe Ok então na psicofarmaco você tem esses dois approaches o approach mais monista materialista a gente não tem problema nenhum com ele não tá o approach mais eh eh cognitivista aí as mesmas questões que a gente tem com cognitivismo a gente vai ter com esse approach cognitivista também nessa dessa psicofarmacologia Tá mas o ponto aqui e só reinis na definição é que a farmacologia comportamental portanto ela é algo que vai usar da do da tecnologia da análise do comportamento e da epistemologia da análise do comportamento para interpretação dos fármacos Ok
até aqui pessoal tudo bem fez sentido Tá ok eu vou voltar lá na fala na dúvida do Lu eu vou voltar na fala da Ana quando a Ana pergunta tá Que tipo de medicamento é esse o pent barbital na fala do Lucas né assim do tipo tá eu posso generalizar isso para Outras Drogas e aí eu comentei Ai sim não e tudo mais Vamos lá eh um tipo tá deixa eu já já ir mais diret por causa de horário mesmo existe um tipo de transtorno aonde a gente tem ao mesmo tempo repertórios de baixa taxa
e de alta taxa acontecendo tá vocês sabem ou conseguem hipotetizar Que tipo de transtorno poderia ser esse alguém arrisca possuir altas taxas E baixa taxa ao mesmo tempo ó lá no nome do transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade o que que a gente tem um déficit de atenção ou seja o comportamento de atentar está em baixa taxa e a atividade psicomotora né a atividade física tá em alta taxa e hiperatividade fez sentido para todo mundo Ok olha só que tipo de medicamento a gente usa quando a gente tá falando de transtorno de Déficit de
Atenção e hiperatividade Alguém sabe alguém ris tem ritalina né Deixa aí por exemplo A Ana fala Olha tem ritalina né que é por exemplo metilfenidato tá e o o o o efeito na célula da ritalina é de estimular célula Tá então olha só que interessante a gente falou até agora a pouco e o exemplo que eu fui trazendo por causa do do estudo era com pento barbital o pent barbital ele inibe célula Tá então entra mais carga negativa essa parte carga negativa inibe célula vai ficar melor na outra aula tá mas só para adiantar um
pouco a conversa inibir célula no caso com pento barbital gerou aquele resultado que a gente viu do Dios tá ó pento barbital minha cetinha aqui ó pent barbital ela inibe célula quando eu inibi célula comportamento de baixa taxa diminuiu comportamento de alta taxa aumentou Aí eu pergunto para vocês e se eu tivesse utilizando uma droga que em vez de inibir célula estimulasse célula Será que o resultado aqui ia ser diferente Ou seja comportamento de baixa taxa iria aumentar e comportamento de alta taa iria diminuir Ok dito de outra forma não dito de outra forma Será
que se eu usasse por exemplo uma droga excitatória e não inibitória o padrão aqui inverte olha só que interessante por Clínica tá a Ana acabou de falar pra gente ah a gente usa no tratamento do TDH o meof enid a ritalina e a ritalina E aí é uma informação que eu tô sabendo que eu tô passando para vocês que não necessariamente vocês sabiam antes a ritalina ela é uma droga excitatória de células Ok e na clínica o que que a gente vê o comportamento em baixa taxa que é o Déficit de Atenção ele melhora ou
seja aumenta e o comportamento de alta taxa que no caso é a hiperatividade vai fazer o quê vai diminuir então na clínica a gente vê o seguinte Olha o uso de uma droga excitatória no caso específico ali do TDH ele vai gerar uma alteração disso daqui Ok contrariando a previsão que o Lucas acabou de falar pra gente aí no no no áudio tá Então veja isso que eu tô dando para vocês aqui são informações teóricas ou clínicas Mas vamos lá pro laboratório eh aqui eu vou simplificar um pouco esse gráfico tá gente aqui é a
de anfetamina tá ela é uma droga excitatória também ok E olha que interessante vamos focar aqui o vamos pegar aqui ó as bolinhas não perdão vamos pegar aqui os branquinhos tá o fi branquinho que é de comida a bolinha branquinha e o quadradinho branquinho que é o FR de comida tá ou seja vamos lá que que eu tinha no Dios Fi FR alta taxa baixa vamos lá Fi FR respectivamente baixa taxa alta taxa no caso aqui os dois mantendo por comida Ok eu vou pegar a mesma lógica só que para um outro experimento e vou
mudar só a droga aí que que a gente tem aqui ó os branquinhos F FR ou seja bolinha branca Fi quadradinho Branco FR parecido com DS e mantido por comida ó food e food tudo bem só que aqui eu fiz o quê eu mudei o medicamento em vez de ser uma droga inibitória é uma droga excitatória e olha que interessante no FR que era a alta taxa que é o quadradinho branco o que que eu vejo diminui o comportamento no fi que é o quadradinho que é a bolinha branca que que acontece aumenta o comportamento
na dose aqui de 0.3 é onde a gente tem a coisa mais explícita né olha que interessante a gente tem uma diminuição da alta taxa e um aumento da baixa taxa tudo bem até aqui que que eu quero ilustrar com esse com esse gráfico aqui e com as falas né da da Ana e do Lucas tá olha que interessante gente existe uma dimensão aqui que é de fato biológica o A de anfetamina ela é uma droga excitatória de célula ponto isso tudo aqui é fisiologia isso tudo aqui se a gente quiser trazer isso pra análise
do comportamento é reflexo então ó de anfetamina quando está no no organismo se liga a determinados receptores que E aí a gente tá falando de cadeias estímulo resposta né a gente tá falando de respondentes se liga a determinados receptores que vão abrir canais e que ao Abrir canais vão permitir a entrada de potássio por exemplo Ok e vão tanto estimular as células isso é fisiológico isso é um reflexo inato só que no nível celular a gente já nasce com essa dotação Ok do mesmo jeito que o pentobarbital quando a gente usa a droga ele se
liga a receptores que abrem canais de cloreto aí entra cloreto inibe célula isso também é inato isso também é fisiológico tá é Reflexo inato dito de outra forma e é esse que é o grande ponto que eu quero chamar atenção para vocês porque esse é o raciocínio que eu sigo e é o raciocínio que eu quero explicar para vocês é bem verdade que existe um aspecto que é ambiental como a gente tem falado até então né a o efeito da droga depende do ambiente isso é o estudo do Dios já deixou muito claro pra gente
mas existe um aspecto que é orgânico sim e a gente não pode abrir mão dessa lógica Então olha só que interessante nesse caso aqui que a gente tá trazendo a gente vê a inversão da resposta do organismo em função da droga se ela é inibitória ou excitatória tá então Existe sim uma dimensão que ela é orgânica e que a gente não pode perder de vista e nesse campo do orgânico a gente vai tá falando em muito de respostas reflexas inatas tá e nível celular e tal existe um um outro ponto que é o ponto comportamental
que é o como aquele organismo naquelas contingências passou a aprender e apresentar aquelas respostas tudo bem vejam que o que eu tô sugerindo aqui para vocês é a importância e a necessidade de interação entre esses dois corpos de conhecimento tá se a gente vai falar de farmacologia comportamental não dá para abandonar e achar que droga né assim os aspectos bioquímicos da droga não são relevantes em si eles são relevantes em si sim mas eles não explicam tudo esse é o ponto tá são esses aspectos orgânicos que são relevantes em si dentro de um contexto comportamental
que vão ajudar a gente a entender e interpretar os nossos casos Ok até aqui tá fazendo sentido Ficou claro para todo mundo tá E olha só que interessante gente isso que eu tô falando para vocês não é só um um uma Fala minha né mas a gente vê a própria Psiquiatria e eh reconhecendo a sua limitação tá essa fala ok que é de um livro mais antigo mas eu quis trazer ela porque ela é textual em reconhecer isso tá eh essa fala do gref monstra Exatamente isso a limitação que a farmacologia tradicional tem em explicar
até hoje por exemplo o trabalho do Dios tá olha o que que ele diz aqui e aqui eu vou fazer um pouco de droga Olha o que que o o Dios fala e aqui eu vou fazer um um pouco de tradução por comportamental tá o Dios não O Gre Olha o que que o gref fala em animais as anfetaminas Vejam a gente acabou de falar de um estudo de anfetamina tá eh enfim para demonstrar o que ele tá falando aqui ele fala em animais as anfetaminas aumentam a atividade exploratória e a frequência da emissão de
comportamentos operantes dirigidos obtenção de reforços ou para evitar punição este esses comportamentos porém dependendo da frequência original da ocorrência ou seja essa mudança depende da linha de base do comportamento que é o que a gente tava falando e mostrando até agora com essas e eh taxas né em Fi e FR E aí ele continua respostas que ocorrem a baixa frequência baixa taxa na ausência de drogas no caso aqui ele tá falando da anfetamina tá eh eh cadê ã respostas que ocorrem baixa frequência baixa taxa na ausência de droga tendem a serc adas pelas anfetaminas ou
seja aquilo que estava em baixa taxa tende a ser facilitado pela anfetamina Porém quando a mesma resposta ocorre em alta frequência em condições basais a linha de base as as anfetaminas tendem a deprimi né ou seja tende a diminuir a taxa entretanto e aqui é que tá o grande ponto os mecanismos neurais envolvidos nessa ação continuam obscuros tá então esse aqui é o ponto e é reconhecer que sim existe um um um parte da história que ela é orgânica que ela tem a ver com esses processos e inerentes à droga tá e provavelmente ali a
gente vai est falando de Cascatas fisiológicas eh reflexas mas isso também não Explica toda a situação e naturalmente o gref como psicobióticos ainda hoje ok então esse é o ponto que para mim é relevante eh entender que a análise do comportamento Ela traz eh informações importantes sobre a relação comportamento droga que esse Arsenal explicativo eh epistemológico ele tem importância para a leitura de casos clínicos específicos eh que a psicobiologia tem também seus achados e evoluiu muito em seus aspectos e que uma perspectiva integrativa é a melhor forma que a gente pode trazer para evoluir esse
quadro da chamada farmacologia e do comportamento tudo bem até aqui pessoal tá fazendo sentido tá bom só fechando Então essa conversa eh observem e a gente tem falado sobre isso paraa análise do comportamento o que altera a resposta são estímulos tá e estímulos são ambiente ou parte do ambiente Ok se uma droga portanto afeta comportamento é porque essa droga altera as variáveis ambientais que controlam a resposta e ou a droga em si mesmo é ambiente para o comportamento Essa é a lógica da farmacologia comportamental E é isso que a gente vai explorar com mais eh
eh minúcia no próximo momento né Depois do intervalo porque a gente vai entender a droga Então enquanto estímulo tá e a droga enquanto estímulo ou seja ambiente ou parte do ambiente ela Pode ocupar esse lugar de estímulo incondicionado ela pode ser um estímulo reforçador seja ele positivo seja ele negativo a droga pode funcionar como estímulo discriminativo enfim a droga inclusive pode ter Outras funções que a gente não vai esgotar aqui na aula tá até aqui eu queria ouvi vocês tá fazendo sentido Tá OK tá claro dúvidas eu não sei se eu digeri bem deixa eu
