Nessa aula eu quero falar a respeito do selo do Espírito, ou seja, do Espírito Santo. Mas é muito importante que, caso você não tenha acompanhado as aulas anteriores, você entenda a construção progressiva que estamos fazendo. A duas aulas atrás, falei a respeito do Espírito Santo, destacando biblicamente tanto sua divindade como a sua personalidade Para, no final da aula, dar uma pequena pincelada e introdução no assunto chamado a comunhão ou relacionamento com o Espírito Santo.
Depois disso, construímos na aula passada, a fundamentação bíblica da interação com o Espírito Santo, comprovando pelas Escrituras que ele não age sozinho, que o homem tem a responsabilidade de interagir, ou seja, agir em conjunto com ele para, somente estabelecido esse fundamento, discutimos agora um outro assunto inter-relacionado com os primeiros e as próximas aulas que virão, chamado o Selo do Espírito. Eu quero começar lendo Efésios, capítulo um, versículos 13 e 14, que diz:" Nele também vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o evangelho da salvação, tendo nele também crido, receberam o selo do Espírito Santo da promessa. O Espírito é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
" Quando o apóstolo começa no verso 13, dizendo "nele", é importante destacar que no versículo anterior, o 12, ele terminou com a expressão "em Cristo", portanto, "nele" significa "em Cristo". Ele diz: "em Cristo também" portanto, vamos ler devidamente o "nele", "vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o evangelho da salvação", ele define o que é a "palavra da verdade" é o evangelho que foi pregado, "e tendo nele também crido". Ou seja, depois de ouvir a Palavra e dar a devida a resposta de fé, receberam o selo do Espírito Santo da promessa.
Podemos dizer "o Espírito Santo prometido", "o Espírito, que é a promessa do Pai", mas a Bíblia menciona o recebimento de um selo. E a ideia de selo está relacionada com o conceito de penhor, de garantia. "O Espírito é o penhor da nossa herança até o resgate da sua propriedade em louvor da sua glória.
" É fato que aquilo que Deus começou, apresentamos isso em outra aula, sobre os tempos da salvação, ainda não foi concluído. E até que haja conclusão, a Bíblia nos mostra uma garantia de continuidade daquilo que foi começado. Mas para que a gente entenda o desenho bíblico correto relacionado a interpretar o significado do que é o selo do Espírito Santo, nós precisamos continuar construindo a doutrina e agora estamos trabalhando em sequência, na sequência de várias aulas, a doutrina do Espírito Santo.
Primeiro lugar, primeiro fundamento: o Espírito Santo habita no cristão. Em Efésios, no capítulo 2, no verso 22, a Bíblia diz: "Nele também vocês estão sendo edificados junto com os outros para serem morada de Deus no Espírito. " Então a obra em Cristo nos coloca na condição de morada de Deus no Espírito.
Ou seja, Deus, na pessoa do Espírito Santo, veio habitar, morar em nós. Em primeira aos Coríntios 3. 16, nós lemos que nos tornamos o santuário de Deus na pessoa do Espírito Santo.
Paulo pergunta: "Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? " Então, um fundamento é que, a partir da conversão, o Espírito Santo passa a habitar em nós, os cristãos. Agora, para que a gente entenda o desenho da habitação, a pergunta é: Isso é automático?
Isso é mera e simplesmente algo que acontece com a conversão e de forma assim espontânea? Porque há algumas questões que não podem ser ignoradas quando falamos disso. Uma delas está nas palavras de Jesus em Lucas 11.
13, quando Jesus fala sobre pedir o Espírito. Ele diz o seguinte: "Ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem! " Então, aqui, se o recebimento fosse automático, seria desnecessário pedir agora, se tem que pedir é porque não é automático.
Por outro lado, também precisamos entender que pedir antes da conversão também não é possível. Não que não seja possível pedir, mas não é possível receber, porque Jesus diz em João 14. 16 e 17: "Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador, a fim de que esteja com vocês para sempre: é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece.
Vocês o conhecem, porque ele habita com vocês e estará em vocês. " Jesus está dizendo: "nesse momento Ele habita com vocês. Estão desfrutando a companhia, mas Ele estará em, ou seja, do lado de dentro de vocês.
" Então, quando Jesus diz que o mundo não pode receber o Espírito Santo porque não o vê nem o conhece, é evidente que não adianta pedir antes. Por outro lado, Jesus diz: "Eu também estarei pedindo em favor de vocês. " Como nós conciliamos essas declarações?
