Vamos falar sobre enfermidade e cura na perspectiva de Deus, na perspectiva bíblica. Eu peço que você abra sua Bíblia comigo em João, capítulo 11, versículo 3. Está escrito o seguinte: "Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas.
" Note você que é possível ser uma pessoa amada por Jesus e amar a Jesus e ainda assim enfrentar a enfermidade. As duas coisas não são incompatíveis. Jesus ama Lázaro.
Lázaro ama Jesus. Mas Lázaro ca enfermo de tal forma que não há nenhuma incompatibilidade entre a fé e o amor a Cristo e ser amado por Cristo e estar doente. Bom, ah, por que este assunto é importante?
Primeiramente porque nós somos um ser integral. Lá em Lucas 2:52 diz que Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens. Ou seja, é crescimento físico em estatura, crescimento intelectual em sabedoria e crescimento espiritual em graça, não só na vertical, mas também na horizontal, diante de Deus e diante dos homens.
Isso porque nós somos um ser integral. É assim que a Bíblia nos vê. Marc Luther King disse que a religião trata tanto com o céu como a terra.
Lida tanto com a alma como também com o corpo. Bom, é muito importante a uma perspectiva histórica, é perceber o que aconteceu no século X7. com o pietismo.
O pietismo, saindo de uma ortodoxia muito ocificada, eh partiu para uma piedade sem ortodoxia e começou a dar muita ênfase na salvação da alma em detrimento ah do bem-estar do corpo. O que importa é salvar a alma, como se o homem pudesse ser seccionado, dividido, dicotomizado entre o aspecto físico e o espiritual. Mas, eh, possivelmente esta ênfase do pietismo do século X7 tem a ver com resquícios da filosofia grega, né?
filosofia grega olhava, eh, por exemplo, a morte como a libertação da alma, do claustro, da prisão do corpo. Para a filosofia grega, a matéria era essencialmente má, enquanto o espírito era essencialmente bom. Não é essa a perspectiva da palavra de Deus.
Não é essa perspectiva da palavra de Deus. Deus criou o homem ah do pó da terra, soprou em suas narinas o fôlego da vida e ele passou a ser alma vivente. De tal maneira que nós temos o elemento material e o elemento imaterial.
Nós temos o corpo físico e nós temos uma alma espiritual e material. E Deus está eh cuidando tanto do corpo quanto da alma. A salvação não é apenas uma salvação etérea, mas é a salvação do homem, tanto no seu aspecto espiritual quanto no seu aspecto físico.
Deus se importa com o corpo. Quando a Bíblia trata do nosso corpo, ela diz que o nosso corpo é o santuário do Espírito Santo. Tá lá em Primeiro Coríntios 6:19 e 20.
Segundo, o nosso corpo é um instrumento de adoração. Paulo diz em Romanos 12, versículo primeiro, você deve oferecer o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que este é o culto racional que Deus agrada. Terceiro, devemos glorificar a Deus no nosso corpo, porque este corpo foi comprado e ele não nos pertence, ele é de Deus.
Precisamos glorificar a Deus com ele. E Paulo diz lá em Romanos 8:11 que o nosso corpo também será glorificado. Por isso que vai haver a ressurreição do corpo.
E nós ressuscitaremos com um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo da glória do Senhor Jesus Cristo. É preciso também dizer que a enfermidade, a doença, não atinge apenas as pessoas ímpias, ou os pagãos, ou os incrédulos, ou os idólatras, ou os feiticeiros, ou os agnósticos, ou os que zombam ou blasfemam de Deus. A enfermidade atinge também o povo de Deus.
O homem mais santo, mais piedoso, também enfrenta enfermidade, né? Ah, a enfermidade chega nos países ricos, nos países pobres, nos países frios e nos países quentes. A enfermidade chega pros velhos e também pros jovens.
Ah, é claro que a graça de Deus não nos mantém fora da enfermidade, da doença. Reis e súditos, eh, ricos e pobres, doutores e analfabetos, médicos e pacientes estão sujeitos às enfermidades. Nenhum dinheiro, nenhum poder, nenhuma ciência, nenhuma medicina consegue manter do lado de fora a doença, nem mesmo eliminar a morte da experiência humana.