ver se ó no primeiro lá nós viu uma droga inibitória certo aí nós viu dois esquema um que produz baixa taxa e e alta taxa de resposta quando foi engerir a droga inibitória nós viu o reverso do que é esperado não espera o intervalo fixo diminuiu diminuiu e o FR aumentou que o que já já é do esquema isso já já tipo assim já tá nada nada demais nada novo para para aná de comportamento tipo assim pensando bem só que aí no segundo ela é como se ela potencializasse o esquema né sim aí no segundo
nós nós veem numa excitatória contrapondo issoo isso isso tipo minha cabeça eu não a ideia a ideia é o seguinte olha ã no a célula ela vai responder a estímulos inibitórios ou excitatórios Ok então uma célula ela vai ser estimulada e ou vai entrar eh cloreto por exemplo e se faz isso a célula hiperpolariza fica mais inibida ou vai entrar sódio tá perdão potássio e isso daí vai gerar despolarização vai gerar potencial de ação ok eh São cargas positivas tá então dito de outra forma eh na célula a gente vai ter ou inibição ou excitação
tá primeiro ponto é esse segundo ponto e talvez eh isso ajuda a entender também um pouco o contexto falar que eu tô inibindo célula não significa necessariamente que eu tô inibindo comportamento tá isso é muito é um erro muito comum a gente acha que ah se eu tô inibindo célula logo eu tô inibindo o comportamento isso não é necessariamente verdade tá eh por exemplo o que fazem os ansiolíticos é justamente inibir célula e desinibir comportamento Tá mas isso só para para explicar o funcionamento celular e contrapor o funcionamento celular ao funcionamento comportamental tá beleza Esse
é um contexto que que a gente viu lá ora quando eu inibo célula se o comportamento tava em alta taxa aumenta e se o comportamento tava em baixa taxa diminui só que quando eu estimulo célula acontece o contrário percebe e E é isso que torna essa relação vamos dizer assim consistente né porque veja se eu tô estimulando a célula agora Ou seja eu tô fazendo efeito oposto do ponto de vista celular é esperado que eu tenha o efeito oposto do ponto de vista comportamental e foi exatamente isso que aconteceu quando eu usei outra droga no
caso uma droga excitatória o comportamento que tava em baixa taxa Aumentou e o comportamento que tava em alta taxa diminuiu justamente o oposto que acontecia quando eu tava usando uma droga inibitória Minha cabeça tá muito muito muito muito muito legal eu tenho que estudar muito isso percebendo agora mas mas você entendeu a regularidade Sim sim eu entendi a diferença obrigado a minha dúvida aqui era sobre a regularidade se você entender endeu a regularidade Néo beleza é isso por disso aí realmente é quando a cabeça da gente explode e fala tipo cara como assim como é
que explica isso tá muito legal beleza galera mais dúvidas até aqui Professor Teria algum outro exemplo de algum outro transtorno que tenha altas taxas e baixas taxas além do TDH Ah o problema é ser concomitante sabe Ana porque por exemplo exemplo eh Quando você pensa no bipolar né você poderia falar disso mas o problema é que no bipolar você tem eh O Surto né o o episódio maníaco e o depressivo e eles não não são ao mesmo tempo né eu também tenho dificuldade de encontrar outro outro exemplo que traga isso tá agora eu acho que
a sua pergunta é interessante para situar também a gente no seguinte ponto né Eh essa lógica e o que eu trago aqui para vocês né a título de exemplificação ela tem mais uma função eh teórica do que aplicada tá então assim eu eu acabo comentando do TDH só porque meio que materializa a nossa conversa tá mas o ponto de vista meu aqui nesse primeiro momento é mais teórico de mostrar que a a droga dependendo da droga dependendo do mecanismo fisiológico dela inverter a droga né ou seja de uma droga excitatória para uma droga inibitória você
vai ter uma inversão do comportamento ou seja não podemos desprezar o efeito bioquímico da droga porque às vezes o que eu vejo um pouco também são analistas do comportamento com uma pegada um pouco quase que indo pro outro extremo né então assim do tipo ah se se isso tudo aqui é orgânico tal tal tal ional então não interessa saber tipo não interessa interessa porque esse orgânico e esse mediacional aqui né não o mediacional mas o orgânico aqui ele tem uma importância pra gente por exemplo na determinação dos comportamentos e E aí em alguma medida a
gente vai estar falando de respostas reflexas mesmo tá então trazer esses exemplos Ana tem mais a função nesse momento didática do que propriamente aplicada tá no aplicado vai ficar mais claro quando a gente começar esse segundo momento da aula que a gente vai falar do da droga como sei lá reforço eh como reforço negativo positivo e por aí vai beleza show mais dúvidas comentários uma acho que uma resposta para pergunta da Ana pode ser ansiedade porque eu tenho uma paciente que ela eu não lembro agora o nome da medicação que ela usa mas a Psiquiatra
dela passou dois e aí essa Minha paciente ela é supervisora de umas eh casas de ONGs essas coisas assim e aí ela tem que ficar rodando entre as casas tem casas que são ansiogênico ela vai pras casas que são ansiogênico toma medicação né faz uso regular de uma medicação que eu não lembro o nome parente da sertralina aham e ela chega Nessa casa que é ansiogênico aí entra entra que E aí a Psiquiatra dela passou que P ela tipo fazer essa manutenção e não deprimir né só que eu fico pensando assim tá tá ali né
alto baixo alo baixo e aí eu fico pensando também eh não sei se tá fazendo sentido o que eu tô falando mas eh Será que eh sei lá tipo de acordo aí com sei lá um certo tempo dela acessando isso claro né Tipo eu tô eh ensinando para ela assim tipo comportamentos eh que correspondem à resiliência né Uhum E se ela ficar entrando nisso Será que ela pode de fato vir a deprimir por conta dessa exaustão emocional que vai causando tá eh Taí acho que o seu exemplo ele não corresponde muito ao a essa lógica
né de ao mesmo tempo você ter né déficits ou excessos comportamentais né eh no caso da sua cliente eu vejo muito claramente controles de estímulo né então assim eh existem casas que são mais aversivas casas que são menos aversivas e esse controle de estímulo evoca respostas nela que por exemplo o medicamento não é suficiente para eh gerar essa né Essa entre aspas Tranquilidade e desinibição comportamental né mas não no sentido de que por exemplo você tem ao mesmo tempo né no quadro de ansiedade excessos ou déficits comportamentais entende eh ela não é o comportamento dela
nas casas menos aversivas está desinibido não porque o transtorno apresente déficits ou excesso mas porque a casa não evoca respostas de inibição comportamental né Por quê Por causa da própria casa por causa do jeito que naquele lugar as a vamos chamar assim a cultura organizacional se estabelece de modo tal que não é por exemplo eh eh aversivo para ela já nas outras que existe uma cultura já mais sei lá de eh Aviv vamos chamar assim de forma bem genérica isso sim evoca nela Então não não me parece ser correspondente a essa lógica de déficits e
acessos tá eu tô perdendo seu áudio tá CONSEG tá bem baixinho meu Deus do céu e agora o que eu faço mas ah então fala depois tá agora agora tá melhor ã então na época que ela tava sa medicação as casas que não eram aversivas ela ainda ficava assim meio ansiosa aí ela ficava entr em contato com tipo a fazia um lá desesperava e tal mas era sempre assim ansiosa e não ansiosa ansiosa e não ansiosa porque ela ficava pensando na escala a escala era semanal uhum a sei se faz sentido né é assim eu
consigo fazer uma leitura mas que não não tem a ver com com essa lógica que a Ana traz né então assim eh ela fica Ansiosa com a escala porque a escala é um pré-aviso e ela fica ansiosa indo lá porque algumas casas são mais ou menos aversivas e isso vai gerar essa aversiva entre aspas né a sua cliente para tá tomando medicamento provavelmente ela é ansiosa vamos chamar assim de forma generalizada só que existem casas mais ansiogênico menos ansiogênico a gente tá falando de intensidade de estímulos estímulos mais intensos e vão gerar respostas mais intensas
de ansiedade estímulos menos intensos e vão gerar menos eh respostas menos intensas de ansiedade Tá mas não que a gente esteja falando e É nesse ponto que eu tô insistindo que eu acho que não não pega aquela lógica que a gente tinha conversado mas não que a gente esteja falando de um único transtorno que tenha déficits e excessos no mesmo momento entende tipo não no caso da sua cliente são estímulos ambientais que evocam mais ou menos as respostas ansiosas dela ah entendi obrigada E aí de nada show mais dúvidas comentários observações deixa eu ver aqui
no chat no chat nada que mais galera Ok então tá Bruna eu acho que a gente pode passar então pro intervalo TR minutinhos mas tá Uhum show até já já pessoal ou não eu tinha pausado mas já voltei tá se quiser voltar Beleza então show de bola Vamos então retomar aqui a nossa [Música] apresentação Professor tem uma pergunta pergunte em pessoas eu sei que o ambiente afeta as ações do dos fármacos e tal né mas em pessoas que TM diagnóstico de TDH por exemplo que não fazem uso de medicação excitatório e resolvem fazer uso de
enfim eh [Música] medicações alternativas assim floral né todas essas outras coisas será que teria um efeito mínimo ou algo parecido assim ô Ana eh medicações alternativas né floral não é medicação tá eh coisas alternativas algumas coisas podem ter efeitos não é o caso de floral tá E e em parte pode ser um pouco de efeito se tem efeito Pode ser algum efeito eh como é que é o nome efeito placebo Inclusive a gente vai falar disso já já tá então assim eh que que a gente sabe que que a gente tem documentado que tem efeito
tá e terapias né então tem uma série de terapêuticas específicas medicamentos tem uma série de medicamentos específicos e medicamentos mais terapia pro caso do transtorno do TDH né eh é mais favorável OK tá Associação das duas coisas no caso de TDH é mais favorável check isso a gente sabe eh alguns alimentos eh mas aí assim o quanto isso a gente ainda tá tateando Tá mas a gente sabe que alguns alimentos alteram comportamentos Ok uhum eh o que que eu sei te dizer de de de claro assim mas é difícil dosar isso tá corante Amarelo corante
caramelo número se tende a aumentar hiperatividade Ok se você for pegar praticamente qualquer coisa vai ter esse corante de caramelo número seis Ok eh que que a gente tem sabido mas ainda tá sendo mais tateado ok uhum alimentos Ultra processados tendem a Gerar problemas mentais Tá o que que tô chamando de problemas mentais depressão ansiedade e TDH também só que a gente não tem ainda um uma lista disso né então a tal tal alimento ou tal conservante ou tal cosmético né o pessoal da nutrição chama isso de cosméticos né Tais cosméticos geram tais coisas isso
