[Música] h depois que o Brasil foi descoberto ou segundo relatos históricos depois que o Rei Dom Manuel de Portugal enviou uma grande esquadra comandada por Cabral para tomar posse dessas terras A história desse território mudou drasticamente causando um grande Impacto sobre as populações que aqui [Música] viviam indígenas das etnias Tupiniquins e tupinamba que habitavam o litoral sul da Bahia foram os primeiros grupos contatados pelos [Música] europeus mas um grupo indígena os patacho ou pató que vivia de forma nômade nessa região um pouco mais para o interior foi obrigado a se concentrar em aldeias para sobreviver
à cobiça do chamado homem branco por [Música] terras no século XX os índios p sofreram um grande processo de aculturação e foram colocados à margem da sociedade o resultado foi a invasão de seus territórios e a perda quase total de sua [Música] cultura expedições percorreu o sul da Bahia para conhecer esses brasileiros os pachis que vivem e estão totalmente ligados à terra do descobrimento [Música] [Aplausos] [Música] [Música] terra do descobrimento Sul e extremo sul da Bahia Brasil este é o território dos Índios Pataxós há mais de 500 anos concentrados em aldeias pelo menos nos últimos
150 anos esse grupo indígena permanece ocupando a chamada terra do descobrimento do Brasil até os dias de hoje o povo pató ele ele primeiro ele é uma presença ativa na vida econômico-política social e cultural do Extremo Sul da Bahia n nós não podemos pensar no povo patoc nem como uma ficção nem como uma abstração fazer de conta que eles não existem que cerca de 20.000 pessoas e esses grupos né autóctonos ou aborígenes que estavam aqui antes da chegada é dos nossos descobridores entre aspas primeiro que pensamos a ideia desse setino patachocas ou seja ele ele
é resultado de vários processos de aldeamento de vários grupos indígenas que andavam sim pel ambulando pelo extremo sul da Bahia inclusive chegando até oo norte do estado de Minas Gerais os tupinambas por exemplo parte tupinambas parte a mors ou seja eh hoje o que nós temos no processo nos últimos 150 anos é exatamente o reconhecimento dessa construção dessa dessa dessa etnia ou desse ET nônimo pató em toda a região atualmente a população pató está estimada em 20.000 pessoas distribuídas por aldeias tanto nas faixas de campo e florestas do interior quanto no litoral dos municípios do
Extremo Sul da [Música] Bahia os próprios brasileiros não tê ideia da história do Povo pató Então eu queria que você falasse naara como é que foi que aconteceu todo esse processo de aldeamento de expulsão enfim dos seus parentes das terras conta pra gente então nós pató somos considerado um povo Guerreiro um povo que resistiu massacres Invasões e ainda permanece com sua cultura [Música] viva nós éramos um povo Livre era um povo que não tinha para eles não tinha Fronteira vivíamos sempre caminhando era um povo nômade né Eh nós ficamos assim eh em lugares que onde
tinha bastante peixes animais a gente ficava no período de três a 4 meses e depois a gente começava a mudar de lugar novamente só que chegou um tempo que Tod as nossas terras foram sendo invadidas nossas matas vieram sumindo devido desmatamento os rios vieram secando então não tinha mais como a gente viver da casa e nem de pesca nos rios então nós tíos que buscar outros meios de Sobrevivência para que a gente continuasse Resistindo aqui no sul da Bahia e foi aí que nós passamos a viver mais em beira de praia em 1816 por aí
né e passamos a viver de marisco de caranguejo de pesca no mar e foi mudando até mesmo um pouco do nosso modo de vida do nossos costumes né [Música] quando foi em 1861 nós fomos forçado a ser aldeado em uma reserva que fica quase a 150 km daqui que é aldeia Barra Velha né lá foi onde aconteceu o primeiro aldeamento do Povo patach [Música] [Aplausos] [Música] [Música] nós não devemos ficar acado devemos avançar na nossa luta e lutar pelos nossos direitos porque senão se V formos depender de outras pessoas a gente não vai ter nada
