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[Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] boa noite boa noite a todas e todas no último dia 27 de Agosto comemoramos o Dia da psicóloga do psicólogo parabéns a Quem escolheu essa profissão voltada pro bem-estar humano e social esta noite atividade desta noite faz parte da 13ª semana de psicologia da Fundação Santo André e ela está sendo realizada de 26 a 31 de agosto Nos períodos matutino e noturno composta e organizada por uma comissão de professores e alunos eh pensar a profissão de psicologia do psicólogo da psicóloga ela foi reconhecida há 62 anos em 27 de
agosto de 62 foi e é durante ante este seu início representativa da época foi criada na atuação Clínica Industrial escolar e na docência Apesar de nós retroceder neste último quesito na medida que o ensino de Psicologia não é mais obrigatório nos currículos Escolares do ensino médio nós avançamos muito enquanto ciência e profissão de uma psicologia que era restrita considerada de Elite para Elite hoje a psicologia está presente nas políticas públicas e em diferentes espaços ocupacionais na noite de hoje nós vamos refletir sobre isto pensar na nossa história pensar na nossa atualidade projetar o nosso futuro
e para isso eu tenho a enorme honra de receber aqui nós temos a honra de receber na Fundação Santo André a professora Ana boc eh Nossa mentora nossa professora presente eh nas publicações básicas da formação de Psicologia ela é psicóloga possui graduação em psicologia desde 75 eh acompanhou toda a história né desse processo mestrado doutorado em psicologia social pela PUC de São Paulo atualmente Ela é professora titular na mesma Universidade onde ela dá aulas né no curso de graduação de psicologia no curso de pós-graduação em psicologia da educação tem várias publicações como organizadora autora coautora
participa de comissões editoriais de várias revistas de psicologia tem experiência na área de psicologia com ênfase na psicologia sócio-histórica atuando e pesquisando Principalmente nos temas psicologia educação psicologia sociohistórica profissão e compromisso social eh também a dimensão subjetiva da desigualdade social professor professora Ana boc coordena o grupo de pesquisa a dimensão subjetiva da desigualdade social em suas várias expressões ela foi presidente do Conselho Federal de Psicologia por três gestões eh conselho no caso o conselho eh Estadual conselho de São Paulo 06 que neste ano faz 50 anos também não é uma uma data comemorativa a professora
Preside o Instituto Silvia Alane psicologia e compromisso social Dizer para vocês que é uma enorme honra Ana você estar aqui conosco falar com os nossos alunos nossos professores e com a sociedade como um todo seja muito bem-vinda professora eh fará esta palestra nós teremos a em torno de 50 minutos a 1 hora eh ouvindo Eh este tema tão importante não é que é psicologia ética e compromisso social e após eh a palestra da professora nós vamos abrir ao debate vocês vão ver o chat aí ao lado vocês poderão participar com perguntas com comentários e será
muito bom ouvir você então eu passo a palavra paraa professora Ana e receba todo o nosso carinho Ana Marlene muito obrigada você sabe que é sempre muito gostoso né Eh as velhas amigas as velhas parceiras de tantos anos de luta nessa psicologia da gente est eh estar junto e est junto com essa Juventude né que a gente contribui paraa formação então Eu Quero Agradecer o convite da fundação Santo André agradecer os Que me receberam anteriormente nos Bastidores e eh e parabenizar pela 1 Tera semana de Psicologia é sempre uma um momento importante interessante né onde
a faculdade se abre para dialogar com outros com outras faculdades com outros cursos com outros professores e isso é sempre muito bom eh então eu agradeço cumprimento eh todo todos os professores o corpo docente que possa estar aí me assistindo acompanhando a Marlene e todas as esses estudantes que todas e todos os estudantes que estão aí que vieram para acompanhar essa palestra eu espero poder corresponder né a interesses bom então vamos lá eh eu ando rouca porque acho que olha eu já fui a Macapá eh a crisma tudo remoto Macapá Criciuma eh Recife eh ontem
eu tive presencialmente em São Paulo né Eh e agora tô aqui Santo André eh e ainda tenho outras outros lugares né então a minha voz essas alturas já tá no nunca tive uma boa corda vocal E essas alturas a minha corda vocal já tá reclamando então eu vou procurar eh me eh eh me comportar aqui para aguentar ali para minha voz aguentar até o final né Para que vocês possam então de vez em quando dou uns engasgos assim né mas tudo bem minha aguinha tá aqui e vamos lá né Eh obrigada aí Naiara pelo pelos
pelas boas-vindas muito bem então psicologia ética e compromisso social vamos começar falando um pouco da relação que está estabelecida no título da palestra que é psicologia ética e compromisso social né ética e compromisso social eh mantém uma relação de base nã é um pressuposto em nossa reflexão explico a ética tá diretamente relacionada a ideia do bem comum quando a gente fala em ética ela é diferente de moral né moral conjunto de valores que um conjunto social eh adota né a ética eh ela é uma reflexão sobre essa moral e ela tem no no final da
linha ou no começo da linha ela tem eh a ideia do bem comum né então Eh quando ela pensa sobre os valores morais ela pensa se aqueles valores morais estão eh servindo eh a ao bem comum né E esse é o critério da ética o bem comum eh portanto falamos em ética quando a questão da coletividade da vida Comunitária em sociedade está posta para nós profissionais né então ética profissional é uma reflexão sobre o bem comum que uma determinada profissão eh eh se compromete com uma sociedade a cumprir né Eh e Ou seja quando nós
nos tornamos profissionais em uma área e vamos paraa formatura já tem aí deve ter alguém aí me escutando que já tá no último ano né que vai chegar proximamente esse momento da formatura nós juramos juramos o quê juramos trabalhar pelo bem-estar coletivo pelo bem comum juramos que teremos na profissão uma postura ética são conhecidas as regras éticas da nossa profissão eh um dos mais conhecidos princípios éticos é o sigilo né o respeito ao outro o respeito aos colegas a seriedade a competência a qualidade técnica com que a gente desenvolve a profissão mas eh está nos
princípios do nosso código O que é fundamental o bem comum eu retomo rapidinho esses princípios vou ler são sete princípios né Se ficar muito grandinho eu vou diminuindo os pedacinhos o psicólogo aqui hoje seria a psicóloga né hoje nós falamos sempre no feminino prioritariamente baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da Liberdade da dignidade da igualdade e da integridade do ser humano AD nos valores que embasam a declaração universal dos direitos humanos princípio dois são princípios fundamentais a primeira página do código né muitos aí já muitas já devem conhecer o psicólogo trabalhará visando
promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para eliminação de quaisquer formas de negligência discriminação exploração violência crueldade e opressão terceiro princípio a psicóloga atuará com responsabilidade social analisando crítica e historicamente a realidade política econômica social e cultural quatro a psicóloga atuará com responsabilidade por meio de contínuo aprimoramento profissional contribuindo pro desenvolvimento da Psicologia como Campo científico de conhecimento e de prática cinco a psicóloga contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações ao conhecimento da ciência psicológica aos serviços e aos padrões éticos da profissão seis
a psicóloga zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade rejeitando situações em que a psicologia esteja sendo aviltada e por fim a psicóloga considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios desse código Então veja que esse conjunto né de princípios fundamentais eh ele ele afirma um determinado compromisso né da Psicologia com a sociedade brasileira nós estamos dizendo a sociedade brasileira através do nosso código que nós Eh vamos fazer essas coisas no
