Olá pessoal sejam todos bem-vindos ao nosso podcast trazendo mais um super Episódio de hoje com Dr lucel mu Lacerda Luciana é Doutora em educação pós doutorado no departamento de Psicologia pela UFSCAR e o nosso tema de hoje nós vamos um tema que foi muito discutido solicitado por vocês que essa diferenciação entre autismo e TDH se você ainda não curtiu o nosso canal se inscrevam no espaço terapêutico sentia França que tem muita coisa boa por aí Luciano gostaria de agradecer mais uma vez aí o convite esse assunto aí de extrema relevância que até nós estávamos discutindo
aqui antes de iniciar e gostaria de se apresentar novamente para as pessoas que não tira o outro né Lacerda eu fiz uma doutorado em educação pela PUC São Paulo fiz o pós o tratamento no departamento de psicologia da UFSCAR a minha área principal de estudo é o autismo né e práticas baseadas em evidências mas o autismo a gente vai falar sobre isso mas faz parte da mesma categoria que o TDAH né e ele tem um nível né de comorbidade muito grande então é inevitável que se você estuda autismo você também vai passar pela questão do
Transtorno do Déficit de Atenção hiperatividade então a gente acaba vendo essas condições muito juntas é muito correlacionadas né então é por isso que a gente acaba debatendo muitas vezes esse tema junto e você falou uma coisa que deu start assim que eu vejo assim em consultório Muitos pais estão fazendo também avaliação neuropsicológica e falar eu acabei de descobrir que eu sou TDH e isso vem acontecendo com muita frequência muito muito frequência porque a primeira grande questão é isso existe um uma superposição um overlapping [Música] autista o TDH e a deficiência intelectual ou transtorno do desenvolvimento
intelectual que são transtornos do neuro desenvolvimento eles fazem parte dessa mesma categoria né então você tem um desenvolvimento neurológico que é alterado e a esquizofrenia também né o transtorno da esquizofrenia Então você tem dentro dessas quatro condições uma superposição muito grande o que que isso quer dizer que se você tem pai e mãe sem nenhuma dessas condições Você tem uma certa probabilidade de apresentar o autismo ou alguma dessas outras agora se você tem uma dessas condições por exemplo se o pai tem autismo o filho tem Altíssimo à probabilidade de ter autismo mas se ele não
tiver ele tem muito maior probabilidade do que o público Geral de TDH ou de ter deficiência onde tem esquizofrenia é muito mais comum que eles estejam relacionados estão por exemplo uma pessoa com um irmão uma pessoa com autismo que tem um irmão que não tem autismo ele tem quatro a seis vezes mais probabilidade de ter TDH do que normalmente as pessoas teriam então existem relações entre essas condições relações genéticas relações de neurológicas que a gente não sabe dizer quais são exatamente Mas se a gente sabe dizer que existe uma relação muito grande Quantas pessoas tem
o diagnóstico de autismo Elas começam a olhar para os exemplos da família pai mãe tio sobrinho primo e aí você começa a ver que tem um índice muito alto dessa mesma condição e de outras condições parecidas então TDAH é muito muito comum provavelmente são as correlações mais fortes que existem com autismo e na hora do diagnóstico qual que essa diferença são entre um diagnóstico de autismo e para o TDH Quais são os critérios diagnósticos entre um e outro o autismo ele é uma condição que tem dois critérios diagnósticos né você tem que ter os dois
você tem que ter um prejuízo na comunicação social e um comportamento repetitivo com interesse fixo e restritos esse primeiro item da comunicação social ele não é um item obrigatório no TDH Mas o que está escrito lá no dsm né que é o documento que a gente usa como referência né o manual estatístico diagnóstico transtornos mentais é que você tem certas situações não TDH por exemplo de impulsividade o indivíduo que numa fila fica Corre que atravessa a resposta das outras pessoas que não tem paciência para conversar um monte de coisa que em geral acabam desaguando em
