GÊNERO PATRIARCADO E VIOLÊNCIA - HELEIETH SAFFIOTI / PARA ALÉM DA VIOLÊNCIA URBANA

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Trama Literária
GÊNERO PATRIARCADO VIOLÊNCIA - HELEIETH SAFFIOTI Nesta obra, Saffioti investiga a violência contra...
Video Transcript:
Oi Oi pessoal tudo bem eu sou mais a Barbosa Esse é o canal Trama literária e hoje a gente continua nossa discussão sobre gênero patriarcado e violência tamanho no vídeo três Estamos portanto do terceiro capítulo se você tá lendo se você tá comprando a leitura me conta aqui que você tá achando o vídeo de hoje a gente fala sobre para além da violência urbana antes da gente conversar não se esqueça de se inscrever no canal ativar as notificações Compartilha aí com o engajamento no canal isso sempre ajuda muito quando você curte o vídeo quando você
ativa as notificações quando você se inscreve eu não sei um conteúdo que te interessa por favor se inscreva ative as notificações curte o vídeo que isso ajuda muito no engajamento hoje a gente fala então no capítulo 3 e É nesse capítulo que ele essa filhote vai caracterizar os diversos tipos de violência isso é muito importante porque ela vai dizer que a partir do momento que a gente tem a compreensão de qual seja quais sejam as violências e quais seriam os tipos de violência Oi gente principalmente para quem se interessa afunda em relação a esse tema
não confunde nos termos aí porque muitas vezes a gente pega um determinado de tipo de violência a gente pega uma relação que pareça muito óbvia tá se ele vão pensar aí na relação na violência homem e mulher Então se a gente tem uma violência que acontece dentro dessa lógica a gente atribui necessariamente imediatamente uma como se aquilo fosse e violência de gênero e aí eles a filhote vai dizer que quando a gente faz essas classificações aí de maneira muito apressada de maneira muito imediata a gente acaba confundindo os conceitos e tendo dificuldade aí para fazer
esses mapeamentos e que por mais que isso pareça muitas vezes no caso isolado onde a gente vai estar nessa dificuldade de percepção de identificação das formas de violência isso vai fazer com que a gente também tem uma compreensão errônea e sobre os temas do capítulo anterior no descoberta das áreas das perfumarias ela já falou bastante sobre violência de gênero ela retorna aqui de moto muito breve para dizer aqui quem diga que a violência de gênero ela vai acontecer não somente entre homens e mulheres mas também entre mulheres e mulheres e homens e homens ou da
mulher contra o homem a gente não pode esquecer nunca uma não neutralidade ainda conceito de gênero na eu gênero e não se externa e de dominação olhar o sistema de dominação braço exploração então quando a gente tem aí por mais que a gente possa ter outras manifestações - lógicas dessa violência de gênero a que a gente encontra mais frequentemente ainda é a violência que sustenta e nessa relação o dominador e dominado na relação homem e mulher mas é importante a gente analisar sempre caso ou causo para não cair Nossa tendência de julgar as coisas muito
apressadamente principalmente de estudar pesquisando sobre o assunto porque isso faz aí com que a gente divulgue dados de maneira equivocada muitas vezes o outro conceito que ela vai definir o conceito de violência doméstica violência doméstica é o violência que acontece não sei o da e não necessariamente em casa então se a gente tem uma mulher que por conta de uma briga com o marido ela saia de casa e vai para casa dos pais por exemplo e esse homem vai até a casa desse Spice para agredir essa mulher a gente tem uma violência acontecendo aí uma
violência doméstica acontecendo justamente porque essa violência doméstica ela expressa uma violência que acontece aí no interior da família no interior desse desse grupo social no interior dessa instituição mesmo que sejam do trabalho dessa mulher se o homem vai no trabalho dessa mulher mesmo que seja no lugar que não seja necessariamente na casa deles a gente tem uma violência doméstica acontecendo porque essa violência acontece no seio da família a gente também pode incluir dentro da violência doméstica violência nos filhos a gente pensa numa sociedade patriarcal como a nossa a gente pensa numa sociedade que tem EA
Pedagogia da violência a gente usa violência para do carro pelo carne mais para educar crianças para do Carmo bom então é como se esse sujeito aí numa escala de poder o sujeito que tá aqui abaixo ele precisasse desse sujeito é que tá vindo depois dele ali que tem mais força e poder do que ele esse sujeito aqui mais forte ele precisa dizer para esse sujeito por esse sujeito mais fraco e quando ele faz uma coisa errada quando ele faz uma coisa inadequada ou uma coisa que eu desaprovo eu preciso mostrar pelo sujeito por meio da