nosso exercício profissional Vamos cuidar Vamos trabalhar com respeitando com dignidade eh defendendo a igualdade né Eh respeitando eh defendendo condições de vida dignas eh e conhecendo a sociedade onde atuamos né Eh quais são as suas necessidades isso é importante porque muitas vezes a gente atua em psicologia transformando a psicologia num fim em si mesma Eu gosto da Psicologia eu fiz psicologia e é a psicologia que eu vou fazer e a gente não se pergunta o que é que a sociedade precisa que a gente faça né E o nosso compromisso Como diz esse esse esses como
dizem esses princípios fundamentais do código eh a a psicologia pertence a uma sociedade ela tá inserida ela está autorizada por uma sociedade a se desenvolver Então ela deve servir a Essa sociedade a lei 4119 que a Marlene citou é exatamente essa certidão de nascimento é dizer olha passa a existir psicologia a sociedade brasileira quer a a sociedade brasileira eh autoriza né então esse eh esse eh esse começo aqui da minha fala eu quero destacar né Eh essa questão para que a gente possa sempre pensar que há uma relação entre a profissão que nós adotamos que
nos formamos para né e a sociedade e quero então defender que para sermos ético se a gente tá querendo ser ético na profissão eh é preciso um projeto que tenha compromisso com a coletividade com a sociedade em especial com aqueles que são excluídos violentados explorados ou vítimas de racismo e Preconceito né Então veja que não basta saber uma teoria não basta saber aplicar técnicas que a gente aprendeu na faculdade né É preciso que a gente desenvolva e o ideal seria desenvolver no decorrer e desenvolvemos no decorrer da Universidade né mas nós precisamos desenvolver um projeto
para a profissão que deve estar relacionado com como a profissão servirá a sociedade brasileira eh E então penso que assim eh esse começo né quando a gente quando vocês me provocam né me com a ética e compromisso social eh eu tô dizendo assim para ser ética para as nossa profissão ser desenvolvida com ética é preciso um compromisso social tá por isso eu disse no comecinho que esses dois termos se relacionam na base da da profissão então Eh para desenvolver um pouco a nossa reflexão eu vou propor começarmos do começo 27 de agosto de 1962 aprovação
da Lei 4119 que regulamentou a profissão no Brasil um minutinho eh eh eu vou fazer aqui um um um parênteses eh só para dizer que antes dessa de 1962 eh a psicologia ela já estava no Brasil ela tava presente na educação subsidiando a pedagogia presente no trabalho né eh tanto que os os os psicotécnicos Como eram chamados psicotécnicos psicometrista psicologistas né eles lidavam exatamente com seleção de pessoal orientação pro trabalho né e ajudavam o campo pedagógico a fazer um bom serviço eh Nós já estávamos no Brasil até porque é esse conjunto de profissionais que aqui
estavam que era muito pequeno mas é esse conjunto que vai batalhar pela lei 41 19 que vai discutir que vai né Eh e em 1962 eh nós vamos então Eh receber a certidão de nascimento e eh e esse essa regulamentação eh ela deve ser entendida por nós a gente fala assim ah 4119 regulamentou a psicologia no Brasil vamos entender o que exatamente quer dizer isso a lei 4119 regulamentou a profissão no Brasil isso quer dizer que aquela esse documento que é a lei eh era uma afirmação de que a sociedade brasileira queria a psicologia tinha
necessidade da Psicologia tinha interesse na sua existência né no seu saber e na sua prática um saber que já existia há bastante tempo no Brasil e uma prática que tinha ali alguns anos mas nós podemos então nos perguntar quem é que precisava dela se ela tinha uma necessidade se ela tinha interesse nela quem é realmente que precisava dela por que essa pergunta porque nós éramos não mais que 500 profissionais no Brasil todo naquele momento não éramos mais que 500 eh para vocês terem uma ideia 15 anos depois a Marlene também deve ter um número parecido
com o meu anos depois nós vamos eu vou Ana Box sair da PUC e vai se inscrever no Conselho Regional de Psicologia necessidade que a gente tem para atuar né e eu recebo o número o número só só é de São Paulo né São Paulo Mato Grosso Mato Grosso depois posteriormente Mato Grosso do Sul eh mas eu recebo o número 2771 veja que 15 anos depois eu eu sou a 2771 Isso significa que nós não éramos mesmo uma quantidade muito grande de profissionais naquele momento de 62 né Eh nós ainda não nós tínhamos outras eh
outras questões que a Sociologia das profissões quando Analisa para dizer isso aqui é uma profissão nós tínhamos outros outras características que deveriam ter levado à sociologia das profissões Se existisse naquele momento assim forte ela devia dizer não isso aqui não é uma profissão né Por quê Porque nós não tínhamos diversidade de instrumentos e nem de práticas né 15 anos não 15 anos não muito tempo depois 88 a Ana Maria Carvalho da USP vai comentar no livro quem é o psicólogo brasileiro no capítulo acho que é o primeiro capítulo eh se não é o primeiro um
deles ela vai comentar que a psicologia fazia a mesma coisa em em alguns lugares diferentes mas não muitos com umas pessoas que não eram muito diferentes umas das outras e aplicava sempre a mesma prática o mesmo instrumento nós não tínhamos diversidade profissional né Eh que é uma característica das profissões havia gente até que defendia naquele momento como a professora Carolina Bore que nós não fôssemos uma profissão tá que que nós nos mantivéssemos como um saber especializado que alimentaria as outras profissões eh não formávamos um coletivo com identidade comum eh tanto que era psicologista psicometrista psicotécnico
cada um tinha um nome trabalhava num lugar diferente fazia uma coisa né fazia mais ou menos a mesma coisa né Eh e nós não tínhamos uma identidade comum se as quando as pessoas tinham eh teorias de base profissional eh diferentes elas nem se identificavam umas com as outras né Eh e isso é uma característica importante nas profissões ter um corpo né identificado que eh se que se percebe em espaço comum de uma profissão Nós não fomos reivindicados pela população brasileira não havia na rua nenhum cartaz sendo carregado por alguém dizendo queremos psicologia Então a quem
50 e durante todo até 62 né quando nós fomos regulamentados essa Elite alimentava um projeto para o Brasil o projeto de modernização do Brasil eh queriam que o Brasil essa Elite queria que o Brasil deixasse de ser um país Rural Agrário para ser um país Urbano industrializado né Eh E e essa Elite que a gente conhece conhece bem conhecemos o o o Getúlio mas conhecemos bem né o período juselino que 40 anos em quatro ou em cinco 50 anos em cinco né Não me lembro mais quantos anos que o Jocelino grudou e e e e
criou uma capital moderna super moderna quem conhece Brasília sabe disso né Eh e convocou eh a a elite brasileira convocou para ajudar no projeto de modernização todos aqueles saberes e fazeres que tinham algum tipo de tecnologia eh Porque isto era o moderno resolver os problemas sociais com alguma tecnologia moderna né e e nós tínhamos nós tínhamos os testes psicológicos E aí fomos convidados a participar e desse desse projeto eh um país de trabalhadores pouco escolarizados quase muita gente analfabeta eh tinha passava a ter a necessidade com o projeto de modernização de selecionar diferenciar categorizar as
pessoas para poder contar com o homem certo no lugar certo essa era a frase que se falava naquele momento o homem certo no lugar certo eh Veja por que que tinha essa necessidade porque eh eh quando a industrialização atraiu uma população do norte do nordeste tudo quanto é canto para trabalhar na indústria veio Quem queria vim né não era para ir buscar lá uma pessoa ou outra aquela massa de de trabalhadores apareceu e quem é que que tinha a condição de selecionar essas pessoas para saber quem é que estava mais adequado para determinados trabalhos a
psicologia com seus testes psicológicos né que tinham já sofrido um crescimento um incremento muito grande com as guerras né e também com a industrialização nos países da Europa e dos Estados Unidos né Além disso nós tínhamos uma intimidade muito grande com a elite brasileira né porque nós éramos da Elite só ia paraa Universidade gente da camada alta né a camada média eh não entrava na universidade e as pessoas ricas faziam vestibular iam cursar os cursos ou então iam pro exterior faziam um curso de psicologia lá e voltavam sabidinhos né Eh nós temos uma ah eh
