105 Guerra dos Trinta Anos: o continente europeu estilhaçado

144 views8791 WordsCopy TextShare
Leitura ObrigaHISTÓRIA
A Guerra dos Trinta Anos é um conflito muitas vezes deixado de lado quando se pensa em História das ...
Video Transcript:
o exército do Imperador junto com o exército da liga Católica ao tudo esses dois exércitos abrangiam 28.000 soldados e eles enfrentaram o exército das cooperações boémias abrangendo 21000 soldados está ouvindo o história [Música] FM salve ouvintes história FM bem-vindos a mais um episódio desse podcast produzido pelo leitura obriga história eu sou iis Rodrigues e Hoje vamos falar sobre Guerra dos 30 anos esse conflito que devastou parte da Europa que durou várias décadas enfim é um tema que muitas vezes a gente acaba não conhecendo aqui no Brasil Então nada mais justo que trazer esse tema pro
história FM e para falar sobre esse assunto eu Convidei o professor Peter manka a quem eu passo a palavra para se apresentar para vocês e me corrigir se eu tiver pronunciado o nome dele errado então Peter seja muito bem-vindo e fica à vontade para se apresentar pro pessoal então bom dia a todos e todas meu nome é Peter Peter Johan manka eu sou Historiador estou trabalhando como professor de história na universidade de wbur uma universidade no norte da bava e eu estou trabalhando sobre a História Moderna e sobretudo sobre as questões políticas diplomáticas nesse período
Além disso eu estou me interessando pelas relações toito brasileiras e assim eu trabalhei também sobre questões da política do século XIX e XX nesse aspecto da política internacional Então é isso gente vamos conhecer um pouco mais essa guerra depois dos comerciais ahim [Música] então gente se você que tá ouvindo isso aqui gosta do história FM ou então se você é novo por aqui e depois de ouvir o episódio você acabe gostando do nosso podcast eu queria te convidar para colaborar com a gente na nossa campanha do apois para fazer isso é bem fácil é só
acessar apoia.se bar obrigahistória e colaborar com qualquer valor a partir de r$ 2 por mês via Cart então ou boleto bancário esse valor paga as despesas do podcast e ainda financia outros podcasts que são produzidos aqui pelo leitur obriga história e colaborando com R 5 ou mais por mês você ouve o histor FM com antecedência Então se você for uma pessoa ansiosa que que eu ouvi o mais rápido possível por R 5 por mês você pode e os nossos novos apoiadores e apoiadoras no apoi São Pedro Silveira Poliana Guimarães Lis Angelo Bert Lucas Colombo Lili
Lessa primo Mariana mora Eduarda radat Leandro Lima nata chern ou chernov não sei Abel Gonçalves João da Macena Joel vctor Angela Machado Gelson Martins Sandro canatelli Luiz Silva Gabriel Cabral thalis valoa Rafael eberhart Laércio Franco e Antônio gervázio muito obrigado por permitir que o histó FM exista e Espalhe a educação gratuitamente internet afora isso só existe Graças a vocês e para quem não puder colaborar somente é só colaborar com a gente via pix na chave leitura obrigahistória @gmail.com repetindo leitura obrigahistória @gmail.com agora chega de papo e vamos pro [Música] Episódio eu acho que uma das
maiores dificuldades de se falar de um evento como esse esse conjunto de conflitos que a gente hoje chama de guerra dos 30 anos é que o mapa da Europa era consideravelmente diferente do que ele é hoje né conforme você vai analisando os mapas da Europa no passar dos séculos muita coisa vai mudando e especialmente pra gente que não é da Europa né a gente mora aqui no Brasil eu penso que é até mais difícil de acompanhar essas mudanças do que quem mora na Europa e eu não sei o quanto o pessoal estuda isso nas escolas
tal mas pra gente aqui no Brasil é bem complicado acompanhar tantas mudanças né então para começar eu queria te perguntar quem eram os principais atores dessa história desses conflitos né pensando aqui nos países dos territórios envolvidos Quem eram esses envolvidos no que a gente hoje chama de guerra dos 30 anos então vamos falar um pouco sobre o mapa político da Europa por volta de 1600 primeiro eu queria falar um pouco sobre o sacro Império Romano germânico esse Império é uma construção um pouco estranha para as pessoas pessas porque não é de fato uma monarquia mas
tem elementos de uma república também ou seja é uma mistura de elementos monárquicos e republicanos trata-se de uma monarquia electiva ou seja o rei alemão ou seja o Imperador ele é eleito pelos Príncipes eleitores são s dessa dignidade Além disso o império é está composto por 300 mais ou menos 300 subunidades São nobres bispos abates e também as cidades imperiais Livres todos eles fazem parte vamos dizer do governo eles fazem parte da legislação Imperial e de certa forma eles dividem o governo junto com o imperador ou seja o Imperador sempre está ligado ao consentimento dos
Nobres dos bispos das cidades nesse sentido esses subunidades do império eu chamo eles corporações imperiais eles se encontram nas assembleias imperiais em alemão nos raag e eles negociam com o imperador sobre a as leis do império Então o que está muito importante para compreender melhor a estruturação do império não trata-se de uma monarquia absolutista nesse sentido mas sim por um conjunto deliberativa de várias participantes dentro do império nós temos como eu falei mais ou menos 300 subunidades essas subunidades as cooperações imperiais Elas têm uma certa autonomia nos seus territórios e agora eu acho dá para
entender que a estruturação do império tem dois níveis o nível do império representado pelo Imperador mas também os poderes intermediários como eu falei os tuques Os Príncipes eleitores as cidad as cidades imperiais nesse sentido e nós temos vários membros poderosos dentro do conjunto do império primeiro o Imperador o Imperador geralmente é um representante da dinastia dos habsburgos a partir do século XV sempre foi eleito um representante da dinastia dos habsburgos Além disso nós temos a partir da reforma protestante em cooperações católicas e cooperações Protestantes ou seja existe uma certa biconical dentro do sacro Império Romano
germânico e vocês sabem certamente a dinastia dos habsburgos eh também está no governo na Espanha é a linha espanhola da dinastia dos habsburgos ou seja as duas linhas são bem estreitas são bem ligadas e eles estão cooperando muito bem na política europeia nós temos por outro lado a França a França passou por várias crises dinásticas na segunda metade do século X e também no início do século X mas agora sob o governo de luí x está se consolidando cada vez mais responsável pela consolidação da França e sobretudo o cão richelieu ele conseguiu dominar a política
