Economia Comportamental (Aula 17, parte 1) [Metodologia da Economia]

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[Música] [Música] como vocês lembram dos últimos tópicos do programa era questão de programas de pesquisa novos dentro da economia porque a gente é a idéia era discutir é discutir isso os fundamentos medo destes desses novos programas de pesquisa do ponto de vista metodológico eu já variei e se esse tópico sempre varia um pouco o campo de economia que a gente está tratando já falei um pouco de outros campos por exemplo de economia institucional mas isso faz vários anos na medida no momento em que não havia um curso de economia institucional aqui na fé agora já
tem de modo que essa matéria já é coberta por eles e da mesma forma outros programas de pesquisa que pareciam que são relativamente jovens tão jovens quanto um programa de pesquisa numa disciplina sedimentada como a economia é podem ser né mas agora nos últimos anos nos últimos três ou quatro anos o eleito para compor essa essa unidade do programa é economia comportamental não é sobre ela que a gente vai falar aqui então o que como é que pode a gente pode definir essa economia comportamental ou aquilo que internacionalmente se conhece por be hey you economics
ela nasce junto a partir daí uma influência muito forte da da psicologia isso aí é uma coisa curiosa e lida com aquela história que nós já comentamos com aqui na classe que é a questão das influências das outras disciplinas sobre a economia então o tal do imperialismo reverso então a psicologia que por um período foi ignorada pela economia sobretudo o que é aquilo que é considerada a segunda geração da teoria neoclássica ela se exime de fazer qualquer consideração sobre como as escolhas são feitas a partir da dados dos dois elementos psicológicos do ser humano né
então ela e ela deixa isso abandona esse tipo de preocupação coloca isso como uma preocupação que não é que não é preocupação principal da da ciência econômica portanto ela não tem nem competência nem vontade de tratar desses fundamentos psicológicos da ação humana e nesse momento que é o momento da segunda geração dos neoclássicos grosso modo a gente pode situar isso nos na primeira década do século 20 a partir daí a uma ruptura com a psicologia por exemplo se vocês já tiveram história do pensamento humano e econômico já viram hoje vamos por acaso não seja viram
japão estão já vão ser uma grande preocupação com a psique humana com as questões que informavam as as decisões né com as bases psicológicas das decisões humanas se a gente for mais mais pra trás na história do pensamento se a gente for nos clássicos também existe esse tipo de preocupação na segunda geração de neoclássicos esse tipo de preocupação é simplesmente deixado de lado isso não é tarefa não é meta da economia buscar esses fundamentos psicológicos eo a ressurreição por assim dizer da da psicologia vem nesse programa de pesquisa da economia com portanto mental como está
dizendo é a aplicação da ciência cognitiva o estudo da tomada de decisão econômica bom só que aqui estou introduzindo uma outra palavra que a ciência cognitiva ao mesmo tempo que a psicologia avançou na direção de criar aquilo que se chama psicologia econômica que na verdade é um sinônimo para a economia comportamental né há um certo sinônimo né o ramo da psicologia que trata das decisões econômicas do comportamento econômico é chamado de psicologia econômica na hora que isso foi absorvido pela economia eles mudaram o nome adotaram isso mas mudar o nome para a economia comportamental mas
aqui também tá falando nessa primeira frase aqui de ciência cognitiva porque ao mesmo tempo outros ramos da ciência estavam estudando inclusive do ponto de vista físico como se dá o conhecimento a mente humana de uma maneira geral então aquilo que hoje se chama vulgarmente de neurociência né já estava começando nesse momento e foram os insights dessa ciência cognitiva a ciência que vai tratar do conhecimento por exemplo às bases neurológicas neurais do conhecimento estava se desenvolvendo e teve um impacto sobre a economia então o que a economia comportamental faz é investigar o papel do conhecimento e
dos estados afetivos e aqui uma coisa importante porque ela não se contenta apenas em tratar a questão da razão ou do conhecimento no seu lado racional mas também no seu lado emocional então estados afetivos de uma maneira geral emoções rumores e sentimentos de uma maneira geral é que afetam o julgamento humano com a informa seus juízos e como é que ele toma suas decisões o ser humano né então a a economia comportamental abre o leque não trata apenas da razão do conhecimento mas também dos afetos do sentimento de todo esse outro lado que para a
