Introdução a DAVID HARVEY — Aula #1: Uma visão marxista do espaço urbano | RAQUEL ROLNIK

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TV Boitempo
Damos início hoje à publicação das gravações completas do CURSO DE INTRODUÇÃO À OBRA DE DAVID HARVEY...
Video Transcript:
Oi boa tarde pessoal é um prazer estar aqui com vocês eu os acompanharei até a sexta feira só uma previsto introdução é eu tenho impressão que a presença de um público tão expressivo numa Manhã quase manhã de dia de semana para debater a obra de um estudioso marxista sobre o direito à cidade tem um certo sentido político um certo sentido de contraposição a um cenário que não é dos mais difícil dos mais fáceis e do ponto de vista político talvez a gente esteja vivendo no Brasil um período de desencanto com a política um período de
igualamento dos programas das alternativas políticas de governo uns período de ajuste fiscal um período em que parece surgir um cenário muito semelhante ao que os europeus vivem há muito tempo que a caracterizado por alguns autores como sequestro da política falta de alternativas concretas embora haja disputa pelo poder não há disputa de projetos disputa de ideias acompanhado disso temos sinais de um conservadorismo muito grande e sinais de uma contra reforma política no Congresso Nacional sinais do ponto de vista dos costumes a tentativa de aprovar também no Congresso Nacional por exemplo um projeto de lei que considera
a família unicamente a união de um homem e de uma mulher os outros outros retrocessos e ao mesmo tempo nós temos estava participando outro dia de uma outra atividade da boitempo com uma presença surpreendente o lançamento de um livros que tenta fazer uma interpretação psicanalítica da sociedade brasileira do Christian dunker também uma plateia muito numerosa a um desejo de pertencimento um desejo de encontrar soluções para crise a um desejo de encontrar alternativas que não estão dadas pelo instituído esse fenômeno não é um fenômeno brasileiro apenas nós vivemos nos últimos anos inclusive nas metrópoles nas grandes
cidades do mundo um conjunto de revoltas de revoltas muito com muita participação da Juventude alguns fenômenos institucionais inclusive novos é a vitória do syriza na Grécia ao surgimento de a formação partir do movimento na Espanha o podemos tivemos as eleições na Turquia neste fim de semana com o surgimento de uma alternativa a posição islâmica mais conservador uma alternativa inclusive que reúne uma minoria nacional que são os cursos junto com marxistas com feministas com ambientalista chegando ao congresso nacional isso é é é muito significativo e é muito significativo também para terminar esta breve introdução que esse
movimento de reflexão se concentre no tema como o direito à cidade a Raquel vai falar em seguida sobre a construção de uma visão marxista do espaço urbano acho muito emblemático porque a primeira experiência marxista ou as Primeiras Experiências é que se diziam identificadas com o Marxismo no século passado não foram muito felizes na e felicidades alternativas de cidades transformadoras de cidades menos alienados um exemplo claro talvez emblemático tenha sido a cidade de Berlim a cidade onde o capitalismo conquistou sua seu Triunfo provisório em 1989 com a queda do muro onde havia uma cidade florescente num
certo sentido alternativa do lado ocidental não tão atingida pela especulação imobiliária naquele momento que se deu a queda do muro onde havia resquícios de um estado de bem-estar social muito importante e do lado oriental uma cidade cinzenta com prédios monótonos com polícia política isso há 25 anos é muito significativo que esse Panorama tenha se alterado é que David Harvey um estudioso das cidades mais um estudioso também de um capital suas aulas sobre o capital devem ser vistas e vale muito a pena seja um estudioso considerado hoje e talvez a Raquel possa nos ajudar a refletir
sobre tanto o que mudou no mundo para que essa essa essa crítica ao capitalismo seja novamente considerada nós estejamos aqui para debater lá para fazer parte dela mas também não certo sentido que mudou nas concepções marxistas para que o direito à cidade que se tornasse mais enfatizado e começasse a surgir uma produção muito importante relacionada ao direito à cidade a Raquel dispensa Talvez para a maioria de vocês apresentações mas ela além de ser autora de uma vasta obra relacionada ao direito à cidade ela tem uma trajetória de participação ativa nos movimentos pelo direito à cidade
Ela é professora livre-docente a faculdade de arquitetura da USP ela foi até 2014 relatora das Nações Unidas para o direito à moradia digna e ao exercer essa função esse papel ela teve um uma atuação muito importante junto a outros movimentos sociais a diversos movimentos sociais no questionamento da forma como foi organizada a Copa do Mundo em 2014 e na própria construção dos comitês populares sobre a Copa de2014 eu paro por aqui a nossa dinâmica é muito simples nós começamos um pouco atrasados teremos 1:40 1:15 a Raquel vai falar por cerca de Gil de 40 minutos
vai dar aula dela por cerca de 40 minutos vocês vão poder tem muita gente as perguntas devem ser feitas por escrito tem algumas pessoas aqui e na plateia que talvez possam se identificar agora se não puderem agora poderão ser no decorrer da fala da Raquel identificadas para as quais vocês poderão entregar suas perguntas por escrito eu vou tentar sistematizá-las e a gente ter a meia hora para Raquel respondendo Muito obrigado de novo pela presença e com vocês a Raquel aqui o porto Oi boa tarde a todos a todos eu fiquei com uma missão né Muito
difícil uma missão de abrir o curso de introdução à Obra do Davi Davi e quando eu fui montar essa aula aqui que pensando por 11 por onde ir como como trabalhar com apresentar a questão Urbana para o rapaz que está presente numa quantidade enorme de livros e artigos e é vasta e e evidentemente eu tive que fazer algumas escolhas para poder focalizar e depois que eu fiz essas escolhas só que vocês entenderem um pouco o movimento dessa aula como que como eu montei essa aula eu acabei descobrindo depois que eu olhei a aula falei bom
gente mas isso não é dele Oi Raquel rolnik não é é é muito mais uma leitura minha sobre a questão Urbana inspirada pelo Ravi profunda nesse inspirada pela obra do raio e do que Planet uma apresentação da obra dele mas então eu vou tentar fazer isso apresentar essa leitura que é digamos a segunda parte da nossa aula aqui mas na primeira parte eu vou procurar traçar a trajetória do pensamento do raio é isso da cidade e localizar os livros os artigos e os momentos de infecção nessa trajetória porque eu imagino que um dos objetivos principais
aqui é ao introduzir essa obra apresentar referências para que vocês possam continuar sozinhos A reflexão procurando se aprofundar aqui e ali Além do mais nós vamos ter a enorme oportunidade de desenvolver nos próximos dias vários aspectos da Leitura marxista da sociedade e da economia política é que vai também ajudar a entender as questões que eu vou levantar hoje mais focalizados na questão de espaço da localização do território e no fundo a pergunta fundamental que eu me faço que não é a pergunta fundamental que raiva e se faz e vou diferenciar essas duas coisas é qual
é afinal de contas o papel do espaço do lugar do território na economia política das sociedades e das Nações eu digo economia política bom sociável os processos de produção Econômica mas também os acumulação capitalista mas também as lutas de classe e as várias formas de exercício do poder em bebidas nessas relações então a pergunta aquilo que Harvey vai perseguir ao longo da sua trajetória intelectual é na verdade construir uma teoria sobre a cidade é bom e que é muito importante porque o que a gente se pode ver na produção dos geógrafos mas também dos cientistas
sociais até a obra dele nesse sentido a obra é absolutamente ela é uma virada no estudo acadêmico sobre a questão Urbana existiram vários estudos inclusive e marxistas sobre a cidade trabalhando com questões com aspectos com temas bastantes importantes e relevantes mais uma teoria geral sobre as cidades no sentido de qual é o papel da urbanização no processo capitalista qual é o papel do espaço construído do ambiente construído no processo capitalista e isso era uma coisa que até então tava completamente fragmentada e que é o que o autor vai procurar sistematicamente e ao longo do desenvolvimento
