salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do eslin de logar podcast espero que vocês estejam gostando desse projeto tô bastante feliz em trazer a vocês aqui trazer para vocês aqui convidados de diversos temas vocês viram que a gente já falou sobre câncer sobre doenças neurodegenerativas Quero trazer gente da tecnologia também Aliás se você tiver indicação de algum nome que você julgue que se enquadre na proposta do podcast Você pode enviar lá no Instagram do @r ório de dopamina que o pessoal que organiza lá e cuida do Instagram e passa ali tudo
filtrado já e eventualmente a gente pode trazer aqui ok lembrando só que o tema do podcast o pano de fundo do podcast é um pouco mais acadêmico então espero que a sua recomendação cumpra esse requisito a gente tá tentando manter um um clima um pouco mais acadêmico aqui que é uma das formas de divulgar Ciência sem falar diretamente que a gente tá divulgando ciência e o meu convidado de hoje é um convidado muito especial foi meu colega de doutorado hoje já Doutor Adriano o Adriano é biólogo pela urgs mestre e doutor em neurociências pela ufsk
trabalhou bastante com memória e atualmente é professor Adrian Obrigado pelo seu tempo cara é um grande prazer trocar uma ideia sobre com você sobre memória um tema muito interessante acho que para muitas pessoas né tanto problemas na memória quanto a memória em si a gente vai explorar esse universo maravilhoso das neurociências obrigado pelo seu tempo Poxa eu que agradeço o convite ENEN eu fico muito muito grato por ter essa oportunidade de falar sobre um tópico que realmente na minha opinião é o fenômeno um dos fenômenos mais interessantes do universo né Por que que você acha
que memória é um dos fenômenos mais interessantes do universo o que que é memória então né primeiro memória ela é algo que depende de um outro fenômeno muito interessante que é a aprendizagem e por isso que na neurociência em geral a gente estuda a neurociência da aprendizagem e memória né então eu gosto de imaginar primeiro poeticamente falando eh a memória ou e a aprendizagem como a modificação do comportamento que o universo induz nos organismos é a forma como o o universo modela né o comportamento dos diferentes animais nosso comportamento como animais né primatas que somos
e e isso é muito interessante essa essa capacidade de tornar os organismos em tempo real adaptáveis ao sistema né que a gente sabe que a evolução biológica Depende de adaptabilidade mas ela Depende de milhões né de anos de processos para que essa adaptação venha a surgir com os processos evolutivos na evolução biológica os processos de aprendizagem e memória eles adaptam um organismo em um tempo de uma vida de um organismo colocando o organismo se preparando o organismo para lidar com o ambiente a gente pode resumir aprendizagem como a alteração do comportamento decorrente da experiência ou
seja decorrente da relação entre estímulos entre o contexto e memória como os processos pelos quais a gente armazena codifica né a gente codifica adquire armazena e usa essa informação depois no futuro a gente usa ela em de várias formas né Inclusive essa informação que nós armazenamos pode ser modificada posteriormente pelo funcionamento neural pelo funcionamento cerebral perito a gente vai falar sobre essas etapas depois eh interessante essa parte que você comentou da evolução ali porque quando a gente vai olhar eh algumas linhas teóricas dentro da Psicologia Como por exemplo o behaviorismo o Skinner ele dividia né
a seleção de comportamento ele falava muito de seleção de comportamento em três níveis e um deles era o ontológico o nível ontológico seria eh estruturalmente falando muito próximo ao que o ao nível filogenético proposto por Darwin só que di ao vivo né Você tem uma variabilidade de comportamento Você tem uma interação diferencial daqueles comportamentos com o contexto E você tem a seleção e a perpetuação de alguns deles de acordo com a função essa seleção e essa e perpetuação do comportamento Poderíamos dizer que se dá via memória isso é exat perfeito Inclusive eu tô escrevendo sobre
isso e esse Insight que tu acabou de ter eu tive quando eu tava escrevendo na primeira parte do capítulo porque até inclusive é muito interessante ver aquele seminário que o acho que é um seminário da APA né que o Skinner fala sobre os filtros de seletividade e é muito legal essa ideia do do filtro filogenético que em vez de ser a seleção das espécies seria a seleção das respostas comportamentais daquele indivíduo durante seu desenvolvimento ontogenético então eu acredito e eu defendo a ideia de que essa seleção se dá em nível dos engramas de memória ou
seja o que é selecionado a variabilidade que é selecionada nesse filtro de seleção é justamente dos conjuntos de alterações neuronais e neurais que estão relacionados com os engramas de memória que que é o engrama só pra galera entender é o conjunto de neurônios né que vai se alterar e se modificar durante a experiência para armazenar aquela informação no nosso sistema nervoso dependendo do tipo de aprendizagem do tipo de memória essas modificações vão ser diferentes né vão ocorrer em local em áreas cerebrais diferentes mas a gente pode entender que são o engrama é um conjunto dos
neurônios que sofrem a modificações para sustentar determinados tipos de informação na nossa memória como que isso pra galera entender assim você tem uma série de neurônios e que tem as suas especializações as suas ramificações Assim por Qual rota isso isso acontece por Qual rota bioquímica ou Qual rota molecular digamos assim ocorre uma arborização maior e uma nova formação de um eu acho que antes da gente então falar dessa desses processos mais moleculares e bioquímicos porque são inúmeros né dependendo do tipo de aprendizagem e do tipo de memória isso pode ser diferente é é importante lembrar
que a modificação que eu tô querendo me referir paraa formação desses engramas é uma modificação nos contatos entre os neurônios na forma como esses neurônios se comunicam então é uma alteração morfofuncional Porque como você disse precisa dessa arborização dendrítica né Por exemplo da facilitação eh do funcionamento de alguns receptores através de fosforilação algumas cascatas de enzimas que vão eh sinalizar eventos intracelulares para que novos comunicações sinápticas surjam e se estruturem entre os neurônios então é como se a experiência o ambiente e eu tô falando aqui de experiência de modo bem amplo tanto as experiências ambientais
como aquelas experiências decorrentes do nosso próprio processamento cognitivo né tipo um pensamento né que às vezes a gente faz uma separação que não é real né porque é um tipo de resposta é algo que a gente tá fazendo mas essas experiências elas são capazes de alterar isso a forma como os neurônios se comunicam e daí isso pode ser de uma forma mais duradoura menos duradoura então Acho que primeiro seria interessante a gente pensar Quais são as formas né como o estímulo e o contexto é capaz de alterar o comportamento ou seja Quais são as formas
de aprendizagem pode tocar ficha em quais são elas fica à vontade então assim é é uma seria muita ambição eu quereria dizer todas as formas de aprendizagem né dos mamíferos ou dos seres humanos mas eu acho que a gente pode elencar algumas principais formas né Por exemplo a gente tem a habituação a habituação é um processo de memória que decorre quando a gente é então um exemplo em seres humanos né seria sei lá você vai morar próximo a um trem aonde tem um trilhos de um trem então no no início Talvez o barulho do trem
possa te causar sobressalto ou alguma outra resposta comportamental como Poxa que saco esse trem mesmo um direcionamento da tensão né perfeito um direcionamento da tensão exato então alguma resposta de alerta enfim com o tempo sucessivamente ao ser re exposto ao trem a gente tende a habituar esse estímulo então a resposta tende a diminuir isso é um processo de habituação nesse caso vai ocorrer modificações sinápticas que tendem a enfraquecer comunicações entre os neurônios sensoriais os neurônios associativos e executivos que vão induzir as respostas disso alerta de atenção então o que vai acontecer é que esses neurônios
Ao serem sucessivamente retimados tendem a causar uma diminuição nessas respostas né antes de você entrar no próximo tipo de aprendizagem vai ser pessoal só para avisar desde já vai ser um bate-papo porque Adriano temos muito conteúdo sinérgico pelo fato da gente ter sido colega de doutorado ter trabalhado Na mesma irmãos científicos ter trabalhado Na mesma no mesmo laboratório e enfim esse só paraa galera entender em casa Adriano esse mecanismo de habituação é um dos fundamentos de uma forma de psicoterapia chamada de terapia disposição perfeito quando você tem um paciente fóbico por exemplo paciente é fóbico
com e fobia social ou tem dificuldade de falar em público ou tem fobia de agulha na pandemia eu atendi muito paciente na época com fobia de sangue de agulho porque imagina houve uma modificação ambiental que forçou as pessoas a ser exposta aquele conteúdo aquele contexto nocivo por uma razão óbvia in necessária que era se vacinar e muitas pessoas começaram a ter um grau de ansiedade aumentado uma das formas de tratar eh essas pessoas eu não sei se se caracterizaria exatamente nessa nessa extinção é você Expor a pessoa na hab perdão na habituação é uma é
você expor a pessoa ao ao estímulo ao estímulo sensorial e de forma ela ficar ali se habituando aquilo ali e as respostas comportamentais aos poucos vão vão se se extinguindo e obviamente num contexto terapêutico a gente faz isso com níveis hierárquicos então a gente não começa enfiando uma agulha no braço da pessoa o que talvez os boristar do comportamento chamam de dessensibilização sistemática né sistematizada dessensibiliza sistemática aí pode ter um terapeuta mais acadêmico que vai comentar embaixo na dessensibilização sistemática normalmente a gente tem um contracondicionamento Hum então a pessoa pode por exemplo fazer uma técnica
de respiração tem um contracondicionamento para associar a exposição aquele contexto é uma coisa não nociva na exposição é só expor hoje eu apliquei um contracondicionamento hã na minha turma que dei um chocolate depois da prova eu brinco porque ocorreu um condicionamento não sei pessoas ficam tão ansiosas com as provas com as avaliações Não fiquem a parte do processo pedagógico dentro de um contexto acadêmico né Mas eu sempre dou um chocolate nessa ideia do contracondicionamento aí é então assim só para eu só só chamei a atenção nesse ponto antes de você entrar na próximo tipo de
memória que eu não quero sair desse ponto agora eh pra galera de casa entender que algumas formas de psicoterapia como por exemplo a cognitiva comportamental tem uma rota uma lógica e neurobiológica por trás dela né só para eu acho até que talvez a gente tem que pensar eu acho que a habituação como tu disse não não se encaixaria bem nesse nesse exemplo eu acho que ela é é uma forma de ex exatamente então até depois sim não mas depois você talvez chegue na extinção para isso porque a extinção ela tem a ver já daí com
essa Associação já formada a habituação ela tá mais para uma resposta que não tem um impacto assim tão grande em nível de do organismo é difícil de habituar uma resposta real de est né um estímulo que causa uma resposta real de estress por exemplo o trem ele é facilmente [Música] habituámos senão é difícil de habituar esse tipo de estímulo um tic-tac a gente consegue habituar né então ah sei lá a pessoa não pode mais estudar no seu ambiente de trabalho vai ter que ir pra sala tem aquele barulho Infernal Tic taque mas isso a gente
consegue habituar agora por exemplo se a gente tem uma resposta muito aversiva que engaja o sistema simpático sistema amalar e induz respostas mais fortes emocionais aí a gente tem já uma dificuldade para habituar né então a habituação até inclusive o início dos estudos da base neurobiológica da memória eles acabaram ocorrendo justamente por ter sido a habituação esse processo mais simples escolhido como alvo pelo Eric candel o Eric candel que ganhou um nóbel em 2000 pelos seus estudos com a base neurobiológica da memória ele escolheu a apl que é uma lesma do Maria califica muito simples
e uma memória muito simples para iniciar esses estudos e ele que percebeu que na habituação os neurônios sensoriais enfraquecem a sua a sua né as suas os seus impulsos conforme a estimulação é repetitiva e isso vai ativando mesmo menos as respostas motoras né no caso ele pegava lesma pegava um pincelzinho passava no cifão a lesma fazia assim retraia né passava numa parte lá da lesma e a lesma retraia o cifão assim a guelra que trair a guelra desculpe aí ele ficava passando o o pincelzinho no cifão e Com o tempo ela ia retraindo cada vez
mais devagar a guelra e daqui a pouco ela mal retraia a guelra quer dizer que ela habituou aquela resposta do pincel Porque se é realmente se se fosse uma uma uma extinção esse comportamento seria mais difícil porque anteriormente ele teria sido associado com uma coisa nociva né até É verdade foi uma minha porque neurobiologico um comportamento aversivo ele é neuroplastic mais Eh mais fixo digamos assim né Vamos chegar lá vamos chegar lá chegar lá mas vai lá próximo tipo de memória isso vamos pelas mais simples né Essa habituação ela é uma memória não associativa não
rola uma associação direta entre nada rola uma diminuição da resposta conforme né a reexposição ao estímulo tem uma outra não associativa ela é não associativa porque não é uma associação direta entre estímulos que a gente chama de sensibilização então a gente tá tranquilo de boa em casa de noite assistindo ali um net um um RD um RD aí de repente dá um trovão lá fora um barulhão mas um trovão aqueles perto da gente sabe uf aí a gente fica sensibilizado Pode ser que qualquer outro barulhinho que antes ia passar despercebido comece agora a nos alertar
então né claro vários estímulos podem fazer isso perceba que o trovão ele não tá associado diretamente com os outros estímulos que vão ter uma resposta alterada no futuro mas mesmo assim a resposta Muda então é a sensibilização isso geralmente engaja áreas de defesa como no caso dos mamíferos o sistema amalar que é ativo bruscamente e deixa nós nossos sistemas talam corticais mais enviesados para pensamentos negativos né o ledu chama o ledu chama de circuito de sobrevivência eu amo eu amo essa ideia ele tirou a lógica meio do da versiv ele chama de circuito de sobrevivência
maravilhoso Claro é claro é isso chamado anios que ele uhum descreve todo esse circuito muito bonito assim muito bacana é muito bom ele tem também uma revisão chamada refining the emotional Brain Talvez ele já tenha feito até a reinking né Faz tempo essa parada muda bastante né é exato viva ciência né a mudança é é é justamente a divergência a mudança que faz as novas coisas surgirem mas eu gosto muito da das discussões do ledu mas a sensibilização na aplis né também foi estudada pelo aí ele viu que a modificação é um pouco mais complexa
por exemplo se ele passava o pelo Eric candel né o Nobel que descobriu o sistema de memória neurobiologia deles Claro quando passava o pincel a guelra com o tempo ia diminuindo a resposta de retração né porque ela ia habituando mas se eu der um choque na cauda do animal Ah e ela não habitua mais aí ela vai demorar muito mais às vezes nem vai habituar porque aquele toquezinho do pincel agora mesmo que não esteja associado ao choque agora está mais ela está mais sensível aquele de estímulo sensorial ou seja só pra galera entender eh eh
quando você sofre algum tipo de trauma num contexto o teu cérebro fica mais suscetível a responder de uma forma exagerada em outros perfeito iso é uma generalização da memória de medo e isso provavelmente Foi útil para caramba do ponto de vista evolutivo né isso isso quando é associativa tem a memória a memória é quando é associativa é junto mas nesse caso da da Apia Mas você comentou o pincel foi passado no momento do choque ou Foram duas coisas distintas tu passa temporalmente foram coisas distintas tu passa ela retrai mas se você der o choque antes
ela vai demorar muito mais para habituar às vezes ela nem vai habituar porque ela ficou sensibilizada perfeito seria uma pessoa por exemplo que eh foi assaltada teve um trauma muito forte e começa a experimentar ansiedade em contextos que não tem a ver com assalto perfeit aí sim eu acho que uma uma ideia de sensibilização seria legal mesmo que não tem nada a ver com assalto não tem nada que ver Sei lá tá na sala de aula ali ISO Tá nervosa tá ansiosa perfeito perfeito meu celular no chão aqui e próximos tipos de memória legal que
a galera às vezes tá em casa pensando assim pô mas os cara estão falando de memória mas eu achei que eu ia estudar melhor mas a gente vai chegar nas outras memórias Pessoal vocês precisam entender que acredito que a maior parte é exato não E e essa e essa e pra galera entender as memórias até mesmo as memórias grande parte delas são não não explícitas né grande parte delas não são as memórias que você acha que é e no senso comum mas a gente vai chegar lá isso é importante separar bem isso porque a gente
ainda tá falando dos processos de aprendizagem porque depois a gente pode falar dos sistemas de memória porque quando a gente fala dos sistemas de memória lembrando aprendizagem alteração do comportamento frente à experiência sistemas de memória os sistemas né que incluem a nossos processos neurobiológicos que nós usamos para adquirir armazenar e usar essa informação no futuro duro em outras situações e mesmo modificar essa informação então habituação e sensibilização são tipos de aprendizagem tá alguns autores vão chamar de sensitização mas é sensibilização nós temos também as memórias e esses tipos de aprendizagem ó agora esses tipos de
aprendizagem E pior que memória assim vai abrindo várias cois porque existem memória de habituação que são as memórias geradas pela aprendizagem de habituação então por isso que gera uma certa confusão mas por exemplo isso não se aplica a tudo os dois próximos tipos de memória de aprendizagem que são os mais interessantes Na minha opinião que é o condicionamento clássico e O condicionamento operante esses podem induzir tanto tipos de memória declarativas como memórias não declarativas então por isso que a experiência de aprendizagem é uma coisa e os sistemas de memória que vão armazenar essa informação são
outros um mesmo tipo de aprendizagem como no caso do condicionamento operante pode gerar uma memória procedural ou uma memória declarativa então né Quais são os dois tipos de processos de aprendizagem por condicionamento O condicionamento clássico descoberto por Ivan pavlov e o condicionamento operante que é baseado na lei do reforço do Edward tnic mas que foi claramente né amplamente aperfeiçoado e aprofundado pelo nosso querido BF Skinner né um grande pesquisador e um grande cientista da área da aprendizagem cara muito inteligente né ele comentava que tinha até dificuldade né cara de e de Fato né até hoje
muita gente não entende ele né É não com certeza eu na realidade lembra tu lembra uma vez que abrindo aqui uma né os nossos bastidores mas Lembra na época lá dos cursos de verão né quando a gente tava empenhado junto ã antes de eu ler Skinner ele conhecia bem Skinner eu falava o que todo mundo falava sobre ele que ah ele é uma teoria ultrapassada mas depois eu descobri que cara Grand grandes pesquisadores cara por exemplo o próprio Robert sapolsky no livro behave fala umas paradas sobre Skinner que claramente ele não entendeu Skinner não é
