Agora nós vamos falar da Inteligência Artificial na educação, né. Quais são as aplicações da IA para a educação e vamos chegar a essa conclusão: "Pô, eu tô perdido? "Será que vai ser um robozinho "que vai estar lá na sala de aula no meu lugar?
" O que nem faz muito sentido porque o robô pode estar no computador não precisa ser um robô humanizado mesmo, né. A gente vai vendo que o acompanhamento do aluno não precisa ser por um robô pode ser por um software. Mas vamos lá Sandro!
O que você acha que tem de principais aplicações para um cenário mais próximo da inteligência artificial para a educação? Veja bem! A primeira coisa é que o ser humano é um ser social, então a máquina vem muito no sentido de colaborar do que substituir nesse caso porque há uma série de riquezas no tipo de relacionamento professor-aluno que dificilmente são substituídas pela máquina, mas existem algumas partes que vem ajudar o professor, então, por exemplo, hoje os professores têm uma carga de trabalho extraclasse considerável seja para corrigir atividades ou mesmo para poder interagir com alunos, responder aqueles e-mails e demandas que chegam.
Então a gente pode visualizar as tecnologias e a inteligência artificial ajudando o professor em algumas categorias. A primeira que é muito intuitivo a gente pensar e vem nesse sentido são os tutores, os sistemas que vão de alguma forma responder às demandas dos alunos, então muitas vezes a gente tem aquela pergunta: "Professor que dia que vai ser a prova? "Professor o que vai cair na prova?
" Então você tem sistemas que conseguem já entender essa pergunta e traduzir a partir de uma leitura de um plano de ensino, a partir de uma leitura da própria disciplina que vai estar organizada em um ambiente on-line, por exemplo. Então essa seria uma primeira aplicação. Não sei, eu acho que ficou de fora aí a pergunta mais frequente: "Professor pode adiar a entrega do trabalho?
"Professor pode me dar mais um 7 ou 8 pontos para eu passar? " São perguntas comuns, né. Mas levando para o lado concreto, assim, eu poderia pensar que a inteligência artificial pode analisar o conteúdo da minha disciplina seja em vídeo, texto e o aluno fazer uma pergunta, talvez para um assistente pessoal, para o Chatbot ele fala assim: "O que é mesmo a sigla ABC?
O que é o conceito? " Isso é uma coisa possível? Sim, aí nós estamos falando da própria Inteligência Artificial começar a entender o conteúdo também, da resposta sobre o conteúdo, não apenas questões administrativas e aí tem toda uma parte de estudos utilizando processamento de linguagem natural que é uma técnica de inteligência artificial para esse fim é que faz isso, que tenta entender o contexto da pergunta e o contexto do conteúdo e ali buscar respostas, então até mesmo uma parte da disciplina você pode fazer uma pergunta e você tem esse tipo de mecanismo, né.
Agora, também existem algumas ferramentas sendo criadas nesse sentido não só para dar uma resposta para o aluno, mas também para poder ajudar a entender como que ele está evoluindo. Então você também faz algum tipo de análise de conteúdo do que ele está escrevendo usando esse tipo de técnica de processamento de linguagem natural, mas ainda assim muito nessa linha de assistente pessoal para poder ajudar o aluno, essa é uma primeira categoria. Uhum!
E daria para gente pensar assim que nessa interação com o aluno que pode ser automatizada, mas que se dá às vezes por meio das mensagens que ele manda ou às vezes por meio da resposta que ele dá na prova. Dá para gente pensar em alguma coisa mais. .
. sofisticada porque eu lembro certa vez de você discutir esse lado emocional da pessoa a partir dessa interação, como é que é isso? Sim, sim.
Veja bem! Existem também trabalhos na área de análise de sentimento, que a gente chama, então você pode analisar o sentimento a partir de uma imagem. Então se a pessoa tiver interagindo com uma câmera você consegue perceber a emoção, então a emoção do estudante ou do vídeo que ele enviou.
Mas você também consegue analisar a emoção de textos, então existe Inteligência Artificial para poder fazer isso e até aqui é até bom a gente abrir um parêntese para poder falar que, "Bom, mas como é que essa inteligência artificial é feita, né? " Hoje em dia existe o que a gente chama de Inteligência Artificial como serviço. Então, por exemplo, a IBM é uma empresa que tem Inteligência Artificial como serviço.
Ela reuni um conjunto de psicólogos e eles constroem um modelo de Inteligência Artificial que a partir de um determinado texto, usando alguma referência clássica da área, você faz um julgamento do perfil daquela pessoa. Às vezes até algum julgamento em termos de intenção daquela pessoa você consegue fazer, mas lógico, isso instrumentado por uma base científica e modelos que já existem de alguma maneira, né. Então, é legal a gente pensar assim, tanto nas questões administrativas que aí a gente está chamando qual é a data da prova, que matéria cai, até que dia tem que entregar o trabalho, alguma coisa assim quanto eventualmente um apoio em consultas a conteúdo.
A gente pode ter um apoio, mas isso não é ainda dizer que o aluno pode interagir, aprender só com um computador porque ele precisa ali do professor porque, como você disse, a aprendizagem é um processo social, a educação é um processo social. Mas mesmo assim, desculpa eu vou fazer uma interrupção, pensando porque as ideias vêm a cabeça, pensando que se o professor enxerga isso resolve tudo que ele faz é porque ele está meio que numa posição errada, numa posição muito conteudista a gente entender que a educação não é só o conteúdo e que não tem problema nenhum a gente ter um assistente para conteúdos ou para explicar o processo. Mas então, aí desculpa o parênteses, mas a gente também pode conseguir por meio da Inteligência Artificial direcionar um pouco o aluno talvez se ele tiver dificuldade com o assunto dar um apoio extra para ele, mas automaticamente com sistemas, ele consegue fazer algo assim?