a gente ainda não tem uma listinha tão ponto a ponto assim tá mas que dá para bater martelo né que assim já é claro na literatura é que sim alimentos Ultra processados tendem a Gerar alterações comportamentais também ok para além do diabetes para além de alguns tipos de câncer para para além de sei lá hipertensão e tal também geram alterações comportamentais Ok então a alteração de dieta às vezes pode ajudar a regular mas aí aí assim aqui eu tô tô fazendo um salto tá oana você me perguntar assim tá mas que tipo de alteração de
dieta isso a acho que ainda não tem muito Claro na literatura Tá mas grosso modo né alimentação mais eh em Natura e minimamente processada tende a ser melhor Qualquer cenário tá então isso eu acho que deveria ser uma uma diretriz para qualquer psicólogo também né Óbvio a gente não vai prescrever eh prescrever dieta não é essa a nossa função isso seria uma prática legal de nut inclusive mas ensinar o paciente a discriminar os tipos de alimento que são alimentos minimamente processados ultraprocessados etc etc isso daí poderia ser uma alternativa terapêutica que é possível sim que
vai ter algum efeito no TDH sono tá então rotina de sono também geralzão ajuda uma porrada de transtorno Ok então Eh focar em eh eh como é que é o nome higiene de sono pode pode ser um jeito alternativo de de intervir em TDH também eh existem E aí sim são medicamentos tá só que são fitoterápicos mas eu não sei para TDH eu vou ficar te devendo essa tá existem fitoterápicos que podem ser utilizados mas isso ainda é medicamento embora venha de planta tal tal tal ainda é medicamento ok Você não tem uma série de
controles né Porque você não sabe quanto que aquilo foi colhido Você não sabe o tanto de sol que aquela planta teve se aquele solo tinha alguma espécie de aditivo então assim quando você fala do mundo dos fitoterápicos você tem muito menos controle comparado com os alopáticos né que é aquilo que a gente compra na caixinha de remédio lá na farmácia tá mas ainda assim fitoterápicos são medicamentos Ok e você tem essas outras coisas que não são terapêuticas e Eh que que são eh pseudociências né no caso floral é uma pseudociência então então tem coisas que
realmente não não vão entrar aí como terapêutica tá ele o floral então ele é considerado o quê maguin é assim o floral ele é extraído de né de planta tal tal tal mas assim Não Existe validade científica daquilo né então Eh o floral eu eu não acompanho literatura de floral mas eh o que se sabe é que eles não têm efeito do ponto de vista científico né da das análises de evidência e os eh como é que o nome os o os os medicamentos homeopáticos e esses não só não t efeito como em muito acabam
favorecendo um um uma piora dos quadros né porque as pessoas deixam de fazer aquilo que elas poderiam fazer né então tô tomando aqui o o meu tratamento eh ahi gente acabei de falar o nome eh ai enfim eh gente eu esqueci Total aqui quem é que tem TDH aqui né Eh enfim o o a gente que não não é é o que é água mesmo água no final das contas é só água poral não não o outro o leopa tia né Eh Enfim então esse realmente eh as pessoas tomam achando que tão ok né que
tão tratando mas não não buscam um tratamento e isso acaba gerando uma falsa percepção de que tão tratando í pode gerar agravamento do quadro tá mas é isso então assim eh homeopatia floral isso é tudo pseudociência tá tem outras coisas pseudocientíficas também que às vezes são utilizadas né para para isso tem coisa que não é remédio mas é mas que funciona Ok eh e tem as terapeuticas mais padrão mesmo né então enfim teriam essas esse leque de alternativas por exemplo tá te respondi show muito bom algo mais Galera vocês ficaram aí pensando nesse intervalo Ok
então vamos lá deixa eu compartilhar aqui a nossa apresentação [Música] ok ok Deixa eu ver se eu consigo abrir o chat dessa vez consegui também muito bom então vamos lá como a gente tinha comentado né Eh a premissa na farmacologia comportamental é se o que muda o comportamento é ambiente e se droga afeta comportamento logo droga afeta o controle do ambiente e ou droga é o ambiente em si tá E nesse sentido da droga ser ambiente aí lembre emse né Qual que é o conceito de estímulo né o estímulo é uma parte do ambiente o
ambiente ou parte deste né que altera comportamento do do organismo tá eh então quando eu tô falando da droga enquanto estímulo eu tô falando da droga enquanto ambiente Ok e uma das coisas que a droga pode ser é estímulo incondicionado tá lembrando o estímulo incondicionado é aquele que elicia uma resposta incondicional nada tá então por exemplo no Bom bom e velho exemplo do pavlov né o alimento na boca do cão elecia resposta de salivação tá então o estímulo alimento elecia gera né sem nenhuma espécie de aprendizado uma resposta que é orgânica tá que é no
caso a salivação e essa salivação tem uma série de propriedades e fisiológicas tem uma série de propriedades eh uma série de propriedades evolutivas para a alimentação tá então a sal salivação ela por exemplo Já prepara o bolo alimentar para que ele consiga transitar melhor no aparelho digestório a salivação inclusive já começa com parte do processo digestório se não me engando de amido aí eu posso est enganado né mas parte do processo digestório do amido já começa na própria boca na por causa da saliva Então veja eh essa resposta de salivação ela tem funções fisiológicas Elas
têm funções filogenéticas facilitam a sobrevivência daquele organismo na espécie Ok e dado a devida proporção olhando para outros estímulos e outras respostas é disso que a gente tá falando quando a gente tá falando de drogas também ok dito de outra forma uma droga ela pode eliciar determinadas respostas ok e quando por exemplo a gente ilustrou né ah uma droga excitatória uma droga inibitória ela se liga ao receptor abre o receptor isso tudo são elicia Ok só que no nível de análise da célula percebe eh e não se enganem né lembra quem quem traz toda essa
lógica flexa para a análise do comportamento né ou a gente se apropria disso de uma forma ou outra né é o próprio pavlov e o pavlov ele era fisiologista tá Então veja a gente tá falando exatamente de respostas fisiológicas que tem uma função tem uma importância na sobrevivência da espécie Ok e que no caso específico das drogas a gente tá direcionando a nossa atenção para um nível de análise que não costuma ser o nível do analista do comportamento típico né porque tipicamente a gente fala do quê Ah o comportamento de um organismo vivo e íntegro
né então a gente tá falando do comportamento como um todo geral né a gente não tá olhando ali a especificidade a minúcia que acontece dentro da célula Tá aqui é onde a análise do comportamento começa a se enfronhar e começa a encontrar aí com a por exemplo a área da fisiologia Tá mas nem por isso significa dizer que a gente não possa pensar osar aspectos orgânicos ou eh eh ou os aspectos da literatura né organicista à luz da análise do comportamento tá então quando eu tô falando das drogas comimos incondicionados eu tô falando que ela
pode justamente gerar respostas incondicionadas Ok e essas respostas incondicionadas elas vão depender de alguns aspectos específicos alguns dos quais a gente vai deixar para falar no próximo encontro tá agora a compreensão sobre a droga e o efeito a função elici que ela tem ela ajuda a gente já a entender alguns fenômenos tá e um deles é o efeito placebo né que eu até tinha comentado com a Ana agora pouquinho tá Que que acontece gente Ó imagina o seguinte imagina uma situação onde você precisa de tomar um analgésico para diminuir sua dor de cabeça ou para
parar com a dor de cabeça Ok Então veja que que você tem ali você tem a droga tá no caso ali o analgésico né então você tem o comprimido esse comprimido ele tem um tamanho específico ele tem um peso específico ele tem uma cor específica ele tem uma forma específica tá E ele tem uma composição química específica né então ele vai ter sei lá paracetamol ele vai ter enfim cafeína tá Então veja aquele comprimido ele em si é um estímulo né o tamanho a a a tamanho a cor formato peso etc tá o gosto tá
então ele tem uma série de estímulos e dentre os quais ele tem outros estímulos que é o princípio ativo do da substância né Por exemplo paracetamol por exemplo cafeína e tal e esses princípios ativos quando se ligam a determinadas células etc etc vai gerar respostas específicas tá então no nosso caso o que que a gente tem aqui ó a droga né ou seja ele comprimido específico ele é um estímulo incondicionado Ok Então veja o paracetamol por exemplo ele é o estímulo incondicionado que vai gerar o alívio da dor ok então beleza isso daí já é
um uma resposta eliciada e essa resposta eliciada aqui ela é incondicionada mas que não acontece como a gente bem bem sabe no vácuo né ela acontece frente a determinados estímulos do contexto por exemplo no nosso caso aqui a cápsula né Então olha a gente tem uma cápsula específica né de um Como eu disse para vocês H uma cor específico um tamanho específico etc etc né Então veja esses estímulos eles são neutros para a eliciação da resposta de alívio da dor de cabeça só que se sempre eu tomo determinada droga nessa nessa cápsula específica e eu
Gero o alívio da dor de cabeça de uma forma ou outra eu estou emparelhando aquela cápsula aqueles estímulos neutros com esses estímulos incondicionados de forma tal que se eventualmente eu tomasse só a cápsula Ok eu poderia ter um alívio da dor de cabeça tá Então veja nesse caso aqui a gente tem um processo de condicionamento reflexo explicando aquilo que a gente chama de efeito Placo Ok tudo bem até aqui fez sentido eu vi que o Lucas respond falou alguma coisa aqui o Placebo é um CS O Lucas tá super fascinado aí pelo campo tô achando
ótimo convertendo pessoas tudo bem até aqui ok efeito Placebo dúvidas Tá qual que é o ponto gente o efeito placebo talvez vocês já tenham ouvido falar você já sabiam mais ou menos o que que era Ah o efeito placebo é usar uma substância inerte né Por exemplo uma cápsula né E mesmo tendo estando sobre efeito da substância inerte ter um efeito no nosso caso aqui de analgesia beleza Esse é o efeito placeo o que talvez vocês nunca tenham ouvido falar é do chamado efeito noc Ok o efeito nocebo é meio que o contrário do efeito
placebo tá enquanto no efeito placebo eu uso medicamento e eu tenho alívio da dor no efeito nocebo Eu uso o medicamento não perdão no efeito placebo eu uso uma cápsula por exemplo e eu tenho um alívio da dor no efeito nocebo eu uso uma cápsula e eu tenho a intensificação da dor Ok então o efeito nosb ele é o contrário em vez de de ter o efeito pro nosso exemplo aqui de analgesia eu estaria tendo o efeito de algesia de indução da dor tá tudo bem até aqui o que que é o efeito nocebo todo