da sua trajetória intelectual acadêmica essa trajetória intelectual e acadêmica vai começar ainda na Inglaterra Mais especificamente na escola de geografia de Cambridge e que é onde havia vai estudar e vai fazer também a sua primeira sua primeira pós-graduação e sua primeiros sua primeira produção de pesquisa e produção autoral e terminar um livro e vai vai consubstanciar essa primeira fase não livro que se chama explanations and geography não está traduzido para português e esse livro é explanation in geography ele é na verdade uma epistemologia da geografia é uma reflexão sobre os métodos e objetos da geografia
uma reflexão teórica um marxista né clássica completamente estruturada dentro do pensamento clássico e vou pedir para colocar o PowerPoint e agora vai ter que essa ginásticas passa pode ficar aqui e essa e essa esse primeiro trabalho portanto é um trabalho que não tem nada a ver com que vai acontecer depois embora já seja um exercício acadêmico e filosófico da mais alta qualidade mas a primeira grande mudança EA quando Harvey vai digamos transitar de uma visão clássica tradicional para uma visão marxista vai acontecer quando ele se muda para baltimor slide1 e ele se muda para Baltimore
em 68 para poder dar aula na John Hopkins University e último era isso em 68 tava vivendo um enorme momento de convulsão social de lutas urbanas nas o manual cê do civil rights Movement in Baltimore foi úmidos dos lugares onde estava acontecendo com muita força com componente absolutamente forte étnico né A Luta dos negros pelos seus direitos no caso de bautismo Essa é a marca de 68 nos Estados Unidos 68 vai significar várias coisas e várias lutas mais Baltimore especificamente é a luta é anti-racista antigo Gueto e é ali então que é inspirada pela convulsão
social e vão acontecer dois movimentos muito importantes na obra dele o primeiro é a dimensão o a pensar a questão a pensar a questão da luta de classes dos movimentos sociais da luta política da diferença de classe no espaço urbano e portanto a questão do Gueto e da segregação Residencial é a que vai puxar afinal de contas qual é o papel do Gueto Qual o papel da segregação Residencial Dom processo de produção e acumulação geral da Cidade ao mesmo tempo Baltimore também vai atravessar nos anos 70 um processo de reestruturação produtiva e vai ser profundamente
impactado por fechamento das Indústrias etc então é ali que vai começar uma conversão ao Marxismo e essa conversão Marxismo pode essa é a primeira expressão disso o primeiro livro que realmente isso vai aparecer é o social Justice in the City e o social Justice de siri que é essa primeira referência ele é muito interessante porque ele nesse livro vai mostrar claramente O que são as formulações liberais sobre a cidade e o que são as formulações marxista sobre a cidade para colocar as duas lado a lado de forma que o leitor possa comparar o movimento que
ele mesmo fez ao transitar de uma forma de ver a cidade para outra e e nesse livro não sou seu diz é de siri que ele vai começar a lançar algumas ideias básicas né É nesse livro Por exemplo em que ele vai discutir o processo de formação dos guetos É nesse livro que ele vai introduzir os estudos do mar um livro que ele vai introduzir pela primeira vez um elemento que nunca mais vai abandoná-lo e que ele vai acabar escrevendo esse enorme compêndio para poder dar tratos à bola que é discutir o papel da Terra
e da renda da terra e isso é uma coisa que vai ser bastante desenvolvida pela Mariana e pena Leda numa leitura mais pormenorizada desse exemplar do Livro dos limites ao capitão Mas ele já já coloca as avança e já levanta essa questão da terra da renda da terra já o papel da renda fundiária no processo de acumulação capitalista e sujava e ali também nesse Bozo nesse momento nós estamos falando aqui já no meado dos anos 70 início dos anos 80 em que vai começar não satisfeito e o que tinha andado no sou seu dizendo a
Siri vai começar a enorme pesquisa de leitura do Marx que vai ser consulta consubstanciada no livro Os Limites do Capital esse tá traduzido em português a que eu já pus a tradução pela boitempo e e quando ele vai fazer a pesquisa dos limites do Capital que vai é já estamos então nos anos 80 é esse momento o livro dele foi extremamente mal recebido pelos marxistas ortodoxos pela comunidade marxista tanto inglesa como norte-americana porque ele vai ser entrar é o livro na discussão exatamente das questões que sempre foram consideradas muito pouco relevantes pela tá o sistema
como por exemplo justamente as Finanças o crédito a renda da terra o capital fixo e ele precisaria trabalhar isso porque como é que a gente vai pensar na questão Urbana Se não pensarmos a questão da terra se não pensarmos a questão da extração de renda e seu papel se não pensarmos no que é o ambiente construído EA natureza do ambiente construído fixo fixado que são aspectos que sempre foram muito pouco desenvolvidos na literatura marxista por outro lado a própria experiência de vida de Baltimore e o encontro com os movimentos negros antirracista e pelos direitos civis
EA relação que isso se estabelecia em Baltimore com a religião na verdade a base do movimento the civil rights in Baltimore eram as igrejas negras E tu vai também levantar para o Raven uma outra um outro questionamento distanciando o seu pensamento do pensamento marxista clássico que pensa tudo a partir da famosa working Class A classe trabalhadora e o local de trabalho no caso ali o que que ele tava vendo e o que ele tava claramente configurando era uma luta de classes era uma luta Urbana mas não era uma luta de classes baseada no working working
Place né Ou seja no local de trabalho levantando outras questões como a questão do papel das lutas urbanas da vizinhança da política do cotidiano da questão das relações étnicas da questão uma série de questões que tá e Desafiando os marxistas naquele momento para largar né o pensamento em relação ao qual é o papel também dessas lutas e de e dessas disputas dentro do processo de circuito capitalista Ou seja a política da vida cotidiana e foi por conta do questionamento da dificuldade de interlocução com o mundo acadêmico anglo-saxão marxista absolutamente capturado naquele momento pela ortodoxia marxista
que ele resolve e para a França e para Paris e vai para França para encontrar lefevre castelos topalov retecer longe Kim eu tô falando os nomes né é quem é estudou a sua um marxista francesa dos anos 70 né eles eram os esses eram os nomes esses eram as referências Castelo estava exilado na França né da Espanha mas estava vivendo na França e você tem um círculo marxista naquele momento que é um círculo marxista voltado para a questão Urbana para discutir a questão Urbana para discutir a política da vida cotidiana que vai desenvolver de um
lado e aí a gente pega losique no topalov claramente são os caras que vão numa interlocução com Harvey pensar questão da renda fundiária e o papel da renda da terra e desenvolver Isso numa no trabalho né de interlocução com eles mas também e sobretudo com retenção com ele é ferro e com castells a questão dos movimentos sociais urbanos a questão dos equipamentos é a questão do papel da reprodução e de como o aparato institucional reprodutivo do Estado a que serve ele dentro de um processo de dominação e qual o papel dessas lutas e ali também
com lê Serra que é o David Harvey vai encontrar um espaço delimitado pelo direito à cidade embora a expressão direito à cidade naquele momento estava totalmente ausente da obra dele isso vai ser um movimento muito posterior mas esse encontro foi um encontro importantes para pensar questão do papel da reprodução social e esse foi Digamos um momento paralelo a desenvolver a pesquisa da leitura do Mar dos limites do Capital então paralelamente tem esse movimento na França mas quando ele Oi tá na França e a princípio foi para encontrar esses pensadores para conhecer o que eles estavam