problemas sociais Então apesar do problema social não ser uma característica definida do TDH né um critério diagnóstico ele é uma condição que na própria descrição no TDAH em geral leva a problemas a prejuízos sociais acontece que esses prejuízos eles eles têm um caminho diferente no caso do autismo ele tem mais a ver com a percepção social com a cognição social com o déficit em algumas habilidades né no caso do TDAH é por excesso comportamental são alguns comportamentos que atrapalham e não prejuízo na própria cognição social Então você tem no caso do autismo esses dois no
caso do TDH Você tem uma impulsividade né uma hiperatividade uma maior atividade em várias áreas que eles escrevem pode ser motora cognitiva monte de situações e pode ter uma desatenção também e você pode ter o TDH com ênfase em um com mais hiperatividade ou com mais déficit né com mais desatenção E aí e pode ter os dois também você tem uma distinção nesse campo das habilidades sociais se for mais hiperativo você tem mais problema de percepção social do que se for por desatenção aí você tem menos problema de percepção social porque a percepção ela ela
nesse caso ela é decorrente do próprio prejuízo social ou seja você interage menos você tem menos amigos se você tem menos relações sociais e por isso as suas percepção Acaba declinando Porque você tem menos treino nesta relação social quando a gente faz a avaliação diagnóstica você em geral tem mais dificuldade de fazer avaliação no TDAH quando a criança é menor você vai ter avaliação quando o indivíduo já é maior já no fim da infância às vezes às vezes pré-adolescência no caso do autismo é diferente esses esses traços em geral estão mais presentes menor né hoje
a gente consegue fazer um diagnóstico bastante segurança em um ano e dois meses né então ele é muito mais precoce do que o TDAH em geral ele é uma condição que a gente faz mais tarde mas ambos os casos precisam de avaliações que são avaliações clínicas comportamentais não existem exames nada disso que vão permitir a gente dizer positivo negativo nem para autismo nem para TDH perfeito e assim em questão da parte das comorbidades entre a parte do dddh e do autismo essa diferenciação o dsm eu falei né Você tá no dsm-5 que é de 2013
e agora esse ano saiu a versão revisada do sm5 né mas é basicamente a mesma coisa antes dele a gente tinha um dsm4 que tinha sido publicado em 1994 e foi até 2003 né antes do sm5 é do sm4 para trás você não podia o médico né que dá o diagnóstico não podia dar os dois diagnósticos ao mesmo tempo ou você tinha autismo ou você tinha tbh era um ou outro eles eram diagnósticos diferenciais porque a perspectiva daquela época é que dentro da descrição do que é o autismo que é uma condição mais Severa o
altíssimo né é tanto que ela é uma condição que constitui deficiência enquanto o TDAH não dentro da caracterização do autismo já estava incluída a descrição do que era um TDAH a partir do DS de 2013 né do sm5 Isso mudou então você pode ter os dois ao mesmo tempo o médico pode fazer essa essa diferenciação dentro da variação diagnóstica E aí começou portanto há pouco tempo relativamente pouco tempo os estudos que avaliam essa coexistência ocorrência algumas vezes se fala né os estudos apontam que entre as pessoas com TDH que são mais numerosos a quantidade de
pessoas com TDAH é muito do que as pessoas com autismo né entre as pessoas com TDH alguma coisa em torno de 13% tem também o transtorno espectativa se eu pegar o conjunto de pessoas com TDH 13% aproximadamente tem o transtorno espectativa e o TDH tem os dois portanto Quando eu olho para o conjunto da população com autismo é diferente você tem uma proporção muito maior que alguns estudos né eles vão apontar 40 a 70% em geral tem tudo que fala Tem 86% estudos grandes importantes mas como eu disse é difícil fazer essa avaliação mas assim
a maioria deles vão apontar entre 40 e 70% das pessoas com autismo Tendo também o TDAH E por que que isso é importante a gente fazer essa avaliação de comorbidade porque no caso do autismo você não tem nenhum medicamento com evidência para autismo nenhum existem muitas pesquisas já foram feitas nenhum com resultados positivos tem só dois remédios que tem evidência para sintomas secundários de autismo né que é o aripiprazol e a risperidona que é para sintomas de irritabilidade de agressividade agora no caso do TDAH é diferente você tem alguns remédios que tem evidência por Core