aqueles que se apresentaram no campo da Psicologia naquele momento eram pessoas da Elite então nós tínhamos uma certa intimidade uma certa não nós tínhamos uma intimidade total porque eram casados com a elite filhos da Elite né Eh mães da Elite nós tínhamos eh uma eh uma possibilidade eh de lutar por aquilo que a gente queria né uma uma facilidade Então veja existia uma necessidade dada pelo projeto de modernização da Elite né e existia uma facilidade porque éramos da Elite portanto nascemos no Brasil em 1962 como profissão vinculados aos interesses da elite brasileira eh eh é
é sempre preciso eh pensar né que essa a realidade se movimenta e que nós caminhávamos num percurso eh eh que tinha a ver com o movimento que a sociedade brasileira fazia eh e enquanto não avançamos eh pro capitalismo a própria ideia de Psicologia enquanto nós não avançamos paraa ideia de indivíduos Livres a noção de eu né Eh nós não tínhamos eh possibilidade de de ter uma psicologia no mundo né o Luiz Cláudio Figueiredo Analisa isso bonitinho fala não tinha né É é é com a revolução burguesa eh que se que instala o capitalismo no mundo
que instala o pensamento liberal no mundo como hegemônicos né que nós vamos ver acontecer claro que eh Alguns são condição outros são consequência não importa aqui porque é uma relação um processo e movimento eh alguns tinham eh esse esse movimento eh vai criar uma certa isso o Luiz Cláudio tá dizendo vai criar uma certa angústia um certo sofrimento às pessoas porque elas deixam com a revolução burguesa e Tod essas tirou a o a terra não é mais o centro do universo agora é o sol n nós podemos explorar a natureza as pessoas podem mudar de
lugar social eu posso nascer pobre ficar rico né esse esse movimento de libertação que a revolução burguesa permitiu tirou ao mesmo tempo que nos deu muitas possibilidades tirou nossa certeza de quem éramos e o Luiz Cláudio vai dizer quando tira certeza de quem a gente era porque eu era servo eu sou servo acabou eu sou nobre eu sou nobre né quando tira essa certeza de quem nós éramos nós vamos ter que fazer escolhas e eh e definir e nos definirmos pelas escolhas que fizemos Então hoje até hoje né o nosso eu nuclea todas as nossas
experiências e quando alguém nos pergunta Quem é você né Você viu a marline apresentou aí um bocado de coisa que eu fiz na vida e todas elas eh eu escolhi né Eh escolhi estar Claro escolhi às vezes foi assim né fui no no tranco mas eh podia ter mudado de de rumo então eu me quando a a Marlene Vai me apresentar ela me apresenta pelas escolhas que eu fiz isso define o meu eu porque ele é a concentração ele é a Organização das minhas experiências de maneira consciente né então é essa essa noção de eu
ela foi inventada inventada por essa revolução burguesa então a própria psicologia só nasceu depois que o eu apareceu né entre nós eh e e teve a possibilidade e teve a necessidade de se conhecer melhor de saber quem ele era de eh não sofrer com as suas escolhas né e e é a essa necessidade social que a psicologia Universal vem responder pelo menos no mundo ocidental então tô contando essa historinha para dizer assim até a própria psicologia que a gente gosta tanto tem história ela não existiu sempre e talvez nem exista sempre nem existirá sempre né
Eh foram preciso foram necessárias condições sociais para que ela aparecesse para que ela se consolidasse a mesma coisa com a profissão no Brasil foi preciso uma condição social para que ela se transformasse numa profissão e essa condição social tô aqui hipotetizado trazendo como possibilidade de leitura o interesse da Elite na industrialização na modernização do país muito bem eh E então nós fomos trabalhar nas indústria selecionando as pessoas que chegavam do norte nordeste eh que vinham trabalhar né eh selecionando essas pessoas trabalhando nas escolas eh para ajudar a pedagogia a montar classes mais homogêneas para eh
para incentivar para facilitar o aprendizado né Para quê pro trabalho para que que nós fazemos seleção dos trabalhadores pro trabalho nós estávamos vinculados aos interesses da Elite dominante E logo depois passamos a ser diletantes porque aí nós fom fazer psicoterapia para Elite né Vamos trabalhar comos Sofrimentos da Elite não olhamos em nenhuma das desses momentos Claro a gente sempre tem exceções né Eh que de pessoas que eh que não eh não caminhavam com a psicologia hegemônica eh mas nós eh fomos exatamente eh atuar de uma forma que não sentimos a menor necessidade de olhar a
realidade brasileira nem percebemos que o Brasil tinha metade da sua população negra nem percebemos que o Brasil tinha sua população eh eh eh produzida né de uma integração entre colonizadores e colonizados né Eh indígenas negros que vieram pro trabalho escravo nada ah a o o machismo o patrimonialismo que caracterizou fortemente a nossa história e que não caracteriza a história de outros países europeus nós tínhamos a psicologia não viu a psicologia não viu a violência a psicologia não viu a desigualdade social a psicologia não viu a fome né ela universalizou o humano ia lá na Europa
na Suíça nos Estados Unidos se quiser ou na Europa na Inglaterra na França na Alemanha e trazia um conhecimento e aplicava aqui um conhecimento que era aplicado automaticamente sem que a gente gente dissesse perguntasse a realidade brasileira tá servindo essa esse conhecimento que eu tô aplicando aqui tá servindo né Por quê Porque para a elite ele servia né a elite tem um padrão assemelhado ao padrão europeu ao padrão estadunidense né então Eh nós só vamos perceber que o que a gente sabia e fazia não era adequado Quando nós vamos crescer em número e vamos reivindicar
um trabalho eh mercado de trabalho e o mercado que vai se abrir é na política pública de saúde n então e também num campo que a academia vai construir que é a psicologia Comunitária tá aí nós vamos chegar lá F Nossa essa pessoa não entende o que eu falo eu não entendo o que ela me fala né Eh eu não eu tenho uma psicologia que não serve para ela quando nós começamos a atender na saúde mental começamos em São Paulo depois nos estendemos por todos os estados né então Eh isso tudo esse essa mexida é
fruto eh de do momento da ditadura militar Que que abriu seu o mercado brasileiro para o capital Internacional e com isso eh começ gerou um processo de falência de pequenos negócios a vend a vendinha da esquina o sapateiro a costureira vai todo mundo começar a falir né perder seus clientes por porque a gente agora ia na Cia comprava granden comprava Melissa a gente agora tinha tudo pronto né Não precisava mandar fazer e e isso vai fazer com que a camada média que apoiou a ditadura militar fiz até passeata apoiando a ditadura militar que essa camada
média se queixe não assim não dá assim não vai dar né Nós estamos perdendo nosso negócio nossos filhos não terão herança que deveriam ter né e a ditadura militar para tentar garantir o apoio da camada média faz um acordo com a camada média e abre as cidades para os filhos da camada média então nos anos começos dos anos 70 nós vamos assistir uma abertura Geral de cursos eram cursos que eram autorizados eram aumento de vagas nas escolas públicas existentes cursos de psicologia em tudo quanto é canto né Eh e E aí os filhos da camada
média não eram mais agora donos da sapataria da padaria da loja de frutas agora eram Engenheiros médicos advogados psicólogas né Eh isso vai mudar o cenário eh da Universidade vai mudar um o cenário brasileiro eh nós vamos ter assim a a a ditadura vai produzir um subterrâneo de insatisfação eh e isso quando chega lá no final dos anos 70 isso vai estourar eh na no no eh na superfície isso vai eh levar as Universidades que agora não eram assim pequenininhas só com a elite agora tinha um bocado de estudante e o movimento estudantil cresceu né
isso tudo vai ser levado eh vai levar a um a questionamentos né Afinal de contas quem eu quero ser como psicóloga a quem eu quero servir os momentos de eh de de eh polarização como a gente teve na ditadura né Eh eles esses extremos Eles produzem um uma inquietação que você tem que escolher um dos lados você não pode ficar no meio então ou você tá aqui com a ditadura ou você tá ali com toda a população brasileira que se queixava da da ditadura né então isso vai também chegar na universidade isso vai chegar lá