verdade exatamente não não é não é verdade mas o pior de não ser verdade é que dá para ver que o jeito que ele escreveu ele não entendeu eu me lembro na aula de Stanford del ele fala ah the behaviors como se entrasse aqui saísse aqui como se foí é E ele fala também ah por que o por que o pato segue Ele dá uns exemplos lá que fala Putz cara esse cara não entendeu Skinner Skinner Skinner é muito complexo na realidade a ideia da análise do comportamento é muito complexa quando eu li o select
by consequences que Ele publicou na Science em 70 e alguma coisa um paper Eu Li Aquilo falei caramba cara isso daqui pra época era absurdamente inovador e genial porque eu não sou um select by consequences é um paper que Ele publicou na Science seleção por consequência dá pr pegar o livro O último livro um dos últimos livros dele que é o the contingen of reinforcement ele ele sintetiza essas ideias também e eu acho muito bom como é que como é que a gente ó vocês sabiam que ele conseguiu identificar supertição em pombos como é que
alguém demonstra superstição em pombos né O que que é superstição superstição é quando a gente faz emite uma resposta comportamental acreditando que ela vai levar a uma determinada consequência só porque no passado coincidentemente por sincronicidade né Não nem vou usar esse termo mas por coincidência os eventos ocorreram ao mesmo tempo então sei lá né ah antes de entrar em campo o cara fez assim e fez três Gol ou deu deu pulinho jogador assim deu pulinho pé direito e daí em humanos é fácil ou levar o pé de coelho né achando que vai dar sorte então
em humanos é fácil a gente pensar em comportamento supersticioso mas olha o que Skinner fez ele pegou colocou pombos em diferentes caixas e deixava lá os pombos e ele deu reforço para esses pombos num intervalo de tempo variável né Não me lembro exatamente qual é o esquema de condicionamento perdoe-me analista dos comportamentos preciosista mas eh ele deixou os animais recebendo recompensa de tempo em tempo e mas não pelo comportamento que o animal tava Tava fazendo o animal simplesmente recebia recompensa de tempo em tempo não importa o que ele tava fazendo quando ele terminou o processo
de condicionamento cada pombo tava fazendo uma maluquice diferente um tava virando pra esquerda o outro tava dando um pulinho o outro abria uma asa o outro dava uma bicada cada um com sua superstição fazendo aquele comportamento em uma frequência maior né associando aquilo a a consequência positiva começou a repeti o comportamento que ele fazia momentos antes de receber a recompensa que era que era no intervalo de tempo exatamente não importa o que ele estivesse fazendo mas coincidentemente algumas respostas foram sendo selecionadas cara se você fizer isso com o humano provavelmente seria muito parecido fizeram fizeram
com jogos com os jogos com com alavancas com botões deixa o cara numa caixa Aí do nada digamos isso é eticamente impossível mas Digamos que vamos montar um exemplo hipotético você deixa o cara privado de comida o cara com fome numa numa caixa e e intervalos regulares e fixos de tempo você larga uma comida ali um Donut um brigadeiro alguma coisa é muito provável que o humana em algum momento vai começar a associar Pô eu mexi nessa cortina aqui os caras me deram comida e aí você vai começando a repetir aquele comportamento fizeram isso com
alavancas e botões eu vou aqui não ser muito preciosismo preciosista porque eu não me lembro exatamente do estudo faz tempo que eu li mas eh era um jogo que a pessoa ia ganhando pontos ela ia ganhando pontos era uma recompensa e aqueles pontos eram depois traduzidos em dinheiro ou alguma recompensa real pra pessoa né E ela na realidade não não importa o que ela fizesse enquanto ela tivesse ali parada na frente das alavancas e dos botões gan ela ia ganhar mas muitos do das pessoas que participam algumas identificam essa estratégia e não fazem nada e
ficam ali ganhando mas muitas ficam testando algumas ações do botão e coincide de aqueles botões de alavancas ganhar o ponto e algumas delas criam estratégias depois elas explicitamente ainda falam referem não tem que apertar três vezes o botão puxar alavanca e eu me lembro que isso Eu me lembro que tinha um que tinha até um movimento que tava fora que era bater na perna ou algo do tipo então a pessoa fazia alguma coisa nos bã e ainda batia na perna acreditando que aquilo que tava dando cara fechando essa parada e voltando depois os tipo de
aprendizagem não eu gosto eu anoto aqui o assunto que a gente parou Antes de abrir o parênteses para retornar depois depois a galera fica pistola nos comentários mas eu acho que uma parada que justifica muita gente não entendu o Skinner cara é que a galera não compreendeu que ele não quer ele não quis dizer que se você tiver uma se você tiver um reforço tanto positivo ou negativo ou se você tiver uma punição tanto positiva quanto negativa você vai ter a ausência do comportamento ou a existência do comportamento Mas é uma questão probabilística Car probabilística
não a natureza do fenômeno o comportamento é probabilístico é isso tal qual variação num bico de as de aves numa ilha enfim só pra galera que eles não aí o cara fala pô mas eu eu fiz isso e fui punido mas não éa ahi a criança botou o dedo na na tomada e botou de novo um cálculo Cara às vezes você vai trabalhar você não gosta do seu emprego mas então é punitivo nesse aspecto mas você precisa do salário Então reforçador nesse aspecto e essa soma toda o final vai ser um resultado que a probabilidade
daquele Claro claro é isso né Por exemplo Ah eu dou eu dou o chocolate para minha filha minha filha não fica birrenta né mas não quer dizer que vai ficar só quer dizer que realmente que quer dizer isso que se você der o chocolate quando a criança fizer birra a a probabilidade que ela venha se comportar novamente de forma birrenta no futuro aumentou exato exato probabilidade quer dizer que vai acontecer de novo não pode ser que nunca mais ela faça uma birra na vida mas se você reforçar uma vez a birra a probabilidade é que
muda é então eu realmente eu concordo contigo azen eu acho que um dos grandes Mal entendidos para alguns cognitivistas tá nessa questão das probabilidades né até o próprio schom que teve algumas questões relacionadas a isso no seu volta lá boa é verdade e operante condicionamento clássico e operante então primeiro vamos no clássico né o clássico ele é muito interessante ele governa algumas regras do comportamento importantes que é é o seguinte condicionamento clássico é aquele que ocorre com respostas que são eliciadas pelos estímulos perito o que que isso quer dizer que se o estímulo ocorre a
resposta também ocorre não é por exemplo assim ó se eu tô caminhando na rua os as guzin as gzin estão jogando bola na rua a bola Vem vindo na minha direção ela não sou obrigado a chutar essa bola né eu posso chutar ou não mas agora por exemplo se alguém me aponta uma arma normalmente eu vou ter modificações de alerta modificações né de de né de estado simpático aumento do batimento cardíaco e tudo isso não não é não tá sob meu controle Isso vai ser eliciado pelo estímulo Uhum Então não está sob o controle é
uma questão né de ser pensado não está totalmente sob o controle exemplo por exemplo pra galera é vou dar um exemplo o primeiro do pavil que é o tal do cachorro né Por exemplo você passa na frente de uma primeiro com a gente né Você passa na frente de uma pizzaria você tá né com uma certa restrição alimentar Por mais que você né esteja ali na vibe de Não não vou comer pizza Quero manter o shake e tal o que que vai acontecer vai ter algumas respostas que vão ser eliciadas como por exemplo a salivação
só te falar da Pizza já amou um pouco de salivação E essas respostas elas não são assim eu posso ou não salivar você não controla isso vol voluntariamente ou dirigid M como eu prefiro falar você quem controla isso é a parte autonômica do seu sistema nervoso seu sistema nervoso visceral que é o sistema nervoso simpático e parassimpático principalmente né que controlam isso então se você tem o estímulo a resposta ocorre por exemplo se eu mostro um bife para um cachorro esse cachorro tende a ter a resposta de salivação e eu não preciso explicar mostrar anteriormente
condicionar o cachorro para isso exatamente o o cachorro ele já já tem essa resposta incondicionada ou seja uma resposta que não foi condicionada o a palavra condicionada cara para muita gente é difícil entender ISO seria quase como se fosse associado né vai condicionado passou pelo processo de condicionamento já vamos chegar seja é uma condição para existir vamos lá ó então o que que é o processo de condicionamento né para dizer que algo foi condicionado então vamos pensar no caso do bif e da resposta salivação nesse caso não tem nada de condicionamento aqui é tudo Inc
o estímulo é incondicionado porque ele causa uma resposta incondicionada no Animal sim mas é que a palavra incondicionado para quem tá tá começando a estudar Isso muitas vezes é confusa Eu já tentei eu já dei aula sobre isso não sei se na sua experiência de professor isso acontece mas pô o que que é condicionado incondicionado é tipo você não precisou ensinar o o cão antes que o bife é gostoso ele sabe isso é inato é inato é algo que você não aprendeu algo que não lhe foi condicionado é tipo você encostar numa chapa quente você
vai tirar a mão você não precisou aprender antes isso é é uma resposta reflexa exatamente eliciada pelo estímulo então a gente pode imaginar O condicionamento clássico como a aprendizagem de respostas reflexas esse caso é um exemplo também perfeito então no caso de incondicionado é isso o bif Não precisei passar pelo condicionamento pro bif causar aquela resposta é inato nós já havíamos programados para isso entendem então agora por exemplo seu for comer sushi que Originalmente eu não gostava de sushi Uhum eu tenho que passar por um condicionamento para gostar de sushi eu experimento aquele negócio ali
no início eu não gostei mas talvez eu vá provando de novo e tem toda uma experiência social envolvida e eventualmente eu vou gostando daquilo seria diferente já não é mais por condicionamento clássico essa aprendizagem tem a ver com condicionamento operante as os reforços que estão envolvidos com manter ou não o comportamento a resposta comer suti Ok então assim condicionamento clássico só para pra galera uma resposta deixa eu então deixa vamos lá ela é complexo galera e aí que tá a gente tem que entender isso explicar O condicionamento é um processo complexo a gente tem que
dar nome a cada elemento digamos assim parte do fenômeno então a o estímulo incondicionado é o que causa a resposta incondicionada isso tem que tá bem claro por exemplo o bif causa salivação um barulho muito alto acima sei lá de 100 dbis causa uma resposta de sobressalto pode causar uma resposta de emocional de medo né uma cobra causa uma resposta emocional de medo é eliciado Ah mas eu tenho um amigo que é biólogo gosta de cobra mesmo ele vai ter respostas eliciadas de medo ele pode cognitivamente ainda assim atuar naquele contexto mas as respostas de
medo estão presentes ele pode ter menos menos por exemplo assim devido à inibição né isso mas ainda assim elas provavelmente bem provavelmente estarão lá presentes né Se tiver tudo ok porque existem alterações nesse processo Mas ó então no caso do do bif tá é que tem uma questão muito interessante vai ser interessante a gente falar sobre isso no caso do bife ã a gente vai ter a resposta incondicionada de salivar se eu tocar um sino bater o sino ali pro cachorro vou ter a resposta eliciada de salivar não Porque inicialmente o estímulo sino para a
resposta salivar é neutro isso é importante sem relação nenhuma né porque às vezes a gente fala assim ah porque às vezes a gente Ah o estímulo é um o sino é um estímulo neutro né ã mas ele não é ele causa por exemplo um sobressalto se tu tocar um sino no lado do cachorro O cachorro vai te pelo menos te olhar é uma resposta né mas paraa salivação o sino é um estímulo neutro mas aí olha só o que pavlov descobriu né ele descobriu que se ele fazer o pareamento dos estímulos ou seja uma associação
entre os estímulos ele faz com que um estímulo que é neutro adquira a capacidade do estímulo em condicionado de causar a sua resposta para relembrar então o que que o pavlov fez ele combinou ele pareou o bife com o sino então ele tocava o sino dava o bife tocava o sino dava o bife cada vez que o cachorro via o bife ele salivava na presença do bif e do Sino E daí que qual foi a grande conclusão a grande sacada é que depois de um tempo você tira o bife o bif deixa de estar presente
e só toca o sino e o cachorro passa a salivar agora ora para o sino o sino nesse momento depois do condicionamento Deixa de ser um estímulo neutro paraa resposta salivação e se torna um estímulo condicionado dessa resposta e a resposta salivação frente ao sino é uma resposta que foi condicionada por isso a gente chama de resposta condicionada perfeito passou por uma associação mas inicialmente precisou ter a presença da incondicionada né para fazer isso e obviamente pessoal tem uma repercussão gigantesca inclusive na clínica quando a gente trata diversos pacientes tem inúmeros exemplos disso mas antes
o que que acontece se você continua batendo o Sino Na ausência da carne aí a gente vai ter o processo de extinção né se a gente continuar batendo o sino muitas vezes na ausência da Carne a resposta de salivação que era alta na presença do Sino depois que houve O condicionamento essa resposta tende a cair com o tempo e aí é o processoo de extinção deixa eu pegar um gancho pra gente exemplificar o que tu quer dizer que eu já saquei nessa parte Clínica do tratamento das memórias traumáticas é transtorno de estresse postraumático a gente
faz isso basicamente E aí depois tem outro fenômeno que já aproveito e deixo o gancho para você que é a recuperação espontânea isso perfeito cara O paciente com tept com transtorno de estresse pós-traumático você você faz a extinção você dessensibiliza ali e eles fala que tá tudo bem já consigo lidar bem Eu tive um acidente de carro ele associou não consegue consegue mais entrar em carro e pegar a BR porque ele teve um acidente Aí você faz todo um tratamento repõe aos poucos ele consegue andar de carona volta dirigir el e fala tô bem dá
um determinado tempo que ele fica uma semana sem andar de carro na hora de querer entrar de novo travou cara processo de recuperação espontânea vamos falar disso posso traumatizar um pouco o nosso público Então vou traumatizar né O Pequeno Albert conhece pequeno Albert né conç John B Watson ele não era assim um não é na realidade um dos meus dos meus cientistas favoritos na realidade longe disso eu tenho até uma certa viagem de negatividades em relação a ele porque não era uma pessoa muito agradável em vários aspectos Leiam sobre ele vocês vão entender o que
eu quero dizer e para consolidar essa ideia inclusive ele fez um experimento ele queria mostrar que o O condicionamento clássico lá do do Ivan pavlov era funcional por exemplo para condicionar o comportamento humano aí ele pegou um bebê humano né imagina a universidade permitiu isso né nem lembro mas ó pegou um bebê humano galera e ele começou a expor esse bebê a diferentes animais peludos né como um cachorrinho um macaquinho e um ratinho branco e Vejam só né uma criança ainda sem poucas associações poucos condicionamentos só respostas mais né ela vê aquela aqueles bichinhos ela
não tem respostas defensivas que a gente tem quando a gente tá na presença de um estímulo aversivo isso é importante tá quando a gente tá na presença de estímulos aversivos nós tendemos a criar estratégias de esquiva de defesa de luta né Então olha que o o Watson pensou Será que se eu associar os bichinhos peludinhos a algo que causa as respostas aversivas na criança as respostas defensivas na criança eu consigo como o cachorro aprendeu a salivar comino fazer a criança a né ter medo dos animais aí o que que o Watson fazia ele expunha a
criança aos bichinhos e fazia um barulho muito alto para essas crianças esse barulho era assustador causava uma resposta de medo na no pequeno Albert essas crianças não no pequeno Albert foi só um tá ã e esse pequeno Albert ele começou a associar começou a ocorrer realmente O condicionamento e ele começou a ter respostas de medo associadas aos bichinhos por quê Porque o Watson batia num negócio que fazia um som muito alto lá fazia um som desagradável e isso foi condicionado então o bichinho que era um estímulo neutro pra resposta de medo passa a ser um
estímulo condicionado a resposta de medo ou seja depois sem aus sem o som o pequeno Albert já não os bichinhos chegavam ele já tinha uma resposta desagrada uma resposta de medo examente e sabe qual qual é o grande problema o grande não já é tem um monte de grandes problemas aí né mas olha só o Watson ele queria fazer associação Direta com um tipo que era o ratinho de laboratório só que houve uma generalização condicionamento aversivo trabalhar com Memórias de medo essas memórias elas são muito fáceis de ocorrer o pequeno Albert não fez uma associação
apenas ao ao rato ele começou a generalizar e a iação É o quê É ele começar a ter as respostas de medo não só com aquilo que foi associado ao sino mas generalizar a memória de medo esse aprendizagem de medo né para outros estímulos próximos então né a gente tem essa ideia de que ah às vezes os os estudos com cachorro com rato tão muito distante mas não tão né Principalmente n você for olhar Adriano se você for olhar toda a base da terapia das terapias comportamentais é uma extrapolação de estudos experimentos com animais clo
Claro você for ver que que é uma só pra galera que não é da da Psicologia terapia comportamental não é uma coisa só existem várias né Eh mas no caso quase todas elas ou se não todas compartilham um mecanismo em comum que é o que a gente chama de análise funcional você faz uma análise da função do comportamento da pessoa não necessariamente da topografia do comportamento mas da função e tenta modificar algumas peças ali dentro do possível para tentar alterar a existência ou qu aquele comportamento é prejudicial tenta ampliar o repertório da pessoa e eventual
ente utiliza algumas abordagens da cognitiva para mudar o raciocínio pensamento etc que que Teoricamente seria tudo comportamento mas se divide para ficar mais fácil do paciente entender eh então toda a base e de tratamento de por exemplo tept fobia etc é uma generalização de estudos com animais né claro Inclusive a gente pode pensar Vamos pensar exatamente no assim a gente tem clássicos exemplos de estudo com animais dessas Memórias de medo né Eu estudei muito tempo essas memórias que são por exemplo a gente coloca um ratinho numa caixa uma caixinha inicialmente uma caixa um novo ambiente
