Homem Dá 500 Reais a Mendiga Na Chuva Com Bebê e No Dia Seguinte Ele a Vê No Túmulo De Sua Esposa

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Histórias Fantásticas
Homem Dá Esmola De 500 Reais Para Mendiga Na Chuva Com Bebê, Mas No Dia Seguinte Ele a Vê No Túmulo ...
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[Música] Paulo estava sozinho em um dos restaurantes mais exclusivos da cidade o ambiente era elegante a iluminação suave e o som de talheres ecoava discretamente pelo salão ele observava a taça de vinho à sua frente os olhos perdidos no movimento do líquido rubro o restaurante Sempre lhe trouxera memórias mas naquela noite o lugar parecia envolto em um véu de tristeza ele estava triste Paulo costumava ir à aquele restaurante com sua falecida esposa Emily eles tinham uma mesa favorita próxima à janela de onde viam as luzes da cidade enquanto jantavam e conversavam sobre tudo e nada
Emily havia falecido há 10 anos mas para ele a dor parecia tão fresca quanto no dia em que ela partiu agora estava sozinho sem esposa sem filhos e sem parentes aquela ausência era um peso que ele carregava todos os dias mas naquela noite parecia insuportável Paulo abaixou a cabeça e chorou silenciosamente sem fazer ruído não queria que ninguém ouvisse chorando era um lugar público Afinal limpou rapidamente as lágrimas secando os olhos com o guardanapo antes que algum garçom percebesse senhor deseja mais alguma coisa perguntou o garçom educadamente enquanto recolhia o prato vazio à sua frente
não só a conta por favor respondeu Paulo com a voz rouca tentando disfarçar o que sentia Ele pagou a conta que totalizava cerca de R 300 dinheiro nunca foi um problema para Paulo ele tinha mais do que precisava mas na verdade não sabia o que fazer com tanto quando o gç com o troco Paulo já estava de pé ajeitando o casaco e se preparando para sair assim que chegou à porta ele notou o som da chuva lá fora uma tempestade forte caía sobre a cidade as pessoas dentro do restaurante se amontoavam próximas às janelas Esperando
a chuva passar Enquanto alguns clientes pediam que chamassem táxis Paulo no entanto não se importou as gotas de água que caíam do céu eram um alívio bem-vindo ele saiu deixando que a chuva molhasse seu rosto disfarçando suas lágrimas caminhou devagar pela calçada sem pressa de voltar para casa apenas sentindo o frescor da chuva misturado à dor da Solidão Foi então que ao virar a esquina ele viu uma jovem mulher sentada no chão com um bebê nos braços ela estava encolhida sob uma Marquise Estreita tentando se proteger da da chuva mas as gotas insistiam em molhar
tanto ela quanto a criança o bebê choramingava baixinho e a mulher com o semblante cansado tentava acalmá-lo enquanto mantinha a mão estendida para as poucas pessoas que passavam pedindo esmola Paulo parou por um instante observando aquela cena algo dentro dele fez seu coração acelerar havia algo naquela mulher na maneira como ela segurava o bebê na vulnerabilidade que ela transmi que tocou fundo em sua alma talvez fosse o fato de que no passado ele e Emily haviam sonhado em ter filhos um sonho que nunca se concretizou ou talvez fosse apenas a dor que ele via refletida
naqueles olhos desesperados uma dor que ele conhecia tão bem sem pensar muito Paulo caminhou em direção à mulher quando ele se aproximou ela levantou os olhos para ele estendendo a mão trêmula por favor senhor qualquer coisa ajuda disse ela com uma voz fraca quase inaudível em meio ao som da chuva Paulo colocou a mão no bolso do casaco e tirou sua carteira sem hesitar ele pegou cinco notas de R 100 e entregou a mulher ela olhou para o dinheiro incrédula e comeou a contá-lo com os dedos molhados senhor isso é muito dinheiro disse ela com
