POEMA SUJO - Resumo e Análise Profa. Dra em Literatura pela USP

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Miriam Bevilacqua - Biblion
Resumo, análise e contextualização de POEMA SUJO de Ferreira Gullar por Miriam Bevilacqua Para conh...
Video Transcript:
o vídeo de hoje gente é um vídeo bem mais complexo eh porque é sobre poema sujo do Ferreira gou e é o principal poema do Ferreira Gular então eu vou resumir contextualizar tanto a trajetória do escritor como a sua obra e por fim junto eu vou analisando e marcando com você os principais pontos para que você possa fazer uma boa prova ou se não for fazer prova alguma conhecer de forma mais aprofundada a poesia de Ferreira gou justamente pela sua principal obra que é poema sujo o poema sujo ele foi lançado eh publicado em ele
foi escrito em 75 Mas ele foi publicado em 76 eu tenho incluído nesse volume antigo que se chama toda a poesia e que traz a obra não é completa porque depois de 80 ele faz mais coisa mas no meu volume ele faz é de 50 a 80 e Mas você pode comprar apenas o livro poema sujo separadamente tem muito inbo eu vejo bastante inbo apesar de ser um livro pequeno com menos de 100 páginas o livro todo é um único poema e ele tem um valor enorme este poema eu poderia dar um curso de meses
só sobre esse livro ou sobre esse poema mas como nós estamos no YouTube eu vou tentar ser bem concisa mas não deixar nada de lado publicado em plena ditadura militar no Brasil ele foi escrito quando Ferreira gul ele estava exilado na Argentina e aqui a gente precisa falar um pouco da trajetória do gou porque isso implica profundamente nesse poema nascido em São Luís do Maranhão em 1930 ele vem de uma família de classe média baixa e o seu nome de batismo era José Ribamar Ferreira mas como ele mesmo dizia que no nordeste todo mundo se
chamava Ribamar ele resolveu inventar o seu pseudônimo pegando o sobrenome do pai o Ferreira e o da mãe o gou E aí ele mudou um pouco a grafia do gul da mãe que é aquele gou com oouu que é afrancesado né era é um quando você escreve com o u é de origem Francesa e deu uma aportuguesada né colocando u em vez de ou então ficou Ferreira g o nome inventado como a própria vida ele sempre repetia isso né que era um nome inventado como a gente inventa a vida ainda no Maranhão o Ferreira Gular
fez parte de um movimento literário que lançou o pós-modernismo no estado gente depois do modernismo tudo é pós-modernismo tá e depois quando ele se muda eh para o Rio de Janeiro ele se junta aos escritores do concretismo Eh vamos relembrar né para quem esqueceu que os concretistas eles diziam o que que que eles pregavam que a poesia não devia ser apenas eh a palavra escrita mas ela devia ter concretude ela ter som e ter forma assim eles escreviam pensando no efeito sonoro que as palavras tinham quando elas eram lidas em voz alta até mesmo em
voz baixa o som e eles dispunham o poema na página formando eh desenhos algum tipo alguma forma que também comunicasse alguma coisa que lógico tinha a ver com o conteúdo do poema não era uma coisa completamente aleatória no início dos anos 60 o Ferreira Gular ele se afasta dos concretistas e ele se aproxima eh de grupos políticos e começa então a fazer uma arte engajada né O que a gente a arte a serviço eh da política sempre crítico ele ainda se filia ao partido com e depois do golpe de 64 que todo mundo sabe Instalou
a ditadura no Brasil os militares começaram a persegui-lo na verdade eles perseguiam qualquer pessoa que era filiada do Partido Comunista né não não imaginavam que pode ter um partido que pense diferente então o Ferreira Gular teve que fugir do país muita gente que não viveu aquele período acha que a ditadura foi período qualquer um brinquedo gente não foi eu tenho um um conhecido bem mais velho do que eu que foi torturado pelos militares porque era um cara do teatro que não não era na verdade muito político mas caiu ali de gaiato e ele teve todos
