e aí a chegada bom obrigada um dia um grande amigo me disse que histórias poderosas são histórias verdadeiras e hoje vim compartilhar com vocês uma história de verdade mas antes queria dizer que tá aqui no palco é um motivo de grande honra pois estão representando vocês educadores e educadoras que lutam incessantemente todos os dias para fazer das nossas escolas públicas um espaço de busca pela liberdade também estou aqui no palco hoje para dar cena a sujeitos que foram e são historicamente invisibilizados mas antes queria compartilhar um pouquinho da minha relação com a educação pois essa
para mim sempre foi uma uma questão de muita honra e de muito esmeram pois o contexto social em que eu venho mulher nordestina sertaneja e indígena esse direito era privilégio para poucos a filha de pano alfabeto que por mais que lutasse por se alfabetizar andando quatro léguas no lombo de um jumento para ter acesso à escola debaixo de um sol escaldante no ombro um anel pendurado com pão doce rapadura para o lanche na escola hello pelotão muito mas o sangue se alfabetizar não foi possível como vemos o meu manere cordeirinho um grande herói que infelizmente
não se encontra aqui mais hoje é mas por ele teve a grande missão de ser educadora pois mesmo sem acesso à cultura letrada poder oportunizar muitas oportunidades para mim e para minha irmã com muito esmero oi e daí tirei a missão de cuidar do outro então eu escolhi para mim a psicologia mas as oportunidades não me foram suficientes mas tive a oportunidade de vir para caruaru há mais ou menos 13 anos atrás e escolhi a pedagogia pois tive a oportunidade de participar das da política pública de interiorização da universidade escolhi pedagogia por mais eu quero
curso que mais se aproximava do meu grande sonho porque sem professora para mim nunca tinha sido um sonho porque achávamos são tão nobre mas tão nobre a ponto de não enxergar naquele lugar contudo ao iniciar o curso me deparei com professores e professoras inspiradoras e ali pode ter certeza quero meu lugar e ainda não universidade tive a oportunidade de adentrar pela primeira vez na escola pública enquanto professora foi uma experiência transformadora e pude ter certeza que ali precisava dar o meu melhor e já formada consegui por seleção ocupar um cargo de gestão na educação de
jovens e adultos em uma escola pública do município de caruaru ea saliva experiência muito inspiradora primeiro porque a regime atravessava enquanto sujeito pois lembrava da história do meu pai e venha logo a memória a luta dele para o céu fabi whatsapp eu sabia que eu também que tinha um público que era invisibilizado imaginar alisado socialmente para tratar precisava da voz aquele sujeito precisava em poder aquele sujeito ver dona francisca no áudio dos seus 70 anos com mãos enrugadas e trêmulas escreveu o seu próprio nome e seu gisele ser que queria pegar aprender a lei para
pegar o ônibus que ia para o centro da cidade a isso não tem preço isso me inspirava todos os dias a continuar fazendo a melhor educação pública que a gente pudesse naquele espaço então a gente começou a desenvolver algumas experiências formativas com diversos temas identidade cultura religião a etnia raça gênero e o princípio norteador dessas práticas era um elemento identitário pois a gente acreditava que da voz aquele sujeito era o que eles precisavam a gente partiu sempre da voz e dos saberes que aqueles alunos carregavam já eu consigo mas hoje eu queria contar um pouquinho
para vocês sobre esse projeto que a gente desenvolveu na ilha projetando o futuro esse foi o nome queria compartilhar sobre essa experiência e pelo os resultados claro que a gente conseguiu na escola mas muito mais do que isso pela transformação na vida daqueles estudantes que esse projeto oportunizou era um projeto que tem por objetivo ressignificar o lugar que os estudantes ocupavam no mundo do trabalho porque a gente tinha muita estudantes aquele momento que estavam desempregados outros queriam ressignificar suas profissões e ainda temos um público de idosos que queriam se manter ativos e o caminho para
isso era o trabalho mas a gente também tem um outro público de estudantes que estavam bem felizes nas suas profissões realizadas profissionalmente eram até donos de micro e pequenas empresas então a gente sabia que ali tinha uma diversidade sabem incrível e não podia ser desperdiçado a partir daí junto com os estudantes dando voz e protagonizando cada um deles nós construímos idealizamos e aí que colocamos em ação o projeto projetando o futuro onde eles puderam aqueles que se sentiam bem queriam compartilhar seus saberes teóricos e práticos já aprendidos na profissão com os outros colegas então a
gente fez a oficina de diversos temas como vocês podem ver nessas imagens então tinham pedreiros marcineiros garçons chocolates doces finos padeiros que estavam ali compartilhando que sabiam com outros colegas hoje precisavam também sem instrumento de mudança de transformação social para os seus pares além disso nós contamos também com alguns parceiros da comunidade local que trabalhavam com formação técnica profissional que trabalhavam com rh para fazer uma oficina de empregabilidade empregabilidade e puder compartilhar com os estudantes questões importantes né sobre competências e habilidades de como se manter no mundo do trabalho e foi muito bonito de ver
já faz alguns meses alguns resultados que esse projeto nos proporcionou e principalmente escutar o depoimento de mulheres que conseguiram vislumbrar outras oportunidades de ser e de estar no mundo né mulheres que perceberam que eram possível que era possível ser chefes de casa chefe de lá não é através de apoio financeiro a oportunidade e sai de relações de operação e de violências domésticas e conseguiram a partir dali se empoderar então esse projeto ele conseguiu né ter um poder transformador não só dentro da escola porque a gente conseguia da voz aquele sujeito que compartilhavam seus saberes mas
conseguia também poderá sujeitos e tirá-los da invisibilidade e de situações de violências né mas não para por aí outras ações nos faziam acreditar que sim aí ele é um lugar possível para ser acreditar após um ano de trabalho reduzimos em aproximadamente trinta por cento os índices de evasão escolar e além disso aumentamos significativamente o número de aprovados e o número de estudantes que estavam ingressando no ensino médio claro e se não ser um trabalho só meu temos muitas mãos ali naquelas práticas naquelas experiências vinha comigo um conjunto de educadores inspiradores transformadores como vocês que lutavam
incessantemente para garantir que aquela escola você é um lugar de pertencimento para que os sujeitos pudesse enxergar como gente gente que tem nome gente que tem cor gente que tem classe gente que tem gênero e que assim como eu que pude enxergar me enquanto mulher nordestina sertaneja e indígena e entender todos os marcadores né todos os estigmas que esses marcadores trás e a partir daí questionar o meu lugar no mundo era isso que nos esperava também para proporcionar aquele sujeito essa oportunidade é através da pedagogia freireana entendendo a educação como ato de liberdade de transformação
social nós buscávamos a cada dia fazer daquela escola um lugar seguro um lugar possível ver altas habilidades e altas expectativas e a gente entendia que sim era possível entender que aquele sujeitos eles eram capazes de cerro que eles quisessem ser então a escola principalmente a eja ela precisa de gente que acredite gente que tenha coragem gente que enxerga esse sujeitos como sujeitos empoderados como sujeito que conseguem transformar transformar a sociedade onde vivem pois a escola ela precisa ser um lugar de pertencimento onde o sujeito se enxerga em se percebam e e achem a boniteza do
ato de aprender para só assim quem sabe essa escola ela seja possível né um lugar onde esse direito não seja negado e ela pô se ela consiga ser um lugar onde não só muitas franciscas muitos manés muito josés ouçam adentrar mais nela permanecer obrigada