a voz embargada pela emoção tem certeza não vai lhe fazer falta Paulo sorriu levemente um sorriso triste mas Genuíno não não vai me fazer falta respondeu Ele pode ficar com tudo a mulher sem conseguir conter a emoção começou a chorar as lágrimas se misturaram com as gotas de chuva que escorriam por seu rosto Paulo observou a cena Sentindo um aperto no peito mas também uma sensação de aquilo de alguma forma lhe trouxe um consolo que ele não sabia que precisava ela segurou a mão dele por um instante e a beijou com gratidão o senhor não
faz ideia de como isso vai nos ajudar vou poder comprar comida para vários dias obrigada obrigada mesmo repeti a mulher soluçando Paulo ainda sob a chuva colocou a mão sobre o ombro da mulher e disse com uma voz Suave eu só desejo que vocês fiquem bem Deus o abençoe Senhor Deus o abençoe respondeu ela ainda emocionada ele deu um último olhar para a mulher e o bebê antes de se afastar quando voltou para o carro Paulo se sentiu diferente a solidão ainda estava lá claro mas havia algo novo uma sensação de propósito talvez ou quem
sabe apenas a satisfação de ter feito algo bom por alguém naquela noite chuvosa ele não sabia ao certo mas uma leveza em seu peito que não estava presente quando entrou naquele restaurante algumas horas antes Paulo entrou no carro fechou a porta e se permitiu respirar fundo sentindo as gotas de chuva ainda escorrendo por seu rosto ligou o motor e dirigiu em silêncio pelas ruas molhadas da cidade as luzes refletindo nas poças d'água no asfalto o caminho de volta para casa era o mesmo de sempre mas naquela noite parecia diferente no dia seguinte Paulo acordou com
uma inquietação no peito a noite anterior havia sido incomum mas o que mais lhe vinha à mente não era a chuva ou a esmola que havia dado a mulher mas sim a solidão que sentiu ao lembrar de sua falecida esposa Emily ele sempre fazia questão de visitar o túmulo dela regularmente levando flores para manter vivo O Elo que ainda sentia entre eles a ideia de reviver esse momento parecia uma maneira de encontrar algum consolo decidido ele se arrumou com calma e foi até a floricultura escolhendo com cuidado um buquê de rosas vermelhas As Favoritas de
Emily o perfume suave das Flores o trouxe de volta à memórias antigas onde a vida parecia mais simples e Alegre ao lado dela após comprar as rosas ele Dirigiu em silêncio até o cemitério o local onde se sentia mais próximo da mulher que tanto Amara ao estacionar o carro e caminhar pelos longos corredores de lápides Paulo notou de longe uma figura próxima ao túmulo de Emily estranhou a presença de alguém ali pois raramente encontrava visitantes na mesma hora que ele conforme se aproximava a figura começou a se tornar mais nítida para sua surpresa era a
mesma mulher que ele ajudara na noite anterior a jovem mãe que lhe pedira a esmola sob a chuva intrigado ele apressou os passos e ao chegar perto disse olá com licença eu não esperava ver você aqui a mulher que parecia concentrada em algo se virou rapidamente ao reconhecer a voz seus olhos se arregalaram quando viu que era Paulo você exclamou ela Surpresa Não acredito que é o senhor Paulo sorriu embora confuso É sou eu me chamo Paulo por ontem dei uma ajuda a você mas o que está fazendo aqui esse é o túmulo da minha
esposa Emily a mulher ficou um instante em silêncio observando Paulo com um olhar intenso como se estivesse processando a situação eu meu nome é Lúcia começou ela hesitante estou aqui visitando o túmulo de alguém importante para mim também Paulo franziu o senho ainda mais confuso alguém importante E quem seria Lúcia respirou fundo claramente tentando organizar os pensamentos antes de responder Emily eu vim visitar o túmulo dela Paulo parou por um momento sentindo o coração disparar Como assim ele não conseguia entender a conexão que essa mulher teria com sua esposa você conhecia como ol seu rosto