mundo entendeu ok agora como é que isso acontece do ponto de vista comportamental Qual que é o lance gente um estímulo ele não vai eliciar só um tipo de resposta tá lembra lá do pavlov né o pavlov quando ele colocava por exemplo o alimento na na boca do animal isso elicia as respostas de salivação tá a resposta de salivação ela preparava né o alimento para ser metabolizado enfim aquela história que eu expliquei para vocês agora também só que ele seava outras respostas também como por exemplo do Da liberação de suco gástrico no no no estômago
etc etc e o o grande ponto aqui é qual é a a função da eliciação dessas outras respostas aí quando a gente tá falando de comportamento alimentar a gente tá querendo no caso todo o processo digestório né ele tá querendo eh desprender né e e e captar vamos chamar assim dos alimentos né absorver dos alimentos as os nutrientes etc etc só que veja eh se a gente não tivesse uma resposta metabólica tá se a gente não tivesse uma resposta que fosse metabolizar o alimento se a gente não tivesse uma resposta que fosse eh eh transformar
aquele alimento em energia etc e eh metabolizar isso tudo esse alimento ele estaria sempre acumulando no organismo percebe Então veja a resposta metabólica ela tem uma função de garantir o funcionamento fisiológico normal do do organismo vou pensar o sal né então ah comi um alimento aqui tem sal beleza OK aí Suponha que esse sal ele não vai ser metabolizado Suponha que esse sal não vai ser excretado do seu organismo se o sal ficasse concentrado no organismo aí você come outro alimento aí tem mais sal aí você come outro alimento aí tem mais sal e se
isso nunca fosse excretado se isso nunca fosse metabolizado em algum momento você ia ter uma intoxicação você ia ter uma um um mau funcionamento dos órgãos e os tecidos por causa do acúmulo do sal e chegando num num exemplo muito hipotético e caricato aqui chegando por exemplo a falecer justamente porque a aquelas eh estruturas como por exemplo coração que precisam de um equilíbrio eletrolítico para funcionar isso não estaria acontecendo por causa do acúmulo do sal percebe Então veja o processo de metabolização ele tem uma função fisiológica que é de garantir a chamada homeostase no organismo
o que que é homeostase homeostase é o equilíbrio dinâmico do organismo é um equilíbrio para que o organismo funcione tá eh por exemplo um um exemplo que é sempre dado quando a gente fala de homeostase é temperatura né então ah se a gente medir a temperatura de vocês aí vai tá em torno de 36º aí se você começa a fazer alguma atividade física por exemplo você começa a suar né e o suor ele tem a função de diminuir a temperatura do seu organismo para garantir que o seu organismo não chegue a 38 39º e comece
a colapsar percebe Então veja existe uma função fisiológica no caso aí do suor e tal que é de garantir um equilíbrio dinâmico do organismo que pro nosso exemplo aqui é a temperatura em torno de 36º tudo bem até aqui isso que acontece com a temperatura vai acontecer com uma série de outras características do do ó do do do organismo né eu citei aqui o exemplo do sal mas o que eu quero chamar a atenção para vocês é que eh todo e qualquer substância ela eh no caso quando você usa uma droga né ela vai gerar
sim aqueles efeitos desejáveis Como por exemplo o alívio da dor só que aquela substância né O paracetamol cafeína ela também precisa ser metabolizada no organismo percebe do contrário se isso aí está acumulando né parecetamol cafeína parecetamol cafeína parec e Em algum momento chegar a ter uma intoxicação tá não é isso que acontece não é isso que acontece graças à metabolização não é isso que acontece para tentar manter a fisiologia manter a homeostasia do organismo tá Então veja quando a gente usa o Medic a gente até pode estar gerando o efeito desejável mas ao mesmo tempo
esse estímulo vai estar iniciando outras respostas que são as respostas de metabolização da própria droga tudo bem então ao mesmo tempo que eu tomo o medicamento eu estou eliciando por exemplo as respostas de analgesia Mas eu também estou eliciando respostas de metabolização da droga ok Então veja no efeito nocebo O que que a gente tem a droga vai estar eliciando respostas de metabolização só que isso daqui não acontece no vácuo né isso acontece dentro do contexto e nesse caso o que que a gente tem aquelas cápsulas né ou seja estímulos neutros até então eles são
emparelhados com a droga de forma tal que dependendo da situação né as cápsulas podem por si só gerar resposta de metabol da droga tudo bem ou seja se eu tenho uma substância né uma substância não no caso aqui a cápsula tá se eu tenho a cápsula gerando respostas metabólicas respostas vamos chamar assim compensatórias eu vou ter um efeito no organismo sentido subjetivamente como desconforto tá nesse caso aqui se eu tô falando de algesia né o efeito que eu vou ter aqui de desconforto ele vai ser o efeito de dor vai ser a algesia Tá mas
poderia ser algum outra espécie de desconforto imagina álcool né eu tô bebendo álcool e aqui eu já começo também a a transportar toda essa nossa conversa de farmacologia comportamental para compreensão de dependência química tá então por exemplo se eu uso álcool né o álcool é uma droga inclusive extremamente tóxica do ponto de vista orgânico tá se eu uso álcool Eu tô eliciando uma série de respostas no organismo dentre essas respostas respostas de metabolização do álcool só que isso não acontece no vácuo isso acontece em determinado contexto que contexto Ah é o barzinho da esquina é
o sábado que é o dia de feijoada no barzinho da esquina é o sambinha que toca lá no barzinho da esquina que tem a feijo ada eh é aquele líquido daquela cor específica daquele copo específico daquela temperatura específica com aquele sabor específico percebe Então veja a droga álcool ela tá sendo emparelhada a todos esses estímulos ambientais aqui o bar a música o tipo de comida temperatura da da bebida cor gosto da bebida etc etc de forma tal que ao beber álcool eu elicio uma das respostas eliciadas é de metabolização do álcool né o meu fígado
começa a trabalhar etc etc tá eu começo a metabolizar álcool Ok só que se eu vou consistentemente naquele bar naquele dia né peço a mesma comida a mesma bebida etc etc ou seja Sábado é o dia da feijoada sábado é o dia da feijoada sábado a gente vai para aqueles bar que fica embaixo de árvore ali nas entrequadras a gente pede uma enjoado tá ouvindo o sambinha ali tá de boa todo sábado eu faço isso ok que que você tem uma alta chance de acontecer esses emparelhamentos E aí Suponha que em algum momento você sei
lá eh você vai viajar Ok ah não sábado agora eu vou viajar mas a gente vai viajar depois do almoço a gente faz o seguinte ó almoça lá na feijoada porque a gente sempre gosta da Feijoada pega o carro vai para Estrada Ok e E aí eu não vou beber nada não porque afinal de contas eu vou pegar a estrada Ok beleza Eh tu vai lá no bar mesmo bar mesma galera mesma música mesma comida tal tal tal ou seja todos os estímulos ambientais que estavam presentes continuam agora presentes e eles estão fazendo o quê
eliciando respostas condicionadas de metabolização da droga aí o que que acontece ora você tá metabolizando substâncias que você nem nem tem ali no seu organismo ainda né você tá gerando um controle homeostático preparando você para receber no caso o álcool dada a devida proporção é como se tivesse salivando entre aspas esperando o álcool Só que essa salivação não é salivação são processos metabólicos acontecendo no fígado preparados esperando o álcool aí o que que você vai ter um desconforto aí esse desconforto no caso aqui do álcool você vai começar a nomear como hum a que vontade
de tomar uma cervejinha Olha só às vezes é só uma vontade mesmo às vezes é só um desejo e tal né dependendo da sua história de uv de droga esse desejo pode ser tão intenso e de difícil controle que a gente vai chamar isso de craving a gente vai chamar isso de fissura eu tô na fissura pela substância e às vezes essa fissura foi aviciado aqui ó por aspectos ambientais eu lembro uma vez de ver um um documentário sobre tratamento de usuários de heroína e E aí era muito curioso né que fazia administração de metadona
e tudo mais né como tratamento substituto e o quanto os usuários tinentes de heroína quando viam o outro paciente passando por uma administração de metadona eles ficavam extremamente agitados né ou seja só de ver os equipamentos só de ver a rotina de administração da droga isso já deixava eles extremamente e eh hiperativos né desconfortos percebe Então veja dada a devida prop é disso que a gente tá falando a gente tá falando de aspectos ambientais tá que nesse caso são essas eh podem ser essas rotinas do uso de droga né se a gente tá falando de
heroína a gente tá falando dos equipamentos heroína no Brasil não é muito comum mas enfim eh a gente tá falando dos equipamentos de uso de droga etc etc tá deixa eu trazer pro Brasil US falar de craque aqui né se a gente tá falando de craque a gente tá falando por exemplo da boca a gente tá falando por exemplo daquele eh daquela Cracolândia né a gente tá falando daquela região por exemplo na cidade ali perto sei lá de uma rodoviária que é um lugar mais suspeito de tá onde você prefere evitar mas veja essas características
físicas do ambiente estão extremamente correlacionadas com o uso da droga e aí um usuário que eventualmente até parou de usar a droga se ele se defronta com esses estímulos ambientais tem eliciação das respostas compensatórias tem eliciação da metabolização tem eliciação dessas alterações eh eh do da homeostasia e essa vontade de usar droga tá então esse efeito derivado do efeito no cebo pode predispor lembra eu tô falando de desconforto é um desconforto orgânico né isso pode ser uma oe isso pode predispor o comportamento de autoadministração de de droga pode ser uma operação motivacional né uma operação
estabelecedora que predispõe o uso de droga porque ao usar eu retiro aquele efeito desagradável Ok Então veja no caso do efeito nocebo a gente tem isso acontecendo de forma tal que esses aspectos ambientais podem eliciar essas respostas de metabolização tá aqui a gente vai ter o craving aqui a gente vai ter o o o a fissura e essa fissura ser um estado tão intenso e de difícil controle que a pessoa emite uma resposta operante para a autoadministração de droga e aí eventualmente se fosse o caso né se ela tiver sem usar droga e tal eventualmente
predispor uma recaída por exemplo ok pessoal tá fazendo sentido Ok efeito placebo Ok efeito placebo e Ok como essas coisas se relacionam por exemplo com eh Clínica e especificamente que dependência química dúvidas até aqui OK pergunta de 1 milhão de dólares Tá bravinho você falou próprio exemplo que você tá trazendo aqui no slide né eu uso um analgésico ele gera alívio da dor de cabeça só que ao mesmo tempo esse analgésico gera respostas de metabolização da droga o que que garante que eu vou ter efeito placebo e não efeito nocebo que que garante que o