fazendo e para poder trabalhar junto com eles algumas questões Na verdade ele foi esqueci expressão vou vou usar a expressão que ele mesmo usou numa entrevista que foi publicada pela New last New left review ele foi totalmente se capturado pela pesquisa histórico-geográfica sobre Paris EA pesquisa histórica é o que é digamos é o que depois vai configurado uma forma muito clara o que a gente poderia te chamar de materialismo histórico-geográfico materialismo histórico-geográfico como método de é de pesquisa que é o mergulho que ele vai fazer justamente em 1848 né a Paris de 1848 e que
vai dar fruto desse trabalho todo né vai dar no Paris capital da modernidade no capital of Modern se que agora está sendo lançada agora exatamente agora que pela boitempo em português o Paris capital da modernidade que só na verdade vai ser publicado em 2003 eu vou eu falei desse desse livro vocês vão entender porque que ele é muito importante e eu sempre achei esse livro completamente diferente de rosto os livros que ele tinha escrito e vamos entender porque é a primeira versão na verdade do país capital a cidade já foi publicada em 85 com um
livro que ensina Conchas nas and organic Spears no não tá aqui aonde é um primeiro ensaio de 50 60 páginas onde eles bossa alguma das ideias principais é do livro né É mas é e que esse ponto que eu quero chegar o encontro com a pesquisa sobre Paris vai significar não apenas o encontro com a pesquisa histórica porque é uma pesquisa nos arquivos porque é uma pesquisa na biblioteca uma pesquisa mas uma pesquisa que também vai trabalhar uma leitura da iconografia da época das representações que se fizeram naquele mesmo momento por escritores como o flor
Bear como eu fico e pintores como damier enfim EA produção artística contemporânea da Paris vai ser não apenas uma fonte de pesquisa mas principalmente uma fonte de Fascínio um Fascínio por uma dimensão da vida que vai além da economia e da produção material das coisas que eu que ele vai chamar sinteticamente da experiência Urbana e a experiência urbana é algo né e ele ele vai definir isso vou escrever nas suas próprias palavras é nós não vivemos somente no mundo material mas vivemos no mundo as imaginações nossos sonhos nossas concepções e nossas representações que mediam a
vivência dessa modernidade em formas Poderosas através de formas Poderosas então aí Vão entrar dois elementos que são muito importantes para entender como a construção da teoria sobre as cidades e eu vou falar disso para depois entrar mais pesado exatamente na visão marxista da cidade a partir do processo de acumulação mas as muito importante falar desse livro né um livro que Harvey foi voltando para esse tema e voltando para essa pesquisa e voltando para Paris durante duas décadas voltando e voltando e voltando pelo prazer de poder pensar uma experiência Urbana Oi tia além da própria questão
da materialidade da vida e da reprodução da vida e entrando evidentemente no campo da cultura no campo da representação no campo da Imaginação né E é claro que isso o Paris capital da modernidade cê vai é o que vai permitir ele escrever em 89 um livro que foi publicado aqui no Brasil e acho que foi dos livros dele o que mais vendeu e fez sucesso no Brasil até hoje que a condição da pós-modernidade é através da leitura da modernidade daquele momento naquela transição no pleno século 19 em Paris que ele vai escrever e publicar então
a condição é da pós-modernidade e A grande questão que ele vai trabalhar né e essa nesse nesse tema nesse livro e a última coisa que eu vou falar sobre esse tema esse livro para poder entrar na segunda parte da nossa aula é ele vai lutar o tempo inteiro durante esse livro com a ideia lutar contra ideia de que a modernidade é uma ruptura radical e em nome de uma visão dialética marxista que afirma que Qualquer mudança está presente hoje Nas condições de hoje que aquilo que será já é é aquilo que será já é e
que não a revolução nem mudança radical que não seja baseada sobre contradições presentes já hoje no presente e a pesquisa dele esse trabalho foi procurar nos indícios pré 1848 Paris as raízes das mudanças radicais que vão acontecer na França nesse período que é exatamente a emergência de uma modernidade não só modernidade como técnico como técnica modernidade no sentido de uma ruptura Técnica das condições de produção mas também a ideia de emergência de uma nova sensibilidade a sensibilidade do homem moderno e é isso essa pesquisa que tá é aqui eu vou fazer uma espécie de parada
aqui o recorte aqui para poder usar o nosso tempo agora para poder mostrar de forma aplicada e não pura em cima da leitura do texto O que seria em termos da presença em vários textos que vão aparecer a partir dali de um quadro teórico do que que é urbano sobre a ordem capitalista pode seguir bom então muito do que eu vou falar aqui tá presente no nesse livro aqui orgânico inspirations Esse é um livro de 89 também que vai digamos nele estão presentes as e básicas de desenvolvimento dessa teoria do urbano já tendo e feito
um trabalho grande de leitura do Max e já tendo vivido a experiência de pesquisa histórico-geográfica de pares então ele já é uma espécie de síntese disso que a meu ver inaugura a partir dos anos 90 aí uma espécie de explosão de um pensamento e de uma teoria sobre a cidade Então quais são os temas que vão tá no organics irmãs vão tar o tema da organização do Capital o tema do processo Urbano capitalista o tema da renda da Terra no capitalismo da estrutura de classes EA relação disso com a diferenciação Residencial a famosa história do
Gueto o papel da política Urbana nas o grafia do desenvolvimento capitalista desigual né dinheiro tempo espaço e se dá o adolescente da relação entre né espaço tempo e capital financeiro e vai tá aqui também um um ensaio esse diretamente se também vinculado ao Paris capital da modernidade que é um monumento e mito a construção da Basílica de sacré-coeur aonde é muito importante porque no conjunto desses artigos a gente vai ver o desenvolvimento da de uma leitura absolutamente material que tem a ver com o processo produtivo acumulação circulação e apropriação do excedente distribuição de excedente mais-valia
exploração mas está presente também as dimensões simbólicas EA construção simbólica do poder e esse ensaio da Basílica de sacré-coeur ela vai dar a chave né para se entrar e essa é outra dimensão pode seguir o slide por favor bom então aqui a gente vai entrar mais no Hardcore aqui da teoria marxista como é que a gente vai explicar a cidade a partir dali É e pensar Qual é o lugar do espaço construído né então bom esse quadro não tem um negócio para apontar então é basicamente pensar né você tem como é que se dá o
processo de produção capitalistas isso aí é tipo ba né como dar o processo de produção capitalista e das mais-valias né organização técnica e social do Processo Trabalho as mudanças na organização técnica e social que vão gerar a possibilidade de produção de mais-valias de valores e e mais-valias isso vai os salários né que vão para força de Oi e a mobilização permanente de um exército de reserva que é o que permite que você tenha uma força de trabalho disponível para trabalhar e sobre elas extraída essa essa mais-valia né mas aqui também vão aparecendo as condições morais
históricas e culturais que afeta afetam as quantidades qualidades e necessidades da força de trabalho porque não se trata apenas da existência de indivíduos trabalhadores se trata também do adestramento da formação do indivíduo disciplinado da organização e da submissão do trabalho para que isso possa sempre a da capacidade produtiva vai para o próximo próximo Isso é o que aqui a gente vai ver também já vão aparecer outras dimensões e esse processo produtivo os meios de produção né que são absolutamente necessários para que essa mais-valia EA exploração da força de trabalho possa acontecer propriedade dos meios de
produção Mas por outro lado se de um lado é necessário uma força de trabalho para Que ela possa ela possa estar presentes Opa arrumei um Pointer emprestado legal obrigada você tenha a necessidade também da reprodução da força de trabalho né a reprodução da força de trabalho é um elemento fundamental em todo esse processo aí já vamos por aí começar a entrar numa das dimensões urbanas não é possível ter uma força de trabalho se ela não está concentrada num determinado lugar se ela não tá disponível bom para trabalhar e daí os meios de transportes meses de