externa da França e ele conseguiu fazer realizar algumas reformas políticas e administrativas que fortalecem a França nesse sentido a França estava numa oposição num conflito permanente com a Espanha o século X e a primeira metade do século X nós temos a guerra hegemônica entre essas duas monarquias grandes monarquias da Europa cada um deles teve os seus problemas porém eles as duas monarquias foram as mais fortes naquele momento histórico a Espanha por sua vez estava num conflito com uma província os países baixos antes chamados o ducado de bonia quando Carlos V resignou deixou a governar em
1554 ele deixou o ducado de bagona para o seu filho Felipe I rei da Espanha e por causa disso teve uma ligação entre a península ibérica os reinos espanhóis e a bonia os países baixos as províncias Os territórios que hoje em dia estão fazendo Bélgica e Holanda o Filipe I ele realizou uma política centralizadora uma política terrie católica e com tudo isso ele controu a resistência das elites dos países baixos e por causa disso teve o início dessa rebelião sobretudo A Rebelião das sete províncias do norte do cado de bagona e iniciou-se em 1568 a
guerra dos 30 anos um longo conflito sobre essa independência dos países baixos ou Mais especificamente das sete províncias unidas dos países baixos e uma parte desse conflito coincidiu com a guerra dos 30 anos como a gente vai ver no futuro e além disso eu quero apresentar pelo menos os dois rivais no mar Báltico seria a Dinamarca e a séia a Dinamarca e a s eles concorreram pela hegemonia no mar Báltico a monarquia dinamarquesa estava a mais forte no início do século X mas a Suécia sob o governo do novo Rei Gustavo I Adolfo ele estava
conseguindo realizar Reformas fortalecerse e concorrer com a Dinamarca e esse conflito nós vamos ver vai fazer parte do conjunto da Guerra dos 30 anos e talvez só para concluir essa primeira apresentação sobre o mapa político no início da Guerra dos 30 anos as cooperações imperiais voltando para o sacro Império Romano germânico eles estavam eh também num certo conflito religioso entre eles e eles estavam formando associações militares nós temos por um lado a união protestante formada em 1608 seria uma aliança defensiva das corporações protestantes e um ano depois formou-se a liga Católica também uma associação das
cooperações desta vez das cooperações católicas nós temos então uma certa pluralidade de atores dentro do sacro Império Romano germânico e tudo isso contribui para complicar uma visão geral sobre as fronteiras dentro da Guerra dos 30 anos eu acho mais ou menos isso nós poderíamos incluir mais atores mas eu acho Esses são as atores mais importantes nessa guerra a gente poderia começar a falar dessa história a partir de 1555 décadas antes do começo dos conflitos mais precisamente com a paz de augsburgo queria te perguntar o que que foi essa paz exatamente e por ela é importante
para entender o começo desse conflito décadas depois então a paz de alburgo de 1555 essa paz P fim às vamos dizer ao conflito religioso que começou a partir da reforma protestante pelo reformador Martinho Lutero dentro do império o Martinho Lutero teve sucesso ele encontrou alguns territórios que aceitaram a sua nova doutrina e se afiliar ao luteranismo nesse sentido instaurou um conflito entre o lado católico e o lado protestante finalmente esse conflito resultou em em lutas podemos chamar a guerra de escalde de 1547 48 e em 1555 foi encontrado uma solução do conflito religioso Ou seja
a fé protestante do cunho luterano foi aceito foi reconhecido e foi integrado na Constituição do sacro Império Romano germânico Porém uma outra linha do protestantismo o calvinismo ele ficou fora ou seja nós temos uma aceitação do luteranismo de certa forma no conjunto da Constituição Imperial mas o calvinismo Ou seja a doutrina reformada ficou fora e proibida e isso no início não deu muitos problemas mas depois quando a geração dos Príncipes que fecharam a paz de axb burgo quando essa geração dos Príncipes faleceu nós encontramos uma certa endurecimento das posturas nos dois lados e quer dizer
todos eles tentaram fazer a sua interpretação rígida da Paz de axb burgo e com tudo isso vamos dizer a solução encontrada em 1555 Não foi aceita mais e o conflito religioso Aumentou e finalmente resultou nessa guerra dos 30 anos ou seja a questão religiosa encontrou uma solução temporária em 1555 mas não uma ção final que poderia resolver toda essa questão após tantos anos de lutas e sacrifícios promulgamos o estatuto do homem da liberdade e da Democracia bradamos por imposição de sua honra temos ódio à ditadura ódio e [Aplausos] nojo sempre que se fala nessa guerra
se fala sobre os conflitos religiosos né mas não dá para atribuir 30 anos de conflito envolvendo vários países e territórios só a disputas religiosas Então eu queria dividir o começo dessa guerra em duas partes primeiro com as causas religiosas depois as outras questões que ajudaram a começar a escalar o conflito né então assim você poderia explicar um pouquinho melhor pra gente os meandros dessa questão religiosa o que que tava por trás desse conflito em termos religiosos então como eu falei na paz de aubg foi resolvida ou determinada que cada um um dos Príncipes territoriais poderia
definir a fé dentro do seu território tudo isso levou no futuro para certas mudanças abruptas de religião de territórios quando um príncipe faleceu e o filho assumiu o poder poderia acontecer uma mudança abrupta da religião outra determinação da Paz de 1555 foi combinado uma certa biconical nas cidades ou seja nas cidades imperiais eh Livres Se tiverem representantes das duas crenças da fé católica e da Fé protestante As duas crenças foram aceitas parece uma solução vamos dizer bastante moderna aceitação de minorias e tudo mais mas na verdade tudo isso resultou num conflito religioso que a gente
conheça na atualidade da Irlanda eu diria no século XX da Irlanda uma minoria católica provocou a maioria Protestante e vice-versa tudo isso agravou esse clima muito tensa da convivência das religiões naquele momento para outro lado nós temos também apatia do direito do ius reand ou seja do direito do soberano determinar a fé oficial dentro do seu território nós temos para outro lado também a assim chamada usus igrand ou seja os sdos que não aceitaram a fé oficial eles tinham o direito de emigrar mas O que significa uma emigração no século X você tinha que deixar
o seu Vilarejo você tinha que deixar a sua vizinhança você precisava ir a um outro lugar desconhecido e numa época quando a gente precisava colaborar trabalhar juntos apoiar um o outro isso poderia significar o dessa pessoa e até a morte ou seja esse direito de emigração foi só um direito no papel mas não ajudou muito na realidade Outro ponto que eu preciso mencionar aqui eh todos os bens dos Conventos das abaas que foram secularizados ou seja os Conventos católicos que foram secularizados pelos Príncipes protestantes ou seja Eles foram transformados em bens dos Príncipes teve uma