né E nós meso que temos que lutar os nossos indígenas em todo o Brasil para lutar pelo benefício da demarcação das nossas terras que a terra do Brasil você sabe que era o nosso a gente quer apenas um pedacinho de terra para sobreviver não queremos o Brasil todo a aldeia de Barra Velha é considerada pelos Índios Pataxós como a aldeia mãe o seu local de origem o local onde todos nasceram e foram criados fica a menos de 1 km da Costa entre as embocaduras dos rios Caraíva e Corumbau a aldeia Barra Velha ela era ela
se chamava Bom Jardim né E hoje ela se chama Barra Velha Porque ela tinha uma grande barra que passava no meio dela né e depois secou devido também a a o desmatamento que viio acontecendo né os o as matas viam sumindo então também né a os rios vieram secando e daí a barra secou e era assim um dos mes também de sobrevivência do nosso povo lá né bom nós temos esse processo de desmatamento que aconteceu em todo o sul e extremo sul da Bahia nós registramos isso na década de 80 início de década de 90
também onde foram implantadas as grandes fazendas de pecuária lugar exato do descobrimento a região fica quase toda coberta pela fumaça das queimadas Principalmente quando não chove de Porto Seguro até Prado que fica perto do Monte Pascoal Nós localizamos quase 100 focos de [Música] Queimadas em 1500 na carta de peru vais caminha ele fala de um monte mu alto e redondo e terras mais baixas ao sul dele com grandes arvoredos 500 anos depois não existem mais esses arvoredos Aldeia mãe Barra Velha município de Porto Seguro extremo sul da Bahia nós estamos aqui pertinho do Monte Pascoal
na terra do descobrimento e aqui está o cacique arural pató e o vice Cacique Angaturama pató que prepararam pra gente um ritual de boas-vindas o au que cidadã da [Música] un ch mai mai mai é é é é é é Tom [Aplausos] concentrados em sua maioria na aldeia de Barra Velha os Pataxós tem ainda outros núcleos de povoamento o mais antigo deles seria o de imbiriba que está localizado cerca de 20 Km ao norte de Barra Velha também junto à costa próximo à Foz do Rio dos Frades já a Aldeia da Coroa Vermelha é de
Formação mais recente e localiza-se as mar da rodovia que liga Porto Seguro a Santa Cruz de Cabral essa terra pató inclui a reserva da Jaqueira um ponto de cultura da Bahia onde cerca de 30 famílias patacho vivem para manter e divulgar as tradições A constante afirmação da identidade étnica pató ao contrário de outros povos indígenas na Bahia faz-se muito mais através de referências históricas ligadas ao descobrimento do Brasil e da utilização da língua Pati Horan do tronco linguístico macr G no ano 2000 durante as comemorações do descobrimento do Brasil na região de Porto Seguro foi
proibida a entrada dos índios patacho no local do evento oficial O que acabou gerando muita revolta vários grupos patacho aguardavam ações efetivas sobre a questão de suas terras ocupadas em 3 de maio de 2012 o Supremo Tribunal Federal anulou títulos de propriedade na reserva Caramuru Catarina Paraguaçu agora só os índios pató habitantes ancestrais dessa terra podem fazer uso do lugar Um Bom exemplo de um trabalho de educação S bem sucedido que é feito nas escolas municipais indígenas bilíngues da ponta da Coroa Vermelha e lá do Sul de Barra Velha mas aqui na reserva da Jaqueira
já foi criada uma nova escola indígena né naara eu queria que você falasse como tá sendo feito o trabalho aqui a gente procura tá assim eh ensinando mais a nossa realidade mesmo né aqui na na na escola por isso que ela se chama escola diferenciada além dos professores ser índios também ensinado a língua os costumes da Aldeia a importância da gente tá preservando né a nossa cultura da gente tá valorizando a nossa identidade como índio então a gente ensina pras crianças né já desde pequenininho para que eles cresçam tendo todo esse entendimento e aprender também
