hoje em dia cada vez mais está vendo uma mudança nisso a publicidade por exemplo nós andamos pela rua olhando os outdoors eles estão cheios de figuras o que menos tem é escrita escrita alfabética não é mais tem outra coisa porque justamente depende da forma como vai interagir com o leitor se você faz um outdo um outdoor cheio de texto você que vai passando não tem tempo de ler como na oralidade também nós temos o gesto o que que é um gesto um gesto é um desenho fora da mente daquilo que estou pensando eu digo era
grande era pequeno né era bem pequenininho ou eu digo que era bonito então ou faça qualquer coisa gestos a nossa gestualidade assim assim né assim eu posso esses gestos todos eles são itens lexicais na verdade na oralidade eles funcionam como substitutos de palavras eh essa é uma digamos uma questão muito importante porque inclusive em culturas diferentes os mesmos gestos significam outras coisas um gesto aqui pode significar uma coisa num outro muito interessante num outro pode ser ofensivo ou vice-versa então Eh o que nós temos que entender é que essa variedade de manifestações simbólicas são apenas
formas para produzir sentidos e as pessoas quando utilizam isso é que produzem os sentidos os sentidos não estão nas formas os sentidos estão naquilo que as pessoas fazem com as formas nas práticas sociais uma das características da fala por exemplo eh numa conversa é justamente a troca de turno vocês viram que eu tentei entrar duas vezes na conversa aqui e ele Manteve o turno né na escrita isso não tem esse problema porque a escrita eu estou fazendo sozinha então eu decido quando eu vou começar o o próximo parágrafo quando eu vou começar o próximo capítulo
do livro ou não numa conversa Face a Face com uma duas três quatro pessoas essa construção é coletiva a uma cooperação nesse exato momento ele poderia revidar e começar a tomar meu turno eu vou continuar a falar desesperadamente até acelerando o ritmo da voz como uma característica de manutenção de turno e essa questão é interessante pelo seguinte P lembrar um aspecto interessante nós temos uma forma de tomar o turno de entregar o turno etc que não é a mesma por exemplo dos alemães dos dinamarqueses ou dos chineses por exemplo os dinamarqueses eles esperam que a
pessoa pare e tem que haver no mínimo um minuto ou um minuto não um segundo ou dois de silêncio para o outro começar a falar ninguém é assaltado ninguém é assaltado no turno aqui no Brasil não a pessoa está falando a gente espera que faça um mínimo de pausa baixe eu tão e a gente entra e toma a palavra então nós somos assaltantes com contumazes das outras pessoas né quando falam mas tem também o fato de você esperar com quem você está falando né então se eu estou com uma pessoa que é mais íntima numa
discussão que esteja mais informal Pode ser que eu me sobreponha você com mais facilidade do que agora nessa situação em que nós estamos gravando algo para ser transmitido para vocês que aí estão ouvindo então há uma certa hierarquia um certo cuidado em deixar o outro terminar o turno para entrar eu acho que é importante ver aqui que a questão da oralidade da escrita está também acoplada aos gêneros textuais que nós produzimos se nós estamos interagindo numa conversação Face a Face ou se nós estamos numa sala de aula então é evidente que a palavra em geral
fica com professor então A ideia é um grupo de passado um grupo do presente e um grupo do futuro e ela volta para ele quando o aluno toma ele distribui a palavra para um aluno para outro e assim por diante ou se é uma conferência ou se é um sermão ou se alguém está contando uma piada vejam bem que quando duas pessoas estão conversando ou vários e eu diz Eu vou contar uma piada ninguém interrompe até ele terminar a piada porque ele começou um gênero diferente ali dentro que a gente espera que vá até o
fim e essas coisas são interessantes na escrita também existe isso as pessoas sabem quando alguém está produzindo alguma coisa ou outra coisa numa entrevista a gente sabe que alguém pergunta Alguém responde pois bem voltando agora ao tema exatamente da oralidade descrita por isso em sala de aula em sala de aula normalmente as pessoas acham que dev devem aprender a escrever e tratar da escrita hoje já se sabe que em sala de aula se pode tratar também de fenômenos da oralidade por na família em casa naturalmente as crianças as pessoas aprendem certas coisas e na escola
vão aprender outras coisas mesmo na oralidade a escola não deve abandonar o trabalho com a oralidade e pensar que tudo está em casa ela tem que cuidar tanto da escrita como da oralidade há um aspecto interessante que não pode ser esquecido quando se trabalha oralidade escrita a relação entre essas duas modalidades de uso da língua trata-se naquele ponto em que os livros didáticos vão analisar vão fazer exercícios sobre a oralidade que que eles fazem Vamos ler Ah agora vocês Leiam o texto vamos oralizar Isto é oralização da escrita não se trata de oralidade propriamente trabalho