Não podemos também ignorar o que está escrito em Romanos 8. 9. Paulo diz o seguinte: "Vocês, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês.
" Ele diz: "E se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. " Ou seja, quem não é dele não pode ter e quem não tem não é dele, fato. Portanto, o direito de pedir é somente àqueles que são dele.
Por que eu estou destacando que a mesma Bíblia que fala que Jesus pediria para que nós recebêssemos, diz que nós temos que pedir? Por que eu estou destacando que a Bíblia enfatiza que depois de ouvirmos a Palavra e crer, recebemos mas, por outro lado, temos que pedir aquilo que é mencionado que recebemos? Só há uma maneira de conseguirmos conciliar essas declarações e ela requer a conciliação de outras declarações que sinalizam o quê?
Uma segunda experiência com o Espírito Santo. Não apenas uma experiência única e nem tampouco somente aquilo que chamamos de a inicial. Então o próprio Jesus distinguiu duas experiências, por exemplo, em João, capítulo 20, no verso 22, logo depois de ressuscitar, Jesus aparece aos seus discípulos e a Bíblia diz o seguinte: "E, havendo dito isso, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebam o Espírito Santo.
" Interessante o ato de Jesus soprar, porque, quer a gente fale do hebraico, a língua em que foi escrita a grande maioria do Antigo Testamento, ou quer a gente fale do grego a língua em que foi escrito o Novo Testamento, a palavra traduzida "espírito", ela significa "sopro", ela significa "vento". Quando Deus coloca no homem o espírito humano, ele soprou o fôlego de vida, e essa palavra está associada com isso. Agora Jesus sopra sobre eles e diz: "Recebam o Espírito Santo.
" Interessante que ele não diz "vocês receberão em algum outro momento depois". Ele sopra e diz: "Recebam. " É basicamente como quem diz: "Eu estou soprando agora e eu quero que vocês recebam agora.
" Ao mesmo tempo, nós vemos que em Atos, no capítulo um, nos versos 4 e 5, aqueles 40 dias depois da ressurreição, antes de ser assunto aos céus, enquanto Jesus fica com os discípulos, a Bíblia diz: "E, comendo com eles, deu-lhes essa ordem: Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias. " Agora Jesus está falando com o mesmo grupo de apóstolos sobre os quais Ele já soprou para dizer: "Recebam o Espírito Santo", e Ele diz: "Vocês não vão a lugar nenhum.
Vão ficar em Jerusalém até que recebam a promessa do Espírito; de ser batizado no Espírito Santo. " Em Atos 1. 8, Jesus define o que é o batismo no Espírito como um revestimento de poder.
Ele diz: "Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra. " Se nós não separarmos o que Jesus está falando com os discípulos logo após a ressurreição, "recebam o Espírito Santo", como sendo o ato de Ele vir habitar e morar naquele que é nascido de novo, de uma segunda experiência que agora diz respeito a um revestimento de poder, então nós teremos uma dificuldade gigantesca de conciliar, não alguns, mas muitos textos bíblicos relacionados ao Espírito Santo. E a única forma de conciliá-los é entender que se trata de experiências diferentes.
Em Atos 19, versos 1 e 2, quando o apóstolo Paulo chega em Éfeso e encontra um grupo de pessoas que se intitulavam cristãos, a primeira pergunta dele é: "Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes? " Então, em primeiro lugar, é possível que alguém imediatamente, no momento em que decidiu crer em Jesus, tenha recebido o Espírito Santo, e é possível que alguém não o tenha. Então, como nós lidamos com a conciliação desses fatos?
Não se trata de algo automático. Se fosse algo automático, Paulo não precisaria perguntar se receberam. Apesar que em Atos 19 nós ainda podemos pegar a pergunta de Paulo e dizer: "Não.
A pergunta se receberam era para avaliar se realmente eram discípulos. " Mas então vamos usar outros argumentos. Paulo, escrevendo aos Gálatas, ele mostra que o Espírito Santo é recebido pela pregação da fé.