Bom, dito isto como introdução, eu gostaria de examinar com você o primeiro ponto, que é uma visão histórica da enfermidade e da cura. Ah, você precisa entrar, por exemplo, no Antigo Testamento, mormente, o Pentateuco e muit especialmente o livro de Levítico, como o melhor manual de medicina profilática preventiva do século XV antes de Cristo, período em que viveu Moisés ao escrever este manual. de medicina preventiva, que é o livro de Levítico.
E as leis cerimoniais estabelecidas por Deus, dadas ao povo, eh superavam em muito a mais avançada medicina da época. Por exemplo, a questão da circuncisão, um dos mais importantes meios para se evitar o câncer de colo índices de câncer de colocuncisão. Não era apenas uma questão estética e não apenas uma questão de funcionalidade da sexualidade humana, mas também uma questão da prevenção de doença.
Segundo a questão do isolamento do leproso, né, que você encontra no livro de Levítico. É curiosíssimo isso, mas eh este isolamento do leproso, identificando a lepra, diagnosticando a doença, se afastava esta pessoa da família, da comunidade, do convívio social. Foi um grande avanço.
E você sabe que a lepra era a doença mais assombrosa e mais temida nos tempos antigos. né? Eh, mais tarde você se lembra que houve a peste negra no século XI matando um terço da população da Europa.
E depois, no século XV, vem a sífiles, que também era extremamente temida, pois a lepra era mais temida do que a peste negra, do que a sífiles. A lepra foi um terror, um terror do século VI e 7 da era cristã e atingiu seu pico ah aterrador nos séculos X e X. Mas este isolamento que Levítico, o manual de medicina preventiva com as leis cerimoniais estabeleceu, foi um elemento fundamental no tratamento desta doença tão eh eh assombrosa para aquela época, né?
Então, a lepra foi vencida quando os médicos voltaram se para o princípio de Levítico 13:46 do isolamento. Bom, a outra coisa digna de destaque aqui é que o desenvolvimento do tema enfermidade e cura na história tem um corte muito importante na renascença no norte da Itália nos séculos XI, XV. Até a renascença, a medicina era a medicina à beira do leito, né?
A partir daí, a partir da renascença, o corpo passou a ser desse né? O corpo passou a ser eh examinado. Ah, então eh começa a existir uma outra perspectiva da medicina, não a medicina beira da cama, do leito, mas a medicina tecnológica.
a tecnológica. Com a revolução industrial, jamais no período moderno, criaram-se os grandes centros urbanos e então isso prolifera a a o a o crescimento das zonas urbanas, das regiões urbanas. E isso facilita e propicia, melhor dizendo, o atendimento hospitalar.
Então, a medicina deixa de ser uma medicina à beira do leito para ser uma medicina de massa despersonalizada, é uma medicina eh impessoal e também coletiva. O paciente deixa de ser chamado pelo seu nome para ser um caso, né, para ser a enfermidade, para ser a doença, né, para ser um órgão doente. da medicina organicista que acabava de surgir.
Bom, deixa eu lhe dar agora um segundo ponto, uma visão teológica da enfermidade e da cura. Eh, Alan Pierrá, que escreveu um livro fantástico, Dedo de Deus ou chifres do diabo, e ele trabalha nesta obra eh quatro períodos da história, né? ah, bem distintos com respeito a essa questão eh de enfermidade, cura e até mesmo dos milagres.
Primeiro período foi o período apostólico. No período apostólico, os crentes acreditavam nos milagres e os milagres de fato aconteciam. O segundo período é o período medieval.
é o período que vai do 5º ao 15º século. Esse período chamado de idade média, escolástica, idade das trevas. Nesse período acreditava-se nos milagres do passado e divulgavam falsos milagres.