para um rato ele não tem necessariamente uma uma relação de aversão não vai induzir respostas defensivas né no no nosso animal mas aí de repente eu dou um choque nesse animal nessa caixa aí agora ele teve uma experiência aversiva nesse ambiente o choque sim causa respostas defensivas né uma respostas de stress no Animal aí em outro momento no segundo dia por exemplo re expõe o animal essa mesma caixa agora ele não fica tranquilo ele começa a ter congelamento de medo o Freezing né o famoso Freezing ele começa a ficar ali paradinho num canto né pelor
içado todo todo né Agora vamos pensar Quanto isso se reflete por exemplo num quadro de uma fobia escolar uhum Vamos pensar numa criança no bullying isso então a criança ela vai pra escola a escola é um ambiente nesse ambiente a gente não não espera que tenha atrelado estimulação aversiva mas ela encontra lá o o o como é que é sei lá o manda chuva ou aquela pessoa que quer né tirar com a outra cometer o bullying né um acaba tendo experiências negativas sociais acaba tendo experiências às vezes negativas com professores que não entendem muito bem
o papel da aprendizagem querem forçar coisas fagir de algumas formas e às vezes encontram a escola um ambiente desagradável né institucionalmente institucionalmente pouco né pouco incentivo tudo às vezes caindo aos pedaços dependendo do lugar com pouca infraestrutura então isso vai criando em algumas crianças né algumas talvez mais suscetíveis isso vai cri principalmente que não tem um outro ambiente fora dali que faça um contrapeso né claro que faça um contrapeso ou que não tem uma estimulação exatamente que não tem um outro set né mas então isso vai criando uma associação aversiva com o ambiente escolar aí
a mãe vai percebendo o quê O que que é as respostas frente a um estímulo a mãe ou pai né Porque também tem grande papel nisso vamos relembrar né mas o que que vai se se pensando né O que vai se estruturando ali a criança começa a criar estratégias de não ir pra escola ou vai mal nas provas estuda ou exatamente associa com o estudo já não gost estud exato estudo até o estudo Ah não vou nem mexer nesses livros porque é o livro que o cara bate lá e derruba no chão no corredor né
enfim então vai se criando várias associações e isso vai causando uma evitamento e uma esquiva do ambiente escolar e do estudo né E daí sim e nesse aspecto Aí sim não mas nesse aspecto a dessensibilização sistemática ela é realmente pode ser útil para induzir a extinção da resposta então aí o que que é a extinção né a extinção lá no caso do Ratinho é o reor o animal à Caixa várias vezes porque daí o congelamento as respostas de medo do Ratinho vão ir diminuindo conforme eu Rexon o animal à Caixa na ausência do Choque então
se eu ir re expondo a criança aspectos do estudo da escola relacionados à escola mas sem o bullying sem aquela condição precária isso pode fazer com que a criança recupere um pouco mais né Eh eh tire um pouco essa versão né essa relação aversiva Mas aí tem o problema que você disse porque isso foi uma extinção e a extinção ela não faz a criança esquecer de tudo negativo que ocorreu com ela na realidade a extinção ela funciona muito mais para diminuir a componente da memória emocional relacionada mas a cognitiva tá lá a criança ainda lembra
e tal então depois de um tempo o que que pode acontecer voltar as respostas emocionais isso é a recuperação espontânea Às vezes isso pode inclusive e digamos que não não tem uma recuperação espontânea e tal mas no futuro essa criança entra numa faculdade ou mesmo num trabalho que seja um local aversivo para ela porque o chefe é um merda ou porque enfim qualquer outra coisa esteja acontecendo ali e consequentemente vai ser uma pessoa vulnerável a abrir lá na frente um quadro de ansiedade generalizado ou mesmo depressão Néo perfeito perfeito isso mexe né no sistema amalá
essas memórias de medo elas dependem de um núcleo galera que é um núcleo o ledu Como disse é o nosso centro de sobrevivência a amídala cerebral ela detecta as ameaças do ambiente e se você codifica nessa amídala cerebral Memórias de estímulos que não deveriam ter essa característica aversiva isso pode ser muito prejudicial na nos a gente vai chegar na parte molecular da formação de memória n vamos falar um pouco mais so então ok condicionamento clássico é isso é o processo em que nós temos uma resposta iniciada pelo estímulo e que quando é esse estímulo que
ele se a resposta é associado a um estímulo neutro para essa resposta ele induz esse estímulo neutro a ter a mesma resposta tornando esse estímulo neutro num estímulo condicionado perfeito e assim virtualmente falando você poderia criar qualquer Associação com qualquer coisa como por exemplo sei lá você superstições associações de se você fizer Uma Coisa Acontece aquilo mudando essas coisinhas você poderia ensinar uma criança por exemplo praticamente com qualquer Associação dependendo se fossem respostas eliciadas pelo estímulo porque veja bem né Se a gente quiser condicionar respostas que não são eliciadas pelo estímulo a gente tem que
usar outra estratégia de condicionamento que é o condicionamento operante vai lá ã parênteses rápido é importante a gente tá ciente desse condicionamento clássico e a resposta ser eliciada pelo estímulo porque muitas vezes isso pode ser usado de estratégia para causar malestar ou Sensações desagradáveis com grupos políticos grupos religiosos uma estratégia que os nazistas usavam por exemplo era atrelar os judeus a a coisas negativas assassinos bandidos pedófilos pess pessoas com com vírus que iriam passar alguma doença isso então não mesmo que isso é desmentido depois isso né Mesmo que isso fosse desmentido depois a sensação desagradável
associada à palavra judeu ao contexto a cultura judia causa né acaba relacionando Uma emoção desagradável em nós então isso tem muito a ver com os por exemplo o pânico moral essa estratégia de tentar demonizar um determinado grupo também tem a ver com as memórias implícitas que governam os nossos preconceitos e estereótipos então muitas vezes a gente é associado a coisas negativas com uma determinada etnia com um determinado grupo e daí depois quando a gente tem é exposto a esse grupo essa resposta aversiva que foi associada esse grupo vem e a gente acaba tendo respostas defensivas
e respostas que prejudicam a nossa relação com esses grupos Cara eu tenho um Eu sei que não é o tema do podcast mas eu vou abrir aproveitando teu parentes antes da gente ir pro condicionamento operante perfeito Porque de fato a gente tá falando de comportamento e acaba caindo nessas nessas nesses nichos né nessas searas CL eu tenho uma aula lá no RD eh que eu falo sobre não lembro exatamente qual que é o tópico da aula sobre dinheiro talvez alguma coisa assim e ou sobre não lembro e eu falo sobre a minha opinião não é
a minha opinião na verdade mas o que que seria o mais eh ideal para cotas né e eu comento assim eu falo pessoal é muito difícil você pensar do ponto de vista de aprendizagem que uma criança Branca cresça num condomínio estude numa escola onde só tem brancos e o única pessoa de cor é a filha do faxineiro que ganhou uma bolsa ali na escola eh depois chega na Faculdade Federal enxerga um monte de de gente diferente de todo jeito é óbvio que essa criança vai ter um preconceito ali porque ela foi não ela foi privada
no seu processo de aprendizado a ter exposição e aprender a conviver com com um número maior de de pessoas de com outro tipo de divers com uma diversidade maior E aí eu falo lá eu falo ó eu acho que não sou especialista nessa área posso estar falando uma grande bobagem mas eh do ponto de vista de aprendizagem seria interessante ter cotas na infância porque aí não chegaria a ser estranho paraa pessoa a conviver com pessoas diversas não sei se isso se encaixa no que você tá falando aqui eu acho que assim porque não teria essas
associações você cresce convivendo com todo mundo você não vai chegar lá na universidade totalmente perdido sem ter totalment perdido não mas tendo sido privado de conviver com um grupo mais diverso de pessoas e você ficou aprendendo a vida inteira que o filho a pessoa negra é o filho da faxineira na escola particular que você estudou e tal se tivesse uma diversidade maior desde pequeno talvez nem surgiria o preconceito porque paraa criança o mundo sempre foi daquele jeito é uma é uma perspectiva interessante né claro faz sentido na real essa questão do do preconceito dessas associações
elas ocorre em dois níveis né porque por isso aí a diferença de aprendizagem e memória é interessante porque esses condicionamentos eles podem ser gerar tanto memórias declarativas associativas como algumas memórias não declarativas a gente já já vai falar sobre a diferença esses tipos de memória mas de modo geral a gente pode pensar em explícito e implícito explícito é assim ó eu não gosto isso não sou eu falando galera não faço Record mas eu não gosto de aí o cara do canal de cortes pega só essa parte de agoraa parte né E já me destrói minha
reputação nem vou falar agora não mas então assim ah eu não gosto de uma etnia eu não gosto de uma etnia tal ponto e eu explicitamente falo isso essa etnia me causa um malestar é desagradável estar com essas pessoas Isso é uma posição uma memória explícita você sabe que sabe existe uma condicionamento clássico associando aquela emoção negativa aquele grupo e você sabe que que é isso e é aquilo né tem a clareza disso é explícito você conscientemente sabe disso exatamente agora existem respostas que são implícitas e é isso o principal culpado do racismo estrutural do
racismo real mas mas é o que eu acho que acontece quando você priva uma criança de conviver com uma diversidade de pessoas mais chance de criando sem a criança saber direito Li ela fala não eu não sou racista mas ela tem comportamento a única vez que ela vê alguém negro não é na escola é no noticiário que tá falando de assassinato exatamente ou alguém que na posição social tem algum demérito sofre bullying não sei o qu ISO perfeito e daí isso vai daí você pode até que a criança cresça e diga explicitamente eu não sou
racista mas não existe muito isso de é na realidade você se comporta como rac assim Todos nós somos transversos por esses vieses implícitos né depois quem quiser pesquisar pesquisa os testes de vieses implícitos do projeto implícito de Harvard você faz testes lá que mostram quanto das tendências de implícitas você tem de preferir uma etnia a outra gordo a magro jovem a idoso mulher homem ou você colocar uma você colocar uma imagem por exemplo eh de um piquinique agradável e uma pessoa branca e a pessoa tem que clicar um botão exatamente aí depois associa é mais
difícil para uma pessoa associar uma imagem de uma pessoa negra com uma coisa agradável ela demora um pouquinho mais ou seja o cérebro sabe de alguma forma ela o cérebro tem aquela informação ali e muitas vezes é isso esse era o meu ponto que eu queria falar talvez a gente conseguiria reduzir eu sei que é impossível mas uma das possíveis alternativas seria jogar Desde do início tá ligado porque a Às vezes o pai é racista e a criança fala eu nem tô entendendo o teu comportamento porque na escola eu convivo com todo mundo entende o
que eu quero dizer e mais e mais que isso até no material didático né isso a gente tá aprendendo agora eu tô inclusive trabalhando como Conselheiro editorial da editora sofos nós estamos criando algo bem novo bem inovador não robem nossas ideias mas que é justamente utilizar neurociência para realizar um material didático então o nosso nova coleção de livros didáticos da editora sofos ela tá sendo baseada numa instrumentalização neurocientífica de diversidade de de tipos de domínios neurocognitivos tá ficando bem legal né mas você entendeu o meu ponto eu entendi e eu voua isso aí que eu
queria não e eu vou colocar nesse ponto uma coisa importante além da inclusão de cotas desde a infância é desde a infância por exemplo do ter acesso a um livro com a imagem de uma negro um negro mar de um de uma pessoa indígena de uma pessoa né de outra etnia porque tu imagina cara o moleque lá no condomínio fechado na escola particular no clube de futebol desde pequeno só com amiguinho Branco chega numa Federal uma galera diferente para caramba o cérebro Exatamente é outras pessoas são que os sapos que fazem diferença são eles é
são eles exatamente Ah não daí abre outro dia se a gente fala sobre isso que é muito interessante volta eu acho bacana essa distinção dele do nosso cérebro fazer essa separação e condicionamento operante condicionamento operante ó pessoal Se alguém for fazer corte e e tirar do contexto essas essas falas que a gente fez aqui sobre sobre racismo eu vou dar Strike no canal e vou processar olha aí ó olha aí fornecendo o contexto explicando a consequência de um comportamento Isso quer dizer o quê que o comportamento inclusive de fazer um corte invado é um é
um comportamento operante exatamente O condicionamento operante ele tá relacionado com as consequências do comportamento A análise funcional né Ela é baseada muito nessa ideia do do comportamento operante como chamava o Skinner e a ideia do condicionamento operante como nós utilizamos mais na neurociência tá é importante salientar isso tá Skinner e a neurociência cognitiva eles não se comunicam totalmente e algumas teorias T um certo escopo tem uma certa forma de leitura dependendo da área mas na neurociência a gente usa o condicionamento operante de skin né eu tava lendo um livro um parênteses antes de você voltar
no condicionamento operante eu tava lendo um livro esses dias de um primatóloga que eu não vou lembrar o nome cara é o vus é o FR FR w Fran de w Fran de w ass o livro chama grande matriarca uma coisa assim é um livro sobre uma primata lá e aí teve uma hora que ele desceu o pau no no no no no behaviorismo cara E aí ele falou assim não mas como é que pode o behaviorismo Tá certo se o animal fica enjaulado ele fez ele comentou algum experimento que o animal teve uma resposta
tipo assim ele quis eu não lembro exatamente o contexto do experimento até postei no story falei cara nada a ver isso aqui porque não estudo da moral não lembro cara era com gato Ah não então não não o que que ele quis dizer eu não lembro o contexto tá me perdoem aí eu não vou lembrar exatamente o desenho experimental a gente acaba lendo muita coisa né Eh mas basicamente ele a crítica que eu fiz foi assim eh o gato estava enjaulado e o gato tinha uma preferência ou para um alimento na verdade dera um alimento
pro gato mas ele não emitia a resposta que se esperava porque o alimento é recompensador mas no contexto experimental tinha um ser humano perto eu falei cara você tá desconsiderando que o bichinho é um bichinho social se tem um humano perto ali Talvez o comportamento dele seja Pado enfim aí eu eu falei Aí parei de ler o livro não li mais eu sinto muito que as pessoas elas têm uma dificuldade muito grande de entender o qu elas são influenciáveis a gente quer est no controle e é um excelente patólogo tá só deixar claro aí pelo
amor de Deus CL Claro e não e eu acho isso muito importante eu acho que discutir as ideias de alguém inclusive quando a pessoa tá errada em um ou outro ponto em algum aspecto na nossa percepção acho que é plenamente importante a gente fazer essas reflexões críticas sobre o que eu acho que ele ficaria feliz se ele tiver ouvindo isso lendo isso Ele ficaria feliz da gente Depois eu vou te mandar uma foto do livro para você vê a parte exatamente Que el ele tem um outro livro muito bom também que é será que a
gente é tão esperto a ponto de entender o quão espertos são os outros animais eu tenho esse livro também eu comprei esse outro é muito bom é ele tem umas Sacadas Geniais procurem depois que vocês saírem daqui procurem aí experimento ã e Fran a gente vai colocar o nome em algum lugar aqui o nome certo não sei se pode fazer isso mas vai colocar o nome aqui procurem o experimento dele sobre moral em Macacos e daí vocês vão ver bem legal é inclusive é um condicionamento operante mas depois a gente fala sobre isso lá vamos
voltar lá condicionamento operante né o O condicionamento operante então ele é baseado principalmente na ideia do reforço a ideia do reforço não é uma ideia de Skinner inicialmente na realidade outros boristar já tinham dado a ideia do reforço dos efeitos das Recompensas né como o Edward Thorn que enfim mas quem Claro foi os digamos assim usou essa teoria entendeu O condicionamento operante de várias formas utilizou ele por exemplo para fazer pombos né jogarem ping-pong Então se vocês procurem aí pombos jogando pingpong jogando basquete tamb jogando ratos jogando basquete exatamente tem o professor Elder da inclusive
o professor Elder é um analista de comportamento muito legal para prer vou passar assim tem uns até que ele faz elefante cara os elefante cooperado umas formas legais assim bem interessantes é é é muito legal esses esses experimentos né mas ó vamos Então vamos explicar o que é o condicionamento operand O condicionamento operand decorre dez respostas que vão né ocorrer quando o estímulo Não elicie essa resposta então por exemplo eu tenho esse copo de água aqui aliis isso quem tá só nos ouvindo eu tenho um copo de á um copo sem água mas um copo
aqui esse copo ele bom ele não me força a pegar ele e beber como por exemplo uma arma me força a resposta de medo ou por exemplo a pizza me força a salivação esse copo não me força a ter a resposta de pegar ele a beber né mas por exemplo se tiver água no meu copo né então inclusive vamos vamos até né fazer na prática aqui obrigado é obrigado quer um café drino depois depois a gente toma um cafezinho não sei é 3 horas né então tempo aí tempo tem tem tem tempo se passar um
pouquinho tem problema não não tem agora é 3:30 mas tá num contexto de de uso cognitivo Então pode se quiser ele já pega ali para você tá Ah é às 3:30 eu sempre Brino com o meu aluno Eu tenho um aluno já te falei né eu tenho alguns alunos do n o Nat e o João abraço eles são do RD inclusive gostam bastante e daí eu sempre brinco com eles quando eles estão com um café muito perto das 3 horas ó o Weslen vai brigar com vocês é muito legal bom mas Vejam Só galera então
O condicionamento operante esse copo aqui ele é um estímulo né para mim mas ele é um estímulo discriminativo ou seja ele fornece contexto para que eu Execute a resposta de pegá-lo e tomar mas não é porque ele tá com água aqui que eu necessariamente vou fazer isso né Isso depende do meu histórico de contingências com esse copo Depende de como foi a minha relação com copos de água em geral no decorrer do meu histórico ah como no bev eu vou te interrompendo como no behaviorismo e no na análise do comportamento os termos são importantes Inclusive
a gente gast investiu um tempinho ali eh conceituando O condicionamento claro o que que são contingências pra galera entender eu eu entendo o que tu quer dizer eu sei o que mas só para galera entendeu o que que são que que são contingências é o histórico das relações entre estímulos respostas e consequências que são induzidas por essas relações então por exemplo no passado inúmeras vezes quando eu estava privado de água eu executei o comportamento de pegar um copo e beber a água e isso fez com que eu deixasse de estar privado de água durante aquele
período ou diminuísse essa privação foi reforçador para foi reforçador atuou como uma recompensa para mim isso aumenta a probabilidade que o comportamento pegar o copo ocorra novamente no futuro entende Então essa é a ideia do condicionamento operante nesse caso aqui é um condicionamento operante por recompensa positiva por quê Porque eu estou adicionando um estímulo e esse estímulo aumenta a probabilidade desse comportamento uh toda a recompensa faz isso aumenta a probabilidade de um comportamento mas às vezes a recompensa é positiva quando eu ganho algo depois da resposta ou a minha recompensa é negativa Por exemplo algo
