porque o que dá né eu tenho impressão que quer pegar pode nos oferecer hoje é é uma interlocução um diálogo de enorme importância de grande valor para nós precisamente porque o que cada um pode nos permitir uma remissão aos primórdios da história da filosofia que deve é um autor para o qual a ironia é um conceito fundamental olha a ironia é precisamente um momento essencial do método socrático portanto a filosofia nasce na grécia e portanto marca e cunha o destino da sociedade ocidental numa relação estreita um delicado com ironia um irônico como que chega portanto
alguém que digamos se reapropriar das origens mais autênticas da filosofia esse é um aspecto pelo qual eu acho que chegando é indispensável para quem quer que tenha algum tipo de paixão de vínculo de relação com a filosofia a segunda questão pela qual que gadú interessa a mim particularmente por essa razão eu trato subir e se diverte se quando sou convidado a falar sobre ele na casa do saber é justamente a angústia nós vivemos um tempo em que nós somos obrigados a ser felizes né e é um pecado mortal vocês e feio pobre gordo nós vivemos
um tempo em que todas as formas de gratificação parecem ser colocadas à nossa disposição é tudo isso em uma escala de acessibilidade consumista tudo parece hoje ser factível em termos tecnológicos em termos daquilo que a tecnologia coloca à sua disposição de tal maneira que hoje é imperativo você ser feliz ser bem sucedido todas as condições estão dadas para que você faça isso e sobretudo em sociedades como as nossas são sociedades é praticamente configurada a partir da ciência da tecnologia em que a ciência e tecnologia são as grandes forças de produção tanto econômica quanto de produção
das e nas outras esferas de vida então tudo se passa como se é nós não tivéssemos mais estrutura psíquica suficiente para suportar experiências como frustração hora que chegar vai nos mostrar exatamente que angústia é constitutiva da nossa existência e que angústia não é algo a ser evitado não é algo a ser elidida do algo de que a gente tem que fugir correndo mas a angústia é o caminho que nos coloca face-a-face conosco mesmo diante das nossas próprias condições absolutamente singulares e individuais as nossas possibilidades angústia é aquilo que não é marcado por nenhum objeto particular
é diferente do medo é diferente do presságio a angústia é uma disposição especial do nosso ânimo que nos coloca em uma situação de profundo mal estar mas que não pode ser pendurada em nada angústia não tem objeto nenhum é precisamente aquilo que angústia nos mostra é a possibilidade da possibilidade ou seja ela nos chama de volta a uma relação essencial conosco mesmo das nossas possibilidades não daquelas expectativas que são depositadas sobre nós mas das possibilidades nossas mais autênticas hora exatamente esta dimensão da angústia é tematizado porque dá precisamente em relação a esses aspectos que são
os mais difíceis de ser tratadas na filosofia por exemplo com um instante é justamente no instante nesse instante preciso da sua existência aqui agora acaba aqui agora da sua vida decidi se você tem uma relação de autenticidade consigo mesmo você simplesmente está ali cumprindo papéis do expectativas que são depositadas sobre você depende da maneira como você vive esse instante esse instante pode ser de plenitude ou pode ser de absoluta despersonalização e uma questão no que é essencial é de novo problema na repetição dependendo da maneira como você vive a repetição a repetição pode ser uma
maldição ou seja a prova de que você é um mero joguete das forças da natureza das forças da história das forças da sociedade ou a repetição pode ser aquela oportunidade em que você toma efetivamente consciência de quem efetivamente você é daquilo que é a sua verdadeira natureza e ou repetir aí não é simplesmente um arrastar uma maldição que a natureza colocou o que a sociedade colocou mais um tomar posse desse mesmo tal maneira que a repetição em que pinga não não se mostra como um vetor virado para o passado alguma coisa que nega a sua
possibilidade de ser no presente e de projetar se no futuro mas pelo contrário a repetição marca exatamente aquela possibilidade de que você cada um de nós possa efetivamente acolher como seu aquilo que ele é que ele possa se tornar efetivamente aquilo que ele é de tal maneira que a repetição é um paradoxo o que mostra bem a profundidade da ironia de que a repetição não é alguma coisa que nos condena a repetir o passado mas que nos abre para uma perspectiva de futuro voltar a tomar posse voltar a recuperar aquilo que é mais autenticamente seu
neste sentido a repetição é o contrário de uma maldição mas a própria possibilidade da redenção isto me parece absolutamente precioso uma lição que a filosofia da equipe pode nos trazer e é por essa razão que eu insisto todas as vezes que trabalho com o keep mostrar não somente essa questão da profunda atenção dada porque da religião à moral à arte mas em particular a essa questão da repetição isto eu acho que tem um uma fortuna é posterior mundo importante não só na filosofia mas em vários outros setores da vida na psicanálise por exemplo eu aproveitar
essa oportunidade para convidar todos aqueles que queiram obter mais informações que queiram dialogar um pouco mais sobre isso que não se sentir um pouco mais à vontade a respeito desses temas que se inscreva no canal da casa do saber [Música]