Como parar de PROCRASTINAR?

Ok, então o próximo vídeo do canal que eu preciso gravar é Como parar de procrastinar. Acho que esse não vai ser um vídeo tão difícil de fazer. Acho que é tipo coisa de almoçar e eu começo a escrever.

Antes, pensava que ele ia me. . .

E se o Frodo tivesse pegado uma águia e jogado o anel direto no vulcão? Eu acho que o filme não ia ter durado três horas. Por que o Zeca Pagodinho toca samba, se o Exalta Samba toca pagode?

Tá. Agora eu realmente preciso gravar esse vídeo. Samba toca pagode?

Tá. Agora eu realmente preciso gravar esse vídeo. E se o Legião Urbana na verdade fosse uma banda de pagode?

Será que as pessoas ainda gostariam? Quantas britas será que tem aqui nesse pátio? Será que se a gravidade fosse desligada nesse momento eu ia simplesmente cair em direção ao vácuo do espaço e ficar lá pra sempre?

Tá, eu acho que agora eu posso começar a gravar esse vídeo. Só antes. .

. Não, não, não! O prazo pra gravar é hoje!

A gente faz esse vídeo hoje! Parando pra pensar, eu sempre fui uma pessoa que procrastina bastante. Então, eu acho que o melhor jeito de começar esse vídeo é procurando algumas informações sobre por que procrastinação acontece e o que a gente pode fazer para meio que combater ela.

A primeira coisa importante é entender o que exatamente é procrastinação. Essa palavra vem do latim procrastinatus. Pro significa a frente e crastinus é amanhã.

Ou seja, significa deixar uma tarefa para amanhã, para depois, postergar uma atividade que a gente precisa fazer. E pelo jeito o pessoal já faz isso há muito tempo. Falando no latim, olha só essa frase que eu achei do filósofo romano Sêneca.

Enquanto desperdiçamos nosso tempo hesitando e adiando, a vida se dissipa. Au! Os gregos também já refletiam sobre isso.

Hesíodo escreveu outra pedrada. Não adias para amanhã, nem para depois de amanhã. Celeiros não se enchem por aqueles que posfergam e dedicam seu tempo ao infrutífero.

Pô, ele podia ter só escrito Pedro no final! Mas afinal, se a procrastinação é um problema tão antigo, será que tem algum jeito de acabar com ela? Mas fora a origem da palavra, o que exatamente é procrastinar?

Porque nem toda forma de não trabalhar é procrastinação. Por exemplo, descansar não é procrastinar. Descansar é uma necessidade básica do nosso corpo.

A gente não precisa e nem pode ficar trabalhando o dia inteiro. O ósseo é fundamental, inclusive, para a nossa própria criatividade. Inclusive, você sabia que as palavras ócio e negócio são opostas?

Poder ficar sem trabalhar e negócio é referente ao trabalho. Enfim, uma pequena curiosidade. Hoje nós vemos o ócio de uma forma bem negativa, mas uma boa parte da história humana, poder ficar ocioso sem ter negócios era um luxo da nobreza.

E você ter uma vida ociosa era um símbolo de poder pessoal. Existe até o conceito do ócio criativo. Ele foi desenvolvido pelo sociólogo italiano Domenico De Masi e diz que o tempo livre dedicado à cultura, seja produzindo ou consumindo conteúdo, é fundamental para estimular nossa criatividade.

Ou seja, mesmo enquanto eu estou aqui fazendo esse vídeo e você está aí assistindo, nada disso é tempo jogado fora. Dentro da lógica do ócio criativo, o entretenimento deixa de ser visto como uma mera distração e ele passa a ser incorporado ao aumento da nossa produtividade. E tudo isso, claro, desde que a gente não dedique 100% do nosso tempo ao ósseo.

Não dá pra ficar deitado o dia inteiro no sofá vendo televisão e dizer que tá praticando o ósseo criativo. E é aqui que a gente diferencia também um outro conceito importante. Ser um procrastinador é diferente de ser preguiçoso.

A pessoa preguiçosa é aquela que não tá nem aí. Ela sabe que tem tarefas importantes pra fazer, mas ela simplesmente não liga. Ela só quer ficar à toa e não se importa com as próprias responsabilidades.

Preguiça é não querer fazer as tarefas. Procrastinar é não conseguir fazê-las. Um procrastinador tem total consciência de que é necessário fazer aquela atividade, e ele sofre com isso.