localização se ela não tem condições básicas de reproduzir e dali usa equipamentos é de poder os equipamentos sociais vão fazer essa missão pode para o próximo e aí nós vamos chegar nesse quadro é um quadro que está reproduzido Aqui é do orgânico Spears mas esse quadro também tá no livro Os Limites do Capital dá para ver a descrição desse quadro esse quadro eu não vou desenvolver muito a leitura desse quadro mas ele é importante aqui porque eu falei tudo isso para poder chegar e naquele elemento que nos ajuda a entender esse é o papel do
espaço dentro da produção bom de um lado a gente tem é o capital fixo né que são o ambiente construído né aqui Aqui nós estamos falando da produção a produção para poder acontecer Ela precisa é de crédito que é uma antecipação do processo produtivo um pouco em função da própria alimentação capitalista que não tem disponível já os recursos decorrentes da vende da circulação no tempo e na quantidade necessária em tempo de poder e investir para continuar então crédito ele vai entrar para poder disponibilizar isso e por isso né a partir do crédito da criação do
dinheiro Vocês também vão ver isso melhor nas outras aulas você vai constituir um mercado de capitais o e intermediário e por outro lado na produção de valores na produção de mais-valias ela vai que vai ser incrementada pela produtividade do trabalho que aumenta que melhora na medida que você investe em determinado Os Capitais fixos por exemplo em Sistemas de transportes que possam levar e trazer mercadorias e trabalhador então ele é essencial inclusive para produzir mais valor isso vai gerar um capital monetário excedente ou seja um capital monetário que não é imediatamente revestido investido na própria produção
e esse Capital monetário excedente vai para o mercado de capitais né alimentar esse Capital fictício que na verdade captura uma parte da produção das sociedades uma a produção da mais-valia é capturada e fica circulando ali nesse mercado de capitais esse mercado de capitais também vai financiar os fundos de consumo né Ou seja a compra né dos objetos a compra do ambiente construído a o financiamento da construção do ambiente construído também também ali vai ser fundamental EA partir né o mercado do capital é esse fundo de consumo também e o próprio consumo de mercadorias é reprodução
da força de trabalho vai gerando poupanças que também alimentam esse mercado de Capital aqui também é esse mercado excedente pode seguir é a questão aqui né É É e o que a partir daqui o que nós vamos pensar em trabalhar é como é por isso que eu coloquei esse slide e numa tensão como é que o espaço vai entrar dentro desse quadro numa tensão entre apropriação do lugar para as necessidades humanas básicas é o lugar como local de reprodução básica da vida né versos o ops não isso não é um poeta dizer coisa pode pode
passar para o próximo slide o Ou o lugar a construção do lugar para fazer a renda por um capital excedente investido poder se reproduzir e valorizar Então o que a gente está vendo aqui nessa imagem embora pareça o mesmo lugar é Chicago e Dubai duas paisagens dois ambientes construídos por oposição ao slide anterior que não foram não são e não serão construídos para que ali possam se desenrolar e atender as necessidades humanas de viver de curtir de comer de crescer mas que são construídos única e exclusivamente para poder extrair renda e gerar renda e extrair
renda para um Capitão excedentes dali o quadro que a gente mostrou anteriormente esse Capital excedente hoje globalizado fica pairando sobre o planeta como uma espécie de nuvem escura e aí ele ele encontra no território formas né de se fixar em objetos que sejam capazes de gerar mais renda e mais remuneração para o capital no processo que o ravi' chama de campão the growd que é crescimento exponencial esse a ideia do Campo Grande está presente no livro as 17 contradições que também a boitempo tá lançando agora o seventeen contradições a 17 contradições uma das contradições é
que o capital financeiro necessita uma remuneração exponencial todo mundo que tem ali qualquer aplicação na poupança sabe disso é juro sobre juro sobre juro por isso que ela é exponencial Então como você vai conseguir fazer com que os investimentos gerem uma rentabilidade para remunerar aquela taxa de juros exponencial de todos os capitais investidos E aí essa paisagem aqui ela é um pouquinho de excedente do petrodólar dos xeiques do petróleo com um pouquinho de excedente das fábricas de quinquilharias chinesa com um pouquinho de excedente do próprio das nossas poupanças né com mais os fundos de pensão
enfim os excedentes mais coletivos né dos e é por isso pode-se para o próximo é né o extenso o lugar a localização ao território ele é uma base ela é uma Fundação Para o processo que as ela só vai se dar no espaço é no território que ela vai se dar mas é o mesmo tempo é um bem financeiro o espaço construído a partir do momento que ele permite capturar uma parte descendente através da renda ele a extração de renda então ele tem essa relação da renda fundiária com o capital fictício mais isso só é
possível em função da absolutização da propriedade privada a propriedade privada como forma de relação dos indivíduos com território ela é totalmente conectada e totalmente articulada a essa lógica na medida em que ela que ela permite fraciona é na medida em que ela permite a relação entre a própria propriedade e o capital fictício que a representa como são por exemplos fundos imobiliários na medida em que ela trabalha numa linguagem Universal da matemática e das Finanças que não tem nada a ver com as linguagens culturais específicas das diversas formas que existem no planeta de ocupar um território
com relações de valor totalmente diferentes dessa matemática que é a matemática das Finanças é usando aqui para a frase Ando flobé num dos textos do David Harvey ele fala que a propriedades e foi acionada ao ao nível de religião né e é passou a a ser indistinguir Lda e isso é uma frase do felbarr na educação sentimental mostrando a importância da propriedade privada como forma única hegemônica de relação dos indivíduos com território e a relação dessa propriedade é e função exatamente do Poder de monopólio da exclusividade né então vamos lá pode ir para o próximo
já vamos para aqui é esse Capital que esse Capital quiser essa renda ele rende de juros mas ele não produz o valor mas ele ajuda a coordenar a produção do valor excedente então ele é absolutamente fundamental no circuito da acumulação sem produzir nada captura uma parte mas não é produz né na verdade a terra e o trabalhador é que são os Mananciais de toda é a riqueza e eu vou usar agora algumas animações que eu tirei de aulas ilustradas do próprio Harvey que foram feitas por alguns de seus alunos e desenvolver um pouco porque que
é tão importante a dominação territorial ou seja o elemento chave como eu coloquei na terra é no lugar que é possível produzir é no lugar e a partir da propriedade do domínio sobre o lugar que é possível capturar a renda daquele lugar né Isso é definido pela propriedade mas nós estamos falando não numa sociedade é perfeita harmônica mas nós estamos falando em um dos elementos fundamentais do capitalismo que a competição então estar num lugar é absolutamente em geral para definir os termos da competição dependendo aonde você tá suas condições de competir são totalmente diferentes isso
empiricamente quem mora em Cidade Tiradentes ou nos Jardins em São Paulo sabe muito bem do que eu tô falando a partir de um lugar você tem uma condição de acesso a bens de acesso a apropriação de bens coletivos completamente diferentes mas para o capitalista para o processo de acumulação O lugar é a dominação territorial é um elemento fundamental pode seguir oi oi próxima é muito bem então como se resolve a competição pelo lugar e as crises periódicas que o capitalismo tem E essas crises periódicas Elas vão vir de várias razões Você pode ter por exemplo
