Luciano Subirá - A REDENÇÃO | FD#36

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
Temos abordado nas últimas aulas o entendimento dos aspectos da salvação. São eles: regeneração, já apresentamos uma aula intitulada como "Novo Nascimento", adoção, santificação, redenção, que é o assunto da aula de hoje, e, na sequência, ainda iremos falar nas próximas aulas sobre justificação, reconciliação e glorificação. Bom, o que significa redenção?
Em Efésios, no capítulo um, no verso sete, a Bíblia diz: "Nele", uma referência a Cristo, "nele temos a redenção pelo seu sangue. " O que significa redenção? Na cabeça da maioria dos crentes, quando eles ouvem a expressão "redenção", pensam: perdão de pecados, salvação.
É lógico que tudo isso é parte do combo do pacote oferecido. O próprio texto de Efésios 1. 7: "Pois é nele que temos a redenção pelo seu sangue", diz: "a remissão dos pecados segundo a riqueza da sua graça", verso 8, "que Deus derramou abundante mente sobre nós", mas, embora tenha tido uma aplicação espiritual eu e você, precisamos reconhecer que redenção era parte de um conjunto de leis civis que a nação de Israel tinha.
A lei de Moisés não era apenas a Bíblia daquele povo, era também o que nós podemos chamar da "Constituição, o Código Penal", enfim, eles eram regidos por um princípio natural, aplicável no dia a dia dos israelitas, que se tornou a ilustração de uma verdade espiritual que seria concretizada em Cristo Jesus. Então, nós precisamos entender a redenção na perspectiva devida, correta. Eu gosto de dar um exemplo quando eu falo sobre isso.
Se eu usar aqui a palavra "feijoada", eu não preciso explicar nada, pelo menos para um brasileiro. Houve a época em que feijoada era prato típico dos cariocas e eu brinco que hoje virou patrimônio nacional, assim como o churrasco não é mais só dos gaúchos, é de todo mundo. Se eu falo a palavra "feijoada", não preciso explicar absolutamente nada.
A maioria das pessoas tem uma imagem clara, definida. Se a pessoa goste ou não do prato, ela sabe do que se trata e não precisa ficar explicando. Mas uma vez eu recebi um pregador que veio de fora, de outro país, de outro continente, falou: "Olha, eu quero comer um prato típico brasileiro.
" Eu falei para ele: "Nós vamos fazer uma feijoada. " E quando usamos a expressão "feijoada" numa conversa que era do inglês, feijoada, não trazia consigo nenhuma explicação. Ele olha para mim e faz a pergunta que eu nunca imaginei ninguém fazer: "O que é feijoada?
" Eu tive que explicar: "Olha, é um prato à base de feijão. " Ele olha para mim e pergunta: "Mas só feijão? " Eu falei: "Não, também tem carne.
" Ele olha para mim e diz: "Que carne? " E eu falei: "Porco. " E eu lembro que ele torceu o nariz, no país dele, eles não comem muito porco aí ele fez o que eu chamo da pergunta proibida: "Que parte do porco?
" Eu falei: "Olha, é melhor você comer primeiro, depois eu dou a receita. " E ele, todo desconfiado, queria saber o que era. Quando eu falei quais eram os pedaços do porco, ele falou: "Nem adianta fazer esse prato que não vou comer.
" Mas eu pensei e falei: "Ele está falando isso agora. Se ele vir a aparência, ele sentir o cheiro, se ele provar, ele vai gostar. " Mas no dia nós fizemos a feijoada.
Ainda bem que não fizemos só feijoada, tinha várias outras opções. Ele nem tocou, ele olhava para aquilo e dizia; "De jeito nenhum que eu vou comer isso. " O que me fez pensar: feijoada é algo que entre os brasileiros estão na mesma cultura você não se explicar.
Com alguém de fora, você explica e, ainda assim, parece que é difícil comunicar. Estou dizendo isso porque quando os judeus entre eles falavam de redenção, é a mesma coisa que a gente falar de feijoada. Não havia necessidade de explicação.