né então você tem o metilfenidato Você tem o vem Vans que no seu qual é o nome do princípio ativo né que tem evidência então no caso do indivíduo que tenha TDH ele tendo ou não autismo o médico pode considerar é claro que a decisão do médico mas ele pode considerar esse apoio medicamentoso farmacológico então é importante a gente ter a clareza dessa comorbidade por conta disso né especialmente por dessa dessa possibilidade tem alguns casos em que vai funcionar grande parte dos casos têm casos que não vai funcionar mas é importante fazer essa avaliação o
problema da da gente conseguir ter essa boa distinção da comorbidade é que os protocolos de avaliação de autismo e de TDH não são bons para os indivíduos que tem comorbidade então por exemplo se a pessoa tem autismo a probabilidade né A idade em que ele recebe o diagnóstico também tem TDH ela é atrasada a pessoa com autismo contra DH tem diagnóstico TDH mais atrasado do que a pessoa sem autismo porque se você tá fazendo uma avaliação compra protocolo de avaliação próprio para TDH com a pessoa com autismo é mais difícil dela responder e você não
sabe exatamente se é o sintoma de TDH ou se é o próprio sintoma do autismo que tá prejudicando e o contrário também é verdadeiro as pessoas por TDH a gente tem mais de fazer avaliação de autismo né todos os dois protocolos padrão ouro são mais difíceis de avaliar essa população que aí dos iodir né então o desafio para a gente avaliar Essa comorbidade é muito grande muito grande mas ainda que seja difícil é importante a gente fazer porque isso dá para gente mais recursos em termos de intervenção terapêutica e a questão do tratamento em si-lo
se é um até essa questão o tratamento é o mesmo para o indivíduo com teia o indivíduo com TDH Então vamos lá Primeiro vou falar de TDH é recente mais ou menos recentemente 2021 saiu um estudo da Nature eu não lembro exatamente o nome mas é update evidências adhd né que é uma atualização acho que é mais ou menos esse título é uma atualização de Quais são as práticas previdência o que que eles sinalizaram basicamente né de 0 a 6 anos não existe médio para TDH com evidência então é uma intervenção baseada em aba para
o indivíduos a partir disso até o fim da adolescência Na verdade lá eles contam 22 anos que eles chamam de jovens adultos porque quando vai a escolarização deles a evidência é se o caso de DH for leve aba se for moderado medicação E se fosse Severo ambos combinar a intervenção com a medicação e na fase adulta já não é mais TCC terapia cognitivo comportamental E aí a mesma coisa foleb TCC moderado medicação se você ver ambos né no caso do autismo é diferente as intervenções baseadas em evidências elas são basicamente baseadas em aba né Elas
grande maioria das coisas intervenção global e você tem a evidência de algumas intervenções focadas né para alguns comportamentos específicos por exemplo com exercício em movimento com integração sensorial de hers que é feita por terapeuta ocupacionais com essa formação de música e de terapia cognitivo comportamental para depressão ansiedade instrução acadêmica e autismo leve mas é basicamente baseado em aba mesmo na fase adulta né agora quando você tem as duas condições é claro que você pode se servir dessas dessas dessas condições que são muito similares né as práticas com evidência E você tem no entanto que observar
sempre o perfil do indivíduo porque quando a gente diz assim é uma intervenção baseada em autismo é uma coisa muito diferente se eu tô falando de um indivíduo com caso Severo e um indivíduo com caso leve que tá com dificuldade em linguagem complexa o nome da intervenção é a mesma intervenção aba o nome do diagnóstico é o mesmo transforma autista mas a intervenção não tem nada a ver uma coisa com a outra esse aqui por exemplo eu posso ensinar para ele a usar comunicação alternativa aí ao banheiro a comer a mesa eu posso ensiná-lo imitação