Mas alguma coisa o impede de fazer. O psicólogo canadense Timothy Pickiel, que é uma das maiores autoridades nesse assunto, define a procrastinação da seguinte maneira você sabe o que deve fazer e não é capaz de fazer é uma lacuna entre intenção e ação ok mas então porque existe essa lacuna porque a gente procrastina antes de explicar essa lacuna eu tenho uma dica infalível para não procrastinar mais é eu menti pra mim mesmo falando que eu ia fazer isso depois mas eu vou fazer agora porque se não eu não vou fazer a dica é se matricular na alura a alura é a maior escola de tecnologia online do país e através de uma matrícula você tem acesso a todos os cursos do básico avançado. Chega de procrastinar!

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São muitas facilidades para você não procrastinar. Ah, e se mesmo assim você ainda estiver com receio, a partir do Plano Pro você tem acesso ao Luri, que é a IA da Lura, para te auxiliar nos estudos e se aprofundar nos temas e conteúdos que você possa ter dúvidas. Tá esperando o que?

Para de procrastinar! É só clicar no link da descrição ou do comentário fixado. E agora sim, por que a gente procrastina?

Existem algumas razões possíveis. Uma delas é o desejo de evitar sensações negativas. Pode ser, por exemplo, o medo da incapacidade.

A gente acha que não vai ser capaz de fazer direito uma tarefa e aí prefere nem começar. Ou então o estresse de se deparar com problemas maiores. É o caso de quem não gosta nem de olhar as contas ou a fatura do cartão de crédito para não ter que pensar na própria situação financeira, por exemplo.

Ou quem fica adiando uma visita ao médico para não descobrir algum problema de saúde, o que não faz o menor sentido. E tem também o simples desinteresse interesse em fazer uma atividade que vai parecendo adiante, como, sei lá, declarar um imposto de renda. Legal pra cá.

Outro motivo que leva à procrastinação é a nossa preferência pelas recompensas imediatas. Inclusive, eu fiz um vídeo sobre dopamina aqui. Eu recomendo você dar uma olhada.

Com a velocidade das redes sociais, a gente se acostuma a querer tudo muito rápido. Vídeos acelerados, mensagens curtas, respostas instantâneas. E aí, quando o nosso cérebro fica viciado em receber essas recompensas imediatas, ele tende a desprezar tudo aquilo que leva mais tempo para ser alcançado.

E isso afeta cada vez mais gente hoje em dia. Um estudo feito pela fundação Estudar, em parceria com a empresa de pesquisas Mindminers, mostrou que 52% das pessoas afirmam que a procrastinação é a maior inimiga da produtividade delas. Os outros 48% ficaram para responder depois.

Não, essa parte é brincadeira. Mas isso mostra como a procrastinação é um dos grandes males da atualidade. E para algumas pessoas o problema é ainda maior.

É o caso de quem tem TDAH, por exemplo. O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade está diretamente ligado à procrastinação. Pessoas com TDAH têm dificuldade de manter o foco e também de se planejar.

E aí elas acabam deixando para depois o que pode e o que precisa ser feito hoje. E essa procrastinação também provoca consequências na nossa saúde. Quando a gente deixa para fazer uma tarefa no final do prazo, isso acaba aumentando o nosso nível de estresse.

E aí, por sua vez, isso aumenta nossos níveis de cortisol e adrenalina. E aí, quando a procrastinação se torna parte da nossa rotina, algo que a gente faz o tempo todo, os efeitos começam a ser sentidos na saúde. Vários problemas podem surgir como consequência disso.

É o caso da ansiedade, da depressão, doenças gastrointestinais, cardiovasculares, hipertensão, aumento no risco de AVC, ataque cardíaco e até ataques de pânico, por exemplo. E é até por isso que aprendemos rotinas mais regulares e saudáveis para executar as tarefas que nós precisamos fazer, sem procrastinar demais. Beleza, mas então como que nós podemos procrastinar menos?

Segunda ciência. Primeiro, tome cuidado para não se botar para baixo por procrastinar, porque é normal ter dificuldade em começar tarefas. Você não é a primeira pessoa a procrastinar e você também não vai ser a última.

Tá tudo bem. Então se dê o espaço emocional para não ficar frustrado demais com você mesmo. Isso é uma dica científica.

Existe uma correlação entre baixos níveis de auto compaixão e procrastinação. Outra dica que é mais fácil fazer coisas na qual nós temos uma boa razão para ser feita. Então se você conseguir pensar em uma boa motivação para a tarefa, isso pode te ajudar a começar.