Eh, Alan Pierrá, nesse livro dele diz: "Por que os reformadores tinham tanta dificuldade de e entender a contemporaneidade dos milagres? " Porque eles tinham nas costas deles uma mochila de 1000 anos, 1000 anos de propagandas de falsos milagres. Então, você precisa ler o homem no seu tempo e no seu espaço, no seu contexto, diz Alan Pier.
Terceiro período, período da reforma. Acreditavam nos milagres do passado, mas eles tinham dificuldade acreditar na contemporaneidade dos milagres, porque não tinha registros históricos desses milagres já há 1000 anos se fazendo propaganda de falsos milagres. Então vem o período contemporâneo.
No período contemporâneo, acreditam-se nos milagres do passado e divulgam milagres abundantes no presente, mas de doenças fundamentalmente funcionais e não orgânicas. É claro que nós vivemos hoje, agora eu vou entrar nesse assunto, uma enchurrada de relatos, de curas a granel, mas muitas dessas chamadas curas milagrosas não tem nenhuma evidência, não tem nenhuma comprovação. E muitas vezes num marketing religioso se faz propaganda de milagres que de fato nunca aconteceram.
Então vamos olhar comigo a questão da teologia da prosperidade, uma dessas vertentes. Desde os anos 1980, duas correntes se destacaram. De um lado, os defensores da saúde e da riqueza, com a chamada teologia da prosperidade e da confissão positiva.
E dentre esses estão Pocho, Morris Lulu, Mauris Serulo, Kenneth Reagan, Marilyn Rickley, Benny Rin, entre tantos outros mais. O segundo grupo tem sido chamado de movimento de sinais e maravilhas. Ou a terceira onda.
Seus protagonistas principais são Jack Deer, Wayne Griden, John Wimber, Peter Wagner. Agora é muito importante, você tem visto isso todo dia na televisão, em alguma literatura, em algumas mensagens triunfalistas, eh muitos embustes, muitos truques, muitos truques, eh, para como se fosse um chamariz, como se fosse uma isca para atrair as pessoas dentro de uma cultura. mística e sincrética como a cultura brasileira dentro de um contexto ah de misturas de crenças como nós temos no Brasil, a da pagelância indígena, eh da idolatria, dos colonizadores, eh, dos cultos afros vindo dos escravos que vieram da África ou mais tarde ah do cardecismo que veio da França.
Eh, tudo isso vai misturando e quando você bota tudo isso num liquidificador e bate este caldo que sobra é um sincretismo religioso muito favorável às mais variadas crenças numa população sofrida. Quando você entra com essa ideia de curas, milagres e prosperidade, isso atrai muita gente. E aí não faltam os espertalhões, não faltam os camelos da fé para explorarem esse tema.
e atraírem multidões, fazendo promessas e anunciando milagres que verdadeiramente nunca aconteceram. Então, quais são os principais pontos de vista nesse sentido? Nós como cristãos, dizem eles, não precisamos sofrer reveses financeiros, não precisamos ser cativos de pobreza ou de enfermidade.
Este é o ensino de Hegem, por exemplo. Então, dizer que um cristão não pode ser pobre e não pode ser doente. Bom, isso está na contramão a dos registros bíblicos e da história da igreja.
Talvez as pessoas mais piedosas que já viveram entre nós lidaram não só com pobreza, mas também com enfermidade. Com isso, eu não estou lhe dizendo que é pecado ser rico e que é virtuoso ser pobre. Não.
Nem pobreza, nem riqueza tem nada a ver com espiritualidade. É possível ser alguém rico e muito rico e ser piedoso, como era piedoso Abraão, Isaque, Jacó. Eram ricos.
Como era rico José e era piedoso, como Davi era um homem rico e era piedoso. Como Ezequias era um homem rico e era piedoso, né? Como Jó era um homem riquíssimo e era piedoso.
Mas você encontra também pessoas pobres, avarentas, gananciosas, incrédulas. Então, não é a condição econômica, social de um cidadão, de uma cidadã, é que define a sua espiritualidade. Então, essa teologia da prosperidade está equivocada com esta afirmação.