Então vamos lá. Gálatas capítulo três, verso dois: "Quero apenas saber isto: Vocês receberam o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? " Depois, no verso cinco: "Aquele que lhes concede o Espírito e que opera milagres entre vocês, será que ele o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
" A Palavra pregada despertava a fé que as pessoas precisavam para receber o Espírito Santo que elas iriam, como diz Jesus, pedir para poder receber. Então, quando olhamos para a descrição do próprio livro de Atos, nós percebemos que a experiência de receber o Espírito Santo ela não é necessariamente algo vinculado com o batismo nas águas, como muitas pessoas pregam, dizendo:" Olha, é uma única experiência. Quando uma acontece, a outra também acontece automaticamente junto.
" Em Atos dez, na casa de Cornélio, nós vemos nos versículos 44 e 48, que um grupo de pessoas recebeu o Espírito Santo antes do batismo nas águas. A Bíblia diz no verso 44 de Atos 10: "Enquanto Pedro falava estas palavras, o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam a mensagem. " 45 e 46 continua: "E os fiéis que eram da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo.
Pois eles os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus. Então Pedro disse", 47 e 48: "Será que alguém poderia recusar a água e impedir que sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo.
Então lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias. " Então, primeiro eles são cheios do Espírito Santo, para depois, posteriormente serem batizados nas águas. Por outro lado, em Atos 19, no verso cinco, quando nós temos o episódio que eu mencionei anteriormente de Paulo em Éfeso, a Bíblia nos mostra, Atos 19.
5: "Tendo eles ouvido isso, foram batizados no nome do Senhor Jesus. E, quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo veio sobre eles, e tanto falavam em línguas, como profetizavam. " Então esses irmãos já tiveram as duas experiências, batismo nas águas e no Espírito Santo, simultâneo.
Na casa de Cornélio, receberam o Espírito Santo antes do batismo nas águas. Em Éfeso receberam juntamente com o batismo nas águas. Mas em Atos no capítulo oito, a Bíblia nos mostra que quando Filipe está pregando em Samaria, as pessoas iam sendo batizadas em nome do Senhor Jesus.
No entanto, quando lemos Atos oito, de 14 a 16, há uma distinção que não pode ser negada. Essa distinção é apresentada assim: "Quando os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ouviram que o povo de Samaria tinha recebido a Palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João. Chegando ali, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo, pois o Espírito ainda não havia descido sobre nenhum deles.
Tinham apenas sido batizados em nome do Senhor Jesus. " Então já tinham sido batizados nas águas, mas a Bíblia diz que o Espírito Santo não tinha descido sobre nenhum deles. É por isso que os apóstolos foram enviados para orar por eles, para que eles recebessem o Espírito Santo.
Portanto, o Espírito Santo habita no cristão, fato incontestável. É uma experiência automática na conversão? A morada dele em nós, sim.
A segunda experiência que é um revestimento de poder e já falamos a respeito dessa segunda experiência na aula de número 20, enfatizando o que é o batismo no Espírito Santo; então estamos falando de uma segunda experiência, completamente distinta da primeira, e o reconhecimento dessas duas experiências é muito importante para que a gente possa compreender qual é a definição do selo do Espírito. Por quê? Diante da pergunta: o que é o selo do Espírito?
as igrejas tradicionais, ortodoxas, históricas, chame como você quiser, sempre ensinaram a respeito do selo que o selo do Espírito é recebido na hora da conversão. E a base para isso é o texto que abrimos a aula, Efésios 1. 13 e 14: "Nele também vocês, depois que ouviram a palavra da verdade, o evangelho da salvação", ou seja, a palavra pregada que promoveu a salvação, "tendo nele também crido", dado a devida resposta de fé, "receberam o selo do Espírito da promessa.
" E ele enfatiza: "O Espírito é o penhor", a garantia "da nossa herança, até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória. " Então há uma associação por parte das igrejas tradicionais e históricas a uma associação do Selo do Espírito Santo, com a primeira experiência que se dá no momento da conversão. Por outro lado, desde a virada do século XIX para o XX, quando o movimento pentecostal irrompeu por toda a Terra, os pentecostais começaram a fazer uma associação do selo do Espírito com a segunda e não com a primeira experiência, e a base deles foi colocada em cima de uma outra declaração de Paulo que, também inspirada pelo Espírito Santo, mas na carta de segunda aos Coríntios 1.