desagradável pode ser retirado de mim então se eu fizer determinada resposta eu me livro de algo que tá apertando o meu dedo é o exemplo é tipo trabalhar para você tá individado você ganha um salário e resolve um problema pode ser uma um reforço negativo você tirou um problema que tava ali que era dívida isso isso reforçou o comportamento do trabalhar perfeito isso mesmo perfeito perfeito e já uma punição em vez de aumentar a probabilidade de um comportamento a a punição ela faz o contrário ela diminui a probabilidade de um comportamento e ela também pode
ser positiva quando eu adiciono um estímulo por exemplo cada vez que o indivíduo coloca o dedo na tomada ele leva um choque Então esse choque é um estímulo que é adicionado ao indivíduo e isso causa né um um uma determinada resposta e por uma determinada consequência né que é uma consequência negativa ali pro pro indivíduo e isso diminui a probabilidade tende a diminuir a probabilidade que eu coloque o dedo novamente na tomada de novo probabilidade né aquela história de que a botou o dedo uma vez na tomada nunca vai pôr de novo não tem Tem
pessoas que vão ter que pôr 20 vezes para aprender eu tomei dia quatro não mas ó então Eh já a a punição negativa em vez de eu receber um estímulo que diminui a minha resposta eu posso perder alguma coisa que eu gosto que é prazerosa ser retirada um estímulo de mim então por exemplo se eu ã castigo um castigo né mas por algo que eu fiz né é tipo eu executei um comportamento e perdi as horas de videogame perfeito isso tirou uma coisa positiva Exatamente porque eu fiz algo e daí se isso mudar a probabilidade
isso é importante também essas análises funcionais elas só são válidas se realmente isso aconteceu então se realmente o fato de perder o videogame fez com que eu jogasse menos bola dentro de casa Sei lá aí sim isso essa contingência é real ex e assim só pra galera entender na maioria das vezes é um bololô inteiro né você você é reforçado tanto positivamente quanto negativamente a gente divide Mas é uma complexidade absurda e tem os esquemas de reforçamento também a forma como você dá a recompensa o tempo comunidade verbal então o tempo depois que leva paraa
consequência acontecer o nível de valor daum da Val Dai tudo isso vai interferir nesse processo de aprendizagem por condicionamento operante perfeito uma coisa só para até eu não sei se você acompanha essa literatura né na na na psicoterapia Clínica a gente tem a abordagem mais tradicional e que com com razoável aí grau de evidência científica que é terapia cognitiva comportamental ela epistemologicamente falando tenta unir conceitos do comportamento do behavorismo com cognitivismo é bastante útil na prática assim no mundo real digamos assim fora da academia eh e a a terapia cognitiva comportamental ela foi abrindo novas
ondas eh foi abrindo novos braços Então você tem algumas eu não sei se você sabe dessas desse conteúdo que eu tô te informando agora ou é um pouco da TCC eu conheço um pouco é aí tem por exemplo a comportamental dialética tem aceitação e compromisso é isso já não conç é por exemplo tem uma terapia chamada terapia de aceitação e compromisso que é quase como se fosse uma especialização da TCC para alguns casos clínicos como por exemplo dor crônica tem a comportamental dialética terapia comportamental dialética que é quase como se fosse um tipo de TCC
mais vinculada para um tratamento de transtorno borderline parece que se ensaios clínicos ela se sai melhor que a TCC clássica então vários pesquisadores pegaram a TCC clássica e foram especializando ela para diferentes quadros clínicos que que tá acontecendo agora cara olha que legal tô te informando isso porque eu sei que você vai achar legal eu acho eu acho que você vai achar legal uma tendência verbalista é é imaginei Pior que é existe uma nova abordagem é encabeçada pelo Stephen Hoffman e pelo Steven hayes que inclusive um deles é o criador da ACT então eles meio
que estão voltando atrás eles publicaram um paper falando assim o futuro das intervenções em ciências psicológicas na clínica eu vou te mandar esse paper depois é um paper de opinião que eles publicaram em 2019 se eu não me engano eles basicamente falaram assim cara eh a gente tem que o resumo completo assim eles falaram cara a gente tem meio que parar de criar especializações de terapia porque no final das contas vamos voltar a fazer análise funcional que é o que vai funcionar aí eles criaram uma nova abordagem terapêutica que ainda tá sendo implementada já temos
manuais para utilizar na clínica mas tem um pequeno gargalo metodológico em estudos clínicos que eu já posso explicar que é uma terapia chamada terapia baseada em processos então você extingue a necessidade de um diagnóstico que todas as outras são pautadas num diagnóstico e análise funcional tá nem aí para diagnóstico você tá olhando alguns comportamentos no contexto específico que ele ocorre e ele tira nesse nessa terapia baseada em processos você tira a necessidade de um diagnóstico e você trata em vez da manifestação clínica que a depressão ou o transtorno borderline você trata os comportamentos que estão
sustentando aquilo basicamente com um Core de análise funcional perfeito no teia isso tá sendo muito importante né em teia adulto em teia sem especificador cara porque o movimento psicoterapêutico Clínico inclusive por criadores de outras abordagens criadores cara de outras abordagens pautada em cima de um contexto diagnóstico de uma lógica diagnóstica meio que tão sugerindo pessoal acho que não é esse o caminho que nós temos que seguir vamos voltar a fazer análise funcional E ele fala no artigo temos que voltar a fazer análise tá escrito temos que voltar a fazer análise funcional é é uma prática
muito boa a análise funcional é uma prática muito boa eu acompanho um canal não sei se posso falar sobre canais aqui posso porque é um realmente vale muito a pena pessoal é o Luna aba eh o Luna aba É é na realidade pelo Dr lucelmo Eles falam bastante de teia TDH e eles usam um diagnóstico mais nesse sentido de ter um escopo um salvaguarda do histórico de contingências quando você tem um diagnóstico aquilo não fala sobre o comportamento do indivíduo em si naquele momento mas ele fala sobre a manifestação do comportamento do indivíduo em vários
outros momentos exatamente cara e outra o dsm hoje tá sendo muito criticado Claro tem por diversos problemas que ele tem cara excesso de comorbidade eh pouca não baixou prevalência e nem entendimento da dos transtornos psiquiátricos da neurobiologia E aí Parece que o mundo dentro da psicoterapia tá caminhando para esse lado Então olha aqui só PR só pra galera entender também o porque que você fala tanto esse nome análise funcional análise funcional análise funcional análise funcional não é uma coisa que você vai botar no Google e vai ver que os papers os os artigos e os
livros são de 1970 80 tá acontecendo um movimento hoje dentro da psicoterapia indo para esse lado então só para deixar claro a importância do do que ele tá falando aqui até porque o c lá do TCC um dos CS refere-se Justamente a ter bebido das Águas da análise do comportamento uma coisa que eu acho interessante eu vou até abrir aqui essa reflexão né até se tem mais estudiosas da epistemologia aí podem comentar depois mas eu acho interessante que no início das ciências ditas cognitivas né elas acabavam elas acabaram tendendo a uma ideia de processamento da
informação relacionada às teorias da informação né Principalmente baseada nas ideias da Computação lá do touring nas ideias da Computação da cibernética do do vinner então várias ideias as lin né começaram a ebulir nesse período da década de 40 50 na área da informática e da ciência da informação e aí os cognitivistas começaram a pegar aquilo não então o cérebro trabalha como um computador o que ele faz é um processamento serial e tal um algoritmo paralelo enfim mas algum tipo de algoritmo e só agora a gente tá conseguindo usar de fato os algoritmos que o cérebro
faz nas máquinas que é a inteligência artificial O que faz uma inteligência artificial é aprender por reforço muitas vezes eu sei existem outras redes mas maior parte das redes as redes bem eficientes elas trabalham mudando os pesos né das seus neurônios artificiais Com base no reforço então interessante né Na realidade agora que a gente tá fazendo os computadores trabalhar mais como cérebro humano e não o contrário perfeito perfeito bom condicionamento operante então revisando né revisa então O condicionamento operante ocorre quando nós temos um estímulo discriminativo como esse copo de água que não elicie uma resposta
mas ele fornece um contexto para que essa resposta ocorra e a o que vai determinar se essa resposta vai ou não ocorrer é Como ocorreram as consequências das minhas relações com esse estímulo no passado então por exemplo se eu estou privado de água eu vejo esse copo com água no passado quando isso ocorreu eu Realizei o comportamento de beber água e fiquei novamente satisfeito saciado desse dessa privação então no futuro eu tendo a fazer esse movimento na presença de um copo de água nesse caso aqui então isso é uma resposta operante mas ela se dá
em vários contextos vou dar um exemplo de sala de aula né Muito prático então eu tô ali explicando algo em sala de aula algum aluno meu levanta a mão para fazer uma pergunta ou algum aluno meu faz uma pergunta eu olho para ele não agora não Ou dou uma resposta ríspida para ele ou falo não nada a ver qual a chance de quando eu né ou novamente ouvir uma dúvida durante o conteúdo ele ven levantar a mão perfeito ela diminui comé então se eu quero promover uma sala de aula né Saudável em que meus alunos
perguntam questionam colocam ideias eu tenho que reforçar isso nos meus alunos eu tenho que fornecer Recompensas então ah o aluno falou uma com todo respeito M uma besteira absurda mas a até nairda na na na na besteira mais absurda possível você consegue tirar alguma coisa para demonstrar aquele aluno que ele tá pensando sobre o conteúdo que ele chegou a uma conclusão errada você ignora a besteira absurda e reforça o comportamento Dele ter falado perfeito exatamente ó vejam e como a questão é importante vejam como coloc então é perfeito essa ideia do O condicionamento operante ele
vai muito mais do que o Ratinho né com fome apertando uma lavan ganhando recompensa que também é um exemplo de de condicionamento operante mas ele opera em vá vários e vários comportamentos esse aí seria um exemplo acho que que a galera muitas vezes me manda caixinha lá eu evito falar cara porque até você explicar é um trabalho enorme assim às vezes não vale a pena o esforço Mas mentira surge daí Claro CL cheg frequência da mentira exato você a mentira funcionou Claro de tirou um problemão que poderia acontecer você perpetua aquele comportamento lá na frente
Dia a Dia Da galera né então se você reforça isso né isso é importante se a gente começa a prestar atenção nessas relações estímulo resposta e consequência a gente consegue trabalhar o nosso próprio comportamento né ser menos influenciável por exemplo ã dentro de um certo limite é Claro porque isso também é uma certa influência como a gente tava brincando ali né porque quando a gente escolhe né ser menos influenciável por ideias da Psicologia de certa forma a gente você tá sendo influenciado pela ideia da Psicologia né então dig acho que você quis dizer é talvez
ser influenciado por variáveis mais benéficas e nas respostas Essa é sempre importante né nesse focar no processo focar no comportamento cara eles falam tanto isso velho que por exemplo eles dizem assim você se por exemplo a perda de um familiar num contexto de um paciente você na sua análise identificar que não tem efeito nenhum hoje na vida dele você não vai trabalhar aquilo perito é uma per mas não tá gerando nenhum tipo de discussão Ignora isso a gente quer lidar no comportamento naquele contexto esse vídeo eu vi te eu e eu falei em aula no
dia que eu vi inclusive chegar em aula e comentei ó hoje eu vi um vídeo do esen galera olha que reflexão interessante que ele falou e falei essa reflexãoo e o legal na terapia baseada em processos é que eles trazem dois níveis eu vou te mandar um livro depois se você tiver interessado nisso eles trazem eles explicam como você fazer um diagnóstico Baseado Em análise funcional eles explicam um modelo em rede para você plotar os comportamentos e o que tá reforçando o qu exatamente cara você bota várias caixinhas isso aqui reforça isso e se tiver
inibindo aquele comportamento você não coloca uma flecha você coloca um símbolo Tipo na qu e as alunas e alunas de Psicologia ó fiquem ligados nisso criar esses mapas para cada paciente para cada cliente e olha que legal ele pega esse mapa e eles sugerem que você plote esse mapa em cima de um quase tipo um tabuleiro de xadrez com vários várias dimensões então tem a dimensão afetiva tem a dimensão comportament mental explícita tem dimensão legal legal tem a dimens tem várias dimensões dimenso self tem umas dimensões tirando as componentes exatamente E aí depois você vê
aonde que vale mais atacar eles dão critérios Por exemplo essa caixinha aqui esse comportamento tá afetando grandes outros ele é Central enfim e aí Ali você decide e tem um outro ponto que eles trazem é você analisar eh outros componentes como por exemplo um nível que eles chama de biofisiológico Então se o paciente dorme se o paciente se exercita se o paciente perfeit uso excessivo de psicoestimulante tudo que pode estar influenciando então enfim só para fechar esse tópico e e deixar claro pra galera Mas voltando no no condicionamento operante então assim lá no início a
gente abriu um grande uma grande Janela dos das aprendizagens né perfeito condicionamento operante assim como o clássico a sensibilização e a habituação seriam uma forma de aprendizagem alterações do comport alterações do comportamento decorrentes da experiência perfeito Tem algum forma de aprendizagem que você quer trabalhar então na realidade aí essa eu eu eu penso que essas quatro formas de aprendizagem elas abarcam grande parte do comportamento humano para alguns autores elas podem inclusive abarcar satisfatoriamente grande aspecto é isso mas existem alguns tipos é que as outras formas elas dependem não só de sistemas de de aprendizagem e
memória mas também de funções executivas por exemplo resolver problemas através de processos de tomada de decisão raciocínio lógico isso é muito mais eu posso aprender algo através das minhas funções executivas Mas isso é um processo mais enfim não mnemônico e não natureza de aprendizagem Adriano e memória cara a gente falou então até agora sobre aprendizado né os quatro grandes processos que você citou a gente sabe que o seu objetivo não era esgotar o tema e trouxe aqui o que que tem na literatura né Dos quatro grandes a importantes como a gente falou tem uma grande
repercussão Clínica tem uma grande repercussão na vida aí de muitos profissionais da psicoterapia nutricionistas e outros profissionais da área da saúde é um conhecimento que é teórico mas bastante prático quando a gente faz uma translação pra clínica e memórias cara então beleza A gente tem esses tipos de aprendizado isso e o que que seria uma memória seria a retenção disso o armazenamento disso uma memória uma lembrança sim Poderíamos dizer que é informação relacionada à retenção da aprendizagem algumas dessas memórias mas é melhor a gente pensar a memória não como o elemento que é armazenado mas
como um processo na realidade um não inúmeros processos um fenômeno com inúmeros processos então memória a gente eu gosto de pensar memória mais como sistemas de memória porque não existe só uma forma da gente formar e adquirir memórias no nosso cérebro embora várias regiões e mecanismos sejam compartilhados em diferentes tipos de memória cada tipo de memória vai ter um aspecto específico da sua neurobiologia e daí eu tô falando em tipos de memória Então a gente tem que pensar como classificar As Memórias aqui assim como na aprendizagem é importante a gente relembrar uma coisa nós na
ciência gostamos de criar categorias rótulos e de dizer isso é isso Ah isso é aquilo né a gente define coisas uhum só que lembrem que a natureza ela não vem com rótulos ela não vem com uma etiqueta né é a gente tenta porque é útil né pra gente conseguir isso trabalhar mas realmente é um contínuo né É difícil de é o problema da demarcação na realidade é um dos problemas mais grav mais difíceis de solucionar na ciência né até o que que é ciência ou não é um problema difícil então demarcar na ciência realmente é
difícil então eu vou apresentar alguns dos rótulos e categorias mais discutidos na literatura em relação às classificações dos diferentes tipos de memória de novo impossível esgotar e Existem várias e né hipóteses às vezes que convergem divergem enfim é a minha a literatura com qual eu tive a minha experiência até então o que tem nos livros Tex isso claro então vamos lá na realidade a memória ela pode ser dividida primeiramente em pela sua duração então eu posso adquirir informação da aprendizagem e reter essa informação por curtíssimo tempo por um tempo um pouco mais duradouro e por
um tempo bastante duradouro então eu tenho memórias que são de muito curto prazo que duram alguns segundos a alguns minutos né algumas dessas memórias a gente chama de memória de trabalho até que ela é muito mais uma função executiva do que de fato um sistema de aprendizagem em memória a memória de trabalho é uma memória de muito curto prazo que nós usamos para armazenar informação apenas por tempo suficiente do queê executar uma uma tarefa Por exemplo agora tu acabou de tomar nota de algo que eu falei eu imagino que você não tenha anotado ponto a
ponto do que eu falei e apenas extraiu ali um significado e anotou que era importante e relevante para essa para esse trabalho para essa operação por isso essa memória de trabalho que você utilizou ou por exemplo uma memória que você tá utilizando ou que alguém utiliza para gravar um número de telefone é o exemplo clássico mas gravar um número de telefone por tempo suficiente para digitá-lo no aparelho maior parte de nós em segundos já esqueceu porque o tá utilizando essa memória executiva essa memória executiva Ela depende de modificações muito pouco duradouras nos neurônios apenas ali
uma facilitação de resposta sináptica alguns neurônios que vão ficar disparando um pouco mais depois do estímulo aqui no lobo parietal né alguns estudos com macaco rezos é bem legal aparece o estímulo na tela tá ã e isso aciona alguns neurônios lá do Lobo temporal por exemplo e esses neurônios eles ficam ativos um pouquinho mais de tempo por alguns segundos depois do estímulo e só depois que eles vão voltando ao ao disparo basal Então essa modificação é muito rápida depende só Ide de facilitação sináptica liberar mais neurotransmissores facilitar a resposta do neurônio que vai receber o