determinação no contrato de 1555 que colocou eh no ano que as secularização que aconteceram até o ano que 1552 foram aceit futuras seculariza que poderiam acontecer foram proibidas e sobre essa determinação sobre essa data teve também debates discussões entre os dois lados religiosos o que eu quero dizer nós temos uma solução provisória da questão religiosa que deu um tempo muito bom mas depis depois de algumas décadas as fronteiras e ficaram bastante endurecidas bastante conflituosas e por causa disso Todo mundo estava não muito contente com a solução de 1555 e tudo isso resultou no final das
contas na guerra dos 30 anos e que outros interesses a gente pensar que em interesses territoriais expansionismos eventualmente imperiais não sei nem se se aplica Nesse contexto motivos econômicos que outros motivos para além dessa questão religiosa você acha que é importante pontuar tipo assim ah tal país tinha o interesse no num pedaço do território do território Y porque tinha era rico em tal recurso etc tem isso envolvido como é que funcionavam essas outras questões para além da religião quando a gente está pensando nas relações internacionais nós temos o grande conflito entre a dinastia dos habsburgos
como eu falei a linha austríaca e a linha espanhola e a França quando a gente dá uma olhada no mapa a gente poderia verificar a França teve medo entrar numa guerra com duas fronteiras uma fronteira no leste contra os habsburgos da Áustria contra o imperador do SA o império romano germânico e para outro lado contra os habsburgos da Espanha naquele momento muito forte e esse medo sobretudo do Cardal richelieu dominava a política francesa nesse momento a França apoiou todos os inimigos eh da dinastia dos habsburgos seja no leche no Principado de Transilvania por exemplo Se
tiverem rebeliões dentro do país os franceses o governo francês apoiou os inimigos da casa d' Áustria e então eu acho isso foi o conflito geoestratégico fundamental nessa época como eu falei além disso teve interesses no mar Báltico seria uma área uma região economicamente interessante por causa do Comércio e tudo mais e nessa área no mar Báltico como eu já destaquei teve uma rivalidade entre a Suécia e a Dinamarca mas também a Polônia Fez parte desse jogo de poder e tudo isso se misturava com as outras questões da religião vamos dizer da política dinástica e eh
por causa disso nós temos um complexo de razões que entraram no conflito da Guerra dos 30 anos você está ouvindo o história [Música] FM eu vi que essa guerra é dividida principalmente em duas fases uma é que vai entre entre 1618 a 1635 e uma outra que vai de 1635 A 1648 então eu queria focar primeiro nessa primeira fase né como é que a guerra começa e como é que ela se Desenrola nos primeiros anos quais são os principais embates como é que ela funcionou como é que foi o impacto paraos civis enfim Existem várias
maneiras como estruturar a guerra dos 30 anos podemos colocar duas partes uma parte de 1618 até 1629 dizendo seria uma guerra interna do império e depois começa a fase internacional da guerra com a entrada da Suécia em 1630 e com a entrada da França em 1635 isso seriam duas partes da Guerra existem outras maneiras geralmente encontra-se nos manuais da história também quatro partes temos a primeira parte a guerra da Boémia entre [Música] 1618 até 1623 temos a guerra dinamarquesa entre 1624 até 1629 temos a guerra da Suécia a guerra sueca entre 1630 at 1634 e
temos a fase da Guerra suco francesa entre 1635 até o fim até 1648 falando sobre a primeira parte da guerra Vamos começar com a fase que se realiza na poemia na poemia nós temos um conflito constitucional entre as operações da Boémia ou seja as elites da Boémia para um lado e o monarca da Boémia ou seja o representante da dinastia dos habsburgos geralmente na Boémia nós temos uma monarquia eletiva também isso acreditaram pelo menos as corporações eles reclamaram o direito eleger o monarca a dinastia dos habsburg por outro lado tentava transformar essa monarquia electiva a
uma monarquia hereditária eu acho isso é o pano de fundo nesse conflito na monarquia da Boémia em 1617 o Imperador naquela época Matias de habsburg ela obrigou as elites da Boémia aceitar o seu Ferdinando como novo Rei da boêmia ou seja ele obrigou eles aceitar esse Ferdinando como novo Rei Além disso as cooperações não quiseram aceitar essa mudança e eles começaram a rebelar-se contra o novo Rei contra Ferdinando e tudo isso foi misturado com uma oposição religiosa ou seja na Boémia encontra-se muitas protestantes na verdade não foram protestantes mas um tipo de protestantismo que a
gente encontra lá a partir do século X e por outro lado o novo Rei realizou uma política terrivelmente católica ou seja tudo isso criou um clima muito tenso um clima de combate nos dois lados e nesse pano de fundo nós temos essa Rebelião das cooperações as elites da Boémia eles se aliaram com elites com as cooperações dos territórios vizinhos ou seja com as cooperações da morávia da Áustria e eles enfrentaram o novo Rei Ferdinando nessa situação eles procuravam um outro vamos dizer representante que poderia ser eleito Como Rei da Boémia e eles Encontraram o príncipe
do palatinado chamado Frederico V do palatinado e eles elegeram ele como rei da Boémia e ele teve o apelido na historiografia o rei de inverno porque ele só governava mais ou menos a temporada do inverno Antes ser derrotado pelos habsburgos Mas isso foi a situação e as cooperações eles protestaram contra a política dos habsburgos e um ato desse protesto foi a defenestração de Praga ocorrida no dia 23 de maio de 1600 18 nesse dia as corporações as elites boémias eles se encontraram e eles defenestrar dois funcionários imperiais graças a Deus eles não ficaram mortos Mas
isso foi um ato de subordinação e com isso Começou mais ou menos essa começaram essas lutas entre as cooperações e e a dinastia dos habsburgos e esse conflito constitucional de certa forma é um modelo que está atrás da Guerra dos 30 anos também nós temos a questão quem governa uma monarquia Ah no século XV x nós temos uma participação das elites no governo ou seja o monarca e as elites as cooperações eles dividiram de certa forma o governo ou seja o rei teve que e ouvir as vozes das cooperações e eles tinham que cooperar juntos
mas essa constelação de dois núcleos eh nós temos a tentativa do monarca se fortalecer a sua posição fortale o seu poder em detrimento das cooperações ou seja nós temos um conflito interno pelo poder dentro da boêmia mas também em muitos outros países daquela época e isso é bem característico eu diria para esse tempo no século X XVI nós temos a ideia da monarquia absolutista e mais ou menos isso o que que os habsburgos tentaram realizar na Boémia e Finalmente eles conseguiram eles conseguiram com a sua vitória sobre as cooperações Rebeldes instalar na Boémia por um