E para isso aqui eu vou ensinar metáfora sarcasmo piadas de duplo sentido habilidades sociais Então na verdade a intervenção sempre vai seguir vai olhar para o indivíduo vai seguir a individualidade agora no caso dessas terapias de habilidades sociais por exemplo que esses casos de autismo com TDH uma grande parte deles são casos de autismo leve né que são indivíduos que apresentam uma linguagem e que é uma linguagem robusta né E que apresentam as duas condições com mórbidas nesses casos Nós temos dois problemas o primeiro problema é que eles têm uma resposta que na terapia de
habilidades sociais não é tão boa quanto quando você tem só o altíssimo então o TDH mesmo que ele não tem autismo sozinho ele responde menos a terapia de habilidades sociais que a pessoa com autismo e se tiver os dois responde menos ainda então a gente tem um desafio maior para algumas intervenções dessas mais complexas principalmente no estabelecimento daquilo que nós chamamos de comportamento de aprendiz comportamento de prontidão às vezes com problema de aluno com problema de sessão tem vários nomes que é um indivíduo sentar esperar fazer contato visual responder a instrução e assim por diante
que poderia H pode ser difícil fazer isso esse é um primeiro problema Você tem uma resposta menor principalmente a terapia de habilidades sociais o segundo problema é você tem um prejuízo maior nas funções executivas né funções executiva é um nome que a gente na análise aplicada em geral a gente não usa mas para a população público leigo é mais comum ser utilizado são algumas habilidades complexas que são ligadas a memória a fluência verbal a tomada decisão né ou planejamento verbal Então essas essas a impossibilidade controle de impulsividade Essas atividades elas são mais difíceis para indivíduo
mas o que para pessoas com autismo esse prejuízo de funções executivas Então pode exigir que elas sejam olhadas uma a uma de uma maneira bem específica para que a intervenção enderesse todas elas né muitas vezes você vai ter uma dificuldade para engrenar na intervenção porque você precisa olhar muito bem para essas habilidades básicas e até em termos de direitos que a gente sabe que muito se fala para o indivíduo com autismo e o TDH existe já alguma lei específica questão dos direitos são os mesmos como que funciona até 2012 havia um Limbo jurídico muito grande
no caso do transtorpecto autista porque tinha uma definição que tava lá na convenção de direito das pessoas com deficiência de Nova York que dizia que a pessoa com deficiência é aquela que tem a relação entre os seus impedimentos e as barreiras né produziam Barreiras muito difíceis dificuldade de acesso as coisas de uma maneira duradoura então se eu olho para pessoa com autismo eu entendo que faz todo sentido que ela seja compreendida como parte dessa definição mas quando chegava no juiz era um problema ou muitas vezes era um problema os olhos administrativos a lei 12764 de
2012 ela veio com uma resolução Porque ela disse ó a pessoa com autismo é a pessoa com deficiência para todos os efeitos da Lei ponto acabou então é uma lei federal que estabeleceu que todos os direitos que a lei determina que são conserimentos a pessoa com deficiência elas devem se estender todas as pessoas com autismo ponto ok acontece que ao TDH não é extensivo porque não existe nenhuma legislação nesse sentido né existe um problema aí portanto é que pessoas com conta de H se for um caso muito muito Severo ela pode ser descrita como uma
pessoa que tem impedimentos de longo prazo etc e tal por algum profissional Mas apesar dela caber portanto esse caso concreto caber na definição de pessoa com deficiência muito dificilmente um indivíduo vai conseguir ter acesso porque porque cabe ele teria que entrar judicialmente aí é um pepino e isso é especialmente relevante quando a gente fala de educação a lei ela diz o seguinte LDB por exemplo e outras legislações educacionais ela disse que o direito à educação especial é para a pessoa com transtorno Global do desenvolvimento quero a classificação anterior do Altíssimo né antes do sm5 né