Quando hoje nós vamos falar de redenção, temos que imaginar um cenário semelhante. Bom, vamos explicar a feijoada para quem não conhece. Então eu preciso definir redenção a partir daquilo que era no antigo Testamento, o que pode ser chamado como uma transação comercial, mas que, em essência, pode ser definida como "o resgate de uma propriedade".
Em Levítico 25. 25, por exemplo, a Bíblia diz assim: "Se alguém do seu povo empobrecer e vender alguma parte das suas propriedades, então virá o seu resgatador, o seu parente, e resgatará o que esse irmão vendeu. " Então o livro de Rute, por exemplo, é uma história de redenção.
Como Boaz se tornaria o resgatador dos bens da família de Noemi, o que incluía como parte do combo se casar com Rute e suscitar nome ao descendente, ao filho de Noemi, que tinha morrido sem deixar filhos. Bom, a ideia de redenção envolvia o resgate de uma propriedade. E aqui nós estamos falando de alguém que empobreceu a ponto de vender a sua propriedade, a sua terra.
Não havia transação comercial das terras na antiguidade, como fazemos hoje. "Não vou vender aqui a escritura. Passo no nome de outro, muda.
" Por quê? A terra tinha sido repartida em herança entre as 12 tribos e elas deveriam ser conservadas dentro das 12 tribos. A cada 50 anos havia um reset, um recomeço, que era o ano do Jubileu.
Toda a propriedade voltava ao dono original ou às suas famílias. Toda dívida era perdoada. Então não se vendia a terra de forma perpétua.
Ela sempre era vendida até o próximo Jubileu e o seu valor era calculado de acordo com o número de colheitas até o próximo ano do Jubileu. Dito isso, era só num caso de pobreza para alguém vender as suas terras. Então vamos imaginar aqui um cenário de alguém que fez um negócio, tomou dinheiro emprestado para um determinado plantio, numa hora que era uma hora de risco, ele fez aquilo especulando, imaginando, vamos supor aqui "o preço do trigo tá alto no mercado, está valorizado.
- É mas está valorizado porque não é época do plantio. " E o camarada tentou insistir: "vai que eu consigo. " Pegou dinheiro emprestado, não conseguiu gerar recurso e ainda perdeu tudo.
O que aconteceria? Vamos supor que na hora do contrato ele propôs uma sociedade e a outra pessoa do outro lado falou: "Não, eu não vou aceitar a sociedade, porque a possibilidade de ganhar dinheiro está só na sua cabeça. Eu vejo um grande risco.
" E a pessoa diz: "Olha, eu vou agir como investidor, eu te empresto dinheiro a juros, mas eu não corro o risco. Se você perder, vai ter que honrar o compromisso. " E o negócio não deu certo.
Não adiantava agora só dizerL "Desculpa aí, foi mal. " Então essa pessoa que não tinha feito um contrato registrado no cartório, como é hoje, mas eles provavelmente teriam ido diante dos anciãos, se assentavam à porta cidade, esses foram testemunhas e foi dito: "Olha, o dinheiro está sendo emprestado e eu não corro risco. Quem está correndo é ele.
" Supondo que esse quadro aconteceu. Agora, a pessoa não tem condições de pagar a dívida. Ela teria que dar todos os seus bens para indenizar aquela pessoa de quem ela pegou o dinheiro.
Agora, vamos supor que deu todos os bens que tinha, que envolvia não só o pouco de dinheiro guardado, prata, ouro, coisas de valor, os próprios animais, até escravos, eram considerados propriedades e isso não foi suficiente? Foram dadas as terras juntas. Elas não foram consideradas suficientes.
Além de ter perdido a terra essa pessoa poderia chegar ao ponto onde ela seria entregue como escravo. Você vai ler em Segundo Reis, capítulo quatro, a história de uma viúva que procura Eliseu dizendo: "Olha, teu servo morreu, deixou a dívida e agora os credores querem levar meus filhos como escravos. " Vamos supor que o quadro chegou a esse ponto e agora aquela família se tornou escrava do seu credor.
Quais eram as possibilidades deles deixarem de ser escravos? Eliminando a morte, estamos falando de poder desfrutar da liberdade. Então uma delas já mencionei: o ano do Jubileu, que acontecia uma vez a cada 50 anos.