21 e 22, que diz assim: "Mas aquele que nos confirma juntamente com vocês em Cristo e que nos ungiu é Deus, e que também pôs o seu selo em nós e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração. " Então, aqui ele vai falar do selo, do penhor ou da garantia, dependendo a versão do Espírito, mas associa com a expressão "aquele que nos ungiu". E quando falamos a respeito de unção, normalmente a unção fala do Espírito sobre, e ela está associada ao revestimento de poder, o que está associado à segunda e não à primeira experiência.
Não a da conversão, mas agora a experiência posterior do Batismo no Espírito Santo. Então, a partir disso, os pentecostais começaram a definir o selo do Espírito Santo como sendo a experiência do batismo no Espírito Santo, e não apenas a pessoa do Espírito vindo habitar em nós na conversão. Porque eu estou apresentando esses dois contrastes?
Se o selo tem a ver com a expressão usada "penhor", que é sinônimo de garantia e de alguma forma está relacionado a uma garantia que o cristão precisa de fato compreender que é mencionada nas Escrituras de continuidade da obra que foi começada, então, de fato, é importante que a gente entenda não apenas quando se dá a experiência, mas principalmente o que é. Durante muito tempo, igrejas históricas e pentecostais têm relacionado o selo como se tratasse de uma experiência cronológica. A pergunta é: seja na conversão ou no batismo no Espírito Santo, se estamos falando de quando estamos falando de uma experiência que, num dado momento aconteceu e tendo acontecido, teria sido algo que nos foi dado.
Obviamente não para ser nem tão pouco tirado e nem tão pouco relativizado. Isso significa o que, pela lógica? Quer seja na conversão ou no batismo no Espírito Santo, nós estaríamos garantidos a uma firmeza na fé depois de ter recebido o Espírito Santo.
Agora, o argumento dos pentecostais de transferir o selo para o batismo no Espírito Santo, e não para conversão, baseou-se muito mais na experiência do que na fundamentação doutrinária. E, mesmo na condição de um pentecostal, eu tenho que admitir isso porque diziam: "Não, tem muita gente nascido de novo desviando. Estão se perdendo no meio do processo.
Cadê o selo? Cadê a garantia? " O selo e o revestimento de poder, porque haviam crentes incendiados depois do batismo no Espírito Santo, uma firmeza que antes não costumavam ver.
Mas bastou uma questão de tempo e experiência que eles usaram a favor agora se tornou contra eles, porque não demorou muito tempo depois do início do movimento pentecostal para que a gente visse gente que tinha sido batizado no Espírito Santo e que agora também estava se afastando e se desviando. A pergunta é: receber a pessoa do Espírito Santo para habitar em nós ou mesmo seu revestimento de poder, é a única garantia que eu e você precisávamos ter para que simplesmente nada, absolutamente nada fosse comprometido? Se isso fosse verdade, então como explicar Hebreus capítulo seis, a partir do versículo quatro até o verso nove, eu vou ler.
Aqui diz assim: "É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à zombaria. " Outras versões, dizem, usam a expressão "ignomínia", que significa "desonra pública". Versos 7 a 9: "Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz plantas úteis para aqueles que a cultivam, recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e ervas daninhas, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada.
Quanto a vocês, meus amados, ainda que falemos dessa maneira, estamos certos de que coisas melhores os esperam, coisas relacionadas com a salvação. " É lógico, que o autor está falando de salvação. Está escrevendo para um grupo que entende a experiência de salvação.
Aliás, ele fala de pessoas que caíram a ponto de não mais poder ser renovados para arrependimento. Isso significa que foram pessoas que experimentaram arrependimento. Ele fala de gente que foi iluminada.
Isso significa não só a luz de Deus resplandecer nas trevas da vida de alguém, mas a palavra iluminada no contexto no Novo Testamento está relacionada com revelação. Estou destacando isso porque alguns tentam dizer: "Não, essas pessoas não eram convertidas. " Ué, se não eram convertidas, para que renovar para arrependimento?
Que arrependimento foi esse que tiveram? Que iluminação foi essa? A Bíblia diz: "receberam o dom celestial.
" Isso significa uma experiência do novo nascimento. Agora, em vez de gastar tempo, provar isso tentando provar que é o novo nascimento, vamos pular para a próxima característica mencionada que exige que eles tenham nascido de novo. Eles diz: "se tornaram participantes do Espírito Santo.
" Como alguém pode ser participante do Espírito Santo sem a conversão? A Bíblia diz, Jesus claramente diz que o mundo não o conhece, não o pode receber, o que dizer participar dele. Paulo diz: "Se alguém não tem o espírito de Cristo, esse tal não é dele, porque quem é dele tem.
