data de 1537 o estabelecimento da cidade de Assunção na região de mais densa ocupação Guarani conhecendo a índole hospitaleira desses nativos por contato anterior na área correspondente ao litoral de Santa Catarina os espanhóis julgaram seguro ali se instalar erguendo um forte de apoio a Seu principal objetivo chegar a prata dos Andes em Assunção e arredores trataram os Guaranis inicialmente como sócios do empreendimento hispânico tal como nesse tempo estavam a fazer os portugueses com os Tupis originários da Amazônia os Guaranis tinham migrado para as florestas tropicais úmidas mais ao sul do continente se passavam então cerca
de dois mil anos o domínio tecnológico desse povo era superior aos demais nativos vantagem militar exceto contra os Guaicurus povo Caçador coletor de fenomenais qualidades guerreiras arque rival os Guaranis se conheciam como Ava homem pessoa e sua língua e não formavam um estado embora estivessem mais próximos disso do que seus primos Tupis cultivavam milho mandioca e outras raízes nas áreas contíguas ou próximas atecoa Aldeia formada por de quatro a oito malocas habitação casa as malocas podiam a brigar até 200 indivíduos e cada uma delas se compunha de uma família extensa Patri linear as mulheres cultivavam
a terra e eram responsáveis pelas tarefas braçais e repetitivas os homens destinavam-se a caça A Pesca e a guerra uma constante mas também de modo diferente dos Tupis raramente contra outros Guaranis preferindo atacar aldeias de outros povos quando aprisionavam os homens para literalmente os devorar em seus rituais antropofágicos e as mulheres para agrega-las até coa cabendo geralmente ao mobourho o líder principal reservas para si ou as distribuir entre os guerreiros cada atecoa tinha geralmente um Uber chá mas podia ter mais de um era eleito por mérito sendo o único Com licença para a poliggenia responsável
ainda pelo comércio e eventual com outra pessoa quando havia excedentes ou produtos complementares a trocar as mulheres Guaranis eram obrigadas a isogamia não podiam se casar com homens da mesma Maloca inicialmente os Guaranis abasteciam os espanhóis de comida os líderes entre europeus também recebiam mulheres fossem em troca os nativos ganhavam Anzóis ferramentas de Ferro roupas adornos armas e o principal apoio na guerra contra seus inimigos os problemas começam quando a generosidades de um e outro escasseio e simples soldados espanhóis ingresso nascoa para saquear comida e mulheres entendem os Guaranis que o governo não expurem devidamente
e em 1545 iniciam uma rebelião os hispânicos recebem o reforço de 2000 guerreiros Guaicurus e seus próximos para reprimir o Levante obtendo a vitória e a submissão dos Guaranis a partir daí a relação não é mais igualitária mas pontuada por pequenas vinganças e raiva para organizar a produção dos Guaranis e evitar incursões avulsas dos seus nas aldeias os espanhóis implantam sistema de encomendas semelhante a vassalagem feudal antiga europeia em que os vassalos tinham de reservar Certos Dias para trabalhar nas terras de seu senhor muitos Guaranis não apreciam um novo modelo de relação e se embream
nas matas o que já faziam quando ameaçados por Guaicurus e Tupis adversários que não ousavam enfrentar ou se unem em novas rebeliões sendo registradas uma dezena delas entre 1.559 e 1616 nessa última data há um segundo modelo de convivência em vigor as missões Jesuítas mas exigentes na censura aos hábitos indígenas considerados ou seja mas é torcida menos rigorosos na exigência de trabalho é difícil precisar qual proporção dos Guaranis se conformava com o regime das encomendas qual preferia o governo dos Padres qual seguia para as matas ou em busca da terra sem males guiados por seus
profetas fenômeno conhecido pelos antropólogos como profetismo esboçado de antes que ganha volume com a perda de autonomia em favor dos espanhóis líderes espirituais recrutam Guaranis para formar em povoações em terras distantes o que serviu também para alargar no espaço a presença Guarani sobretudo em áreas das atuais Bolívia e Argentina no início do século XVII o Guaranis do Vale do Paraguai são transpostos para a margem esquerda do Rio Paraná a Província de Guaira e já abrigava Guaranis nos vales de rios como Paranapanema e o Tibagi estava em vigor a união Ibérica as coroas Lusa e Espanhola