mais importante mais e eh fazendo isso né usando ali o medicamento e tal A hora que eu for tomar só a cápsula o que que garante que eu vou ter o efeito placebo e não efeito nocebo ou vice-versa Ok não sabemos né então assim a resposta para essa pergunta ela ainda não não tá Clara tá a gente tem algumas pistas mas ainda não fecha redondinho não Por exemplo quando a gente tá falando de drogas que tem uma função fisiológica parece que a chance de ter efeito placebo é maior do que a chance de ter o
efeito no C dito de outra forma por exemplo a analgesia ela é um fator importante para a preservação do organismo do ponto de vista filogenético então se eu uso uma droga eh um analgésico é mais provável que vai gerar efeito placebo do que efeito nocebo ok Porque n nesse caso existe um valor de sobrevivência quando existe o valor de sobrevivência a chance de ter feito Placebo é maior do que a de ter feito nocebo quando não é o caso quando a gente tá falando por exemplo de sei lá um uma outra substância né que fosse
o álcool por exemplo tá aí não aí Ach né o o a intoxicação gerada pelo álcool ela não tem vantagem filogenética Ok então Eh teria mais chance de ter desenvolvimento de efeito nocebo do que de efeito fala CEO ou seja se eu tomar uma cerveja sem álcool é mais chance de eu ter vontade de beber uma cerveja de forma Quase que incontrolável do que eu ficar legalzão embriagado entre aspas né porque não tem álcool de fato com essa cerveja aí sem álcool percebe então assim é é uma aproximação tá gente é é é o que
a gente tem de resposta hoje mas também não é uma resposta tão ponto a ponto não tá mas aparentemente quando a gente tá falando de drogas que T uma função e filogenética mais clara é mais provável ter efeito placebo do que efeito nocebo e vice-versa tá se a gente não tem exatamente uma vantagem filogenética no uso daquela substância é mais provável efeito nocebo do que o Placo tá bom tudo bem até aqui beleza então quando a gente fala de efeitos colaterais podem pode ter alguma relação com efeito nocebo ou não nada a ver não A
princípio os efeitos colaterais eles são efeitos também só que eles não são os efeitos que eu desejo então por exemplo Ah eu eu uso um antidepressivo né E aí eu Alivio por exemplo as os sintomas depressivos tal tal tal só que eu tenho um outro efeito que é um efeito do prejuízo da função sexual percebe então assim esse efeito Ele também é um efeito né ou seja ele também é uma eliciação que é droga el ano por exemplo mau funcionamento da atividade sexual ali falando de forma bem geral tá eh só que isso é um
efeito da droga é um efeito direto da droga Ok então não não seria a priori efeito placebo e tal ele é um efeito colateral verdadeiro Tá mas o efeito colateral ele é um efeito direto da droga Ok mais dúvidas galera show então tá efeito placebo check efeito nocebo Check e tudo isso que a gente tá falando também tem uma implicação na dependência química eu já expliquei aqui um pouquinho para vocês sobre a importância e a relação do efeito nocebo com a chamada fissura com a chamada eh com a chamada com o chamado craving tá fissura
craving sinônimos tá um é a tradução do outro e o ura ela é essa vontade incontrolável pelo uso da droga tá então a pessoa tem alterações orgânicas tão intensas e indesejáveis que a melhor coisa que eu posso fazer por mim é usar a droga para retirar essas alterações intensas indesejáveis dito de outra forma eu tô emitindo outra resposta que é a resposta de busca obtenção uso da droga que é mantido por reforçamento negativo que é para retirar esses Desc fortos que eu tô tendo aqui no meu organismo tá beleza isso daí explica a fissura né
agora olha que interessante né gente imagina o exemplo aí do bar que eu falei com vocês né Ah então sempre eh uso né uso álcool no bar com me feijoada tal tal tal sempre mesmo bar sempre a mesma música sempre a mesma galera sempre no sábado etc etc bem protocolar mesmo porque esse é o meu lazer do sábado é ir lá pro bar ouvir um sambinha e tal tal tal né Beleza suponha esse cenário Ok eh se isso tudo acontece de forma regular a gente tá vendo o quê que quando eu tô ali no bar
eu já tô eliciando respostas metabólicas preparando o meu organismo para receber a droga Ok então cheguei no bar já tá rolando sambinha Ah não vou beber nada agora não vou esperar o zci clano chegar a hora que ele chegar eu peço a nossa cerveja pra gente beber junto e tal eu tô no bar tô ouvindo a música Tô curtindo o ambiente né mesmo dia da semana ET Ou seja todos os estímulos comuns nessa situação de uso da droga estão presentes Meu fígado já tá ali ó preparado para metabolizar o álcool Zé ciclano chega eu peço
o álcool aí peço né A cerveja aí eu começo a beber olha só que interessante se o organismo já tá preparado para metabolizar a substância essa primeira cerveja que eu tô tomando ela já vai ser metabolizada de forma muito ótima muito pronta percebe Eu praticamente não vou ter o efeito de embreague por qu porque o meu fígado já tá preparado ele já tá ele já conhece o ambiente ele já elcia as respostas metabólicas para o álcool nesse ambiente de forma tal que a hora que chegar o álcool eu já vou conseguir de for muito ótima
metabolizar essa substância então eu tomo aquela primeira cerveja e praticamente nada acontece né E aí o que que eu faço Ah não então eu vou tomar agora sei lá uma segunda garrafa de cerveja Ok Suponha que você não tá muito acostumado a tomar a segunda garrafa percebe aí o que que vai acontecer você toma a segunda garrafa aumenta a intensidade lembra lei da intensidade e magnitude lá nos reflexos né quanto maior intens idade do estímulo maior a magnitude da resposta a dose de uma eh uma dose de álcool o fígado já tava Ok para metabolizar
você bebeu essa uma dose o fígado metaboliza Zão só que a só que duas doses de álcool já é novidade pro fígado Aí você usa duas doses aí que que ele vai fazer Eita tem mais álcool vindo aí vamos eliciar respostas metabólicas pro álcool intensidade de magnitude aumenta o estímulo em ionado álcool aumenta a resposta incondicionada metabolismo do álcool Ok e agora eu tenho duas doses de álcool eliciando a resposta de metabolização em duas vezes naquele ambiente específico Ok e o novo ciclo começa duas doses resposta metabólica de duas vezes naquele mesmo ambiente duas doses
resposta metabólica de duas vezes naquele mesmo ambiente e assim vai vários sábados vão passando várias vezes eu vou tomando duas garrafas de cerveja várias vezes eu vou me expondo a esse ambiente aonde duas doses ele Cia duas vezes a resposta de metabolização e fica tudo pronto OK lá pelas tantas Depois de várias vários processos de emparelhamento hora que eu chego no bar Meu fígado começa a eliciar as respostas de metabolização só que agora ele ele elicia respostas na proporção de duas doses por quê Porque eu já vinha contingenciado né condicionando duas doses de álcool com
essas respostas com aquele ambiente Então a hora que eu tô lá no bar o fígado que já tá acostumado a metabolizar duas doses de álcool começa a eliciar duas doses de álcool aí eu bebo a primeira cerveja Ah beleza passa meio de boa bebo a Funda Tranquilão também né até faço piada Pô Essa cerveja hoje parece bem aguada não tô sentindo nada aí você vai fazer o qu Pede uma terceira cerveja aí você pede uma terceira cerveja o organismo não tava acostumado a metabolizar três doses aí você vai ter um pouco daquele efeito de embriaguez
ok que é o efeito desejado tá aí ok Você bebe três cervejas tem o seu efeito de embriag está ótimo aí no fim de semana seguinte bebe uma nada bebe duas nada bebe três aí você tem um efeito de embriaguez aí no outro fim de semana bebe uma nada bebe duas nada bebe três aí você tem o efeito de embriague embriaguez lembra lei da intensidade e magnitude se Aumentou a intensidade do estímulo álcool para três doses E você tá aumentando a eliciação da resposta de metabolização para três vezes aquela dose Inicial com o passar do
tempo você volta pro bar bebe uma cerveja nada bebe bebe duas cervejas nada bebe três cervejas nada que que você faz aumenta a dose Ok e assim sucessivamente tá até aqui tá claro o que que tá acontecendo esse processo todo que eu descrevi para vocês é o processo de aprendizagem por trás disso tudo e o nome que a gente dá para isso que tá acontecendo aí é tolerância que que é tolerância a tolerância é a necessidade do aumento da dose de uma droga para ter o mesmo efeito desejado ou que é um outro jeito de
falar de tolerância é a diminuição do efeito da droga em função do seu uso crônico Então veja eu vinha usando o álcool de forma crônica e aquele aquela uma cerveja que era suficiente para gerar embriaguez vai perdendo essa propriedade em função do uso crônico aí o que que eu precisaria de fazer aumentar a dose de droga aumentar a quantidade cerveja bebida tudo bem esse é o processo de tolerância tá isso que eu acabo de de descrever para vocês é a tolerância comportamental existem processos de tolerância que acontecem no fígado que eu acabei de descrever para
vocês também e esse processo que acontece no fígado é o que a gente chama de tolerância disposicional Tá mas enfim o fato é tolerância é a necessidade de aumentar a quantidade de dose para eu ter o mesmo efeito desejado ou a diminuição da dose em função do do uso crônico da substância e esse processo de tolerância ele pode acontecer também por processos de aprendizagem que é o que a gente tá falando aqui tudo bem até aqui ok olha só que interessante aqui eu tô destacando a questão da da dependência química mas isso vale para drogas
de forma geral tá Então olha que interessante aqui a gente tá falando de abstinência tá eh que é a fissura né então abstinência fissura ou craving mesma coisa aqui tá a gente tá tratando do mesmo jeito a gente falou de abstinência agora a gente falou de tolerância Ok essas coisas favorecem o padrão compulsivo pelo uso da substância tá até aqui galera tudo bem tá fazendo sentido Ok bom tem um outro fenômeno que também acontece quando a gente tá falando dessa discussão toda de respondente aqui que é a chamada overdose contextual tá imagina o seguinte Gente
vou mudar um pouco aqui da droga só para eh enfim porque ela já foi bem documentada em outros exemplos tá Ah imagina deixa eu até usar esse pegar outro exemplo que não vou usar festa não tá mas imagina então esse vamos voltar ali paraa heroína o caso da heroína é bem documental com essa questão da overdose contextual tá eh Vamos pensar o caso da heroína né então ah eu usava heroína sempre naquele banheiro sujo da rodoviária usava heroína sempre naquele banheiro sujo da rodoviária eu usava heroína sempre naquele banheiro sujo da rodoviária tá ou seja
o meu uso da substância tá correlacionado com os equipamentos né então a seringa a colher enfim o que que eu uso para fazer o torniquete etc etc tá então tá correlacionado com isso tá correlacionado com outros aspectos ambientais como por exemplo a rodoviária Como por exemplo o banheiro que eu uso na rodoviária o fato daquele banheiro ser sujo e tal etc né Então veja Eh esses aspectos ambientais né o banheiro a rodoviária o local da rodoviária o horário do dia que eu costumo ir para lá e tal todos esses eh eh eh todos esses esses