lado uma monarquia hereditária por outro lado um governo muito forte absolutista dos habsburgos e eles tentaram Além disso também recat a converter os protestantes para o catolicismo então nós podemos concluir que os habsburgos tentaram na Boémia uma política que eles usaram mais tarde também outros territórios da monarquia habsburg para fortalecer o poder monárquico o seu poder monárquico Então essa primeira fase termina com uma vitória dos habsburgos e uma derrota fundamental das cooperações Rebeldes em seguida a Dinamarca entra na guerra a Dinamarca tem outros interesses está interessado em participar numa aliança anti-h habsburg e por causa
disso os Campos de Batalha estão se deslocando mais para o norte da Alemanha e nessa primeira fase até 1629 as tropas imperiais são muito Poderosas eles conseguem derrotar todas os inimigos todos os rivais e finalmente as tropas imperiais eles conseguem derrotar também o rei da Dinamarca Cristiano 4 na paz de em 1629 o rei aceita as condições de paz mas é uma paz muito mansa nesse sentido o rei não vai perder nenhum território e seria mais uma paz de compromisso nos dois lados mas esse ano em 1629 nesse ano encontramos o Imperador no apoio do
seu poder ele consegue derrotar o inimigo o rei de Dinamarca e ele consegue outorgar uma solução outorgar um decreto religioso e constitucional para o império estou falando do restitu edct do edito de restituição nesse edito ele faz uma interpretação católica da Paz de alburgo ele decreta um fortalecimento da monarquia em relação aos as cooperações imperiais e por causa disso ele consegue mais ou menos parecer como o vencedor dessa primeira fase da Guerra dos 30 anos porém ele está exagerando e por causa disso em encontramos também já resistência das cooperações imperiais eles têm medo perder o
seu poder eles têm medo ser subordinados sobre o poder Imperial e por causa disso hum é uma fase transitória eu diria e como a gente vai perceber um ano depois em 1630 e vamos dizer o panorama muda bastante o imperador que pareceu O Vencedor que conseguiu realizar as ideias católicas plenamente no sacro Império Romano germânico agora ele vai enfrentar um inimigo bastante forte o inimigo que vem da Suécia e ele vai se chamar o Leão do Norte que entra na guerra e vai ter muito sucesso contra as tropas imperiais nos primeiros anos da década de
30 do século X mas isso já faz parte da segunda fase eu diria da fase internacional da Guerra dos 30 anos e como é que seria essa segunda fase o que que ela traz de mais diferenças em relação à primeira e tal primeiro como eu falei o Gustavo I Adolfo o rei da Suécia ele está desenvolvendo uma propaganda extraordinária ele está falando que ele vai salvar o protestantismo na Alemanha e na Europa e de fato ele tem muitos muito sucesso nas primeiras batalhas ele vai conseguir tomar uma parte do império a parte do norte do
império e ele está avançando cada vez mais para o sul eh ele vai conseguir eh derrotar as tropas imperiais na famosa batalha de breitenfeld e com essa vitória ele tem todo o Sul do império para si ele ele consegue i aunque e ele está instalando vamos dizer uma hegemonia sueca no império pelo menos na parte central do império e ele está bem sucedido nesse sentido finalmente ele vai ser morto na famosa numa outra batalha famosa na batalha de luten em 1632 mas a sua política vai ser continuada pelo chancel Axel Oxana e ele continua no
sentido de Gustavo Golfo enfrentando as tropas imperiais até 1634 nesse ano as tropas suecas vão receber uma derrota grave e parece que a hegemonia sueca construída nesses poucos anos a partir de 1630 está acabando e nesse momento nós vamos ter a entrada dira da França a guerra dos 30 anos é preciso destacar a França é uma monarquia católica a Suécia é uma monarquia protestante ou seja nós temos uma aliança entre católicos e protestantes e isso nos leva à conclusão que a questão religiosa não seria a única questão que faz parte do conflito existem outros interesses
e esses interesses que eu já destaquei antes seriam o conflito geoestratégico entre os habsburgos e a França a França que estava sentindo-se ameaçada pelos dois lados pelos governantes habsburgos a França entra em 1635 a guerra diretamente oficialmente mas já participava antes por pagamento por financiamento dando dinheiro aos suecos dando dinheiro também aos dinamarqueses como eu falei a França apoiou qualquer inimigo dos habsburgos na Europa naquele momento mas agora não teve outra solução a França s o governo do c richel decidiu entrar diretamente na guerra e agora o Imperador precisava combater duas monarquias fortes na Europa
e bem avançadas na área militar nesse momento o Imperador tentou em 1635 quando ele havia derrotado a sécia ele tentou estab ser uma paz interna no império mas essa paz interna não deu certo e como eu falei com a internacionalização cada vez mais da Guerra nós podemos perceber que uma solução interna não vai conseguir terminar todo o conflito complexo nesse momento a França entra e a partir daí nós temos uma guerra de desgaste de certa forma todos os recursos nos dois lados são exaustos e mesmo assim a guerra vai continuar ainda 13 anos até chegar
a uma solução adequada para os dois lados na paz de vestfalia em 1648 mas isso nós vamos falar um um pouco mais tarde e quais teriam sido as batalhas mais importantes ou as mais lembradas dessa guerra né aquelas que mais marcaram um conflito que você acha que são dignas de nota Olha eu encontrei uma lista das batalhas mais das batalhas mais conhecidas mais famosas dessa guerra foram mencionadas 25 batalhas a partir da Batalha da montanha Branca perto de praga em 1620 até uma batalha em 1648 ou seja tem um monte de batalhas nesse momento eu
queria destacar vamos dizer uma ou duas nesse sentido eu queria destacar a guerra da montanha branca Ou seja a primeira batalha ocorrida dentro da Guerra dos 30 anos a batalha de montanha branca é um lugar perto de Praga e lá encontravam-se o exército do Imperador junto com o exército da liga Católica ao tudo esses dois exércitos abrangiam 28.000 soldados e eles enfrentaram o exército das cooperações boêmias abrangendo 21.000 soldados A Batalha começou mas durou somente 2 horas e as tropas imperiais Eles foram vitoriosas e a derrota das cooperações boémias foi fundamental foi muito rígida nesse
sentido as as tropas do Imperador foram dirigidas pelo General ti Ele se chamava Johan zés conte de ti Ele foi uma pessoa já bastante avançada com 60 anos Eh Ou seja bastante experiente e ele obviamente conseguiu dirigir as suas tropas muito bem eh por outro lado os Rebeldes eles tinham a esperança fazer alianças com outros países com outros estados já mencionado hei de inverno Frederico V el foi cro doi ingl ele tinha a esperança que tropas Ingleses poderiam entrar na guerra mas todas essas tentativas de estabelecer alianças militares com outros poderes da Europa não de