os seus dentes arrancados até hoje ele tem trauma de ir ao dentista e aí a gente considera até isso uma sorte porque teve Teve muita gente que não teve a mesma sorte e foram mortos apenas porque pensavam diferente então como eu sempre digo ditadura seja de direita seja de esquerda é a pior coisa é horrível porque o ditador ele não aceita ninguém que pense diferente ele não quer negociar ele não quer fazer política e como o pensamento nunca é unânime que que ele faz ele manda as suas forças normalmente militares prender e matar para se
perpetuar no poder né ele tem essa sede de poder de ficar lá anos e anos mandando então ele não quer que a população eleja outra pessoa então é no contexto do exílio que o Ferreira gul em 1975 vai escrever poema sujo e essa sua posição de exil lado é o mote para é é é é é porque ele resolve Eh escrever esse poema ele havia fugido então do Brasil foi pro Chile aí no Chile teve o golpe do Salvador aliende que era de esquerda entrou a ditadura de extrema direita então ele tem que fugir do
Chile também ele vai pra Argentina e ele começa a perceber que eh começam ali a se formar na Argentina movimentos ditatoriais de direita então ele vai ao consulado para tentar fugir pra Europa porque a América eh do Sul era quase tudo ditadura mas lá no Consulado Brasileiro eles carimbam todo o passaporte do gou inutilizando então ele não podia voltar pro Brasil e ele não podia ir pra Europa sem ter o que fazer o Ferreira Gular com contava que ele voltou para casa e começou a escrever eh o poema sujo pensando que talvez fosse a última
coisa que ele escreveria na vida temendo inclusive pela sua vida por isso que eu digo que a trajetória ela é o motte para se escrever o poema sujo e vai ser com esse sentimento então que ele vai escrever o poema sujo nas palavras do próprio poeta havia a necessidade de produzir abre aspas um poema que fosse o meu testemunho final antes que me calassem para sempre então ele tava realmente achando que ele tava ali eh sem saída O interessante é que ele escreveu o poema E aí o Vinícius de Moraes foi dar um Show em
Buenos Aires e ouviu o Ferreira Gular recitando o poema pediu pro Ferreira Gular gravar Isso numa fita cassete o poema o Vinícius trouxe a fita para o Brasil e o Vinícius começou a colocar a fita eh em reuniões assim que os artistas eh se encontravam os intelectuais Até que em 1976 eh ele é publicado em livro aqui no Brasil e ele teve tamanha repercussão que permitiu ao fular voltar ao país como ele combinou né EA foi todo mundo para aeroporto então quando ele chegou no aeroporto havia um monte de repórter de gente famosa esperando por
ele o Chico War já tinha feito isso também quando vem da Itália tá não era uma coisa que eles costumavam fazer e aí o sni que era o serviço Nacional de informação e com medo da repercussão de prender o Ferreira gou decide então não só leva ele para interrogatório vamos falar do do livro mas antes de falar do livro eu quero contar que o nosso canal tá participando de uma pesquisa do YouTube e que logo após você dar seu like aparece para você ripar se você puder ripar eu agradeço bastante então vamos lá vamos ao
poema primeiro o título por poema sujo o próprio Gular respondeu a isso em uma entrevista ele disse que era sujo por três motivos em primeiro lugar isso ele falando abre aspas em primeiro lugar ele é sujo porque é nordestino pela miséria a doênça a morte o lodaçal a favela as palafitas em segundo lugar é sujo também porque de acordo com a moral estabelecida um poema que fala de de cancro de todas as obscenidades é sujo com sujeira da vida e finalmente o Gular arremata né e a terceira razão então o poema é abre aspas sujo
por estilísticamente também assim cabia ser chamado pois não obedece há nenhuma Norma por mistura prosa ritmo rima enfim mistura tudo então vamos seguir essa explicação né Eh vamos e vamos desmembrar porque à medida que a gente for desmembrando essa explicação a gente vai também explicando o poema a gente consegue entender melhor o poema então vamos começar né pela primeira razão pela miséria a miséria a que o gou se referiu é a miséria do Brasil principalmente naquele eh naquele Brasil daquela época né E principalmente no nordeste onde o gou nasceu é um poema eh que traz
