Por que as Pessoas Estão ABANDONANDO Fortaleza?

Fortaleza a capital do Ceará que detém um PIB de R 73 bilhões deais sendo a maior economia do nordeste e a cidade mais populosa da região com uma população que supera os 2,4 milhões de habitantes no entanto mesmo sendo uma atração turística devido às suas belas praias e cultura vibrante além do destaque econômico a cidade enfrenta problemas estruturais importantes como o fato de ser o município cearense que mais sofreu com perda de população em números absolutos reduzindo em 23. 000 habitantes no Censo de 2022 do IBGE além disso a cidade não consegue entregar qualidade de vida e segurança para a população sendo frequentemente citada entre as capitais mais violentas do país e atingindo o pior cenário de pobreza dos últimos 10 anos Tais questões limitam as perspectivas otimistas a respeito do cenário socioeconômico da capital para o futuro e fazem com que os cidadãos busquem destinos alternativos e nesse vídeo vamos analisar o porquê das pessoas estarem abandonando Fortaleza e como esse problema tem limitado o desenvolvimento da cidade para entender essa situação de Fortaleza e como a cidade que responde por mais de 37,6 do PIB do Ceará enfrenta Desafios que repercutem desde o acesso limitado da população a serviços essenciais como saneamento educação e saúde até gargalos na sua cadeia produtiva a exemplo da infraestrutura defasada É necessário analisar a origem desses problemas com muitos deles sendo herdados desde o passado Colonial da cidade e a sua evolução como Polo econômico Regional para entender o desenvolvimento da cidade devemos voltar ao início do século X quando os portugueses começaram a explorar de forma mais efetiva a costa do nordeste brasileiro em 1603 o explorador militar português peru Coelho de Souza ergueu o forte de São Tiago nas proximidades do rio Ceará no entanto o forte foi abandonado pouco tempo depois devido a conflitos com indígenas e a falta de recursos o desenvolvimento da cidade foi por fatores como o difícil acesso terrestre e a limitada infraestrutura Econômica da época o impulso para o crescimento só Começou a tomar forma em meados do século X especialmente com os eventos que marcaram as ões holandesas no nordeste brasileiro entre 1624 e 1654 foi em 1649 que os holandeses em busca de ampliar seu domínio na região construíram o forte schen borg próximo ao Riacho paju esse forte representou um ponto estratégico para o controle Holandês na área após a expulsão definitiva dos Holandeses em 1654 o forte foi renomeado para a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção pelos portugueses nome que acabaria inspirando o nome da cidade de Fortaleza apesar do povoamento Modesto a guinada econômica e populacional ocorreu apenas no final do século XVII quando a cidade tornou-se a capital da capitania do Ceará em 1799 esse novo status de Fortaleza deu a cidade reconhecimento Regional impulsionou seu crescimento com a concentração de serviços públicos adição de infraestrutura e novos empregos administrativos que por consequência demandaram mais trabalhadores não à toa a população da capital tornou-se quatro vezes maior até o final do século XIX a partir desse momento a cidade evoluiu de uma economia de subsistência baseada na Agropecuária e Agricultura para se tornar um modelo estruturado de serviços com notória relevância política e institucional paralelamente a isso surgiu também um novo nicho econômico baseado em exportações principalmente durante o bundo algodão para atender as fábricas da primeira revolução industrial da Inglaterra no século XIX Nesse contexto durante a guerra de secessão nos Estados Unidos que durou de 1861 a 1865 a Inglaterra enfrentou dificuldades no abastecimento de algodão o que levou a um aumento da demanda pelo algodão cearense este período impulsionou as as exportações e Forçou a melhoria da infraestrutura logística no estado incluindo melhorias em estradas armazéns e portos para se ter uma ideia o destaque do Ceará na produção de algodão foi tamanho que acabou forçando a expansão da infraestrutura logística fazendo do Estado um grande exportador desse recurso tanto que Fortaleza recebeu inúmeros benefícios por conta desse sucesso seja pela construção de novas estradas armazéns e Melhoramentos na infraestrutur ura portuária que tornaram a capital o principal Porto de escoamento da produção cearense com impacto também nos Estados vizinhos do mesmo modo no início do século XX Fortaleza seguiu o mesmo esboço de expansão Urbana e Econômica já experimentado no auge do bund do algodão porém mais rápido e sem controle para ilustrar até 1930 a cidade havia praticamente dobrado a sua população atingindo mais de 100. 