uma crise de falta de mão de obra não tem mão de obra como é que você resolve uma crise de falta de mão de obra você resolve gerando mão de obra né Você pode gerar mão de obra por exemplo jogando a tua produção na china onde está sobrando mão de obra no preço barato e com isso você resolve o problema então é na expansão territorial uma forma de expansão territorial que você vai resolver esse é o exemplo clássico da crise de mão de obra na Inglaterra nos anos 80 resolvida através do offshore na China pode
a próxima né ou essa o sono também de clássica a expansão das Fronteiras como o processo de resolução é de crises ou seja diante de problemas por exemplo inelasticidade do mercado você tá ali vendendo por um determinado mercado todo mundo ali naquele mercado Já comprou até a tua mercadoria como é que você vai fazer para vender mais você vai expandir as fronteiras desse mercado e você pode expandir as fronteiras desse mercado desde aí tem toda uma discussão em uma teoria sobre o imperialismo né Você pode expandir essas fronteiras tanto dominando um outro território e submetendo
esse outro território ou você pode expandir as fronteiras desse mercado através da expansão dos tratados comerciais e da penetração desse mercado e o alargamento a Oi e o alargamento dessas fronteiras né Ele é também uma das formas mais importantes de resolução dessas crises pode seguir e aqui eu vou dar algum exemplo que uma das formas tanto de resolver o problema de crises de mão de obra como também de alargamento de Fronteira é avançar sobre territórios que se organizam os organizava vão em outras ordens e outros subsistema mas produzindo reconfigurações muito radicais então Aqui nós temos
uma imagem da ideia de uma aldeia cycling no Pará né que é vai ser atingida pode ir para a próxima e pelas obras da usina de Belo Monte a obra da usina de Belo Monte é claramente um alargamento territorial de uma fronteira de ordem capitalista conquistando um território que não estava estruturado sobre estritamente as relações de propriedade privada estava estruturado sobre outras ordens inclusive mas não exclusivamente com comunidades indígenas e que passam então a serem integrados a Essa ordem essa pode seguir e a partir dessa definição então quê que a gente está vendo aqui é
o alargamento de fronteiras Belo Monte é assenta essas populações aonde na minha casa minha vida ali do lado de Altamira no Pará isso implica na reconstrução de um espaço construído mas nós não estamos falando só de um espaço construído mas não a pensar radical da relação das pessoas com o território quando ela sai daquela configuração de elas estavam e vão para os containers depósito de gente do programa desse programa é Habitacional essa imagem São re assentamentos no Pará e no Maranhão em função de grandes obras de infraestrutura pode seguir mas também e para entender esse
conceito ele é o último conceito que a gente vai trabalhar para poder desenvolver nossa e tem mais uns 15 pra ter meia hora para o e vamos ficar mais tempo propriedade privada é isso a gente a culpa é essa esse conceito de Station secos então a ideia do alagamento territorial da fronteira que são dois conceitos básicos presentes conseguir mostrar a centralidade da questão de espaço construído né nessa nesse processo de acumulação peixe ou fixo interessante é que essa a palavra Six em inglês tem um duplo sentido ela é fixar né mas ela é consertar também
consertar um negócio também fala to Fix então o especial Fix é é exatamente o mecanismo através da qual através do qual diante de uma crise de super acumula o superacumulação é capital excedente né voando sem ter para onde se reinvestir que o que é o que cada vez mais a gente tem inforsam do campão Grosso em função do crescimento exponencial do Capital fictício né no mercado de capitais principalmente hoje na nossa era financeira da financeirização então uma das grandes resoluções da crise de superacumulação é não tem dois duas estratégias maravilhosas para crise de superacumulação um
é fazer uma guerra destruir tudo destruir gente e aí tem que construir tudo de novo e a outra é construir uma cidade bom é construir ou transformar uma cidade porque porque o ambiente construído primeiro permite absorver o capital acidentes então tem gastar muito para construir aquilo né e absorve o capital excedente e portanto resolve a crise de superacumulação fixa cristaliza congela interrompe né aquele movimento e ao mesmo tempo revolucionando os meios de produção e portanto aumenta a produtividade e por e portanto permite ganhar escala novamente no processo de produção né É Para Isso o estado
absolutamente central e eu vou entrar aqui porque sem Estado né não há possibilidade de uma espécie o fluxo especial Fix é coordenado e conduzido pelo Estado é é E ai coordenar conduzir essas obras é de infraestrutura e o que está colocado aqui no tempo mas para que eu vou dar um exemplo por vocês que para nós vai ficar super Claro para que você possa fazer as novas infra-estruturas precisa desvalorizar as antigas então é o que a gente chama de distribuidora destruição criadora Creative Destruction né Não Basta fazer novo você tem que destruir o velho o
exemplo para nós mais fácil a história da Nossa Rede Ferroviária e nós acabamos com ela deixamos tudo no osso né para poder chegar com paradigma rodoviária lista das estradas é e do transporte sobre pneus que vai abrir o espaço para indústria automobilística que vai enfim provocar toda uma transformação do espaço construído Esse é um exemplo clássico então é necessário são dois mecanismos básicos para largar a fronteira e o território um é conquistam Território que não estava submetido ao capital é né E hoje isso tá sei lá nas montanhas do Nepal na última Ilha da Indonésia
né isso já vai alargando alargando a largando através do planeta e gerando ao mesmo tempo em que lojas gerando uma mão de obra que vai migrar para a cidade que vai ser um exército industrial de reserva que vai estar disponível para trabalhar e ser imobilizada hoje numa escala Global né esses migrantes hoje mesmo um navio enorme os africanos foi capturado na Itália e e são processos que tem a ver com cercamento ali na África e essa é uma das formas EA outra forma você destrói o que já tá construído e reconstrói você torna obsoleto destrói
e então as formas revitalização já ouviram né o negócio da revitalização tem a ver exatamente com isso com você a constituir um lugar classicamente aqui né você pega o bairro de Santa Efigênia o mais antigo de São Paulo diz mais tradicionais São Paulo ele vira Cracolândia E aí a cracolândia precisa ser destruída para poder tornar a viver de outra forma vamos lá próxima então a desvalorização faz parte desse processo claro que a Paris de house Mariana ela é um exemplo clássico né do especial Flex né você tinha isso é uma imagem de Paris pré House
uma pode planta continuar a Paris i hausmann a destruição de Paris EA reconstrução de Paris e no livro Paris capital da modernidade e isso vai aparecer não apenas como um processo mais físico material dos peixes fixo da crise de superacumulação etc que estava colocada nesse lugar mas tá e numa dimensão simbólica porque está presente no espaço também a forma não é inocentes a forma como esse espaço é construída a escala né então nós estamos falando do império né O Novo Império francês EA escala que ele vai assumir em importância que isso vai ter na afirmação
desse novo poder que se constitui no pode seguir a destruição e os bulevares novos pode seguir e na e é aqui lembrando que ali dentro daquele espaço também as barricadas da Comuna de Paris então nós estamos falando de um processo de enfrentamento de lutas sociais e resistência e ao mesmo tempo nós estamos falando de um processo político de poder de conquista territorial que permita colocar em movimento a máquina do crescimento né a máquina de do desenvolvimento do crescimento para isso pode ser próxima e o aparato do estado é essencial e não tem House sem todo
o aparato repressivo que a guarda nacional fez em Paris para poder desconstituir as revoltas populares que se estabeleceram naquele momento isso é E aí a primeiro elemento o presente do estado é o controle da força militar o controle da força militar para dentro e para fora o controle da força militar na Perspectiva imperialista do alargamento de fronteiras e os Estados Unidos é um exemplo de como o aparato militar ligado ao Complexo industrial-militar poderoso para manter né o processo de crescimento daquele país é também responsável por ih né ampliando as fronteiras mas também para dentro para