muitas referências da sua infância em São Luís Principalmente quando o o o poema começa né e tem um trecho ali que diz que diz assim né quer dizer o poema então vai falar dele em São Luís tá abre aspas Mas que importa um nome debaixo desse teto de telhas encardidas vigas amostra entre cadeiras e mesa entre uma cristaleira e um armário diante de gfos e facas e pratos de louça que se quebraram já né que se quebraram já um prato de louça ordinária não dura tanto e as facas se perdem E os garfos se perdem
pela vida caem pelas falhas do Assoalho e vão conviver com ratos e baratas ou enferrujam no quintal esquecidos entre os pés de erva cidreira e grossas orelhas de hortelã quanta coisa se perde nesta vida fecha aspas então ele retrata ali Como era a casa dele né então vejam que ao mesmo tempo que ele eh retrata a simplicidade da da casa que não tem nem forro no teto né as vigas ficam a mostra há também uma nostalgia uma lembrança de tudo aquilo que se perdeu e claro eh não são apenas objetos como louça e e talheres
Que se perderam mas até a própria infância todos nós perdemos de alguma forma mesmo que tenha sido uma infância maravilhosa a gente perdeu a infância né ela ficou para trás e para o gou que estava no até a possibilidade de retornar à sua cidade então no momento que ele escreve ele estava proibido de voltar em seguida o poeta ele entrelaça essas marcas da sua infância com o seu corpo vai descrever seu corpo dizendo que mede 1,70 e aqui também aparece o medo da morte eh que ele tava vivendo lá em Buenos Aires quando o poeta
diz abre aspas corpo que se para de funcionar provoca um grave acontecimento na família sem ele não há José Ribamar Ferreira Nem Há Ferreira Gular e muitas pequenas coisas acontecidas no planeta estarão esquecidas para sempre fecha aspas então o o o o poema ele é né Ele fala o próprio nome do Gular mas a po bereza literal ou figurada também está associada a esse corpo porque o poeta diz que é um corpo atravessado de cheiros de galinheiros e rato e de cocô de gato mas que sobretudo é um corpo nordestino maranhense então é um corpo
ali que tá no meio da pobreza né a pobreza por ser norestina por ser maranhense então ele fala do cocô de gato ele fala ali dos Ratos então gente é sempre uma tentativa de colocar aquele corpo o seu corpo naquela cidade tá que é São Luís do Maranhão ainda descrevendo o cenário de sua infância ele fala da locomotiva que se parece com um paquiderme de Aço e o poema aí faz o nesse trecho ele faz o barulho do trem então é escrito assim e isso gente é um ótimo exemplo de poesia concreta porque ela traz
o som ela tá falando do trem então ela traz o som do trem para a palavra escrita o gou vai dizer em algumas entrevistas que ele nunca foi um concretista ortodoxo como eram e os irmãos Aroldo e Augusto de Campos Mas nós vamos encontrar e muitos exemplos de concretismo na obra do gou até tem alguns estudiosos que dizem que ele sem chamar de concretismo ele iniciou essa essa forma de escrever É nesse momento do trem que ele tá falando ali do trem no poema sujo que vai aparecer o texto da música o trenzinho caipira que
nós todos conhecemos que o próprio gull quando escreveu ele recomendou que fosse esse trecho em vez de lido cantado com a baana número dois de Vila Lobos que a música gente foi feita depois com a baana foi gravada e fez enorme sucesso não tá lembrando qual é a música eu vou cantar um pedacinho gente mas eu Sou péssima tá em cantar então vamos lá lavai o trem com o menino lavai a vida rodar lavai eu vou ler lavai cando e destino e cidade e destino a girar lavai o trem sem destino pro dia novo encontrar
correndo vai pela terra vai pela Serra vai pelo mar no gente eu adoro essa música adoro o trecho então procura no YouTube que eu Sou péssima cantora E aí então ele vai descrevendo nessa viagem do trem tudo da terra que vai ficando para trás e sempre entremeando os versos com os barulhos que que o trem faz ou com os versos eh imitando o barulho tem um outro trecho por exemplo que ele fala assim vale quem tem Vale Quem Tem Vale Quem tem então ele vai fazendo o o o barulho do trem e até que a
viagem termina com uma queda um tibum ele escreve Tibum E aí antes do Tibum ele vai escrever essa última estrofe né com as palavras em vertical como se realmente estivesse caindo então mais uma vez a linguagem então eh a serviço do conteúdo O que é isso o concretismo que Alia e então a mensagem e a forma visual claro que essa mensagem ele é o menino tá então é muito bonito procurem a música escutem que é muito legal vem dest livro bom o poema continua rememorando os cenários de sua vida o poeta vai falar muito eh