A outra possibilidade: Êxodo 21. Diz que se um hebreu escravizasse outro hebreu deveria ser por no máximo seis anos, no sétimo ele sairia livre. E a outra possibilidade seria a redenção.
Vamos imaginar que a transação comercial não aconteceu entre dois hebreus, que um deles é ali um edomita que emprestou dinheiro, não é aplicável. Então o ano do Jubileu. Vamos imaginar que o último jubileu aconteceu dez anos atrás.
Significa que o próximo é só daqui 40 anos. Se a transação fosse comigo, por exemplo, com 50 anos de idade, significa que eu só seria livre aos 90 anos, o que a essa altura eu já nem sei se interessa. Eu queria o camarada cuidando de mim como escravo até a morte.
Então, qual a única possibilidade viável que sobraria? Redenção. Como poderia acontecer?
Um parente próximo e no livro de Rute você percebe que a proximidade de parentesco é que determinava a ordem de redenção, ele poderia pagar a dívida. Se o parente próximo pagasse a dívida e ele não faria isso como um negócio, porque normalmente a dívida já tinha sido maior do que as propriedades, do que os bens, então, assim não valia a pena na perspectiva de negócio, isso era sempre um ato de misericórdia. Se um parente rico tivesse condições, ele poderia pagar a dívida.
Quando pagasse a dívida, o vínculo que o credor tinha para ser dono das posses, das terras, ou mesmo o senhor tendo aquela família como escravo, era dívida. Dissolvida, quitada a dívida, esse vínculo era quebrado. Então a pessoa deixava de ser escrava daquele credor, mas não necessariamente, tecnicamente falando, não deixava de ser escrava, porque até o próximo ano do jubileu, ela seria escrava agora do familiar que a comprou.
A diferença não seria trocar seis por meia dúzia. É que essa pessoa compraria num ato de misericórdia, para tratá-la como familiar, como parente e não como escravo. Mas redenção era esse ato comercial que envolvia o resgate de uma propriedade.
Quando a gente entende, na perspectiva bíblica o que era a redenção, a próxima pergunta é: Qual é a aplicação prática disso no plano espiritual sobre as nossas vidas? Quando Efésios, capítulo um, verso sete, está dizendo que "Nele", em Cristo, "nós temos a redenção pelo seu sangue", então vamos ainda nesse primeiro tópico definindo redenção, depois, definir o que é no natural. Vamos definir o que é redenção do plano espiritual.
Quando o homem pecou, uma dívida se formou e essa dívida levou a uma escravidão. Segunda de Pedro, capítulo dois, verso 19, diz que "quem é vencido em algo se torna escravo daquele que o vence". Quando Adão é vencido pela proposta pecaminosa de Satanás, lá no início, a escravidão espiritual se estabeleceu.
E eu e você precisamos entender que era uma situação da qual não havia condições de se reverter. Por quê? Nós estamos falando de uma dívida que era natural, nós estamos falando de algo que é no plano espiritual.
Aliás, é disso que fala o Salmo 49, versos 7 e 8, que diz: "Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate, pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre. " O verso nove ainda acrescenta: "para que continue a viver perpetuamente e não venha a morrer. " Ou seja, a Bíblia está falando de uma remissão que é sinônimo de redenção, de resgate, fala sobre pagar a Deus o resgate, fala da redenção da alma e fala sobre viver perpetuamente e não morrer.
Ou seja, tem tudo a ver com a questão de salvação. E a Bíblia diz que nenhum irmão teria condições de resolver o problema do outro, por quê? Porque todos estávamos na mesma condição espiritual.
Nenhum pecador poderia se levantar e dar a vida por outro pecador. É aí que nós temos o mistério da encarnação de Cristo. Por que Deus, quando decide tabernacular, habitar entre nós na pessoa de Jesus, como lemos na Escritura, por que Deus precisou se fazer carne?
Esse é um dos grandes mistérios da redenção: manifestado na carne. Porque era só um parente, alguém com consanguinidade, que poderia se levantar como redentor. Então Jesus se torna um de nós para dizer: "Eu serei o resgatador.