000 habitantes com ISO Fortaleza passou por um processo de modernização impulsionado pelo crescimento do Comércio e pelo início da industrialização próximo da segunda metade do século XX com a construção de avenidas praças e edifícios públicos incluindo a expansão da indústria para a fabricação de tecidos alimentos e calçados algo que foi essencial para diversificar a economia e impulsionar a criação de empregos por outro lado isso Abriu uma nova frente de desafios principalmente no que diz respeito à integração de milhares de pessoas que se mudaram para a capital cearense até o final do século XX com muitos buscando Uma nova oportunidade de vida em Fortaleza conforme a cidade emergia como um complexo industrial e Logístico chegando a tornar-se a quarta maior cidade do Brasil segundo o último censo do IBGE de 2022 sendo assim surge a pergunta do por as pessoas estão abandonando Fortaleza nesse sentido é importante citar que a transição de Fortaleza para o século xxxi foi marcada pelo crescimento acelerado da cidade e pelo aumento da desigualdade social posto que desde a década de 30 a capital vem crescendo desordenadamente sem plano de controle adequado e mapeamento para novas áreas urbanas adjacentes que naturalmente favorecem a construção de casas em locais irregulares e de difícil acesso exacerbando do aumento da favelização como resultado hoje Fortaleza detém o terceiro maior número de favelas e comunidades urbanas do país segundo o IBGE com dados apontando que mais de 660.

000 pessoas vivem nessas condições em toda a capital e região metropolitana aliado a isso nas últimas duas décadas a especulação imobiliária nas regiões centrais de Fortaleza tem contribuído para o aumento das Comunidades periféricas a falta de de moradias acessíveis e o alto custo de vida forçaram muitas pessoas a viver nas margens da Capital em 2023 a cidade registrou o terceiro maior aumento do preço do aluguel entre as capitais brasileiras tornando o setor imobiliário e hoteleiro menos acessível sem alternativas a população passou a ocupar áreas irregulares somado a essa dificuldade a ausência de políticas públicas eficientes para conter o crescimento das favelas e oferecer infraestrutura básica contribuiu para a precarização dessas áreas com muitas pessoas vivendo em moradias sem acesso a saneamento básico por exemplo esse fato também é intensificado pelo déficit Habitacional da cidade que em Outubro de 2024 havia atingido mais de 100. 000 moradias em virtude disso não surpreende que Fortaleza tenha encolhido 1,25% desde 2010 O que representa ent uma perda de 23. 000 habitantes na última década e sendo o município cearense que mais perdeu habitantes em números absolutos posto que além da falta de moradias existe ainda a percepção de que a capital não entrega qualidade de vida e segurança suficiente para a população a qual vem sofrendo com altos índices de violência sendo a nona capital mais violenta do país esse problema de Fortaleza se origina tanto pelo aumento desenfreado de comunidades marginalizadas e sem acesso à instrução e qualificação profissional como pela ausência do estado no fornecimento desses mesmos instrumentos que preparam as pessoas para entrarem no mercado logo não é de se estranhar que as áreas periféricas de Fortaleza sejam o quintal estratégico na disputa entre facções que enxergam esses locais como ponto para a distribuição e venda de drogas intensificando o crime e a violência incluso a esse desafio existe ainda um cenário alarmante de pobreza com Fortaleza atingindo o pior cenário de pobreza dos últimos 10 anos com até 1 milhão e meio de pessoas vivendo com até R 465 por mês se tornando a terceira capital mais desigual do Nordeste atrás apenas de Recife e Maceió haja Vista que o desemprego e a falta de trabalhos formais tem sido um dos principais motores do crescimento da pobreza na cidade principalmente com a pandemia e a falência de diversos estabelecimentos essa questão levou a uma onda de demissões que naturalmente são refletidas no definhamento da renda média da capital cearense que caiu para o menor patamar em 10 anos dado que a renda média familiar em Fortaleza e na região metropolitana chegou a r 12.