Poema em linha reta - Osmar Prado

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Luiza Medeiros
Osmar Prado recitando "Poema em linha reta" (Fernando Pessoa), em cena de O Clone (2002)
Video Transcript:
aqui na sala Lobato nós chegamos Nós voltamos [Música] Eu tava olhando a garrafa mandei consertar a garrafa Você não tem o menor controle sobre si mesmo não tem um senso de responsabilidade o mínimo de Senso é responsabilidade eu não tenho o seu seu discernimento seu bom senso você você é um iluminado eu não tenho esta sua capacidade eu sou eu sou eu me considero assim e eu sou nós conversamos Eu nunca conheci quem tivesse levado porrada todos os meus conhecidos tem sido Campeões em tudo eu que tantas vezes tem sido ridículo absurdo que tem sofrido
e calado quando não tem calado tem sido mais ridículo ainda eu que tenho feito vergonhas financeiras emprestado sem pagar que quando a hora do Sol surgiu e tem agachado para fora da possibilidade do soco eu verifico que não tenho pa nisto tudo neste mundo todo mundo que eu conheço Que conversa comigo nunca teve um ato ridículo nunca foi senão príncipe todos eles Príncipes na vida Ah quem me deram o vídeo de alguém a voz humana que me confessasse não me Contasse não mato de violência mais uma covardia ó Príncipes meus irmãos onde é que a
gente poderão as mulheres não os terem Amado podem ter sido traídos mas ridículos nunca nunca e eu que tenho sido ridículo sem ter sido traído como é que eu posso falar com os meus superiores sem quitubear sem meter com ela abaixo pelo menos um bom gosto de cachaça eu que tenho sido vírus literalmente viu no sentido mesquinho e infame tá beleza [Música] Fernando Pessoa E agora me desanca em verso
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