" E quando ele se levanta como resgatador, ele tem que fazer o quê? Pagar uma dívida. E isso é o que está por trás do cenário de redenção.
Em Colossenses, no capítulo dois, nos versos 14 e 15, nós temos uma descrição prática do que é a redenção que Cristo operou por nós no plano espiritual. A Bíblia diz assim: "Cancelando o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz. " Então, o que é que Jesus veio fazer?
Tratar de uma dívida. Ele veio cancelar o escrito de dívida. O que eu e você precisamos entender é que no plano espiritual há uma aplicação de algo que no natural, nós reconhecemos biblicamente como uma transação comercial.
É o pagamento é uma dívida e, por meio dele, o resgate de uma propriedade. Então Cristo vem cancelar a dívida. Como?
Nós olhamos para a Escritura e também vemos a declaração de como isso aconteceu. Em primeira de Pedro no capítulo um, no verso 18, o apóstolo diz assim: "Sabendo que não foi mediante coisas perecíveis, como prata ou ouro, que vocês foram resgatados", resgate é sinônimo de redenção, "resgatados da vida inútil que seus pais lhes negaram, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula. Ele foi conhecido antes da fundação do mundo, mas foi manifestado nesses últimos tempos em favor de vocês.
" Ou seja, não foi com prata ou ouro que fomos resgatados, porque o resgate se dava com o pagamento de uma dívida, e o pagamento da dívida se fazia mediante o uso de dinheiro, que na época eram moedas de prata e de ouro. Mas Cristo pagou de uma outra forma. Aliás, a Bíblia apresenta o que Cristo fez por nós como um ato de compra.
Apocalipse 5. 9 e 10 diz: "E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de pegar o livro e de quebrar os selos, porque foste morto e com teu sangue compraste", observe o verbo "comprar", "compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus, os constituintes reino e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. Então, o que nós temos é um ato de compra.
Aliás, Colossenses 2. 14 fala de Jesus cancelando o escrito de dívida. E o verso 15 fala do quê?
Da recuperação da posse. Se olharmos para o texto depois de dizer: "cancelando escrito dívida, que era contra nós e constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial," diz que Cristo "removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz", o verso seguinte, o 15 diz: "e, despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz. " O que é despojar?
É tomar o despojo. Quando um exército vencia outro todo o despojo de guerra, ou seja, as posses do exército vencido passavam a ser do vencedor. O que é que poderia interessar a Jesus, que estava na mão dos principados e potestades que Ele venceu na cruz, que ele quisesse como despojo?
Era o controle sobre as nossas vidas por causa daquela escravidão originária, desde a queda, desde o início do pecado. Ou seja, quando eu e você entendemos o que é redenção, um ato de compra, qual o resultado disso? Qual a consequência?
A Bíblia diz que Jesus nos comprou para Deus. Se redenção é um ato de compra, o resgate de uma propriedade, qual é o resultado? O resultado é que Deus passa a ser o nosso dono.
É exatamente esse o entendimento da declaração de primeira de Pedro, capítulo dois, versículo nove, quando o apóstolo, citando literalmente a afirmação que Deus fez sobre a nação de Israel lá no Monte Sinai, em Êxodo 19. 5 e 6, ele agora diz: "Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Entre essas várias declarações geração eleita, sacerdócio real, nação santa, vem "povo de propriedade exclusiva de Deus.
" Por que somos propriedade exclusiva de Deus? Porque Ele nos comprou. O resultado da compra, é exatamente isso: faz de Deus o nosso dono e faz de nós a propriedade Dele.
Aliás, é isso que Paulo diz em Atos 27. 23, quando ele vai mencionar naquele navio que está para naufragar, eles vão acabar parando a ilha de Malta e Paulo vai contar a visão que teve de um anjo e diz assim: "O anjo de Deus, de quem eu sou e a quem eu sirvo. " Ou seja, um anjo do Deus de quem eu sou, pertenço e a quem eu sirvo, sou servo.