do bairro da baixinha que é um bairro pobre de de São Luís que os versos dizem que é envenenado de lama abre aspas envenenado de lama que de feder tantos anos já é parte daquela gente então é um bairro realmente muito pobre vejam Como eu disse antes toda essa descrição da pobreza que aparece explica então é a primeira explicação para o termo poema sujo em seguida o poema Tem uma parte que fala dos pássaros do do de São Luís né da história dos pássaros desde o canário da terra a rolinha o urubu e tantos outros
que havia então na sua cidade e mais uma vez o Gular vai entremear os pássaros as pessoas as pessoas suas conhecidas ali da sua família eh conhe de quando ele morou lá e as histórias da sua infância um exemplo é o trecho abre aspas já o canário da terra parou de cantar quando Numa manhã de domingo seu Neco matou a mulher fecha aspas ele fala de pessoas e lugares que é um anônimo gente mas isso é sempre na intenção de resgate da memória a impressão que me D quando eu leio o poema sujo Eu leio
eu li de novo pra resenha né Eh e eu li num fluxo só eh é que Ferreira Gular não queria deixar de falar de nada qualquer lembrança qualquer detalhe não podia ser esquecido ou omitido tudo para ele naquele momento que ele tava acuado ali achando que ele ia morrer Tudo tinha que ser perpetuado né Não podia desaparecer o os versos sobre como ele sente a sua cidade e se alternam por exemplo em um momento ele diz a minha cidade verde minha cidade minha úmida cidade em outro trexo ele vai falar a minha cidade suja de
muita dor em voz baixa de vergonhas que a família abafa então eh a a cidade dele é tudo isso ela não é só verde bonita mas ela também é suja e ela também traz vergonhas ali que é muito comum as famílias abafar quase ao final do poema ele ainda fala de Alcântara que é o município ali pertinho da região metropolitana de São Luís que é muito lindo eu conheço que tem muitas ruínas por quê Porque a Alcântara teve um momento de ascensão mas depois em virtude da Econômica os habitantes de Alcântara simplesmente abandonaram Alcântara e
nesse momento tem um trecho que eu acho lindo né e em que ele diz abre aspas e essa é a razão porque quando as pessoas se vão como em Alcântara apagam-se os sóis os potes os fogões que delas recebiam o calor aí ele faz o contraponto Essa é a razão porque em São Luís donde as pessoas não se foram ainda neste momento a cidade se move em seus muitos sistemas e velocidades pois quando um pote se quebra outro se faz então eu sempre penso nele como pote porque ele diz que São Luís ainda tá viva
e que se quebrar um pote se faz outro então eu acho que é um pouco essa essa esse sentimento que ele tava tendo ali de que ele podia morrer que tudo bem a cidade ia continuar E ele fala também de como a cidade está no homem então da mesma forma que o pássaro quando voa Ele carrega um pouco da árvore consigo né Eu acho que é isso um pouco o que ele tava sentindo ele carregou São Luís com ele ele também fala que também não está no mesmo homem é do mesmo modo que as quitandas
Praças e ruas que permanecem para sempre com a cidade por quê Porque são estruturas que compõem a cidade então eh é o pássaro que voa que leva um pouco da árvore mas eh A árvore tá ali A Terra tá ali não sai do lugar tá então ele faz esse esse jogo bom gente esse é um resumo do poema você tem de ler para pegar todos esses detalhes né então agora vamos continuar a segunda explicação de porque é um poema sujo e ele diz que é porque a sua escrita traz muito eh muitos palavrões ou ele
chama de obesidades obesidades né que não costumam aparecer em versos como ele fala em cu em em cancro E como eu disse antes nada podia ficar de fora do poema Porque mesmo eh que a moral puritana repudiar esses termos e mesmo que não fosse comum eh que eles aparecessem em poemas em versos né eles fazem parte da vida a gente não costuma falar muito esses termos quando a gente conversa com outra pessoa mas eles fazem parte da nossa vida da realidade e da memória do poeta que ele não quis omitir se ele não queria omitir