economia durante muito tempo foi tão obscuro da mente humana uma tentativa de aumentar o poder explicativo e também o poder preditivo da teoria econômica como como como fazer isso trazendo fundamentos psicológicos mais plausíveis né então aqui tem uma uma fala o seguinte eu tô cotada com maior realismo né eu estou preocupada com uma predição mais correta eu estou preocupado é com uma explicação mais adequada e mais abrangente para fazer isso de onde eu partilho a ideia de que os fundamentos psicológicos da economia ou era um hobby simplesmente ignoradas né daí conta do comportamento econômico ou
eram simplesmente e que ignorados ou eram feitas eu era um congelados por assim dizer em baixo de pressupostos pouco realistas como por exemplo a idéia de que as pessoas sempre a ajem enviadas pela razão suas decisões são sempre racionais então nesse sentido isso que nesse sentido é que surja a economia comportamental a gente pode antecipar aqui que ela surge como um questionamento forte da teoria clássica na teoria tradicional e que esse mas que esse esse questionamento não é o questionamento radical ela não se nunca de fato nunca comprou exatamente a idéia de fazer uma uma
construir uma outra teoria né promoveu uma espécie de revolução científica e criar um novo paradigma qualquer coisa desse tipo mas ela sempre procurou contribuiu ou reformular digamos assim de uma forma mais lá 14 ana trazendo os fatos novos e treta então como está dito a iaa a economia comportamental emergiu incompossível são a economia neoclássica mas também é uma corrente dentro da psicologia sobre o córrego falar daqui a pouquinho chama que se chama de rave orismar né então ela de um lado combatia a teoria tradicional dentro da economia do outro lado ela combatia também como a
psicologia econômica de resto da qual ela foi tributária essa corrente dentro da psicologia que foi muito importante durante um o gasto do século 20 que foi o de regionalismo e as metodologias que associadas a essas correntes como por exemplo operacionalizam né que vai definido muito brevemente vai dizer o seguinte um fenômeno é é as operações que a gente usa para medi-lo a então quando a gente vai medir por exemplo inteligência a gente usa um teste de qi então o resultado daquele teste é a inteligência do indivíduo isso na forma na versão mais radical mais caricatural
num certo sentido do operacionaliza é o conceito é reduzida às operações utilizadas para a feri lo empiricamente eo verificar se o lulismo que vocês sabem o que é bom então aqui um ponto importante o economia comportamental é compatível com a teoria neoclássica e de certa forma é compatível com economia neoclássica evidentemente que ainda tem muita gente trabalhando nesse campo e alguns são mais críticos e outros menos críticos de um menu uma média a gente poderia dizer uma tendência mais típica né ela não é incompatível ela não rejeita frontalmente a economia neoclássica embora até na sua
origem tivesse alguns eu tenha havido algumas contribuições de maior crítica mais contundente na sua crítica mas o que ela faz é modificar um pequeno conjunto dos pressupostos dessa teoria para atingir maior realismo psicológico para dar conta das dos fenômenos que de fato tão operando na mente humana quando ele toma decisões por exemplo sobre como alocar dinheiro né então para criar uma teoria mais plausível - e realista é a economia por comportamental então eu questiona a tese que foi defendida por alguns ramos da economia e também das ciências sociais em geral e das ciências humanas como
a psicologia de que as ciências sociais seria um revisitar a fazer fazer referência a fenômenos não observava como por exemplo os estudos os estados afetivos e cognitivos então nessas correntes a idéia é o seguinte como você não pode saber o que se passa dentro da mente humana a mente humana é uma caixa preta tanto quanto uma firma né maneira como as decisões são tomadas numa firma então não dá para chegar nessa caixa preta então simplesmente isso não não é não não deve não pode ser observado e portanto não é objeto de estudo na a psicologia
econômica e à economia comportamental estão que questionam isso e até fazem um esforço para que esses não observava em si sejam observadas de alguma maneira penetrar mesmo na caixa preta hoje em dia tem uma coisa que se chama neuro economia né então são estudos depois eu vou falar muito sobre estudos empíricos nesse campo mas a neuroeconomia ela estuda há por exemplo por meio de testes com eletrodos como é que as pessoas tomam decisões ela liga os parceiros sujeito de um como se fosse um experimento por insetos eletrodos e ver como é que as pessoas reagem
por exemplo diante de uma oferta de divisão de dinheiro que lhes parece injusta que tipo de como é que é o seu coração bate mais rápido que se passa no cérebro que áreas do cérebro são acionadas e tal então já disse origem na psicologia da economia comportamental ela reage à pobreza dos pressupostos metodológicos e economistas neoclássicos de segunda geração é a primeira geração dos neo clássicos jogos por exemplo tinha abordava a questão correta ou incorretamente não importa em adequada o inadequadamente forma adequada ou não abordava a questão de como se formaram as preferências por exemplo