e e a psicologia como todas as outras áreas vai começar a se perguntar a quem queremos servir é fruto disso que a partir das univ unidades vai nascer a psicologia Comunitária né Eh e aquele conjunto de psicólogas que se formavam agora queriam trabalhar e começam a pressionar os governos né os as secretarias nos municípios a prefeitura né até que se abre para nós o campo da Saúde Mental nós vamos trabalhar nos ambulatórios de saúde mental né com quem com a população pobre que era ela que usava os serviços de saúde e aí que nós vamos
nos deparar com a nos inquietar com a falta de condição de lidar com aquela população Porque nós não nos entendíamos eh nós falávamos uma linguagem eles falavam outra né E nós vamos começar então a nos perguntar que psicologia é essa que eu tenho que não serve para a maioria da população brasileira e essa tudo vai se somar como uma grande inquietação e nós vamos ver surgir um segundo projeto claro que reunindo em grandes blocos um segundo projeto para a profissão que é o projeto do compromisso social um projeto que vem para dizer assim não agora
eu quero uma psicologia que sirva a maior parte da população Eu quero uma psicologia que defenda direitos Eu quero uma psicologia que esteja nas políticas públicas porque é através das políticas públicas que eu darei acesso à psicologia às camadas pobres da população né Nós vamos nos associar a lutas democráticas né Eh e é interessante porque nós vamos começar a perceber que a democracia era uma condição necessária paraa saúde mental por isso que a gente brinca psicologia rima com democracia porque eh nós começamos a perceber que para ser saudável para ter uma saúde mental a pessoa
tem que ser capaz de construir um projeto de vida tem que ser capaz de defender seu projeto de debater ter seu projeto de se associar com outros para para construir seu projeto né ela tem que ter uma liberdade de expressão ela tem que ser capaz e com a possibilidade de eh de dizer o que ela pensa tudo isso é produção de saúde mental e Quem garante isso não é uma ditadura é uma democracia né então nós vamos nos associar fortemente à democracia as lutas democráticas existentes naquele período e isso vai ajudar muito a desenvolver um
projeto que vai aparecer né Eh no início ele aparece no nos anos 80 né os seus embriões nos anos 80 e depois nos anos 90 Até que em 96 nós vamos ocupar enquanto grupo Progressista o Conselho Federal de Psicologia e todos os conselhos regionais né E vamos lutar e as entidades a fenap o sindicato Vamos Construir aep né Vamos ter um um momento assim bastante importante dessas características desse momento congresso ciênci profissão Comissão de Direitos Humanos em todos os conselhos crepop que é o centro de referências técnicas de psicologia e políticas públicas de tudo isso
eu vou destacar amostra de práticas em psicologia que aconteceu no ano 2000 amostra de práticas ela arrebentou aquela Fronteira aquele aquele eh fechamento que a psicologia tinha de eh três áreas psicologia Clínica educação e e organizacional né que era primeiro Industrial depois organizacional para depois virar do trabalho e aí eh isso era fechado o conselho só reconhecia essas três áreas as pessoas que se formavam iam trabalhar na rua né fazendo atendimento de população de rua eh que atendiam que iam trabalhar nos nas entidades no sindicato no MST educando crianças né lá na Febem fazendo trabalho
com os meninos enclausurados né Eh aprisionados eh vai trabalhar no presídio essas pessoas que fizeram que foram pioneiras nessas áreas elas confessam né confessaram na até durante toda a organização da amostra que elas não achavam que elas eram psicólogas que eu sabia que era psicóloga porque eu me formei em psicologia Mas elas diziam assim o a minha at ação ninguém reconhece como de psicologia e é amostra de práticas em psicologia no ano 2000 feita pelo Conselho Federal de Psicologia e um conjunto bastante grande de entidades que vai arrebentar aquela fronteira que amarrava que fechava a
psicologia num pequeno espaço e a psicologia vai ficar então grande ela entra no século XXI grande Ampla com reconhecimento com participação nos Espaços sociais com aquela diversidade que não havia nos anos 62 né então Eh essa nova psicologia esse novo projeto é um projeto eh que se aliou eh a população brasileira as suas urgências as suas necessidades né e a psicologia tradicional conservadora ela não foi ainda de todo abandonada ela tá aí corre sempre o risco de voltar mas a psicologia compromisso social se fortaleceu se desenvolveu se instituiu em muitos espaços em especial junto às
políticas públicas como eu já disse né Eh e nós poderíamos afirmar que o caminho da Psicologia é de um aprimoramento ético por quê Porque lá no começo eu disse que ética se refere à Vida coletiva hã ao bem comum e é o caminho da Psicologia ele sai de uma num lugar onde ele ela defendia interesses pequenos de um grupo pequeno que é a elite brasileira um grupo pequeniníssimo né até hoje cada vez menor que a elite brasileira ela saiu dali para um lugar de Defesa do bem comum por isso o caminho da Psicologia historicamente é
de um aprimoramento ético e ela percebeu a sua relação com a sociedade ela percebeu que ela é política né que ela tem a ver com a vi da pólis da cidade eh ela percebeu que ela não podia se fechar em interesses de pequenos segmentos sociais né mas que ela tinha que se abrir para a vida coletiva eh e É nesse sentido né que a psicologia Ela demonstrou esse compromisso na pandemia né com a preocupação com a vida mas ela tá aí as áreas né Eh Psicologia Das emergências e Desastres psicologia do esporte a psicologia eh
do aprisionamento né dos do na na na na justiça e no nos presídios a psicologia da Justiça eh a mediação n escolas a atuação Ampla da da Psicologia nas escolas na área da saúde então no SUS tem psicólogo em tudo quanto é canto em tudo quanto é em em qualquer ponta do SUS tem lá algum um psicólogo ou uma psicóloga atuando no suas né na na assistência social nós vamos crescer Hoje nós estamos lá correndo o risco de desaparecer Mas nós vamos crescer estaremos nos Cras quando se instala o suas no Brasil estamos lá nós
Aliados à assistentes sociais estamos lá né Eh e isso vai exigir uma formação né Eh uma formação nova vai exigir uma formação crítica uma formação que nos prepare para atuar eh junto a essas a essas populações aí segmentos da sociedade né Nós vamos ter por exemplo o desafio eh de atuar na saúde do indígena meu Deus o que é que eu sei de saúde do indígena O que é que eu sei de indígenas né O que que eu sei da população negra da Saúde da população negra o que que eu sei da da dos segmentos
LGBT o que que eu sei da saúde das pessoas trans O que é que eu sei nada né a gente não sabia nada e a gente começa então a buscar uma formação qualificada para poder servir a Tod e qualquer todo e qualquer segmento da sociedade brasileira né e e a formação ela se torna então uma questão importante né ela precisa dar respaldo eh ela precisa contribuir eh para ela assim incentivar e contribuir para que os estudantes possam efetivamente construir um projeto de profissão tá um projeto ético para a profissão uma uma um um uma uma
prática eh que onde a gente eh leve conosco embaixo do braço a nossa psicologia Que Nós aprendemos na faculdade mas que quando eu chego ali na realidade eh do meu trabalho eu permito eu sei eh deixar que a realidade faça perguntas ao meu conhecimento então o estágio a extensão que acontecem já na faculdade Eles são um exercício disso né um exercício de perguntação um exercício de inquietação né um exercício que permite eh O Encontro do meu conhecimento com a realidade brasileira e e nesse encontro um diálogo que eh que que a Gente terá que ser
corajoso corajosas para abandonar determinados conhecimentos da Psicologia tudo aquilo que for eh preconceituoso racista eh nós devemos abandonar né tudo aquilo que incentive violência nós devemos abandonar né Eh na minha área de educação a gente teve o nosso esforço é abandonar por exemplo a ideia de que um aluno tem dificuldade de aprendizagem Como assim o que existe é uma dificuldade no processo de ensino aprendizagem porque desde que eu saiba ensinar adequadamente uma criança Ela tem condição de aprender o problema é que a gente ensina de uma forma padronizada e as crianças que são diferentes ficam