neurotransmissor Então essa memória de trabalho também depende do lobo frontal tá eu falei do do Lobo parietal mas o lobo frontal é quem vai selecionar e colocar atualizar o conteúdo da memória de trabalho e a gente pode colocar nessa memória de trabalho várias informações por exemplo existe uma componente da memória de trabalho que a gente chama de alça fonológica nessa componente da memória de trabalho a gente acaba processando os constituintes relacionados à linguagem então né as áreas de broca que é uma área aqui do lobo frontal mais inferior assim como a área de verni uma
área do Lobo temporal né ali próximo do Giro superior ali próximo do Giro angular elas são áreas de processamento de linguagem elas operam na memória de trabalho nessa alça fonológica existem áreas do cérebro que vão estar envolvidas com o que nós chamamos de esboço Viso espacial então agora para eu lembrar que o Wen tá aqui que a câmera tá ali que o microfone tá aqui posicionar os elementos nessa cena visualmente falando eu tô utilizando essa área da né esse mecanismo essa parte da memória de trabalho depende do lobo cpital de áreas da percepção visual né
de vias visuais ã e eu tenho ainda o buffer episódico dentro da memória de trabalho que integra isso tudo e faz com que a gente tenha digamos o nosso streaming funcionando então né a alça fonológica os aspectos visoespacial acontecendo simultaneamente e dando continuidade dando uma estrutura perfeito perfeito essa seria digamos a memória eu sei que não temporalmente falando é difícil de colocar mas a de curtíssimo prazo assim digamos curtíssimo prazo é muitas vezes em alguns livros textos vocês vão ver como memória de curto prazo mas a maior parte dos estudos mais modernos da neurociência quando
a gente fala em short term Memory ou memória de curto prazo a gente não tá se referindo necessariamente a uma memória de trabalho pode ser que seja Mas normalmente a gente tá se referindo a memórias que não foram consolidad perfeitoo o que que seria uma memória de curto prazo então né então por exemplo né você lembrar sobre essa definição de memória de trabalho daqui a umas 6 horas e não lembrar mais depois então é muito mais de quando você evocou digamos assim né se você evocar até uma janela de 6 12 horas ainda não deu
tempo para que os processos de consolidação da memória que vão gerar uma memória de longo prazo no nosso cérebro ocorram então essa memória ainda é de curto prazo não há garantia de que ela vai ser consolidada se for evocada nesse curto intervalo de tempo né de algumas horas depois da aprendizagem uhum Ok lembrando a memória de curto prazo Pode sim ser essa memória de trabalho mas outros tipos de memória também podem ser considerado Memórias de curto prazo já a memória de longo prazo seria depois da janela de consolidação E aí essa janela de consolidação o
tempo que leva para consolidar uma memória de longo prazo Ela depende do tipo de memória mas em geral é algumas horas porque a consolidação da memória Ela depende da síntese de novas proteínas Ela depende que o as árvores dendríticas de diferentes áreas do cérebro se se remodel que a sinapse se remodel a gente vai vai vai chegar especificamente nesse tema então assim beleza uma das formas de caracterizar a memória é por meio do tempo dela da duração dela a gente teria três grandes a memória de curtíssimo prazo de trabalho operacional a memória de de curto
prazo e a memória de longo prazo perfeito quais seriam as outras formas de classificá-las né classificá-las perfeito então agora a gente pode classificar caramba né meu para quem não estuda isso pô não tem como os caras fazer decidir só dois tipos para facilitar noss Pois porque assim eu tenho que ter essa diferença porque a memória de trabalho ela tem uma uma certa consistência até assim ó a gente pode imaginar a memória de trabalho em relação aos outros sistemas de memória como uma memória rado é é qu A Liga o comp e abre um programa Word
uhum se a gente abrir um arquivo que tá armazenado no HD esse arquivo pode ter sido salvo ontem há uma semana há um tempo atrás isso seria essas Memórias de curto e longo prazo de referência mas se eu abrir o arquivo e trazer ele ali pra tela essa informação ela é carregada numa memória temporária do computador chamada memória RAM só por tempo suficiente de executar o trabalho as tarefas necessárias do programa e depois eu fecho e apago aquilo da memória RAM para não sobrecarregar a memória RAM inclusive se eu operar demais a memória RAM o
computador fica lento assim como se eu tentar carregar demais minha memória de trabalho eu não vou conseguir porque ela tem uma um limite uma capacidade isso é muito legal né alguns estudos mostram inclusive que para para alguns tipos de de de informação essa memória de trabalho tem o limite entre sete mais ou menos dois o George Miller escreve um livro chamado o mágico número sete para comentar que se eu dou assim uma sequência de números e peço para você gravar você tem certa facilidade aí em média de sete a mais ou menos dois itens depois
disso com comece complicado exatamente por isso que não é tão impossível gravar um número de telefone mas imagina se o número de telefone tivesse 13 13 dígitos para você gravar ninguém ia gravar já ia ser bem difícil perfeito perfeito né ninguém é difícil né Tem umas pessoas que tem umas cognição incrível bom então a memória de trabalho tem esse caráter executivo isso é importante é uma uma função executiva um é um processo cognitivo também mas eu diria que ele tá num domínio neurocognitivo diferente dos domínios da aprendizagem em memória embora essas separações é a gente
que dá né Tudo tá trabalhando ao mesmo tempo junto vamos pra memória então agora os outros tipos de memória a gente pode classificar As Memórias como declarativas e não declarativas tá foca nessa câmera aqui rapidinho em mim bora Essa é a parte que você que estudante de concurso que precisa aprender todas as regras de português estava esperando porque agora nós falaremos da parte da Memória também e declarativa que é o que comummente vocês conhecem como memória né só para deixar parte exatamente né porque na realidade dentro das memórias declarativas nós temos subtipos pessoal desculpem não
sou eu que faço as taxonomias Mas quais são os subtipos da memória declarativa a memória episódica e a memória semântica o que que seria uma memória declarativa rapidamente é aqu é isso bom a memória a diferença da memória declarativa para não declarativa é que a declarativa no momento em que eu evoco a memória eu tomo consciência dessa Evocação Ou seja a minha consciência é ocupada por essa Evocação da memória por exemplo se eu tentar lembrar agora do dia em que eu estava num sítio e que algo aconteceu eu vou ter que conscientemente evocar essa informação
para que eu possa acessá-la é diferente de uma memória não declarativa que eu não preciso conscientemente evocá-lo por exemplo basta eu subir na minha motocicleta que eu sei qual é o conjunto de movimentos e executo eles para dirigi-la sem a necessidade de estar conscientemente pensando ah eu tenho que girar a chave Ah eu tenho que apertar o botão ligar o pisca na eu tenho que ligar o pisca Isso é uma memória muito mais procedural não declarativo Ou seja que eu não declaro para mim mesmo quando eu evoco Ok uhum isso é a mesma coisa então
que declarativo eu posso dizer que é explícito e não declarativo é implícito tá é a mesma muito interessante esse autor procurem que ele separ implícito e explícito é melhor falar implícito e explícito porque quando tu vai estudar num animal lá water é uma memória episódica que a gente tá querendo acessar ali como é que você vai chamar de declarativo o roedor tá declarando mes Tem como dizer ISO então é melhor falar explícito você pode dizer que camente o animal está evocando a resposta mas e dentro dessas memórias explícitas teriam dois tipos então As Memórias declarativas
ou explícitas s dois tipos Quais são os dois tipos de memórias declarativas ou explícitas as episódicas e as memórias semânticas Por exemplo agora eu tô evocando um monte de memórias semânticas o que que são memórias semânticas Memórias de ideias de fatos de teorias e fatos que eu não vivenciei que eu não estava lá presente naquele momento até depois a gente fala sobreo mas então a memória semântica ela tem esse quesito relacionado a fatos ideias teorias né já a memória episódica ela tem a ver com a experiência em que eu vivi em que eu estava lá
em que eu vivi o episódio então por exemplo se no futuro alguém lembrar desse podcast de tá assistindo esse podcast em um determinado contexto vai est evocando uma memória episódica mas se algum no futuro lembrar a diferença da memória episódica para memória semântica com base nesse podcast ela não lembrou do podcast ela lembrou da diferença entre as ideias Então ela teve uma evocou uma memória semântica perfeito então uma memória episódica é a memória de um episódio aquela navegar no tempo mentalmente né Ah volta ao meu passado para que no passado eu eu consiga ver o
que aconteceu e a semântica é lembrar de ideias fatos teorias perfeito perfeito Ficou claro ficou Claro eh dentro desses tipos de memória como é que funciona a formação delas você tem o aprendizado essa informação é retida como que acontece Muitas delas são por aprendizagem por condicionamento operante embora outros tipos de aprendizagem estão envolvidos com a formação dessas memórias né então por exemplo eu quero formar memórias semânticas com mais eficiência Então como é que se formam as memórias semânticas Como eu disse Muitas delas por aprendizagem por condicionamento operante então o reforço é importante a consistência né
emitir essas respostas e ter um reforço é importante por isso o treino de testes questões com feedback é sempre algo favorável para melhorar as respostas dessas dessas memórias semânticas aumentar o escopo né ou seja quem tiver estudando para por exemplo um concurso é interessante que se põe à prova para responder pergun exatamente com uma certa periodicidade né H depende do tipo de conteúdo enfim mas de certa forma repetir a exposição em termos geral em termos Gerais é importante Se retim e testar a a cada intervalo de tempo assim durante o estudo Eu tive um eu
li um paper que saiu na Science um tempo atrás sobre diferenças de técnicas de estudo é tudo feito num contexto muito específico claro né diferente de um de uma pessoa que tá estudando concurso e tal mas eles testaram algumas coisas como você fazer resumo mapa mental e o que eles chamam de revisão ativa que é você copiar o conteúdo digamos fechar o caderno e tentar l assim O que você aprendeu né uma revisão que envolveria aquele grau de esforço de tentar buscar o que você armazenou e esse grupo se seu melhor do que os outros
Olha só e Existe alguma lógica para isso no seu entendimento eu acho que no entendimento do Skinner né e detalhe só quando você pergunta para eles Qual método provavelmente funcionou melhor eles julgam que esse foi o pior Olha só eles acham que fazer resumo talvez por construir algo físico Olha o Masso de folha eu estudei mais só que parece que o que importa é você tentar buscar aquilo na tua cabeça eu diria que isso é importante mas talvez o que mais importa é o feedback porque tentar buscar e saber que buscou certo entendeu porque daí
Isso é uma consequência positiva Então essa ideia de se pôr a prova é importante o próprio Skinner Ele criou uma coisa chamada de machine learning né nas ideias assim mais porque o Skinner além de cientista ele ele era um filósofo do análise do comportamento né o sobre o bivoro é um livro de filosofia ele escreve depois um outro livro o walden né dois o walden 2 ali ele ali ele ali ali é o ponto nevrálgico de muita crítica né a galera leu só esse e fala que ele viajou na daí não entendeu também na realidade
o que ele quis dizer com o walden 2 porque o que ele quis dizer com o walden 2 na realidade é algo que eu defendo é o ensino da dos processos comportamentais e da metacognição desde sempre entendeu tu nasce numa sociedade em que tu entende como teu cérebro e teus processos comportamentais cognitivos funcionam tu não aceita sei lá a alma o Liv arbítrio x y z como uma explicação direta PR causa do comportamento então Claro ele viajou em alguns aspectos Óbvio nós viajamos todos nós mas o que eu quero dizer que a ideia por trás
de que a gente ter uma sociedade que entende as bases né do que hoje é discutido na psicologia na neurociência como parte de um conhecimento básico sobre nós mesmos pode de fato fazer a sociedade ficar melhor então nesse aspecto eu acho legal e daí voltando ali na na porque o que o Skinner Ah tá a machine learning porque ele notou o seguinte ó inclusive quem já leu o livro análise do comportamento dele viu que esse livro é escrito nesse modelo que é a seguinte é uma série de questões com uma lacuna onde você tem você
Tem que completar então por exemplo em uma resposta de em um condicionamento clássico a resposta daí tem uma lacuna o estímulo lacuna e resposta Então nesse caso a lacuna tem que ser proig tida por elicia a resposta então no condicionamento clássico o estímulo lacuna a resposta osta a resposta correta para essa lacuna é elicia você preenche isso e já vira a página quando vira a página vai dizer se você acertou ou errou e vai ter uma outra questão e isso vai te dando um feedback direto ali se você acertou ou errou cada questão Então qual
é o grande problema disso né É que daí o método de a de ensino no caso o livro que tá ensinando ou o tem que ter um objetivo muito claro e saber qual cada resposta que o aluno tem que aprender para poder chegar ao aprendizagem final que é o teu objetivo então ah o indivíduo ele quer aprender a Constituição Federal ã tal parte porque vai cair na prova né então ele tem que ir aos poucos se submetendo a diferentes estímulos sempre com feedback para saber se ele Tá acertando E conforme ele vai progredindo e aumentando
ele vai se colocando a desafios cada vez mais difíceis então o grande problema é achar um digamos assim um programa de ensino bem instrumentalizado ex porque a chance de isso dar uma cagada e dar o evento oposto enorme se malfeito né Car se malfeito exatamente no pé né exatamente por isso alvo de críticas também por causa da machine learning né crtic mas assim eh Beleza então ocorre a a a gente tá falando da informação ela é adquirida Ah tá a gente ainda não tá falando das fases da memória ainda não estamos falando dos tipos declarativa
é dividida em episódica e semântica e as não declarativas aquelas que a gente não declara para nós mesmos são as memórias de habituação por exemplo você não fica tomando consciência que agora às vezes você pode até ó não não percebo mais o trem né fazendo barulho mas ela não é necessariamente Ela não é uma memória declarativa ela é uma memória não declarativa sensibilização também né você muitas vezes não nota o que te sensibilizou ou que te alterou daquela forma e e mudou as suas respostas As Memórias procedurais então aprender a executar um determinado comportamento repetitivo
automatizado ela também é um tipo de memória não declarativa mas essa aqui é importante salientar uma coisa nesse inicialmente essas memórias não declarativas procedurais muitas vezes são sim memórias declarativas que vão se transformar em memórias não declarativas por exemplo você tá lá aprendendo a dirigir um carro no início você declara para você mesmo o tempo todo ah eu tenho que botar na primeira porque botando na primeira vai o carro vai vai engatar né e eu vou poder tirar o pé da embreagem e acelerar Então você vai conscientemente pensando cada passo que você tem que fazer
para mover o veículo mas depois você né Depois que você aprende a dirigir você não faz mais isso Você dirige e pode estar conversando Ouvindo uma música Claro não é o aconselhável porque a tensão dividida não é muito boa mas você pode estar fazendo outras coisas com a sua consciência digamos assim que não vai prejudicar tanto a sua Performance em dirigir aquele veículo e é útil né né porque senão a vida do cara vira o inferno né claro imagina Ô Mateus liga o ar para nós aí por favor 23 aí imagina né Eh senão não
dá né Não só só um parênteses nesse aspecto cara o nosso cérebro em termos de número de neurônio tem muito neurônio no cerebelo né Tem tem a parte que mais tem neurone do c examente no encéfalo né no encéfalo como encéfalo isso perdão eh Será que é por conta dessas desse grande propensão que a gente tem a ser um mestre mestre não mas um animal é não sei talvez cara é que o o cerebelo ele tem uma função importante nessas respostas automatizadas também mas tem partes do cérebro como os núcleos da base do telencéfalo né
que são muito importantes para essas respostas automáticas exatamente né é interessante até pra gente pensar sobre essa diferença entre memória declarativa e não declarativa até entrando um pouco nas bases biológicas da memória tem um caso clássico que a gente tem que falar quando fala em memória né senão sem se se sair daqui sem falar desse caso alguém vai me vai me xingar na rua é o paciente hm né o paciente Hm o que que aconteceu Ele tinha uma série de crises epilépticas muito intensas com uma frequência alta e numa intensidade bastante prejudicial para ele então
se decidiu uma intervenção um pouco drástica vamos retirar uma parte do cérebro do paciente Hm que é o foco epiléptico né esse foco é é a área que inicia digamos assim as alterações de epilepsia isso foi ISO foi em 1950 né só isso por aí 1950 né não é um conhecimento assim tão antigo essa base neurobiológica assim como a própria neurociência né a neurociência tem foi na década de 70 que a gente teve a nossa primeira sociedade Mas então o vamos falar do paciente hm esse paciente hm com essas crises epilépticas ele precisou fazer essa
cirurgia bem invasiva de remover as áreas do cérebro que estavam envolvidas com o início da crise e era uma área do nosso Lobo temporal o lobo temporal é essa parte aqui mais lateral galera é legal de pensar algumas alguns fenótipos o o homem né Vocês sabem tem muito patriarcado essas coisas machistas mas o homem em alguns etnias envelhece primeiro aqui ó por essas regiões das têmporas né então é a região que conta o tempo logo a região temporal Então nesse Lobo temporal aqui na região mais Medial ou seja mais internamente dentro dele mais pro meio
digamos do encéfalo nós temos a formação hipocampal essa formação hipocampal tem vári é uma área do né relacionada ao córtex cerebral e ela tem um ela é uma área que possui neurônios piramidais muito responsivos que né disparam bastante que liberam bastante impulsos nervosos então é uma área comum de dar problemas epilépticos que é justamente um desbalanço na estabilidade cerebral né então pegaram e removeram esse lobo temporal medial do hm essa a parte medial do Lobo temporal e levaram junto o hipocampo do nosso paciente hm levaram a formação hipocampal dele aí ele acordou e né começou
a ser observado por uma grande neuropsicóloga chamada Brenda mner e a Brenda ela inicialmente notou que as crises né Na realidade inicialmente já se notou que as crises tinham sido realmente sanadas resolvidas ou diminuído bastante pelo menos mas veio junto um pequeno problema Talvez um grande problema né um grande problema com certeza um enorme problema um enorme um gigantesco problema sim galera talvez eu acho que o único problema que realmente eu tenho medo de AC eu ten muito medo cara quando me perguntam Qual que é o teu medo eu falo meu medo não consegui lembrar