dar valor àquilo que é seu tem o currículo né que é da da daqui da secretaria de de educação mas também nós temos a nossa própria né que é é feito pelos próprios professores indígenas Então isso é muito forte aqui na escola a educação fez toda a diferença entre as novas gerações de pató Os Jovens aprendem e aproveit o que a cultura do homem branco traz de positivo mas também fortale a valorização de suas tradições indígenas agir deixa ela vo aga aga guerreiro na match arara deixa ela voar todo esse litoral que vai desde Belmonte
Cabral ao norte aqui Porto Seguro Monte Pascoal Prado alcoba e Caravelas ao sul é a chamada terra do descobrimento é esse território tanto a beira do mar nas restingas quanto no interior dos Campos e florestas que tem sido ocupado nos últimos séculos pelos indos patacho [Música] [Música] a região delimitada pela costa atlântica a leste e pelo Monte Pascoal aunio de Belmonte Norte porba tradicionalmente pelos pachis como o terito hoje reivindica apenas uma pequena Parte dessas antigas terras [Música] o Monte Pascoal além de referência geográfica tem grande valor simbólico para os pató como marco de identidade
étnica temos aqui otib mas tem a juerana aqui eu como Cacique né filho dessa terra junto com o meu povo pató daqui do Extremo Sul da Bahia que aonde que envolve esse essa essa terra que é o nosso do nosso povo quer tirar nós de qualquer jeito isso aí tá ferindo a constituição brasileira de 1988 do artigo 231 e tá ferindo praticamente o nosso coração nossa mãe terra o sonho que eu tenho como Cacique e como índio filho dessa terra é trabalhar para defender o direito dos jovem e dos idosos e quando eu Tupã me
levar eu deixar uma terra demarcada registrada para esse povo trabalhar a a seja bem-vindo como em todos os grupos indígenas o cacique é representante político de seu povo servindo como intermediário entre os pató e a sociedade Nacional o seu papel político na aldeia tem o apoio dos chefes de Família o cacique é sempre o mediador mas a perda das terras uma bem antiga para os Pataxós no início da década de 1950 houve um massacre na aldeia patacho de Barra Velha com grande número de mortos os próprios patachos falam do Fogo de Barra Velha como um
episódio muito forte né foi tiroteio foi Matança não é isso sim foi foi uma Matança feita pelas forças policiais do Governo do Estado da Bahia vindas do município de Prado e do município de Porto Seguro ou seja tanto ao norte quanto ao sul os policiais mataram mesmo né policiais mataram mesmo essa essa é uma é uma é uma verdade quer dizer mataram de uma certa forma pensando pelo outro lado aqueles que eles consideravam como malfeitores né e evidentemente a gente não vai julgar quer dizer com tantos anos passados essas ações e retrospectivamente o que é
importante pensar é que a partir daí sim eh O governo não só do estado da Baía como governo federal é promoveu e aquilo que se chamou da diáspora né de Barra Velha né a ideia o fogo de barra de Barra Velha o fogo provocou a diaspara no sentido de afastar e de digamos espalhar o povo pató é daquela região provocar a saída do Povo pató de sua terra ancestral esse tipo de ação foi muito comum no século XX o próprio Governo do Estado da Bahia concedeu nas décadas de 1980 e 90 títulos de propriedade para
fazendeiros em território indígena [Música] algumas famílias começaram a retornar principalmente a partir do início da década de 60 ao mesmo lugar ou seja retomando Então essa figura digamos central de Barra Velha como Aldeia mãe como símbolo da renovação da etnia pató em toda a região Essa é um pouco a história que a gente pode consolidar como esses fal totais fala-se do plano do governo brasileiro o território pató mas não se trata de ampliação nada mais é do que devolver as terras que sempre pertenceram a esses índios Barra Velha onde abrange uma quantidade 5600 indígena é
aonde há um conflito maior aonde os fazendeiros estão mais inseridos dentro dessas terras né já tivemos várias reuniões em Brasília nós viajamos eh três vezes por ano em Brasília sempre com uma comitiva de 40 Cacique liderança para lutar pelos nossos direitos visitando eh a presidência da república vários ministérios né a presidência da FUNAI que se a gente não tiver cobrando o governo não vem aqui dizer quais são os direitos indígena nós que temos que lutar e lutar pelo aquilo que é melhor paraa nossa [Música] [Aplausos] população uma antiga questão do Parque Nacional do Monte Pascoal