Por exemplo, se eu terminar esse meu vídeo, talvez ele ajude outras pessoas. Ou então, se eu organizar as minhas finanças, talvez eu consiga separar mais dinheiro para, sei lá, uma viagem que eu estou planejando. Um outro grande motivador para fazer tarefas, segundo a ciência, é o quão longe a tarefa está de ser terminada.

E é aqui que entra uma outra dica, lista de tarefas. Elas funcionam, passam. Eu estou longe de terminar um vídeo inteiro como esses que vocês assistem em apenas uma tarde, mas eu não estou longe de organizar todas as fontes que eu preciso para pesquisar o vídeo em um arquivo.

E eu não estou longe de conseguir ler pelo menos um artigo dessas fontes. Quando a gente divide uma grande tarefa em pequenas etapas, o trabalho final parece menos complicado. Fora que isso aumenta aquela nossa sensação de missão cumprida.

Porque cada parte do processo já vai representar uma pequena conquista. Depois de listar as atividades, a próxima dica é começar. E isso eu já estou fazendo exatamente agora.

Eu estou aqui justamente cumprindo o primeiro item da lista de tarefas, que é a pesquisa sobre dicas. Pode até parecer meio óbvio que é preciso começar, mas isso realmente faz diferença. É que quando a gente finalmente inicia atividade que nós estamos postergando há muito tempo, fica bem mais natural continuar.

Muitas vezes o mais difícil é dar a partida. Por exemplo, às vezes eu vou escrever roteiro e a página em branco me assusta. Só que a partir do momento em que eu escrevo a primeira linha, é como se ligasse um botão no meu cérebro em que tudo fica mais fácil.

Ou seja, quando você precisar fazer uma atividade super trabalhosa, não fica ansioso. Pensando lá na parte final do projeto. Começa pelo começo.

E é justamente para tornar começar mais fácil que encontrar uma motivação e fazer uma lista servem. E a próxima dica é estipular um prazo, tanto para o objetivo final quanto para cada tarefa. Reservar um tempo adequado para cada ação necessária pode ser extremamente útil em tornar uma tarefa mais realizável.

Existem pesquisas mostrando que separar um tempo adequado sem distrações parece ser um fator crucial em ser eficiente. No meu caso, eu sei que preciso entregar esse vídeo ainda hoje, então o meu prazo é até no fim do dia. Aí eu posso estipular, por exemplo, 4 horas para pesquisa das informações e para escrever o roteiro.

E aí finalmente uma tarde com a minha equipe para gravar esse e mais um vídeo. E por fim mais três manhãs de vai e vem com a equipe de edição. E depois mais uma horinha para publicar o vídeo no YouTube.

Desse jeito eu sei quanto tempo eu posso gastar em cada etapa, mas sempre levando em conta que eu não sou uma máquina. Eu também preciso descansar. E gerenciar o tempo é um fator crucial para evitar procrastinar.

O método mais famoso para isso, inclusive, provavelmente é chamado de método pomodoro. Ele foi criado em 1988 pelo italiano Francesco Cirillo. Essa técnica pode ser usada para aumentar nossa produtividade durante um trabalho, como é o meu caso aqui, ou também para outras atividades como estudar para uma prova.

Bem entediante. A ideia é cronometrar exatos 25 minutos. E nesse período, você tem que focar totalmente naquela atividade.

Então, se é para estudar para a prova de inglês, você vai passar 25 minutos sem parar, só estudando para a prova de inglês. E o bom é que 25 minutos não é tanto tempo assim. Depois desses 25 minutos, você ganha 5 minutos de descanso para fazer o que você quiser.

Você pode mexer no celular, beber uma água, ouvir uma música, mas só 5 minutos, com o despertador. E aí, quando esses 5 minutos acabarem, você começa mais um ciclo de 25 minutos de atividade concentrada e depois mais 5 minutos de intervalo. Você vai fazer isso 4 vezes, ou seja, vão ser ao todo 4 períodos de 25 minutos.

E aí você pode fazer um intervalo maior de meia hora, até dar início a um novo ciclo completo. E aí você pode estar se perguntando por que a técnica se chama Pomodoro, que quer dizer literalmente tomate em italiano. E pelo que eu pesquisei, é porque o inventor desse método usava um marcador de tempo em formato de tomate.

Sabe, daqueles de cozinha? É. .