transtorno Global do desenvolvimento com deficiência ou Com altas habilidades ou superdotação né barra superlatação aliás então esses três grupos tem direito a educação especial TDH não entra aí né aí teve um problema que recente um problema sei lá uma solução Não sei depende como as coisas se encaminharem Mas recentemente teve uma lei dizendo que pessoas com TDH e com transtorno específicos de aprendizagem tem direito a atendimento integral na escola mas o que que quer dizer atendimento integral ele ele não é um termo que juridicamente esteja estabelecido como aquele que tem direito à educação especial ou
tem direito a isso ou aquilo Então essa lei ela cria uma base para aquelas pessoas que quiserem judicializar o direito à Educação Especial na educação Então se alguém tem TDH hoje em via de regra no Brasil não tem direito educação especial mas se os pais judicializarem o Ministério Público judicializar com base nessa lei Muito provavelmente ele vai conseguir Se for demonstrado que no caso concreto necessita essa é uma possibilidade da lei a outra possibilidade da lei é municípios e estados que queiram ativamente proativamente criar uma política para atender esse público existem estados que já fizeram
isso eu não sei dizer quais porque eu ouvi esse mês parcialmente mas eu sei que tem status que já fizeram uma política de educação especial para pessoas th e pode só é difícil que a gente consiga obrigá-los a ter uma política você vai conseguir judicializar em geral casos mais individuais Mas é difícil por uma legislação tão vaga um direito mais extensivo a não ser que o ministério público que é quem cuida de direitos difusos e coletivos a juíza e ação e acha uma decisão nesse sentido mas a lei ela é muito vaga e ela cria
termos direitos em termos que eles não existem em outra legislação então é muito difícil a interpretação no caso concreto então de um modo geral pessoas com TDH não tem direito a as leis aos direitos das pessoas com deficiência e especificamente também não a educação especial só casos Concretos e que possam discutidos caso em questão até por exemplo a gente vê em termos de intervenção na área da saúde com plano de saúde o autismo a gente tem bastante respaldo no caso do TDH a gente então não teria o respaldo do caso do autismo ele não deriva
de nenhuma lei ele não deriva de nenhuma nem uma resolução ele deriva de um conjunto de jurisprudência que foi construída por aquilo que os pais têm demandado na justiça e aí um juiz outro juízo outro juiz decide depois das curtas decidem e esta correlação né dessa demanda dos Pais com uma outra coisa que é o pedido dos médicos né e que em tese esse fundamentam nas evidências científicas estou dizendo em tese porque às vezes não se fundamenta mas nesse caso que a gente está discutindo sim então no caso do TDH se há evidência de que
as intervenções têm efetividade se a evidência de que essas pessoas têm necessidade da intervenção então as leis que foram aplicadas no caso do autismo que são leis mais amplas são leis príncipe a lógicas né Por exemplo o princípio jurídico que estabelece que a gente deve agindo melhor interesse da criança adolescente que as pessoas têm direito ao tratamento integral significa o tratamento prescrito pelo médico baseado em evidências tem toda essa discussão agora teve do Hall da NS por exemplo né se essas coisas são verdade para autismo também são verdade porque os princípios jurídicos são princípios jurídicos
que são os mesmos Então os direitos de tratamento são os mesmos são tratamento que é pedido pelo médico que tem base em evidência científicas no caso do TDH eu escrevi aqui brevemente esse tratamento e eles também devem ser oferecidos pela pelo convênio se eles não oferecerem eles podem ser requisitados juridicamente a diferença é que a intervenção para TDH ela vai ser mais vai ter uma carga horária menor vai ser menos intensiva não tem 40 horas como tem para autismo às vezes 30 20 15 em geral para TDH você tem a carga horária menor porque são