Sim. Antes mesmo de entrar nisso é importante a gente pensar que uma das profissões que mais vão se desenvolver nos próximos anos são os professores de chatbot. Exatamente porque esse tipo de tecnologia precisa de alguma instrumentação, precisa de algum direcionamento e o professor, nossos docentes vão ter um papel fundamental nisso porque de alguma maneira a gente vai ter que fazer a curadoria desse conteúdo, a inteligência artificial não faz isso, ela traz uma série de conteúdos, mas qual é o melhor?
Qual é o mais adaptado? Ela não é tão eficiente para poder fazer isso. Aí é onde eu vejo muito o papel do professor.
E aí quando a gente pensa em entender as deficiências do aluno ou muitas vezes onde ele está errando mais a gente pode ter apoio de uma inteligência artificial que nos ajuda a avaliar isso, né. Olha, esse aluno está perdendo muito conhecimento por meio de algum exame, enfim, nesse ponto da disciplina, então a gente poderia sugerir algum conteúdo. Então o professor pode fazer isso junto com esse tipo de tecnologia.
Já existem aplicações de Inteligência Artificial que ajudam a personalizar o que o aluno precisa, então aquele famoso aplicativo de aprendizado de inglês Duolingo faz isso. Se você está errando muito verbo to be ele sugere mais algumas questões relacionadas a isso e a gente pode chegar num nível inclusive de plano de ensino, por que não? Não é só um conteúdo ali que eu devo enfatizar, mas eu posso montar um plano de ensino de acordo com o interesse do aluno também.
De acordo com a visão que o professor tem sobre, para um determinado grupo de alunos como que a coisa deveria ser conduzida, então a inteligência artificial trabalhando nisso e analisando dados. A gente não pode esquecer disso, né. Aham!
Volume de dados que tem por trás dessas interações, onde o aluno clica? Quanto tempo ele passa em um conteúdo ou em outro conteúdo? Uma série de informações podem ser usadas nesse processo.
Mas para fazer esse desenho todo também tem que ser alguém que entenda de educação, o professor. Exatamente. Quando o professor Sandro falou lá atrás sobre inteligência artificial e essas outras tecnologias que vão surgindo tirarem algumas posições de trabalho, não vou dizer nem profissão, nem emprego, mas acabarem com algumas atividades permitindo a criação de outras está aqui um espaço de desenhos de processos de aprendizagem que inclusive nós temos que entender são regionalizados, eles são personalizados, eu acho que não vai ter uma solução assim que atenda ao mundo inteiro.
A gente pode pensar que para brasileiros, para mineiros, para belorizontinos a gente pode falar que têm aqui aspectos culturais, aspectos regionais, econômicos, sociais que são específicos e vai entrar uma pessoa nisso, né. A gente poderia colocar nessa história também e estou supondo que sim porque é o que a Netflix, o Spotufy faz, uma recomendação assim para o aluno que quiser ir além. Sim, sim.
Veja bem! Cada aluno tem uma velocidade de aprendizado, então você conseguir entender essa velocidade é positivo no sentido de você dar o estímulo que aquele aluno precisa. Então, se um aluno, por exemplo, você percebe que ele está muito avançado você poderia trazer coisas ou questões ou conteúdos para além disso.
Você percebe que ele está com uma velocidade, uma dificuldade você capricha ali nas atividades, nos conteúdos de nivelamento, por exemplo, que é muito importante. Hoje a gente faz isso de alguma forma só que como a gente trata uma turma com 30, 40, 50, 60 alunos, às vezes até mais fica difícil personalizar. Então o que a inteligência artificial faz é Opa!
Professor deixa eu te ajudar aqui um pouco. Esse aluno aqui está precisando mais desse conteúdo, esse aqui já está mais avançado, então por que não conduzir ele para esse caminho? É muito nesse sentido.
Isso é aprendizagem personalizada que tanto se fala aí nas publicações na área de educação que sempre falo muito que no futuro a aprendizagem será personalizada a gente pode considerar isso, né. Nesse espaço inclusive, aí meu papel aqui como responsável pela educação a distância PUC Minas, eu mesmo tenho visto investimentos grandes dessas big players aí na área de educação dá para entender, acho que você também, né Sandro? Exatamente.
Eles perceberam que é uma área que está crescendo, tem potencial. Se a gente parar para pensar até no ponto de vista social o número de pessoas com curso superior a gente está muito longe de 100%, então há um espaço gigantesco inclusive em muitos países da própria América Latina tem mais educação superior do que o Brasil, então há um espaço e essas big players estão percebendo isso. Quando a gente vê aí tanto para ferramentas para as próprias aulas on-line ou remotas como Microsoft Teams, o Google também tem as suas plataformas, então eles estão percebendo.
E, de novo, cai naquela história da quarta revolução industrial. Dados estão sendo gerados, a gente tem o famoso Big Data e inteligência vai ser aplicada na camada acima desses dados para poder extrair insights para enfim, tomar a decisão e ajudar o aluno no processo educativo dele. Legal!
Você está vendo, a gente vai precisar entender um pouquinho mais dessas tecnologias e como nós vamos usá-las nos nossos cursos, nas nossas disciplinas, né. Não é nem algo assim que seja impossível ou que pareça impossível porque logo antes da pandemia quase ninguém usava videoconferência, quase ninguém interagia com os alunos por meio de internet, a gente não fazia avaliações on-line. Nos viramos e estamos aqui pós pandemia já de volta às aulas presenciais, mas com uma educação que não parou por dois anos, né.
Vamos continuar no próximo vídeo com mais algumas aplicações da inteligência artificial para educação. A gente te espera lá!