A palavra "servo" significa "escravo". Às vezes a gente usa quase que para indicar status espiritual. "Fulano é servo de Deus".
Esta dizendo que é escravo. Esse é o significado da palavra. Ou seja, o escravo era uma propriedade do seu amo, do seu dono, do seu senhor.
Eu me lembro de uma ocasião que estava pregando o evangelho para um senhor, e ele me pergunta: "Pera aí, se eu me converter é verdade que 10% do que eu ganho vai ter que ser de Deus e da igreja? " Eu falei para ele: "Não, isso não é verdade. " Ele olhou para mim e falou: "Pastor, não me minta.
" Falei: "Cara, não posso mentir, eu sou pastor". Ele falou: "Eu sei de fonte fiel, de gente aí dentro da sua igreja que vocês pregam isso. " Falei: "Olha, se for um dos nossos, não vou dizer que é mentira, vou dizer que é um engano.
" E ele fez uma cara de alívio: "Certeza que 10% não vai ter que ser de Deus? " Eu falei: "Certeza. " Olhei para ele e falei: "100% de tudo o que você é, do que você tem, do que você ganha vai ser de Deus.
" Por quê? Se a redenção é um ato de compra, Deus não está comprando 10% das ações. E aqui não estou falando contra uma contribuição específica de 10%.
Eu estou falando que Deus é proprietário do todo. Nós precisamos compreender isso. Em Mateus 13:44 a 46, em duas parábolas nestes três versículos, Jesus deixa claro uma coisa.
Qual é ela? Que o Reino de Deus custa tudo o que você tem. Em Mateus 13.
44, ele afirma: "O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem achou e escondeu. Então, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. " Depois, nos versos 45 e 46, ele repete com outra alegoria para falar a mesma verdade: "O Reino dos Céus é também semelhante a um homem que negocia e procura boas pérolas.
Quando encontrou uma pérola de grande valor, ele foi, vendeu tudo o que tinha e comprou a pérola. " Enquanto o Reino de Deus, na alegoria é um tesouro do campo, se vende tudo o que tem para adquirir o campo. Quando é a pérola se vende, tudo o que tem para adquirir a pérola.
Quanto custa o Reino de Deus? Tudo o que você tem. "Pastor, o senhor está querendo dizer que eu compro a minha entrada no Reino de Deus?
" Não, você não compra nada. Você na verdade foi comprado. Aonde queremos chegar?
Se redenção é um ato de compra, nós não compramos, nós é que fomos comprados. Mas para reconhecer a legitimidade do ato de compra, nós precisamos abrir mão de tudo o que temos. O que é que a Bíblia fala a respeito de salvação em um dos seus aspectos?
Em Romanos, no capítulo dez, o apóstolo Paulo sinaliza, com toda clareza possível, uma verdade que nós temos negligenciado. Versos 9 e 10, ele diz: "Se com a boca você confessar Jesus como Senhor em seu coração crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, você será salvo. Porque com o coração se crê para a justiça", verso 10: "e com a boca se confessa para salvação.
" Então estamos falando de salvação e um dos seus aspectos. Qual é? Confessar Jesus como Senhor.
A Bíblia não está falando confessá-lo Salvador. Ele é Salvador, porque a Bíblia diz que se eu o confesso como o Senhor sou salvo. Se Ele me salva, obviamente Ele é Salvador.
Mas Salvador não é o objeto da confissão. O objeto da confissão é a palavra "senhor" no grego, no original, em que o Novo Testamento foi escrito, "kurios" "é aquele a quem uma pessoa ou coisa pertence. " Era o Mestre, o senhor, o amo.
Era uma palavra usada para falar do possuidor de um escravo. Ou seja, não há maneiras de eu e você experimentarmos a salvação, a menos que a gente reconheça Jesus, nosso Senhor, nosso dono. O que significa isso?
Reconhecer a legitimidade do ato de compra, da redenção que Ele realizou. Então o crente tem mania de dizer: "Antes eu era escravo de Satanás, agora eu não sou mais escravo. " Eu digo: "negativo.
Você ainda é escravo. Você só mudou de dono porque um novo dono comprou você. A diferença é que o novo dono, assim como era a redenção no Antigo Testamento, ele não te comprou para te tratar como escravo.