violência psicológica por meio da violência física eu preciso mostrar para isso jeito que ele tá errado aí então a gente vai ter diversas formas de violência doméstica e a gente tem as mulheres aí como vítimas e a gente tem aí posteriormente as crianças como sempre sem dúvida as principais vítimas de violência doméstica justamente porque as crianças elas vão ser vítimas de vários tipos de violência elas vão ser vítima da violência da mãe ela vai ser vítima da violência do Pai ela vai ser vítima quando ela assistir a violência que acontece que e entre entre os
seus pais Inclusive a gente tem tanto essa Pedagogia da violência que a gente tem aquela frase célebre aí que a gente escuta muitas vezes na família que a quando a criança faz de repente uma arte muito grande ela faz alguma coisa muito inapropriada e aí a sua mãe vai lá briga repreendeu agride essa criança mas ela também fala espera quando teu pai chegar quando ela fala espera que teu pai quando o teu pai chegar ou você vai ver quando teu pai chegar ela tá dizendo que algo muito maior espera por ela e uma violência ainda
maior espera por ela e depressa violência muito maior para essa agressão muito maior não pode ser ela tem que ser esse sujeito aqui que tem mais poder dentro dessa estrutura familiar dentro desse ciclo aí da sala Pedagogia da violência que isso certo aí no seio da família a gente pensa em estratégias para tentar combater essa lógica para a gente tentar desconstruir essa lógica o caminho mais e talvez seja como a saffioti vai apontar pela consideração Direitos Humanos desse termo aí tão balada analisado inclusive muitas vezes ridicularizado aqui no Brasil mas é importante a gente está
tendo os direitos humanos então quando a gente usa da agressão para educar alguém para repreender alguém para mostrar para o outro no meu descontentamento a gente tem uma Pedagogia da violência e que considera os direitos humanos então eu não preciso respeitar a integridade física e psicológica do outro muitas vezes sexual justamente porque eu preciso mostrar aquele sujeito que eu tenho mais poder que ele na sua lógica e como esse sujeito que tem mais poder necessariamente eu sou sujeito com mais experiência de vida com mais conhecimento o mais vivência e que por isso que eu tenho
mais capacidade para educar esse sujeito que vem depois e como que eu faço isso por meio da violência é justamente por isso que a ruptura de relacionamento abusivo de relacionamento violentos eles eram tão difícil e justamente por quê E aí entre momentos bons e se momentos ruins porque quando que esse sujeito agressor na maior parte das vezes quando que ele vai agredir quando essa vítima aqui mostrar um certo desejo uma certa autonomia uma certa uma vontade um discurso que não seja o esperado aqui por esse sujeito Então esse sujeito aqui ele levanta o Tom vamos
dizer assim agora quando esse sujeito aqui tá feliz com esse outro sujeito as coisas não ocorrer a gente fala mais armoniosa então para mulher que esteja nesse circula muito difícil dela compreender Tá mas a pessoa que está comigo ou uma boa pessoa ou não é violento ou não ela é acabou um pai ou não é que às vezes ele trata o meu filho muito muito bem às vezes ele é extremamente agressivo com meu filho então é um bom pai ou não é ele é um bom marido ou não é ele é uma boa pessoa não
é que eu muito difícil para essa mulher uma piar isso justamente porque a gente tem a tendência Inclusive a chamar a pessoas violentas de monstros né então ele é um monstro é muito ruim tu é doente então quando eu quando eu vou proferindo esses discursos eu tiro a pessoalidade daquele sujeito que eu faço como que aquele ser humano não seja uma pessoa e ele seja um monstro para essa mulher que convive dentro de casa com uma pessoa e não com o monstro fica muito difícil para ela de saber tá mas para lá ele é boa
ou ruim ele é ele é ele é legal ou não é ele é uma boa pessoa ele não é uma boa pessoa ele agressivo ou emagrecer justamente para esse sujeito ele tá sempre oscilando entre o momento demais calmaria de afeto eo momentos de agressão de vários níveis ali para algumas mulheres vai ser de uma agressão psicológica de uma agressão mais útil para outras mulheres vai chegar aí no nível do espancamento né mas ainda assim então para essa conta para essa é muito difícil de saber de se livrar justamente porque esse sujeito ele vem daqui para