sobre trovadorismo e literatura portuguesa a primeira manifestação dação portuguesa é justamente essa primeira escola portanto se o som é uma condição necessária da oralidade não é uma condição suficiente pode haver som e ainda não ser oralidade como a leitura uma criança lêu um poema isso não é língua oral Isto é a leitura de um poema escrito é oralização da escrita então por exemplo o teatro querido livro é o som e a fula Ah falkner você já leu sim eu li uma vez na faculdade qual faculdade fiz letras pelo Instituto Universal Brasileiro a gente vai ao
teatro e assiste um teatro assistiu a uma peça muito interessante é todo mundo falou aquilo é um texto oral ou um texto escrito se eu fosse analisar o teatro claro que é um texto que foi uma oralização da escrita pode haver formas expressivas daquela escrita mas por trás está um texto escrito quando nós ouvimos o noticiário de televisão ele só aparece oralmente no entanto a pessoa está lendo numa tela a notícia aqu é um texto escrito se alguém vai fazer uma tese sobre a oralidade no noticiário televisão ele está um pouco equivocado porque aquele é
um texto que aparece oralmente mas por trás ele é um texto escrito o contrário é uma entrevista que a gente lê né nas páginas amarelas de uma revista enfim aquilo foi feito oralmente e está lá agora por escrito há textos que Originalmente foram produzidos oralmente e só aparecem por escrito e o contrário foram produzidos por escrito e só aparecem oralmente são textos escritos ou orais esta imbricação esta mistura de eh modalidades é muito comum como também existe uma mistura de gêneros muitas vezes que é eu posso ter numa publicidade uma carta mas não é uma
carta é uma publicidade a gênero é publicidade e não uma carta Então seria muito importante que na escola se tivesse um cuidado Grande para caracterizar oralidade escrita como não duas coisas dicotômicas mas que muitas vezes se imbricam mas que muitas vezes estão bastante separadas Sem dúvida nenhuma né E aí tem só só para concluir esse detalhe que é importante aí a observar perfeitamente que cada uma vai manter algumas características mesmo que você vai ler uma entrevista você vai ver que e há algumas características que ficaram lá né da edição você vai na notícia televisão você
vai ver que há características que são de um texto escrito tanto assim que em testes de compreensão de textos de televisão do noticiário tem uma compreensão muito menor que outros programas de televisão etc que são Originalmente orais mesmo há uma diferença de compreensão na camada Popular por exemplo a escola existe para ensinar a escrever Sem dúvida nenhuma mas não precisa ignorar que as pessoas falam porque quando as pessoas chegam na escola já sabem a língua então a escola não precisa ensinar a língua porque as crianças os adultos os jovens quando chegam na escola já sabem
a língua que a escola precisa ensinar usos da língua usos orais e escritos portanto não deve esquecer também a oralidade por fim a escola tem que se preocupar não com todos os gêneros textuais da oralidade e da escrita porque é impossível se preocupar com aqueles que são os mais relevantes no dia a dia os mais praticados aquilo que as pessoas por exemplo na oralidade não aprendem diretamente em casa e na escrita aqueles que são mais necessários no dia a dia eu não precisa ensinar as pessoas a fazer uma carteira de identidade ninguém vai produzir a
fazer a uma cédula de dinheiro não tem que ensinar como vai usar uma carta de identidade ensinar como vai usar então certos gêneros nós temos que ensinar como Como se usa e outros Como se produz Então depende do que que se está tendo pela frente eu acho que no caso da textualidade na textualização das práticas linguísticas discursivas do dia a dia deve haver um bom senso algumas coisas a gente ensina como usar entender operar no dia a dia e outras como produzir como fazer aquilo da melhor maneira para poder apresentar então creio que com isso
nós podemos ter uma visão mais clara que a língua é uma prática discursiva é um conjunto de práticas sociais e não apenas um conjunto de formas ou de regras gramaticais porque essa visão de que a língua é um conjunto de regras gramaticais é uma visão muito formal e muito pobre e ter a visão de que a língua é um conjunto de práticas sociais de práticas discursivas é uma visão muito mais rica muito mais produtiva e que nos permite perfeitamente ver como a língua funciona no nosso dia a dia de Luanda me mandaram para cá caa
me mandaram para cá o que acontece é que nós não podemos portanto imaginar que a oralidade caiu em declínio agora é obsoleta né É demodê não está completamente na ordem do dia falar é normal natural e está na moda ninguém precisa se preocupar com isso escrever também está na moda O que ocorre é que nós temos que dar a cada uma o valor que ela tem selá a cartelinha amigão já selou já vai passar pela sorte da semana se fica difícil não perca tá um super uma super produção descontos de até 50% para você vá
correndo e não perca [Música] estrelinha minha amiga que brilha e me guia uma noite a dia eu estarei contigo e alcançando o teu céu levarei comigo tua luz tua alegria bem pouco de tua vida e se mudares de direção estudarei os astros com estudo se quiseres seguirei tua piste na ciência da Saudade brincando de poesia infinita amizade eu farei sem tua companhia [Música]