. Nossa, inclusive agora eu lembrei. .

. Né, não, foca no vídeo, por favor! Ok, desculpa.

E isso, inclusive, tem a ver com a próxima dica, que é focar em uma atividade por vez. É que às vezes o nosso cérebro começa a abrir várias abas no navegador. E aí, durante uma pesquisa sobre um assunto, a gente começa a pesquisar sobre outro.

E aí migra pra mais outro, e depois vai pra uma coisa nada a ver. Então, sempre pense na atividade que você precisa concluir dentro do prazo que você estabeleceu, sem ceder a nenhum tipo de distração. E se você se sente chique, você pode chamar isso de Mindfulness.

Mas eu vou chamar só de foco mesmo. Por exemplo, essa distração. Isso aqui é o que mais dispersa a nossa concentração hoje em dia.

Por isso, a próxima dica é eliminar distrações. Se você não vai precisar do celular para sua atividade, deixe ele guardado numa gaveta. Como eu falei agora há pouco, você pode usar ele durante os intervalos.

Ou então estabelecer que quando a atividade estiver finalizada, você vai ficar uma hora direto no celular, jogando alguma coisa ou assistindo alguma série. E isso leva a outra dica fundamental. Estabelecer recompensas.

A expectativa de receber um prêmio é algo que motiva o nosso cérebro. Essa possibilidade ativa o chamado circuito da recompensa, que libera dopamina e deixa a gente animado. E nada como uma injeção de ânimo para terminar uma atividade que a gente está enrolando há um tempo para fazer.

No meu caso, por exemplo, eu estou numa fase bem apaixonado por música, então assim que eu terminar esse vídeo, eu vou passar quanto tempo eu quiser tocando música. E descansar. Até porque outra recompensa fundamental é o próprio descanso.

E sim, adiar uma tarefa nem sempre a procrastinar. O lado bom é que existem soluções. Além de todas as dicas que eu já contei enquanto pesquisava sobre esse assunto, existe uma outra técnica muito interessante que usa a própria procrastinação em prol do procrastinador.

Inclusive eu desafio vocês a falar isso três vezes rápido. A própria procrastinação em prol do procrastinador. A própria procrastinação em prol do procrastinador.

A própria procrastinação em prol do procrastinador. Então essa técnica se chama procrastinação estruturada. E ela foi criada pelo filósofo americano John Perry.

Meio que como uma brincadeira. Tanto é que ele foi o ganhador do Ig Nobel, que é uma espécie de prêmio Nobel, só que inverso. Ele é entregue para quem tem ideias meio aleatórias ou até engraçadas, mas que até que fazem algum sentido.

E esse filósofo se baseou em uma frase que ele leu de um humorista americano chamado Robert Benchley, que disse o seguinte, qualquer um consegue fazer qualquer quantidade de trabalho quando não deveria estar fazendo isso naquele momento. Ou seja, a gente se torna extremamente capaz de fazer certas coisas quando nós deveríamos estar fazendo coisas mais importantes. E com base nisso, ele desenvolve o seguinte raciocínio.

Se eu precisar fazer uma determinada atividade, é só eu planejar uma outra atividade ainda mais importante do que essa. E com isso, eu vou meio que enganar o meu cérebro, porque ele vai querer procrastinar nessa nova atividade mais importante. E aí eu vou focar naquela outra atividade que eu realmente preciso fazer.

Por exemplo, no meu caso, eu estava adiando a produção desse vídeo porque ele estava no topo da minha lista de afazeres. Então eu preciso colocar outra coisa acima dessa lista, uma coisa maior e mais trabalhosa, tipo criar um novo canal do YouTube. 2025 tá logo aí.

E de acordo com esse meu raciocínio, o meu cérebro vai pensar. . .

Nossa, criar um canal novo do zero vai dar bastante trabalho. Mais pra frente eu faço isso. Antes é melhor fazer aquele vídeo por ciência todo dia mesmo.

E aqui tô eu, finalmente gravando esse vídeo. Agora, se essa técnica realmente funciona, vai de cada um. Mas não custa tentar.

Vai que funciona pra você. De qualquer forma, essa é só uma das várias dicas que eu trouxe até aqui. Seguindo todas elas, como eu segui, olha só no que que deu.

Eu consegui fazer esse vídeo que eu tava procrastinando. Agora é só publicar no YouTube e esperar pra ver o que vocês vão comentar aqui embaixo. Muito obrigado e até a próxima!