mas os paulistas a identidade Portuguesa e não gostaram da proximidade dos espanhóis isso e a vontade de agregar Guaranis aos domínios das vilas de São Paulo dispara a guerra em que se destacaria o gênio conquistador do Bandeirante Antônio Raposo Tavares não ficou Vila nem aldeamento Jesuíta para seguir fazendo história nas províncias de Guaira itápi esta mais ao sul muitos Guaranis foram levados a São Paulo em que viveriam no sistema semelhante ao Brasil encomendas inicialmente mas num cenário mais aberto a outras possibilidades visto que os bandeirantes alguns deles Tupis com batismo em nome lusos seguiram desbravando
e povoando vastas áreas da América portuguesa levando consigo seus agregados índios cronistas para de São Paulo nessas bandeiras da primeira metade do século 17 um Evidente exagero se muito chegaram ao Planalto Paulista 10% disso espalhados pelas Vilas sobretudo na própria São Paulo e Taubaté municípios em que os Guaranis formariam a maioria da diminuta população ainda no final do século 17 também dizem da venda de Carijós pelos Paulistas aos engenhos de cana do nordeste do Brasil mas esse foi um comércio de muito pequeno extensão limitado ao século 16 e envolvendo Guaranis próximos a São Paulo como
os encontrados em Cananéia Vila que marcava dali para o sul o início da área Guarani Litorânea quando da chegada dos europeus em 1750 pelo Tratado de Madrid os portugueses excedem a colônia do Sacramento em troca de área correspondente ao Noroeste do atual Rio Grande do Sul havia ali sete missões Jesuítas com Guaranis algumas delas muito prósperas com vasta produção agropecuária fruto dos métodos e da disciplina dos Padres não poucos Guaranis gostavam dos membros da Companhia de Jesus porque não eram rapazes com suas mulheres como os demais europeus e os tratavam com grande respeito decidiram também
as coroas que esses aldeamentos deveriam ser deslocados para a margem direita do rio Uruguai o Jesuítas deviam obediência aos reis católicos e Prometeram fazê-lo mas atrasaram providências enquanto instruíam e armavam Guaranis para a resistência o resultado evitável e lamentável foi a eclosão da guerra guaranítica que muito trabalho deu os exércitos Luso e espanhol para ser vencida sobre o comando presencial do governador do Rio de Janeiro dinheiro Gomes Freire de Andrade Que encaminhou 5000 Guaranis derrotados para as proximidades da Vila de Viamão lugar que mais tarde se tornaria um município de Gravataí o nome de Sepé
tiaraju General Guarani ainda ecoa na região pelo ato de traição dos Jesuítas foram eles expulsos de Portugal e da Espanha a guerra do Paraguai nada em 1870 se for a vida de muitos Guaranis convocados pelo ditador expansionista Solano Lopes para lutar ao lado dos demais paraguaios outros fugiram para o Brasil alguns acabando por se fixar no Pará também participaram dos combates em lado oposto Guaranis brasileiros reunidos por João da Silva Machado para onde Antonina tido como benfeitor pelos índios de quem recebeu Rosa apelido de paiguaçu Ganhou ainda a amizade e o apoio do Capitão Líbano
e guajuruvá um forte liderança junto aos Guaranis da cercanias do Rio Paraná amigo dos Guaranis também se fez curtaju nome de rebatismo por Guaranis célebre por sua atuação como etanólogo na primeira metade do século 20 quando tiveram início as demarcações de terras e reservas indígenas algumas delas aos Guaranis tidas como insuficientes por seus líderes e responsáveis por contínuas desavenças para com os agropecuaristas brasileiros especialmente no Mato Grosso do Sul entusiasmada a população local pela vocação dos planaltos do estado para o cultivo de grãos de alto rendimento como a soja cultivada até por povos indígenas de
outras etnias o que se poderia resolver pelo entendimento é dificultado pelo acirramento das tensões a partir da atuação política dos Defensores das causas de uns e de outros segundo as entidades de defesa dos Guaranis a no século 21 300 mil deles a manter identidade e costumes ancestrais além da própria língua adotada como oficial no Paraguai a esses devem Se somar os aculturados ou não contados como Guaranis A genética Guarani sobrevive ainda em Milhões de sul-americanos descendentes desse povo diluídos nas populações de pelo menos quatro países notadamente no Caboclo de São Paulo e do Sul do
Brasil nos Caiçaras de Cananéia maluso Carijó nas mais tradicionais e antigas famílias argentinas e paraguaias é um paradoxo que muitos Guaranis das reservas permaneçam pobres enquanto o nome desse povo ecoa forte na identidade nacional dos países que o abrigaram e foram em parte por ele formados mas a história é a crônica do passado não o árbitro do presente nem ante-sala do futuro se a harmonia dos primeiros contatos pode voltar a reinar o tempo dirá [Música]