Em 1910, marinheiros se revoltaram contra chibata e racismo no Brasil pós-abolição

o Rio de Janeiro capital da República 1910 Já faz mais de 20 anos que a escravidão foi oficialmente abolida no Brasil Mas isso não impede que os marujos da Marinha de guerra Muitos recrutados à força a maioria deles filhos e netos de escravos continuem sendo castigados com chibatadas nas costas e Novembro desse ano um dos castigos entra para história no converso encouraçado Minas Gerais um marinheiro acusado de indisciplina e barbaramente punido diante dos colegas são 250 chibatadas ele chega a desmaiar no meio do castigo mas agressão não para essa é a gota d'água para a

explosão da Revolta da Chibata [Música] em poucas horas depois desta cena de terror dezenas centenas de marujos se revelam e dominam os quatro navios de guerra mais poderosos do Brasil incluindo encouraçado Minas Gerais líder da Revolta da Chibata é João Cândido o marinheiro de 30 anos de idade que os jornais apelidam de Almirante negro os revoltosos manda um aviso ao presidente da república Marechal Hermes da Fonseca Rua chibatadas acabam imediatamente os canhões dos navios de guerra vão destruir o Rio de Janeiro uma das mensagens endereçadas ao Palácio do Catete eles exigem ser tratados como cidadãos

de verdade do jeito que deveria ser uma república com os canhões voltados para a capital os cariocas entrou em Pânico e correm para as estações de trem para fugir da cidade o palácio do Kadett não tem escolha atacar e afundado os quatro navios está fora de cogitação os outros barcos da Marinha os que se mantêm fiéis ao governo só em e não tem poder de fogo para enfrentar os revoltosos e os quatro navios de guerra são novinhos em folha afundá-lo significaria queimar uma fortuna em dinheiro público a minha fui os marujos revoltosos O Senado EA

Câmara dos Deputados aprovam Anistia para que eles não sejam punidos após deixar os navios e os canhões sem alternativa o Marechal Hermes acaba cedendo ele oficializar anuncia e também proíbe de vez as chibatadas na Marinha para os marujos é uma vitória mas para o presidente ele próprio militar uma humilhação simples recrutas mandando no país O Marechal Hermes Então baixa um decreto permitindo a expulsão dos indisciplinadas em Ação um pequeno grupo de marujos e saia outra rebelião agora na Ilha das Cobras no centro do rio onde fica a parte das instalações da Marinha era tudo que

o presidente queria ele aproveita a nova revolta e dessa vez parte com tudo para repressão A Ilha das Cobras é arrasada pelos tiros e pelas bombas do governo que estão presos não só o áudio mas também os envolvidos na revolta da Chibata o próprio João Cândido é detido e ele nem estava na Ilha das Cobras sem processo nem julgamento um dos Marinheiros são fuziladas Outros tantos morrem nas masmorras da Ilha das Cobras a fixados pelas nuvens de cal virgem jogadas pelo governo a maioria é mandada para os confins do Acre para trabalhos forçados em outras

palavras a Anistia foi uma mentira João Cândido o Almirante negro sobrevive expulso da Marinha ele passa uma temporada na prisão e outra no manicômio libertado O Marujo que conseguiu acabar com as chibatadas passa o resto da vida na pobreza vendendo o peixe no centro do Rio João Cândido morre em 1969 aos 89 anos de idade seis décadas depois da Revolta da Chibata [Música]