Segundo, porque os crentes adoecem? Eles dizem: "Primeiro, por falta de fé. Segundo, por desconhecerem seus direitos.
Terceiro, porque não pedem ajuda. Quarto, porque há pecado não confessado. Então, este ensino não está certo.
Não está certo. Não é isso que a Bíblia ensina. E é curioso que alguns dos protagonistas deste ensino, ao ficarem doentes, foram escondidos pros hospitais, porque a sua teologia não fica de pé.
Nós vivemos hoje, por exemplo, essa questão da pandemia, né? Muitos daqueles que foram audaciosos na pregação de curas, milagres, etc. , ficaram de calças curtas, de certa forma enfrentando constrangimento, porque eh quando a teologia não é verdadeira, quando ela não está fincada nas escrituras, ela não se sustenta na hora da crise.
E esta é uma realidade que está desnudada diante dos nossos olhos. Chega a ponto de alguns deles dizerem assim: "É errado procurar um médico sobre quaisquer circunstâncias". Aqueles que apelam para um médico, que são internados em hospitais, demonstram uma falta de fé que deshonra Deus.
Que equívoco, que equívoco. O próprio Jesus é chamado de médico. O apóstolo Paulo, que foi o grande bandeirante do cristianismo, tinha a tira cola um médico como seu grande cooperador, que foi Lucas.
Porque Paulo era um homem enfermo, enfermidade física. Timóteo, seu discípulo e a quem de certa forma Paulo tinha muito apreço, que era o seu cooperador, talvez mais próximo, era doente e tantos outros registrado nas escrituras. Então, eh, afirmar que a medicina está contra a fé e que quando você que é um crente vai ao médico, faz uma consulta, eh, toma remédio e precisa passar por uma cirurgia, está tendo ah falta de fé, não tem amparo na escritura.
Toda a ciência é ciência de Deus e a medicina é uma dádiva de Deus. O que você não pode é deixar de confiar em Deus, porque toda cura, toda cura é divina. Deus cura com os meios.
Deus cura sem os meios. Deus cura apesar dos meios. Quem cura é Deus.
Ele quem perdoa todas as nossas iniquidades, quem sara todas as nossas enfermidades. Mas muitas vezes Deus nos cura através dos recursos da medicina. Ele pode curar sem eles, mas ele colocou-os como recursos para o nosso uso, bênção.
Então, esse ensino não tem fundamento na escritura. Muito bem. algumas heresias sobre cura divina pregadas pela teologia da prosperidade.
Então, eu vou dizer algumas dessas heresias que eles pregam. Primeiro, porque Deus deseja que os cristãos desfrutem de suas bênçãos. Enfermidade mostra que você está fora da vontade de Deus.
Se prega isso como se quando você está enfermo, você está fora da bênção de Deus. Não foi o que Marta e Maria disseram. para aquele emissário que foi a Jesus.
Senhor, está enfermo aquele a quem amas. O fato de Lázaro estar enfermo não significava que ele não estava desfrutando do amor de Jesus por ele. Segunda declaração deles, o pecado é a causa da enfermidade.
Portanto, você deve resistir à enfermidade como você resiste ao pecado. Veja bem, esta associação direta de pecado, doença precisa ser melhor examinada. É claro que a doença entrou no mundo em virtude do pecado original, da queda dos nossos pais no Éden.
Isso é fora de discussão. Mas afirmar que toda doença é consequência imediata de algum pecado que você tenha cometido não tem base nas escrituras. Não tem.
Você não pode pegar um ponto porque há doenças que são provocadas por pecados. Nós vamos lidar com isso aqui, né? E sobretudo aquelas chamadas doenças ramariagênicas, né?
É o que Davi demonstra no Salmo 38, que e no Salmo 51, quando ele calou seus pecados, envelheceram seus ossos, ele tinha gemidos. Então, havia eh efeitos físicos provocados certamente por pecado, não confessado, mas nem toda enfermidade tem a ver com algum pecado que você cometeu. Então, pegar parte, dizer que parte é o todo não é uma boa interpretação das escrituras.