deram certo assim no final das contas o exército das cooperações ficou sozinho e como eu falei foi derrotado pelos soldados dirigidos pelo General as consequências dessa derrota foram enormes como eu já mencionei um pouco antes o rei Frederico Ferdinando o habsburgo ele aproveit ou essa vitória para transformar todo toda a poemia no seu sentido ele deixou executar eu acho 27 dirigentes da rebelião ele deixou executar eles ele transformou as poes dentro da Boémia ou seja ele expropriou as poes dos Rebeldes e deu essas possessões essas poces essas terras aos nobres Leais a ele parece uma
coisa pequena mas na verdade isso foi uma transformação fundamental dentro do conjunto da Boémia e mudou todo o estado e além disso agora ele mudou a Constituição da Boémia como consequência da sua vitória ele transformou essa instituição no seu sentido e fez da Boémia uma monarquia hereditária católica e dominada pelo rei ou seja pelo rei habsburgo e talvez eu queria destacar uma outra batalha seria a batalha de breitenfeld ocorrida em 1631 nessa batalha enfrentaram-se os os soldados do Imperador por um lado e os soldados da Suécia e da saxônia essa batalha aconteceu no dia 17
de setembro de 1631 e o Ti teve eh teve mais ou menos 37.000 Soldados no exército Imperial o exército da sécia teve 23.000 e o excito da Sônia 16.000 ou seja os números de Soldados foram mais ou menos iguais mas o que aconteceu til combateu primeiro o exército sônico ele ficou mais ou menos vitorioso mas depois chegou o exército suo ou seja nós temos de certa forma uma dupla batalha primeiro a batalha entre as tropas imperiais e as tropas saxônicas e depois a batalha entre as tropas imperiais e suecas e por causa disso o exército
Sueco ficou vitorioso no final das contas o Ti Teve muitas perdas e muitas baixas ele perdeu mais ou menos 10 ou 15.000 pessoas enquanto as perdas essas baixas do exército Sueco saxonico ficaram mais ou menos inferior essas baixas de ti mas as consequências dessa Vitória foram enormes a partir daí a partir dessa Vitória os suecos poderia sem qualquer limitações ao dentro do império e como eu já mencionei antes eles aproveitaram essa possibilidade essa vitória para avançar eles avançaram pelos bispados de wurzburg de bamberg e outros e eles avançaram até Munique ou seja até o território
da Baviera e preciso saber que o Duque Maximiliano primeiro da Baviera ele foi um dos Príncipes católicos que apoiaram muito e Imperador Lutaram muito pelo catolicismo no sacro Império Romano germânico ou seja podemos ver que a vitória do exército Sueco no final das contas ameaçou agora eu diria o núcleo católico do Império Romano germânico por causa disso eu acho a batalha de breitenfeld tem uma grande importância dentro do conjunto das lutas da Guerra dos 30 anos eu poderia mencionar mais eh talvez a batalha de luten foi uma batalha que terminou com Um empate entre os
exércitos sucos e imperiais mas nessa batalha em novembro de 1632 o Rei Sueco foi morto ele foi um rei que participava diretamente das lutas ele comandava as suas tropas pessoalmente e nesse conjunto nessa situação ele ficou ferido e finalmente morto e isso foi um susto para toda a sécia e para vamos dizer um ponto de Virada de certa forma na guerra dos 30 anos pois os avanços positivos da Suécia acabou e nós temos uma fase quando os suecos estiveram na defensiva contra os soldados imperiais nesse sentido eu vou me limitar nessas três batalhas como eu
falei tem mais que 20 25 e cada um dessas batalhas tem a sua qualidade e a sua importância mas talvez para finalizar nessa pergunta nós temos ter consciência as tropas naquela época não tinham uniformes as tropas foram internacionais nós não temos tropas nacionais geralmente encontramos pessoas de várias nacionalidades dentro das tropas Eu acho tudo isso faz parte desse conjunto E a gente conhece essa peça de bertold precht que ele está falando da Guerra dos 30 anos e ele retrata muito bem vamos dizer essa vida nas guerras quando nós temos não só soldados mas também todo
o conjunto as mulheres que cozinharam filhos que fizeram parte tudo isso faz parte das Guerras naquele época que são bastante distintas das Guerras do século XVI X e XX claramente porque a questão militar estava mudando muito nessa época e antes de gente chegar no final da Guerra eu queria te perguntar uma coisa específica que é o seguinte essa guerra teve repercussão fora da Europa ou foi um fenômeno essencialmente europeu Eu verifiquei na preparação para esse podcast mas na verdade eu não encontrei muitas repercussões fora da Europa Claro a gente tem e por exemplo a restauração
em Portugal mas é faz parte da Europa a gente tem os holandeses no neste do Brasil mas começou já antes terminou um pouco mais tarde e nós temos também vamos dizer as ambições coloniais da França e da Inglaterra e dos países baixos que aumentaram nas a partir da segunda metade do século X também mas Além disso eu não encontrei eh muitas repercussões fora da Europa é claro a gente poderia pensar no império otomano que aproveitou também uma certa fraqueza da monarquia absb burgu para iniciar uma nova ofensiva eh na de 60 do século X contra
a monarquia habsburg mas isso são atos efem nesse sentido mas uma repercussão muito óbvia nesse sentido eu não encontrei de [Música] fato se você quiser colaborar com o FM você pode fazer isso via usando a leitura obrigahistória @gmail.com e assim você colabora para manter esse projeto Educacional gratuito no [Música] ar a guerra acabou como você já mencionou com o que ficou conhecido como Paz de vestfalia E aí eu queria te perguntar o que que foi essa paz foi um tratado foi uma série de tratados o que que essa paz previa E por que essa paz
é tão lembrada até hoje então eu vou falar primeiro sobre Quais foram os tratados assinados em 1648 nós temos primeiro um tratado entre a Espanha e a República dos Países Baixos esse tratado na verdade não faz parte estrito senso da Paz de vestfália mas foi negociada também em lsta e foi a assinada no dia 30 de janeiro de [Música] 1648 deu a independência de certa forma aos Países Baixos eles conseguiram livrar-se da dominação espanhola Mas como eu falei é um tratado assinado na vestfália sim mas fica fora das negociações da Paz de vestfália e a
própria Paz de Austrália Nós temos dois tratados um tratado negociado na cidade de osnabr e outro tratado negociado na cidade de mster em osnabr reunir sobretudo os poderes protestantes negociando com o Imperador em munsta reuniram-se os poderes católicos negociando com o Imperador em osnabr as negociações foram finalizadas em agosto de 1648 perto de mão e em munsta foi assinado um documento de forma escrito mas no dia 24 de outubro de 1648 os dois instrumentos estou falando instrumentum PES mon o documento negociado em munsta e o instrumento PES osnabr o documento negociado em osnab foram juntos