eventos eles vão então por exemplo gerar a metabolização da droga Ok E aí ao gerar a metabolização da droga eu estou preparado para receber a droga Aí eu tô preparado uso uma uma dose que eu costumo usar mas não tem efeito aí o que que eu faço aumento a dose aí aumenta a dose aumenta a dose tolerância processo que a gente já conversou tudo bem até aqui beleza então suponha o seguinte eu uso uma dose de 10 vezes o que eu precisava de usar inicialmente por causa desse processo de tolerância tá eu uso essa dose
de 10 vezes nesse banheiro específico da rodoviária que é o lugar que eu costumo usar etc etc Ok supõe que por alguma razão eh eu precisei de ser internado né então sei lá minha família né resolveu fazer um tratamento pegou uma internação compulsória me colocou numa clínica de reabilitação e notoriamente né eh eh o ambiente de uma clínica de reabilitação é bastante distinto do banheiro sujo da rodoviária né então a gente tá falando de um outro ambiente de um outro lugar a gente tá falando de outras pessoas de enfim outro tudo tá dito de outra
forma os estímulos que estavam correlacionados com o uso do da heroína não estão mais presentes tudo bem Suponha que eu consegui lá na na clínica né aquela mesma quantidade que eu sempre consumo nas 10 doses Suponha que eu consiga 10 doses né da quantidade de heroína e que eu vou usar lá no banheiro da da clínica de reabilitação que que acontece Olha que interessante e é isso que é a overdose contextual se por um lado eu tava naquele né a droga era utilizada né e gerava as respostas de metabolização e tudo mais naquele ambiente específico
quando eu não tô no ambiente específico droga quando eu não estou naquele ambiente específico eu não tenho a eliciação das das respostas e se eu uso a mesma quantidade de droga que eu já estava acostumado só que sem a sem a os estímulos ambientais eliciando as respostas eu posso ou seja o meu organismo não tá preparado para receber aquela dose E aí eu posso gerar Ou posso vir a ter uma overdose Ok só que nesse caso uma overdose contextual porque a dose eu até tava acostumado 10 doses né só que num ambiente diferente Ou seja
o fato do contexto de uso ser diferente ele não iniciou as respostas de preparação e por não eliciar a resposta de preparação quando eu usei aquela quantidade de droga eu tive a overdose Ok essa é a chamada overdose contextual tá o cara que documentou isso chama O'Brian e ele tem um monte de relato mostrando isso que a o maior preditor do efeito da overdose de heroína não acontecia porque as pessoas usavam uma dose maior do que a que eles estavam acostumados mas sim porque eles usavam a mesma dose que eles estavam acostumados e um ambiente
diferente e aí eles vinham a ter overdose ele levou isso pro laboratório conseguiu reproduzir isso nos ratinhos também então é um é um dado muito bem consolidado na literatura esse de overdose contextual tá eh uma das preocupações que às vezes a gente vê com os médicos quando eles estão fazendo prescrição de algum eh principalmente algum analges né opioide Por exemplo no no hospital é de diminuir a dose do analgésico quando a pessoa vai receber alta e vai para casa por exemplo tá então é uma forma É desmame sim sem sombra de dúvida mas é uma
forma também de tentar diminuir a chance de ter uma resposta mais exagerada frente ao uso daquele medicamento que ele já tava acostumado só que em ambiente hospitalar ok pessoal tudo bem até aqui tá fazendo sentido Lucas pergunta eh a Lorine faz o comentário Obrigado Lorine o Lucas pergunta daí troca o ambiente organismo no estra preparado Exatamente isso né Lucas eu não sei exatamente o contexto que você fez a pergunta mas exatamente isso que você tá comentando se eu troco o ambiente e o organismo não tá preparado mas eu uso a mesma quantidade de droga overdose
contextual dito de outra forma né o cara lá do barzinho do né do da Feijoada tal tal tal se ele for para outro bar talvez a primeira cerveja já vai deixar ele de pilequinho entende ele Nem precisou da segunda terceira quarta né mudou de ambiente o organismo não tá preparando ele para receber nada tomou uma primeira cerveja já tá de pilequinho se ele tomasse as quatro então ele ia tá lá né derrubado tudo bem até aqui pessoal aí os alunos falam Ah então o segredo é trocar de barra né Professor Ok até aqui pessoal dúvidas
comentários show bom aqui a gente falou muito né focou muito essa questão da também né para discutir um pouco sobre dependência química então acabei trazendo exemplos aqui para falar sobre dependência química mas lembrem-se que essas discussões que a gente tá trazendo aqui elas cabem para outros cenários do consumo de drogas como por exemplo os que eu falei né o uso eh Medica eh uso eh hospitalar de uma determinada substância e a aut hospitalar né como que isso se relaciona com verdos contextual E por aí vai tá então a gente tem outras possíveis interpretações aqui para
os nossos casos clínicos né mas o que eu acho interessante é ver o tanto de coisa que a gente conseguiu discutir só por falar da droga enquanto estímulo incondicionado Olha que interessante é o mais entre aspas básico desses processos de aprendizagem que a gente aprende na análise do comportamento né que é o reflexo eu nem tô falando de operante aqui eu nem tô falando de formação de de de equivalência de estímulos formação de conceitos enfim eu tô falando só de de respostas incondicionadas né Eh de condicionamento reflexo e só no condicionamento reflexo a gente falou
de efeito placebo efeito nocebo a gente falou de abstinência a gente falou de tolerância e a gente falou de overdose contextual tá diga Ana eh professora eu vi num documentário uma vez eu não lembro qual foi agora Mas eh sobre remédios eh contra a fissura né contra a abstinência por exemplo de drogas muito fortes por tipo a a heroína né eles funcionam de fato sim sim eh E olha que interessante né Assim dá pra gente falar também ponto Vista respondente aqui tá eh o no caso a heroína ela é um opioide endógeno tá então e
aliás no caso da heroína ela é um opioide uma droga opioide ok a gente tem no nosso organismo opioides endógenos né o nosso próprio organismo Ele eh produz opioides que são substâncias que vão fazer por exemplo você tolerar dor tá nesse exato momento você tá sentada aí eh e se você se for parar para pensar Eh sei lá não sei quantos quilos você tem né mas enfim você tá falando de 60 kg sei lá esmagando comprimindo eh o a a sua né a sua baac enfim seus ossos 60 kg estão comprimindo por exemplo a carne
tá que tá ali eh em você e nem por isso você tá tendo dor quando por exemplo a gente tá correndo né poxa a gente tem sei lá 60 kg 70 kg 100 e tant kilos apoiando numa única perna né E aquele peso inteiro apoiando no seu único pé batendo macerando né aquele osso macerando aquela carne ele não tá te gerando dor percebe Então veja o que gera esse tipo de analgesia de forma endógena tá são esses opioides são esses neurotransmissores que a gente mesmo produz Ok eh então assim a gente tem uma preparação orgânica
para isso O que fazem no caso a a heroína e tal são Outras Drogas que vão potencializar esse tipo de de sistema de neurotransmissão que a gente tem no caso da heroína ela é uma droga extremamente potente que vai gerar isso tá E aí o que que a gente faz se eu tiro a heroína e a abstinência da heroína é extremamente desagradável aversiva como ela inibe o organismo como um todo e principalmente esse sistema analgésico o desconforto que ela vai gerar isso que eu tô chamando de desconforto da abstinência ele é sempre o oposto ao
que a droga gera Então veja se a heroína ela gera analgesia ela gera esse torpor ela gera esse relaxamento a falta da Droga vai gerar o contrário ela vai gerar dor a pessoa não consegue ela ela sente um lençol sobre o seu corpo com extrema dor ela não consegue ficar sentada por causa de dor ela não consegue ficar em pé por causa de dor né ela tem uma dor muito grande muito lancinante tá eh dependendo e se você não faz assim não usa nenhuma droga para fazer essa eh diminuição da abstinência tá eh você vai
tendo um desconforto muito grande você vai gerando uma espécie de ansiedade muito grande você vai gerando uma agitação enfim muito muito grande alguns casos a pessoa enfim não não não consegue ela sei lá começa a fazer coisas estranhas ela sei lá come um esqueiro ela pula numa janela enfim né Por causa desse tipo de de dificuldade tá eh daí o que que a gente pode fazer né Você pode usar uma outra droga para substituir a heroína que atue nesse sistema opiode mas não seja tão intenso como o o Ger pela própria pela própria heroína tá
e geralmente eles vão usar por exemplo codeína ou metadona então codeína metadona são Outras Drogas também são opioides só que são opioides menos potentes do que a heroína com isso você diminui esses efeitos da abstinência sem gerar o barato da droga etc n Então você só dá uma aliviada ali na abstinência Ok tudo bem até aqui Ana tá isso que você tá chamando atenção pra gente Ana e que eu tô exemplificando aqui é o que a gente chama de tratamento de substituição você substitui uma droga pela outra e com o tempo você retira essa droga
que você introduziu você tem também o tratamento de reposição Tá então vamos falar de nicotina né o camarada tá fazendo um tratamento para parar de fumar e tem muita dificuldade com a abstinência de cigarro uma alternativa para repor a ni é usar o chiclete de nicotina uma outra alternativa para repor a nicotina é usar os adesivos n os pets de nicotina então o que que você tá fazendo Você tá introduzindo a mesma droga no caso nicotina só que por outras vias né Mas é a mesma droga para tentar diminuir essa necessidade da pessoa pelo uso
da droga tá esse seria o tratamento de substituição de nicotina no no caso de alguém que tá querendo parar de fumar o tratamento de reposição perdão esse esse que eu falei é de reposição tá então eu tô repondo nicotina com chiclete ou tô repondo nicotina com petes tá o tratamento de substituição no caso da nicotina costuma ser feito com ambu propiona tá eh qual que é a ideia né e e novamente aqui a gente tá falando de estímulos incondicionados também quando eu uso a nicotina uma das coisas que eu estou eliciando do ponto P de
vista orgânico é o aumento da atividade de dopamina é o aumento da atividade de adrenalina Ok isso acontece quando eu tô fumando tá aí eu tenho uma outra droga que no caso é a bupropiona que é o inibidor da recaptação de dopamina e de noradrenalina ou seja ele aumenta a dopamina que é uma das coisas que o cigarro faz ele aumenta a noradrenalina que é uma das coisas que o cigarro faz só que sem ser com o fumo né é uma outra droga é outro rolê tá aí o que que eu faço Ora se o