Terceiro, eles dizem: "Desde que Cristo morreu pelas suas enfermidades, como morreu pelos seus pecados, você deve ficar livre de ambos". Bom, eh depois nós vamos examinar a na segunda parte desta palestra o equívoco que se tem de que Jesus levou também as nossas enfermidades como levou os nossos pecados. E, portanto, se nós estamos livres da condenação dos nossos pecados e perdoados dos pecados, nós deveríamos de igual modo estar livre da doença.
Então, se você está tendo alguma doença, porque você não está se apropriando do da obra expiatória de Cristo na cruz, nós vamos nos nós vamos ficar livres da enfermidade. Gente, não é nesse corpo aqui. Esse corpo está sujeito à fraqueza.
Esse corpo está sujeito a enfermidades. Esse corpo está sujeito a pegar um vírus, uma bactéria. Esse corpo está sujeito a ficar enfraquecido, adoecer e morrer.
Esta promessa de que nós teremos um corpo livre de doença é pro corpo da ressurreição. Enquanto você e eu estivermos aqui, nós estaremos sujeitos sim às enfermidades. muito embora, muito embora muitas delas nós podemos nos prevenir sim, por exemplo, doenças sexualmente transmissíveis, que se você vive uma vida regrada de obediência, você evita.
Por exemplo, uma pessoa que tem o hábito ou o vício, a dependência química, seja ela do álcool, seja ela do cigarro, seja ela das drogas, quando ele eh se priva desses males, ele está tendo sim cuidado com o seu corpo. Por exemplo, uma pessoa que tem problemas de glutonaria e ela come demais, ela vive para comer e não come para viver, ela então eh intoxica o seu organismo com comida demais ou comida errada. porque ele deveria se precaver diante deste ou daquele problema que ele possui.
E ele não tendo cuidado, ele vai sofrer as consequências. Nós não estamos eh eh ignorando essas questões, mas dizer que a sua fé eh imuniza você é um equívoco. Nós estamos aí no momento meio de uma pandemia.
Quantos irmãos nossos, crentes, piedosos, melhores do que nós, foram infectados pelo coronavírus e muitos deles sucumbiram. Gente crente, piedosa. Nós não podemos afirmar que essas pessoas não eram crentes, que elas não se apropriaram da expiação, porque seos pecados foram perdoados, suas doenças tinham que ser eliminadas.
Não tem fundamentação nas escrituras. Quarta afirmação deles, se você tem fé o suficiente, você pode ser curado. Bom, eh, é novamente pegar um caso particular e dizer que o particular representa o todo.
Em alguns casos, Jesus diz: "Seja feito conforme a tua fé". Mas não é verdade que a fé vai nos curar e nos livrar de todas as enfermidades, sem exceção, sem excepção, em qualquer pessoa, em qualquer lugar, em qualquer tempo. Porque se fosse assim, os crentes não morriam, ficavam paraa semente.
E quando você olha pra Bíblia, quando você olha pra história, 20 séculos de cristianismo, não é isso que você vê. Eu vou lhes dar só alguns exemplos simples. Pensa comigo, por exemplo, em David Breinard, um dos homens mais piedosos do século XVI, morreu com 28 anos para 29 anos.
Robert McCain, um dos homens mais santos do século XIX na Escócia, morreu com 29 anos. Pense comigo no missionário Ashbell Green Simonton, que plantou a igreja presbiteriana do Brasil, morreu aqui em São Paulo com 34 anos. Então, não é verdade que se você eh eh ter a fé, você vai se livrar da doença e da enfermidade em todas as situações, em todas as circunstâncias.
Não é o que a Bíblia ensina, nem o que a história comprova. Quinta declaração deles. O que você confessa é o que você possui.
Então, confesse a sua doença e você estará enfermo. Confesse a sua cura e você ficará curado. Aqui está por trás a chamada teologia da confissão positiva.
Há poder nas suas palavras, dizem eles. É como se você tivesse o poder de gerar a cura ou o milagre pelo poder das suas palavras. A palavra poderosa não é a sua, nem a minha.