superposto ao território tradicional dos Pataxós de Barra Velha já está bem encaminhada recentemente a Funai e o ICM Bio Instituto Chico Mendes chegaram a um acordo bom então aqui você tem exatamente o mapa do ponto em comum entre as lideranças patachos e o governo brasileiro o Ministério do meio ambiente sebio não é verdade isso então aqui é a área de Mata que é conjunta com o Parque Nacional do Monte Pascoal e a área que os grupos de todas essas aldeias das 12 aldeias que compõem a terra indígena indicaram uma a uma o que que eles
reconhecem Como mata é a mata exatamente e a gente chegando de avião a gente vê Exatamente isso a gente vê essa mancha de Mata e foi só o que sobrou nesse Sul extremo sul da Bahia isso E aí a proposta que se pensou né dentro do para resolver é a partir dessa mata nessas aldeias colocar o Parque Nacional do Monte Pascoal inserido dentro da terra indígena e chegando até o mar que bom que houve o Consenso no encontro das lideranças patacho em 2012 em Itamaraju várias reivindicações foram feitas e novos projetos articulados a Constituição de
1988 garante o direito às populações tradicionais o direito às suas terras terras habitadas ancestralmente né mas sobre a coroa vermelha Como é que está a aldeia hoje A Coroa Vermelha é uma das maiores comunidades indígenas do Brasil com cerca de 5200 índios né em uma única comunidade temos apenas 1493 hectares de área demarcada 77 ha área urbana 589 área agrícola e 827 a reserva da Jaqueira que é o importante fragmento de Mata Atlântica que a nossa comunidade preserva com a nossa própria iniciativa não dependemos de governo para isso né na aldeia da Coroa Vermelha em
Cabral quase limite com Porto Seguro cerca de 5000 patacho e seus descendentes ocupam uma área de 1493 ha foi aqui que encontramos a família de pardal patach a da juda é casada há 12 anos com o Pardal tem duas crianças lindas né da juda eu queria que você nos Contasse como é que é viver aqui na aldeia da Coroa Vermelha vim morar aqui eu tinha 14 anos casei com 15 anos e sou muito feliz por estar aqui na aldeia não sou índia mas eu tenho orgulho de ter um esposo índio de ter dois filhos maravilhosos
também e é uma cultura que as pessoas lá de fora respeita muito a nossa cultura entendeu então eu já me considero como índia [Música] assim nós temos uma escola maravilhosa onde temos professores formados em nível superior porque hoje temos alunos indígenas fazendo faculdade lá fora fazendo até direito então pra gente isso é um orgulho então nós queremos que nossos filhos crescer crescem aqui dentro da Aldeia da Aldeia de coroa vermelha para que essa essa cultura não se acabe por aqui né cada vez mais a gente venha resgatando ela priorizando ela dando prioridade a ela porque
amanhã é os nossos filhos que vai estar hoje falando aqui no nossos lugares falando da cultura pataxó falando das terras pató falando do povo pató que é muito importante pra gente A verdade é que esses 20.000 né quer dizer e seres brasileiros né que se identificam como pató né são presentes na cena política social cultural econômica do Extremo Sul da Bahia apesar do contato com a cultura do homem branco da grande convivência com turistas do Brasil e do exterior ainda encontramos entre os patacho algumas características marcantes de grupos indígenas de todo o Brasil a perseverança
na preservação de sua cultura a solidariedade e generosidade o carinho com as crianças e o respeito extremo aos filhos as novas gerações os principais objetivos das lideranças indígenas daqui do Extremo Sul da Bahia São garantir que os filhos netos de famílias como do Pardal e da juda possam levar adiante sua cultura e conquistar qualidade de vida para cerca de 20.000 brasileiros que compõem o povo pató [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Aplausos] [Música] k [Música]