cigarro el ccia essas duas coisas eu posso então usar uma outra droga que elicia também essas duas coisas para tentar compensar essa carência da pessoa e fazer ela passar por esse período de abstinência E aí com o tempo eu vou diminuindo a bupropiona tá então esse seria o tratamento de eh e não é o de reposição é o de Ai meu Deus substituição é o tratamento de substituição para no caso abstinência de nicotina então eu tô substituindo por uma outra droga e depois faço o fading out né faço desmame dessa droga tá no caso poderia
até ser da própria nicotina né porque os adesivos e tal eles têm dosagem também aí eu posso colocar os adesivos tô substituindo e vou fazendo o fading out depois dos Adesivos tá tudo bem E novamente tudo isso que a gente tá conversando tem a ver com estímulos incondicionados a pessoa durante a a abstinência da droga ela né vai ter as respostas condicionadas de eles de metabolização na ausência E aí eu coloco alguma outra substância e vou fazendo a retirada gradual dela né controle sobre essa retirada E aí como eu comentei com vocês É como se
eu tivesse fazendo um fading out uma retirada gradual desses estímulos tá mantendo ali as respostas da pessoa Ok tudo bem até aqui gente boa pergunta Ana mais comentares pessoal Ok bom como eu tava falando para vocês isso aqui eu acho que é uma das coisas bem interessantes de tudo que a gente tá conversando isso tudo que a gente tá falando aqui tem a ver praticamente só com estímulos incondicionados tá que Dirá quando a gente for para outras literaturas como por exemplo a literatura operante tá na literatura operante a gente tem a droga como uma das
possíveis funções da droga é a droga como estímulo reforçador e um desses lugares que a droga Pode ocupar enquanto estímulo reforçador é o de estímulo reforçador positivo ok eh cabe aqui um uma tá cabe aqui uma uma falaz inha importante que é o seguinte eh pra gente assumir que a droga pode ser um estímulo reforçador positivo significa dizer que de alguma forma a droga ela interage com aqueles mecanismos fisiológicos do reforço tá Então veja a gente enquanto organismo vivo e íntegro a gente emite respostas que quando reforçadas aumentam de probabilidade Beleza o grande ponto é
que por trás desse organismo vivo e íntegro existem estruturas orgânicas que são isso que a gente chamaria de plataforma biológica do reforço tá eu trago o termo plataforma biológica é um termo que o rosevel usava e eu gosto dessa lógica que é o seguinte plataforma imagina uma plataforma de petróleo tá plataforma é essa estrutura que dá sustentação para a ocorrência de respostas operantes por exemplo batidas por reforço Positivo né então quando eu tô falando de plataforma biológica do reforço eu tô falando de aspectos orgânicos primordialmente falando aí de alguns aspectos eh de Constituição do cérebro
e tal são aspectos orgânicos que funcionam como a base de sustentação da emissão de respostas operantes mantidas por reforçamento Positivo tá então quando eu tô falando de plataforma biológica do reforço eu tô falando daquilo que vocês já devem ter ouvido chamar de fisiologia do reforço ou de circuito de Recompensas tá então fisiologia de reforço circuito de Recompensas ou plataforma biológica do reforço é é tudo a mesma coisa porque a gente tá falando aqui que diz respeito especificamente a algumas áreas do cérebro tá principalmente área pigmentar ventral não precisam ficar muito preocupados com isso não tá
mas enfim é a área pigmentar ventral né a ATV e a área pigmentar ventral ela é muito ricamente eh eh modulada pela dopamina então quando eu tô falando de fisiologia do reforço eu tô falando principalmente de dopamina como neurotransmissor e eu tô falando principalmente de área pigmentar ventral do ponto de vista de estrutura orgânica Ok dito de outra forma se eu emito uma resposta que gera um reforço esse reforço vai est ativando a área tegmentar ventral e provavelmente fazendo isso via dopamina isso acontece qualquer reforço Ok quando eu falo que a droga atua como reforço
positivo eu tô falando que a droga em si pode ter afinidade a esses neurotransmissores dopamin éticos dessa área direta ou indiretamente nessa área percebe então falar de fisiologia falar de droga como reforço positivo implica assumir que a droga pode ser em si mesma reforçadora falar da droga como reforço positivo implica assumir que existem propriedades biológicas físicas tá físicoquímicas da substância que podem predispor a a autoadministração da droga como reforso ok Ok ou seja algumas drogas por causa da sua constituição física podem interagir com essas áreas e podem em si mesmos se tornar reforços tá que
são Principalmente as drogas de abuso as já tão conhecidas drogas de abuso Ok Óbvio existem drogas clínicas que também tem sensibilidade a essas áreas e que se a gente não policia Podem sim se tornar drogas eh de abuso mesmo tendo prescrição médica Ok tudo bem até aqui tá então quando eu tô falando de droga como reforço positivo eu tô falando que a droga pode ter uma afinidade a esses receptores a essas estruturas e em si mesmo manter respostas operantes dito de outra forma imagina um animal imagina um ratinho numa caixa operante aonde quando ele pressiona
a barra ele gera uma uma infusão de uma droga no caso uma droga agonista dopaminérgica tá agonista e tal a gente vai enxegar isso no próximo encontro tá mas imagina uma droga que facilita a ação da dopamina nessas áreas específicas se eu faço isso essa consequência da resposta ou seja a infusão da droga em si mesmo pode gerar o aprendizado da resposta operante de pressão à barra tudo bem até aqui ou seja eu não tô falando de animal privado de água não tô falando de animal privado de comida eu tô falando do animal sem privação
nenhuma né que passou ali para uma cirurgia para colocar um uma cânula no cérebro essa cânula tá ligada ou às vezes na veia essa cânula tá ligada a uma bomba de infusão que injeta que administra uma droga quando eu emito a resposta eu tenho autoadministração de droga e a autoadministração sendo Ou seja a droga no organismo sendo a consequência que aumenta a probabilidade da resposta de pressão a barra tudo bem até aqui ok então Veja isso daí é falar da droga enquanto reforço Positivo tá eu trago um experimento aqui que ajuda a gente a pegar
um pouco dessa lógica só que aqui eu vou né para não ser só isso né para colocar mais eh camadas de conhecimento em torno disso tudo que a gente tá falando eu trago um estudo aqui que vai relacionar isso com comportamento impulsivo e autocontrolado tá então primeiro ponto que vocês precisam de entender aqui né Opa Deixa eu só achar aqui aqui beleza Eh cadê Aqui cocaína tá Então olha só que que a gente a gente tem aqui a gente tem a droga de estudo sendo a cocaína tá a cocaína é uma dessas drogas que tem
uma alta afinidade aos circuitos de recompensa e portanto a cocaína pode ser um reforço eh eh intrínseco né a cocaína pode ser uma droga que gera em si mesmo a aquisição de respostas de autoadministração de drogas dito de outra forma cocaína é uma forma é uma droga extremamente dependa tudo bem até aqui ok então tá que que esse experimento traz além do que eu já comentei aqui com vocês do da autoadministração e tal ele vai relacionar isso com comportamentos e eh eh comportamentos não mas enfim com características de auto controle ou impulsividade tá para abreviar
um pouco o estudo o que que eles fizeram aqui eles pegaram um monte de ratinho tá e fizeram uma análise a priori do quanto Esses animais eles conseguiam tolerar o atraso do reforço tá então você tem um tipo de de delineamento que a gente chama na área de desvalorização do atraso eu não vou entrar muito em detalhe sobre isso Tá Mas é a chamada curva de desconto do atraso mas a partir desse delineamento você consegue ver quais são os animais eh qual que é o grau vamos chamar assim de tolerância que esses animais têm para
o atraso do reforço tá aqueles animais que TM pouca tolerância ao atraso a gente vai chamar eles de impulsivos e aqueles animais que TM uma alta tolerância ao atraso a gente vai chamar eles de autocont controlados tudo bem até aqui então o que que esse experimento fez ele pegou animais el assim são animais ingênuos tá não sabia exatamente o que que gera essa diferença aí na impulsividade ou no aut controle pode ter a ver com constituição biológica pode pode ter a ver com a hierarquia lá na caixa do viveiro né pode vai que era um
rato Alfa outra era um um rato Ômega né enfim então existem fatores que podem ser orgânicos mas ess existem fatores ecológicos né do nicho existem fatores comportamentais e tal ambientais que podem também determinar isso aí que a gente tá chamando de impossibilidade de autocontrole o fato é não era o objetivo dos experimentadores avaliar o que que gerou a impulsividade a autocontrole o que eles queriam fazer é pega esses montes de bicho aí Vamos separar em dois grupos Vamos separar naqueles que toleram mais e os que toleram menos ou seja os que são mais autocont controlados
e os que são mais impulsivos eles fizeram essa primeira análise e chegaram nessa eh nesse exemplo aqui tá aqui é é só um um um dado para mostrar aqueles animais que eram mais ou menos impulsivos né Então tá aqui ó grau de impulsividade em preto né a gente tem os animais que toleram menos o atraso eles toleraram um atraso em torno de 5 segundos e os animais que toleravam mais o atraso toleravam o atraso em torno de 20 segundos tá então os animais eh representados aqui na bolinha preta a gente vai ver isso no próximo
gráfico os animais representados na bolinha preta são animais mais impulsivos vamos chamar assim e os Animais representados na bolinha branca são os animais mais autocont controlados tudo bem até aqui beleza então ok temos dois grupos grupos de animais impulsivos grupos de animais autocont controlados E aí eles pegaram Esses animais fazam essa cirurgia para colocar a cânula etc etc e colocavam os animais na caixa operante o animal ele aprendia sozinho não existia um processo de modelagem a gente chama isso de autom modelagem os animais aprendiam sozinho se é queriam aprender porque poderiam não aprender a a
a pressionar a barra e administrar caindo Ok Veja isso é interessante nesse estudo tá você vai pegar o animal vai colocar na caixa a caixa tá funcionando a caixa tá ligada se ele pressionar a barra vai receber a infusão mas o experimentador não faz nada deixa o bicho lá vê se ele aprende sozinho tá pode ser que ele aprenda Pode ser que ele não aprenda E aí a dúvida é eles aprendem eles não aprendem Quanto tempo demora para aprender tá Ou seja a emissão da resposta de autoadministração de droga tá a emissão dessa resposta essa
autom modelagem ela acontece ela não acontece quanto tempo ela acontece ela acontece de forma diferenciada Será que os ratos impulsivos eles vão aprender mais prontamente do que os ratos autocont controlados é isso que eles queriam ver tá então a dúvida deles é os animais vão aprender sozinho a autoadministrar cocaína e se isso acontece existe uma diferença do fato dos Ratos serem autocont controlados ou impulsivos era isso que eles queriam saber tá E olha que interessante aqui o resultado né Eh vamos para esse gráfico aqui da esquerda no eixo X a gente tem os dias de