assinados em mina e depois iniciou-se todo esse processo da ratificação desse contrato internacional que demorou até 1648 mas falando sobre as determinações da Paz de Austrália foi combinado uma paz universal uma paz geral ilimitada e Perpétua isso foi o conteúdo do artigo 1 depois foi combinado uma Anistia geral para todos os crimes feitos Durante a Guerra depois a situação política foi restituída como é er antes da guerra estou falando de uma restituição Geral das condições jurídicas e depse como existiram de no ano de 1618 Isso foi uma Regra geral em seguida eles e determinaram as
exceções E as novas determinações de certa forma eu não vou entrar nas determinações mais específicas mas aconteceram mudanças territoriais a França por exemplo conseguiu alguns territórios na Alsácia e na Lorena por exemplo também o príncipe eleitor de palatinado vocês se lembram esse Frederico V do palatinado que foi eleito rei de inverno da Boémia Esse palatinado foi intuído e recebeu a sua dignidade anterior e nós temos também outras determinações que podemos concluir da seguinte maneira nós temos por um lado determinações constitucionais em relação ao sacro Império Romano germânico eu quero destacar as seguintes todos os territórios
todas as subunidades dos Império Romano germânico eles receberam uma quase soberania ou seja as cooperações imperiais sejam católicas sejam protestantes agora eles receberam mais autonomia e receberam quase dignidade de um soberano e claro eles ainda fizeram parte do sacro Império Romano germânico Mas eles se tornaram sujeitos do direito internacional isso é já um resultado importante como sujeitos internacionais eles receberam o direito de fechar alianças militares também com poderes fora do império eles eh receberam também o direito de armação eles poderiam estabelecer exércitos juntar soldados tudo isso eles receberam como novos direitos de certa forma E
além disso teve algumas mudanças nas deliberações na Assembleia Imperial ou seja os votos foram reajustes teve uma mudança no reconhecimento da participação dos Príncipes nesse órgão consti ional e o que fica mais interessante nesse sentido a Constituição do sacro Império Romano germânico essa tensão entre o elemento monárquico representado pelo Imperador e o elemento Republicano representado pela Assembleia das corporações pela Assembleia Imperial esse dualismo dos dois elementos ficava determinada para o futuro ou seja o Imperador não conseguiria mais transformar o império num Império absolutista ele sempre ficava ligado ao voto das cooperações ao voto das elites
do império e isso tornava o sacro Império Romano germânico para um tipo de órgão defensivo de órgão bastante lento com a necessidade de fazer compromisso em qualquer questão política eu acho isso caracteriza o sacro Império Romano germânico a partir daí nos séculos 1 e XVI Então vamos lá além das questões constitucionais nós temos também uma solução da questão religiosa a paz de vestalia um documento chave para a convivência das religiões dentro do sacro Império Romano germânico nós temos por exemplo algumas determinações ao fixar a fé dentro de alguns territórios nós temos por exemplo também a
regra Se tiverem questões religiosas na votação a assembleia Imperial vai dividir-se em duas corporações o Corpus evangelic e o Corpus catolic corum significa se tiver uma votação numa questão religiosa não vai ter uma decisão por maioria mas uma decisão por negociação nesse sentido eu acho isso foi uma determinação bastante sábia para evitar esse conflito religioso para o futuro e depois e nós temos também agora na paz de vestfália um reconhecimento dos calvinistas os calvinistas foram aceitos Eles foram reconhecidos e integrados no corpo do Império Romano germânico ou seja esse essa questão dos calvinistas agora foi
resolvida com a inclusão dos calvinistas na Constituição Imperial nós temos então novas formas de resolver conflitos religiosos eu diria o seguinte antes as religiões Lutaram uma contra a outra mas agora nós temos o direito nós temos o estado Acima das religiões lantes e isso seria uma certa secularização da questão da religião antes religião e estado ficaram juntas eles eh formaram uma aliança fixa mas agora nós temos o estado o estado e o direito que está tentando resolver conflitos religiosos a partir vamos dizer da jurisdição eu diria isso seria um avanço muito grande sobretudo esses conflitos
religiosos a gente encontra esses conflitos em várias regiões do mundo no mundo atual mas eu acho seria uma opção colocar as determinações da Paz de vestfália para esses conflitos atuais Além da questão constitucional e da questão ão religiosa eu queria destacar também as soluções em relação ao direito internacional como eu falei teve algumas mudanças territoriais a Suécia ganhou vários territórios e sobretudo Reparações de 5 milhões de florins para os seus custos de guerra de certa forma a França ganhou alguns territórios na Alia e também no rio reino e a brandenburg brandenburgo ganhou também alguns territórios
do sacro Império Romano germânico Ou seja a extensão de brandenburg foi o início da sua futura ascensão uma potência poderosa na Europa no século XVII começou a partir da Paz de australa nesse sentido E além disso Nós temos dois novos estados na Europa a Suíça a Confederação helvética deixou a sua ligação com o império romano germânico e tornou-se um estado independente na Europa e como eu já falei os países baixos eles deixaram também as suas ligações com o império IMP Romano germânico e tornaram-se um novo estado no sistema europeu dos Estados do futuro então nós
temos transformações em várias áreas e por causa disso as determinações da Paz de Austrália foram consideradas um paz fundamental para a convivência dos Estados na Europa em todos os tratados do Futuro sempre quando foi feito um tratado depois uma guerra todos esses tratados recorreram ao Paz de vestfália como base fundamental do direito na Europa e isso ficou vamos dizer até o fim do sacro Império Romano germânico E além disso eu esqueci duas determinações ou uma determinação interessante a Suécia e a França como vencedoras da Guerra eles receberam o direito poder interferir Se tiverem vamos dizer
abusos ou situações fora das determinações da Guerra eles receberam esse direito de intervenção se for necessário para garantir que as determinações da Paz foram realizadas eh no futuro eu acho são aspectos interessantes seria interessante mais entrar nos detalhes Porque de fato é uma situação bastante complexa e os combatentes eles conseguiram estabelecer uma paz que durou pelo menos para as próximas décadas e se ref para óculos deer [Música] forma e quais foram as consequências dessa guerra até o momento a gente estava falando aqui sobre os desob da Paz de vest falha né mas aí eu estava