condições menos invasivas né então é até mais fácil na verdade de você em tese né de você fazer o pedido judicial e o juiz analisar no caso concreto e mandar a empresa o convênio oferecer para o indivíduo então o direito é o mesmo só que como ela também é é uma questão contraditória como ela é uma condição menos invasiva e ela tem uma rota de melhora maior um prognóstico melhor do que o autismo você acaba tendo menos menos esforço dos Pais para garantir isso no caso do autismo a condição ela é tão mais invasiva que
ela acaba empurrando os pais mais a essa procura judicial no caso do TDH essa essa esse empuxo é menor mas é importante que os pais corram atrás disso porque você consegue ter uma experiência escolar uma experiência de eu tô falando escolar social escolar acadêmico escolar muito melhor né então acaba tendo reflexo maior no futuro em decorrência dessas ramificações do que o TDH é cria em relação a vida do indivíduo e na parte quando a gente discute referente a prejuízo sociais Assim entre um e outro é qual que acarreta realmente um prejuízo social maior o autismo
ele acarreta um prejuízo maior e ele acarreta por conta de um déficit Então você falta habilidades para você interagir socialmente então o indivíduo tem mais dificuldade de percepção social percepção dos sinais sutis sociais de comunicação por exemplo da expressão facial ou da expressão do corpo né de modo geral o indivíduo tem mais dificuldade eventualmente na linguagem né Você tem um percentual grande das pessoas com autismo mais de 20% que é não verbal é o que não acontece com TDH então a gente acaba tendo um prejuízo que é muito maior por déficit pode ser por excesso
comportamental mas em geral por déficit no caso do TDAH nada a impulsividade né Principalmente no quadro de hiperatividade não dá atenção você tem o prejuízo esse prejuízo é menor mas ele é ele é grande Ele é menor em relação ao autismo mas ele é grande Ele é expressivo e ele é em decorrência de excessos comportamentais Então você tem comportamentos de andar para lá e para cá de estar agitado de correr de prestar atenção em outras coisas que acaba competindo com o estímulo social Então você tem um excesso comportamental que prejudica essa habilidades Essas atividades sociais
e por que prejudica as atividades ela também prejudica a percepção social a medida que as coisas vão acontecendo e a pessoa com TDAH ela responde menos a terapia de habilidades sociais Então veja que apesar dela ser mais leve ela acaba tendo uma implicação mais difícil da gente lidar né E esses esses prejuízos eles têm um efeito deletério de longo prazo muito grande por exemplo existe uma correlação muito forte entre habilidades sociais e quadros psiquiátricos como depressão ansiedade quanto menos habilidades sociais tanto mais esses quadros são comuns né existe uma relação entre isso né se um
indivíduo por exemplo por algum motivo Em algum momento na vida ele tiver uma crise Ele foi internado no Hospital Psiquiátrico a correlação principal entre ele se Reincidente ou não são as habilidades sociais quanto maiores as habilidades sociais tanto menor a probabilidade de ele continuar dele ter reincidência quanto maior é menor a probabilidade então é essas habilidades ainda que elas não sejam as mesmas que acontecem no autismo elas são muito importantes de serem interessadas e elas precisam de uma intervenção que olhe para as habilidades sociais e olha para outras coisas a intervenção precisa ser abrangente porque
os transtornos do desenvolvimento aí entra todos eles eles têm um caráter que é Global eles vão atingindo uma série de coisas na vida do indivíduo e ainda que o TDH a medida que um indivíduo vai indo para adolescência principalmente para a vida adulto adolescência é o ápice na verdade né de encontro desses dois TDH e autismo é o pico a medida que estava passando para vida adulta de fato existe uma tendência desses desses sintomas específicos diminuírem mas os efeitos que ele tem sobre a vida do indivíduo não então você precisa fazer intervenção quanto antes para
evitar que esses efeitos sejam da matéria perfeito uma big duma aula Acho que até na parte jurídica também que você pontuou faltou acredito que muitas mães ficam nessa nessa questão mesmo devo judicializar o que que eu devo fazer o que que eu devo cobrar do plano porque a gente sabe em termos de protocolos avaliativos Alguns são bem diferenciados para o TDH e proteia até quando a gente vai fazer um relatório que precisa enviar realmente para o convênio como que a gente vai ser pau tá ali referente no relatório de TDH então tem questões que eu