revelou uma expressão de dor e nervosismo ela hesitou como se estivesse prestes a dizer algo que mudaria tudo e então veio a resposta ela era minha mãe disse Lúcia em voz baixa mas firme aquelas palavras atingiram Paulo como um soco no estômago ele deu um passo para trás o impacto da Revelação O deixando Sem Ar impossível exclamou sua voz cheia de descrença Emily foi minha esposa por 20 anos e ela nunca engravidou isso não faz sentido o rosto de Lúcia endureceu ela ergueu o queixo como se já estivesse acostumada a enfrentar essa reação Eu também
nunca a conheci continuou ela sua voz ficando mais amarga eu fui dada para a adoção quando era bebê minha mãe me deixou porque meu pai não podia me criar Paulo ainda estava processando a informação e a confusão só aumentava isso isso não pode ser verdade ele murmurou quase para si mesmo tentando encontrar uma lógica no que ouvia eu teria sabido Emily nunca me disse nada sobre isso Lúcia apertou os punhos e num movimento brusco tirou o dinheiro que ele havia dado no dia anterior do bolso eu não fazia ideia de quem era meu pai disse
ela com a voz tremendo de raiva e dor mas sempre odiei ele sempre o odiei por ter me deixado e agora descobri que era você ela jogou as notas no chão entre eles o gesto cheio de ressentimento eu nunca quis o dinheiro dele e agora não quero o seu também Paulo ficou paralisado ele tentou balbucear algo mas as palavras não vinham tudo Parecia um grande mal entendido um pesadelo que ele não conseguia acordar por favor eu eu juro isso não pode estar certo eu nunca soube de você eu não sabia de nada disso mas Lúcia
não queria ouvir ela Balançou a cabeça os olhos cheios de Lágrimas que ela lutava para não derramar não me importa eu não quero saber mais nada de você ela deu alguns passos para trás se preparando para ir embora agora faz sentido por isso minha vida foi tão difícil porque fui deixada para trás espere não vai embora assim Paulo tentou alcançá-la Mas ela já estava se afastando caminhando em direção à saída do cemitério por favor precisamos conversar eu eu preciso entender isso Lúcia parou por um breve momento sem se virar eu não quero nunca mais ver
você disse ela com frieza antes de continuar seu caminho Paulo tentou segui-la mas quando chegou à saída do cemitério ela já havia desaparecido na rua misturando-se a multidão ele ficou parado ali sentindo a chuva começar a cair novamente as gotas molhando suas roupas e escorrendo por seu rosto a mesma chuva que na noite Anterior havia disfarçado suas lágrimas agora trazia uma nova sensação de vazio sem saber o que fazer ele voltou lentamente para o túmulo de Emily colocou as rosas que hav hav comprado sobre a lápide e ficou em silêncio olhando para o nome dela
gravado no mármore frio Emily sussurrou a voz falhando o que está acontecendo por que você nunca me contou o vento assobiava suavemente entre as árvores do cemitério mas não havia resposta Apenas a solidão familiar que ele conhecia tão bem Paulo fechou os olhos e respirou fundo tentando processar as revelações que acabara de ouvir mas nada fazia sentido e agora mais do que nunca ele se sentia sozinho ele permaneceu ali imóvel enquanto as horas passavam e a chuva continuava a cair Paulo voltou para casa sentindo o peso esmagador da descoberta que havia feito no cemitério cada
passo que ele dava parecia mais lento e pesado como se o chão Estivesse se afundando so seus pés a revelação de Lúcia ideia de que ele era pai sem saber ainda martelava em sua mente ele se sentia perdido confuso buscando desesperadamente por respostas ao chegar em casa a primeira coisa que fez foi abrir gavetas revirar caixas e procurar por qualquer coisa que pudesse lhe dar uma pista uma explicação ele precisava entender o que havia acontecido cada foto que encontrava cada documento cada lembrança de Emily tudo o fazia mergulhar mais fundo na dor e na culpa