das coisas porque tem adquirir conhecimento eu acho que é a coisa que mais me motiva E se eu perdesse essa capacidade ia ser muito ruim então você nem ia saber se perdesse também você não ia lembrar você ia conseguir então tô acabou dear pela calma uma das minhas dores Car viu eu sou psicólogo para isso que eu sirvo depois passa ali naag não Ó mas veja só então ã o lobo temporal Medial quando foi removido do paciente hm ele de resolveu o problema das epilepsias mas ele nunca mais formou novas memórias declarativas ele perdeu umas
também né perdeu algumas algumas para trás algumas para trás mas não muito no passado isso alguma coisa ali alguma faixa eu não me lembro o intervalo de tempo chega a ano mas é alguma coisa ao chegava né mas assim é uma é uma faixa de tempo curta galera já vou explicar o por isso Tá Mas ó ele perdeu então só vamos recapitular ele perdeu parte do Lobo temporal Medial que incluía o hipocampo e resolveu o nosso problema da epilepsia mas ele não formou mais memórias declarativas por quê Porque para formar novas memórias declarativas nós precisamos
de um hipocampo funcional de um hipocampo funcionando bem de um hipocampo ajustado ao nosso perfil neurobiológico para que as I possam modificá-lo então a gente descobriu o papel de uma área cerebral nesse caso a gente descobriu que se a gente tirasse o hipocampo de um indivíduo humano esse indivíduo humano não formava mais memórias declarativas aquelas Memórias de Episódio e aquelas memórias semânticas que eu comentei anteriormente mas daí a Brenda pensou Será que isso vai ser todas as memórias Será que se eu tiro o hipocampo realmente hipocampo é a Área das de formar qualquer tipo de
memória aí na sua Sapiência junto com seus colegas né bolou uma estratégia que é a seguinte Vamos ensinar o HM a melhorar alguma tarefa que dependa de procedimento uma memória procedural e daí o que ela fez ela botou o HM para desenhar uma estrela e a cada vez que ele desenhava a estrela olhando no espelho né isso olhando no esp que é bem mais difícil e daí Claro no início Você vai cometer alguns erros na segunda talvez fique um pouquinho melhor na terceira um pouquinho melhor aprendendo né Isso é um aprendizado ou seja possa tá
mudando em decorrência da experiência cada vez que né Aham e o hm aprendia o HM formava uma memória Nova procedural em relação a esse desenho por quê Porque esse tipo de memória não depende tanto assim de hipocampo na realidade ele nem depende assim de hipocampo ele depende muito mais de cerebelo e de núcleos da base e o louco ele aprendia a desenhar estrela ou seja se você plota os erros ali com os dias vai diminuindo os erros indicando uma alteração is poré ele não lembrava que tinha passado test ont ele tinha que se apresentar todo
dia neuropsicóloga porque ele não perguntava Você lembra que você fez isso aqui ontem eu não lembro mas ele aprendia o comportamento Eu imagino que isso deve ter sido um pouco triste pra Brenda imagina porque ela conheceu o HM melhor que qualquer pessoa no mundo porque ela atendia ele ela conhecia tudo sobre ele e ele nunca conheceu ela é todo dia tinha que conhec de novo né Pado não e o o próprio hm cada dia devia ser uma explosão de coisas porque ele tava sabendo fazer alguma coisa mas não lembro como aprendeu é exatamente devia ser
muito estarismo ali você sabe fazer mas não não sei como é que eu sei é muito interessante esse caso então o hipocampo ficou bastante associado com a formação de memórias e episódicas declarativas declarativas as semânticas também dependem do Lobo temporal bastante mas ela tamb explicar porque que ele não perdeu tanto para trás as memórias isso eu não vou deixar nemum pergunta em aberto aqui pessoal Eu Tô anotando tudo aqui e tô voltando nas paradas e é importante essa é uma questão importante porque ela Depende de ela pode nos ajudar a pensar em estratégias clínicas e
outras estratégias depois né porque olha só o hipocampo ele é importante para formar novas memórias declarativas mas não é no hipocampo que essas memórias vão ficar permanentemente armazenadas na realidade ele armazena elas por um tempo mas depois da de consolidar essas memórias declarativas a o hipocampo ele vai transferir essas memórias para outros paraas outras áreas do nosso cérebro e essas memórias deixam de ser dependentes do hipocampo então por exemplo as memórias que ocorreram muito tempo atrás na vida do HM elas já não estavam mais dependentes do hipocampo porque elas passaram por um processo chamado consolidação
sistêmica que é diferente da consolidação da memória que eu já vou comentar perito mas a consolidação sistêmica é essa transferência do hipocampo para outras áreas cerebrais bem na realidade os estudos mostram que a os efeitos mais significativos do Sono sobre a memória repousam nessa consolidação sistêmica em repassar essas memórias já de longo prazo para os outras áreas do cérebro para que elas fiquem de ainda mais longo prazo porque o hipocampo constantemente vai ter que renovar os seus engramas para est preparado para receber aquil novas informações exatamente perfeito claro isso são hipóteses né mesmo dentro da
neurociência da memória vai ter Ah não primeiro passa para outro lugar lugar e depois apaga do hipocampo daí o outro outro autor vai dizer não as coisas é ao mesmo tempo Registra no hipocampo mas já vai registrando no córtex então ainda tem uma certa discussão nesse nesse nesse aspecto mas já se sabe bem que o hipocampo não é o a biblioteca final das nossas memórias de longo prazo mas sim uma estrutura que é importante para formá-las e para redirecioná-la para outras áreas do nosso córtex se a gente por exemplo Analisa as a memória para as
palavras né a gente nota que ela tá espalhada de forma Global em várias áreas do nosso cérebro As Memórias sobre as palavras que nós conhecemos por quê Porque elas passaram pelo hipocampo mas já foram redirecionadas para outras áreas do cor perdeu o hipocampo e consegue lembrar de coisas da Infância e continua falando e continua pode lembrar de e assim eh em termos de eu eu acompanhava mais essa literatura quando a gente era colega de mestrado e doutorado eh especificamente na memória hoje invariavelmente preciso estudar um pouco mais né estudo mais coisas de relacionada a psicologia
e psicoterapia eh na época e eu não a gente sabe que pra ciência isso é pouco tempo mas às vezes para para um paradigma ser mudado basta algum grande experimento né Na época o que se tinha de melhor assim para explicar eh a formação de um engrama era a hipótese do Donald heb isso perfeitaa existe isso ainda é o é o estado atual do engrama a é uma das mecanismos tá relacionado explica pra galera o que que é Donald r o que que é qual que é essa hipótese é o Donald R ele escreveu livro
tem a ver com esses com essas parte de hipocampo e depois ir para uma consolidação sistêmica já Aproveita e já vai para esse lado também perfeito vamos construir as duas ideias juntas eu vou então falar um pouco sobre as fases da memória ao mesmo tempo que explico a teoria do Donald R daí a gente pode pode consiliar essas ideias então o Donald R ele foi um neuropsicólogo Talvez ele tenha sido o primeiro a utilizar esse termo mais é exatamente el arborista Lembrando que a neuropsicologia é uma forma da gente ver a a psicologia né dentro
de uma perspectiva neuro a gente vai pras escolas tem um monte de coisas diferentes mas ele era bevor por natureza né nasceu nesse movimento da psicologia e olha só que interessante né o Don Rob escreveu um livro chamado the organization of behavior e nesse nesse nesse livro The organization of behavior ele nos expõe a ideia da teoria Riana da altera de como as alterações podem ocorrer nas populações de os para que uma memória seja formada essa explicação é muito boa PR As Memórias associativas já As Memórias não associativas como habituação e sensibilização as modificações são
um pouquinho diferentes tá por isso que não dá para dizer que toda a memória se forma pela teoria hernana porque algumas não são exatamente como ele propõe mas a ideia por trás da teoria de heb está em todos os processos de aprendizagem vamos lá o que que é essa ideia Bom vamos dizer que num vamos pegar por exemplo aquele exemplo do rato que eu coloco numa caixa e dou um choque nele então eu tenho um estímulo que é a caixa a caixa vai ativar no cérebro desse animal alguns neurônios então tem alguns neurônios principalmente lá
no hipocampo em algumas células que vão ativar um padrão específico para aquela caixa isso quer dizer que aquele padrão e aqueles neurônios só respondem foram formados naquela experiência da caixa depois a gente fala sobre isso Mas eles só pondem aquela caixa se eu saio da Caixa já muda o padrão de disparos né tem muito a ver com as células de lugar as Play cells né e outras coisas assim que o pessoal estuda por aí mas vejam quando eu dou o choque eu vou ativar neurônios na amídala desse animal Ok a experiência do Choque ela ativa
áreas relacionadas à aquele detector da ameaça que a gente já comentou aqui aquele sistema de sobrevivência né que é a amídala do animal a grande sacada do donal R foi ess neur Together Together no sentido de que neurônios que disparam juntos fortalecem as conexões entre si conectam entre si Olha como isso ajuda a explicar uma memória aversiva então eu tô lá na caixa ativou os neurônios relacionados à Caixa de repente eu recebo um choque ativou os neurônios amares relacionados ao choque de repente por estarem ativados na mesma I eles começam a se conectar a formar
um engrama perfeito de conexão entre esses neurônios é tipo tá todo mundo os é como se um exemplo metafórico é como se tivessem várias pessoas abaixadas numa sala cada pessoa é um neurônio quando ocorre um choque 10 pessoas nesse em meio de 100 pessoas levantam uma olha pra outra e elas se dão as mãos perfeito tá daí esse é o engrama do Choque Esse é o engrama do Choque isso ou seja um número de neurônios que se ligou mas Lembrando que já tinha algumas pessoas de em pé Quem eram as pessoas que estavam de em
pé antes do Choque é as pessoas todo mundo da mão também que já estavam com a mão dada as pessoas da Caixa já estavam de mão dada para deixar complexo né mas ó vamos pensar Então nesse sentido ã vou voltar PR os neurônios embora podemos pensar como pessoas mas podemos pensar também como neurônios não pode ir pelo pelos neures tá isso então ã pensando nesses neurônios que ativam durante a caixa e os neurônios que ativam durante o choque se ativando ao mesmo tempo esses neurônios vão fortalecendo as conexões entre si e fazendo com que Então
olha que o que vai acontecer depois no futuro no futuro eu coloco o animal na caixa vai ativar os neurônios da Caixa vai horas é a caixa os neurônios são os neurônios da Caixa só que quando ativar os neurônios da caixa com quem esses neurônios estão conectados do Choque com os neurônios do Choque lá na amídala então quando eu ativar o neurônio da Caixa vai ativar junto os neurônios do choque e aí eu vou ter medo porque esses essa memória é uma memória de medo deu para entender essa Idea de ent deu perfeito Então nesse
sentido que que essas associações que a que a Teoria rebana é importante porque ela nos prevê como uma memória associativa pode ser formada a partir da comunicação entre diferentes populações neuronais perfeito Então antes esses neurônios não se comunicavam durante a experiência Eles foram fortalecendo as conexões entre si e esse fortalecimento da conexões entre eles faz com que agora o engrama da Caixa Ative o engrama do Choque então é um novo engrama associativo entre os dois estímulos e na ausência desse pareamento de estímulos ou reexposição à Caixa sem o choque os neurônios do Choque vão soltando
a mão dos neurônios da Caixa vão enfraquecendo né não soltam a mão eles só deixam um pouquinho mais fraquinha entendeu endi que seria tipo A depressão de longa duração ou não não não seria depressão de longa duração esses processos de potenciação de longa duração e depressão de longa duração são alterações ver com sinapse né Tem mais a ver com a comunicação com por exemplo o que fortalece as comunicações entre os neurônios são esses processos de ltp e ltd os dois o ltd embora ele enfraqueça a sinapses ele ajuda a modelar o engrama da forma mais
adequada para que o conjunto de neurônios seja bem específico para experiência perfeito e nesse sentido Adriano Eh esses neurônios que estão conectados juntos em um engrama seria a memória esse é o local físico da memória mória de uma memória de longo prazo de longo prazo que quem Pergunta Onde ficam as memórias então fica num conjunto de neurônio exatamente conjun lugar específico não é em um lugar específico tanto é que uma lesão cerebral num lugar pode fazer perder especificamente algumas informações e não outras então na realidade existe um conjunto de neurônios que armazena aquela informação e
alguns autores gostam de chamar de engrama ok Porque perfeito perfeito inclusive dá para manipular esses engramas olha só tem um cara aí depois pesquisem vocês vão pesquisar o susumo tonegawa posso est errando o primeiro nome mas é o tonegawa é é fantástico porque ele é um cara que trabalha com a optogenética a optogenética é uma técnica capaz de ativar os neurônios com luz daí olha que louco ele consegue mapear os neurônios que são ativos durante uma experiência e neurônios que não está não seriam ativados naquela experiência então por exemplo ele coloca um animal numa caixa
e por optogenética estimula os neurônios relacionados ao choque e o animal começa a ter medo da caixa que ele não levou um choque ele não tomou um choque e aí que que é isso falsa memória o cara implantou uma memória no rato com optogenética isso é assim ó para mim cheg a ficar arrepiado quando penso nos estudos esse cara tu já tu já viu o cara que desenvolveu a optogenética o disero Car deero não vi os estudos mas imagino que Deva ser também nessa cara é um é um cara tipo molecão tipo Nossa olha só
Car professor de Stanford anda com uns boné reta cabelud eu gosto eu gosto dessas pessoas que quebram sabe e é um cara pô Sei lá talvez próximo a ganhar um Premio nóbel inovação absurdo que ele fez né cara eu adoro essas pessoas que quebram paradigma estereótipo sabe a gente tem uns estereótipos de ah isso você acha que o cara é diz ah cotado pro Nobel o cara inventou não sei o qu um cara quando eu vi eu falei caramba velho dá um plot Twist na cabeça do cara e é legal curto também é bacana Então
e o engrama seria ali a consolidação o local físico Onde fica uma memória não a consolidação mas o local físico depois da consolidação que estabelece uma memória e aí eu acho que é importante então a gente falar das fases da memória como uma memória de longo prazo como esse engrama é formado né ele tem uma série de passos e estratégias e de Estágios digamos assim e aqui várias dicas vão ser legais e importantes para gente melhorar a nossa memória entender bem esses estágios e fases da memória é talvez eu acho o mais importante pra gente
melhorar a nossa performance de memória tirando a saúde geral do corpo que a gente já vai falar que também é crítica né pra formação da memória mas vejam comigo então Eh perdi um pouco a linha de raciocínio é performance da memória as fases da memória isso então vamos lá fases da memória desculpa memória né como é que é is casa de casa de ferreiro espeta de pau né então às vezes a memória falha e isso é totalmente normal totalmente normal às vezes a gente acha que a nossa memória é ruim porque falha às vezes mas
não não se coloca para baixo é esperado né é tipo o cara que não consegue muitas vezes ter atenção você pode ter um problema psiquiátrico que merece um tratamento específico mas percas de atenção é comum esperad imagina um animal lá na Savana que ficou extremamente focado em achar semente no chão e não viu O Predador chegar que você dá uma Mas vai lá não perfeito hã Então as fases da memória como se forma uma memória um hrama desses a primeiro passo que vai conciliar com a aprendizagem né é a aquisição da memória a aquisição da
memória ela pode depender de uma exposição Duas ou várias depende do tipo de memória por exemplo aprender a ter medo do Beco que você foi assaltado não precisa ser assaltado duas vezes uma vez normalmente já vai ser o suficiente agora aprender ã álgebra sei lá álgebra a taxonomia das memórias né vai depender que você leia Releia e leia e Releia e leia e Releia lei Releia e para sempre galera infelizmente é assim né mas sempre Infelizmente não infelizmente porque é muito bom mas vai depender disso vai depender que a gente insista e repita e repita
e repita Então depende da memória a aquisição da memória vai depender de mais ou menos estimulação por quê Porque durante a aquisição da memória está ocorrendo a o fortalecimento iniciando o fortalecimento dessas conexões sinápticas processos muito dependentes do sistema glutamatérgico que é um sistema excitatório cerebral começam a operar durante a aquisição da memória no nas áreas cerebrais envolvidas com aquele tipo de memória e nesse processo começa a ocorrer uma facilitação entre a comunicação dos neurônios que vão formar o engrana engrama como é que é essa facilitação essa facilitação decorre de um aumento da liberação de
neurotransmissor alguns receptores vão ser fosforilados e vão ficar um pouquinho mais sensíveis essa facilitação vai modificar a forma como alguma sinalização intracelular no neurônio vai ocorrer como as enzimas sinases as enzimas fosfatases vão ser ativas Então essas modificações elas fazem com que ocorra uma facilitação então aquele neurônio que antes né respondia com um oi agora vai responder com Oi uhum mais alto né Por quê porque ocorreu uma facilitação entre aquela comunicação entre neurônios então isso já é o início da formação do do engrama essa facilitação não ocorre em todos os neurônios ocorre nos neurônios específicos
que estão envolvidos com a formação daquela memória Ok Uhum Então durante a aquisição da memória durante a experiência da aprendizagem existem vários fatores que podem afetar o destino dessa memória por exemplo se meus níveis de atenção não tão muito bons durante o período da aquisição durante a experiência de aprendizagem eu não vou levar uma facilitação com tanta eficiência por isso Sei lá né É tão ruim pensar nas nos adolescentes chegando cedo 750 lá no Não e às vezes tem que acordar cinco para pegar vã O buzão isso é e 750 chegar no local então e
vai vai ter uma performance atencional no período da manhã ainda mais se você é novo pior E e essa performance atencional prejudica né a aquisição de novas memórias Então esse processo é um pouco prejudicado ou se você está num estado emocional muito saliente muito saliente porque a emoção pode ajudar mas se você tiver com um estado emocional né uma resposta muito estressada assim tá com muito estress resposta de estress ansioso isso tudo pode acabar prejudicando a memória se for em excesso se os seus níveis motivacionais também tiverem reduzidos né motivação Sempre me pergunto F cara
qual que é a melhor forma de aprender pessoal tem a ponta do iceberg são as técnicas de estudo a parte de baixo do iceberg você gostar ter o motivo para estudar por exemplo você falou cara meu maior medo é perder a capacidade de aprender você você ama isso cara então não vai ser difícil você debulhar um livro ou um paper sobre memória e eu vou te dar bem a real eu dou a real a todos aqui eu muito dificilmente na minha vida parei Ah eu vou executar esta técnica de memória Ah vou fazer agora o