fora consideradas com dific de aprendizagem patologizado aí Você encaminha para tomar ritalina né Eh para dizer que tem Tod né transtorno trantorno de oposição eh disciplinar uma coisa assim né Eh a gente fica inventando nomes para as crianças que são diferentes ã a mesma coisa com as famílias aí assim chegou lá não tá aprendendo bem Você fala como é sua família a família é assim não tem pai o pai não é o mesmo dos irmãos o pai não mora mais com a família ah é por isso que você não aprende família desestruturada uau família desestruturada
não se pensa na e no Rigor e nem no equívoco né do que tá se falando porque o que você pode ter é uma família estruturada de outra maneira mas não desestruturada são grupos que se estruturam hã porque a família da camada da Elite quando ela não tem pai quando ela não tem ninguém quando a babá que cria ninguém fala que é família desestruturada né porque eles são o padrão então Eh nós vamos enfrentar esse desafio né de ter uma na nossa Clínica psicológica uma caixa lúdica né para trabalhar com as crianças que só tem
figurinhas brancas tá e vamos dizer assim não não dá quando eu atender uma cliente Negra eu quero a caixa lúdica de de figurinhas negras de bonequinhos negros né Então veja que a gente tem um monte de coisa para questionar na nossa profissão porque nós nos desenvolvemos sobre essa ideologia racista machista patrimonialista colonizada né E nós temos que fazer agora o esforço para poder nos dedicarmos à maioria da população um esforço grande e a formação tem bastante a ver com isso principalmente nisso que eu tô chamando de questionamento a gente deve eh pensar que se a
gente quer verdades Ah eu vou pra faculdade porque eu quero aprender a verdade sobre o Humano na psicologia Não faça isso procure uma igreja o único lugar que oferece Verdades e certezas é a igreja a universidade eh ela oferece questionamentos ela oferece inquietação é isso que ela deve oferecer senão ela é uma igreja né então Eh é preciso que a gente eh tenha essa eh é é o melhor tempo paraa inquietação é esse que a gente vive na universidade porque a gente tem a possibilidade de aprender coisas muito interessantes de interesse nosso Nós escolhemos estar
lá né Nós queremos ficar lá eh mas é preciso que a gente Enda que a o aproveitamento da Vida Universitária não é aprender tudo que uma professora fala numa aula e depois saber responder na prova não é ter inquietação é saber duvidar das certezas que a psicologia carrega e que a gente a gente só pode ensinar pros alunos a gente pode ensinar a se inquietar e a gente pode ensinar a a o que a psicologia consolidou que a psicologia sistematizou e aí que que acontece se a gente não ensina a inquietar-se a gente ensina a
psicologia como um dogma a gente ensina a psicologia que as pessoas vão ficar eh dependentes das teorias nós somos teorias teóricos dependentes né Nós precisamos escolher um teórico pra gente seguir né Eh e eh e aí eu sempre digo assim uma uma boa formação é aquela que o o quando o aluno e vai se apresentar ele não se apresenta pela sua teoria ele se apresenta pelo problema social que ele escolheu contribuir para para resolver tá então abandonando de vez claro que depois você pode falar eu uso essa teoria eu uso aquela mas a o centro
da nossa da nossa formação profissional o eixo da Nossa profissionalização deve ser os problemas sociais que a gente veio para a Psicologia para sair com ela debaixo do braço e ajudar resolver esses problemas né ter um tipo de intervenção que seja uma intervenção E adequada à à população brasileira a sua cor de pele a sua textura de cabelo as suas relações a sua forma a sua forma de falar a sua cultura né É preciso que a gente eh tenha um compromisso com toda a sociedade é preciso que a gente entenda eh que a a psicologia
é uma profissão da sociedade brasileira o que a gente recebe quando a gente se inscreve no Conselho Federal de Psicologia através dos conselhos regionais o que a gente recebe é uma autorização para exercer a profissão e não é o conselho que tá me dando é a autarquia do Estado hã que é cuidada por psicólogos mas é a autarquia do estado ou seja é o estado brasileiro que tá Dizendo você que tá se formando aí você pode a partir de amanhã trabalhar como psicóloga né Então veja que o nosso vínculo com a sociedade brasileira a nossa
disposição ética o nosso compromisso ético tem que ser esse sempre Lutar Pelo bem comum usando a psicologia Sim aquilo que a gente aprendeu sim mas sempre de forma crítica de forma eh disponível nós temos que tá a ética profissional Exige uma disponibilidade para mudar né para mudar de abordagem para mudar de jeito de leitura para mudar uma uma uma análise que eu fiz e perceber que eu deveria ter feito de outra maneira né e nunca nos afirmarmos como cristalizados né É melhor a gente estar sendo psicólogos e psicólogas do que ser psicólogo É isso aí
obrigada uma grande honra te ouvir Ana e eu estou vendo algumas falas aqui ao lado já trazendo algumas reflexões né Eh do que é necessário a gente ouvir não é o quanto a sua fala é necessári a ser ouvida nesta sua amplitude onde eh o inquietar não é eu sinto que eh as pessoas que estão aqui presentes ficaram inquietas além de mencionar eh sobre a honra de você de você estar aqui né Eh que vários comentários aqui estão presentes eh nós vemos eh eh isto muito forte né Eh eh eu vou fazer citação de algumas
colegas não é que que apresentam aqui né a Naiara eh Bueno é isso ética é um compromisso social que se atualiza através da contextualização constante falas extremamente necessárias Que honra eh na line nosso compromisso social como psicólogas exige que não seja eh que não apenas trabalhemos em benefício do indivíduo mas também consideramos o impacto das nossas ações na comunidade na sociedade então você traz aí várias reflexões que eu vou lendo aqui conforme as colegas eh os alunos professores vão nos colocamos né eh mas eh você eh mexe conosco não é quando fala eh eu devo
me apresentar a partir do problema social a partir do objeto social não é então isso fica muito Evidente o nosso compromisso com o objeto social com a sociedade com um projeto societário não é então o compromisso com o projeto societário de 60 de 62 você deixa bem claro que eh a elite é que eh conduziu formulou trouxe eh do exterior não é eh o o próprio andamento posterior muito tecnicista não é onde a gente vê ainda muito forte uma psicologia eh que se preocupa muito em em dar técnicas não é para eh o exercício profissional
não é e que às vezes essa técnica prevalece parece prevalecer eh em em detrimento ou em uma prioridade maior eh do que uma escuta de reconhecer diferentes Sofrimentos de reconhecer a diversidade do sofrimento não é de ter realmente um projeto societário você avança quando traz eh eh elementos não é e que mostra a amplitude que a profissão avançou a partir da mostra de práticas psicológicas né E que a princípio era questionada por alguns se era psicologia é muito interessante antes de falar vou dizer para você eh eh eh que nós estamos muito presentes em várias
práticas das políticas públicas e práticas comunitárias então Eh esta diversidade necessária É muito grande não é então eu tô vendo aqui marinez dizendo que lindo Ana querida pergunto hoje qual seria o maior desafio da Psicologia em tempos de avançada tecnologia e crônica desigualdade social eu vou deixar você responder não é tem muitas questões que partem da inquietação e de pensar o projeto societário compromissado hoje legal Muito obrigada bom Marine acho que você é minha Marins né a Marins que eu conheço a marineis do Marcos Vinícius eh olha eu eu acho marineis que nós temos aí
uma questão super importante que você traz né que é a tecnologia você vê eu acho que nós estamos demorando eh de eh de tomarmos ISO nas mãos para fazer estudos né eu eu reconheço assim meu programa é de psicologia dauc ção tem muitas pesquisas interessantes bacana muita gente pesquisando coisas interessantes mas se pesquisa pouco a tecnologia eh os impactos né quem às vezes fala sobre isso são os da Computação né Eh os impactos sobre a subjetividade eh nós temos nós podemos dizer que com essas novas formas nós aqui né no remoto eh falando uma eh