poder submeter todo tipo de resistência de revolta tanto ao processo é de dominação de submissão de espoliação porque no fundo se trata de tirar distrair os ativos territoriais das maiorias para poder submetê-la a uma outra ordem né então a repressão é bastante importante para impor o controle pode seguir e aqui uma imagem de remoções no cambogia as remoções relação uma imagem bem as que precisa e cristalinas isso que eu tô falando né a remoção se trata simultaneamente de conquistar um território aquele lugar de dominá-los outra ponto de vista de submeter quem tá ali de impedir
que aquela forma de relação com o território continue prevalecendo que não é uma forma de propriedade privada individual registrada etc né Ela faz isso E para isso se mobiliza o aparato militar na violência policial pode seguir e a e na verdade já no momento que nós estamos falando de globalização em que esses fluxos Eles já são planetários né A Estratégia urbanística é uma estratégia de atração desse capital excedente oferecendo para ele territórios novos que é esse que aquele quer ocupar isso que ocupa isso com aquilo o outro então venha né venha e venha com as
suas formas e suas formas ligadas as possibilidades maiores de extração de renda pode seguir Aqui nós temos uma imagem muito clara disso em São Paulo né ali na região das águas espraiadas a Ponte Estaiada que essa frente expansão do Capital corporativo sobre uma região que antes estava ocupada cê e pode seguir então é a ideia né básica é é que o processo de construção da cidade tagueado né pela por esse movimento e por essa forma de conduzir o processo Urbano pode seguir não é pra terminar não é apenas eu coloquei aqui uma imagem do subúrbio
norte-americano e eu vou terminar falando um pouquinho sobre habitação porque quando a gente se vai pensar no papel do estado né Nós temos que pensar é o estado ele ele vai colocar a serviço dessa lógica uma lógica impressora Mas também ele vai ter um papel muito importante de coordenação de regulação né É ele que vai dizer definir formas permitidas e proibidas de ocupar o espaço planejamento Urbano é absolutamente claro né o papel que ele tem para você dizer de quem vai ser esse lugar de acordo com aquilo que você vai definir qual é a forma
de ocupação desse lugar se já disse e vai ser de onde sai né pra quem que vai para o que que vai então ele tem um papel muito importante na regulação também na coordenação ele tem um papel fundamental na disponibilização das terras públicas e dos Fundos públicos porque o estado captura uma parte da mais-valia profundo público e é esse fundo público que vai por exemplo ser investido na chamada gestão do Social educação saúde presídio Sanatório hospício é espaço público enfim e a definição de para onde vai o quanto de cada coisa é absolutamente na mão
do Estado aparatos assistencial o aparato jurídico né da Lei os investimentos públicos é também mas é a gente é esquecer que tudo isso que eu acabei de falar é de uma forma totalmente genérica e abstrata tá profundamente inscrito na especificidade dos atores presentes nestes frontes Então embora e é tudo igual só muda o endereço Mas muda completamente a forma através da qual esse processo se dá e os desfechos e os perdedores e os ganhadores e as quantidades EA maneira Como isso acontece da profundamente embebido na economia política de cada lugar é um processo multi-escalar então
nós estamos falando de um processo que hoje tem players globais e transnacionais corporativos né Por causa da Copa é muito claro como você tem alguns players nessa escala mas você também tem players regionais você também tem players locais do Poder local e isso tudo é da presente e nós não estamos falando de uma economia mas nós estamos falando de uma economia política e pensando a questão do ponto de vista de bom eu vou terminar falando sobre moradia por quê Porque o Subúrbio norte-americano que é uma forma de estruturação do espaço corresponde simultaneamente a uma forma
desocupação do lugar a um modelo de vida a casa unifamiliar com uma família na casa a mulher papel do homem papel da mulher a forma como essa família se estrutura naquele lugar o modelo né que é o modelo da propriedade privada individual reproduzida e ele é um elemento Central nas o grafia da acumulação capitalista porque nós estamos falando setenta por cento do Espaço das cidades que é o espaço residencial em médio né Nós estamos falando de uma coisa muito significativa as formas moral mas ele é um bom então na Constituição político-territorial na vida cotidiana dos
indivíduos e das famílias ele desenha a cidade mas desenha né naquilo que a gente se pode chamar da subjetividade da vida naquele lugar aquela forma de vida aquela forma de organização vamos seguir nos Estados Unidos a simbologia do subúrbio de classe média Branca né É contra a Ponte foi historicamente o contraponto ao gueto do lado direito a gente tem um cartaz da house em Out Of It as autoridades de habitação norte-americana mostrando flan Bridge crime né ou seja de que a vida nesses guetos a vida nesses prédios centrais tá diretamente relacionada à Oi e a
criminalidade e portanto a estigmatizada e portanto é considerada a menos pior e portanto é abandonada e aí pode seguir você a isso se associa uma política concreta Habitacional que sobretudo a partir dos final dos anos 70 diminui radicalmente os recursos disponíveis para e essa curva diminui os recursos disponíveis para investimento em habitação social em conjuntos habitacionais públicos e aumenta exponencialmente os recursos disponíveis através de isenção fiscal para a construção da casa própria nos subúrbios dessa forma você tá articulando também como você usa o fundo público o que tipo C se você promove Qual é o
processo de produção desse produto Mas qual é as também a subjetividade presente nessa ideia da família isolada no lote da família unifamiliar e ao mesmo tempo também isso vai dialogar com o modelo de cidade do automóvel das vias expressas das rodovias pouco densa que é um elemento estruturador da máquina de crescimento pode seguir é isso que eu queria falar para vocês vamos ver se a gente consegue aproveitar esse tempo para questões e de novo dizendo para vocês que são uma interpretação bem livre da obra do Ravi é muito obrigado Raquel e infelizmente nós teremos até
as três e quinze para o debate de hoje e amanhã conversaremos mais cedo e teremos mais tempo para o debate as perguntas podem ser feitas por escrita por escrito para o pessoal da produção as pessoas de preto que estão aqui circulando pelo auditório eu começaria a fazendo uma pergunta para Raquel que tem a ver com desafio da gente passar da destruição criativa para construção destruidora que foi o tema de outro seminário aqui da boitempo no ano passado a criação destruidora de que falava o Max porque a gente tem visto um conjunto de lutas muito importantes
nas cidades brasileiras em defesa do espaço público contra o sacrossanto direito à propriedade privada de que dizia a Raquel Então temos aqui em São Paulo a luta pela preservação do espaço Augusta do Parque Augusta temos a luta pelo hoje tem Recife que teve mobilizações essa semana em Porto Alegre em Belo Horizonte nós temos no outra vertente da Luta pelo Direito à cidade o Movimento Passe Livre se espalhando por várias cidades em defesa da desmercantilização do transporte mas para que essas lutas possam ter um sentido mais geral mais Universal talvez falte um projeto de reforma Urbana
um projeto em que a sociedade diga que a cidade não é mercadoria que o direito à propriedade na cidade precisa restringido para que a cidade seja mais humano e que inclua medidas como por exemplo mtst tem levantado o tabelamento ou congelamento dos aluguéis Impostos sobre as transações imobiliárias para inibir a especulação imobiliária restrição muito mais Severa uso do automóvel o mesmo pedágios urbanos e tudo isso revertido para habitação social para um ano segregadas para transporte de excelente qualidade e preço reduzido de preferência grátis então que políticas você vê hoje Raquel que poderiam inverter essa situação