pensando aqui mais na questão de per seriais perdas de vidas eu cheguei a ler que em algumas regiões da Alemanha a queda populacional chegou a 50% né então eu queria te perguntar o que que você sabe sobre as perdas materiais de vidas os impactos sociais na vida da população os efeitos mais duradouros da Guerra em si então de fato as perdas as baixas foram enormes nós temos uma redução da população do sacro Império Romano para 5 milhões de pessoas no início da Guerra para volta de 1600 teve mais ou menos 18 milhões de população no
sacro Império Romano no final da Guerra encontramos mais ou menos 13 milhões dessa população ou seja uma redução de 5 milhões de pessoas as regiões no sacro Império Romano o sacro Império Romano foi mais atingido pelas pedras e baixas as regiões variam muito nós temos regiões onde a população foi reduzido pela metade até 70% da população ficou morta nós temos regiões onde essa situação foi diferente nós temos poucas perdas até 10% por exemplo as regiões mais atingidas foram brandenburgo WG turingia por exemplo para menar algumas mas como eu falei nós não podemos dizer foram uma
perda extraordinária em qualquer região do império nós precisamos diferenciar muito essas perdas e baixas e nós podemos também dizer as baixas foram maiores na área rural do que nas cidades nas cidades bem fortalecidas munidas eles deram uma certa proteção aos habitantes mas mesmo assim lá a gente encontra até 50% de de baixas de perdas de pessoas mortas no campo pode chegar esse número até 2/3 da população que ficou morta e essa situação piorou sobretudo nas estradas nos cruzamentos eh nos caminhos onde encontravam-se os soldados os exércitos nessas regiões estratégicas as perdas foram maiores do que
nos outros lugares outra questão a maioria das pessoas mortas foi morta devido à epidemia devido à falta de alimentos devido à fome devido a doenças ou seja a maioria não ficou morta por causa vamos dizer de lutas mas sim por causas secundárias colaterais nesse sentido como a gente sabe acontece também eh nas outras guerras da modernidade nesse sentido então nós temos essas perdas e baixas nós temos também uma desumanização da população eu diria uma Brut iação das pessoas é claro quando a gente percebe a violência a crueldade a a multiplicidade da Morte nesse sentido tudo
isso vai transformar o homem eh e os seus caracteres de certa forma então isso eh eu diria Faz parte dessa grande Guerra dos 30 anos e além disso por outro lado nós temos também constatar teve novas possibilidades teve novas opções para as pessoas Sobreviventes Por exemplo agora as pessoas Sobreviventes poderiam casar-se mais jovem eles tinham mais crianças e por causa disso a população estava se reproduzindo de certa forma acelerada nesse sentido eh antes foi difícil para um jovem encontrar vamos dizer um emprego agora foi mais fácil para as pessoas Sobreviventes então tem para um lado
esses aspectos negativos para outro lado novas opções novas possibilidades para a população que sobreviveu Essa guerra é mais ou menos isso O que poderia dizer foi a respeito das e talvez quando eu falei da da desumanização da população um efeito direto eu diria são também nós podemos perceber na literatura naquela época nós temos a literatura do baroco e porque eu acho essa literatura do baroco os poemas de um andr Silos Paul são autores que perceberam perceberam a guerra perceberam a violência e eles agora transformaram a dor e as suas percepções nesses guerra nesses poemas do
baroco que todo mundo está conhecendo ainda hoje em dia e nós temos também o relato de gelhausen que está tratando das crueldades da Guerra dos 30 anos ou seja a transformação da violência percebida vivenciada na literatura daquela época e também um resultado direto da Guerra dos 30 anos e existe hoje na europa alguma memória entre aspas ativa n a respeito da da Guerra dos 30 anos eu queria saber se é algo que é trazido à tona nos debates públicos de alguma maneira tal ou levando em conta que outras guerras maiores e mais recentes aconteceram né
tipo guerras napoleônicas Primeira Guerra Segunda Guerra a guerra dos 30 anos acabou ficando meio esquecida no Imaginário popular e na memória da população tem alguma memória em torno dela eu acho assim quando a gente faz uma pesquisa historiográfica vamos dizer local em todos os vilarejos pelo menos aqui na Alemanha nós vamos encontrar essas crueldades da Guerra dos 30 anos nas crônicas que existem ainda hoje mas eu acho a memória mais viva e mais atual da Guerra dos 30 anos é a memória da Paz da Paz de vestfália e da Nova Ordem construída a partir das
determinações da Paz de vestfalia quando a gente fez as comemorações de 3 50 anos da Paz de vestfália em 1998 a gente poderia perceber que existe uma linha da Paz até a união europeia a união europeia de certa forma está assumindo a herança da Paz de vestalia porque a união europeia está se compreendendo como órgão de compromisso como como órgão de negociação e como União defensiva e não ofensiva ou seja tudo isso que foi combinado de certa forma na paz de vestfália a gente encontra de certa forma na União Europeia o estabelecimento de uma ordem
pacífica entre grupos diferentes em entre doutrinas diferentes incluindo minorias e para tudo isso eu acho a união europeia está pretendendo assumir de certa forma as ideias da Paz de vestfalia de certa forma para outro lado falando da guerra da violência das lutas a percepção dessa guerra ficava traumática para a população e ficou traumática até o início do século XX quer dizer a memória ficava viva Mas a partir das da primeira e da segunda guerra mundial eu eu diria essa memória estava acabando por causa dos novos traumas que aconteceram na primeira metade do século XX E
além disso existe esse Conce feito de um segunda guerra dos 30 anos e juntando a primeira e a segunda guerra mundial como vamos dizer como segundo uma nova guerra dos 30 anos desta vez ocorrida no século XX como eu falei juntando as duas guerras mundiais que duraram por volta de 30 anos também nesse sentido mas a memória nas crueldades quase mais que 300 Anos Atrás 350 anos atrás essa memória está acabando eu acho não existe mais claro nós temos os lugares os museos Exposições como eu falei mas é só isso não é viva as as
duas guerras do século acabar com essa memória [Música] [Aplausos] [Música] recomendações de leitura para quem ouviu até o final e gostaria de estudar mais sobre esse assunto quer aprender mais quer entrar nos detalhes dessa guerra se você tivesse que recomendar um dois talvez Três livros sobre o assunto Português Inglês ou espanhol né que são idiomas mais fáceis entre aspas pra gente né que livros você recomendaria então eu encontrei um que é muito recomendável é o livro de Peter Wilson Ele publicou em 2009 a sua obra the 30 Years War europe's tragedy foi publicado em Londres