nada parecia responder à perguntas que surgiam sem parar em sua mente foi então que ele encontrou o diário de Emily era um pequeno caderno de capa marrom guardado em uma caixa junto com outras lembranças Antigas Paulo sabia da existência daquele diário mas nunca teve coragem de lê-lo a dor de perder Emily ainda era muito forte e ele temia reviver tudo ao mergulhar nas palavras dela no entanto naquele momento ele sabia que precisava enfrentá-lo com as mãos trêmulas Paulo abriu o diário e começou a foliar as páginas as palavras escritas com a caligrafia delicada de Emily
pareciam sussurrar diretamente para ele trazendo à tona uma tempestade de Emoções Ele leu algumas passagens cotidianas hav vivido juntos mas logo chegou a parte que mudaria tudo ontem um amigo nosso disse que vai ser pai e Paulo ficou preocupado com o amigo Paulo me disse que seu amigo Era muito novo para ter um filho Paulo disse que também não queria ser pai ainda pois poderia estragar a sua rotina e assim ele nunca conseguiria ser o empresário que sempre quis ser ele passa a maior parte do tempo na pequena empresa perguntei a Paulo o que ele
faria se eu engravidasse e ele respondeu dizendo que não posso engravidar pois arruinaria nossa vida eu fiz essa pergunta Pois descobri que estou grávida não sei o que faço eu não quero estragar nossa vida e também não quero que ele me deixe ao ler essas palavras Paulo sentiu uma dor lancinante no peito ele se lembrava daquela conversa daquela época naquele tempo ele estava obsecado com com o crescimento da empresa com o sucesso com construir um futuro promissor para eles dois a ideia de um filho Parecia um obstáculo uma complicação que ele acreditava que não poderia
arcar mas lendo agora ele via tudo com outros olhos a frieza de suas palavras o atingiu com força e as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto Emily o que eu fiz sussurrou a voz embargada pela dor ele deixou o diário de lado por um momento cobrindo o rosto com as mãos O arrependimento era esmagador ele conseguia se lembrar claramente de suas próprias palavras mas agora anos depois via o quanto havia sido insensível como não percebera a dor de Emily como não notara que ela estava enfrentando algo tão importante tão devastador Depois de alguns minutos
Paulo respirou fundo enxugou as lágrimas e pegou o diário novamente ele sabia que havia mais precisava continuar virou mais algumas páginas até encontrar outra Revelação chocante eu estou grávida e não posso contar a ele disse a ele que vou visitar meus pais mês que vem e ficar um tempo cuidando da saúde da minha mãe mas estou mentindo eu vou ficar na casa de uma amiga e depois de ter essa criança eu vou lhe dar para adoção é o melhor para todos essas palavras cortaram Paulo como uma lâmina ele largou o diário mais uma vez incapaz
de continuar meu Deus Emily o que eu fiz com você murmurou os olhos voltados para o vazio como se estivesse tentando encontrar uma resposta nas paredes silenciosas da casa o peso da culpa o esmagava Emily havia enfrentado tudo sozinha sem contar a ele porque ele próprio a fizera acreditar que a gravidez arruinaria suas vidas as lágrimas voltaram mais intensas dessa vez Paulo não conseguia suportar a dor é minha culpa repetiu várias vezes como se admitir isso em voz alta fosse de alguma forma aliviar o fardo que ele sentia mas não aliviava a sensação de perda
de fracasso era Ava salad ele sabia naquele momento que era pai que Emily havia levado a gravidez adiante entregue a filha para adoção e guardado o segredo por todo esse tempo e agora 20 anos depois ele descobria que também era avô Lúcia era sua filha a mulher a quem ele dera esmola No dia anterior a ironia da situação era quase Cruel Paulo passou as mãos pelo rosto tentando se recompor ele precisava encontrar Lúcia precisava explicar tudo mas o que ele poderia dizer como poderia convencê-la de que ele não sabia ela o odiava e com razão