cá do momento do ódio para o momento do amor hoje a gente conta e com as medidas protetivas que as mulheres conseguem acesso é muito facilmente isso vai fazendo com que surjam novas falácias aí então muitas vezes a mulher ela vai usar essa medida protetiva num determinado momento então ela vai aciona a medida protetiva contra o seu parceiro Depois de alguns dias ela vai lá retira queixa isso faz com que esse homem fique livre novamente a gente tem vários vetores aí para isso acontecer sociais econômicos Então pensa só mulher no momento de raiva ela vai
denunciar o marido mas depois ela pensa Poxa tem três filhos para criar e eu tô desempregada ela vai retirar essa queixa ou ela pode denunciar esse homem no momento que ela esteja decidida E aí quando ela vai contar para a família ela vai contar para mãe dela por exemplo a mãe dela fala mas tem certeza já estão Ball ele é tão bonzinho ele é ele cuida de você ele que sustenta a mulher vai lá e retire essa queixa Então a gente vai tendo vários vetores Aí presta oscilação isso vai fazendo com que novamente a gente
culpabilizar a vítima então a gente eu não vejo as pessoas dizendo tá vendo gosta de apanhar gosta de estar nesse ciclo gosta do que acontece com ela não adianta querer ajudar muita gente vai dizer isso inclusive né quando tempo interferir um relacionamento em que aí o abuso quando essa mulher volta por parceiro a pessoa fala tá vendo a gente tenta ajudar e ainda sai por errado mas na verdade isso acontece porque a gente tem vários vetores tem várias razões para essa mulher não sair desse ciclo do abuso muitas vezes e a gente queria forçar O
querer que a mulher saia na marra ou saia porque a gente quer só vai prejudicar ainda mais isso que infelizmente precisa acontecer o tempo dela não dá para a gente tomar uma decisão por outra pessoa essa discussão da violência doméstica dá muito para ela que a manga porque a gente tem várias facetas aí dessa violência a gente tem por exemplo homens que sofrem violência doméstica e elas vezes a sua homens reclamam então para lá não tem uma lei que proteja o homem a gente não tem uma lei que proteje o homem porque essa e ela
acontece menor incidência é mais principalmente é uma lei é uma é uma violência que ela acaba não sendo discutida que ela acaba não sendo falada muitas vezes esse homem quando ele vai denunciar uma violência e uma mulher agressiva ele vai sair de colonizado na própria delegacia então Palace apanhando da mulher ainda tá tendo coragem de contar então é como se o homem fosse um grande frouxo porque ela ainda ele sofreu violência seja ela física ou psicológica ele ainda ridicularizado por isso aí então os homens acabam tendo muito menos espaço para falar dessas violências se já
é difícil para mulher falar das violências para o homem também o difícil né porque esse homem que sofreu violência qualquer tipo de violência por parte da sua parceira ele vai ser uma chacota para os amigos ele vai ser uma chacota quando ele foi na delegacia denunciar e acaba que ele acaba ficando é impo o e acaba que ele fica de mãos atadas em relação a isso porque novamente a gente tem a culpabilização da vítima encontra lá eu apanho da minha mulher todo mundo agora tá sabendo então agora esse acaba sendo Ainda Mais Cruel por esse
homem mesmo vão ver crianças a gente tem muita dificuldade para mapear as violências contra os meninos justamente porque os meninos acabam falando dos violências que acontecem com eles ou falam menos do que as meninas porque se esse menino ele fala de uma violência sexual que ele tenha sofrido isso acaba colocando esse menino também nesse lugar da homossexualidade então é como se esse menino fosse homossexual O que ele tivesse aí é um jeito de homossexual porque de repente ele sofreu uma violência por parte de outro homem então a gente tem muita dificuldade eu preciso meninos contarem
suas violências e isso é extremamente cruel e isso não é culpa das feministas como muitos homens não dizer isso novamente a culpa do patriarcado tu tem aí um homem que não pode falar da violência a gente tem meninos aí que não podem falar das violências sexuais porque isso Conta. Contra ele diante é isso falamos sobre o capítulo 3 o capítulo 3 ele é o mais curtindo livro e na semana que vem a gente finaliza nossa discussão com o último Capítulo de gênero patriarcado e violência que se chama não há revolução sem teoria até mais
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