palácio da memória O cara vai né velho vai É eu acho que o grande o que grande aspecto que me levou a aprofundar e adquirir as memórias que eu tenho em termos de conhecimento estão muito envolvidos com isso com a motivação entendeu Eu gosto de brincar até na vou fazer nossos parênteses aqui eu gosto de brincar até na sala de aula que muitas vezes a gente tem certo receio quando a gente vai aprender algo complexo né então a gente fala em algo complexo a pessoa já acha difícil já acha ruim mas ninguém acha difícil gravar
o Senhor dos Anéis né se pergunta ali pro G Ah qual é o nome do sei lá do do do Mago lá da Sociedade do Anel músicas difíc músicas viajar para lugares tudo você tá motivado o enredo da série né lembrar detalhes que o Snape fez tal coisa em tal lugar porque tu não lembra do neurônio de porquin no cerebelo Mas lembra do Snape na torre matando dumbledor ah porque é menos complexo não é é quase tão complexo quanto o enredo de uma história cheia de significante ex é porque você tá mais motivado você tem
mais prazer com aquilo então eu inclusive daí eu faço aqui um um até uma na minha sala de aula com os meus alunos e eu falo isso para você professora professor se seu desejo é formar memórias isso é é real ente como o Wen disse grande parte do Iceberg é conseguir mostrar pro aluno dá pro aluno ferramentas não não ferramentas Mas dá pro aluno a substrato substrato para que ele entenda a necessidade a importância a beleza daquilo sa motivo para aprender aquilo Porque que aquilo é legal como aquilo vai ser vai mudar a vida dele
para um lado positivo né cara exato exatamente então assim por exemplo para mim como educador inclusive se alguns de vocês que estão nos ouvindo agora decidirem estudar memória e aprendizagem devido essa conversa que aqui para mim Nossa já vou ficar extremamente grato e é essa a ideia motivar né as pessoas para que elas para elas aprendam então a motivação é muito importante Esse aspecto é muito importante então ó durante a aquisição de uma memória O que que a gente tem que tá né atento ao nosso nível de atenção desculpem o trocadilho a emoção então o
nosso estado emocional pode influenciar e a nossa motivação em aprender aquilo isso também pode influenciar e aqui entra aquilo ó muitas vezes a gente tem associações negativas né ah física é muito difícil nunca vou entender matemática esqueçam isso não não peguem isso tentem ver que mesmo na matemática ou na física vai ter as belezas né vai ter a a matemática é a linguagem no universo a física a gente consegue apreciar os os fenômenos como a luz os fenômenos né tão fascinantes que existem no universo Então tudo tem a sua beleza basta a gente tentar buscar
isso para que a gente também a partir disso desenvolva mais motivação não é a única forma mas é importante Ok então sono emoção não desculpa atenção eh eh emoção ã que mais durante a aquisição durante a aprendizagem motivação é importante motivação o acesso a informação sensorial também é uma questão importante né isso eu saliento até pros educadores às vezes tá lá com uma criança com dificuldade de aprendizagem às vezes é porque ela não tá conseguindo receber informação da forma correta então saber se os sentidos estão Ok se o processamento perceptivo Tá ok tudo isso vai
ser importante para esse período de aquisição da memória aí vamos dizer que tá tudo ok então né a gente tá lá em entrou informação entrou informação estamos estamos aqui assistindo o podcast estamos ouvindo estamos tá entrando informação tá modificando alguns neurônios né eu tô num estado legal ali durante a aquisição pronto vai formar uma memória de longo prazo Hum porque agora existe mais um longo período em que deve ocorrer a consolidação na memória se o processo de facilitação na ação sináptica for forte o suficiente durante a experiência vai ocorrer sim a consolidação Aí sim vai
ocorrer processos de potenciação de longo prazo né parecidos com o ltp ou depressão de longo prazo como a ltd lembrando que esses mecanismos são apenas parecidos com o que o realmente ocorre no no cérebro porque eles são são conhecimentos adquiridos a partir de experimentos é células isoladas né células fatias isoladas Então embora mas embora a gente acredita que durante a estimulação da experiência ocorra algo parecido então o que que é a potenciação de longo prazo né é eu colocar Eu além de facilitar ali os receptores já presentes na minha sinapse eu vou adicionar novos receptores
Então aquela modificação né do oi pro Oi não vai ser mais temporária ela vai ser uma modificação que vai se manter o aumento na facilitação da comunicação depois da potenciação vai ser maior então eu vou colocar novos receptores de glutamato lá na membrana do neurônio e vou mudar o contato sináptico Teoricamente Você vai precisar de um estímulo menor para ter a mesma resposta isso mesmo se eu for menos neurotransmissor porque tem mais receptor perfeito se eu for re estimulado só com parte daquilo depois já vai ser o suficiente para trazer a resposta exatamente examente Então
esse processo de consolidação ele não ocorre assim porque ele Depende do quê ele depende que depois da facilitação temporária fatores de transcrição ou seja substâncias químicas que saem lá de dentro do neurônio lá da sinaps cheguem até o núcleo do neurônio lá no núcleo do neurônio vai encontrar os gênios o DNA do neurônio que estão no DNA do neurônio e vai ocorrer então a síntese de novas proteínas quais proteínas receptores receptores enzimas que vão ajudar a aumentar a eficiência daquela Face itação que tá se vai perdurar por mais tempo e esse processo de mandar o
fator de transcrição sintetizar fazer a transcrição a tradução fazer a nova proteína proteína transportar a proteína até o botão sináptico que é um caminho do núcleo até lá né então tem toda uma maquinaria intracelular para fazer isso só depois de tudo isso de exitar o receptor na membrana é que aí sim vai estar potenciada a longo prazo vai ter uma realmente uma alteração uma consolidação dependendo do tipo de de memória se pode levar horas né E se você bloqueia esse processo o animal não lembra que tomou o choque Exatamente vou vou dar um exemplo aqui
vamos pôr o rato num num labirinto então o que que você acha que acontece na primeira sessão bom na primeira sessão o rato vai ficar ali entrando por tentativa e erro vai para um lado vai pro outro acho eu acho que o step Down é mais didático pra galera é É acho que do que o labirinto ê acho que o step Down a galera vai vai manjar melhor não não pensei num labirinto qualquer tá imagine um labirinto aqueles que a gente faz com a caneta mesmo tocou o Ratinho ali não vou falar do labirinto inteiro
é verdade né dese labirinto inte é que o labirinto inteiro é muito mas a gente tá padronizando agora um depois a gente conversa mas ó ã Vamos pensar então labirinto inte por é que se você bloqueia com não corre Tá então vamos imaginar o seguinte eu pego um rato coloco ele num labirinto depois tem que explicar como que esses antes de eu terminar de falar o que a gente tava falando você já recupera o a memória do que a gente estava conversando tá já falamos já falamos colocou o animal lá dentro do labirinto e eu
fiquei contando o tempo que ele leva para sair do labirinto fiquei lá 5 minutos levou o bichinho O que que você supõe que vai acontecer na segunda vez que eu colocar o animal lá naquele labirinto ele já vai saber sair mais rápido né Né então o tempo vai ter diminuído na terceira o tempo diminui mais um pouco na quarta diminui mais um pouco esse essa curva que a gente pode imaginar num gráfico assim ela é a curva de aprendizagem do animal né então a cada vez que eu Rexon um animal eu tô fortalecendo aquele engrama
aquele engrama tá sendo fortalecido Mas vamos pensar assim ó vamos dizer que logo depois da primeira exposição do animal eu tiro o animal e aplico na nele na corrente sanguínea dele um bloqueador da síntese de proteínas tem um antibiótico chamado Cicle exam que a gente usa bastante O chx que impede a síntese de novas proteínas o MK 801 Era esse mesmo o MK atuando no sistema glutamatérgico é por outro por outro meio mas também é um Agente amnésico né agente amnésico pessoal são substâncias químicas que podem interferir nos processos de memória induzindo prejuízos né na
consolidação dentre outros mas principalmente na formação da memória Ok mas então o animal não essa curva não aconteceria nesse animal tratado com esse com esse agente é isso que eu quero chegar então se eu bloquear a síntese de novas proteínas coloco o animal Demorou 5 minutos quando eu tiro apliquei o inibidor da sínteses no outro dia coloco de novo 5 minutos de novo tiro ele inibo de novo a síntese no outro dia 5 minutos de novo ele não forma memória ele passa pela experiência mas ele não forma uma memória daquela experiência por quê Porque não
teve como sintetizar novas proteínas que vão formar esse engrama necessário para que o animal possa aprender de fato a sair do labirinto perfeito Então isso é um ponto importantíssimo esse ponto é crítico porque muitas vezes a pessoa ela vai para o evento do estudo ou pro evento de aula onde ela vai adquirir informações que ela quer formar memória de longo prazo e depois ela não ela não vai se importar e realmente é difícil a gente se programar para se importar com tudo que vai ocorrer nessa janela da consolidação da memória porque muitas coisas tanto comportamentais
como substâncias químicas podem interferir nessa janela de consolidar a memória um exemplo clássico que eu dou paraos meus alunos é a aula de sexta-feira à noite muitas vezes ela é nem deveria acontecer né o álcool depois desliga tudo a circuitar desliga tudo exatamente eu não tenho nada contra quem bebe e assim beber álcool para mim é um é um comportamento Saudável em muitos aspectos saudável no sentido saudável de que você não é doente por fazê-lo né mas sem nenhum julgamento mas se você tomar um porre depois de uma aprendizagem os seus neurônios eles vão ficar
intoxicados por um período e vão ficar mais inibidos e esse processo de consolidação vai ser dific dificultado então você estudou ali ó Caprichou ficou a aula toda prestando atenção e anotando e tal fez tudo direitinho tava motivado tava com emoção saiu dali e já foi lá beber um porre no outro dia Algum déficit algum prejuízo no armazenamento dessa informação pode vir a acontecer po A gente temos itens também Como por exemplo o cara que tomou um indutor de sono um benzo diazepínico que atua no me no no sistema gabaérgico poderia Teoricamente também sujar essa circuitaria
né Tem e tem estudos que mostram até talvez dependendo da concentração ids ou coisas comuns como a própria cafeína pode interferir nessa janela de consolidação Tem coisas que prejudicam mas tem coisas que podem até ajudar nessa janela de consolidação né então por exemplo nessa janela de consolidação não se expor a gatilhos emocionais muito fortes é importante porque um stress que vem a ocorrer sei lá acabei de sair da sessão de estudos bati o carro pô estess amanhã o cara não lembra nada chama guincho e ferrou toda a agenda os glicocorticoides sistema nor adrenérgico vai lá
nos engramas e fala não agora não é hora de formar memória agora é hora de luta agora é hora de você preparar para se dedar com o seguro isso se não gerou outros stresses com o cara que bateu né e tal então beleza Eh ocorreu a facilitação longterm potentiation E aí depois para reativar essa memória para trazer ela à tona o que que é trazer a memória à tona né é evocar aquele engrama que foi armazenado Então quando você ativa aqueles neurônios que foram modificados durante a experiência você ativa eles você evoca a memória então
por exemplo agora vários neurônios estão se modificando lá no cérebro dos nossos ouvintes para né sofrendo alterações que vão armazenar o que nós estamos falando aqui o conteúdo enfim aspectos do que a gente tá discutindo na memória de longo prazo dos nossos ouvintes OK aí quando digamos assim o João né o nosso nosso amigo João aí que é um um dos participantes lá do nosso núcleo ele vai falar sobre as ideias que ele aprendeu nesse podcast ele vai ativar os neurônios ou parte dos neurônios que foram modificados enquanto ele assistia esse podcast então evocar a
memória é ativar os neurônios que ora foram modificados decorrentes da experiência de aprendizagem E aí isso depende da ativação neuronal Então os neurônios têm que estar aptos a serem ativados Uhum E isso vai decorrer também né nível de você tem que ter níveis de outros domínios cognitivos como a atenção funções executivas ok para poder acessar o banco de memórias funções executivas são um conjunto de funções dependentes do Lobo temporal aqui elas não são propriamente ditas sistemas de memória mas é com as funções executivas que nós por exemplo acessamos o nosso banco de memórias de longo
prazo Ou seja é com as funções executivas que o nosso lobo frontal ativa os ing gramas que nós temos armazenados no nosso cérebro então no momento em que você evoca uma memória é isso você tem que ativar aquele conjunto de neurônios modificados durante a experiência mas Teoricamente Então como o rato lá no labirinto que expondo mais ele você consegue ter uma melhor performance a pessoa que na janela de consolidação da memória ou mesmo quando está aprendendo alguma coisa nova conforme vai estudando mais tende a facilitar perfeito é isso a repetição e o reforçamento a gente
sabe né desde Eben House que era um mais digamos assim mais introspecção menos boristenes é um dos principais fatores que impede que a gente perca a informação que a gente tenta reter na memória o Herman Eben House vou fazer até um parêntese para a gente poder salientar ele ele é importante Ele criou a famosa curva do esquecimento ou algo do tipo que é o seguinte ele notou que se ele fazia uma série de lista de palavras pseudopalavras e tentava gravar essas pseudopalavras ele conseguia reter grande parte da informação mas com o tempo essa informação vai
caindo então ah no início logo depois de ler a lista ele evocava ali 70% 20 minutos já era 50% 40 minutos já era 20 daqui a pouco bem pouquinho a informação era evocada e daí o que que ele percebeu que se ele revia né Ah ele viu a lista evocava tinha 70% daí ele fazia uma revisão da lista e tentava evocar de novo Cada vez que a revisão ia acontecendo ele ia fazendo essa curva ficar mais alta então cada vez que você repete a re expõe o estímulo você retém mais do que você estava adquirindo
né do que você tá adquirindo então por exemplo se você quer gravar um conjunto de leis cada vez que você se rexe a leitura dessas leis você vai adicionando aos poucos mais informação Nesse engrama final que vai ser o conjunto daquelas leis uhum perfeito eh no Brasil Adriano O que que a gente tem de pessoas que que você considera assim não precisa citar todos Claro e eu te coloquei numa situação difícil porque o cara não cita um Pode parecer que não tá dentro do que eu vou perguntar mas eu lembro que a gente né tinha
o falecido Professor Ivan esquerdo claro né Eh que é um era um grande expoente no no campo da memória Inclusive tem livro se você se interessa por memória Você pode pesquisar no Google memória você vai encontrar um livro do os livros do professor Acho que são duas edições do mesmo livro n talvez três Não tenho certeza mas eu acho que com duas com cer tem um branquinho lá que acho que é o segundo não acho que tem três acho que tem um azul agora um azulzinho é eh você foi aluno de iniciação científica de um
dos is doos doutores formados pelo professor esquerdo né Uhum E que é o professor Jorge Grande Jorge Jor O pessoal trabalha como Qual que é a que que o Ivan esquerdo contribuiu para PR principalmente pra ciência em termos de memória é o Ivan o Ivan esquerdo ele é um grande estudioso das memórias de medo né Inclusive tem uma revisão dele chamada fear Memory essa é uma leitura obrigatória para qualquer estudioso da memória e ela é fantástica Né mega completa e o esquerdo Ele usou né do paradigma do magot que também é um outro James magot
um grande pesquisador da memória que criou um paradigma que é esse paradigma que a gente fica brincando de ah coloca o animal num teste tira o animal interrompe a consolidação com uma substância para ir justamente entendendo quais substâncias e vias celulares estão envolvidas com a memória então o Ivan esquerdo pegou esse Paradigma e aplicou ele na na esquiva inibitória e no condicionamento aversivo ao contexto e descobriu várias das bases neurobiológicas desse tipo de memória relacionadas à amídala relacionadas ao hipocampo ao ao lobo frontal enfim eu diria talvez que o Ivan esquerda ele foi um dos
maiores estudiosos da memória em certo aspecto eu acho que talvez uma das grandes injustiças tenha sido ele não ter recebido um nóbel né pelos pelos seus conhecimentos e principalmente pelo pelo seu seu grande escopo de grandes pesquisadores que se originaram né da sua linha assim da sua sucessão que inclui o Jorge que eu já vou comentar E inclui também o rog vals aqui do do da ufsk dentre outros trazer aqui o Roger também é ele é grande gigante mas o George kilid cara o Dr George kilid né você tá me ouvindo agora inclusive Obrigado Professor
inclusive Professor Jorge naquela Câmara lá em breve chamarei o senhor para vir aqui Será uma grande honra recebê-lo é eu vou assistir porque assim o Jorge ele foi um cara que me fez amar muito essa área da memória então talvez ele que tenha dado uma das motivações iniciais lá porque eu me lembro que eu comecei biologia meio perdido assim gostava de tudo né gostava de ah gostava de evolução gostava de Ecologia comecei a trabalhar lá com ecologia inclusive um período e aí eu fui assistir a tal da aula de exobiologia exobiologia vocês sabem o que
é exobiologia provavelmente a maioria deve não né porque nem eu sabia Na época eu fazia biologia mas é a o estudo da possibilidade de existência de de vida em outros planetas né então estudar a possibilidade da existência da vida em outros planetas não com o chapeuzinho do hisor chenel aqui fazendo né ah os deuses astronautas mas pensar as possibilidades reais de como né a manifestação da matéria a manifestação das forças físicas elas podem de alguma forma operar para que exista vida em outros planetas né e aquilo me fascinou e era o Jorge que dava essa
disciplina então ali já começou Pô esse cara traz esse conteúdo muito legal aqui que esse cara trabalha deve ser alguma coisa com né Essas essas questões aí complexas memória eu esse cara estuda memória eu Eng Geno né entrando na Biologia memória é uma coisa de Psicologia coisa sem graça tem nada a ver né caraca daí quando eu comecei a ler os artigos dele a entender o grupo o grupo trabalha com esses paradigmas também que eu comentei de né agora o o Jorge não sei quanto ele tá trabalhando na parte de pesquisa mas o grupo dele
o laboratório de psicobiologia e neurocomputação LP BNC doal José RBR grande pesquisador hoje trabalha no exterior junto com o Nader que foi o proponente de uma outra fase da memória que eu posso até comentar e vou depois que é a reconsolidação a Ana crestani enfim né Nós temos a Lisete pedrasa o Rodrigo Nossa o número de grandes nomes de grandes pesquisadores que hoje eu olho vejo carreira e me orgulho de um dia ter trabalhado com eles o Ricardo shazer deu uma palestra para mim sobre esquecimento para minha disciplina de neuropsicologia eu me orgulho muito de