" Então, como alguém se torna participante do Espírito Santo sem ser convertido? O texto ainda continua e diz: "Provaram a boa Palavra de Deus, os poderes do mundo vindouro. " Mais à frente, Hebreus 10.
26 ele vai falar de pessoas que tiveram o conhecimento da verdade, e no verso 29 ele vai dizer: "Calcaram os aos pés o Filho de Deus, depois de terem sido santificados pelo sangue de Jesus, que resolveram profanar. " Como alguém pode ter sido santificado pelo sangue de Jesus sem uma experiência? Então eu não vou discutir a questão de se eram ou não salvos.
Para mim isso é fundamental, inquestionável e já tivemos uma outra aula que inclusive questiona a perda de salvação, onde a gente explica essas coisas. O ponto é: nós temos gente aqui que se tornou participante do Espírito Santo, o recebeu e ainda assim se perdeu. Então, qual é a relação do selo com essa tal da garantia?
Porque se tem uma garantia, seja na conversão, no batismo no Espírito Santo, então a presença do Espírito Santo em nós, seja pela primeira ou a segunda experiência, não deveria nos poupar da chance de se perder? Agora, se não é isso o que nós entendemos, qual deveria ser a compreensão sobre o selo do Espírito? Então eu quero destacar aquilo que eu tenho compreendido e ensinado.
Citamos o texto que fala de selo em Efésios 1. 13 e 14, citamos o texto que os pentecostais enfatizam, relacionando não com a conversão, mas com a unção em segundo aos Coríntios 1. 21 e 22, mas tem um outro texto que fala sobre o selo do Espírito, em Efésios 4.
30, que diz: "E não entristeçam o Espírito Santo de Deus, no qual vocês foram selados para o dia da redenção. " Aqui, de novo, ele fala de um selo, ele diz que o selo é para o dia da redenção portanto, tem que ter uma garantia de conclusão da obra de Deus, mas agora ele relaciona isso não com conversão, nem com revestimento de poder, mas com relacionamento com o Espírito Santo, a ponto de dizer: não o entristeça. Então, a pergunta a ser feita é: o selo do Espírito Santo é uma experiência cronológica que nós estamos tentando descobrir se acontece no dia da conversão, um tempo depois que uma experiência ou qualquer outro lugar?
Deixe-me dizer algo a você: no momento em que estou gravando esta aula, eu já tenho cerca de 18. 500 dias de vida. Estou dizendo isso só para tentar te ajudar a ter a seguinte ideia: se eu tiver comido em média um quilo de comida por dia, significa que eu já consumi pelo menos 18 toneladas e meia de comida na vida.
E, particularmente, acredito que essa média é bem generosa. Porque quando criança se comia muito pouco. Nos últimos anos reduzi muito a ingestão de comida, mas anos atrás já fui uma pessoa que não tinha o entendimento bíblico sobre o cuidado do corpo, sobre comer de forma regrada e houve momentos que eu garanto para você que um quilo de comida talvez fosse uma refeição.
Então, com certeza a gente poderia botar aí umas 25 toneladas de alimento. Mas se a gente ficasse só nessa média que serve pra todo mundo, eu fico pensando: é muito alimento. Dezoito toneladas e meia, um quilo de comida por dia, é muita comida.
Mas se há uns anos atrás eu parasse de comer, quando atingir 15 toneladas dizendo: já comi muito, pra que comer mais? Eu não estaria vivo hoje nem gravando essa aula. Por que eu estou dizendo isso?
Porque não importa quanta comida eu comi, se eu parar de comer, eu morro. Agora, preste atenção: não importa quanta experiência você já teve com o Espírito Santo, se você parar de ter, você morre. O problema é tentar associar uma garantia eterna baseado numa experiência cronológica na linha do tempo.
O que eu e você precisamos entender é que a ênfase bíblica sobre o selo, ela está relacionada com comunhão ou relacionamento com o Espírito Santo de comunhão porque esse texto aparece em segundo aos Coríntios 13. 13. Dependendo da versão mais moderna que você use pode ser o versículo 14.
Isso foi mudado. Na maioria das versões clássicas está no 13. 13 de segunda aos Coríntios.
Nós lemos: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês. " Ele fala de três coisas, cada uma delas relacionada a uma das pessoas da Trindade, assunto que já demos nas aulas 6 e 7. Mas vamos lá.