de destruição humana das cidades de colonização das cidades pelo capital e começar a construir Talvez seja um dos um dos caminhos para superar esse esse impasse brasileiro começar a construir projetos de sociedade projeto de intervenção do estado inclusive que não sejam pré favorecer o capital mais que sejam para quebrar a criação destrutiva destruir a lógica do Império da propriedade privada e vamos lá começar bom acho que essa tua questão e remédio na questão histórica né foi construído uma Utopia da reforma Urbana aqui no Brasil nós vivemos essa experiência essa Utopia da reforma Urbana foi construída
a partir das lutas sociais do final dos anos 70 ao longo dos anos 80 em bebidas na luta como uma das Vertentes das lutas pela redemocratização do país e elas tinham uma digamos elas estavam baseadas naquele momento numa espécie de tripé o que de um lado é o reconhecimento dos direitos dos assentamentos populares de poderem não apenas continuaram de estavam mas ser objeto de investimentos e políticas públicas no sentido de integrá-los definitivamente as cidades acabando com uma situação de ambiguidade se eles fazem parte da cidade ou não e e transformando seus moradores em objetos de
pleno direito né aí fazer parte da cidade ou não segundo elemento dessa desse tripé é a ideia né é da função social da cidade da propriedades ou seja de que a melhor forma de usar um espaço tem que ser definida a partir de as cidades públicas e coletivas que a cidade tem e não a partir desse processo que eu acabei de mencionar que que é a definição de Economia clássica urbana é o raiz and best House ou seja a melhor forma de usar o espaço é aquela forma que vai gerar mais renda fundiária de remuneração
para o capital investido que aqui definir uso dos espaços e não as necessidades humanas de moradia de parques de espaços públicos de espaços de circulação etc e finalmente a terceira que é a ideia da radicalização democrática Ou seja a ideia da Participação Popular na definição das políticas públicas entendendo que essa cidade não é a todos por que seu destino é definido não por todos A maioria tá excluída do processo decisório do destino da cidade então a ideia da Participação Popular Resumindo uma história complexa da trajetória da reforma Urbana nessas últimas décadas ela durante os anos
80 coincidiu com um processo de construção das bases políticas de novos partidos que emergiram naquele momento como o PT o PC do B partes do PSB que abraçaram essas Bandeiras e que de fato nos anos 80 e 90 experimentaram pontualmente na cidade Inclusive a proposta da tarifa zero do seu grego está inserida numa dessas experiências que sua gestão Luiza erundina em São Paulo e a gente pode dar várias a experimentar um orçamento participativo de Porto Alegre fim concretamente essas políticas e essas linhas entretanto os anos 90 também representaram entrada no Brasil contudo da política neoliberal
e das faltas e políticas urbanas neoliberais que ao final dos anos 90 e início da Primeira década dos anos 2000 já na era do Triunfo institucional e político do partido dos trabalhadores e seus aliados se transformou na política hegemônica e dominante e essa pauta essa pauta digamos se diz constituiu dentro desse Campo político e eu falei tudo isso para dizer primeiro vamos lendários ensinamentos históricos né mas tem uma história de luta pela reforma Urbana né E essa história de luta pela reforma Urbana ela não é propriedade de nenhum partido ela é propriedade daqueles que continuam
acreditando na função social da cidade no reconhecimento de direitos de todos e portanto os e me parece que ela ganhou uma atualidade e um alargamento em relação ao que ela foi nos anos 70 e nos anos 80 Principalmente nos anos 80 com novos atores com novos movimentos por exemplo você citou alguns as lutas pela espaço público que a gente pode identificar com as lutas pelos commons a ideia do que você tem um espaço comum que ele não é privado e não é de estado e ele é comum ele é de todos ele é do cidadão
não é propriedades privadas do Estado né nem então a ideia dos espaços públicos como Estelita como o parque Augusta vai nessa linha a luta do ciclo ativistas por novas formas de circulação lado também me parece que ressoa com várias dessas questões lutando contra o espaço roubado pelos automóveis né e pela ideia de uma nova relação do corpo com a cidade assim como novas formas de ocupação do espaço urbano as novas lutas de moradia as presença de coletivos artistas e as novas formas de representação do direito à cidade que estão emergindo nessa década me parece que
ressoam na direção de uma nova de uma nova Renovada plataforma de reforma Urbana Que Ainda é formulada né na sua integralidade mas que me parece que nas experimentações concretas dos lugares concretos ela vai se constituindo e vai se formulando hoje entre nós obrigado Raquel pessoal já chegaram mais de dez perguntas infelizmente não vai ser possível a Raquel responder todas eu vou nós vamos passar pelas para ela que talvez depois possa no outro momento fazer mas algumas aqui é seria possível duas perguntas mais teóricas apontar as semelhanças e diferenças entre os conceitos de direito à cidade
de lefevre e Harvey E qual seria a principal contribuição de árvore para uma teoria Urbana latino-americana E aí a nossa ó E aí eu vou começar pela segunda desconheço qualquer texto do raiva que fale especificamente sobre a questão Urbana na América Latina pode ser que exista Mas eu não conheço então eu vou tentar aqui fazer uma interpolação né Porque de fato existiu ao longo da nossa história especialmente aqui na América Latina uma escola de pensamento importante é pensando um modelo de desenvolvimento né a partir da teoria da dependência e imaginando a superação da teoria da
dependência e pensando como que através de um desenvolvimento autônomo né enfrentando as e duras da teoria da dependência a gente poderia pensar na estruturação da sociedade sociedades latino-americanas e das economias latino-americanas no outro patamar me parece muito mais difícil hoje pensar uma teoria latino-americana Por que me parece mais difícil porque é a colonização da terra urbana incluindo a moradia pelas Finanças globais ela hoje atingiu um patamar que é um patamar muito diferente do que era o processo de disputa e competição pelo território Quando essas teorias da dependência foram formuladas né Nós estamos falando dos anos
50 tá aonde ainda o horizonte é utopia era de um desenvolvimento industrial fordista era da construção de um estado de bem-estar social enfim a gente tava pensando nessas coisas me parece que hoje se por um lado é muito mais difícil pensar num projeto autônomo nesses termos por outro lado me parece também que a gente se liberta Já que é a Europa hoje tá que esse vexame né é de política de desconstrução de direitos de avanço do neoliberalismo a gente se liberta da ideia de que um dia seremos eles nós não queremos mais ser deles né
porque é isso tanto para nós latino-americanos como geral para os países digamos dos ferro e falar os nomes Sul Global não desenvolvido e armazenada disso as que vai valer mais a possibilidade de imaginar uma outra Utopia agora me parece muito mais factível já que primeiro primeiro foi destruído nos anos 90 autopia do comunismo e do socialismo real designada né varrida do planeta em seguida a debacle né do Eu festei a debacle da Europa Iluminista dos Direitos Humanos EA realidade do que nós estamos vendo hoje né que é completamente diferentes e me parece hoje aqui libertados
dessas utopias mais totalizadoras nós podemos inventar um futuro só que você não inventam futuro em três anos eu acho que é um processo um processo que inclusive e as que estamos vivendo nesse momento de construção de pensamento e Ação transformadora sa que vai pensando essas questões é a questão do direito à cidade do lefevre e os direitos as cidades do Raven é tem uma enorme polêmica né sobre o direito à cidade do lefevre o menor me polêmica no sentido de que se ele estaria falando propriamente de um campo jurídico da esfera de direitos né como