a partir de um determinado momento em que entre esta segunda geração é que esse assunto foi considerado não aquilo não era do âmbito pelo menos não era do âmbito da economia portanto ele não podia ser feito o que a economia podia fazer é observar como as escolhas efetivamente sidão e não em que elas estão e quais os pressupostos quais os fundamentos psicológicos daquela decisão e também por outro lado reação ao tal do be revisionista na psicologia alguém já ouviu falar no b reformismo olha uma corrente que foi forte uma corrente deve ter ainda alguns programas
de pesquisa que são herdeiros dessa de sibbi revisionista ea ideia é exatamente parecida com a idéia que se tem nessa segunda geração de economistas neoclássicos é o seguinte você deve observar o comportamento aberto é ostensivo né e não ficar tentando mergulhar nas razões profundas psíquicas desse comportamento então o terrorismo foi muito afetado por exemplo pelos estudos dos killers neodi revisionista trabalhava sempre muito com experimentos de laboratório com cobaias né e por que os campineiros skinner é um é um cientista que foi importante influenciou muito a psicologia e revelou lista a questão é de estímulo resposta
então como é que você estuda o comportamento ostensivo como é que você lida com um usa as cobaias no laboratório para saber como é que as pessoas reagem ou pelo menos como é que os animais reagir você cria certos estímulos bons irmãos incentivos positivos e negativos prêmios e punições nem ver como é que os ratinhos lá reagem isso então se não tá tentando entrar na psique dos atos e está simplesmente vendo como é que eles reagem quando você dá o prêmio como é que eles reagem quando se dá o castigo por outro lado se também
está condicionando o comportamento a esses estímulos certos comportamentos elas aprendem que certos comportamentos vão gerar castigos então elas vão aprendendo a evitar esses comportamentos e ao contrário buscar os comportamentos que dão um retorno positivo né estão também na origem da idéia do pavlov do do cachorro condicionado houve um sino já sabe que vem comida saliva e sempre tão bom então foi isso foi em 1913 que o bê revisionista apareceu na psicologia e ao mesmo tempo depois da guerra ao mesmo tempo portanto ham mas no mesmo século 20 vamos dizer o seguinte mas já no já
no final da guerra os neoclássicos ficaram muito desconfiado de qualquer tipo de introspecção né aquilo que a gente viu por exemplo os dois mil como é que a gente sabe que um ser humano se comporta a gente sabe a respeito do homem econômico qualquer um olhando para dentro de si mesmo ou olhando a sistematicamente a sua volta percebe que existem aquelas motivações portanto nesses neoclássicos não no nós vamos abandonar qualquer idéia de que o conhecimento pode vir por introspecção e qualquer pretensão de conhecer os estados de consciência do ser humano o que simplesmente a gente
vai ver como é que ele faz na prática as suas escolhas não é como é que ele acha ponto de vista econômico e também por influência de gente como leonel gomes a idéia de que as preferências apenas podem ser ordenadas de uma determinada forma naquelas não podem ser portanto ordinaristas e que elas não podem também ser comparadas entre pessoas cada pessoa tem o seu próprio ranking de preferências né não é uma escala cardinal mais calor de natal e não é possível comparar entre pessoas enquanto e antes disso antes desse advento aí dessas 10 sam abordagem
do pós-guerra antes disso os primeiros neoclássicos como levo uns por exemplo e falavam 'você já aprenderam sobre o fundamento hedônico da economia né o homem o ser humano busca o prazer evitador e isso é assim ele e notei a sua escolha e esse tipo de pressuposto psicológico fornecia racional para certos pressupostos críticos da da teoria econômica como a completude das da escala de preferências ea transitividade a transitividade das preferências e dados outros pressupostos a conversar cidade das curvas de preferência portanto nesses neoclássicos anteriores ao aos de segunda geração havia essa preocupação sim com a introspecção
o conhecimento entre a expressão como fonte de conhecimento então como a gente viu os neoclássicos como brian robbins que a gente viu mostraram discutir a questão da ordenação das preferências né é um ordenamento das ações das opções disponíveis e o conceito primitivo passa a ser preferência do ponto de vista da economia do bem estar e isso tem uma implicação muito importante que é a idéia do ótimo de pareto né esse critério utilitarista que antes era adotado é deslocado pela noção do pelo ótimo de paredes que quando a gente considera o produto coletivo dessas ações guiadas
por de cada indivíduo guiadas por sua escala de preferências a gente tem um produto que é alguma coisa como ótimo de pareto você sabe muito bem como definir do ponto de vista metodológico e representou essa essa passagem da primeira para a segunda geração foi uma coisa importante teve uma consequência importante um impacto importante como é que a gente consegue coletar informações sobre as preferências a gente não consegue a gente não consegue entrar dentro da cabeça não deve o economista não deve ter essa pretensão o que ele pode fazer e deve fazer é observar as escolhas