nada essa parte também ele não queria omitir e a terceira e última explicação que diz respeito mais a narrativa forma de escrita ele crê que é sujo porque estilisticamente não segue uma regra ou um padrão Claro é um poema moderní com Ampla Ampla liberdade de escrita que mistura muitos elementos eh literários de movimentos diferentes como é o caso por exemplo Em alguns momentos da utilização do concretismo que eu já citei antes ainda há trechos eh com rima outros sem rima até aquela parte que eu já até tentei cantar aqui para vocês do trenzinho que ele
recomenda que se cante né ele faz também muito o jogo dos opostos né Eh do Claro escuro e essa mistura toda na escrita eh também é muito rica e ela é fundamental esse tipo de narrativa para acompanhar a riqueza do relato se é um relato com tantos elementos Por que não a escrita não ter todos esses elementos eh você vai perceber ainda eh que como recurso de escrita ou para reforçar uma ideia ou uma imagem muitas vezes não há qualquer pontuação H ausência de pontuação Isso é proposital para que os versos sejam lidos em um
fluxo contínuo né Eh eh você ler pausadamente e você ler em fluxo muda completamente eh a tua impressão sobre o poema há um trecho que sem qualquer vírgula ele mistura o que acontecia no mundo com a Segunda grande Guerra e o que acontecia em sua cidade pois de verdade né as nossas lembranças quando a gente começa a lembrar da nossa da nossa infância tudo vem um pouco misturado né a gente mistura tudo a gente às vezes não tem nem muita certeza se isso aconteceu ou não vou ler para vocês Esse trecho abre aspas era a
vida a explodir por todas as fendas da cidade sob as sombras da Guerra ag gestapo E aí ele vai falar um monte de palavras em alemão gente que eu não vou repetir tá quando vocês lerem mas ele vai falar aguapo eh torpedeamento a quinta coluna os fascistas os nazistas Os Comunistas o reportero a discussão na quitanda o querozene o sabão da Andiroba o mercado negro o racionamento o blackout as montanhas de metais velhos o italiano assassinado na praça eh João Lisboa o cheiro de pólvora os canhões alemães tro nas noites de tempestade por cima da
nossa casa fecha aspas gente o Brasil nenhum momento teve canhão em cima né da nossa casa mas ele faz isso sem vírgulas e aí ele mistura tudo então se você ler no fluxo sem fazer essas pausas que eu fiz é tudo realmente misturado o professor e crítico Oto Maria carpo dizia que o poema suja devia ser chamado de poema Nacional por abre aspas em encarna todas as experiências vitórias derrotas e esperanças da vida do homem brasileiro então daí então nós compreendemos toda a sua abrangência e a sua importância porque você vai e eh ele resgata
um tempo ele resgata uma infância ele resgata um lugar por fim você então não pode esquecer eh que é isso tudo é feito Para quê Para que seja o resgate e a perpetuação da memória seja com coisas reais de sua cidade ou com o Imaginário do poeta sobre ela né O que ele lembrava o que ele imaginava de São Luís então de novo é uma tentativa de eternizar essas memórias com nostalgia com saudade e até com certo desespero já que ele imaginava que seria a última coisa que ele escreveria Ainda bem que não foi né
gente Ferreira Gular ainda nos deu muitos outros belíssimos poemas Então foi ótimo eh Vinícius ter feito toda aquela a para que ele não fosse preso né e pudesse voltar ao Brasil eu acho que é isso Leia Releia porque você você vai descobrir muitas coisas fantásticas ali escondidinho em cada verso né e é um poema para se ler muitas vezes e e você buscar interpretações eh que você vai fazendo de acordo com a época da sua vida você vai tendo então um outro olhar né eu digo sempre que a gente o processo de leitura nos nos
possibilita isso as a primeira leitura nunca vai ser igual a segunda terceira e assim por diante se você quiser conhecer e ler minhas crônicas eu as publico todas as terças-feiras no meu site www.mila.com.br se ficou alguma dúvida sobre poema sujo me inscreva vou ter o maior prazer em tirar sua dúvida um grande [Música] abraço h
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