A palavra poderosa é a palavra de Deus. De Deus. Essa máxima que eles dizem está errada, é falsa.
Ela não está calçada com a verdade. Sexta declaração. Toda a diversidade vem de Satanás.
Então, a doença como Satanás devem ser repreendida. Esta frase não é verdadeira. Leia a sua Bíblia e você verá que muitas vezes a doença não procedia de Satanás e sim de Deus.
Vou lhe dar apenas um exemplo. Ana, mulher de Eucana, mãe de Samuel. É só ler Primeiro Samuel, capítulo 1, versos 5 e 6.
Diz o texto que Deus mesmo, Deus mesmo a deixou estéril. Deus mesmo cerrou a sua madre. Eu pergunto a você, Ana era uma mulher ímpia?
Eu pergunto a você, foi Satanás quem botou a doença nela? Não é o que a Bíblia diz. Não é o que a Bíblia diz.
Mas vou lhe dar um segundo exemplo. Paulo, o espinho na carne de Paulo, que ele diz em Gálatas 4 que foi enfermidade física. Quem colocou o espinho na carne de Paulo?
Foi Deus ou foi Satanás? E a resposta meridianamente clara é esta: Foi Deus. Por que você sabe?
por causa do propósito, para que ele não se ensoberbecesse. O diabo trabalha 24 horas por dias por dia para fazer de você e de mim um balão, um soberbo. Então, a a péssima hermenêutica, a falsa exegese, a má interpretação, é quando você pega um caso e diz que esse caso é a mesma regra para todos os casos.
Então, a falsa interpretação deles está aí desnudada. Sétima declaração errada deles. Desde que Cristo e os apóstolos curaram em seus dias, os cristãos podem curar de igual forma hoje.
A primeira coisa que precisamos entender também é que Jesus nem os apóstolos curaram todos sem exceção. Curaram até sem acepção, mas não sem exceção. É preciso entender isso, porque veja bem, vamos ser honestos.
Se você e eu tivéssemos esse poder eh irrestrito de cura e se esse poder estivesse em nós, seríamos nós desumanos, cruéis, injustos? Se não fôssemos aos hospitais, aos CTIs e um por um déssemos ordem para que o enfermo se levantasse. É muito importante entender que o poder não está na mão do homem.
O poder está na mão de Deus. Ele é quem faz e faz de acordo com o conselho da sua vontade. Oitava declaração errada deles.
Desde que a doença procede de Satanás, nada de bom pode vir da doença. Outra frase equivocada, parcialmente verdadeira. E aquilo que é parcialmente verdadeiro e tem naipes e presença de falsidade é totalmente falsa.
Porque não é verdade, não é verdade que toda doença procede de Satanás. E também não é verdade que nada de bom pode vir da doença. Eu estava lendo um livro recentemente de um pastor presbiteriano que foi pastor da Catedral Presbiteriana no Rio de Janeiro muitos anos.
E ele conta, fazendo uma exposição de Romanos 8:28, que um dia um jovem o procurou para ele pregar num culto de ações de graças. E naquele culto ele daria graças a Deus por uma situação que vivera de enfermidade, agora de cura. E o pastor disse: "É muito bom, é legítimo, é necessário".
É de bom vitre, é recomendável que nós rendamos graças a Deus pela sua cura. E o jovem disse: "Não, pastor, eu quero dar graças pela minha enfermidade, porque foi por meio da enfermidade que Deus quebrou a dureza do meu coração. Deus revelou a mim, a minha fragilidade, a minha dependência.
Não for a enfermidade, eu estaria hoje, talvez num caminho de desobediência, de ingratidão e de dureza de coração. Nona declaração. Desde que Deus deseja ver você bem, você jamais deve orar.
Seja feita a tua vontade para a oração de cura. Que heresia, que bobagem, que ensino errado, que distorção da verdade, que distanciamento do evangelho. Ora, a Bíblia me ensina que eu não sei orar como convém.