eh dialogando né Produzindo um conhecimento circulando conhecimento eh que como é que isso acontece como é que a chega a minha fala paraas pessoas que estão aí me escutando né Eh que Impacto isso tem E aí se você pensar nessa ideia de impacto é muita coisa de tecnologia que a gente precisa analisar né Eh Ela será que ela muda a nossa forma de pensar aí a gente fala assim Nossa gente meus alunos são tão calados Nossa que aflição meus alunos eram tão inquietos agora eles são calados né Será que eles são calados Ou eles estão
falando de outra maneira né estão se comunicando de outra maneira eh Agora nós estamos aí né as voltas com a questão da dos celulares se serão ou não serão proibidos na escola né Eu particularmente sou contra a proibição dos celulares na escola eu acho que eh não é fácil né Eh eu sei que às vezes uma escola sabe mais do que eu a dificuldade de lidar com isso mas assim eh é quando é difícil é muito perigoso crianças mexerem com tesoura Nossa muito perigoso as crianças brincarem com tesoura né tanto que se inventou tesoura que
não que só corta papel né que não tem não é pontuda não é proibido levar tesoura na escola a escola tem tesoura lá pras crianças desde pequenininha aprenderem a cortar ou seja a gente educa em todas todos os recursos técnicos que a nossa sociedade tem mas não sei porque nós não ensinamos as Crianças A assistirem televisão né algumas escolas proibiram assistir televisão né Tem propostas pedagógico que proíbe assistir televisão eh e e e agora querem Proibir a tecnologia dos celulares né Eh nós temos que o desafio é grande porque nós temos que aprender a ensinar
a lidar com isso né É É difícil sei não tô dizendo que é fácil né Não tô desacreditando das escolas é muito difícil e se e tem muito bullying pelo celular né mas é preciso conviver com isso porque é assim que nós vamos viver daqui pra frente n Talvez os celulares até desapareçam n assim muito difícil conv e nós temos que saber de que forma as tecnologias concentradas na mão de poderosos nós temos um homem que manda na tecnologia no mundo que manipulação acontece com as nossas subjetividades que a gente não se dá conta né
Eh hoje se fala né quando oferece uma coisa para você na na internet que fala que é gratuito pode entender o que aquele recado tá te dizendo você é o produto né você é o produto por quê Porque quando eu entro ali para ver como é que é para para ter um uma plataforma que pode me servir e eles cobam baratinho né Nós estamos aqui numa plataforma eh nós estamos sendo ados como produto o tempo todo e o que fazem eles com as informações que captam de nós eu acho eh o primeiro susto que eu
levei eu nós fizemos na pandemia um evento sobre tecnologia né Eh psicologia e e tecnologia e inteligência artificial eh nós eh e eu que apresentei que coordenava que apresentava todo dia no segundo dia do evento ele durou três dias no segundo dia eu comecei a receber no meu endereço pessoal de internet eh eu comecei a receber eh oferta de eh barra para banheiros barra de segurança para banheiros aí eu comentei isso né com uma uma pessoa que veio participar conosco eu falei cozado por que que resolveram agora vender para todo mundo barras de banheiro ele
falou não estão vendendo só para você ele era careca né Um Jornalista super careca ele falou assim para mim o que aparece é a venda de tratamento capilar Nossa Aquilo me me surpreendeu assim de uma forma porque não era só eu sabia já que quando eu procuro uma geladeira para comprar eu fico uma semana recebendo geladeiras né eh mas eh era impressionante a ideia de que eh porque veja uma coisa procurar uma geladeira e receber a semana a semana toda oferta de geladeira outra coisa eu aparecer com meus cabelos brancos e receber oferta de barra
de banheiro para segurança para eu não cair velhinha não posso cair né então e o outro amigo também velinho careca receber e remédio para tratamento capilar então há há alguém nos manipulando há alguém recolhendo as nossas informações e como isso tá sendo usado eh né Eh é para incentivar consumo como isso tá sendo usado é paraa eleição é pro processo eleitoral né Eh no processo eleitoral falava assim eh Por que que eu não recebo nada dessas coisas que vocês recebem do bolsonaro Por que que eu não recebo porque a a plataforma sabe que eu Voto
no PT né então assim eh é um um uma isso assim os meus exemplos são muito bobos né porque assim tem exemplos dramáticos assim de que você quando você entra no Google para procurar uma informação né que vamos falar sério é bacana a gente ess pode procurar qualquer informação a gente procura uma informação eh a a produção de autores negros ou figuras negras ou a música Negra música afro nunca vem em primeiro lugar as informações vê numa ordem hierárquica que que defende uma determinada sociedade uma determinada hierarquia racial então é grave é grave nós não
estamos estudando isso nós não estamos estudando esse Impacto que tem sobre nós né Eh e a desigualdade social a mesma coisa né ela inace e nós não estamos estudando o que é que permite que a gente aceite como cidadão cidadãos e cidadãs o que que permite que a gente durma com a cabeça no travesseiro tranquilamente quando muita gente passa fome quando muita gente passa frio o que que nos permite essa tranquilidade essa comodidade psicológica que que é isso né a psicologia não estudou ainda Ela estudou preconceito racial e não estudou o sofrimento do negro que
é vítima do preconceito racial a gente tem milhões de Capítulos sobre preconceito racial mas não tem sobre a a vítima sobre a questão psicológica a subjetividade daquele que é vítima né então eu acho que tem muita coisa que a psicologia precisa se perguntar mas legal gostei de falar com você marinez eh Ana nós temos aí muitas questões né Eh delas é Alé das dos dos comentários eh de elogio nós viemos aí várias questões que estão relacionad com o mundo atual da tecnologia vou destacar aqui para para reforçar e a preocupação desta relação com a tecnologia
com o excesso de comunicação e por outro lado com a falta de acolhimento com afastamento não é então nós vemos aí uma fala do André é eh como a professora vê o futuro da Psicologia neste tempo tão digital e conectado E ao mesmo tempo ao meu ver tão desconectado das pessoas né então ele ele coloca esta contradição que nós que nós estamos vivendo né Eh eh outros colegas colocam o compromisso eh social na Perspectiva né A eh a Sofia fala que trabalha num Cras não é eh nós vemos colegas que falam que eh a desigualdade
a iniquidade ainda é algo que que que não está se se trabalhando não é ainda está um pouco afastado eh a Eloí estrela fala como a tecnologia está interferindo nos processos psicológicos básicos e como essas alterações impactam né Eh que foi um pouco o que você falou mas eh é muito forte isto não é eh vindo dos alunos não é eh enfim a a Sueli Comin professora Nossa também faz um comentário inquietações compromisso e muito acolhimento não é então Eh Ela traz esta esta reflexão né eh que mostra caminhos pra gente não é então passo
a palavra para você Ana e fazemos esta rodada e vou assim pedir para para os colegas colocarem mais questões faremos mais uma terceira rodada né mas me parece que esses três elementos inquietação compromisso acolhimento num mundo onde tudo se aproxima mas não se acolhe não é tá bom ou se acolhe pouco ó Júlia é isso mesmo e o fracasso escolar é um questionamento fundamental né que fez a mariaa pato de início e que começa a dizer assim pera lá né Eh eh eh vou vou contar muito rapidamente assim quando nós atingimos 99% das crianças na
escola no ensino fundamental aumentou muito a a reprovação as dificuldades né de aprendizagem tudo aumentou muito e e a análise que se fez na época é que a escola elas ela esperou as crianças que não não estavam esperadas para chegar na escola essas crianças chegaram né E ela não se modificou ela continuou trabalhando como ela sempre trabalhou do mesmo jeito a professora dando a mesma aula o livro sendo o mesmo né isso essas crianças traziam ou outra realidade para dentro da escola né então é isso aí e acho que a Marina pato é o começo