Emily havia mantido esse segredo por acreditar que ele a rejeitaria e Lúcia por sua vez cresceu acreditando que fora abandonada pelo pai Paulo sabia que Lúcia continuaria indo ao cemitério para visitar o túmulo de Emily era o único lugar onde ele tinha certeza de que poderia encontrá-la novamente durante semanas Paulo fez o mesmo caminho até o cemitério todos os dias esperando uma oportunidade de falar com Lúcia de consertar o que estava quebrado entre eles ele passava horas em frente à lápide de Emily conversando com ela em silêncio pedindo desculpas buscando forças para lidar com aquela
situação que lhe Parecia Impossível em um desses dias enquanto observava as flores que havia trazido murcharem com Paul avistou a longe ela caminhava devagar carregando o pequeno Leonardo no colo e parecia relutante em se aproximar quando viu Paulo ele percebeu que ela estava prestes a virar e ir embora como se quisesse evitar qualquer tipo de interação Lúcia por favor espere Paulo falou rapidamente sua voz um pouco trêmula eu preciso falar com você Lúcia parou por um instante mas não se virou de imediato ficou de costas para ele claramente pensando se deveria continuar ou não finalmente
depois de alguns segundos que pareceram uma eternidade para Paulo ela se virou o rosto ainda marcado pela desconfiança e pela dor por que está aqui de novo perguntou Lúcia com a voz dura eu pensei que já tinha deixado Claro que não queria nada com você Paulo respirou fundo tentando manter a calma diante da hostilidade evidente eu sei eu entendo sua raiva e você tem todo o direito de se sentir assim ele começou escolhendo cuidadosamente as palavras mas por favor me escute só por um momento eu só quero me desculpar Lúcia cruzou os braços mantendo uma
expressão cética desculpar-se por pelo que aconteceu anos atrás ou por tudo isso agora por tudo respondeu Paulo baixando os olhos por um instante pelo que aconteceu no passado e pelo que está acontecendo agora eu não sabia sobre a gravidez de sua mãe se eu soubesse jamais teria dito aquelas coisas horríveis eu fui egoísta estava tão focado na minha carreira em construir algo que não percebi o que estava acontecendo ao meu redor Lúcia ergueu uma sobrancelha ainda desconfiada Quais coisas horríveis você está falando em silêncio Paulo estendeu a ela o diário de Emily o mesmo que
havia lido apenas dias atrás e o que lhe revelara a verdade que ele desconhecia por tanto tempo Leia por você mesma disse ele suavemente Esse é o diário da sua mãe eu quero que você entenda pelas palavrasa o que aconteceu se Depois de ler você ainda não quiser falar comigo eu vou respeitar sua decisão vou voltar aqui no próximo sábado e se você vier nós conversamos sen não eu entenderei Lúcia olhou para o diário com uma mistura de surpresa e hesitação ela não disse nada apenas Pegou o caderno com as mãos firmes e olhou de
volta para Paulo por um instante sem expressão depois Sem uma palavra virou-se e foi embora segurando Leonardo no braço e o diário de Emily na outra mão Paulo observou a se afastar sentindo um misto de esperança e tristeza ele sabia que a decisão agora estava nas mãos dela e tudo o que podia fazer era esperar os dias que seguiram foram angustiantes para Paulo ele tentava ocupar a mente com o trabalho com suas rotinas diárias mas a espera Pela chegada do sábado era insuportável ele se perguntava se Lúcia iria aparecer se ela conseguiria perdoá-lo pelo passado
e mais do que isso ele se perguntava como poderiam seguir em frente finalmente o sábado chegou e Paulo estava novamente no cemitério Ele olhou para o túmulo de Emily sentindo o vento frio passar por entre as árvores do lugar enquanto observava o caminho pelo qual Lúcia poderia aparecer o tempo passou devagar e Paulo sentiu uma leve pontada de tristeza ao perceber que Lúcia ainda não havia chegado talvez ela tivesse decidido que não queria mais nada com ele Talvez o diário só tivesse aprofundado a dor que ela sentia ele estava prestes a perder as esperanças quando