A oração, ela precisa ser dirigida a Deus como soberano. E eu preciso compreender que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável e ela que tem que prevalecer e não a minha. Esta foi a postura daquele homem tomado de lepra, que foi a Jesus e se prostrou aos seus pés e o adorou e disse: "Senhor, se tu quiseres, tu podes purificar-me".
Ao mesmo tempo que ele reconhece a soberania de Jesus, ele se submete à soberania de Jesus. Esta é a oração de um cristão, como a oração que Jesus fez e nos ensinou. Pai, se possível, passe de mim este cálice, mas senão seja feita a tua vontade.
A tua vontade. Déma declaração errada deles. Desde que o pecado é a causa da enfermidade, então você doente está em pecado.
Primeiramente, é falsa a frase deles, porque novamente pega apenas uma parte que nem toda a enfermidade é consequência direta de um pecado específico e diz que isso é o todo. Portanto, eles chegam à conclusão errada porque a premissa deles foi falsa. A premissa falsa, a conclusão é falsa também.
Muito cuidado com o falso ensino, muito cuidado com a falsa teologia, muito cuidado com os falsos mestres, com os falsos profetas, muito cuidado com as heresias que vão entrando sorrateiramente na igreja. As falsas doutrinas são os dentes dos lobos que devoram, que destróem. 11ª e vou colocar como última.
Tem outras, mas eu vou ficar nessa aqui. Frase errada deles. Deus tem curado você, mas o diabo não deixa os sintomas da doença sair.
Como se a obra de Deus fosse tão fraca, como se Deus fosse tão impotente, que o diabo teria então poder para frustrar a obra de Deus. Que tolice, que falta de compreensão de quem é Deus. Ninguém pode determir que a obra de Deus seja feita e os seus resultados surjam.
Nem mesmo o diabo, nem mesmo os demônios. Sabe por que que eles colocam isso? Porque eles afiram: "Você está curado, você está curado, você está curado.
" Mas o diabo tá impedindo que esta evidência surja. E aí as pessoas são enganadas, ludibriadas, mantidas nesse cativeiro da ignorância. Então eu quero concluir hoje a minha fala fazendo um contraste entre essas supostas curas que esses falsos mestres estão ensinando para ludibriar, enganar e muitas vezes até para se locupletarem ou colocarem o seu nome num pedestal de honra, porque é o poderoso profeta.
o poderoso pregador, o poderoso ministro, pastor, etc. e tal. Contrastar isso com as curas que nós encontramos nas escrituras.
Primeiro, as curas da Bíblia eram curas imediatas, imediatas, tanto feitas por Jesus como pelos apóstolos de Jesus. É o cego que começa a ver na hora. É o paralítico que levanta e anda na hora.
é o camarada que tá 38 anos paralítico. E Jesus diz: "Levanta e anda". E o cara não precisa entrar numa série de sessões de fisioterapia para tonificar os músculos.
É o homem da mão mirrada que Jesus estenda a tua mão. E a mão esticou e o camarada ficou completamente restabelecido. É imediata a cura.
Não tem ludíbrio, não tem engano, não tem farça, não tem propaganda enganosa. Segundo, essas curas eram realizadas, via de regra, em público para todo mundo ver. Os milagres de Jesus eram verificáveis.
Quando Jesus curou aquele leproso tomado de lepra, Jesus vai ao sacerdote. O sacerdote era o homem da medicina que cuidava não só do diagnóstico da doença, mas atestava a cura da doença. Em outras palavras, o que eu fiz aqui é pode ser verificado, pode ser averiguado e deve ser averiguado porque o que Jesus faz não é engano, não fica na penumbra, está na luz para todo mundo ver.
Terceiro, eram curas que aconteciam em lugares ordinários e via de regra, sem ocasiões planejadas. Hoje tem muitas igrejas por aí a fora botando uma faixa na porta da igreja, botando uma placa ou apresentando na rede, nas mídias sociais ou mesmo na televisão, no rádio, etc. Dia tal, culto tal, é o culto do milagre, é o culto da cura.
Como se nós fôssemos donos da agenda do Espírito de Deus. Os milagres aconteciam não planejados. Hoje, domingo à tarde é o dia do milagre.