as escolhas né e as transações de mercado então simplificando muito uma longa discussão a preferência passa a ser a preferência que é revelada nas transações na preferência que é revelada nas escolhas que o ser humano faz portanto não há uma pretensão de dizer bom da onde vêm as preferências o ser humano tem várias motivações como diria 2000 a motivação de ganhar dinheiro que é contra restaurada por outras motivações de aversão ao trabalho propensão ao consumo outras me números outras motivações embora o economista ainda segundo os dois mil considere essas principais exclusivas mas ele tem inúmeras
outras motivações tudo isso é abandonado um ep não é isso não é objecto mais da economia e como é que a gente sabe sobre as preferências a gente sabe a partir das escolhas que são feitas das do comportamento efetivo das pessoas da mesma forma que na psicologia na abordagem de revista é o comportamento condicionado pelos estímulos que revelam que as pessoas ou os animais de uma maneira geral que é então vamos ver aqui alguns precursores dentro aí dentro da economia vamos esquecer por um momento da psicologia e vamos ver dentro da economia aqueles precursores desse
programa de pesquisas a economia comportamental primeiro institucionalista sakilu que é chamado do velho institucionalismo o institucionalismo é uma corrente norte americana dede de economia e surgiu ainda no começo do século tem esses chamados velhos institucionalista é curioso que pareça é um deles também porque eles entram aqui na nossa discussão tão bb emitiu claro por que eles pensavam nas instituições em termos psicológicos então ele já tinha alguma coisa de trazer novamente a psicologia pra dentro da economia e as instituições como dinheiro por exemplo eram descritas por eles eram analisadas por ele em termos psicológicos então assim
não é o dinheiro unidade de medida neutro né mas é o dinheiro da maneira como ele é enxergado pelas pelas pessoas pelo agente econômico na então a moeda por exemplo como é que lida com isso isso de um lado poderia falar muito tempo a respeito disso mas para a nossa finalidade aqui é suficiente uma outra origem importante foi os macroeconomistas mas aí já fischer even fischer e também naqueles porque nesses autores a aaa a discussão dos fundamentos psicológicos está presente o tempo inteiro eles não não fazem essa segregação desses fundamentos psicológicos por exemplo quando se
fala em ilusão monetária quando candy fala ilusão monetária evidentemente que tem aí a distorção gerada pela maneira como percebeu o fenômeno por exemplo da da inflação é percebido é o fenômeno da moeda é percebido o dinheiro como ele é o dinheiro como ele é visto daí uma uma visão que pode ser iludido ele uma ilusão monetária e muito mais ainda os espíritos animais é quem fala sobre os espíritos animais que afetam a economia né então as questões relacionadas com esses movimentos que são que são manifestações da da psique humana e na maneira como ela interage
quando ela toma suas decisões econômicas como estados com portas e é treta então aqui tem duas origens importantes de modo que mesmo quando a gente diz olhos neoclássico segunda geração evidentemente que a gente não está incluindo nesse conjunto nem quente nem fischer muito menos os institucionalista dos pelo menos a da primeira geração dos institucionais bom tem outros autores que poderiam ser citados um que eu gosto particularmente é esse indivíduo chamado qe tops que parece que é com a pronúncia correta é alguma coisa como isso kitó vez que a gente fala em geralmente em brasil a
gente fala se tops que né mas eu fui num seminário aí eu vi uma moça que pronunciava mais corretamente estou tentando reproduzir bom esses escritórios que escreveu um livro que chama a economia vamos é infeliz né publicou um livro em 1976 ea gente vai falar um pouquinho sobre esse livro que tops que foi era 11 um economista de origem polonesa porém fixado na itália que até nascido na itália ficou muito tempo na itália mas depois durante a guerra fugiu da itália com a ascensão do fascismo né antes um pouco ou no meio da guerra ele
foi para os estados unidos emigrou para os estados unidos e nos estados unidos ele teve lá um contato com uma uma civilização que para ele era muito estranha pra ele era muito diferente tinha coisas que o fascinavam por exemplo a liberdade de pensamento e de ação isso é uma coisa que ele vindo de um país totalitário ele precisou muito mas do outro lado também tinha coisas que o incomodava então esse livro de joyce economy é ele quer falar justamente sobre a américa e mail fly finné vamos dizer como ele via a sua volta as pessoas
se comportando [Música]
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