Ele te comprou usando de misericórdia para te tratar, para me tratar, nos tratar como familiares. É por isso que Paulo diz: "Vocês não receberam de novo o espírito de escravidão", que é o que nos governava antes, "para estardes com temor, mas o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba, Pai! " Mas porque ele decidiu nos adotar e fazer parte da família não significa que, legalmente falando, pela transação realizada, que ele não seja dono.
Então nós precisamos entender que salvação, um dos seus aspectos, especificamente de redenção, faz de Deus o nosso dono, faz de nós a sua propriedade. Então, quando nos curvamos e confessamos que Jesus é Senhor, o dono, estamos dizendo: "O Senhor tem o direito de possuir nossa vida, o que somos, o que temos, o que teremos. " É, no momento de reconhecer a compra dele, que nós desistimos de ser dono de nós mesmos ou dono de qualquer outra coisa que possamos ter.
Então o Reino de Deus custa tudo o que tem, não porque demos o que tínhamos para comprar a entrada, mas porque Ele nos comprou com tudo o que temos e só entramos quando reconhecemos o ato de compra. E isso nos leva a uma clara compreensão. Qual?
Mordomia. Como? Esse é o meu terceiro e último aspecto: mordomia.
Nós precisamos cuidar daquilo que não é nosso. Então, como quem entende o que é ser comprado, deveria agir falando da prática da vida cristã? Isso nos ajuda a entender mais do que a obra inicial da conversão, porque redenção é um dos seus aspectos.
Nos ajuda a entender a continuidade do processo que é a santificação, assunto que já temos falado em aulas anteriores> Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, no capítulo seis, o apóstolo traz uma clara advertência contra a imoralidade. Ele diz no verso 18: "Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica imoralidade sexual peca contra o próprio corpo.
" Ao nos chamar para ficar distante desse pecado, Paulo podia usar alguns bons argumentos. Um deles é o que diz lá em Apocalipse 22: "de fora ficarão os impuros". A palavra lá traduzida "impuro", "porneia", no grego é a mesma palavra utilizada e traduzida aqui como "imoralidade.
Em outras versões preferiram a tradução "impureza". Quando a Bíblia diz: "de fora ficarão os impuros", ele já falou quem entra: só entram os que lavam as vestes no sangue do Cordeiro. Se você seguir essa lógica, quem não entra?
Quem não lava. Então todo mundo que não lavou, cometendo ou não imoralidades teria estaria de fora. Mas ele fala de alguns pecados que são cometidos pelos que já lavaram as vestes, teriam direito a entrar e agora adotam um estilo de vida que não lhes darão o direito de ficar, porque estão comprometendo aquilo que foi feito.
Então Paulo podia usar um argumento como esse e dizer: "Não brinque com um pecado como esse, que pode custar sua herança eterna. " Paulo podia ter usado o argumento que ele apresenta na carta aos Efésios: "Não deis lugar ao diabo. Se você pecar vai abrir uma brecha, o diabo vai entrar, vai fazer uma devassa, um estrago.
" Mas o argumento que ele usa diz respeito à redenção. Verso 19. Por que temos que fugir da imoralidade?
Dezenove: "Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que está em vocês e que vocês receberam de Deus", aí vem a pergunta: "e que vocês não pertencem a vocês mesmos? " Traduzindo: "vocês não são seus donos. Vocês não são donos do corpo.
" Por quê? Você não pode fazer o que quer com o seu corpo porque o corpo não é seu. Ele foi comprado.
Olhe o verso 20. Ele emenda e diz: "Porque vocês foram comprados por preço. Agora, pois, glorifiquem a Deus no corpo de vocês.
" Ele está dizendo: Você não tem direito de fazer o que querem com o corpo, muito menos botá-lo na lama e na sujeira da imoralidade, porque o corpo não é seu, foi comprado. Então, quando alguém entende o que é redenção, que faz de Deus o dono, o senhor, e de nós a propriedade, os servos, nós precisamos entender o que é cuidar bem daquilo que é Dele. Isso envolve não apenas cuidar do corpo.