de tudo isso eh muito bem Olha eu acho que essa tecnologia ela é não é só a tecnologia né a sociedade como um todo tem uma cultura individualizante eh nós hoje temos tudo é personal né tudo é personal então é uma cultura individualizante e e nosso trabalho eh tem sido em muitos Passos por exemplo na escola nas emergências de desastres eh tem sido exatamente no Cras né tem sido exatamente o trabalho de produzir solidariedade produzir vínculos porque é isso que não tem sido feito e nós somos humanos sociais nós não conseguimos viver individualizados tá então
resgatar vínculos formar vínculos né Por exemplo a Psicologia Das Emergências Ases ela trabalha com isso ela trabalha eh eh para quando uma área é uma área de risco ela trabalha para você para sensibilizar os moradores de que ele quem vai salvar ele é o vizinho então ele precisa se solidarizar né ele precisa passar a viver mais eh em comunicação afetivamente com as pessoas no entorno dele né Eh então nós estamos precisando quando a a a professora Sueli fala do acolhimento né Eh nós precisamos acolher eh e colar né Nós pramos colar uns nos outros né
Eh a ideia de ninguém solta a mão de ninguém para enfrentar o pior um dos períodos ruins que a gente viveu politicamente no Brasil ninguém solta a mão de ninguém era uma ideia mas muito legal né porque essa ideia assim de que nós só vamos enfrentar aquilo que nos aborrece ou aquilo que nos põe em risco Se nós formos solidários se nós vivermos vinculados né E realmente a o Zap a todos os nossas as nossas formas de comunicação né através utilizando a Internet eh ela essa a Marines essa pergunta foi que eu respondi pra Marines
eh então o essa esse momento Essa Ixe me perdi aqui de solidariedade essa necessidade né Eh da Solidariedade ela se contrapõe porque assim é legal que a gente tenha um processo de individualização eh bastante grande e forte né e a história mostra que nós saímos daquele coletivo que ninguém sabe quem é quem para um processo de individualização Mas hoje nós estamos resgatando a vivência indígena né para ver que é preciso sabe que indígena e esse essa ideia de propriedade privada eu meu teu seu nosso vosso dele esse esse pronome possessivo né indígena não usa porque
ele vive em coletividade né então eu acho que nós estamos precisando eh viver com esses dois elementos né e vivermos essa essa riqueza da individualidade mas entendendo que é o outro que me permite a riqueza né da individualidade então o outro tem que tá comigo hum eh a Sofia nosso encontro com a desigualdade é uma coisa muito interessante se pensar Luane Neves fez um mestrado na UFLA sobre orientação do Marcos Vinícius eh que é o encontro das psicólogas dos do crass eh com a desigualdade social tá até publicado isso né Eh se você agora não
não tenho aqui o nome eh tá ali o livro eu posso depois ver se eu pego rapidinho para te mostrar eh mas é é Luane Neves né Luane Neves Santos eh ela faz um um mestrado que ela publicou que é eh a partir da Assistência Social entrevistas com psicólogas na assistência social onde ela discute esse encontro das psicólogas com a desigualdade social vale a pena você procurar É bem interessante Luane Neves Santos é uma baiana da UFBA da UFBA não da ufrb Universidade Federal do recôncavo da Bahia é que ela fez na UFBA né então
acho que é isso pode dar meu terceiro bloco eh eu vou fazer uma pergunta aqui que a Carolina né a Carolina Augusta ela faz como a psicologia pode contribuir para a verdadeira inclusão na escola e ela destaca a escola e fala da sociedade de maneira geral então eh acho que junta com a Maria Elena pato eu aproveito mostro o seu livro aqui esse aqui nós usamos muito aqui na muita boa aí né compromisso social você tem Maria Elena pato aqui tem muita gente boa que você organizou né Isso mesmo Olha eu acho que a psicologia
pode contribuir pro processo de inclusão na escola eh propagande que os sujeitos eh São válidos né os sujeitos são válidos eh da forma como eles se apresentam eh né e que e que n nas relações que a escola propcia né que são relações ricas de socialização de encontro eh é prec preciso trabalhar essa ideia né Eh de de que somos uma vez eu vi um documentário que acho que até Rede Globo eh que a a a jornalista vai na escola e pergunta uma escola que tem crianças logo que apareceu a ideia das escolas com inclusão
né da perspectiva inclusiva eh eh bom é deixa eu anotar uma coisa aqui eh eh E aí a jornalista perguntava e pra menina pro tinha uma menina e um menino e o menino tinha uma deficiência motora bastante grave então ela conversa com a menina e com o menino perguntando como é que era ela falou ah eu ajudo ele a tomar lanche né ela vai contando e eu e ele ele me ajuda a entender matemática elas vão conversando e vão mostrando trocas né Aí eh ao final ela a jornalista vira pra menina e diz assim e
você é diferente dele aí a a menina olha para ele com aquele sorriso lindo assim olha pra jornalista e fala não nós não somos diferentes aí a jornalista vai indo embora ela puxa a jornalista e fala assim claro que a gente é diferente Ele é menino e eu sou menina né Foi lindo assim muito bem aprove ado pelo documentário né Eh porque veja eh aquilo que a gente acha que é a diferença às vezes não é a diferença percebida pelas crianças né Eh então nós corremos o risco de destacar uma diferença pras crianças que não
percebem esta ou outra diferença a outra coisa é é valorizar o sujeito e que acho que tá atrás disso a ideia da valorização do sujeito da forma como ele se apresenta isso não quer dizer que eu não possa discordar dele né mas é é valorizá-lo como ele se apresenta a outra coisa é trabalhar pra ideia de que não existe inclusão existe educação inclusiva tá é é preciso que a escola Se ponha numa perspectiva de educação que é inclusiva eh porque a a ideia por exemplo os professores que falam assim eu tenho três inclusões na minha
sala de aula né Nós som abandonar isso nós som abandonar isso não podemos fazer esse destaque nós não podemos patologizar essa diferença né então a ideia por exemplo de trabalhar com funcionalidades que nascem na psicologia também né de que nós temos que destacar que nós temos funcionalidades Diferentes né Eh quando a gente faz uma autodescrição que aliás eu não fiz né né Olha gente sou uma mulher idosa branca de cabelos bem brancos de óculos vermelhos eh e rouca completamente rouca hoje de blusa eh vermelha e e tô meu cenário é uma biblioteca um escritório né
Eh quando a gente faz isso a gente está permitindo que pessoas que T outra funcionalidade me vejam né me vejam elas são cegas Mas elas me veem quando eu me di escrevo né então trabalhar com essa ideia de funcionalidades de que as coisas têm eh eu preciso fazer a torná-la as coisas ao alcance de todos eu preciso tornar a escola seus conteúdos as relações ao alcance de todos por isso que a gente faz acessibilidade né a rampa acessível eh é porque existem pessoas com funcionalidades diferentes por exemplo no andar né eu hoje sou uma uma
idosa que tenho dificuldade de subir descer degraus eu prefiro rampas né Eh eu não tenho uma deficiência né Eu tenho um joelho velho né então isso me faz perder a minha funcionalidade de andar E aí de de andar ligeiramente facilmente então tem muita coisa que a psicologia pode fazer eh porque nosso objeto principal é a subjetividade e o sujeito né o sujeito uma subjetividade que tá nele e fora dele né e é é essa E essa possibilidade de valorização da presença do sujeito por exemplo vou te dar um último exemplo aqui que é assim quando
eh a gente eh na escola por exemplo eh que a a se fala assim ah ela tem dificuldade de aprendizagem vale a pena antes de afirmar isso vale a pena verificar qual é a relação que aquela criança mantém com a escola no seu sentido psicológico como é que ela tá significando a escola que significado a escola tem para ela que significados conteúdos tem para aquela criança né o Charlot que é um francês mas que hoje vive no Brasil já há muitos anos casou com uma brasileira vive no Brasil eh ele fez um estudo sobre a
relação com o Saber n né que é um estudo ele não é um psicólogo né Ele é um sociólogo mas ele fez um estudo interessantíssimo sobre a relação que os estudantes de ele começou em Paris né Eh os estudantes das escolas de periferia de da Periferia de Paris mantinham com o conhecimento Qual é essa relação que que eu acho que o conhecimento e ele fala assim tem gente que o conhecer faz parte do seu modo de vida então conhecer é uma delí para ele tem um outro que eh conhecer-se é uma conhecer é uma necessidade