os outros Direitos Humanos direitos civis políticos direitos econômicos sociais e aí portanto também o direito à cidade se coloca dentro desse patamar e sem entrar nessa polêmica se ele é febre estava Realmente pensando no direito um direito auto-aplicável que você possa demandar na corte né juridicamente você disse o que ele tava falando ou não não me parece mas sem entrar dentro dessa polêmica certamente a posição do Harvey se cor é muito longe disso no seguinte sentido de que é o direito à cidade ele não é apenas o direito de ser incluído como objeto dos Fundos
públicos das políticas públicas das gestões sociais isso digamos seria o de menos e isso já é da esfera da reprodução capitalista é muito mais muito mais no direito de decidir né no direito de tomar o destino nas próprias mãos o direito de definir o destino do território de se apropriar dele dizer ser esse destino já não no sentido de uma Utopia futura mas no sentido de uma apropriação imediata por isso que um dos textos mais contemporâneos do Ravi E aí isso vai dar para ver na aula na aula que vai trabalhar cidades Rebeldes e as
outras coisas a gente vai ver como ele vai prestando atenção nos movimentos Autonomistas que vão construindo alternativas aqui ali localmente e experimentando e insistindo e essa é esse é o conflito dele histórico é de com os anarquistas insistindo na necessidade da Confederação na necessidade da articulação desses territórios e desses experimentos no sentido de promover uma transformação mais radical do Social então nós estamos falando de economia solidária nós estamos falando das cooperativas autogestionárias nós estamos falando dos territórios sobre com e é do parte do acordo exercendo uma democracia direta nós estamos falando das que o mini
Silent Hill em na Inglaterra nos Estados Unidos EA gente pode visitar uma série de experiências locais hoje né é que digamos desmercantilização o território já liberta um pedaços e trechos do território já e os colocam sob o controle EA submissão do espaço grávida mas eles ainda hoje esse é o drama são isolados circunscritos pequenos e o neoliberalismo EA ordem financeira risada embora morta sem nenhuma capacidade criativa de se Reinventar ainda é dominante o Ricardo Raquel nós temos perguntas aqui que valeriam uma conferência nova mas eu te farei um esforço para responder três às três últimas
nós temos mais cinco minutos praticamente de forma telegráfica tanto quanto possível são questões muito concretas essas primeiro de que forma about more se relaciona com as manifestações de junho de 2013 segundo a qual o papel da Super apps policias pacificadoras na expansão das Fronteiras urbanas do capital e no processo de gentrificação das favelas terceiro falando de desvalorização e revitalização entre aspas qual sua opinião sobre o minhocão Parque ou demolição o primeiro a o PPS venham quinta-feira nós vamos debater as que vai ser o debate bem importante sobre violência a repressão a Pólis É nesse momento
vamos fazer uma reflexão sobre as o texto com outros companheiros que vão tá na mesa então não percam quinta-feira às 20 horas né aí eu já fico com a pergunta que eu já vou preparar para responder tá é a segunda questão não foi por acaso que eu comecei com bálsamo aliás Tava terminando eu montei dois PowerPoint um bem comprido e outro mais curto depois daquele branquinho vi uma outra série de slides e o último Será que você pode por que a gente deixa ali o último slide as manifestações de junho né aqui no Brasil não
foi por acaso que eu comecei a comecei a discussão e o pai parte com Baltimore porque o tempo inteiro né quando a gente lê a obra do harlem o que a gente sente e percebe é que embora você tenha toda pode seguindo que aí fica dizer faz um videoclipe aí as duas imagens é embora você você tenha é uma explicação teórica marxista sólida consistente que vai levando o leitor a entender o tempo inteiro né o que se passa na cidade qualquer relação com o processo de acumulação com a produção capitalista etc no texto dele vive
atravessando futuras movimentos resistências então e não é um pensamento é da inexigibilidade dos processos porque a um protagonismo EA uma presença dessas lutas urbanas e elas digamos são também um fio condutor evidente que Baltimore nos anos 60 e todo movimento que a gente teve nos anos 60 se a gente for fazer uma leitura muito rápida foi a primeira vez que a gente trabalha 68 as revoltas 68 foi muito parecido com 2011 2012 2013 no planeta cheio de revoltas nas cidades em 68 O que foi o traço distintivo de 68 foi o fato de que pela
primeira vez pautas como o feminismo é a questão da Liberdade sexual das opções sexuais a questão da etnicidade questões então de gênero questões de liberdades individuais entraram muito fortemente nas pautas uma pauta que historicamente as lutas eram dominadas pela luta dos trabalhadores dos sindicatos né das condições de reprodução da força de trabalho Então esse foi o elemento muito novo no campo da cultura no campo dos comportamentos individuais Qual foi a reação se a gente for pensar Qual foi a reação do Capital a 68 a reação foi beleza incorporou a pauta das liberdades individuais EA pauta
do fim do Capital Deixa para lá 68 a mistura diz né queremos o fim do capital e os direitos E ai o direito das mulheres à direita homossexual dizer das mulheres embora continue sendo lutas relevante ela tá muito mais é envolvida no discurso e na prática menstruin capital né É o mesmo é um produto um nicho de mercado gay é um nicho de mercado né então você tem cruzeiro gay shampoo gay condicionador que enfim você foi completamente também encorporado embora sempre tencionando Então eu acho que a gente começa a ler as revoltas nossas de Junho
também nesse registro ali dentro nas revoltas de junho é uma mistureba de pautas de demandas e entre elas as lutas contra o capital as lutas entre capitalistas e pela autonomia e contra desigualdades etc Então a gente vai vendo daquele caldeirão como né o é através claramente dos meios de comunicações vai reduzindo né a uma dimensão que é transformar o estado não é especialmente o governo petista no bode expiatório e a corrupção do governo petista como a pauta única e a questão única daquela multiplicidade e as outras somem desaparecem não fazem mais parte e aquilo começa
a Ressoar ali então isso mostra que também nas lutas também no interior das lutas a gente vive essa disputa né entre o capital e os humanos EA humanidade e uma perspectiva né é de vida que não seja uma vida submetida ao capital é pra terminar o minhocão e é tu me parece que a discussão minhocão Parque ou demolição demolição o parque é está mal colocada é uma é uma ela é é uma pergunta no mínimo incompleta porque porque nem a pura demolição do minhocão e nem sua transformação não Parque elevado resolve minimamente o problema Urbano
daquela região bom então a discussão de mole eu fica parque sem equacionar o problema da mobilidade sem equacionar Um Projeto de Recuperação dos edifícios em torno sem equacionar os possíveis efeitos que isso possa ter um aumento do preço dos terrenos e na possível expulsão das pessoas nem Tony não serve pra nada então por isso quando me perguntam querem que eu faço entrevista sobre minhocão se eu prefiro Parque o prefiro demolir eu não respondo essa questão porque eu acho que o que nós temos que pensar é um plano urbanístico da região dos Campos Elíseos para região
da Bela Vista do bexiga para as regiões que foram trituradas pela passagem do minhocão bairros residenciais da mais alta qualidade belíssimos que foram arrebentados por aquela estrutura e eu quero discutir nós vamos fazer Para retomar essas regiões como lugar de alta qualidade de vida para todos e o minhocão vai ser uma questão dentro disso e não a questão Obrigado Raquel E aí E obrigado por essa aula inspiradora a vocês por terem permanecido até agora o pessoal do Sesc vai dar em seguida instruções sobre os autógrafos e a continuidade e nós aqui no voltamos a nos
reunir amanhã amanhã às 11horas por um tema importantíssimo e fundamental para a gente compreender o mundo de hoje e as alternativas que a crise do Capital em que nós vivemos e e suas alternativas obrigado a vocês e até amanhã
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