experimento quanto tempo que demorou esse experimento que eh terminava com um mês tá E no eixo eh Y existia um uma espécie de critério para falar que eles aprenderam autoadministrar droga tá então 100% é que eles aprenderam né eles não não falhavam nenhuma vez e produzia a droga tá E isso diminuir ao longo dessa reta aqui tá lembrando que pretinho são os animais mais impulsivos e branquinhos são os animais mais autocont controlados tá Então olha só que interessante primeiro dia praticamente ninguém aprendeu a pressionar barra e ganhar o reforço é normal o animal numa situação
dessa ele vai apresentar comportamento exploratório ele vai explorar o ambiente uma hora ou outra pode ser que ele por Acidente acione a barra e aí se ele acionasse a barra ele ia ter a infusão da cocaína tá então assim isso é normal isso acontece né o rato vai explorando o ambiente uma hora ou outra ele pressiona a barra por Acidente e a dúvida era essa Será que eles sozinho vão aprender a ficar pressionando a barra para receber cocaína no primeiro dia isso não aconteceu no segundo dia não aconteceu no terceiro não aconteceu mas no quarto
dia olha que interessante começa a ter uma diferenciação aqui dos grupos enquanto o grupo autocontrolado continuava sem aprender o grupo impulsivo já mostrava alguma aprendizagem então cerca de 20% daqueles reforços possíveis eles conseguiam adquirir nessa quarta sessão na quinta sessão mesma coisa o grupo impulsivo tava aqui mantendo em 20% e o grupo autocontrolado começa a aprender tá e assim vai na nas outras sessões vamos aqui paraa 10ª sessão tá na 10ª sessão o grupo autocontrolado mantém uma taxa de resposta ali para ganhar mais ou menos 20% dos reforços possíveis já o grupo autto já o
grupo impulsivo emite uma taxa de resposta ali para garantir cerca de 40% dos reforços possíveis e ao longo do tempo vamos aqui pegar lá na casa da 30ª sessão né no finalzinho do experimento ao longo do tempo os animais do Grupo autocontrolado permaneceram Sem ter um aumento na aquisição da resposta Já os os animais do grupo impulsivo eles garantiam cerca de 80% dos reforços possíveis ao longo da sessão dito de outra forma os animais do grupo impulsivo aprendiam melhor aprendiam mais rápido a resposta de autoadministração de droga Ok ou seja cocaína tem um fator intrínseco
como eh uma droga que afeta reforço positivo tal tal tal verdadeiro isso é suficiente para explicar a autoadministração de droga não não é suficiente porque existem fatores ambientais etc etc como esses fatores aqui que estabelecem o que que era a impulsividade e o autocontrole que vão facilitar ou não a autoadministração da droga Então é verdade cocaína atua como reforço positivo mas não é a única explicação junta a a droga com predisposições ambientais aí você pode ter essas fórmulas do acaso acontecendo E aí você pode ter pessoas por exemplo se tornando dependentes químicas tá galera gala
deu meio-dia mas só para finalizar essa parte aqui do reforço positivo então o que que a gente vê nesse estudo aqui do Perry e de colaboradores tá primeira coisa que ele vai sugerir é isso né a avaliação da impulsividade ela pode servir como uma ferramenta na triagem da vulnerabilidade ao desenvolvimento do abuso de substâncias então fazer uma triagem sobre impulsividade me ajuda a predizer a chance dessa pessoa por exemplo desenvolver alguma eh dependência química nesse caso tá dentro dessa mesma lógica fazer uma triagem após o tratamento pode ajudar avaliação da identificação de pessoas propensas a
desistirem do tratamento ou por exemplo receber alta e etc né então se você vai fazendo a triagem da impulsividade ao longo do tempo isso pode ser um preditor ok e um último ponto que ele traz aqui na discussão é de que eh identificar fatores sejam eles farmacológicos ou comportamentais eh que alterem esses padrões impulsivos né seriam os parâmetros comportamentais de situação pode ser uma forma de intervir por exemplo nesse caso específico da dependência química Tá ora se se pessoas né animais enfim que são mais autocont controlados tendem a ter uma resistência maior alta administração talvez
intervenções que favoreçam o autocontrole podem ser favoráveis o tratamento nesse caso aqui da dependência química tá essa é a lógica Ok Ah bom isso daí fecha o nosso assunto sobre eh droga enquanto estímulo reforçador e nesse caso específico estímulo reforçador positivo ok Lembrando que é sim importante reconhecer que as drogas podem ter alguma afinidade à plataforma biológica do reforço tá a os mecanismos fisiológicos do reforço etc mas que ainda assim isso explica um peda pedaço da história e a gente tem que pensar também um pouquinho nessas variáveis ambientais que podem favorecer a a a aquisição
dessas respostas de autoadministração isso é verdadeiro com cocaína Mas isso é verdadeiro também com Outras Drogas mesmo que de uso médico para eh a para pro desenvolvimento de dependências comportamentais eh dependências químicas tá óbvio como a gente já viu existem drogas que estão mais afeitas à ligação com a plataforma biológica do reforço né Por exemplo a cocaína que no caso é uma droga de abuso por exemplo Benos de azepic que já é uma droga eh uma droga eh uma droga utilizada na clínica por exemplo alguns analgésicos opioides tá então mesmo drogas prescritas por médicos podem
favorecer isso tá mas também não é correto assumir que todo e qualquer droga tem essa afinidade tá então por exemplo eh antidepressivos Eles não têm uma afinidade muito clara a essa plataforma biológica do reforço e às vezes um cliente que fala ou você vê alguma dificuldade dele de ficar sem o medicamento às vezes não é um uma dependência química do ponto de vista estrito ao medicamento já que o medicamento não tem tem essa afinidade a plataforma biológica pode ser a droga como enfim um um estímulo reforçador condicionado ou algo do gênero coisa que a gente
vai explorar mais na frente quando tiver falando de cnos discriminativos tá até aqui tudo bem fez sentido Ok para todo mundo dúvidas ok pessoal a gente vai então parar por aqui tá eh deixa eu ver o chat aqui se tem alguma coisa tem alguma coisa no chat eu tô não não tem nada não Professor tá beleza eh ah não tem assim o tem o o comentário do Lucas eu achei que fosse o mesmo mas não é o mesmo de antes não ele perguntou quando você vai escrever um livro sobre o assunto Lucas eu tô querendo
começar a escrever e formalizar um pouco mais essas coisas por agora tá mas eu eu sempre tô querendo fazer nunca tô conseguindo tempo para isso Tá Mas tô vou vou tentar formalizar isso melhor sim tá Lucas e Obrigado aí pelo pelo interesse no assunto e Obrigado também eh loriane né que tem apontado aí pelo pel pela pelo aspecto didático da aula obrigado tá eh a Natália a Natália pergunta sobre artigos tem eh Natália português tem pouca coisa tá mas tem sim eu eu vou né Eu já já passei algumas coisas para vocês então vocês já
devem ter aí no no ibac alguns document entos e tudo mais Eh mas infelizmente a maioria do material mesmo é em inglês tá a gente tem alguns nomes que trabalham com isso no Brasil né então a gente tem a Miriam mijares da USP a gente tem o Fábio laser também então são nomes que a gente vai meio que se familiarizando e que sabe que pode ler que vai encontrar alguma coisa aí de farmacologia comportamental de dependência química Então são nomes que sempre vale a pena a gente encontrar e é encontrar material Nacional sobre o tema
Tá mas a maior parte realmente é de artigos e tal são coisas gringas né Eu tenho algumas coisas também né que você me perguntou aqui se são se são os meus e tal eu tenho algumas coisas eu eu cheguei a mandar para vocês eh alguns desses textos tá e enfim se eu for lembrando de mais coisas aí eu vou mandando para vocês também ok show Ana não eu só queria dizer que é muito enriquecedor a gente ter aula sobre fármacos com o psicólogo né E também analista do comportamento porque eu tava lembrando durante a aula
na minha graduação de Psicologia eu tive aula né de psicofármaco mas não era com psicólogo e não lembro acho que era farmácia enfim mas foi muito diferente sabe então acho que faz muita diferença também e eu acho que eu tô convertida obrigado pelo feedback é uma coisa que eu tento buscar mesmo sabe Ana eh eu eu já né Eu eu acho que eu tive enfim tem muita assim eu já estudo isso há um tempo então volta e me eu tô fazendo curso volta e meia curso é com farmacêutico volta e meia com eh psiquiatra volta
e meia com sei lá biomédico enfim já já peguei várias experiências e e às vezes o que eu vejo é um pouco isso assim ah tem muito curso que é focado na droga né então Ah tem que fazer isso a droga é assim a droga é assada e tal e isso é importante mas eu acho que não é a porta de entrada para quem tá discutindo sobre drogas né então eu acho que a porta de entrada é tentar entender como que essas drogas atuam tentar entender o que que são esses mecanismos biológicos não dá para
presumir que todo mundo aqui passou pela mesma formação né mesmo vocês às vezes sendo bem recém-formados não dá para presumir que na graduação Vocês tiveram uma disciplina de psicofarmaco não dá para presumir que a disciplina que vocês fizeram geralmente tem naé neuro ou fisiologia não dá para presumir que essa disciplina eh ensine aquilo que que a gente precisa às vezes ensina mas tem um tanto tempo que vocês veram isso então às vezes precisa de fazer um um um retorno né Precisa de fazer um uma uma revisão mesmo do assunto e é meio que esse espírito
que eu tento trazer para cá então se eu vou presumindo que esses conhecimentos mais fund mentais ainda não tão necessariamente alicerçados para começar daí já levando o conhecimento para psicofarmaco para também não não ficar aquela coisa estanque parece que dissociada né E quando você me dá esse retorno aí eu fico feliz de imaginar que eu tô conseguindo atingir esse objetivo sim obrigado muito bom é isso então né pessoal eu acho que mais nada aqui no no [Música] chat né mas nenhuma mãozinha levantada bom então pessoal obrigado Mais uma vez tá E mais uma vez obrigado
Bruna também a gente se encontra na próxima no próximo sábado tá E vai de reforso negativo dia 17 não é não vai ser dia 10 tá 10 Ah não é Ah é eu eu seria dia 17 só que eu vou ter um compromisso aí Eu perguntei pra Renata se dava para revisar a data e aí ela mudou a reunião que vocês teriam parece vocês teriam uma reunião no dia 10 né Isso parece que vocês terem uma reunião no dia 10 Aí ela mudou a reunião pro dia 17 e dia 10 a gente tem aula tá
bom tá bom show Obrigado Bruna obrigado Ana Obrigado Taí Júlia loriane Natália Lucas e mais uma pessoa aqui que eu não sei quem é que eu não tô conseguindo mexer aqui no [Música] no no meu Ah João Pedro aqui tá beleza PED show de bola Obrigado pessoal então a gente se vê próximo sábado abraço para vocês qualquer coisa tô por aí tchau turma tchau Professor tchau tchau valeu