de repente avistou uma figura ao longe era Lúcia ela caminhava devagar Mas vinha em sua direção Paulo sentiu o coração acelerar e respirou fundo tentando manter a calma quando Lúcia chegou perto o silêncio se instalou por um momento entre eles ela segurava Leonardo no colo e o olhar em seu rosto era diferente do que Paulo havia visto antes não havia mais tanta raiva mas sim uma mistura de compreensão e uma dor que ainda estava lá mas parecia mais Branda eu li o diário disse ela Quebrando o Silêncio eu entendi muitas coisas Paulo a observou com
atenção E como você se sente agora Lúcia suspirou olhando brevemente para o túmulo de Emily eu não posso dizer que tudo isso desapareceu ainda há muita dor muita mágoa mas eu percebi que apesar dos erros você sempre cuidou bem da minha mãe ela te amava muito isso está claro nas palavras dela Paulo baixou a cabeça por um momento sentindo o peso do arrependimento eu faria qualquer coisa para poder voltar no tempo e mudar o que aconteceu disse ele a voz carregada de emoção mas eu sei que isso não é possível tudo o que posso fazer
agora é pedir desculpas de novo pelos meus erros Lúcia o observou por alguns segundos como se estivesse decidindo o que fazer então num movimento inesperado ela deu um passo à frente e o abraçou o gesto foi desajeitado hesitante mas cheio de significado talvez a gente possa tentar seguir em frente disse ela baixinho Paulo retribuiu o abraço com ternura sentindo uma leve onda de alívio atravessar seu peito Eu adoraria isso respondeu ele a voz embargada depois de alguns segundos Lúcia se afastou e sorrindo de forma tímida Estendeu Leonardo para que Paulo o segurasse quer segurar seu
neto Paulo sorriu pegando Leonardo nos braços Com certeza enquanto eles caminhavam juntos para fora do cemitério Paulo sabia que aquele era apenas o começo Paulo segurou Leonardo em seus braços com cuidado observando o neto que ainda era tão pequeno mas já carregava tanto significado para ele olhando para o menino ele começou a pensar em todas as coisas que poderia fazer por ele e por Lúcia eles haviam passado por tantas dificuldades e Paulo sentia a necessidade de compensar de alguma forma enquanto caminhavam juntos para o carro Paulo com um sorriso Gentil se virou para Lúcia eu
estive pensando começou ele com a voz cheia de esperança quero ajudar vocês dois sei que tem enfrentado momentos difíceis e gostaria de oferecer uma casa melhor para vocês morarem com mais conforto e segurança algo que possa dar a você e ao Leonardo uma vida mais estável Lúcia o olhou por um momento surpresa com a oferta ela claramente não esperava algo assim tão cedo seu semblante que antes demonstrava uma certa frieza agora parecia confuso mas aberto à ideia Paulo Eu agradeço muito disse Lúcia com um sorriso tímido surgindo em seus lábios mas por enquanto tudo o
que eu realmente quero é algo bem mais simples ela olhou para o pequeno Leonardo que estava aninhado nos braços de Paulo com uma expressão de tranquilidade eu só queria comer alguma coisa estou com fome e Leonardo também deve estar Paulo riu levemente sentindo uma alegria genuína pela primeira vez em muito tempo claro podemos fazer isso tem um lugar que eu gostaria de levar vocês lcia franziu a testa por curiosa Onde é o restaurante onde Eu costumava ir com sua mãe disse Paulo com um olhar saudoso eu sempre ia lá com Emily e depois que ela
se foi eu continuei indo mas nunca foi a mesma coisa ele suspirou antes de completar mas acho que hoje seria diferente desta vez eu não estaria sozinho lcia sorriu com mais suavidade parece uma boa ideia vamos então seguiu com mais conversas e risadas E conforme a noite avançava Paulo sentia que algo dentro dele estava mudando a solidão o vazio que o acompanhava por tanto tempo parecia estar sendo preenchido pela presença de sua filha e de seu neto ele finalmente não estava mais [Música] sozinho n
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