para eu ir bem na prova para eu ter um bom desempenho né e eh tem tem a grande maioria que conhecer é uma ferramenta para eu subir na vida tá é um conhecer para passar na na escola para poder ter um diploma e ter um passaporte para o trabalho essa é a grande maioria né e depois tem um um restinho lá no fim da que é um que nem foi ainda apresentado à escola como um lugar de saber ele nem entendeu ainda que ele tá lá para saber né então Eh essa esse ah o grupo
afeto do Sérgio Leite né que trabalha com esse vínculo afetivo que as crianças mantém com a escola com a professora com aprendizado isso é psicologia pura né porque é eh Constituição de significações eh então é importante que a gente eh eh tudo que a gente pode possa ir trabalhar o vínculo que as pessoas têm com o trabalho o vínculo que as pessoas têm com a saúde por que que a gente trabalha luto né E é isso que nós estamos fazendo e é contribuir para resignificação é isso que nós estamos fazendo quando a gente vai trabalhar
com um grupo eh que sofreu uma perda grande né ou uma pessoa que sofreu uma perda grande nós trabalhamos para ressignificar né e a ideia por exemplo de que a pessoa se foi mas fica em você porque você aprendeu muita coisa com ela e veja vamos resgatar vamos escrever um livro sobre ela ah por que a gente escreve livro sobre as pessoas é para poder os os indígenas inicialmente comiam o inimigo Valente para poder adquirir valentia é isso é isso a gente eh precisa estar com as pessoas vinculada a elas admirando essas pessoas aproveitando delas
para que elas me enriqueçam né eh e aí servem todas as pessoas Ana acho que vamos indo para o final não é eh eu vou destacar aqui o final conforme nós combinamos né mas est vendo aqui tanta gente falando né Eh você tem tem eh eh uma fala do Tony não é que ele traz um uma um um outro olhar além da Psicologia que é a organização da categoria a organização eh das conquistas os desafios futuros né uma área que você tem uma grande vivência não é então aí Olá Ana é sempre um prazer ouvi-la
gostaria de ouvir um comentário sobre as estratégias de fortalecimento da categoria E a visibilidade para as conquistas e desafios futuros acho que eh ou Este é um caminho importantíssimo de debate né Tony Obrigado pela sua fala e nós temos aí várias outras questões que ficam que tem manifestações sobre indignação de desigualdades ainda presentes na sociedade não é eh reforça-se a questão do acolhimento dos vínculos que você já também reforçou aqui não é eh o fazer psicologia é algo que você traz e dá uma amplitude desse fazer psicologia que se pauta muito numa relação de coletivo
numa relação de acolhimento numa relação de vínculos numa relação de eh segura-se a mão Temos vários eh eh olhares fazeres vemos várias práticas hoje né onde você fala interdisciplinar intersetorial é multidisciplinar e vemos muito isto este coletivo diante Possivelmente de tanta diversidade ou de reconhecimento que nós POD podemos ter muita contribuição de outras áreas né Eh mas também eh eh vai mostrando pra gente que este vai fortalecendo que este olhar individualizado não é claro que a subjetividade né Eh a valorização da pessoa enquanto sujeito né mas eu preciso dessa diversidade então vejo nas falas até
eh Em algum momento eh da colocação dela o individual eh o coletivo eh eh que são temas que temos que est pensando não é então Eh dois eixos de questões aí a forma de atenção da Psicologia eh destacadamente em novas formas eh muito pautada no acolhimento na ação interdisciplinar e formas de eh eh de organização da categoria E que futuro devemos caminhar então Olha eu acho que organização eh participação eh diálogo né diálogo entre esses grupos que se organizam né Nós temos uma coisa que poucas profissões têm nem sei se tem alguma que tem que
é o fenb Né que é o Fórum de Entidade nacionais da Psicologia brasileira nós temos aapse que é a união latinoamericana de entidades de Psicologia então esses espaços construídos para permitir diálogo e participação e ao mesmo tempo ser uma forma organizativa fundamental é fundamental fortalecermos esses espaços e eu acho que a tarefa básica desses espaços é contribuir e paraa construção divulgação circulação debate transformação de um projeto de Psicologia para o Brasil né Eu acho que é é preciso eh eu hoje faço parte de um movimento já fui muitos anos do Cuidado da profissão hoje faço
parte de um outro movimento eh e que a tarefa básica do movimento é contribuir paraa construção de um projeto de Psicologia para o Brasil então Nós temos que nos perguntar o que que o Brasil precisa quando vocês fazem essas perguntas vocês estão me respondendo né a psicologia precisa O Brasil precisa que a psicologia fale da tecnologia que ela fale da inclusão que ela fale da desigualdade social que ela fale da fome e e o Brasil precisa que a psicologia tenha contribuição nessas discussões Porque é ela que traz o sujeito para essas discussões ela que traz
a perspectiva do sujeito então é preciso eh que a gente eh entenda né que a nossa tarefa é essa e cumpra essa tarefa né Não sei se eu respondi com isso as duas questões Mas eu achei interessante porque eh alguém perguntou acho que o próprio eh o próprio Tony eh para onde caminhamos né Eh e tem aquela frase famosa eh o que é do eh Ai nossa o latino-americano a liderança bom eh que a gente que fala assim eh é caminhando que se faz o caminho eh caminhando que se faz o caminho né então eu
acho que assim eh o para onde caminhamos Claro a gente precisa ter eh metas precisa ter um sentido né Eh mas é Caminhando não adianta pôr a meta e esperar que ela chegue né a gente tem que caminhar e ao caminhar a própria meta o horizonte se modifica né a própria meta se modifica porque o caminhar produz modificações na meta né Eh então por isso que eu valorizo a participação a organização né a valorização das nossas entidades e lá para se a gente discorda vamos lá para discordar né ou vamos criar uma coisa alternativa né
mas é é preciso que a gente Não faça da Psicologia um fim em si mesma né que a gente entenda que ela está a serviço da sociedade que é a coletividade brasileira a nossa principal meta né Eh e o que é que n como é que nós som caminhar carregando o que levando o que conosco para chegarmos a contribuir com essa vida coletiva com o bem-estar de todos eu acho que a psicologia tem muitas possibilidades ela numa sociedade que se individualiza ela se torna mais importante né não é para menos que a gente tá com
500.000 hoje nós somos a eu ontem foi um evento que disseram nós somos a maior categoria de psicólogos do mundo né então é preciso que a gente eh Faça disso um motivo de orgulho e um motivo de compromisso né Nós precisamos eh usar a psicologia para eh contribuir para uma produção de vida digna para todos Obrigada Muitíssimo obrigada Ana nós vamos encerrando passaram por aqui só neste momento em torno de 130 pessoas Ana eh Com certeza teremos muito mais repercussão nas salas de aula não é eh eu estou aqui o Lucas me dizendo no momento
140 não é que ele eh pegou a lista não é então Eh você eh é um grande uma grande referência para nós e muito pela sua construção não é eu acho que eh esta construção eh eh voltada para uma sociedade voltada para transformar voltada compromissada com uma sociedade uma psicologia com Prada com uma sociedade foi sempre o que você trouxe foi sempre o que você contribuiu e e ficamos realmente muito felizes todas as manifestações são são muito positivas Anas vamos propagar mais isto e você nos traz né Eh viver a psicologia uma uma psicologia voltada
pro bem-estar humano voltado pro bem-estar social e só faz sentido dela não é se ela realmente servir a esta sociedade a partir do que esta sociedade precisa muito obrigada Ana muito obrigada obrigada obrigada a todos que aí estiveram o 143 Obrigada Marlene Obrigada Lucas e obrigada aí a Faculdade Santo André né a Fundação Santo André pelo convite por essa abertura para essa nossa reflexão Tá bom então vamos encerrando agradecemos todos que estavam aqui presentes nossos professores nossos alunos e a nossa convidada especial então boa noite a todos boa noite boa noite a todos
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