acho que ficaram bem Claras para o público aqui que está nos assistindo tem algo a mais que você gostaria de pontuar a última coisa que eu queria falar é o seguinte tem muitas pessoas que têm casos de altíssimo leve e que não se conformam porque socialmente falando o autismo é mais bem visto do que outras condições outras deficiências e o TDH mais bem visto que o autismo isso tem várias pesquisas sobre essas impressões sociais sobre essa deficiências outras condições então existem muitas pessoas que têm quadros de autismo e que insistem no TDH Eu já vi
pessoas que fazem assim elas formam a convicção e elas fazem assim ela vai passando em vários médicos até o médico escreveu que ela já queria que ele escrevesse então ela vai passando até ela convencer alguém Isso é uma péssima forma de você fazer um processo de avaliação diagnóstico você tem que ir uma pessoa que entenda muito do assunto que mande mesmo daquele assunto e fazer uma avaliação que seja uma avaliação de verdade que seja baseado nas características do indivíduo então é importante que a gente aceite quaisquer que sejam as condições entenda que quaisquer que sejam
existe procedimentos existem rotas de desenvolvimento que você pode perseguir Agora se a gente tiver uma clareza do que é a realidade tanto melhor né porque isso permite a gente mais recursos para buscar isso então é muito importante que as pessoas tenham essa clareza de que não existe aqui é melhor e aqui é pior existe aqui existe né e da maneira que existe a gente tem que buscar uma melhora então é importante que os pais tenham essa abertura para o que quer que seja que haja diagnóstico e que sempre Há caminhos para a gente buscar melhorias
Com certeza mais uma vez gostaria de agradecer Esse bate-papo é maravilhoso essa aula que agregou muito que a gente consegue trazer receber aqui levar para fora acredito que sempre é o que eu sempre falo para equipe quando a gente ouve fala gente às vezes vocês vão estar numa palestra Poxa vida esse assunto de novo mas assim sempre as pessoas Elas irão extrair algo bom daquilo e vão transformar isso para um futuro aprendizado algo alguém que eles irão auxiliar Enfim então a gente sempre tem que expandir a gente tem que ser multiplicadores eu vejo assim que
o diagnóstico também estenderh ele vem aumentando absurdamente assim como de ideia muito muito então é antes a gente tinha uma chegava muito mais crianças com teia para a gente hoje em dia tá chegando muito mais com TDH então por isso que a gente tem que se unir mesmo de formação munir de conhecimento munir de ciência só que a gente vê também essas questões tem muito mais comprovação para o lado do autismo do que para o TDH que é como você apontou e a gente tem que estar sempre em busca que eu falo que o conhecimento
ele nunca nunca para né Luciano porque a gente observa fala gente eu fiquei uma semana sem sem ler sem fazer algo sem ver algumas publicações Nossa já perdi uma uma batelada de informação ali então a gente sempre tem que estar em constante dificilmente da área da saúde da área da Educação e é uma área que a gente escolheu hoje a nossa demanda que é maior com as crianças com autismo e a gente tem que estar sempre uma busca constante frenética aí em relação ao conhecimento é isso você não tiver acompanhado você é atropelado né porque
as coisas vão sendo publicadas tem coisas novas procedimentos novos mais efetivos é uma é uma relação realmente de pare passo com a ciência se a gente não tá acompanhando as coisas estão sendo publicadas as coisas novas né que permitem outras possibilidades a gente perde oportunidade de ser mais efetivo de ser mais preciso no nosso trabalho então não tem para onde correr mesmo exatamente mas uma vez muito obrigada para você que ficou até o final nos assistindo muito obrigada se você não curtiu ainda o nosso canal curta compartilhe Ative o Sininho espaço terapêutico sentir a França
muito obrigada