Quando ele diz: "Glorifiquem a Deus no corpo de vocês", ele não está falando da dança no louvor e adoração. Há um ato de glorificação do corpo que eu chamo de um culto de santidade. É a resposta devida à compreensão de redenção.
Nada do que eu tenho é meu. O corpo não é meu, o tempo não é meu, os bens não são meus. E agora nós precisamos viver uma devotada servidão a honrar e agradar o nosso Senhor e fazer aquilo que Ele quer.
Esse entendimento, eu acredito, está faltando a muitos crentes, por quê? Ele simplesmente acredita que redenção é só a salvação e ele quer continuar se governando. Se você só entra quando reconhece Jesus, Senhor, significa o quê?
Que todos os desdobramentos, inclusive a santificação que vem, derivam da compreensão de que Ele é Senhor, de que Ele é dono e de que nós devemos viver para Ele. A razão pela qual nós podemos ter certeza que a boa obra que Ele começou será terminada é porque Ele vai completar aquilo que Ele começou no que é Dele. Nossas vidas são suas.
Não há motivo para que a gente interrompa ou escolha abortar o processo, ainda que seja possível, se entendemos a clareza do que está por trás disso. Também gosto de olhar quando a Bíblia diz que "fomos comprados por preço. " Olhar para a expressão que está por trás da ideia de "preço".
Isso significa que eu e você tem um valor porque um alto preço foi pago. Quando eu leio o antigo Testamento, a história de como José compra todo o Egito, todas as terras, todas as pessoas para o faraó durante o tempo da fome e da crise, eu vejo um paralelo. José, em vários aspectos, é um tipo de Cristo como redentor, e nós precisamos entender que, da mesma forma como José salvou aquele povo da fome, que todo mundo iria morrer, eu e você fomos salvos por Cristo de uma morte espiritual, mas na forma como ele decidiu trabalhar, oferecendo salvação para que eles não morressem de fome, ele fez com que Faraó se tornasse dono de todas as pessoas de toda a terra do Egito e a maneira como Cristo aplicou a redenção para nós não é diferente.
Assim também naquela época, embora Faraó tenha se tornado dono das pessoas, dos campos, das colheitas, de tudo, José simplesmente os orienta dizendo: "Olha, vocês vão devolver só um quinto, só uma parte, 20%. O resto fica para vocês. Ajam como se fosse de vocês.
" Nós olhamos para o Novo Testamento e percebemos da mesma forma Deus dizendo Apesar de eu ser dono de tudo, eu vou pedir que vocês devolvam apenas uma parte. E aí nós temos uma contribuição específica que exalta a redenção chamada dízimo. Mas eu e você precisamos entender que Deus não é dono daquela parte que volta.
Aquela parte que volta é apenas uma maneira de nos manter conscientes de alguém que nos comprou e comprou nosso ser inteiro. Então, compreender redenção precisa nos levar ao conceito de mordomia em tudo o que somos ou que fazemos. O cuidar do corpo, o cuidar do nosso tempo, o cuidado das posses.
Todo crente precisa orar, buscar de Deus sabedoria. Tiago diz: "Vocês que estão dizendo: Hoje e amanhã iremos a tal cidade, ganharemos dinheiro, faremos isso, aquilo deveriam dizer: Se o Senhor quiser. " Consulte o seu Senhor.
Você não é seu dono. E se passamos a viver a vida cristã com essa mentalidade, não só a santificação será eficaz pela consciência de que nos submetemos ao dono, mas nós vamos estar sempre alinhados à vontade Dele. Redenção faz de Deus o nosso dono, e de nós, a sua propriedade, mas também nos lembra de algo: Deus defende aquilo que é Dele.
Deus se torna o defensor de tudo aquilo que é Dele e Ele vai completar a boa obra que Ele começou na minha e na sua vida. Enquanto aguardamos esse pleno desenvolvimento, devemos celebrar esse ato de compra em contínua rendição, gratidão e sujeição ao Senhor Jesus. A Ele toda a glória, porque podemos dizer: o Deus de quem somos e a quem servimos.
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