A graça de Jesus é algo vital? Claro que sim. A Bíblia diz: "Pela graça sois salvos", sem ela estaríamos todos perdidos.
Então ninguém questiona que isso é algo vital, essencial. O amor de Deus mencionado também? Sim, a Bíblia diz Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho.
Sem a graça de Jesus, sem o amor de Deus, estávamos perdidos, condenados eternamente. Isso me faz imaginar que muito crente lê esse texto de segunda aos coríntios, mais ou menos assim: "A graça do Senhor Jesus, essa coisa incrível, vital, maravilhosa, sem a qual estaríamos perdidos. O amor de Deus, essa coisa igualmente essencial, importantíssima, sem a qual estaríamos perdidos, e a comunhão do Espírito Santo, o que quer que seja, isso não deve ser importante.
" E digo que a maioria lê isso porque, se fosse importante, falávamos mais, ensinávamos mais, pregávamos e cantaríamos mais sobre essa verdade. A igreja tem sido omissa sobre isso. Eu li agora pouco a respeito do que o livro de Hebreus fala de pessoas que eram participantes do Espírito Santo, mas se perderam no processo.
Então, qual é a garantia do Espírito Santo? No mesmo texto, depois de falar daqueles que se perderam nos versos 7 e 8, a Bíblia diz assim: "Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz plantas úteis para aqueles que a cultivam recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e ervas daninhas, é rejeitada e está perto da maldição; e o seu fim é ser queimada. " O escritor não está falando de terra.
Ele estava falando de crente bom e crente ruim. Crente que está de pé e crente que caiu. Crente que corresponde para com Deus e crente que não.
E ele entra com uma alegoria falando de terra boa e de terra ruim. Do que é que ele está falando? Obviamente não é de terra, de forma literal.
Que é uma alegoria, não se discute, porque no final ele fala de uma terra cujo fim é ser queimada e terra não queima. Portanto, que incinerador é esse que ele está falando? Ele está falando da perdição do inferno.
O que eu e você precisamos entender é que o texto não apenas fala de gente que caiu porque falhou, mas sugere o que eu e você deveríamos fazer para não falhar. Então, qual é a terra frutífera? Durante muito tempo, equivocadamente, eu olhava para esse texto e pensava: a terra frutífera é aquela sob a qual chove e, a infrutífera, é aquela sobre a qual não chove.
Se isso fosse verdade, então a Terra não seria responsável de nada. Ela seria vítima, porque não está nela o poder de fazer chover sobre si. Observe o detalhe: a Bíblia fala de uma terra que absorve a água da chuva, ou seja, não a desperdiça.
E a Bíblia dá a entender, por lógica eliminatória, que a terra infrutífera é aquela que não absorve. Ou seja, nós temos um papel no que foi dito na aula anterior, na interação, a interação com o Espírito Santo, a comunhão, o relacionamento que ainda será melhor detalhado nas próximas aulas, que inclusive vamos falar sobre a sua direção, a sua liderança, elas precisam ser entendidas como a maior chave que garanta a continuidade do processo. Então não deveríamos olhar o selo como estando relacionado só na conversão.
Recebemos na conversão uma provisão maravilhosa, a presença Dele em nós. Recebemos depois, na segunda experiência, o batismo no Espírito Santo, um revestimento de poder. Mais um acréscimo.
Mas não importa se estamos falando da primeira ou da segunda experiência. O que nós precisamos, logo depois de cada uma delas, é manter uma vida de relacionamento. Isso envolve desenvolver sensibilidade ao Espírito Santo, se permitir ser guiado por Ele.
A Bíblia nos mostra que o Espírito Santo ensina. Jesus diz em João 14. 25 e 26: "O Espírito Santo vai ensinar a vocês todas as coisas e vai lembrá-los do que eu disse.
" Ele nos dirige. A Bíblia fala dele dirigindo Filipe em Atos 8. 29.
A Bíblia fala dele dirigindo Pedro em Atos 10. 19 e 20. Então nós precisamos entender como Ele conduz e aprender a como corresponder com Ele, para então, por meio desse relacionamento ou o que dissemos na aula anterior, a interação devidamente mantida, conservarmos o selo, que é a garantia de que a obra começada não será abortada, não será interrompida, mas será concluída para glória de Deus.