ter trabalhado com essas pessoas porque eu oljo eu olho né o currículo dela sinto até um pouquinho de inveja mas eu olho aquele currículo e vejo com grande grandiosas essas pessoas são sabe E por quê Porque elas tinham uma força motriz que era o Jorge e o Jorge ele tinha essa capacidade de ele não era um cara que vai por exemplo assim ó tá ali sempre para te tirar ele era aquele orientador que ele ele ele acendia a a Faísca sabe ele dava Faísca mas era uma Faísca forte intensa então ele ele era não ele
é né um tipo de pessoa que te contagia com conhecimento tu fala com ele um pouquinho tu quer saber mais sobre as coisas não sobre ele não sobre ele te dá uma ess instiga conhecimento é um grande comunicador também né cara impressionante como ele fala bem Fronteiras da Ciência é um podcast que eu assisto né que eu assisto que eu escuto porque não tenha mas que eu escuto até hoje né desde a minha época de graduação escuto e vou continuar escutando que ele participa né da da estruturação desse podcast e realmente né eu falo com
bastante carinho porque ele me forneceu muitas mem importantes em relação à memória em relação ao estudo da memória que eu trago até hoje o preciosismo científico me preocupar com como vai ser realizado o experimento Quais são as questões metodológicas né lembra que várias vezes meus conflitos né dentro da pós-graduação eraa Bah e a metodologia todo esse preciosismo Então esse preciosismo ele é todo ele é todo parte originado pelo Jorge né então eu tenho um grande apreço por fala sobre a reconsolidação que você vô isso inclusive depois a gente fala sobre outra coisa mas a reconsolidação
é uma outra fase da memória cara e essa fase ela é muito interessante na clínica porque lembra que a gente falou vamos lembrar da associação aversiva né Vamos agora dar até um exemplo Vamos pensar no transtorno do do stress postraumático o indivíduo foi pra guerra né foi lá para lutar na guerra da Ucrânia enfim sofreu vários vários traumas perdeu amigos explosão e tal e ele era viu muita coisa terrível e ele era motorista e daí ele volta né da guerra ou né retorna pra sua casa não consegue mais entrar num carro não consegue mais dirigir
um carro não consegue ele vê um carro já aumenta a frequência cardíaca já aumenta o ciclo respiratório ele pensa na situação de dirigir ele já começa quase a entrar em Pânico um tept algo relacionado ali a um trauma relacionado à guerra bem bem estabelecido ali clinicamente Tá aí a gente fazer o quê podemos fazer a extinção né aquela ideia da dessensibilização sistemática Então a gente vai apresentando o carro PR pr pra pessoa aos poucos mostrando alguns estímulos que lembram o carro tudo num set terapêutico adequado para que a resposta não seja muito crítica a resposta
vai diminuindo extinguir a memória beleza pensaria eu a memória aversiva foi perdida mas isso como tu disse não é real porque a extinção que a gente realiza a extinção da memória ela é plausível de lapsos que que são os lapsos da extinção da memória são falhas nesse processo então inicialmente extinguiu o indivíduo agora consegue lidar mais tranquilamente com os estímulos que antes causavam medo mas aí ele passa um tempo sem dirigir depois quando ele volta a pegar o carro volta aquela resposta de medo por quê recuperação espontânea a gente sabe que em muitos casos isso
ocorre por exemplo se eu der um choque num Ratinho numa caixa ele aprende a ter medo na caixa e eu deixo de ele extinguir a memória ou seja deixa ele um monte de tempo na caixa sem dar o choque ele até aprende que a caixa agora não dá mais choque diminui a resposta de medo dele mas se eu tiro ele dessa caixa e deixo alguns dias longe da caixa e Rexon a caixa ele volta a apresentar a resposta de medo recuperação espontânea Inclusive eu e o Josué esse que eu comentei na verdade num estudo do
Josué para fazer bastante justiça demonstramos que a gente pode diminuir a incidência ou talvez trabalhar esse lpos da Extinção adicionando durante a reativação da memória aversiva algo prazeroso o Josué dava chocolate eu ajudava iia fazer isso durante a extinção mas vocês também não publicaram um paper na scientific report era esse aí mas não era uma não era pequenas janelas de Exposição vocês não estavam tentando também fizemos esse ao tambm também fizemos um tratamento de intervenção do chocolate é vocês basicamente tentaram consolidar a memória de extinção exatamente aumentar a consolidação da M É podemos entender por
aí Sei lá só para tipo vou te eu vou eu vou favorecer o teu esquecimento isso é mais ou menos por aí na na verdade a gente pode pensar a reconsolidação da memória Então vamos pensar na reconsolidação da memória agora então pensamos na extinção né E ela tem os lapsos como por exemplo a memória voltar depois de um tempo e olha só tem outros lápis Não é só isso por exemplo tá o indivíduo teve a extinção daí ele tá saindo do consultório na última sessão do tratamento bate o carro né Isso faz um reinstala a
memória o indivo parênteses aqui velho apresentar eu tinha uma paciente você não vai acreditar cara foi isso aí que aconteceu S não foi pro carro eu tinha uma paciente que tinha medo de elevador uhum né E você tem que fazer uma terapia tem que primeira inicialmente a gente fazia eu mostrava fotos do de elevador para ela depois a gente ficava parado na era na terapia tu tu consegue fazer eh no ambiente fora do da clínica mesmo tu vai junto com com o paciente muitas vezes né Aí fica parada na frente do elevador v o elevador
ela começa a ver que as pessoas saem e entram e não tá acontecendo nada ruim ali você começa a expor aos uma classificação hierárquica isso e teve uma vez que a paciente chegou no dia dela dela andar sozinha de elevador E para isso ela foi a um shopping aqui de Florianópolis e no dia caiu a luz velho do shopping tipo desligou tudo nem reinstala o vor reinstala não não e e cara cognitivamente no rato a gente não vê isso mas cognitivamente a pessoa tem uma série de justificativas do por pode acontecer algo errado e você
tenta fazer uma técnica que a gente chama de questionamento socrático para tentar fazer com que ela mesmo conclua que não tem a probabilidade daquilo acontecer pô quando acontece isso cara todas as certezas dela supostas certezas dela são são enfim vai lá eu uso a técnica socrática em aula também é o o diálogo socrático muito útil Hum mas ah tá fechou o cara saiu bateu o carro da bateu o carro volta aquela memória de medo toda né pro individo e daí então isso tem problema só extinguir a memória não é o suficiente por quê Porque extinguir
a memória não é mudar a memória do trauma original não é mudar as comunicações que se formaram no trauma é criar uma novo engrama de memória de que nem sempre aquilo é ruim perfeito então o indivíduo acaba aprendendo que nem semeo aquele carro na maior parte das vezes aquele carro não tá associado com trauma só que qual memória mais importante Pensa num mamífero né qual memória mais importante mamífero entrou numa num Bosque e foi atacado por um leão ele pode entender que eventualmente não vai ter Leão lá mas evolutivamente falando é muito útil que ele
lembre que pode ter um leão lá é isso por isso que as memórias emocionais Elas têm mais valor e E isso acontece por conta do neuroquimico falando por uma enxurrada de glicocorticoide também Qual que é o mecanismo que que favorece a consolidação mais forte de uma memória de trauma os glicocorticoides atuam nesse processo né porque eles acabam atuando modulando a atividade por exemplo da amídala Então dependendo da intensidade da quantidade de glicocorticoides eora adrenalina adrenalina outros neurotransmissores que sinalizam o stress no cérebro isso faz com que fortaleça ainda mais aquelas conexões amidal Ares então o
Estado de estress do nosso corpo com as substâncias como o cortisol como por exemplo a corticosterona Como por exemplo o a adrenalina e a noradrenalina isso tudo pode modificar a facilitação e as a a a plasticidade sináptica né que ocorre na amídala plasticidade é o termo que a gente usa para chamar todas essas modificações que a gente vem falando n sinapses né então o cérebro ser plástico quer dizer isso que ele é capaz de mudar conforme a experiência e nem no trauma Porque que a extinção não é suficiente você tem que aquela memória original e
enfraquecer as conexões que foram formadas daquela memória original não é criar novas conexões de uma nova memória de não aversão é mudar a memória aversiva mesmo mas como fazer isso vários estudos têm tentado chegar a essa conclusão né então muitas vezes o que leva a reconsolidação da memória é a própria Evocação da memória então por isso que também eticamente falando é um pouco complexo abuso sexual n que faz isso na clínica exatamente Então deve ter outras né a gente tem que ir pra literatura para saber direitinho eu não sou um grande especialista na nas formas
de indução da reconsolidação mas uma delas é essa é tentar fazer a pessoa evocar a memória o o o bom é que a gente vê nos estudos animais que não precisa muitas vezes né de todos os elementos da memória para que a reconsolidação ocorra mas é um estado específico de Evocação que vai levar à reconsolidação por quê porque depois que a memória é consolidada ela fica estável enraizada lá no cérebro só que algumas condições de Evocação fazem com que ela fique um pouco mais labil zada o que permite que ela seja modificada pela reconsolidação Então
como labil zar a memória para induzir a reconsolidação é Talvez uma das perguntas da neuropsicologia atual para conseguir induzir uma melhora de fato nos pacientes com fobia e memória traumática alguns estudos eu não me lembro o nome da autora depois a gente pode colocar na descrição eles estão estudando justamente essa possibilidade de usar a reconsolidação que que é que que se propõe se propõe fazer o indivíduo evocar a memória e olha que legal eles intervém com fármaco o Propranolol que é um ansiolítico de performas Olha só cara então a pessoa evoca a memória e ativou
a amídala e daí vem com o fármaco que inibe aquela resposta betr enérgica e periférico também né então e periférico também diminui as respostas principalmente diminui também as respostas adrenérgicas em níveis de de sistema cerebral e isso faz o quê faz com que o indivíduo tenha uma diminuição naquelas respostas emocionais daquela memória modificando o traço emocional da memória e daí parece que essas pessoas têm realmente uma melhora muito mais prolongada algumas dessas pessoas né que passaram por isso o Ricardo Chaser que eu comentei pesquisem depois né o neuropsicólogo aqui de Santa Catarina lá do Oeste
né cidadezinha do interior também eh trabalhou com o Jorge com o Lucas Alvarez que é um um dos também orientados do Jorge que hoje é professor na urgs e esse Ricardo ele faz justamente isso ele tenta estudar essas abordagens dentro da reconsolidação Ô Adriano eh mas cara eu acho que assim eu acho que na clínica da psicologia da da psicoterapia acho que a gente já faz alguma coisa parecido cara porque por exemplo tem algumas eh estratégias que você claro que que dentro de alguns contextos de pro alguns problemas específicos você consegue por exemplo o cara
teve um ataque de pânico Uhum ele pacientes com ataque de pânico Normalmente eles ficam com algo parecido com tept só que chamam de agorafobia ele começa a ter medo de sair em lugares públicos porque é um transtorno de ansiedade agor fobia porque ele tem medo de ter outro ataque de pânico ele ficou uma memória traumática ali muitas vezes o tratamento dentro de um contexto terapêutico controlado Envolve você fazer hiperventilação Uhum para subir ex não para não não não a gente faz hiperventilação para induzir algo próximo ao ataque de pânico E no momento você intervém com
uma técnica de respiração diafragmática Então você quer que ele traga aquele medo porque no ataque de pânico você tem ta Cardia Se você começar a hiperventilar agora Eve teu coração vai começar tu vai ter visão de túnel tu vai ter sudorese a gente dentro de um contexto de novo controlado a gente faz isso no paciente num contexto controlado para ele reativar talvez aquele engrama de medo e depois você tenta abafar com alguma técnica específica Olha que interessante porque o comportamento também esse caso do pronol que eu falei é um caso específico mas existem outras intervenções
que são comportamentais e realmente muitas técnicas até da TCC que interferem na Evocação da memória acabam mexendo nessa janela de Evocação E reconsolidação então é realmente interessante legal tem uma abordagem também que é aceitação e compromisso que eu falei para você uhum comciente com dor crônica é o paciente que não tem o que fazer vai ter dor o resto da vida e é uma das premissas da terapia de aceitação e compromisso é você tentar criar estratégias no paciente dele interpretar ou ou experimentar de uma forma diferente a ideia de que ele sempre vai ter dor
Olha só e aí você tem ali defusão eles cham de defusão você evitar com que o paciente fique se esquivando da experiência e vivencie aquilo não de uma forma forma passiva que aceitação é o nome meio ruim mas enfim é uma série de formas de você mostrar pro paciente Teoricamente que existe sem grama e tentar Talvez reinterpretar ele ou chegar a conclusões diferentes é bem legal bem bacana só para você saber que dentro das psicoterapias esse esses conceitos talvez meio sem querer e sem saber muitas vezes não sei são utilizados a sorte epistêmica e então
a reconsolidação da memória e essa reconsolidação da memória Pode ser então ali Tornada fixa com o tempo né isso daí essa reconsolidação por mudar o traço original da memória ela tem muito menos chances de ser perdida perfeito né porque eu tô alterando a memória original não é criar uma memória mais fraca de não aversão é mudar a memória da aversão para uma memória mais fraca de aversão então é diminuir a aversão da memória original é interessante é realmente isso parece resolveria vários problemas se tivesse uma forma o é justamente isso Qual é o jeito específico
de abrir essa janela bom na literatura já temos pessoas navegando aí por esse oceano mas me parece uma uma Seara bastante complexa assim digamos de conseguir achar o setting terapêutico específico para cada caso porque Imagino também que esse janela vai ser diferente caso a caso exatamente perfeito Adriano e como é que o pessoal te acha cara se alguém eventualmente quiser trabalhar com você você oferece algum serviço você não sei mentorias você tem material você dá aulas você dá palestras Você tem algum livro publicado sobre esse assunto se alguém que tiver ouvindo aqui falou caramba gostei
desse cara Realmente parece entender do assunto e eu gostaria de ter o não sei se você oferece algum serviço para quem tá assistindo aí como é que o pessoal pode te te te achar e que você tem a oferecer pro pro público além de obviamente o seu tempo aqui o seu conhecimento é bastante coisa então eu tenho minhas redes sociais vocês quiserem de me procurar no Instagram né Eu não tenho muitos seguidores na realidade eu pretendo agora talvez começar quem sabe vocês me dão um apoio lá isso me motiva motiva fornec em contexto é @prof
padan Machado perfeito eu já tenho trabalhado em algumas publicações e eu pretendo começar a fazer uma série de podcasts acerca também eu falando ali sobre algumas divagações de neurociência Espero que ajude né quem quiser quem quiser alguma palestra divulgação Científica pode também me contatar pode ser pelo chamar no Instagram lá pode me chamar pelo Instagram pode ser também ã via e-mail né Adriano pachado [ __ ] @gmail.com perfeito eu tô terminando agora um e-book sobre um guia básico da neurociência da aprendizagem em memória também nele eu incluo algumas dicas de como ter uma boa saúde
porque isso é importante né melhorar a memória depende da Saúde corporal também então é legal ver as dicas lá de nutrição de exercício físico de sono que nos ajudam a ter uma boa saúde corporal para que os neurônios funcionem direitinho então Lembrando que a memória depende do funcionamento dos neurônios é e o que a galera muitas vezes esquece é que o corpo é é tudo o cérebro a gente até falou com o Fábio quando ele veio aqui o o Perini o o Fábio neuropsicólogo ele é um behaviorista também e tal né ele falou [ __
] cara é um trampo para ele porque é mente e corpo a galera acha que se o corpo pode estar todo cagado e a mente é outra entidade separada e mas enfim e aí e o pessoal pode te contatar lá o seu e-book você acha que vai tá pronto at sair esse episódio Provavelmente sim já tô quase terminando fech então provavelmente tá no provavelmente tá no no no comentário fixado aqui é verdade já tá e na realidade né também quem quiser tiver interessado em tirar dúvidas quiser me mandar perguntas Eu realmente gosto de trocar essa
ideia então pode me mandar a gente conversa e e eu eu gosto de ser esse Agente né na na formação de engramas realmente é prazeroso para mim ensinar ver os processos de aprendizagem ocorrerem né então eu brinquei no início de que é uma forma do universo modelar e e eu acho que também é uma forma de de entendendo bem esses processos de memória de autoconhecimento sabe e e eu sugiro a todas e todos vocês que estão olhando agora que acharam interessante o fenômeno que nos ajudem a compreender mais porque né o desenvolvimento acadêmico escolar profissional
habilidades novas tudo isso depende de um bom entendimento dos processos de aprendizagem de memória sem contar os inúmeros transtornos e alterações né Eh de memória que precisam ser bem compreendidos perfeito então Eh como eu digo né o sistema nervoso é tão complexo tão complexo que a gente precisa de cada um desses sistemas nervosos que estão nos olhando agora navegando por essa complexidade tentando nos ajudar a entender então eu agradeço muito por tu ter dado essa oportunidade de falar com mais pessoas sobre isso e te elogio pelo por pelo teu trabalhoem assim porque realmente Né desde
que você entrou lá no no nosso laboratório né No início vindo lá com né brilhando os olhos pela neurociência e a forma como você deve estar fazendo outros olhos brilharem agora realmente é digna aí de de de de uma nobreza muito grande viu e eu espero que eh esse episódio alcance muita gente e acho que vai cara esse aqui parece ser um podcast que vai bater mais de 100.000 views é tomara que bata né Acho que vai bater mais de 100.000 views Tem mais alguma coisa que queira falar Adriano fechou satisfeito Quem sabe mais paraa
frente a gente faça mais um então Com certeza só chamar pessoal Muito obrigado pela sua audiência lembre por favor de e siga o Adriano lá se você tiver alguma dúvida específica ou eventualmente quiser alguma leitura complementar você pode chamar ele lá no Instagram o e-book dele tá aqui se já foi lançado até a data desse podcast senão depois a gente fixa se não tiver aqui assim que ele enviar assim que ele do Futuro enviar pro es do Futuro ele vai estar fixo aqui e compartilha esse podcast com as pessoas porque você tá dando um reforço
para que a gente continue emitindo esses comportamentos aqui toda semana muito obrigado e nos vemos no próximo Episódio