Terça-feira à noite é o dia do milagre. Quinta-feira é o dia da cura. Deus cura quando ele quer, onde ele quer, como ele quer, pra glória do seu próprio nome.
Mas não somos nós que temos esta agenda na mão. Quarto, eram curas que incluíam doenças incuráveis pela medicina da época. lepra, cegueira, surdez, paralisia.
Se eu estou com a dor de barriga e diz: "Olha, tô curado". É difícil você atestar. As curas que você encontra nas escrituras eram curas que necessariamente precisavam passar pelo milagre.
E milagre só Deus faz. E não faz pra glória do homem, faz paraa sua própria glória. Não é um fim em si mesmo.
Por isso são chamados de sinais. Porque apontam para verdades maiores espirituais e eternas. Quinto, eram curas completas e irreversíveis.
Eu tive um homem muito amado da minha família que contraindo um câncer foi a uma igreja e lá profetizar a cura dele. E ele voltou para casa na expectativa de que estava curado. E três semanas depois nós sepultamos o nosso tio.
Quando as pessoas às vezes falam sem qualquer evidência, sem qualquer comprovação divina, prometendo o que eles não podem prometer, trazendo confusão, frustração e engano. As curas registradas na Bíblia eram reais, verificáveis e permanentes. É óbvio que estas pessoas eh na caminhada da vida poderiam contrair uma nova enfermidade.
E que certamente essas pessoas vieram a morrer, porque nós só temos dois casos. de pessoas que foram arrebatadas sem passar pela morte, que foi Enoque e Elias. Todos nós, não importa a idade ou o grau de intimidade com Deus, todos nós, a não ser que Jesus volte antes, passaremos pela morte.
Bom, em último lugar, e eu vou fechar aqui hoje, eu vou fechar aqui hoje, eram curas innegáveis até mesmo pelos céticos. Foi o caso, por exemplo, ah, de João 9, a cura daquele cego de nascença. Os opositores tentaram de todas as formas.
Não fala com, vamos conversar com o pai dele. Acho que não era cego coisa nenhuma. Não, ele era cego, sim.
nosso filho, nasceu cego. Isso é fato. E não tem como, não tem como negar, não tem como e eh dizer que não foi isso.
É real, é concreto, é histórico, é verificável, é público. Minha palavra para você é que você seja instruído pela escritura. Tudo que você escutar, tudo que você lê, tudo que você vê na televisão, no rádio, nas redes sociais, passe pelo filtro da Bíblia.
Nós temos que ser crentes berianos para que não sejamos enredados pelos ventos das falsas doutrinas, sobretudo diante de uma pandemia quanto essa que estamos vivendo, onde o mundo acordou pra realidade de que o homem, por mais rico ou por mais sábio ou por mais culto, por mais eh eh banhado de ciência ele for, ele não está blindado. A enfermidade chega e chega pro rico, pro pobre, para quem mora num palácio, para quem mora numa choupana, para quem é crente, para quem é descrente, para o doutor, pro analfabeto, pro médico e pro paciente do médico. A pandemia provou isso.
Todos nós somos vulneráveis e numa conjuntura dessa, mais do que nunca, nós precisamos nos voltar paraas Escrituras para que nós não sejamos enredados por falsos ensinos. Que Deus abençoe sua vida, que você se firme na verdade. Nós queremos reafirmar aqui que o nosso Deus é o Deus que perdoa todos os nossos pecados e o Deus que nos sara todas as nossas enfermidades.
Ele sim cura, ele sim tem todo o poder. Ele sim pode atender as nossas orações. Ele sim tem feito notório o seu nome, trazendo da enfermidade pra saúde aqueles que já estavam sentenciados pela medicina, porque a última palavra não é da medicina, a última palavra é do Deus vivo.
Mas nós não podemos entrar por essas estradas perigosas, sinuosas, escorregadias, dos falsos ensinos que levam as pessoas ao equívoco, ao engano, à frustração. Que Deus nos ajude.