pela Editora Penguin books e Peter Wilson é um Historiador trabalhando na universidade de Oxford e esse livro tem mais que 1000 páginas Ou seja é bastante eh detalhada na sua apresentação da matéria e ele menciona muitas Fontes recorre a literatura de apoio vasta nesse sentido eu acho é uma recomendação muito boa e deve servir também para o público brasileiro Além disso infelizmente eu queria colocar um um título na verdade trata-se de um catálogo que foi publicado em 1998 naquela época teve uma exposição na Europa inteira eh financiada e padronizada pela união europeia naquela época foram
publicados Três livros um livro Um catálogo de imagens e dos objetos na exposição e dois volumes com artigos capítulos de livros e caramis esses textos foram publicados em alemão mas existem traduções para o francês e para o inglês eu só tenho o título em alemão trata-se do seguinte 1648 Guerra e Paz crig FR na Europa os editores foram busman e he schilling e o melhor dessa publicação a gente poderia encontrar essa publicação online na internet quando a gente vai pesquisar as palavras chaves guerra dos 30 anos 1648 vocês vão encontrar a página na internet e
a gente poderia ler os artigos lá online é mais ou menos isso eu teria mais um título em alemão mas eu acho eu vou deixar os dois títulos São suficientes Mas como eu falei a obra de Peter Wilson é a obra mais atual e mais abrangente sobre a temática da guerra e além disso ah para fazer alguma propaganda para mim eu publiquei também artigos sobre esse assunto a gente vai encontrar nos periódicos brasileiros nesse sentido Então é isso gente Peter Você tem alguma consideração final quer dar algum último recado para pessoal olha parece que a
guerra dos 30 anos é muito distante mas existem hum pesquisas atuais sobre a guerra que eles fazem paralelas com a atualidade existe um Historiador alemão herred ncle E ele fala a guerra dos 30 anos parece ser repetida de certa forma no Oriente média os conflitos que a gente encontra lá TM uma certa semelhança com a guerra dos 30 anos eu acho a sua tese bastante interessante e na verdade também a guerra atual quando a gente dá uma a guerra entre a Rússia e a ía eu acho a gente poderia identificar também paralelas e semelhanças Ou
seja a história da Guerra dos 30 anos não acabou mas sempre fica Viva como referência como modelo para avaliar outros conflitos mais tarde ou atuais e eu acho sempre bom quando um Historiador uma histori sabe trabalhar com essas referências do passado Talvez para pesquisar melhor questões atuais ou guerras Atuais Eu acho isso é importante sempre ter esse olhar do assado para entender compreender melhor o presente então é isso gente muito obrigado por terem ouvido até oo final não se esqueçam que os nomes dos textos recomendados aqui no final vocês encontram no nosso site storm.com no
post desse Episódio sobre Guerra dos 30 anos e não esqueçam que esse podcast É financiado pela nossa campanha no apoias com 2 por mês via boleto ou cartão vocês financiam todos os podcasts da casa e com R 5 por mês vocês podem ouvir o história FM o Estação Brasil e o colunas de Hércules com antecedência Então é isso muito obrigado e até a [Música] próxima este podcast foi financiado por nossos colaboradores no apoia acesse apoia.se bar obrigahistória e contribua para manter esse projeto Educacional gratuito no ar
Related Videos
166 Egito Antigo: o que você aprendeu errado?
1:19:10
166 Egito Antigo: o que você aprendeu errado?
Leitura ObrigaHISTÓRIA
929 views
163 Velho Oeste: a história por trás dos mitos
1:24:28
163 Velho Oeste: a história por trás dos m...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
839 views
A Guerra dos Trinta Anos - Prof. Marcelo Andrade
54:26
A Guerra dos Trinta Anos - Prof. Marcelo A...
Flos Carmeli Vídeos
6,111 views
168 Guerras Judaico-Romanas: das revoltas aos debates historiográficos
1:20:31
168 Guerras Judaico-Romanas: das revoltas ...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
967 views
172 Três Reinos: a fragmentação do Império Chinês
2:02:31
172 Três Reinos: a fragmentação do Império...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
3,969 views
A Guerra dos Trinta Anos - Disputa entre Católicos e Protestantes pelas almas da Europa
11:01
A Guerra dos Trinta Anos - Disputa entre C...
Foca na História
41,698 views
167 Maio de 68: a história de um movimento político
1:15:17
167 Maio de 68: a história de um movimento...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
513 views
182 Palestina X Israel: história e debates contemporâneos
2:52:31
182 Palestina X Israel: história e debates...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
5,115 views
174 Colonização das Américas: métodos, objetivos e consequências
1:46:42
174 Colonização das Américas: métodos, obj...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
5,425 views
171 Revolução Cultural: conflitos e contradições na China maoísta
2:07:13
171 Revolução Cultural: conflitos e contra...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
5,763 views
1618-1713: A Crise do Século XVII; A paz de Westfália (Aula 6, parte 1)
29:26
1618-1713: A Crise do Século XVII; A paz d...
Canal USP
12,544 views
Cardeal Richelieu e a Guerra dos 30 anos : Videoaula
12:26
Cardeal Richelieu e a Guerra dos 30 anos :...
Felipe Aron
57,392 views
170 Japão, período Edo: do xogunato Tokugawa à restauração Meiji
2:02:12
170 Japão, período Edo: do xogunato Tokuga...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
3,750 views
169 Consciência Histórica: como sociedades compreendem seu passado?
2:06:57
169 Consciência Histórica: como sociedades...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
2,445 views
RI na História | Guerra dos 30 anos: Os Tratados de Vestfália e a formação dos Estados-nação.
3:11
RI na História | Guerra dos 30 anos: Os Tr...
Internacional da Amazônia
4,553 views
173 IA na História: a inteligência artificial no trabalho dos historiadores
1:41:51
173 IA na História: a inteligência artific...
Leitura ObrigaHISTÓRIA
2,443 views
Mehmed the Conqueror, an Ottoman sultan with ambitious, but scandalous tastes [ENG.SUB]
27:41
Mehmed the Conqueror, an Ottoman sultan wi...
Corpus Draculianum
13,982 views
A GUERRA DOS 100 ANOS: Joana d'Arc, Carlos VI o Louco, o bebê Henrique VI, Peste Negra. ENTENDA TUDO
2:08:01
A GUERRA DOS 100 ANOS: Joana d'Arc, Carlos...
Livro Dorri
25,997 views
REFORMA PROTESTANTE e Paz de Augsburgo : Videoaula
15:08
REFORMA PROTESTANTE e Paz de Augsburgo : V...
Felipe Aron
20,313 views
Despre Revoluție cu autorul Andrei Ursu
1:13:41
Despre Revoluție cu autorul Andrei Ursu
Zaiafet
279,099 views
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com